Residuos Solidos Gerados Pela Construcao
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Rafael Alves Pereira Varoto1; Ronan Yuzo Takeda Violin2; Karolyne Martins de Lima13;
Guilherme Henrique Bertacchini4
1
Acadêmico do Curso de Engenharia Civil, UNICESUMAR, Maringá-PR. Bolsista do PIBIC-UniCesumar
2
Orientador, Mestre, Professor da UNICESUMAR, Maringá-PR
3
Acadêmico do Curso de Engenharia civil, UNICESUMAR, Maringá-PR. Bolsista do PIBIC/CNPq-UniCesumar
4
Acadêmico do Curso de Engenharia Civil, UNICESUMAR, Maringá-PR
RESUMO
A destinação correta de resíduos sólidos da construção civil vem se firmando como uma prática importante e
necessária para a sustentabilidade, pois não podemos ignorar como era feito antigamente por que os
problemas são reais e afetam a todos sendo o mais prejudicado o meio ambiente, por isso ações seja
mitigando os impactos ambientais causados pelo setor da construção, criando alternativas ou reduzindo
custos devem ser prioridades para cada gerador com o seu resíduo e principalmente geradores de grande
escala como indústrias e construções . Com esse pensamento, esse projeto fez uma análise dos resíduos
(RCC’s resíduos da construção civil e RCD’s resíduos de construção e demolição) identificando e
classificando seus tipos e descartes conforme a norma estabelecida, seus impactos no meio ambiente, área
urbana e proximidades, suas diferentes formas de reciclagem, reutilização, descarte seguro e correto, também
trazendo uma forma diferenciada de reciclagem e nova para os resíduos que se enquadrarem pelo método
da compostagem com o intuito de mostrar a importância desse tema e de seu gerenciamento correto para o
planeta. Além do que já foi dito, também foi levantado a situação em que se encontram os locais de descarte
e suas proximidades. Para tal objetivo, foi feito uma pesquisa aprofundada em sites fornecedores de dados e
estatísticas, teses, artigos científicos sobre o assunto e também entrevistas com profissionais da área .
1 INTRODUÇÃO
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Embora a redução na geração de resíduo seja sempre uma ação necessária, ela é
limitada, uma vez que existem impurezas na matéria-prima, envolve custos e patamares de
desenvolvimento tecnológico (SOUZA et al., 1999; JOHN, 2000). Desta forma, a reciclagem
na construção civil pode gerar inúmeros benefícios citados abaixo:
I. Redução no consumo de recursos naturais não-renováveis, quando substituídos por
resíduos reciclados (JOHN, 2000).
II. Redução de áreas necessárias para aterro, pela minimização de volume de resíduos
pela reciclagem. Destaca-se aqui a necessidade da própria
reciclagem dos resíduos de construção e demolição, que representam mais de
50% da massa dos resíduos sólidos urbanos (PINTO, 1999).
III. Redução do consumo de energia durante o processo de produção. Destaca-se a
indústria do cimento, que usa resíduos de bom poder calorífico para a
obtenção de sua matéria-prima (co-incineração) ou utilizando a escória de alto-forno,
resíduo com composição semelhante ao cimento (JOHN, 2000).
IV. Redução da poluição; por exemplo para a indústria de cimento, que reduz a emissão
de gás carbônico utilizando escória de alto forno em substituição ao
cimento Portland (JOHN, 1999).
Por esse e tantos outros motivos que uma das grandes preocupações das empresas,
atualmente, é estar de acordo com a legislação ambiental. Um fator de grande importância
entre os aspectos ambientais são seus resíduos - os tipos gerados, quantidade,
armazenamento e o principal: sua destinação final e os custos decorrentes de tudo isso.
Existem muitas dúvidas e discussões acerca do tratamento dos resíduos, tanto sólidos
quanto líquidos.
1.1 RESÍDUOS
1.1.1 Definições
1.1.2 Classificação
O lixo pode ser classificado como “seco” ou “úmido”. O lixo “seco” é composto por
materiais potencialmente recicláveis (papel, vidro, lata, plástico etc.). Entretanto, alguns
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materiais não são reciclados por falta de mercado, como é o caso de vidros planos etc. O
lixo “úmido” corresponde à parte orgânica dos resíduos, como as sobras de alimentos,
cascas de frutas, restos de poda etc., que pode ser usada para compostagem. Essa
classificação é muito usada nos programas de coleta seletiva, por ser facilmente
compreendida pela população.
O lixo também pode ser classificado e caracterizado por seus riscos e classes
segundo a NBR 10004 em que se utiliza o critério abaixo exemplificado pela figura 1.
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III. Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou
aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação,
tais como os produtos oriundos do gesso;
IV. Classe D: são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como
tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde
oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações
industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham
amianto ou outros produtos nocivos à saúde
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por não ter vontade e pela fiscalização e aplicações de multas serem rasas, pois com a
fiscalização e punições adequadas para o descumprimento da lei a situação poderia ser
muito diferente.
Segundo relatório da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e
Resíduos Especiais (ABRELPE), o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2016 mostra
que 3.326 municípios brasileiros destinam seus resíduos sólidos para locais impróprios,
isso equivale a 59,7% dos municípios (ABRELPE, 2016). O mesmo documento registra que
76,5 milhões de pessoas sofrem os impactos negativos causados pela destinação
inadequada dos resíduos. No Brasil, somamos cerca de 7 milhões de toneladas de
Resíduos Sólidos por ano que não são coletados ou têm destinação inadequada. Esse
cenário resulta em um avassalador prejuízo a saúde de mais de 96 milhões de pessoas em
todas as regiões do país (ABRELPE, 2016).
Segundo a PNRS, a disposição final consiste em distribuir ordenadamente os rejeitos
em aterros, observando as normas operacionais específicas que evitem danos ou riscos à
saúde e à segurança pública, minimizando os impactos ambientais adversos.
Entende-se por rejeitos, os resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as
possibilidades de tratamento e recuperação de acordo com as tecnologias disponíveis e
economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade além da disposição final,
sendo esta a última alternativa a ser adotada pelo gerador, que é a pessoa física ou jurídica
geradora de resíduo por meio de suas atividades.
2 DESENVOLVIMENTO
Para ser feita a melhor gestão possível é preciso se tornar um hábito, que se tornará
rotina e se integrará a vida as pessoas como algo comum, para isso adota-se medidas de
gerenciamento do resíduo, as mais utilizadas serão listadas abaixo em ordem de opção
mais favorável para menos favorável:
− Não geração
− Redução
− Reutilização
− Reciclagem
− Tratamento dos resíduos sólidos
− Disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos
A diminuição e da geração de resíduos passa por vários processos que devem ser
adotados com disciplina e controle, o que variará para cada tipo de resíduo.
Para medidas de redução na geração podem ser realizadas modificações de
processo, substituição de matérias-primas e maquinários mais eficientes. Além disso,
protocolos constantes que visem quantificar, controlar, gerenciar e inspecionar a geração
de resíduos também colaboram para a redução. O método 3R’s da sustentabilidade
(reduzir, reutilizar e reciclar) podem ter grande impacto, pois visa economizar de todas as
formas possíveis, sendo uma boa escolha devido à grande porcentagem que pode ser
reciclada principalmente em resíduos domiciliares.
Sendo muito eficiente em hábitos simples, porém controlados e organizados pode-
se diminuir a geração e muito o que gera economia direta e indireta, sendo a primeira
financeiramente, de tempo, trabalho, e a indireta com a qualidade de vida e
sustentabilidade.
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É o aterro comum, porém com pequenas adaptações, o solo não é protegido contra
a decomposição dos resíduos e não há controle dos gases, faz-se apenas um recobrimento
dos resíduos com material inerte diariamente. Esta forma de disposição final também é
considerada inadequada.
É a principal forma de disposição final adequada existente hoje, visto que é uma
técnica que não causa danos ou riscos à saúde pública e à segurança. É uma solução
economicamente viável e que causa menos impactos ao meio ambiente, porém possui vida
útil de curta duração, exige grandes extensões de terra e controle e manutenção
constantes.
Os aterros sanitários recebem resíduos de classe II A e II B, não inertes e inertes,
respectivamente. Os resíduos perigosos, classe I, são encaminhados para aterros
industriais, que possuem formas de disposição final mais específicas devido as
características dessa classe de resíduos.
3 IMPACTOS
Os impactos são gerados por diversos fatores, segundo Angelis Neto (1999) o
problema de gestão por não se prevenir o problema conhecido se tem a situação de hoje,
as quais abaixo estão citados alguns problemas e seus impactos de maior visibilidade:
I. Ausência de cobertura com material inerte das camadas diárias de resíduos e ausência
de sistema de drenagem de gases gerados. Causando espalhamento de materiais
particulados (poeiras) e de materiais leves pelo vento, liberação de gases e odores
decorrentes de decomposição biológica anaeróbica da matéria orgânica, desprendimento
de fumaça e emanação de gases e poluição visual.
II. Ausência de sistema de drenagem e coleta de águas pluviais e líquidos percolados.
Causando poluição das águas superficiais pela percolação do chorume, poluição das
águas superficiais pela circulação das águas pluviais e córregos e/ou nascentes que se
situam próximo ao lixão.
III. Ausência de sistema de impermeabilização no contato resíduo/solo e adjacências.
Causando poluição do solo pela infiltração de líquidos percolados e degradação superficial
do solo.
IV. Utilização de técnicas inadequadas de disposição dos resíduos sólidos. Causando
poluição visual, alteração da paisagem (topografia, vegetação, escoamento superficial).
V.Ausência de estudo criterioso para escolha do local de disposição. Causando
desvalorização de áreas do entorno e do próprio local de disposição, e desencadeamento
de processo do meio físico.
4 ANALISE DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS NO BRASIL
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Contudo, com essa pesquisa foi identificado os principais fatores de geração e visto
que nunca irá acabar deve-se principalmente focar na coleta, caracterização e se possível
reciclagem e incineração, como exemplo de países pioneiros nesse sistema como Estados
Unidos, Alemanha e Japão, que utilizam as usinas de incineração destruindo os resíduos
e gerando energia para a própria cidade, também com forte educação ambiental, coleta
seletiva eficiente e reciclagem são os caminhos que darão bons resultados principalmente
no longo prazo. Em nosso país temos a geração kg/hab/dia menor que em países mais
desenvolvidos devido a relação per capita da geração e ainda temos muito a crescer nesse
setor, porém com investimento, educação ambiental, divulgação para que todos conheçam
e entendam o problema, melhora na legislação do assunto, maior fiscalização e mão de
obra especializada é possível avanços nesse setor.
REFERÊNCIAS
ABRELPE Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2016. Abrelpe, 2016. Disponível em
< http://www.abrelpe.org.br/panorama_apresentacao.com. > Acesso em: 17-de fevereiro
2019
ALLEN, D. T.; ROSSELOT, K. S. Pollution prevention at the macro scale flows of wastes,
industrial ecology and life cycle analysis. Waste Management, v.14, nº3 e 4, 1994 p.317-
328
BRASIL ENGENHARIA. Brasil recicla cerca de 20% dos resíduos de construção. Disponível
em < http://www.brasilengenharia.com/portal/noticias/noticias-da-engenharia/14151-brasil-
recicla-cerca-de-20-dos-residuos-de-construcao > Acesso em 20 de fevereiro de 2019.
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JACOBI, Pedro Roberto. BESEN, Gina Rizpah. Gestão de resíduos sólidos em São Paulo:
desafios da sustentabilidade. 2011. Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/ea/v25n71/10
> Acesso em 20 de fevereiro de 2019.
JOHN, V.M. Panorama sobre a reciclagem de resíduos na construção civil. In: II Sem.
Desenvolvimento Sustentável e a reciclagem na construção civil, 1999, São Paulo,
IBRACON, 1999. v.1 p.44-55
Materials. Goumans, van der Sloot (editors). Londres, Elsevier, 1994. P.737-748 (Studies
in Environmental Science 60)
RUSSO, Mário Augusto Tavares. Tratamento de Resíduos Sólidos. 2003. 196f. Dissertação
(Mestrado em Hidráulica). Departamento de engenharia civil. Universidade de Coimbra,
Portugal. 2003.
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