Anexo II - Memorial Descritivo

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MUNICÍPIO DE XANGRI-LÁ

SECRETARIA DE PLANEJAMENTO

MEMORIAL DESCRITIVO – REVISÃO 03


PROJETOS DE ELÉTRICO E ILUMINAÇÃO PÚBLICA
REVITALIZAÇÃO DA AVENIDA BEIRA MAR DE ATLÂNTIDA
MUNICÍPIO DE XANGRI-LÁ/RS
EXTENSÃO: 465,00m
CR Nº879146/2018

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1. INTRODUÇÃO

O presente memorial destina-se a apresentar os dados técnicos, referente ao


projeto de revitalização da Iluminação Pública da orla da beira mar de Atlântida,
localizado junto ao calçadão na Avenida Beira Mar, o qual será executado pela Prefeitura
Municipal de Xangri-Lá.
O Projeto de Revitalização da Iluminação Pública da Orla da beira mar contará
com a instalação de 16 postes, os quais irão iluminar a beira mar de Atlântida, e o
dimensionamento para mais 02 postes a serem instalados futuramente.
Inicialmente este projeto de revitalização terá a extensão de 465m, iniciando na
Avenida Beira Mar, próximo à Rua Itapema, e terminando na Av. Beira Mar, próximo da
Avenida Juriti. No futuro com a inserção dos 2 postes restantes, a revitalização atenderá
uma extensão de 527m da orla da beira mar de Atlântida.
Para a execução do referido projeto, na Av. Beira Mar, no trecho compreendido
pelas Avenidas Guatambu e Central, será necessário o deslocamento da rede elétrica de
distribuição para o outro lado da Avenida Beira Mar. Este deslocamento da rede não
será objeto deste memorial e projeto, sendo que esta readequação na rede elétrica de
distribuição será executada pela Prefeitura Municipal de Xangri-Lá em projeto distinto.
Contudo o referido projeto de Revitalização de Iluminação Pública da Orla de
Atlântida, só poderá ser executado após a obra de deslocamento da rede elétrica de
distribuição.
Este memorial e especificações estabelecem as condições e requisitos técnicos
que deverão ser obedecidos pela CONTRATADA na execução dos serviços, e em
conjunto com o projeto, detalhamentos e Normas Técnicas Brasileiras aqui citadas ou
ainda a aquelas que porventura venham a substituí-las, servirá de documento hábil a
ação da FISCALIZAÇÃO.
Qualquer dúvida sobre este memorial e especificações, ou ainda, sobre os
detalhes do projeto executivo deverá ser discutida com a FISCALIZAÇÃO do
CONTRATANTE com antecedência mínima de 10 (dez) dias sobre a data prevista no
cronograma contratual.

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A CONTRATADA, nos termos da legislação vigente, assume integral
responsabilidade técnica e civil sobre todos os materiais e serviços a serem adotados na
execução da obra.

Empresa Responsável pelos PROJETOS:

Base1 Projeto e Gestão Ltda.


CNPJ: 09.258.551/0001-24
Endereço: Rua Bento Gonçalves, 31 – Centro – Esteio/RS
Tel.: 51 3033.4554
Registro CREA/RS: 154299
Registro CAU/RS: 31399-8

Equipe Técnica:

Coordenação Técnica

Nome: Alberto de Medina Coeli Villwock


Qualificação: Arquiteto e Urbanista
Nº Registro do CAU: A112232-0

Responsabilidade Técnica

Nome: Alberto de Medina Coeli Villwock


Qualificação: Arquiteto e Urbanista
Nº Registro do CAU: A112232-0

Nome: Julio César Thiesen


Qualificação: Engenheiro Civil
Nº Registro do CREA/RS: 126801-D

Nome: Bruno Viegas da Silveira


Qualificação: Engenheiro Eletricista
Nº Registro do CREA/RS: 147011

Nome: Rafael Pimentel Ivannoff


Qualificação: Engenheiro Civil
Nº Registro do CREA/RS: 134470

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2. GENERALIDADES

Só serão aceitos materiais de primeira qualidade, não sendo admitido materiais


de 2ª e 3ª qualidade.
É obrigatória a visita ao local da obra/serviço por parte dos licitantes, antes da
apresentação de suas propostas. Todas as condições locais deverão, então, ser
adequadamente observadas, devendo ainda ser pesquisados e levantados todos os
elementos, quantitativos e etc. que possam ter influência no desenvolvimento dos
trabalhos, de modo que não serão atendidas solicitações durante os serviços sob o
argumento de falta de conhecimento das condições de trabalho ou de dados do projeto.
A não ser quando especificados em contrário, os materiais a serem empregados
nos serviços serão todos nacionais, novos, de primeira qualidade (assim entendida a
gradação de qualidade superior, quando existirem diferentes gradações de qualidade
de um mesmo produto) e de acordo com as especificações da ABNT e da Secretária de
Obras, sendo expressamente vedado o uso de material improvisado em substituição ao
especificado, assim, como não se admitirá a adaptação de peças, seja por corte ou por
outro processo, a fim de usá-las em substituição a peças recomendadas e de dimensões
adequadas.
A FISCALIZAÇÃO examinará todos os materiais recebidos no canteiro da obra
antes de sua utilização e poderá impugnar o emprego daqueles que, a seu juízo, forem
julgados inadequados. Neste caso, em presença do responsável pela execução da obra,
serão retiradas amostras para a realização de ensaios de caracterização das qualidades
dos materiais.
Deverá ser entregue à FISCALIZAÇÃO da Obra, um Plano de Medicina e
Segurança do Trabalho específico para a obra em questão, baseados principalmente NR-
4, NR-6 e NR-18.
Todas as madeiras empregadas na obra deverão ser certificadas quanto à
procedência (origem), tanto através dos fornecedores das unidades brutas como das
beneficiadas ou sob a forma de produtos.

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Quando houver motivos ponderáveis para a substituição de um material
especificado por outro, a CONTRATADA, em tempo hábil, apresentará, por escrito à
FISCALIZAÇÃO, a proposta de substituição, instruindo-a com as razões determinantes do
pedido e orçamento comparativo, sendo que sua aprovação só poderá efetivar-se
quando a CONTRATADA:
a) Firmar declaração de que a substituição se fará sem ônus para o Contratante;
b) Apresentar provas de equivalência técnica do produto proposto em
substituição ao especificado, compreendendo, como peça fundamental, o laudo de
exame comparativo dos materiais, efetuado por laboratório tecnológico idôneo, a
critério da Contratante.
Serão de uso obrigatório, os equipamentos de proteção individual como:
capacetes, protetores faciais, óculos de segurança, equipamentos para proteção dos
pés, pernas, mãos e braços, cintos de segurança, equipamentos de proteção auditiva
etc., de acordo com as Normas do Ministério do Trabalho.
Durante a obra, a construtora deverá tomar todas as providências quanto à
integridade física de seus funcionários e terceiros, sendo que quaisquer danos materiais
ou físicos são de inteira responsabilidade da CONSTRUTORA, cabendo aos seus
responsáveis as devidas penalizações, indenizações ou reposições.

3. EXECUÇÃO E PLANEJAMENTO DOS SERVIÇOS

A execução de todos os serviços será de acordo com as especificações de serviços


contidos no presente memorial e as Normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas - ABNT.
A obra será executada de acordo com o cronograma de execução apresentado
na proposta, devendo a CONTRATADA, sob a coordenação da FISCALIZAÇÃO e em
conjunto com a CONTRATANTE, definir um plano de obras coerente com os critérios de
segurança e agilidade.
Reunião de partida de obra: Após a assinatura do contrato e antes do início da
obra, deverá ser realizada uma reunião com a participação dos representantes da
FISCALIZAÇÃO, da CONTRATANTE e da CONTRATADA, a fim de estabelecer todos os

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critérios para andamento das atividades e conclusão das etapas previstas. A reunião
deverá ser registrada em ata, citando todos os aspectos relevantes da obra.
Deverão ser discutidos, entre outros, os serviços considerados críticos, de
maneira a estabelecer regras (técnicas, horários, cuidados necessários etc.) para sua
execução.
O cronograma físico-financeiro apresentado na proposta da CONTRATADA
deverá ser estudado, analisado e reformulado após a reunião de partida de obra, a fim
de contemplar todas as condições estabelecidas e definidas entre os representantes da
FISCALIZAÇÃO, da CONTRATANTE e da CONTRATADA.
O cronograma de execução definitivo deverá ser apresentado à FISCALIZAÇÃO
da obra até, no máximo, 07(sete) dias para a devida aprovação e acompanhamento dos
serviços.
Qualquer alteração pretendida no cronograma de execução, bem como
substituição de materiais ao longo da obra deverá ser devidamente justificada e
submetida à apreciação da FISCALIZAÇÃO, sem prejuízo do ritmo dos trabalhos durante
este prazo.
A cada 30 dias, no máximo (a definir da reunião de partida de obras), deverá ser
realizada uma reunião entre o representante da FISCALIZAÇÃO, da CONTRATANTE e da
CONTRATADA para revisar, redefinir e reprogramar o cronograma físico da obra se
necessário, levando em consideração o andamento dos trabalhos versus o cronograma
físico apresentado pela CONTRATADA.

3.1. CONTROLES TECNOLÓGICOS

A CONTRATADA se obrigará a efetuar um rigoroso controle tecnológico dos


elementos utilizados na obra.

3.2. VERIFICAÇÕES E ENSAIOS

A CONTRATADA se obrigará a verificar e ensaiar os elementos da obra ou de


serviços em que se julgar necessária a verificação final para fins de aferir a sua qualidade,
a critério da FISCALIZAÇÃO.

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3.3. AMOSTRAS

A CONTRATADA deverá submeter à apreciação da FISCALIZAÇÃO amostras dos


materiais e/ou acabamentos a serem utilizados na obra, podendo ser danificadas no
processo de verificação.
As despesas decorrentes de tal providência correrão por conta da CONTRATADA.

3.4. ASSISTÊNCIA TÉCNICA

Após o recebimento provisório da obra ou serviço, e até o seu recebimento


definitivo, a CONTRATADA deverá reparar todas as imperfeições detectadas na vistoria
final.

3.5. ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

A CONTRATADA deverá apresentar ARTs do CREA e/ou RRTs do CAU referentes


à execução da obra ou serviço, com as respectivas taxas recolhidas, antes do início da
execução.

3.6. SEGUROS

A CONTRATADA deverá providenciar Seguro de Risco de Engenharia para o


período de duração da obra.
Compete à CONTRATADA providenciar, também, seguro contra acidentes,
contra terceiros e outros, mantendo em dia os respectivos prêmios.

3.7. EQUIPAMENTOS, MÁQUINAS E FERRAMENTAS

A CONTRATADA deverá utilizar máquinas, equipamentos e ferramentas


adequados aos serviços propostos, bem como quando explicitamente indicado em
projeto ou exigido pela FISCALIZAÇÃO, a fim de obter um resultado satisfatório na
execução do trabalho.

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Todo o maquinário, equipamentos e ferramentas que a CONTRATADA utilizar
deverá estar em bom estado de conservação e poderá a FISCALIZAÇÃO exigir a sua
substituição, desde que julgue em mau estado ou inadequado para o uso.
Nos casos de acúmulo de águas de qualquer natureza em locais de trabalho na
obra , a CONTRATADA deverá realizar o seu esgotamento manual ou, se a Fiscalização
julgar necessário, por meio de bomba hidráulica de sucção com potência mínima de 1CV,
juntamente com os devidos acessórios de operação, de forma a evitar a interrupção
prolongada dos serviços.

3.8. TRANSPORTE DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

O transporte de materiais e equipamentos referentes à execução da obra ou


serviço será de responsabilidade da CONTRATADA.

3.9. CÓPIAS E PLOTAGENS

As despesas referentes a cópias, plotagens e outras, correrão por conta da


CONTRATADA.
A CONTRATADA deverá manter obrigatoriamente na obra, no mínimo dois
conjuntos completos das peças técnicas pertencentes ao processo.

3.10. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC

Em todos os itens da obra, deverão ser fornecidos e instalados os Equipamentos


de Proteção Coletiva que se fizerem necessários no decorrer das diversas etapas da
obra, de acordo com o previsto na NR-18 da Portaria nº 3214 do Ministério do Trabalho,
bem como demais dispositivos de segurança necessários, incluídos os Equipamentos de
Proteção Individuais.

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3.11. PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO-AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA
DA CONSTRUÇÃO – PCMAT

Será de responsabilidade da CONTRATADA a elaboração e implementação do


PCMAT nas obras com 20 (vinte) trabalhadores ou mais, contemplando os aspectos da
NR-18 e os demais dispositivos complementares de segurança.
O PCMAT deverá ser elaborado por Engenheiro de Segurança e executado por
profissional legalmente habilitado na área de Segurança do Trabalho.
O PCMAT deve ser mantido na obra, à disposição da FISCALIZAÇÃO e do órgão
regional do Ministério do Trabalho.

3.12. VIGILÂNCIA

Será de responsabilidade da CONTRATADA exercer severa vigilância na obra,


tanto no período diurno como noturno, excluída a responsabilidade da CONTRATANTE
com relação a equipamento ou materiais que porventura possam ser perdidos,
danificados, roubados ou por qualquer outro motivo de força maior.

3.13. DIÁRIO DE OBRAS

A CONTRATADA deverá apresentar um modelo do Diário de Obras, que será


exigido para preenchimento, devendo ela providenciar a impressão gráfica de número
suficiente de folhas para toda a obra, sendo uma folha para cada dia de obra. A
CONTRATADA deverá prever a complementação de páginas no Diário de Obras caso haja
necessidade, não devendo faltar páginas ao mesmo durante o decorrer da obra sob
pena das sanções administrativas previstas.
O Diário de Obras será preenchido pela FISCALIZAÇÃO e pela CONTRATADA,
sendo a 1ª(primeira) via recolhida periodicamente à Divisão de Obras do Departamento
Técnico.
Em nenhuma hipótese o Diário de Obras poderá sair da obra sem autorização
expressa da FISCALIZAÇÃO. O Diário de Obras deverá sempre estar disponível assim que
a FISCALIZAÇÃO solicitar, devendo este estar em local único definido na reunião de

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partida de obras, e atualizado diariamente, sendo expressamente proibido o seu
preenchimento posteriormente.
Qualquer violação destas determinações, a CONTRATADA ficará sujeita a
aplicação das sanções administrativas vigentes.

3.14. CONSIDERAÇÕES GERAIS

3.14.1. ADMINISTRAÇÃO DA OBRA

A administração da obra será exercida pelo Profissional Responsável e o


Encarregado Geral da Obra, ambos pertencentes ao quadro de funcionários da
CONTRATADA.

3.14.2. EXECUÇÃO DA OBRA

Toda mão-de-obra empregada na execução deverá ser qualificada e


devidamente especializada. Ficará a critério da FISCALIZAÇÃO o julgamento da mão-de-
obra.
A CONTRATADA ficará obrigada a refazer por sua conta exclusiva, todos os
trabalhos que a FISCALIZAÇÃO impugnar por má qualidade ou que contrarie as
condições contratuais ou de projeto.
A CONTRATADA ficará obrigada a retirar da obra imediatamente após o
recebimento da ordem correspondente no Diário de Obras, qualquer funcionário e/ou
tarefeiro que, a critério da FISCALIZAÇÃO, venha a demonstrar conduta nociva ou
incapacidade técnica.

3.14.3. PROJETOS

Os serviços serão realizados em rigorosa observância as peças técnicas


pertencentes do projeto e respectivos detalhes, bem como em estrita observância às
prescrições e exigências contidas no memorial descritivo, todos eles convenientemente
autenticados por ambas as partes como elementos integrantes do contrato e valendo
como se, no mesmo contrato, efetivamente transcritos fossem.

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Em caso de divergências entre os Memoriais Descritivos e os projetos, os
responsáveis técnicos deverão ser comunicados.
Em caso de divergências entre as cotas dos desenhos e suas dimensões, medidas
em escala, os responsáveis técnicos dos projetos deverão ser comunicados.
Em caso de discrepância entre o projeto e as condições locais, estas deverão ser
registradas no Diário de obras e comunicadas imediatamente à FISCALIZAÇÃO.
Para qualquer alteração nos projetos deverão ser consultados os respectivos
projetistas, devendo, para isto, a CONTRATADA solicitar ao mesmo termo de correção
do projeto, a serem incluídas no final da obra juntamente com o “As built” (como
construído).
Concluídas as obras, a CONTRATADA, fornecerá à FISCALIZAÇÃO o “As built”
(como construído – em meio físico e digital) e desenhos de qualquer elemento ou
instalação da obra que, por motivos diversos, tenha sofrido modificação no decorrer dos
trabalhos. O “As built” compreende todos os relacionados e demais detalhamentos.
Qualquer peça técnica e/ou detalhamento complementar que a critério da
CONTRATADA se fizer necessário à execução de determinado serviço, será executado
pela mesma e submetido à aprovação da FISCALIZAÇÃO e equipe de projetistas.

3.14.4. ESCRITÓRIO DE OBRA, ALOJAMENTO E DEMAIS DEPENDÊNCIAS

A CONTRATADA deverá providenciar as instalações provisórias para guarda de


materiais, áreas de convivência e sanitário no canteiro de obras, em espaço
disponibilizado pela CONTRATANTE, mantendo e conservando limpas suas instalações
até o final da obra.
Dentro da área destinada pela FISCALIZAÇÃO para as instalações provisórias da
CONTRATADA, deverá ser reservado um local para a FISCALIZAÇÃO, devendo ali ser
mantido permanentemente o Diário de Obra, além de um jogo completo de todas as
peças técnicas, todos em boas condições para consulta.

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4. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

4.1. SERVIÇOS PRELIMINARES

4.1.1. LIMPEZA DA ÁREA

A limpeza deverá ser realizada em toda a área, assim como nas áreas adjacentes
onde haverá trabalhos auxiliares. No local não deverão permanecer dejetos, detritos,
terra imprópria e/ou resíduos de qualquer natureza.
Ficará sob inteira responsabilidade da CONTRATADA as providências e medidas
necessárias para providenciar os locais onde serão removidos os materiais impróprios
provenientes da limpeza do terreno. Fica, portanto, proibido o uso desses materiais para
qualquer finalidade dentro do recinto da obra ou áreas adjacentes.

4.1.2. PLACA DA OBRA

Em local, dimensões e modelo visual definido pela FISCALIZAÇÃO da Prefeitura


Municipal de Xangri-Lá, deverá ser providenciado o conjunto de placas (da empresa
construtora com seus responsáveis técnicos e da Prefeitura Municipal).
Deverá estar fixado em estruturas de madeira de boa qualidade, pilares de
eucalipto enterrados parcialmente no solo através de cavas com preenchimento em
concreto magro.
As placas poderão ser constituídas por chapas de aço zincado ou em materiais
plásticos tipo banner.

4.1.3. CARGA MECANIZADA COM REMOÇÃO DE ENTULHOS

Após a limpeza os resíduos originados por esta intervenção serão carregados por
meios mecânicos em caminhões caçambas basculantes.
Ficarão sob inteira responsabilidade da CONTRATADA as medidas necessárias
para remover os detritos e terra imprópria.

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Todos os resíduos resultantes da obra, gerados em qualquer etapa, devem ser
acondicionados adequadamente conforme tabela abaixo. Posteriormente estes
resíduos devem ser destinados a reciclagem conforme determina a Lei 10.165/2010.

Resíduos Classe Acondicionamento


Caliça II Container
Ferro II Container
Concreto II Container
Tijolo/telha II Container
Latas tinta/solventes I Tambor 200 L/container
Estopa/panos impregnados I Tambor 200 L
com tinta/solvente
EPI’s contaminados I Tambor 200 L
Pincel/rolo I Tambor 200 L

OBS.: Caso a CONTRATADA julgue necessárias outras formas de acondicionamento,


estas devem ser apresentadas ao CONTRATANTE para serem aprovadas.

4.2. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – PROJETO E EXECUÇÃO

4.2.1. NORMAS

Durante todo o processo de execução das instalações elétricas, deverão ser


seguidas as especificações de normas técnicas, prevalecendo sempre a versão mais
atual das normas técnicas citadas a seguir:

- NBR 5410/2008 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão – ABNT (Associação


Brasileira de Normas Técnicas).
- NBR 5101/2018 – Iluminação Pública – ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas).
- NBR 16690 – Instalações Elétricas de Arranjos Fotovoltaicos – Requisitos de
Projeto – ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
- RIC-BT 2017 – Regulamento de Instalações Consumidoras em Baixa Tensão da
CEEE-D;

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As empresas responsáveis pela execução das instalações elétricas deverão
obrigatoriamente conhecer as normas citadas anteriormente, assim como segui-las
rigorosamente.

4.2.2. LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA

O projeto de revitalização da Iluminação Pública da Orla da Beira Mar,


inicialmente terá a extensão de 465m, iniciando na Avenida Beira Mar, próximo a Rua
Itapema, e terminando na Av. Beira Mar, próximo da Avenida Juriti. No futuro com a
inserção de mais 2 postes, pré definidos neste projeto, a revitalização atenderá uma
extensão de 527m da orla da beira mar de Atlântida
A rede elétrica de distribuição que será deslocada, para posteriormente ser feito
a obra de Revitalização da Iluminação Pública, está localizada na Avenida Beira Mar, no
trecho entre as Avenidas Guatambu e Central.
A Prancha 01 desde projeto apresenta a rede elétrica da Av. Beira Mar na sua
configuração atual. A Prancha 02 apresenta a rede elétrica de distribuição da Av. Beira
Mar na futura configuração, para poder ser executado o Projeto de Revitalização da
Iluminação Pública e a Prancha 03 apresenta rede elétrica de distribuição da Av. Beira
Mar na futura configuração juntamente com a nova Iluminação Pública da Orla.

4.2.3. CARACTERÍSTICAS DA ORLA DE ATLÂNTIDA SUL

A orla marítima de Atlântida SUL tem em média uma largura de 135m, do


alinhamento com o calçadão até a linha média da maré normal, sendo composto por
dunas e a faixa de areia entre dunas e o mar.
As dunas possuem em média uma largura de 55m, tendo em média a altura de
3m. Estas dunas estão localizadas entre o alinhamento do calçadão e a faixa de areia da
beira mar.
Como as dunas são áreas de preservação ambiental, as quais não podem sofrer
nenhuma alteração sem a devida liberação dos órgãos ambientais competentes, a

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iluminação da orla de Atlântida Sul deve seguir algumas restrições passadas pela
Secretaria do Meio Ambiente de Xangri-Lá. A iluminância sobre as dunas não pode ser
superior a 15lux.
A faixa de areia da beira mar tem em média 80m de largura, estando ela
localizada entre as dunas e a linha média da maré normal.

4.2.4. CÁLCULO LUMINOTÉCNICO DA ORLA

Para dimensionar as luminárias de modo correto e atender as especificações da


Secretaria do Meio Ambiente de Xangri-Lá, foi utilizado o software DIALux. O relatório
completo do cálculo luminotécnico da Iluminação das Dunas e da Beira Mar de Atlântida,
será apresentado em anexo a este memorial técnico.
Neste item serão apresentados os principais pontos do cálculo luminotécnico, o
tipo de luminária utilizada no software, características do poste e o resultado obtido.

4.2.4.1. PARAMETROS DA ORLA MARÍTMA DE ATLÂNDIDA

A orla marítima de Atlântida tem em média uma largura de 135m, do


alinhamento com o calçadão até a linha média da maré normal, sendo composto por
dunas e a faixa de areia entre dunas e o mar.
As dunas têm em média uma largura de 55m e uma altura média de 3m, já a faixa
de areia possui uma largura média de 80m.
O fator de manutenção utilizado para os cálculos foi de 0,80, sendo assim no
momento da instalação dos equipamentos, a iluminação será 25% maior do que o
resultado mostrado pelo projeto luminotécnico.

4.2.4.2. DADOS DA LUMINÁRIA

Para a elaboração dos cálculos luminotécnicos foi utilizado uma luminária para
ambientes externos do tipo orla marítima com fluxo luminoso (luminária) 43.810lm,
composta por uma lâmpada de LED com potência nominal de 400W e fluxo luminoso de
47.200lm.

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A figura 1 apresenta o modelo de luminária utilizada e o diagrama de
luminosidade desta luminária.

Figura 1 – Luminária Pública utiliza para o cálculo luminotécnico

Fonte: elaborado pelo autor

4.2.4.3. POSTES DAS LUMINÁRIAS DA ORLA

Os postes serão de aço galvanizado, tendo o formato cônico contínuo poligonal,


com comprimento de 15,88m e altura útil de 14,35m.
Este poste terá uma inclinação de 25° em relação ao eixo vertical, desta forma
irá reduzir os impactos da iluminação sobre as dunas e irá iluminar de forma mais
eficiente a faixa de areia da beira mar. Estarão localizados no alinhamento entre o
calçadão e as dunas da beira da praia.

4.2.4.4. RESULTADO DO ESTUDO LUMINOTÉCNICO

A seguir será apresentado o resultado do estudo luminotécnico para a


iluminação pública das dunas e da orla marítima de Atlântida Sul, onde foi utilizado
como base do estudo o software DIALux e os parâmetros mencionados anteriormente.
A figura 2 apresenta a renderização de cores falsas da iluminação pública das
dunas e da faixa de areia da beira mar, com as luminárias de LED de 400W.

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Figura 2 – Renderização de cores falsas.

Fonte: elaborado pelo autor

Como pode ser observado na figura 2, a iluminação pública das dunas e da faixa
de areia da beira mar obteve um resultado positivo, onde a iluminância máxima sobre
as dunas não ultrapassou os 15lux, atendendo assim as premissas da Secretaria de Meio
Ambiente de Xangri-Lá.

4.2.5. DIMENSIONAMENTO DA ILUMINAÇÃO DA ORLA

Neste item do memorial técnico será apresentado o dimensionamento dos


principais componentes que irão compor as luminárias públicas que irão iluminar a orla
marítima.
Inicialmente serão 16 postes de 14,35m de altura, contudo os
dimensionamentos dos eletrodutos, condutores, disjuntores e contatoras, será feito
com base em 18 postes. Estes 02 postes serão instalados posteriormente, sendo que a
rede elétrica já estará dimensionada para esta futura carga.

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4.2.6. LUMINÁRIAS

O dimensionamento das luminárias se deu através das simulações do software


DIALux, conforme apresentado no estudo luminotécnico, onde se buscou atender todas
as especificações necessárias e impostas pela Secretaria do Meio Ambiente de Xangri-
Lá.
Ao todo serão 16 postes de 14,35m de altura, instalados no alinhamento entre o
calçadão e as dunas. Cada poste terá o espaçamento de 31m, totalizando uma área de
465m a ser atendida por esta iluminação.
Cada poste terá quatro luminárias de LED de 400W, ou seja, a potência instalada
em cada poste será de 1600W, totalizando uma potência de 22.400W para toda a
iluminação da orla marítima de Atlântida.
Para atender esta iluminação será necessário a implantação de 3 medições
bifásicas em baixa tensão, as quais serão detalhadas nos próximos itens deste mesmo
memorial.
Todas as luminárias deverão ter um ângulo de abertura de no máximo 30°, para
direcionar os fachos de luz, minimizando os impactos sobre as dunas. Estas luminárias
devem ser próprias para utilização em áreas externas e em orlas marítimas.
As luminárias serão instaladas em linha uma ao lado da outra, sendo, duas
luminárias centrais e duas laterais, sendo a altura da linha média da luminária em
relação ao solo de 13,50m.
As luminárias laterais terão uma inclinação de 80° e -80° em relação ao eixo
horizontal. A figura 03 apresenta uma vista superior do poste e da disposição das quatro
luminárias.

Figura 3 – Disposição das luminárias no poste.

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Fonte: elaborado pelo autor.

Todas as luminárias terão uma inclinação de 100° em relação ao eixo vertical, ou


seja, o facho de luz não será perpendicular ao solo, ele terá uma inclinação para a parte
superior, minimizando assim a iluminação nas dunas e garantindo uma boa iluminação
na faixa de areia entre o mar e as dunas. A figura 4 apresenta uma vista lateral das
luminárias, demonstrando a inclinação superior.

Figura 4 – Vista lateral das luminárias

Fonte: elaborado pelo autor.

A figura 5 apresenta uma vista frontal das luminárias, demonstrando como ficará
à disposição das luminárias.

Figura 5 – Vista frontal das luminárias

Fonte: elaborado pelo autor.

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Na tabela 1 constam as principais características e especificações que as
luminárias, utilizadas na iluminação pública da orla marítima de Atlântida deverão
apresentar.

Tabela1 – Especificações das luminárias

Fonte: elaborado pelo autor

Este projeto tomou com modelo de luminária referência o projetor de LED da


marca LEDSTAR®, tipo High Pole e modelo HP-400. A utilização de modelos equivalentes
serão admitidos, desde que a CONTRATADA tenha autorização formal da FISCALIZAÇÃO.
Na eventual equivalência, o Fluxo luminoso da luminária (47.200lm) e a Vida útil
do LED (100.000h) especificados, deverão ser tomados como valores mínimos, tendo
em vista que estes valores têm variações conforme o fabricante. Nas demais
especificações, não será admitido alterações.

4.2.7. CIRCUITOS DE DISTRIBUIÇÃO

Neste item serão apresentados os cálculos para o dimensionamento dos


circuitos de distribuição, alocação das medições, cálculo de queda de tensão e cálculo
das correntes de cada circuito.

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4.2.8. CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO

A iluminação da orla marítima de Atlântida irá atender uma área, onde sua
extensão será de 465m de distância e deverá ser alimentada através de uma medição
em baixa tensão devido a sua potência total ser de 22,4kW.
Contudo conforme mencionado anteriormente, será dimensionado os
condutores de forma a atender a carga futura, com isso, os cálculos serão feitos
considerando 18 postes, com isso a extensão atendida passa para 527m e a potência
total passa a ser 28,4kW.
Para atender todos os 18 postes a melhor localização da medição deve ser bem
ao centro, distribuindo assim igualmente as cargas nas fases. Para isso deve-se também
atender a queda de tensão nos circuitos alimentadores, sendo que a norma NBR 5410
prevê uma queda de tensão de no máximo 5% calculados a partir do ponto de entrega.
A figura 6 apresenta o posicionamento dos 18 postes de iluminação da orla, com
suas respectivas distancias e o posicionamento da medição trifásica.

Figura 6 – Posicionamento dos postes e da medição trifásica

Fonte: elaborado pelo autor.

Nesta configuração foi dividido toda a carga, 28,8kW, em três circuitos


monofásicos, onde cada um iria atender 6 postes de 1600w, ou seja, cada circuito teria
9,6kW de carga. Com isso é possível calcular a corrente nominal de cada circuito e a
queda de tensão.
A corrente de cada circuito será obtida através da seguinte equação.

21
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 [𝑊]
𝐼𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 =
𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 [𝑉]

9600
𝐼𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 =
127

𝐼𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑎 = 75,6 𝐴

Com a corrente de cada circuito é possível dimensionar a seção do condutor que


será utilizado. Como estes condutores estarão acondicionados em eletroduto sob o solo,
devemos utilizar um fator de correção de 0,80 conforme NBR 5410, com isso a corrente
de cada circuito passará para 94,5A, pelas tabelas da NBR 5410 deveremos utilizar um
condutor de 25mm².
Para verificar se o condutor atende todas as solicitações deve ser feito o cálculo
da queda de tensão, para isso será calculada esta queda para os pontos mais distantes
da medição, e esta não poderá ser superior a 5%.

𝐼 .𝐿
𝛥𝑉 = 𝛼 . 𝜌
𝑉. 𝑆

75,6 . 263,5
𝛥𝑉 = 2 . 0,0172 .
127 . 25

𝛥𝑉 = 21,58 %

O alto valor da queda de tensão se deu devido a grande distância dos circuitos,
não sendo viável compensar ela utilizando condutores de maior seção, pois para isso
deveríamos utilizar condutores de 70mm².
Portanto para reduzir a queda de tensão deverá ser reduzido o tamanho dos
circuitos, para isso será necessário, utilizar 3 medições bifásicas para alimentar toda a
iluminação da orla. A figura 7 apresenta uma nova configuração de alimentação, onde
serão utilizadas 3 medições bifásicas para alimentar cada 6 postes, com isso reduzindo
a queda de tensão.

22
Figura 7 – Posicionamento dos postes e das medições bifásica

Fonte: elaborado pelo autor.

Nesta configuração foi dividido toda a carga, 28,8kW, em três medições bifásicas,
onde cada uma irá atender 6 postes de 1600w, ou seja, cada medição terá 9,6kW de
carga. Em cada medição bifásica haverá dois circuitos, cada um alimentando 3 postes de
1600W cada, ou seja, cada circuito terá uma carga total de 4800W. Com isso é possível
calcular a corrente nominal de cada circuito e a queda de tensão.
A corrente de cada circuito será obtida através da seguinte equação.

𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 [𝑊]
𝐼𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 =
𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 [𝑉]

4800
𝐼𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 =
127

𝐼𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑎 = 37,8 𝐴

Com a corrente de cada circuito é possível dimensionar a seção do condutor que


será utilizado. Como estes condutores estarão acondicionados em eletroduto sob o solo,
devemos utilizar um fator de correção de 0,80 conforme NBR 5410, com isso a corrente
de cada circuito passará para 47,25A, pelas tabelas da NBR 5410 podemos utilizar um
condutor de 10mm², conduto sabemos que este condutor não irá atender a queda de
tensão máxima de 5%, com isso será utilizado um condutor de 25mm².

23
Para verificar se o condutor atende todas as solicitações deve ser feito o cálculo
da queda de tensão, para isso será calculada esta queda para os pontos mais distantes
da medição, e esta não poderá ser superior a 5%.

𝐼 .𝐿
𝛥𝑉 = 𝛼 . 𝜌
𝑉. 𝑆

37,8 . 108
𝛥𝑉 = 2 . 0,0172 .
127 . 25

𝛥𝑉 = 4,42 %
Nesta nova configuração conseguimos atender os critérios de carga e queda de
tensão, com isso os circuitos alimentadores serão monofásico e irão atender 3 postes
com condutor de cobre de 25mm².
Localizado no pé de cada poste, haverá uma caixa de passagem, onde deverá ser
feito uma conexão de derivação para os condutores que irão alimentar cada poste.
Como visto anteriormente cada poste possui uma potência de 1600W e uma altura útil
de 15m, com isso é possível calcular a corrente e a queda de tensão.
A corrente de cada poste será obtida através da seguinte equação.

𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 [𝑊]
𝐼𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 =
𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 [𝑉]

1600
𝐼𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 =
127

𝐼𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑎 = 12,6 𝐴

Com a corrente de cada circuito é possível dimensionar a seção do condutor que


será utilizado. Como estes condutores estarão acondicionados em eletroduto no interior
do poste, devemos utilizar um fator de correção de 0,61 conforme NBR 5410, com isso
a corrente de cada poste passará para 20,65A, pelas tabelas da NBR 5410 podemos
utilizar um condutor de 2,5mm², conduto como a corrente total do circuito é 37,8 será
utilizado para a proteção deste circuito um disjuntor de 40A, com isso, deverá ser
utilizado um condutor que apresente uma capacidade de condução acima de 40A, com
isso será utilizado um condutor de 10mm².

24
Para verificar se o condutor atende todas as solicitações deve ser feito o cálculo
da queda de tensão, para isso será calculada esta queda para os pontos mais distantes
da medição, e esta não poderá ser superior a 5%.
𝐼 .𝐿
𝛥𝑉 = 𝛼 . 𝜌
𝑉. 𝑆

12,6 . 15
𝛥𝑉 = 2 . 0,0172 .
127 . 10

𝛥𝑉 = 0,51 %

4.2.9. CONDUTORES

Conforme os cálculos apresentados no item anterior será utilizado nos circuitos


alimentadores 2 condutores de cobre de 25mm², para fase e neutro, isolados para
0,6/1kV, com isolação de polietileno reticulado (XLPE) e encordoamento classe II. Para
o condutor de aterramento será utilizado um condutor de cobre de 10mm², com
isolação de polietileno reticulado (XLPE) e encordoamento classe II.
Para a alimentação de cada poste, será utilizado 3 condutores de cobre de
10mm², com isolação de polietileno reticulado (XLPE) e encordoamento classe II, sendo
um para a fase, um para o neutro e outro para o aterramento.
O condutor neutro deverá ser de cor azul claro, o condutor de aterramento
deverá ser na cor verde ou verde e amarelo, e o condutor fase pode ser de qualquer cor
não sendo as cores acima citadas.
Na tabela 2 constam as principais características e especificações que os
condutores, utilizados na iluminação pública da orla marítima de Atlântida, deverão
apresentar.

25
Tabela 2 – Especificações dos condutores

Fonte: elaborado pelo autor

4.2.10. ELETRODUTOS

Para o dimensionamento dos eletrodutos, respeitando a taxa de ocupação de


40%, seguiu-se o seguinte roteiro:
1) determinar a seção dos condutores que irão passar no interior do eletroduto;
2) determinar a área total de cada condutor (considerando a camada de
isolação) na tabela A;
3) efetuar a somatória das secções totais, obtida no item anterior;
4) com o valor da somatória, determinar na tabela B ou C (na coluna 40% da
área) o valor imediatamente superior ao valor da somatória e o respectivo
diâmetro do eletroduto a ser utilizado.
Seguindo este roteiro e os dados das tabelas 3 e 4, serão dimensionados os dutos
subterrâneos, os eletrodutos que estarão instalados no interior dos postes metálicos e
os eletrodutos que estarão instalados entre o quadro de comando e a caixa de passagem
instalada junto ao pé do poste da medição de energia elétrica.

26
Tabela 3 – Tabelas de dimensionamento

Fonte: FOXLUX

4.2.10.1. ELETRODUTOS SUBTERRÂNEOS

4.2.10.1.1. ELETRODUTOS SUBTERRÂNEOS - DIMENSIONAMENTO

1) Os circuitos alimentadores serão formados por 2 (dois) condutores de


25mm² cada e mais 1 (um) de 10mm².
2) Conforme tabela 3 a área total de cada condutor, considerando a camada de
isolação, será de 56,7mm² e 27,3mm²
3) A área total do circuito alimentador será obtida através da somatória da área
de cada condutor
𝐴 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐴𝐶𝑜𝑛𝑑1 + 𝐴𝐶𝑜𝑛𝑑2 + 𝐴𝐶𝑜𝑛𝑑3
𝐴 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 56,7 + 56,7 + 27,3
𝐴 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 104,7 𝑚𝑚²

4) Conforme tabela 3, o eletroduto de PVC para acondicionar os 2 condutores


de 25 mm² e mais o condutor de 10 mm², deverá ser um eletroduto com
diâmetro mínimo de 25 mm, contudo será utilizado um eletroduto de PVC
flexível de 32mm ou 1 1/4”.

27
Com isso os dutos subterrâneos terão o diâmetro de 32mm (1 ¼”), sendo o tubo
de PEAD (polietileno de alta densidade) flexível envelopado em concreto.
Na tabela 4 constam as principais características e especificações que os
eletrodutos subterrâneos, utilizados na iluminação pública da orla marítima de
Atlântida, deverão apresentar.

Tabela 4 – Especificações dos eletrodutos subterrâneos

Fonte: elaborado pelo autor

4.2.10.1.2. ELETRODUTOS SUBTERRÂNEOS - INSTALAÇÃO

Com isso os dutos subterrâneos de PEAD (polietileno de alta densidade) flexível


serão instalados à uma profundidade mínima de 30 cm e serão envelopados em
concreto.
As valas serão escavadas mecanicamente, na largura de 30 centímetros e
profundidade de 50 centímetros. Na medida em que for sendo concluído a escavação
deverá ser feito a regularização e o preparo do fundo, no sentido de jusante para
montante.
O material retirado deverá ficar ao lado para ser usado posteriormente no
reaterro, sendo que as massas excedentes que não se destinarem ao fim indicado acima
serão objeto de remoção para o bota-fora.
Após a regularização e compactação do fundo da vala será feito o lançamento da
primeira parte do envelopamento de concreto, com altura de 10cm. Ainda com o
concreto fresco, se dará o lançamento do eletroduto de PEAD corrugado de diâmetro
de 32mm (1 ¼”). Com o eletroduto posicionado, se executará a segunda parte do
envelopamento de concreto, com altura de 10cm.

28
As linhas de dutos terão uma declividade mínima de 1% que facilite o
escoamento para a caixa de passagem de eventuais águas de infiltração.
Sobre os dutos/envelope, serão instaladas fitas de advertência contínua
(Instalações Elétricas).
Após a montagem dos eletrodutos e envelopamento, a vala será preenchida e
compactada manualmente com o material escavado de maneira adequada, em camadas
não superiores a 20 cm.
Para execução destes serviços serão utilizados soquetes de madeira, ferro
fundido, concreto ou metálico.

4.2.10.2. ELETRODUTOS NO INTERIOR DOS POSTES

Estes eletrodutos estarão localizados no interior dos postes metálicos, e farão a


proteção e acondicionamento dos condutores que irão alimentar as luminárias de cada
poste.

1) Os circuitos de alimentação de cada poste serão formados por 3(três)


condutores 10mm².
2) Conforme tabela 3 a área total de cada condutor, considerando a camada de
isolação, será de 27,3mm²
3) A área total do circuito será obtida através da somatória da área de cada
condutor
𝐴 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐴𝐶𝑜𝑛𝑑1 + 𝐴𝐶𝑜𝑛𝑑2 + 𝐴𝐶𝑜𝑛𝑑3
𝐴 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 27,3 + 27,3 + 27,3
𝐴 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 81,9 𝑚𝑚²

4 – Conforme tabela 3, o eletroduto de PVC para acondicionar os 3 condutores


de 10 mm², deverá ser um eletroduto com diâmetro mínimo de 20 mm.

Com isso os eletrodutos instalados no interior dos postes metálicos terão o


diâmetro de 20mm e serão de polietileno flexível reforçado.

29
Na tabela 5 constam as principais características e especificações que os
eletrodutos instalados no interior dos postes, utilizados na iluminação pública da orla
marítima de Atlântida, deverão apresentar.

Tabela 5 – Especificações dos eletrodutos no interior dos postes

Fonte: elaborado pelo autor

4.2.10.3. ELETRODUTOS DO QUADRO DE COMANDO

Estes eletrodutos estarão localizados entre a caixa do quadro de comando, que


estará localizada a 4m de altura no poste da medição, e a caixa de passagem que estará
instalada junto ao pé do poste da medição.
Serão dois eletrodutos para cada quadro de comando, cada eletroduto receberá
um circuito alimentador.
1) Os circuitos alimentadores serão formados por 2 (dois) condutores de
25mm² cada e mais 1 (um) de 10mm².
2) Conforme tabela 3 a área total de cada condutor, considerando a camada de
isolação, será de 56,7mm² e 27,3mm²
3) A área total do circuito alimentador será obtida através da somatória da área
de cada condutor
𝐴 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐴𝐶𝑜𝑛𝑑1 + 𝐴𝐶𝑜𝑛𝑑2 + 𝐴𝐶𝑜𝑛𝑑3
𝐴 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 56,7 + 56,7 + 27,3
𝐴 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 104,7 𝑚𝑚²

4) Conforme tabela 3, o eletroduto de PVC para acondicionar os 2 condutores


de 25 mm² e mais o condutor de 10 mm², deverá ser um eletroduto com
diâmetro mínimo de 25 mm, contudo será utilizado um eletroduto de PVC
flexível de 32mm ou 1 1/4”.

30
Com isso os eletrodutos instalados entre os quadros de comando e as caixas de
passagem terão o diâmetro de 20mm e serão de PVC rígido.
Na tabela 6 constam as principais características e especificações que os
eletrodutos instalados no interior dos postes, utilizados na iluminação pública da orla
marítima de Atlântida, deverão apresentar.

Tabela 6 – Especificações dos eletrodutos dos quadros de comando

Fonte: elaborado pelo autor

4.2.11. CAIXA DE PASSAGEM

No pé de cada poste e nas mudanças de direção, haverá uma caixa de passagem,


onde será feita a conexão dos condutores que irão alimentar cada poste.
As caixas de passagem terão dimensões internas de 40x40x40cm. Serão
executadas em alvenaria de tijolos maciços, rebocadas internamente e com tampa de
concreto, com espessura de 10cm. Terão fundo falso com pedra britada nº 2, para a
drenagem de água, com altura de 10cm.

4.2.12. DISJUNTORES

A corrente de cada circuito alimentador é 37,8A, com isto o disjuntor que será
utilizado para fazer a proteção destes circuitos será um disjuntor monopolar de 40A, Icc
10kA. Curvas características de disparo C, conforme NBR 60898 e NBR IEC 60947-2.
Na tabela 7 constam as principais características e especificações que os
disjuntores, utilizados na iluminação pública da orla marítima de Atlântida, deverão
apresentar.

31
Este estudo de proteção das luminárias baseou-se nas características técnicas do
disjuntor da marca STECK, tipo minidisjuntor termomagnético e modelo SDA61C40.

Tabela 7 – Especificações dos disjuntores

Fonte: elaborado pelo autor

4.2.13. CONTATOR MODULAR

Para o acionamento de cada circuito alimentador, será utilizado um contator


modular bipolar de dois contatos N/A de 40A, 127V.
Como a carga de carga de cada circuito alimentador é elevada, 37,8A, não seria
possível o acionamento somente através de uma fotocélula, por este motivo serão
utilizados os contatores modulares.
Na tabela 8 constam as principais características e especificações que os
contatores modulares, utilizados na iluminação pública da orla marítima de Atlântida,
deverão apresentar.
Este estudo de acionamento e proteção das luminárias baseou-se nas
características técnicas do contator modular da marca Schneider Electric, modelo ACTI9
iCT40A.

32
Tabela 8 – Especificações dos contatores modulares

Fonte: elaborado pelo autor

4.2.14. RELÉ FOTOELÉTRICO

Para o acionamento das bobinas dos contatores modulares, será utilizado um


relé fotoelétrico. Ele será instalado próximo do contator acionando sua bobina no
momento que detectar ausência de luz solar.
Na tabela 9 constam as principais características e especificações que os relés
fotoelétricos, utilizados na iluminação pública da orla marítima de Atlântida, deverão
apresentar.
Este estudo de acionamento e proteção das luminárias baseou-se nas
características técnicas do relé fotoelétrico da marca Exatron, tipo relé fotocélula
modelo FCR1TF

33
Tabela 9 – Especificações do relé fotoelétrico

Fonte: elaborado pelo autor

4.2.15. DPS

Em cada circuito alimentador haverá um Dispositivo de Proteção contra Surto


(DPS), fazendo a proteção contra descargas atmosféricas.
O DPS será da classe tipo II, com fixação em trilhos tipo DIN 35 ou garras NEMA,
e terá as seguintes características técnicas:
Na tabela 10 constam as principais características e especificações que os DPS,
utilizados na iluminação pública da orla marítima de Atlântida, deverão apresentar.
Este estudo de proteção das luminárias baseou-se nas características técnicas do
DPS da marca Exatron, tipo slim bivolt modelo DPSIOSD20.

34
Tabela10 – Especificações dos DPS

Fonte: elaborado pelo autor

4.2.16. CONEXÃO

Em cada caixa de passagem localizada na base dos postes metálicos, será feita a
conexão dos cabos que irão alimentar as luminárias, com os cabos do circuito
alimentador.
Essa conexão será feita com um conector do tipo parafuso fendido (split bolt)
para cabo 25mm² e a isolação desta conexão será realizada com fita isolante de auto
fusão. A figura 8 ilustra o conector tipo parafuso fendido.

Figura 8 – Conector parafuso fendido

Fonte: Intelli

4.2.17. POSTES METÁLICOS

Os postes serão de aço galvanizado, tendo o formato cônico contínuo poligonal,


com comprimento de 15,88m e altura útil de 14,35m.

35
Este poste terá uma inclinação de 25° em relação ao eixo vertical, desta forma
irá reduzir os impactos da iluminação sobre as dunas e irá iluminar de forma mais
eficiente a faixa de areia da beira mar. Estarão localizados no alinhamento entre o
calçadão e as dunas da beira da praia.
As especificações aqui citadas devem ser seguidas rigorosamente, assim como
os critérios informados no projeto.

4.2.17.1. ESPECIFICAÇÃO DE MATERIAIS

O aço a ser utilizado para a estrutura metálica deve ser ASTM A36 para postes,
chapas de ligação e chumbadores. Os aços da estrutura deverão ser:
- Perfis laminados: ASTM A36
- Perfis formados a frio (dobrados): ASTM A36
- Chapas: ASTM A36
- Ferro Redondo: ASTM A36
- Chumbadores: ASTM A36
- Parafusos: ASTM A325

Especificações dos elementos metálicos presentes no projeto:


- Chumbador:
- Barra Roscada ø1” – UNC-8
- Porca Sextavada Pesada 1” – UNC-8
- Arruela Lisa 1”
- Chapa Base - #25,00mm
- Enrijecedor - #12,7mm
- Poste (Haste):
- Tubo ø260mm #3,00mm (seção 01)
- Tubo ø355mm #3,00mm (seção 02)
- Tubo ø550mm #4,75mm (seção 03)
- Tubo 140x120mm #8,00mm (Cruzeta)
- Enrijecedor - #3,00mm

36
Os materiais a serem utilizados devem ser novos e em conformidade com as
normas técnicas vigentes para estruturas metálicas. Em hipótese alguma serão aceitos
materiais reaproveitados, ainda que eles apresentem bom estado de conservação.
Deverão ser rejeitados materiais que não apresentam as especificações anteriores.

4.2.17.2. NORMAS

Durante todo o processo de fabricação e montagem da estrutura metálica e da


execução dos blocos de fundação, deverão ser seguidas as especificações de normas
técnicas, prevalecendo sempre a versão mais atual das normas técnicas citadas a seguir:
- NBR 8800 – Projeto e execução de estruturas de aço de edifícios (Método dos
Estados Limites) – ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
- NBR 6355 – Perfis estruturais de aço formados e frios – Padronização – ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas).
- NBR 14762 – Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis
formados a frio – Procedimento – ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas).
- NBR 8681 – Ação e segurança nas estruturas – ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas).
- NBR 6323 - Galvanização por imersão a quente de produtos de aço e ferro
fundido - Especificação estruturas – ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas).
- NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento
- NBR 7480 – Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado -
Especificação
- NBR 12655 – Concreto de cimento Portland – Preparo, controle, recebimento
e aceitação – Procedimento
- NBR 14931 – Execução de estruturas de concreto - Procedimento
- NR 18 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria de construção.
- AWS (American Welding Society) – nas ligações e elementos soldados.

37
- ASTM A36 (American Society for Testing and Materials).
- ASTM A325 (American Society for Testing and Materials).
- SAE 1020 (Society of Automotive Engineers).
- SIS 05 5900 – Pictorial Surface Preparation Standards for Painting Steel
Surfaces.

As empresas responsáveis pela execução da estrutura metálica e blocos de


concreto armado deverão obrigatoriamente conhecer as normas citadas anteriormente,
assim como segui-las rigorosamente.

4.2.17.3. SOLDAS

Todas as ligações executadas no chão de fábrica deverão ser soldadas com


eletrodo do tipo AWS E 70xx ou de maior resistência superior. O cordão de solda deverá
abranger todo contorno da zona de contato dos perfis, exceto quando indicado o
comprimento de solda. A garganta efetiva da solda deverá ser sempre maior ou igual a
menor espessura entre as partes a serem ligadas pela solda.
Todos os procedimentos para execução de solda deverão atender as
recomendações da AWS (American Welding Society), portanto, os soldadores e
inspetores de solda deverão conhecer as mesmas e estarem qualificados para segui-la
de forma correta.

4.2.17.4. PARAFUSOS

Todas as ligações parafusadas deverão ser executadas com parafuso de alta


resistência. As ligações executadas no canteiro de obras deverão ser todas parafusadas
e de acordo com o projeto estrutural. Os parafusos, porcas e arruelas deverão estar em
conformidade com a norma ASTM A325, sendo que os parafusos devem ser fornecidos
com sua respectiva identificação estampadas em auto-relevo na sua cabeça.

38
4.2.17.5. CHAPAS

Todas as placas de base, de topo e ligações entre elementos estruturais deverão


ser executadas com chapas metálicas laminadas. As placas de base chumbadas em
concreto armado deverão apresentar-se em nível e estando em pleno contato com os
elementos estruturais que a ligam.

4.2.17.6. ACABAMENTO DE SUPERFÍCIE

Todas os elementos que constituem a estrutura do poste metálico e seus


complementos deverão ter revestimentos galvanizados por imersão a quente.

Normas Específicas:
- NBR 14643 – Corrosão Atmosférica (Classificação de Corrosividade de Atmosfera)
- NBR 6323 – Galvanização por imersão a quente de produtos de Aço e Ferro Fundido
(Especificações)

Resistencia A Corrosão Atmosférica:


A resistência da galvanização à corrosão atmosférica depende de uma camada
protetora formada na superfície do zinco. A taxa de corrosão para o zinco é geralmente
linear em um determinado ambiente, permitindo, portanto, estimar o tempo de vida do
revestimento com base em avaliações da sua espessura. Uma estimativa da vida útil do
revestimento também pode ser calculada através das taxas de corrosão para uma
determinada categoria de corrosividade, de acordo com a norma ABNT NBR 14643,
indicadas na Figura 01.

39
Figura 01 - Taxas indicativas de corrosão para ambientes diferentes (categorias de corrosividade de
acordo com a ABNTNBR 14643)

A Figura 02 ilustra o tempo de vida esperado do revestimento de acordo com


sua espessura e o ambiente onde está inserido. A área hachurada representa as
espessuras mínimas requeridas encontradas na norma ASTM NBR 6323.

Figura 02

40
Galvanização Por Imersão A Quente:
A especificação para revestimentos galvanizados por imersão a quente em
artigos de ferro e aço foi definida através da norma ABNT NBR 6323 - Galvanização de
Produtos de Aço ou Ferro Fundido – “Especificação”:
Quando a galvanização por imersão a quente é especificada, a superfície do aço
é completamente coberta com um revestimento uniforme, cuja espessura é
determinada principalmente pela espessura do aço a ser galvanizado (Figura 03).

Figura 03 – Padrões

Especificação:
Para os Postes em questão devido a suas seções terem espessuras variadas,
teremos pela NBR 6323 uma espessura mínima equivalente do revestimento (µm) de 49
µm nas seções de espessura 3,0mm e de 63 µm nas seções de espessura 4,75mm. Para
os demais elementos metálicos a espessura mínima do revestimento (µm) será de 74
µm.
Tendo as espessuras acima especificadas, a vida útil conforme NBR 6323 é de 30
a 40 anos. Porém a norma não considera a condição de vento que temos no nosso litoral
Gaúcho, onde temos ventos constante de nordeste. Estes ventos junto a orla geram
rajadas de areia que acabam agindo como abrasivos na camada protetora de zinco
(Figura 04), fazendo com que nos elementos de maior exposição, tenhamos uma
aceleração da diminuição da camada protetora.

41
Figura 04 – Abrasão devido as rajadas de vento com areia

Desta forma a vida útil dos elementos em questão pode sofrer reduções, e
permanecer entre 15 a 20 anos, dependendo das manutenções que devem ser feiras
preventivamente no revestimento.
A CONTRATADA deverá fornecer um termo de garantia do revestimento acima
descrito, por período de no mínimo a 15 anos de vida útil.

4.2.17.7. BLOCOS DE FUNDAÇÃO

As fundações serão compostas por blocos de concreto armado. A execução das


fundações deverá seguir criteriosamente as especificações do projeto específico, bem
como o atendimento as normas técnicas específicas.
Os serviços somente deverão ser iniciados após a aprovação pela fiscalização da
locação da obra.
A execução das fundações se inicia com a remoção da pavimentação de blocos
intertravados de concreto e meio fio do passeio público existente. A remoção dar-se-á
pontualmente na área locada para a execução dos blocos. Os blocos e meio fio
removidos deverão ser limpos e empilhados em área adjacente para futura reutilização
na recuperação da pavimentação.
As formas das peças de concreto serão feitas com madeiras absolutamente
limpas, sem resquícios de concreto, pregos e semelhantes. Antes da concretagem (por

42
ocasião da verificação da ferragem) devem ser retirados do fundo das formas com um
imã na ponta de uma vareta todas as pontas de arame, pregos e pontas de ferro. As
formas devem ser copiosamente molhadas (encharcadas) antes da concretagem,
mesmo que se utilize desmoldante.
As barras e fios de aço deverão atender as especificações da ABNT/NBR citadas
neste documento (especialmente NBR 7480). Utilizar espaçadores para garantir os
cobrimentos especificados em projeto. Utilizar preferencialmente espaçadores de
polietileno. Alternativamente poderão ser utilizadas pastilhas de argamassa, desde que
ela possua qualidade igual ou superior ao concreto especificado para os blocos.
Após a desforma e antes de qualquer reparo, a FISCALIZAÇÃO inspecionará a
superfície do concreto e indicará a CONSTRUTORA os reparos a serem executados,
podendo determinar a demolição imediata das partes defeituosas para garantir a
qualidade estrutural, a impermeabilidade e o bom acabamento do concreto. Em
qualquer dos casos caberá a CONSTRUTORA o ônus decorrente dos serviços necessários.
Tendo a conclusão da execução das fundações, procede-se com a recuperação
da pavimentação do passeio público, conforme padrão e técnica já aplicados no local.

4.2.17.8. TRANSPORTE E MONTAGEM

Durante o transporte, carga e descarga da estrutura metálica deverão ser


tomadas às providências necessárias para evitar deformações que possam vir a danificar
e consequentemente inutilizar parcialmente ou totalmente os elementos estruturais.
Os elementos estruturais deverão ser estocados em local onde estarão
protegidos da corrosão, evitando o acúmulo de água nas peças, sobre ou sob elas.
Os montadores são responsáveis pela utilização dos procedimentos corretos de
montagem, citados na NBR 8800 – Projeto e execução de estruturas de aço de edifícios
(Método dos Estados Limites) da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
A estrutura metálica deverá permanecer estável, fazendo-se uso de travamentos
e utilização correta dos parafusos das ligações no canteiro de obras. Estas medidas visam
proporcionar segurança aos trabalhadores na obra e montagem correta da estrutura.

43
Os eixos e níveis de projeto devem ser respeitados. Todos os elementos
estruturais verticais devem ser aprumados e todos os elementos horizontais devem ser
nivelados de forma rigorosa antes que se executem as ligações permanentes.

4.2.18. FUNCIONAMENTO DO ACIONAMENTO DA ILUMINAÇÃO DA ORLA

Os relés fotoelétricos ao detectarem a ausência de luz solar, acionam as bobinas


dos contatores modulares e estes por sua vez, acionam os circuitos alimentadores, com
isso ligando as luminárias.
Os mesmos relés ao detectarem a presença de luz solar, desligam as bobinas
auxiliares dos contatores modulares, que por sua vez desligam os circuitos
alimentadores, desligando todas as luminárias.
Este painel de controle, contendo os disjuntores, DPS e contatores modulares,
será instalado junto ao poste da medição a 4m de altura, em uma caixa de PVC,
apropriada para o acondicionamento dos equipamentos.
Os relés fotoelétricos serão instalados na parte superior do poste da medição de
forma a detectar a ausência e presença da luz solar.
A figura 10 apresenta o diagrama unifilar de funcionamento das luminárias da
orla de Atlântida.

Figura 10 – Diagrama Unifilar

Fonte: elaborado pelo autor

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4.2.19. MEDIÇÃO

Para a alimentação do sistema de iluminação da orla de Atlântida, será


necessário a instalação de 3 medições bifásicas.
A CONTRATADA será responsável pela elaboração do processo, juntada de
documentos e encaminhamento da solicitação de ligação das medições junto a
concessionária de energia. Documentos do Município necessários para o processo,
deverão ser solicitados por ofício para a FISCALIZAÇÃO. O município terá até 10 dias
úteis para disponibilizá-los.
De acordo com o anexo J do RIC-BT da CEEE-D, para uma potência de 9,6kW em
uma tensão de 127V, a medição se enquadra na categoria B1, ou seja, uma medição,
bifásica direta em baixa tensão.
A figura 11 apresenta as medições que irão alimentar as luminárias da orla de
Atlântida.

Figura 11 – Medição bifásica

Fonte: elaborado pelo autor

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Na tabela 11 constam as principais características e especificações que as
medições, que serão utilizadas para alimentar as luminárias da orla de Atlântida,
deverão apresentar.

Tabela 11 – Especificações das medições

Fonte: elaborado pelo autor

4.2.20. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O conteúdo deste memorial refere-se única e exclusivamente a obra de


revitalização da Iluminação Pública da Av. Beira Mar de Atlântida e da Iluminação Pública
da Orla de Atlântida, conforme solicitação da Prefeitura Municipal de Xangri-Lá.
Qualquer alteração a ser realizada posteriormente deverá contar com análise e
validação de responsável habilitado, emitindo-se nova ART de acordo com as alterações
em questão.
Todos os materiais a serem empregados deverão obedecer aos padrões
normativos das NBRs e da CEEE-D
Os serviços a serem executados deverão estar de acordo com as normas e
exigências da CEEE-D, ABNT e NR10 - Segurança em instalações e serviços em
eletricidade e NR 35 – TRABALHO EM ALTURA.

4.2.21. LIMPEZA E ENTREGA DOS SERVIÇOS

A CONSTRUTORA deverá ao longo da obra procurar mantê-la organizada e, na


medida do possível, limpa.

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Concluídos os serviços na área, esta deverá ser limpa para facilitar a verificação
por parte da fiscalização e, sempre que possível vedado o acesso.
Após a conclusão dos serviços de limpeza, a CONTRATADA se obrigará a executar
todos os retoques e arremates necessários, apontados pela FISCALIZAÇÃO.

Esteio, 9 de setembro de 2020.

________________________________
Alberto de Medina Coeli Villwock
Arquiteto e Urbanista
CAU: A112232-0

_______________________________
Julio César Thiesen
Engenheiro Civil
CREA/RS: 126801-D

________________________________
Bruno Viegas da Silveira
Engenheiro Eletricista
CREA/RS: 147011

_______________________________
Rafael Pimentel Ivannoff
Engenheiro Civil
CREA/RS: 134470

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