Relactorio Claudina

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Claudina

Tema: Relatório Final das PPM


Licenciatura em Ensino de Matemática
3ºano (EAD)

Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2022
Claudina

Tema: Relatório Final das PPM

Relatório das Praticas Pedagógicas de


Matemática a ser apresentado no Departamento
de Ciências Exactas e Tecnológicas como
requisito parcial de avaliação, sob tutória do
docente

Mcs. Moisés Chapepa

Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2022
3

Índice
1.Introdução ................................................................................................................................ 5

1.1.Objectivos ............................................................................................................................. 6

1.1.1.Geral .................................................................................................................................. 6

1.1.2.Objectivos específicos ....................................................................................................... 6

1.2.Metodologias ........................................................................................................................ 6

2.Referências Teóricas................................................................................................................ 7

2.1.Práticas Pedagógicas............................................................................................................. 7

2.1.1.Conceitos de Práticas Pedagógicas. ................................................................................... 7

2.2.Escola: uma concepção de humanização .............................................................................. 9

2.3.Educação: uma concepção construída ................................................................................ 10

2.4.Aula .................................................................................................................................... 10

2.5.Tipos de aulas ..................................................................................................................... 11

2.6.Plano de aula e os seus elementos ...................................................................................... 11

2.7.Métodos de Ensino Aprendizagem ..................................................................................... 12

2.8.Materiais/Recursos Didácticos ........................................................................................... 12

2.9.A avaliação enquanto espaço de aprendizagem ................................................................. 13

3.Técnica de recolha de dados .................................................................................................. 14

3.1.Observação ......................................................................................................................... 14

3.2.Análise da Assistência de Aula .......................................................................................... 14

3.2.1.Analise da Aula 1 ............................................................................................................ 14

3.2.1.1.Aspectos Relevantes ..................................................................................................... 14

3.2.1.2.Sugestões ...................................................................................................................... 15

3.2.2.Analise da Aula 2 ............................................................................................................ 16

3.2.2.1.Aspectos relevantes ...................................................................................................... 16

3.2.2.2.Sugestões ...................................................................................................................... 16
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4.Considerações finais .............................................................................................................. 17

5.Referências Bibliográfica ...................................................................................................... 19


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1.Introdução

Há muitos anos atrás o professor foi visto como um profissional que só sabia ensinar seus
alunos de uma forma mecânica sem se preocupar com a prática e com seus alunos se estavam
realmente assimilando os conteúdos.
Actualmente a educação tem passado por várias mudanças no mundo, principalmente inovar
os métodos e a prática dentro da sala de aula. Diante desta situação se entende que a educação
ainda é o melhor caminho para percorrer. Os professores têm um papel fundamental na
formação social e intelectual do aluno. Na escola a educação acontece de forma colectiva,
sempre tendo como sujeito principal o aluno, a comunidade e a família.
Segundo (FREIRE, 2001, ps.21-22) “Ninguém educa ninguém e ninguém se educa sozinho. A
educação, que deve ser um acto colectivo, solidário, um acto de amor”.
Neste sentido a educação é uma troca de conhecimento entre professor e aluno, um depende
do outro para que haja o conhecimento e a aprendizagem, que não é algo isolado, é um
conjunto de factores, sempre com um mesmo objectivo como: Crescimento intelectual e
profissional, a busca dos ideais e a mudança na convivência social.
O presente relatório tem por objectivo analisar as simulações de aulas feita pelos colegas
professores no âmbito das actividades desenvolvidas nesta cadeira, como forma de
proporcionar os futuros professores de Matemática, conhecimentos teóricos e práticos no
exercício das suas funções.
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1.1.Objectivos
1.1.1.Geral
 Analisar as aulas simuladas pelos colegas.

1.1.2.Objectivos específicos

 Conceituar as práticas pedagógicas sob ponto de vista de diversos autores;


 Descrever os elementos de um plano de aula;
 Sugerir estratégias pedagógicas diferenciadas, que possam ajudar no melhoramento do
processo de ensino aprendizagem.

1.2.Metodologias

Está é uma pesquisa bibliográfica de cunho qualitativa fundamentada na reflexão de leitura de


livros sobre Práticas Pedagógicas e assistência dos vídeos de simulação de aulas
disponibilizados pelos colegas. Portanto consideramos de pesquisa bibliográfica porque é feita
a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos
e electrónicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho
científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o
que já se estudou sobre o assunto. (FONSECA, 2002, p. 32).
O relatório é considerado de cunho qualitativo porque preocupa-se, portanto, com aspectos da
realidade que não podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e explicação da
dinâmica das relações sociais. Para Minayo (2001), a pesquisa qualitativa trabalha com o
universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a
um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenómenos que não podem ser
reduzidos à operacionalização de variáveis.
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2.Referências Teóricas

2.1.Práticas Pedagógicas

2.1.1.Conceitos de Práticas Pedagógicas.

Do ponto de vista de Freire (1996) as práticas pedagógicas dentro da sala de aula devem ser
de uma forma política, crítica e democrática, sendo assim o educador devem ver o educando
como um sujeito social e participativo para intervir no mundo. De acordo com Caldeira
(1994).
“A prática pedagógica nessa perspectiva é uma prática social e como tal é determinada por um
jogo de forças (interesses, motivações, intencionalidades); pelo grau de consciência de seus
atores; pela visão de mundo que os orienta; pelo contexto onde esta prática se dá; pelas
necessidades e possibilidades próprias a seus atores e própria à realidade em que se situam”
Carvalho; Netto (1994, p.59,apud Caldeira, Zaida).

Para Caldeira (1994) a prática pedagógica significa um ato social, onde todos possam
participar conscientemente para as mudanças, sendo assim visando a realidade de cada
educando.
“A Prática Pedagógica se constrói no cotidiano da ação docente e nela estão presentes,
simultaneamente, ações práticas mecânicas e repetitivas, necessárias ao desenvolvimento do
trabalho do professor e à sua sobrevivência nesse espaço, assim como ações práticas criativas
inventadas no enfrentamento dos desafios de seu trabalho cotidiano. As ações práticas
criativas abrem caminho para o sujeito-professor refletir, no plano teórico, sobre a dimensão
criativa de sua atividade, ou seja, sobre a práxis” Heller, (1977, apud Caldeira, Zaidan ).
Diante destas citações, as práticas pedagógicas são as atividades docentes que são realizadas
na sala de aula, são as ações, o modo como será aplicado às aulas, e as ferramentas
pedagógicas.

Portanto cabe o educador ser criativo, renovar a cada dia sua prática. Do ponto de vista de
Caldeira (1989).
“A historicidade é também uma dimensão relevante da prática pedagógica, pois permite
pensar que professores e alunos, como sujeitos, incorporam e objetivam ao seu modo práticas
e saberes dos quais se apropriaram em diferentes momentos e contextos de vida, depositários
que são de uma história acumulada”. Ezpeleta, Rockwell, (1989, p.28, apud. Caldeira, Zaida).
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Conforme Gadotti (2007, p20) [...] Paulo Freire repetia muitas vezes que a “educação, não é
um tesouro que se perde ao entregar a outros. Ao contrário, é um tesouro que aumenta ao ser
repartido”.
Referindo à citação o bom professor é aquele que busca através de sua prática transmitir seu
conhecimento com todos os alunos, sem distinção de classes sociais. O resultado é o tesouro,
quando as trocas são colocadas em práticas. Segundo Gadotti (2007, p21) “O aluno aprende
quando o professor aprende ambos aprendem quando pesquisam”.
Neste sentido o professor tem que ser um eterno aprendiz buscar a cada dia aperfeiçoar e
renovar seus conhecimentos.

Assim a aprendizagem acontece quando o professor é formador de ideias, e têm em mente que
o conhecimento não é pronto e acabado, todos os dias é um novo dia para aprender. De
acordo com Freire (1982).
“O sonho viável exige de mim pensar diariamente a minha prática; exige de mim a
descoberta, a descoberta constante dos limites da minha própria prática, que significa perceber
e demarcar a existência do que chamo espaço livres a serem preenchidos”.(FREIRE, 1982,
p.100).
Neste sentido o professor deverá sempre rever sua prática renovando a cada dia, dessa forma
despertar a curiosidade dos educandos para novas descobertas, assim a sala de aula passa ser
um ambiente prazeroso de aprendizagem.

Conforme a citação acima o verdadeiro professor é aquele que esta sempre interagindo com
seus alunos e com a comunidade escolar trocando experiências e ampliando seus
conhecimentos. Neste sentido afirma Freire (1996, p. 54).
“A responsabilidade do professor, de que às vezes não nos damos conta, é sempre grande. A
natureza mesma de sua prática eminentemente formadora, sublinha a maneira como realiza.
Sua presença na sala de aula é de tal maneira exemplar que nenhum professor ou professora
escapa ao juízo que dele ou dela fazem os alunos”. (FREIRE, 1996, p 54).
Nesta perspectiva o professor é um exemplo para seus alunos, que muitas vezes espalham as
atitudes os comportamentos, e buscam serem seus seguidores.
Como afirmam os autores Gauthier,Tardif (2010, p134) “Ensinar é mais do que simplesmente
administrar um conteúdo, dividi-lo em sequências e transmiti-lo; é também preocupar-se com
o outro”. Mediante á esta citação, ensinar, entretanto é uma troca de experiências e de
aprendizagem, ambos se completam.
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Assim, a aprendizagem só acontece quando há trocas de experiências constantes entre


educador e educando, buscando superar as barreiras difíceis, refletindo, interagindo para
trocar dúvidas, bem como avaliar as dificuldades, e assim solucionar os problemas de forma
harmoniosa através do diálogo e da reflexão.
Segundo Machado (2005, p. 02) “A formação da prática se processa a partir da vontade de
participar e cooperar com o outro”.
Por isso, um dos grandes desafios dos professores é renovar e diversificar as práticas dentro
da sala de aula, e compreender que cada aluno é um ser único e tem suas particularidades em
compreender os conteúdos.

2.2.Escola: uma concepção de humanização

A escola actual é fruto da criação burguesa do século XVI onde tinha por objectivo além de
instruir, educar. No século XVII trabalha para disciplinar, educa para a moral, trabalha
vigilância constante e submete a criança aos castigos corporais. Entende que a humanidade
traz consigo uma natureza má, portanto a criança deve aprender a obediência e regras de
conduta para que assim possam ser controlados os seus impulsos naturais.

Saviani aponta a escola como sendo o lugar de socialização do saber sistematizado;


“[...] não se trata, pois, de qualquer tipo de saber. Portanto, a escola diz respeito ao
conhecimento elaborado e não ao conhecimento espontâneo; ao saber sistematizado e não ao
saber fragmentado; à cultura erudita e não à cultura popular.” (SAVIANI, p. 2.1984).
É função da escola trabalhar com o conhecimento científico, a escola deve possibilitar ao
aluno o acesso ao saber sistematizado, o acesso à ciência por meio de uma ferramenta
chamada currículo.

Ao tratarmos currículo, é preciso esclarecer que não se remete a todas as actividades


desenvolvidas na escola, existem as actividades extracurriculares que acabam por tomar muito
tempo do que deveria ser trabalhado e não podem de forma alguma substituí-las. Saviani
(1984) define o currículo como sendo a organização do conjunto das “actividades nucleares
distribuídas no espaço e tempo escolares” é o instrumento que viabiliza a função real da
escola, seu elemento central é a aprendizagem;
Vê-se, assim, que para existir a escola não basta a existência do saber sistematizado. É
necessário viabilizar as condições de sua transmissão e assimilação, isso implica dosá-lo e
sequenciá-lo de modo que a criança passe gradativamente do seu não-domínio ao seu
domínio. Ora, o saber dosado e sequenciado para efeitos de sua transmissão-assimilação no
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espaço escolar, ao longo de um tempo determinado, é o que nós convencionamos chamar de


“saber escolar”. (SAVIANI, p.4,1984)

A escola tem seu papel de humanização, de aproximar o homem a sua humanidade por meio
do que foi produzido histórico e culturalmente. A educação escolar é uma educação formal
capaz de humanizar, instruindo os homens que não nascem com aptidões, sua natureza é dada
de acordo com as condições de vida e mediações específicas para seu desenvolvimento
enquanto ser humano, portanto a mediação estabelecida no interior da escola precisa ser de
fato uma mediação que visa à humanização do homem, por meio de aprendizagens
significativas.

2.3.Educação: uma concepção construída

Considerando a educação como um fenómeno social-histórico-cultural, entende-se que ela


pode acontecer em qualquer lugar e a qualquer momento e com qualquer pessoa, podendo ser
transmitida de pai para filho, ou de anciãos a aprendizes, de professores a alunos, de alunos a
alunos, independente do sexo, raça ou idade. Ela depende principalmente do ideal de homem
a ser formado, por isso se caracteriza como sendo um processo de transformação das
qualidades humanas e a especificidade de cada cultura. Para Brandão (2005) a educação
envolve o poder, a riqueza e a troca de símbolos presentes em cada sociedade.

Portanto, a Educação refere-se ao desenvolvimento do indivíduo desde o nascimento até a sua


morte. Para Teixeira (S/D) “as múltiplas formas de organização social que possibilitam as
transformações da pessoa a fim de que ela possa atingir graus mais elevados de realização
pessoal e social”.
Assim, a Educação para Brandão (2005), é uma prática social da qual cujo fim é o
desenvolvimento do que na pessoa humana pode ser aprendido entre os tipos de saber
existentes em uma cultura, para a formação de tipos de sujeitos, de acordo com as
necessidades e exigências de sua sociedade.

2.4.Aula

Chama-se aula o conjunto dos meios e condições pelos quais o professor dirige e estimula o
processo de ensino em função da actividade própria do aluno no processo da aprendizagem
escolar, ou seja, a assimilação consciente e activa dos conteúdos (LIBANEO apud
SCARPELINI, 2007).
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É importante ressaltar que a realização de uma aula ou conjunto de aulas precisa que haja uma
estruturação didáctica, que consiste em etapas ou passos mais ou menos constantes que
estabelecem a sequência do ensino de acordo com a matéria ensinada, características do grupo
de alunos e de cada aluno e situação didácticas específicas (LIBANEO apud SCARPELINI,
2007).

2.5.Tipos de Aulas

De acordo com LIBANEO, na concepção de ensino que se propõe, as tarefas docentes visam
organizar a assimilação activa, o estudo independente dos alunos, a aquisição de métodos de
pensamentos, a consolidação do aprendido. Isso significa que, sempre de acordo com os
objectivos e conteúdos da matéria, as aulas poderão ser previstas em correspondência com as
etapas os passos do processo de ensino e podemos ter: aulas de preparação e introdução da
matéria no início de uma unidade; aulas de tratamento mais sistematizado da matéria nova;
aulas de consolidação (exercícios, recordações, sistematização, aplicação); aula de verificação
de aprendizagem para avaliação diagnostica ou de controlo.

2.6.Plano de aula e os seus elementos

Para Nérici (1983, p.151) “Plano de aula é a previsão mais precisa possível quanto a
conteúdo, materiais e actividades didácticas que activem o processo ensino-aprendizagem
capaz de possibilitar ao educando alcançar objectivos previamente estabelecidos.”
Tratando-se de um roteiro, o plano de aula força o professor a pensar em alguns aspectos
como na sequência didáctica (começo, meio e fim); o que e como fazer; o que e como os
alunos farão; no material necessário e nos procedimentos (NÉRICI, 1983). Porém, não o
obriga a segui-lo ao “pé da letra”, havendo a possibilidade de uma flexibilidade para melhor
se adaptar a certas situações.
Os principais elementos que constituem o plano de aula são: objectivos, conteúdos,
procedimentos de ensino e avaliação.
 Objectivos: o centro de um plano de aula é o objectivo, que está ligado ao que se quer
ensinar, o que se pretende alcançar. O objectivo é a forma que o professor determina o
que o aluno será capaz de fazer ao final do aprendizado, sendo constantemente
influenciado e moldado de acordo com os factores sociais;
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 Conteúdos: os conteúdos de um plano de aula tratam-se dos componentes da aula,


com as fases que serão necessárias para atingir o objectivo. Segundo Libâneo (1994,
p.128) “conteúdos de ensino são o conjunto de conhecimentos, habilidades, hábitos,
modos valorativos e atitudinais de atuação social, organizados pedagógica e
didaticamente, tendo em vista a assimilação ativa e aplicação pelos alunos na sua
prática de vida”;
 Procedimentos de Ensino: A explicação detalhada do que vai ser aplicado na aula
tratase dos procedimentos de ensino. O procedimento de ensino é o componente do
plano de aula que dará vida aos objetivos e conteúdos. Indica o que o professor e os
alunos farão no desenrolar de uma aula ou conjunto de aulas;
 Avaliação: De acordo com Luckesi, citado por Libâneo (1994), a avaliação é uma
apreciação qualitativa sobre o processo de ensino e aprendizagem que auxilia o
professor a tomar decisões sobre o seu trabalho. Além da avaliação da aula, segundo
Villani e Pacca (1997) é importante uma avaliação dos alunos e do próprio professor.
2.7.Métodos de Ensino Aprendizagem
O trabalho docente é a actividade que dá unidade à dinâmica ensino-aprendizagem pelo
processo de mediação entre o conhecimento a ser aprendido e a acção de apropriação desse
conhecimento.
Para Libâneo (2004), dizer que o professor “tem método” é mais do que dizer que domina
procedimentos e técnicas de ensino, pois o método deve expressar, também, uma
compreensão global do processo educativo na sociedade: os fins sociais e pedagógicos do
ensino, as exigências e desafios que a realidade social coloca as expectativas de formação dos
alunos para que possam actuar na sociedade de forma crítica e criadora, as implicações da
origem de classe dos alunos no processo de aprendizagem a relevância social dos conteúdos,
etc.
Na perspectiva de Libaneo (2004), os métodos de ensino são classificados segundo os
aspectos externos, ou seja, método de exposição pelo professor, método de trabalho
independente, método de elaboração conjunta ou conversação, método de trabalho em grupo e
método de actividades especiais.
2.8.Materiais/Recursos Didácticos
A definição do material didáctico vincula-se ao tipo de suporte que possibilita materializer o
conteúdo. Esta condição foi defendida pelo historiador francês Chartier (2002, p.61-62) ao
afirmar que o texto não existe for a dos suportes materiais que permitem sua leitura (ou sua
visão) e nem for a da oportunidade na qual pode ser lido (ou possibilitar sua audição).
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Assim o material didáctico, conjunto de textos, imagens e de recursos, ao ser concebido com a
finalidade educative, implica na escolha de um suporte, impresso ou audiovisual.

Para LIBÂNEO (1999, p.173), os materiais são meios de ensino utilizados para organizar,
conduzir o ensino e a aprendizagem, visando aproximar o conteúdo do aluno. Assim, existem
diversos recursos didácticos para tornar a aula dinâmica e motivadora, contribuindo para a
aprendizagem significativa, levando o aluno a construir seu próprio conhecimento.
2.9. A avaliação enquanto espaço de aprendizagem
As mudanças essenciais em avaliação dizem respeito, em primeiro plano, não à mudança de
procedimentos avaliativos, mas sim à finalidade desses procedimentos. (HOFFMANN, 2001).
Assim, a avaliação deve ser pensada no âmbito de uma didáctica. Nessa perspectiva, cabe ao
professor integrar a avaliação à sua prática didáctica através de uma nova proposta que
implique necessariamente na modificação dessas práticas, ou seja, o professor deverá
compreender que o progresso do estudante só poderá ser percebido quando comparado com
ele mesmo: Como estava? Como está? As acções desenvolvidas entre as duas questões
compõem a avaliação. (HADJI, 2001).

A aprendizagem do estudante deve se constituir, de uma observação permanente das suas


manifestações durante a aprendizagem, de modo a optimizar as dificuldades individuais, e
valorizar suas possibilidades enquanto aprendente.

Vale a pena ressaltar as afirmações de Hoffmann (2001, p. 21) quando diz:

O princípio da avaliação na visão dialéctica do conhecimento, implica o princípio de


historicidade, o conhecimento humano visa sempre ao futuro, evolui e se supera. Assim,
destina-se a avaliação mediadora a conhecer, não apenas para compreender, mas para
promover acções em benefício dos educandos, às escolas, às universidades.

As práticas de averiguação devem, partindo da ideia que a realidade da avaliação não satisfaz,
adoptar uma postura sustentada na acção – reflexão-acção, colectiva e consensual, e também
na construção de uma consciência critica e de responsabilidade de todos envolvidos no
quotidiano da escola, onde o processo ocorre.

Para mudar contextos avaliativos é necessário adoptar práticas diferenciadas, tais como: a
observação e o portfólio.
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3.Técnica de recolha de dados

Quanta a técnica de recolha de dados usou-se a observação directa dos vídeos


disponibilizados e consulta bibliográfica.
3.1.Observação
Para Lüdke e André (1986) a Observação é um dos instrumentos da pesquisa qualitativa e ela
permite que o pesquisador chegue mais perto da "perspectiva dos sujeitos e acompanhar as
experiencias diárias dos sujeitos, pode aprender a sua visão de mundo, isto é, o significado
que eles atribuem à realidade que os cerca e às próprias acções".
A observação directa: estruturada ou sistemática consiste na colecta e registo de eventos que
foram previamente definidos. O observador, munido de uma listagem de comportamento,
regista a ocorrência desses comportamentos num determinado período de tempo,
classificando-os em categorias ou caracterizando-os por meio de sinais. Portanto esta técnica
de recolha de dado me auxiliará na observação directa do local e aspectos relevantes a
pesquisa.
Segundo (GIL, 2008) a Pesquisa Bibliográfica e envolvida com material já elaborado,
constituído principalmente de livros e artigos científicos.
3.2.Análise da Assistência de Aula
3.2.1.Análise da Aula 1
Escola secundária de…………… Professora:

Data: 15-04-2022 Turma A: 8ª classe

Disciplina: Matemática

Unidade temática:

Tema: Potenciação

3.2.1.1.Aspectos Relevantes

Primeiramente importa referir que a aula assistida foi dada pela professora………………… e
que esta fez-se presente de forma bem organizada, isto e vestiu-se de forma decente de acordo
com os princípios estipulados nos regulamentos dos professores.
15

De seguida dizer que a aula foi muito boa em termos da sua simulação, mas há que destacar as
seguintes anomalias:
Indo para a aula propriamente dita, após a professora se fazer presente na sala estabeleceu
uma comunicação com os alunos, criando assim um ambiente propício para a efectivação dos
objectivos previamente traçados. O professor usou um vocabulário conhecido pelos alunos e
verificou se os alunos entenderam perfeitamente o que estavam a ser explicados.
Portanto a aula seguiu uma sequência lógica e acessível aos alunos, com isso deu pra perceber
que o professor domina a matéria que estava a leccionar.
Nota-se claramente que o quadro negro foi dividido de forma incorrecta, isto e a linha esta
que podia dividir o quadro em duas partes iguais esta muito além do desejável, mas em todo
caso foi feito um bom uso do quadro preto que permitiu a visualização e exposição total da
matéria.

Tratando-se de uma aula nova, a professora não trouxe elementos prévios que fizesse com que
o aluno percebesse que esta aula está ligada a uma realidade vivenciada com o aluno como
forma de fazer perceber de antemão que o assunto que pretende ser abordado esta de certa
forma ligado a um outro assunto do conhecimento do aluno.

3.2.1.2.Sugestões

Sugiro a professora para que nas próximas vezes verifique o seu plano de aula antes de dar a
sua aula, e é preciso colocar todos os elementos preliminares num plano de aula, assim como
fazer o uso correcto do quadro negro.

O método que se deve usar na motivação deve ser a elaboração conjunta, e não a exposição, a
elabora conjunta ajuda o aluno a expor a sua ideia, que ajudara o professor no tratamento da
matéria nova, as ideias dos alunos na motivação servem de base ou alicerce que
posteriormente são sistematizadas pelo professor.

É necessário não se esquecer o assunto principal da sua aula, como exemplo claro, a
professora deveria usar uma linguagem mais simples que possa fazer com que o aluno
perceba a matéria e é muito importante que a professora investigue bem o assunto que poderá
leccionar evitando que fale de coisas que não estão ligados ao assunto que esta sendo tratado.

Com os exercícios, a professora poderia questionar os seus alunos da seguinte forma:


16

 Visto que estamos perante multiplicação de fracções como podemos fazer para
multiplicar as seguintes fracções, a partir disso os alunos podiam dar o seu parecer em
relação ao assunto contribuindo assim para a construção do conhecimento.

Notou-se também pelo vídeo que a professora se esqueceu de dar trabalho para casa aos
alunos, com isso recomenda-se que nas próximas aulas a professora não se esqueça de dar
TPC aos alunos para poderão exercitar ou consolidar a matéria dada.

3.2.2. Análise da Aula 2

Escola secundária 3 de Fevereiro Professor:

Data: 14-04-2022 9ª classe

Unidade temática:

Tema: Algoritmo de raiz quadrada em Q.

3.2.2.1.Aspectos relevantes

O professor não motivou os alunos


A explicação do professor não foi clara, isto é, não deu exemplos palpáveis que
facilitaria o aluno a compreender a matéria;
O professor nalgum momento estava inseguro na sua explanação;
Não deu TPC aos alunos.
No final da sua explicação, o professor não procurou saber se os alunos entenderam ou
não.

3.2.2.2.Sugestões

A motivação é a base de todo processo de ensino e aprendizagem, ela coloca o aluno a ter
interesse em aprender, não só, ela desperta o aluno no mundo científico, por isso, sugiro ao
professor para que procure metodologias de como motivar os alunos de forma a criar interesse
na sua aula.

A quando da explanação sobre o assunto novo para o professor deve ficar firme no que esta
dar aos alunos, o professor não deve ficar inseguro naquilo esta leccionar, para além disso o
professor deve dominar o conteúdo que esta para leccionar, por este motivo, sugiro ao colega
que sempre fique preparado em caso de qualquer questão que o aluno for a colocar, ele deve
17

ser capaz de responder, e deve possuir exemplos concretos que facilitem o aluno a sua
compreensão o mais possível.

Na fase de domínio e consolidação, da próxima vez, é recomendado para variar pedidos nos
problemas e também tem que procurar os exercícios pouco complexos para que os alunos
tenham capacidades de pensar muito na resolução dos problemas.
18

4.Considerações finais

Feito o trabalho concluiu-se que a formação de novos docentes tem por objectivo significar a
prática no saber fazer, na transformação social e na humanização. Só é possível fazer um novo
caminho, quando problematizamos a realidade e compreendemos a educação como realidade
social, que deve ser para Pimenta (1997) capaz de desenvolver e investigar a própria
actividade para, a partir dela, constituírem e transformarem os seus saberes-fazeres docentes,
num processo contínuo de construção de suas identidades como professores.
Além disso, certos de que já dominam o conteúdo, os procedimentos e convencidos de sua
experiência nas áreas em que atuam, deixam de registar as suas aulas acreditando que o plano
é um instrumento de trabalho desnecessário.
O planejamento não deve ser apenas uma formalidade ou uma mera actividade ritualista, que
visa simplesmente a elaboração de um plano de aula vazio e sem sentido para satisfazer uma
exigência burocrática. O ato de planejar faz parte de um processo, e como tal é activo e
dinâmico, envolvendo operações mentais tais como: analisar, prever, seleccionar, definir,
estruturar, organizar, avaliar e adaptar.
Por isso, acreditamos que essa postura dos profissionais de Matemática precisa ser
modificada, pois planejar e executar são uma arte que requer estudos sobre o que e como
ensinar.
19

5.Referências Bibliográfica
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CARVALHO, NETTO, 1994. APUD. CALDEIRA, S, A, ZAIDAN, S.


FONSECA, D. Saraiva J. J. Metodologia da Pesquisa. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila.

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GADOTTI, Moacir 2003, 2007. Educação e Poder Introdução á Pedagogia do Conflito 13ª
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GAUTHIER, Clermont ET al. Por uma Teoria da Pedagogia: Pesquisas Contemporâneas


sobre o Saber Docente. 2006 2ª Edição Editora Unijuí, GIL, Carlos A. Como Elaborar
Projectos de Pesquisa 3ª Edição São Paulo: Atlas 1991.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

HELLER, A. Sociologia de lá Vida Cotidiana. Barcelona: Península, 1977. Apud.


CALDEIRA. Salgueiro, M, A. ZAIDAN. S Práticas Pedagógicas 1977.

LIBÂNEO, José Carlos. A didática e a aprendizagem do pensar e do aprender: a Teoria


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MACHADO, Virginia, Revista Didática Sistêmica, volume um outubro dezembro 2005


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MINAYO, M. C. S. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Pratica


Pedagógica. PDF, Artigo. Vozes, 2001.

NÉRICI, Imideo G.. Didática geral dinâmica. 9.ed. São Paulo: Atlas, 1983.

PIMENTA, Garrido Selma. (Org.) Didática e formação de professores: percursos e


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