Pratic Pedag

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Índice

1.Introdução......................................................................................................................................1

1.1.Objectivos...................................................................................................................................1

1.2.Objectivo geral:..........................................................................................................................1

1.2.1.Objectivos específicos:............................................................................................................1

1.Avaliação no Processo de Ensino-Aprendizagem.........................................................................2

1.1.Avaliação Escolar como ferramenta, no processo de Construção de Conhecimento dos alunos,


com intuito de melhorar a qualidade de Ensino...............................................................................3

1.1.1.Avaliação escolar tradicional..................................................................................................4

1.1.2.Proposta construtivista.............................................................................................................4

1.1.3.O professor mediador..............................................................................................................5

1.1.4.Funções da avaliação...............................................................................................................6

1.1.5.A avaliação no PEA qualitativo..............................................................................................7

2. Conclusão................................................................................................................................11

3. Referência bibliográfica..........................................................................................................12
1. Introdução

O presente exame é referente a cadeira de Prácticas Pedagógicas I, que visa abordar sobre a
Avaliação Escolar como ferramenta, no processo de Construção de Conhecimento dos alunos,
com intuito de melhorar a qualidade de Ensino.

A avaliação é espaço de mediação, aproximação, diálogo entre formas de ensino dos professores
e percursos de aprendizagens dos alunos, servindo para orientar o docente a ajustar seu fazer
didáctico. Mas o fazer avaliativo e a maneira de vivenciá-lo não dependem exclusivamente da
atitude do professor, são condicionados pela cultura institucional.Desenvolver uma nova postura
avaliativa exige constantes mudanças na prática da avaliação e rompimento com a cultura da
memorização, classificação, selecção e exclusão tão presente no sistema de ensino.

Partindo desse pressuposto, avaliação não consiste em só avaliar o aluno, mas o contexto escolar
na sua totalidade, permitindo fazer um diagnóstico para sanar as dificuldades do processo de
aprendizagem, no sentido teórico e prático.Avaliação é um instrumento permanente do trabalho
docente, tendo como propósito observar se o aluno aprendeu ou não, podendo assim refletir sobre
o nível de qualidade do trabalho escolar, tanto do aluno quanto do professor, gerando mudanças
significativas.

No que diz as metodologias, neste exame privilegiou-se a pesquisa bibliográfica que


correspondem aos documentos que nos permitiram uma confrontação de ideias e
posicionamentos teóricos adoptados por vários estudiosos e teóricos em que se assenta este
estudo.

1.1. Objectivos
1.2. Objectivo geral:
 Definir avaliação no Processo de Ensino-Aprendizagem;
1.2.1. Objectivos específicos:
 Descever avaliação escolar tradicional e construtivista;
 Propor a avaliação construtivista;
 Reflectir sobre avaliação escolar como ferramenta, no processo de construção de
conhecimento dos alunos, com intuito de melhorar a qualidade de ensino.

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1. Avaliação no Processo de Ensino-Aprendizagem

Para Kraemer (2006), avaliação vem do latim, e significa valor ou mérito ao objeto em pesquisa,
junção do ato de avaliar ao de medir os conhecimentos adquiridos pelo individuo. È um
instrumento valioso e indispensável no sistema escolar, podendo descrever os conhecimentos,
atitudes ou aptidões que os alunos apropriaram. Sendo assim a avaliação revela os objetivos de
ensino já atingidos num determinado ponto de percurso e também as dificuldades no processo de
ensino aprendizagem.

Sob a ótica de Sant’Anna avaliação é um processo pelo qual se procura identificar, aferir,
investigar e analisar as modificações do comportamento e rendimento do aluno, do educador, do
sistema, confirmando se a construção do conhecimento se processou, seja este teórico (mental) ou
prático.

Partindo desse pressuposto, avaliação não consiste em só avaliar o aluno, mas o contexto escolar
na sua totalidade, permitindo fazer um diagnóstico para sanar as dificuldades do processo de
aprendizagem, no sentido teórico e prático.

Avaliação é um instrumento permanente do trabalho docente, tendo como propósito observar se o


aluno aprendeu ou não, podendo assim refletir sobre o nível de qualidade do trabalho escolar,
tanto do aluno quanto do professor, gerando mudanças significativas.

Para Vasconcellos (1995) “a avaliação é, na prática, um entulho contra o qual se esboroam


muitos esforços para pôr um pouco de dignidade no processo escolar”. Diante dessa colocação, é
significativa a percepção de uma avaliação pautada numa perspectiva transformadora, tendo
como pano de fundo resgatar seu papel no contexto escolar.

A avaliação como instrumento a serviço da aprendizagem do aluno deve contribuir para a análise
e para a decisão de quais acções pedagógicas deverão ser tomadas durante o processo de ensino.
A constatação é o princípio, é o ponto em que atribuímos uma qualidade (positiva ou negativa) ao
que está sendo avaliado.

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1.1. Avaliação Escolar como ferramenta, no processo de Construção de Conhecimento
dos alunos, com intuito de melhorar a qualidade de Ensino

A avaliação do rendimento do aluno tem sido uma preocupação constante dos professores, pois
faz parte do trabalho docente verificar e julgar o rendimento dos alunos, avaliando os resultados
do ensino, e ainda porque o progresso alcançado pelos alunos reflete a eficácia do ensino. Nesse
sentido, o rendimento do aluno reflete o trabalho desenvolvido em classe pelo professor, uma vez
que, ao avaliar os alunos, o professor está também avaliando seu próprio trabalho. Portanto, a
avaliação faz parte da rotina escolar e é responsabilidade do professor aperfeiçoar suas técnicas
de avaliação (HAYDT, 1988, p. 7).

O modelo construtivista propõe uma nova relação entre professor, aluno e conhecimento,
partindo do princípio de que o aluno não é acumulador e repetidor de informações recebidas. O
aluno é construtor do seu saber, do próprio conhecimento, e o professor atua como mediador,
estimulando a construção do pensamento. Se, para o professor, a prova gera ansiedade, pode-se
imaginar o que ela representa para os alunos. A preocupação do aluno é somente tentar responder
tudo o que o professor quer para obter nota e, se o professor coloca uma questão na prova um
pouco diferente daquela do caderno, o aluno não sabe responder. Nesses moldes de
conhecimento, a prova serve apenas para que o aluno devolva um conhecimento pronto,
repetindo o que o professor falou em aula.

A avaliação tem um sentido amplo e deve ser feita de formas diversas, com instrumentos
variados, sendo o mais comum, em nossa cultura, a prova escrita. Portanto, em lugar de
exaltarmos os malefícios da prova em favor de uma avaliação sem provas, procuramos seguir o
princípio: “se tivermos que elaborar provas, que sejam bem feitas, atingindo seu real objetivo”
(MORETO, 2008, p. 87).

Por tudo isso, é necessário redimensionar a prática de avaliação no contexto escolar, pois não é
acabando com a prova que se melhora o processo de avaliação da aprendizagem, mas sim
ressignificando o instrumento e elaborando-o em uma nova perspectiva. Então, não só o aluno,
mas também o professor e todos os envolvidos na prática pedagógica podem, a partir dela, refletir
sobre sua própria evolução na construção do conhecimento.

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1.1.1. Avaliação escolar tradicional

As duas principais concepções pedagógicas utilizadas nas escolas de hoje são a tradicional e a
construtivista. A primeira vem sendo muito criticada por sua excessiva ênfase no ensino dos
conteúdos. A segunda ficou conhecida, principalmente, por priorizar o “fazer” dos alunos.
Segundo Moreto (2008, p. 17), o foco da escola tradicional poderia ser sintetizado da seguinte
maneira: “aquisição de conteúdos seleccionados das diferentes ciências, tendo um critério
essencialmente acadêmico, com grande desvinculação das representações já trazidas pelo aluno e
de seu contexto social e político”.

Nesse contexto, o aluno é um simples repetidor de informações, muitas vezes não compreendidas
ou vazias de significados para ele. Não cabe ao aluno o papel de escolher o que deve ou não
saber, nem a maneira pela qual essa aprendizagem deva ser feita. A ele cabe aprender o que é
colocado, da forma como foi planejado, e repetir no momento da verificação da aprendizagem. O
prazer de aprender desaparece quando a aprendizagem é reduzida a provas e notas; os alunos
passam a estudar para se dar bem na prova e para isso têm de memorizar as respostas
consideradas certas pelo professor. Desaparecem o debate, a polêmica, as diferentes leituras do
mesmo texto, o exercício da dúvida e do pensamento divergente, a pluralidade. A sala de aula se
torna um pobre espaço de repetição, sem possibilidade de criação e circulação de novas ideias.

1.1.2. Proposta construtivista

A nova visão da relação entre professor, aluno e conhecimento, preconizada pela perspectiva
construtivista sociointeracionista, está representada pela característica fundamental de interação
que se estabelece entre professor, aluno e conhecimento. Nessa relação, além de transmissor de
informações, o professor é o elemento mediador (catalisador) da interação entre o aluno e o
conhecimento socialmente construído, cabendo a ele a função de criar as condições mais
favoráveis à aprendizagem do aluno. Assim o ensino deixa de ser uma transmissão de
conhecimentos (verdades prontas), para constituir-se em processo de elaboração de situações
didático-pedagógicas que facilitem a aprendizagem, isto é, que favoreçam a construção de
relações significativas entre componentes de um universo simbólico (MORETO, 2003, p. 101).
Portanto, percebe-se que a perspectiva construtivista sociointeracionista propõe uma nova relação
entre o professor, o aluno e o conhecimento. Ela parte do princípio de que o aluno não é um
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simples acumulador de informações, ou seja, um mero receptor-repetidor. Ele é o construtor do
próprio conhecimento, e essa construção se dá com a mediação do professor, numa acção do
aluno que estabelece a relação entre suas concepções prévias e o objecto do conhecimento
proposto pela escola, assim, fica claro que a construção do conhecimento é um processo interior
do sujeito da aprendizagem, estimulado por condições exteriores criadas pelo professor.

Avaliar é dinamizar oportunidades de reflexão e exige um acompanhamento permanente do


professor, propondo sempre ao aluno novas questões, novos desafios. Dessa maneira, a avaliação
deixa de ser um momento terminal do processo educativo como acontece hoje e passa a
representar a busca incessante pela compreensão das dificuldades do educando e a dinamização
de novas oportunidades de conhecimento. A finalidade do ensino e da avaliação da aprendizagem
é criar condições para o desenvolvimento de competências do aluno. Assim, ele deve estar
preparado para ler textos de revistas, jornais e manuais e demonstrar que possui recursos para a
abordagem de situações complexas, interpretando coerentemente, mesmo que não tenha nenhum
contato com os autores dos mesmos. Portanto, quanto mais completa for a formulação das
questões, melhor será a formação do aluno para sua vida profissional. Na visão construtivista, o
interesse do aluno está intimamente relacionado às questões cognitivas, a curiosidade desperta o
interesse e a criança curiosa pergunta muito, é atenta à explanação do professor, procura
explicações para o que foi apresentado, lê a respeito. As questões são encaradas como desafios a
serem enfrentados. O aluno passa a se sentir seguro diante de determinadas questões colocadas
pelo professor, entusiasmado de por à prova suas descobertas, sem medo de errar. Dessa maneira
ele tenta mais, inventa mais e consequentemente faz novas descobertas.

1.1.3. O professor mediador

Numa perspectiva construtivista de aprendizagem, o professor está presente como mediador,


facilitador e catalisador do processo da aprendizagem. Sua presença é indispensável como
elemento organizador do contexto de aprendizagem, para facilitar a construção das
representações pelo aluno. Dessa forma, o professor não é transmissor de conhecimento, mas sim
quem prepara as melhores condições para a construção do conhecimento pelo aluno, que
acontece a partir das próprias experiências, que certamente são diferentes para cada um
(MORETO, 2008 p. 35).

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Porém, percebe-se aqui que o professor construtivista deve dominar os três núcleos de
conhecimento, considerando o conceito de aprendizagem mediada: os conteúdos específicos de
sua disciplina e seu contexto; as características psicossociais e cognitivas do aluno; e as
habilidades e competência do mediador do processo da aprendizagem, porque a acção avaliativa
mediadora está presente entre as tarefas dos alunos e consiste na análise dos seus entendimentos
de forma educativa, favorecendo que a criança alcance um saber competente. Nessa concepção
cada uma das tarefas significa um estágio de sua evolução, do seu desenvolvimento e, portanto,
não há como somá-las para calcular uma média. Elas complementam-se, é importante o registro
detalhado das questões observadas, para posteriores intervenções. Tais dados não podem
permanecer como informações generalizadas ou superficiais, sendo necessário um
acompanhamento sério e significativo que não se resume a números de acertos ou a conceitos
amplos.

1.1.4. Funções da avaliação

A avaliação formativa indica o que deveria ser feito para tornar a avaliação verdadeiramente
útil em situação pedagógica. Considera-se que a avaliação formativa é uma avaliação
informativa. “Caracteriza-se por um processo interpretação-intervenção sobre o desenvolvimento
do ensino-aprendizagem com a finalidade de garanti-lo, aprimorá-lo, direcioná-lo, enfim, de dar
condições efetivas para que o ensino e a aprendizagem ocorram com sucesso”. “É formativa toda
a avaliação que auxilia o aluno a aprender e a se desenvolver, ou seja, que colabora para a
regulação das aprendizagens e do desenvolvimento no sentido de um projeto educativo”
(PERRENOUD apud HADJI, 2001, p. 20).

A avaliação somativa, realizada ao final de um curso, período lectivo ou unidade de ensino,


consiste em classificar os alunos de acordo com os níveis de aproveitamento. Geralmente tem em
vista a promoção do aluno de uma série para outra (HAYDT, 1988, p. 18).

A avaliação somativa (como os exames finais) também pode e deve cumprir finalidades da
avaliação formativa, mas em outro nível. Para os alunos é tarde demais, mas não para o professor
e para a instituição, que podem e devem utilizar esses dados (por exemplo, número de
reprovações) para avaliar o processo e tomar decisões que ajudem a melhorá-lo.

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Na autoavaliação, o aluno participa de maneira mais ampla e activa no processo de
aprendizagem, uma vez que tem a oportunidade de analisar seu progresso nos estudos, suas
atitudes e comportamento diante do professor e colegas. A autoavaliação é a melhor forma de
conduzir ao aperfeiçoamento.

Perrenoud (1999, p. 11) afirma que “não se trata mais de multiplicar os feedbacks externos, mas
de formar o aluno para a regulação de seus próprios processos de pensamento e aprendizagem”.
A avaliação deve ser, sempre que possível, acompanhada e complementada pela autoavaliação.
Se pretendemos que nossos alunos sejam activos no processo de aprendizagem, eles devem
tornar-se activos também no processo de avaliação.

1.1.5. A avaliação no PEA qualitativo

A avaliação é espaço de mediação, aproximação, diálogo entre formas de ensino dos professores
e percursos de aprendizagens dos alunos, servindo para orientar o docente a ajustar seu fazer
didáctico. Mas o fazer avaliativo e a maneira de vivenciá-lo não dependem exclusivamente da
atitude do professor, são condicionados pela cultura institucional.

Desenvolver uma nova postura avaliativa exige constantes mudanças na prática da avaliação e
rompimento com a cultura da memorização, classificação, selecção e exclusão tão presente no
sistema de ensino. Isto nos leva a reflectir sobre algumas questões do fazer da avaliação. São
elas:

a) Para que avaliar?


b) O que é avaliar?
c) O que avaliar?
d) Quando avaliar?
e) Como avaliar e o que fazer com os resultados da avaliação?

Esses questionamentos representam as dúvidas dos professores no momento de seu trabalho


pedagógico. A reflexão sobre essas perguntas colabora para a autonomia didática dos professores,
levando a uma sólida fundamentação teórica (SILVA, HOFFMANN, ESTEBAN, 2003, p. 16).

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Portanto, é fundamental que os objectivos do ensino sejam atentamente analisados e construídos
pelo corpo docente da escola, as expectativas do que esperamos do aluno guiam os processos
avaliativos e todas as práticas pedagógicas no interior da instituição. Precisamos saber
exatamente por que estamos avaliando para poder decidir os instrumentos de avaliação a serem
usados, bem como as formas de registro dos resultados. O aluno tem um papel activo no processo
da aprendizagem e a ajuda que o professor pode dar é planejar sua intervenção pedagógica
visando a facilitar a aprendizagem. Esse planejamento leva em conta quatro factores principais:

 As suas qualidades pessoais;


 As características de seus alunos;
 As especificidades da disciplina que leciona e;
 Os recursos disponíveis na escola”.

O aluno aprende à medida que responde aos incentivos do professor, fazendo parte do processo,
por isso, o professor tem como responsabilidade criar um contexto para facilitar a aprendizagem.
A discussão sobre a avaliação escolar está diretamente vinculada ao processo de ensino e
aprendizagem, ou seja, à prática pedagógica do professor. Porém, muitos educadores percebem o
processo em questão de modo dicotomizado: o professor ensina e o aluno aprende. No entanto,
a avaliação deve ter como objectivo a qualidade da prática pedagógica do professor. A mesma é
condição necessária para a construção da aprendizagem bem sucedida do aluno e não para
classificar ou discriminar, mas um parâmetro para a práxis educativa.

Gasparin (2005) destaca também que a avaliação da aprendizagem na concepção dialética do


conhecimento, é a manifestação de quanto o aluno se apropriou das soluções para a resolução dos
problemas e das questões levantadas, ou seja, do conhecimento adquirido. O autor explica que na
referida concepção dialética, a proposta pedagógica tem como primeiro passo, ver a prática social
dos sujeitos da educação, a tomada de consciência sobre esta prática, levando professores e
alunos a teorizar sobre a realidade, isto possibilita passar do senso comum para os conhecimentos
científicos e retornar à pratica social de origem com uma perspectiva transformadora desta
realidade. Sendo assim, com o conhecimento teórico adquirido, o aluno vai atuar sobre seu meio
social com um entendimento mais crítico, elaborado e consistente.

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Os novos desafios do mundo contemporâneo exigem inovações didático pedagógicas que possam
contribuir para que a escola cumpra com seus objetivos de ensino e aprendizagem
proporcionando um espaço repleto de possibilidades. Sendo a avaliação uma das etapas da
atividade escolar, é necessário que esteja sintonizada com a finalidade do processo ensino e
aprendizagem e como possibilidade de perceber nos sujeitos escolares suas fragilidades, seus
avanços e desta forma, mediar o processo de apropriação do conhecimento e conseqüentemente,
com a função social da escola que é a de promover o acesso aos conhecimentos socialmente
produzidos pela humanidade a fim de possibilitar ao aluno condições de emancipação humana.
Deste modo, a educação ofertada pela instituição escolar deve possibilitar o processo dialético de
trabalho pedagógico para formar alunos autônomos em sua aprendizagem e em seu
desenvolvimento humano, produtores de conhecimento crítico e significativo, conscientes e
compromissados com a melhoria do seu meio social. O conhecimento deve ajudar a compreender
o mundo e nele intervir sendo que a principal finalidade da avaliação no processo escolar é ajudar
a garantir a formação integral do aluno pela mediação do conhecimento e da aprendizagem por
parte de seus alunos. Esta concepção de avaliação exige uma mudança de postura do professor o
qual deve investir suas potencialidades, não no controle do que foi transmitido e sim na
aprendizagem dos alunos. Nesta concepção dialética, a forma de trabalho em sala de aula terá que
sofrer mudanças.

Também, é preciso olhar para o que cada aluno já sabe e para suas reais necessidades e, isso
significa olhar para a prática e para a teoria que sustenta essa prática, articulando-as com a
dinâmica do trabalho em sala de aula. Superar os conteúdos desvinculados da prática social dos
alunos e a metodologia passiva, uma vez que o professor, pela avaliação, vai acompanhar a
construção da aprendizagem do aluno na perspectiva de superação do senso comum. Com uma
concepção dialética da educação, supera-se o sujeito passivo da educação tradicional, quanto o
sujeito ativo da educação nova, em direção ao sujeito interativo.

Os novos estudos que subsidiam as discussões sobre avaliação escolar, organização da


escolaridade fundamental e o papel dos professores e dos alunos acrescentam às reflexões o
debate em torno de novas formas de organização do tempo e espaço escolares.

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Mas, ao serem estabelecidas novas práticas avaliativas, estas devem vir acompanhadas de outros
aspectos, como “a autonomia da unidade escolar, um currículo dinâmico, flexível e
contextualizado, formação continuada dos professores, valorização do trabalho colectivo na
escola, a continuidade das propostas pedagógicas” (SILVA, HOFFMANN, ESTEBAN, 2003, p.
94).

Em suma, à medida em que buscamos promover o desenvolvimento de uma nova cultura de


avaliação da aprendizagem escolar para a melhoria da qualidade da educação ofertada em escolas
públicas de ensino, compreendemos que vários fatores interferem no desempenho dos alunos.
Muitos cuidados devem ser tomados no desenvolvimento da prática avaliativa do conhecimento
dos alunos utilizando procedimentos que assegurem realmente o pleno desenvolvimento destes,
evitando a comparação dos alunos entre si, o que caracterizaria uma prática avaliativa
classificatória, portanto indesejável do ponto de vista pedagógico atual. Portanto, é necessário
que a escola abra cada vez mais espaços para estudo e reflexão, onde todo o coletivo escolar
encontre caminhos para oferecer uma formação adequada a partir de melhores condições
pedagógicas e estabelecimento de estratégias significativas, tendo em vista o desenvolvimento
dos alunos dentro da dinâmica social, uma vez que sempre encontramos uma resistência a tudo
que é novo também no âmbito educacional.

Propostas de acção coletivas e articuladas certamente seriam o fio condutor para construir e
efectivar uma práctica educativa transformadora. Há também que se considerar os hábitos
cristalizados de prácticas pedagógicas conservadoras e autoritárias que permearam a formação de
muitos professores. Entende-se que um professor é verdadeiramente mediador quando começa
seu trabalho a partir do que o aluno sabe, isto é, tem como ponto de partida a prática da avaliação
diagnóstica, objetivando auxiliar o aluno no seu desenvolvimento pessoal a partir do processo de
ensino-aprendizagem. Do professor espera-se, a partir de uma prática em sala de aula segura e
responsável, embasada em um conhecimento teórico condizente com os avanços científicos
contemporâneos, verificar em que medida os conhecimentos anteriores de seus alunos ocorreram,
acolher a situação real e tomar decisões para obter resultados cada vez mais satisfatórios na
construção do conhecimento, proporcionando aos mesmos a oportunidade de compreender a
realidade e sobre ela se posicionar, enfrentar e resolver a contento os problemas nela existentes.

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2. Conclusão

Feito esta pesquisa bibliográfica, pode-se inferir que a educação ofertada pela instituição escolar
deve possibilitar o processo dialético de trabalho pedagógico para formar alunos autônomos em
sua aprendizagem e em seu desenvolvimento humano, produtores de conhecimento crítico e
significativo, conscientes e compromissados com a melhoria do seu meio social. O conhecimento
deve ajudar a compreender o mundo e nele intervir sendo que a principal finalidade da avaliação
no processo escolar é ajudar a garantir a formação integral do aluno pela mediação do
conhecimento e da aprendizagem por parte de seus alunos. Esta concepção de avaliação exige
uma mudança de postura do professor o qual deve investir suas potencialidades, não no controle
do que foi transmitido e sim na aprendizagem dos alunos. Nesta concepção dialética, a forma de
trabalho em sala de aula terá que sofrer mudanças.

No entanto, a avaliação deve ter como objectivo a qualidade da prática pedagógica do professor.
A mesma é condição necessária para a construção da aprendizagem bem sucedida do aluno e não
para classificar ou discriminar, mas um parâmetro para a práxis educativa.

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3. Referência bibliográfica

GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 3.ed. Campinas, SP:
Autores Associados, 2005.

HAYDT, Regina Cazaux. Avaliação do processo ensino-aprendizagem. São Paulo: Ática, 1988.

HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação Mediadora. Porto Alegre: Editora Mediação,
1996.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1990.

MORETO, Vasco Pedro. Prova: um momento privilegiado de estudo, não um acerto de contas. 8.
ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2008.

SANT’ANNA, Ilza Martins. Por que avaliar?: como avaliar?: critérios e instrumentos. 12. Ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.

VASCONCELLOS, Celso. Avaliação: concepção dialética libertadora do processo de avaliação


escolar. 15. Ed. São Paulo: Libertad, 2005.

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