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Estudos de Engenharia - Araguari

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Projeto para Estruturação da

PPP de Iluminação Pública


Araguari - MG
Estudos de Engenharia
As informações contidas no presente relatório, destacadamente as de conteúdo propositivo, possuem
caráter não vinculativo e comportam interpretação meramente informativa e referencial ao gestor
público, fundada na análise, por consultores técnicos especializados, da realidade local e de
documentação pertinente à matéria, em especial da legislação e normativos vigentes.
Índice
1. Considerações Gerais ......................................................................................................................... 1
2. Sumário Executivo .............................................................................................................................. 2
2.1. Premissas Gerais da Rede de Iluminação Pública .............................................................................. 2
2.2. Principais Resultados dos Estudos de Engenharia ............................................................................. 4
3. Modernização e Eficientização do Parque de IP ................................................................................ 7
3.1. Premissas Gerais da Rede de Iluminação Pública .............................................................................. 7
3.2. Software para Simulação ................................................................................................................. 10
3.3. Diretrizes Gerais para Modernização e Eficientização ..................................................................... 12
3.3.1. Portaria INMETRO ..................................................................................................................... 12
3.3.2. Selo PROCEL .............................................................................................................................. 12
3.3.3. Índice de Reprodução de Cores (IRC) ....................................................................................... 13
3.3.4. Temperatura de Cor Correlata (TCC) ........................................................................................ 13
3.3.5. Poluição Luminosa .................................................................................................................... 15
3.3.6. Informações Obtidas no Trabalho de Campo ........................................................................... 16
3.3.7. Curvas Fotométricas ................................................................................................................. 17
3.3.8. Norma ABNT NBR 5101/2018 ................................................................................................... 18
3.4. Resultados das Simulações Luminotécnicas..................................................................................... 19
3.4.1. Simulações ................................................................................................................................ 20
3.4.2. Premissas para Parâmetros de Montagem ............................................................................... 24
3.4.3. Fornecedores utilizados como referência ................................................................................ 24
3.4.4. Resultados das Simulações ....................................................................................................... 24
3.4.5. Redução das Emissões de CO2 ................................................................................................. 28
3.5. Faixas de Pedestres .......................................................................................................................... 29
3.5.1. Requisitos de Iluminação para Faixa de Pedestres ................................................................... 29
3.5.2. Estudo Referencial para Faixas de Pedestres............................................................................ 30
3.6. Ciclovias e Ciclofaixas ....................................................................................................................... 31
3.6.1. Requisitos de Iluminação para Ciclovias e Ciclofaixas ............................................................... 32
3.6.2. Estudo Referencial para Ciclovias ............................................................................................. 32
4. Iluminação Especial .......................................................................................................................... 34
4.1. Diretrizes Gerais ............................................................................................................................... 35
4.2. Descritivo dos Equipamentos para Iluminação Especial .................................................................. 37
4.3. Diretrizes Específicas ........................................................................................................................ 40
4.3.1. Palácio dos Ferroviários ............................................................................................................ 41
4.3.2. Igreja Matriz Bom Jesus da Cana Verde .................................................................................... 42
4.3.3. FAEC - Fundação Araguarina de Educação e Cultura ................................................................ 44
4.3.4. Casa da Cultura Abdala Mameri ............................................................................................... 47
4.3.5. Câmara Municipal de Araguari ................................................................................................. 49
4.3.6. Colégio Berlaar Sagrado Coração de Jesus ............................................................................... 51
4.3.7. Conservatório Estadual de Música ........................................................................................... 51
4.3.8. Igreja Nossa Senhora de Fátima ............................................................................................... 51
4.3.9. Semente Esperança .................................................................................................................. 52
4.3.10. Escola Estadual Raul Soares .................................................................................................. 52
4.3.11. Cine Rex................................................................................................................................. 52
4.3.12. Palace Hotel .......................................................................................................................... 53
4.3.13. Clube Recreativo Araguarino ................................................................................................ 53
4.3.14. Prédio Escola do Comércio (CIAC) ......................................................................................... 53
4.3.15. Prédio antigo da CEMIG ........................................................................................................ 54
4.3.16. Bosque John Kennedy ........................................................................................................... 54
4.3.17. Superintendência de Água e Esgoto – SAE ............................................................................ 55
4.3.18. Aeroporto Santos Dumont .................................................................................................... 55
4.3.19. Associação Goiás Atlética ...................................................................................................... 55
4.3.20. Igreja Nossa Senhora do Rosário........................................................................................... 56
4.3.21. Igreja de Nossa Senhora Aparecida – Bairro: Santa Helena .................................................. 56
4.3.22. Igreja de Nossa Senhora Aparecida – Distrito Amanhece ..................................................... 57
5. Modelo de Operação ....................................................................................................................... 57
5.1. Modelo de Governança da PPP de IP ............................................................................................... 57
5.2. Fases do Projeto ............................................................................................................................... 58
5.2.1. Fase 0 – Preliminar ................................................................................................................... 59
5.2.2. Fase 1 – Transição..................................................................................................................... 59
5.2.3. Fase 2 – Modernização ............................................................................................................. 59
5.2.4. Fase 3 – Operação .................................................................................................................... 59
5.3. Modelo Operacional ........................................................................................................................ 60
5.3.1. Cadastro.................................................................................................................................... 60
5.3.2. Planos Operacionais (POM, PM e PDO) .................................................................................... 60
5.3.3. Modernização e Eficientização ................................................................................................. 61
5.3.4. Implantação de Telegestão ....................................................................................................... 61
5.3.5. Iluminação Especial (IE) ............................................................................................................ 62
5.3.6. Centro de Controle Operacional (CCO) ..................................................................................... 62
5.3.7. Serviços de Manutenção .......................................................................................................... 62
5.3.8. Serviços de Poda ....................................................................................................................... 62
5.3.9. Estrutura Operacional e Organizacional ................................................................................... 63
5.3.10. Expansão da Rede Municipal de IP ........................................................................................ 63
5.3.11. Divulgação de Informações e Documentos da PPP ............................................................... 64
5.4. Parque de IP ..................................................................................................................................... 64
6. Modelo de Investimentos ................................................................................................................ 65
6.1. Despesas Pré-Operacionais .............................................................................................................. 65
6.2. Investimentos em Infraestrutura ..................................................................................................... 66
6.3. Modernização e Eficientização......................................................................................................... 66
6.3.1. Custo médio da Luminária LED ................................................................................................. 67
6.3.2. Custo médio de mão de obra e instalação ............................................................................... 68
6.4. Adequação da Rede de IP em áreas com Pontos Escuros ................................................................ 69
6.5. Faixas de Pedestres .......................................................................................................................... 70
6.6. Ciclovias............................................................................................................................................ 70
6.7. Implantação do Sistema de Telegestão............................................................................................ 71
6.8. Iluminação Especial .......................................................................................................................... 71
6.9. Expansão da Rede de IP ................................................................................................................... 72
6.10. Socioambiental ......................................................................................................................... 73
6.11. Resumo CAPEX .......................................................................................................................... 75
7. Modelo de Custos e Despesas ......................................................................................................... 77
7.1. Estrutura Operacional ...................................................................................................................... 77
7.1.1. Dimensionamento de Chamados de Manutenção ................................................................... 77
7.1.2. Custo Médio por Chamado de Manutenção............................................................................. 77
7.1.3. Equipe de Verificação Ativa (rondas) ........................................................................................ 79
7.2. Materiais de Manutenção ................................................................................................................ 80
7.3. Poda de Árvore................................................................................................................................. 81
7.4. Sistema de Telegestão ..................................................................................................................... 81
7.5. Estrutura Administrativa .................................................................................................................. 81
7.5.1. Equipe Administrativa ............................................................................................................... 81
7.5.2. Instalações e Utilidades ............................................................................................................ 82
7.6. Seguros e Garantias ......................................................................................................................... 83
7.7. Verificador Independente ................................................................................................................ 84
7.8. Resumo OPEX ................................................................................................................................... 86
8. Custos e Despesas do Poder Concedente ........................................................................................ 88
8.1. Custos com Energia Elétrica ............................................................................................................. 88
8.2. Taxa de serviço arrecadação da CIP ................................................................................................. 90
8.3. Instituição Financeira Depositária .................................................................................................... 90
1

1.Considerações Gerais
Este relatório apresenta o estudo de engenharia para a rede de Iluminação Pública de Araguari – Minas
Gerais, contendo os elementos referenciais de engenharia e a precificação dos investimentos e custos
operacionais envolvidos. Este produto irá apresentar:

• Modernização e Eficientização
▪ Projetos referenciais de engenharia com a descrição das soluções de engenharia e tecnologia
adotadas;
▪ Proposta para a expansão do parque de IP a fim de se atender à demanda reprimida, novas
demandas, pontos escuros, incluindo proposição de mecanismo para gestão da expansão do
parque.
• Iluminação Especial
▪ Proposta de projeto referencial de iluminação cênica para cada um dos bens públicos selecionados.
• Modelo de Operação
▪ Visão geral dos serviços a serem prestados pela Concessionária, incluindo o escopo de
modernização e eficientização, sistema de telegestão, iluminação especial, manutenção, entre
outros.
• Modelo de Investimentos
▪ Premissas para cada linha de investimento (CAPEX) para execução dos serviços no escopo da PPP.
• Modelo de Custos e Despesas
▪ Premissas para cada linha de custo operacional (OPEX) para execução dos serviços no escopo da
PPP.
Os estudos de engenharia foram construídos em conformidade com a Lei 11.079/2004 (Lei das PPPs),
especificamente o artigo 10 que define:
§ 4º Os estudos de engenharia para a definição do valor do investimento da PPP deverão ter nível de
detalhamento de anteprojeto, e o valor dos investimentos para definição do preço de referência para
a licitação será calculado com base em valores de mercado considerando o custo global de obras
semelhantes no Brasil ou no exterior ou com base em sistemas de custos que utilizem como insumo
valores de mercado do setor específico do projeto, aferidos, em qualquer caso, mediante orçamento
sintético, elaborado por meio de metodologia expedita ou paramétrica.
Salienta-se, ademais, que os estudos e levantamentos ora apresentados consistem em documentos
meramente indicativos com caráter referencial, sendo, destarte, de responsabilidade das Licitantes a
realização de seus próprios estudos para formatação de suas respectivas Propostas, quando do
procedimento licitatório.
2

2.Sumário Executivo
Ao longo deste produto são detalhadas as principais premissas utilizadas no desenvolvimento do estudo
de engenharia. Por sua vez, nesse sumário são apresentados de forma sintética os principais números e
resultados deste relatório.

2.1.Premissas Gerais da Rede de Iluminação Pública

Nessa seção é apresentada uma visão geral da rede de IP no Município, a qual foi apresentada de forma
detalhada no relatório de Situação Técnico-Operacional. As principais fontes de informações para os
dados abaixo foram o cadastro de IP disponibilizado pelo Município e o trabalho de campo. As premissas
gerais consideradas para as simulações e para o projeto de engenharia são apresentadas ao longo deste
item.
Tabela 1 – Premissas Gerais

Premissa Valor

Quantidade Total de Pontos de IP 19.718*


Quantidade de Pontos de IP em Vias V1/V2/V3 4.403
Quantidade de Pontos de IP em Outras Vias, Praças, Parques etc. 15.315
Carga Média Atual por Ponto de IP 133,85 W
Carga Total (kW) 2.639,25 kW
Fonte: Cadastro de IP e trabalho em campo

*Foi realizado um recadastramento do parque de IP pela empresa JVM Consultoria, a serviço da CEMIG DISTRIBUIÇÃO S/A, no
qual foi verificada a existência de 19.718 pontos de IP. No entanto, no momento da elaboração destes estudos técnicos, não
foram disponibilizados os dados de georreferenciamento do cadastro atualizado.

Com relação à distribuição dos pontos de IP do parque segundo a classe de iluminação para vias de
veículos, os resultados apresentaram a seguinte proporção:
Tabela 2 – Distribuição de classes de iluminação para veículos no parque futuro

Classe de Iluminação de Veículos % do parque de IP


V1 0,00%
V2 8,12%
V3 12,75%
V4 72,75%
V5 0%
Praça/Bosque/Campo 6,38%
Total 100,00%
Fonte: Classificação viária definida pela prefeitura, aplicada ao cadastro de IP e resultados das vistorias em campo.
3

Outro resultado do trabalho de campo foi a avaliação da situação atual de iluminação do parque de IP
em relação à Norma ABNT NBR 5101:2018. O resultado do trabalho indicou que um percentual muito
significativo do parque de IP está defasado quanto ao atendimento da norma, de modo que as soluções
que serão propostas no cenário futuro deverão compensar essa questão, uma vez que, mantendo a
tecnologia atual, a carga instalada deveria ser superior para que todas as vias estejam aderentes aos
parâmetros da Norma.
Em relação ao atendimento dos requisitos de iluminância e uniformidade para as classes de iluminação
das vias de veículos e das vias de pedestre, tem-se os resultados apresentados na tabela a seguir:
Tabela 3 – Atendimento aos requisitos de iluminância e uniformidade

Atendimento à Norma NBR 5101 Via de Veículos Via de Pedestres


Conforme1 13,39% 31,50%
Não Conforme2 86,61% 68,50%
Total 100,00% 100,00%
Atende apenas Iluminância 6,30% 13,39%
Atende apenas Uniformidade 37,01% 18,90%
Atende Iluminância e Uniformidade 13,39% 31,50%
Não atende Iluminância nem Uniformidade 43,31% 36,22%
Total 100,00% 100,00%
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir dos resultados do trabalho de vistoria em campo.

Por fim, em relação ao atendimento dos níveis da Norma NBR 5101/2018, tanto para as vias de veículos
como para as de pedestres, o nível de atendimento deu-se conforme representado na tabela a seguir, que
descreve a amostra verificada in loco:

Tabela 4 – Nível de Atendimento à Norma NBR 5101 conforme classificação viária

Classificação Viária (NBR 5101) Atende (%) Não Atende (%) Total (%)
Todas as Vias 13,39% 86,61% 100,00%
Arterial 1,57% 98,43% 100,00%
Coletora 97,64% 2,36% 100,00%
Local 13,39% 86,61% 100,00%
Fonte: Elaboração MODELO IP com base nos resultados do trabalho de campo.

1
Atende Iluminância e Uniformidade
2
Não atende Iluminância e/ou Uniformidade
4

2.2.Principais Resultados dos Estudos de Engenharia


A seguir, são apresentados os principais resultados de engenharia obtidos e que são desenvolvidos mais
detalhadamente ao longo deste relatório.
Tabela 5 – Carga média futura por ponto de IP e meta de Eficientização por tipo de via

Vias Principais Outras Vias


Parâmetro Todas as Vias
(V1, V2, V3) (V4, Praças, etc.)
Carga Média por Ponto de IP 55,80 W 85,65 W 40,95 W
Meta de Eficientização 60,63 % 46,23 % 65,04 %
Novos Pontos em Áreas Escuras 0,00 % 0,00 % 0,00 %
Fonte: Elaboração Modelo IP.

Além dos pontos de IP localizados nas vias do município, são previstos um quantitativo de pontos de IP
em Faixas de Pedestres e Ciclovias, conforme a seguir:
• Quantitativo de pontos de IP em Faixas de Pedestres: 1.000;
• Quantitativo de pontos de IP em Ciclovias: 107.
São previstos também, a instalação de equipamentos para provimento de Iluminação Especial nos
seguintes monumentos/locais:
Tabela 6 – Locais e monumentos para instalação de Iluminação Especial
Nº Local Localização
1 Palácio dos Ferroviários Praça Gaioso Neves, 129 – Bairro: Goiás
2 Igreja Matriz Bom Jesus da Cana Verde Praça Padre Nilo Tabuquini, 50 – Bairro: Centro
3 FAEC - Fundação Araguarina de Educação e Cultura Rua Virgílio de Melo Franco, 11 – Bairro: Centro
4 Casa da Cultura Abdala Mameri Rua Cel. José Ferreira Alves, 1098 – Bairro: Centro
5 Câmara Municipal de Araguari Rua Cel. José Ferreira Alves, 758 – Bairro: Centro
6 Colégio Berlaar Sagrado Coração de Jesus Rua Virgílio de Melo Franco, 513 – Bairro: Centro
7 Conservatório Estadual de Música Praça da Constituição, 120 Bairro: Centro
8 Igreja Nossa Senhora de Fátima Praça Augusto Diniz, 150 – Bairro: Fátima
9 Semente Esperança Rua Cel. José Ferreira Alves, 703 – Bairro: Centro
10 Escola Estadual Raul Soares Av. Tiradentes, 135 – Bairro: Centro
11 Cine Rex Praça Manoel Bonito, 142 – Bairro: Centro
12 Palace Hotel Praça Manoel Bonito, 164 – Bairro: Centro
13 Clube Recreativo Araguarino Praça Manoel Bonito, nº 180, 188, 204 – Bairro: Centro
14 Prédio Escola do Comércio (CIAC) Praça Getúlio Vargas, 65 – Bairro: Centro
15 Prédio antigo da CEMIG Rua Dr. Afrânio, 178 – Bairro: Centro
16 Bosque John Kennedy Av. Minas Gerais, s/n – Bairro: Centro
17 Superintendência de Água e Esgoto – SAE Av. Hugo Alessi, 50 – Bairro: Industrial
18 Aeroporto Santos Dumont Av. Santos Dumont, 300 – Parque Flamboyants
19 Associação Goiás Atlética Av. Joaquim Aníbal, 577 – Bairro: Rosário
20 Igreja Nossa Senhora do Rosário Praça do Rosário, s/n – Bairro: Rosário
21 Igreja de Nossa Senhora Aparecida – Santa Helena Rua. Jaime Gomes, 1665 – Bairro: Santa Helena
22 Igreja de Nossa Senhora Aparecida - Amanhece Rua Cel. Filadélfio, 35 – Distrito: Amanhece
Fonte: Elaboração Modelo IP.
5

Um fator importante e que resulta em um relevante benefício com a implementação da PPP de IP no


Município, é a redução na emissão de gases de efeito estufa. A redução do consumo energético está
diretamente relacionada a redução da emissão de gás carbônico pelas luminárias do parque de IP. A
Tabela 7, mostra a redução mensal e anual do parque ao reduzir o consumo energético do parque de IP
do Município.
Tabela 7 – Redução Emissão CO2 pela PPP

Parâmetro Valor
Consumo Mensal Atual de Energia Elétrica para IP 919 MWh
Redução Mensal no Consumo do Parque de IP 557 MWh
Redução Mensal da Emissão de CO2 52 tCO²
Redução Anual da Emissão de CO2 629 tCO²
Fonte: Elaboração Modelo IP.

Considerando as obrigações da Concessionária descritas neste relatório, o parque de IP do Município


passará por melhorias tendo em vista as atividades de modernização e expansão, as quais irão impactar
diretamente no quantitativo de pontos de IP ao longo de todo o prazo da PPP. Assumindo o cadastro de
IP do Município como referência inicial, a tabela a seguir apresenta a evolução do número de pontos de
IP no Município por todo o prazo da PPP.
Tabela 8 – Quantitativo de Pontos de IP ao longo da PPP

Ano Quantidade Início Quantidade Fim


1 19.718 19.973
2 19.973 21.786
3 21.786 21.962
4 21.962 22.138
5 22.138 22.314
6 22.314 22.490
7 22.490 22.666
8 22.666 22.842
9 22.842 23.018
10 23.018 23.194
11 23.194 23.370
12 23.370 23.546
13 23.546 23.722
14 23.722 23.898
Fonte: Elaboração Modelo IP.

Na Tabela 9 são apresentados os valores monetários relacionados à implantação das tecnologias e das
atividades de eficientização e modernização do parque de IP do Município para a operacionalização da
PPP.
6

Tabela 9 – Valores de investimentos (CAPEX)

Linha de Investimento Valor de CAPEX (R$ mil)


Despesas Pré-Operacionais 3.063
Socioambiental 854
Infraestrutura Civil, Mobiliário e Operacional 114
Cobertura de Pontos Escuros -
Modernização e Eficientização 6.752
Implantação do Sistema de Telegestão 8.657
Iluminação Especial 696
Faixa de Pedestres e Ciclovias 3.020
Expansão do Parque de IP 5.269
Total 28.425
Fonte: Elaboração MODELO IP.

Por sua vez, na Tabela 10 são abordados os valores monetários relacionados à operação e manutenção
da rede de IP e os serviços associados à PPP sob responsabilidade da Concessionária.
Tabela 10 – Valores de custos e despesas (OPEX)

Linha de Custos e Despesas Valor de OPEX (R$ mil)


Estrutura Operacional 1.810
Materiais de Manutenção 743
Sistema de Telegestão 5.390
Estrutura Administrativa 13.234
Socioambiental 2.221
Poda de Árvore 13.269
Seguros e Garantias 1.980
Verificador Independente 8.410
Total 47.058
Fonte: Elaboração MODELO IP.

Outros pontos relevantes a serem destacados, são:


As luminárias instaladas pela Concessionária deverão possuir tecnologia LED, serem certificadas na
Portaria nᵒ 62 do INMETRO de 2022, apresentar o Selo PROCEL e ter eficiência luminosa mínima de 130
lm/W;
É recomendado que as luminárias LED apresentem Temperatura de Cor Correlata (TCC) de 3.000K em
vias com médio e baixo fluxo de veículos (Vias Locais), enquanto em vias com alto fluxo de veículos (Vias
Principais) a TCC das luminárias seja de 4.000K. As Vias Principais são aquelas vias cuja classificação viária
do Município define como V1, V2 e V3. Já as Vias Locais, aquelas definidas como V4 e V5.
7

3.Modernização e Eficientização do Parque de IP


Os serviços de modernização e eficientização têm como objetivo adequar a rede de iluminação pública
atual aos parâmetros luminotécnicos mínimos exigidos nas normas vigentes, bem como a instalação de
soluções que elevem o Índice de Reprodução de Cor (IRC) e a promoção da redução de consumo de
energia dos pontos modernizados.

• Modernização: Os pontos de iluminação pública cujos parâmetros luminotécnicos forem atualizados


aos requisitos da Norma 5101/2018, obtendo, para esses pontos, o IRC mínimo de 70;
• Eficientização: Os pontos de iluminação pública modernizados em que sejam instaladas soluções que
resultem em redução da carga instalada.
Ao longo deste tópico serão apresentadas as premissas e diretrizes utilizadas para a projeção da futura
rede de iluminação pública do município com a implementação da PPP. Um dos principais resultados
deste item será obtido através do cálculo da meta de eficientização energética da rede de IP, ou seja,
qual será a redução na carga instalada da rede de IP após a substituição das lâmpadas atuais por
lâmpadas com uma tecnologia superior, como o LED.
Deve-se ressaltar que as premissas e demais informações apresentadas neste relatório, sob aspectos de
engenharia e outros, devem ser consideradas como referenciais e não vinculantes para desenvolvimento
futuro dos projetos de modernização e eficientização da rede de IP pela Concessionária.

3.1.Premissas Gerais da Rede de Iluminação Pública


Nesta seção é apresentada uma visão geral da rede de IP no Município, a qual foi apresentada de forma
detalhada no relatório de Situação Técnico-Operacional. As principais fontes de informações para os
dados abaixo foram o cadastro de IP disponibilizado pelo Município e o trabalho de campo. As premissas
gerais consideradas para as simulações e para o projeto de engenharia são apresentadas ao longo deste
item.
Tabela 11 – Premissas Gerais
Premissa Valor
Quantidade Total de Pontos de IP 19.718*
Quantidade de Pontos de IP em Vias V1/V2/V3 4.403
Quantidade de Pontos de IP em Outras Vias, Praças,
15.315
Parques etc.
Carga Média Atual por Ponto de IP 133,85 W
Carga Total (kW) 2.639,25 kW
Fonte: Cadastro de IP e trabalho em campo

*Foi realizado um recadastramento do parque de IP pela empresa JVM Consultoria, a serviço da CEMIG DISTRIBUIÇÃO S/A, no
qual foi verificada a existência de 19.718 pontos de IP. No entanto, no momento da elaboração destes estudos técnicos, não
foram disponibilizados os dados de georreferenciamento do cadastro atualizado.
8

Com relação à distribuição dos pontos de IP do parque segundo a classe de iluminação para vias de
veículos, os resultados apresentaram a seguinte proporção:
Tabela 12 – Distribuição de classes de iluminação para veículos no parque futuro
Classe de Iluminação de Veículos % do parque de IP
V1 0,00%
V2 8,12%
V3 12,75%
V4 72,75%
V5 0%
Praça/Bosque/Campo 6,38%
Total 100,00%
Fonte: Classificação viária definida pela prefeitura, aplicada ao cadastro de IP e resultados das vistorias em campo,
adaptada para a projeção do parque futuro.

No escopo desta PPP, não será considerada a implantação de Iluminação Pública com os parâmetros de
vias V5, os projetos luminotécnicos bem como o nível de atendimento dos pontos de IP a serem
instalados, atenderão no mínimo à classificação V4. Da mesma forma para a Iluminação de Pedestres,
não será considerada a implantação da classe P4, sendo como parâmetro mínimo a classe P3.
No Diagnóstico Técnico Operacional, está apresentada a classificação viária e distribuição das classes
conforme encontrada durante a elaboração dos estudos, mas para fins de modelagem e estudos técnicos
de engenharia (elaboração do CAPEX, OPEX, e simulações luminotécnicas) portanto, será considerada
esta classificação viária já adaptada, contendo os pontos IP em vias V5 somada aos pontos de vias V4, e
pontos IP em passeios P4 somada aos pontos de passeios P3, que será a caracterização do parque futuro.
Outro resultado do trabalho de campo foi a avaliação da situação atual de iluminação do parque de IP
em relação à normatização amplamente utilizada no Brasil, a Norma 5101/2018. O resultado do trabalho
indicou que um percentual relativamente significativo do parque de IP está defasado quanto ao
atendimento da Norma 5101/2018, de modo que as soluções que serão propostas no cenário futuro
deverão compensar essa questão, uma vez que, mantendo a tecnologia atual, a carga instalada deveria
ser inferior para que todas as vias estejam aderentes aos parâmetros da Norma.
Em relação ao atendimento dos requisitos de iluminância e uniformidade para as classes de iluminação
das vias de veículos e das vias de pedestre, tem-se os resultados apresentados na tabela a seguir:
9

Tabela 13 – Atendimento aos requisitos de iluminância e uniformidade

Atendimento à Norma NBR 5101 Via de Veículos Via de Pedestres


Conforme3 13,39% 31,50%
Não Conforme4 86,61% 68,50%
Total 100,00% 100,00%
Atende apenas Iluminância 6,30% 13,39%
Atende apenas Uniformidade 37,01% 18,90%
Atende Iluminância e Uniformidade 13,39% 31,50%
Não atende Iluminância nem Uniformidade 43,31% 36,22%
Total 100,00% 100,00%
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir dos resultados do trabalho de vistoria em campo.

Por fim, em relação ao atendimento dos níveis da Norma NBR 5101/2018, tanto para as vias de veículos
como para as de pedestres, o nível de atendimento deu-se conforme representado na tabela a seguir, que
descreve a amostra verificada in loco:
Tabela 14 – Nível de Atendimento à Norma NBR 5101 conforme classificação viária

Classificação Viária (NBR 5101) Atende (%) Não Atende (%) Total (%)
Todas as Vias 13,39% 86,61% 100,00%
Arterial 1,57% 98,43% 100,00%
Coletora 97,64% 2,36% 100,00%
Local 13,39% 86,61% 100,00%
Fonte: Elaboração MODELO IP com base nos resultados do trabalho de campo.

Em relação a avaliação da qualidade do parque de iluminação pública com base nos dados existentes,
dados levantados e análises de campo, tendo como referência a aderência em relação às recomendações
da norma ABNT NBR 5101/2018, consta-se que mesmo com o parque com um índice elevado de
luminárias LED, os requisitos na norma de iluminância e uniformidade são atendidos, estando na média
dos municípios brasileiros.

3
Atende Iluminância e Uniformidade
4
Não atende Iluminância e/ou Uniformidade
10

3.2. Software para Simulação


Para identificar a melhor solução para modernização e eficientização da rede de IP do município, faz-se
necessária a utilização de software de simulação com o objetivo de assegurar o atendimento aos
principais índices de iluminação exigidos na Norma 5101/2018.
Foi utilizado o software Dialux para condução dos estudos e simulações relacionados à modernização e
eficientização do parque de IP. O Dialux é atualmente um dos softwares de simulação luminotécnica
mais aplicados no mundo, disponibilizado em 25 idiomas e possuindo mais de 750.000 usuários. No
sistema podem ser inseridos possíveis cenários, informando-se as características da via, calçadas e os
parâmetros de montagem do ponto de IP (distância entre postes, altura da luminária, etc.), que em
conjunto com as possíveis soluções de tecnologia para as luminárias LED (banco de dados com curvas
fotométricas, com características diferentes, como potência, eficiência, etc.), apresentam como
resultado os índices de iluminação para cada cenário, contendo o valor médio de iluminância (𝐸𝑚 )e a
uniformidade(𝑈𝑜 ).
Figura 1 – Características das vias e calçadas incluídas no Dialux

Fonte: Dialux, elaboração MODELO IP.


11

Figura 2 – Características dos parâmetros de montagem incluídas no Dialux

Fonte: Dialux, elaboração MODELO IP.

Figura 3 – Exemplo de resultado do Dialux

Fonte: Dialux, elaboração MODELO IP.


12

3.3.Diretrizes Gerais para Modernização e Eficientização


As lâmpadas de tecnologia LED estão sendo implementadas nos parques de IP de todo o Brasil, tendo
em vista que, em comparação com outras tecnologias (vapor de sódio, vapor de mercúrio, vapor
metálico etc.), apesar de o investimento inicial ser superior, a escolha representa inúmeras vantagens
como luminárias com maior vida útil, menor impacto ambiental no descarte e fabricação (lâmpadas de
LED não possuem mercúrio), maior eficiência luminosa (lúmens/watt), melhor Índice de Reprodução de
Cores (IRC), menor poluição luminosa e menor consumo de energia elétrica.
Em paralelo a isto, os projetos referenciais foram elaborados de modo a além de atender as classes de
iluminação das vias de acordo com seus respectivos índices mínimos, também utilizar as luminárias e
potências mais eficientes para tal. Desta forma foram simulados 3 cenários para cada conjunto específico
de característica físicas e níveis de iluminação para as vias de veículos e pedestres. Durante as simulações
quando averiguado vantajoso, foi possível alterar características como o tamanho braço e altura de
montagem, para assim se conseguir utilizar de luminárias ainda mais econômicas, enquanto a
iluminância e uniformidade se mantém ideais, já que para a mesma tecnologia em LED, é possível
encontrar diferentes curvas fotométricas, que se adequam de forma otimizada em diferentes situações.
Em linha com esta tendência, e considerando que a escolha traz maior viabilidade ao projeto e vantagens
sob as perspectivas técnico-operacional e econômico-financeira, os estudos de engenharia preveem,
para o parque de IP do município, a implementação de luminárias em tecnologia LED.

3.3.1.Portaria INMETRO
A Portaria nº 62 do INMETRO (substituindo e revogando a Portaria nº 20) estabelece requisitos técnicos
da qualidade e os requisitos de avaliação da conformidade para luminárias para a iluminação pública
viária, as quais as Luminárias LED consideradas no Estudo de Engenharia são enquadradas.
Esta Portaria estabelece alguns requisitos mínimos para Luminárias LED:

• Eficiência Energética maior ou igual a 100 Lúmens/Watt para a Classe A de equipamento;


• Vida-útil mínima de 50.000 horas para a manutenção do fluxo luminoso de 70% (L70).
3.3.2.Selo PROCEL
O Selo PROCEL de Economia de Energia, é um produto elaborado pelo Programa Nacional de
Conservação de Energia (PROCEL), cujo objetivo é identificar os produtos que apresentam os melhores
níveis de eficiência energética, motivando o mercado consumidor a adquirir equipamentos que sejam
mais eficientes.
Nesse contexto, os fornecedores de luminárias LEDs, devem comprovar por meio de relatórios de
ensaios elaborados por um dos laboratórios indicados pelo PROCEL e atender aos critérios estabelecidos
para concessão do selo PROCEL de economia de energia para luminárias LED para iluminação pública.
Além disso, o fornecedor deverá encaminhar ao PROCEL, o certificado de conformidade da luminária, de
13

acordo com o que é estabelecido na Portaria nº 62 do INMETRO de 17 de fevereiro de 2022. Portanto,


o selo PROCEL somente será concedido, após a certificação do produto pelo INMETRO.
Além do que, as luminárias LED devem apresentar eficiência energética declarada e medida superior a
110 lm/W, fluxo luminoso inicial superior a 95% do fluxo luminoso nominal declarado pelo fornecedor,
potência total medida deve ser de mais ou menos 10%, da que fora declarada, e a temperatura de cor
correlata nominal declarada deve estar entre 2700K e 5000K.

3.3.3.Índice de Reprodução de Cores (IRC)


O Índice de Reprodução de Cores (IRC), com escala que varia de 0 a 100, define a capacidade de uma
determinada fonte luminosa artificial em reproduzir de forma fidedigna as cores de um espaço e/ou
objeto. O Sol é considerado a fonte de luz mais natural que dispomos, tornando-se assim o padrão de
comparação (índice 100) para as demais fontes luminosas.
Desta forma, quanto maior o IRC, melhor os objetos e espaços terão suas cores reproduzidas por uma,
ou conjunto, de fontes luminosas.
A Portaria nº 62 do INMETRO, estabelece no item 4.2.7 que as luminárias aplicadas a iluminação pública
devam ser capazes de reproduzir de forma adequada as cores reais de um objeto ou superfície quando
comparada a luz natural. Para tal, é recomendado no item 4.2.7.1 que o IRC seja maior ou igual a 70.
Portanto, no Estudo de Engenharia foram consideradas luminárias LED com IRC superior a 70, de modo
que a iluminação pública possibilite que as pessoas enxerguem seus arredores com elevada fidelidade
às cores originais.
Figura 4 – Visualização dos diferentes níveis para o IRC

Fonte: O que é Índice de Reprodução de Cores (IRC)? - Clique Arquitetura.

3.3.4.Temperatura de Cor Correlata (TCC)


A temperatura de cor, temperatura aparente da cor ou temperatura de cor correlata, emitida através de
uma fonte luminosa, é uma grandeza luminotécnica que expressa a tonalidade da cor de luz obtida. A
unidade de medida é o Kelvin (K) e na prática, quanto maior o grau expresso, a tonalidade da luz será
mais branca (fria) e quanto menor, mais amarelada (quente).
14

Para o projeto, foram avaliadas luminárias com TCC nas faixas de 3.000K e 4.000K, portanto em tom mais
quente que a “luz branca natural”, ou seja, aquela que é emitida pelo sol em céu aberto ao meio-dia,
cuja temperatura de cor é de 5.000K ou superior.
A recomendação é que nas vias de médio e baixo fluxo (Vias Locais, majoritariamente) sejam instalados
equipamentos com TCC de 3.000K, enquanto nas vias de alto fluxo (Vias Principais: V1, V2, V3) TCC de
4.000K.
Diversas normativos internacionais já trazem como exigência a instalação de equipamentos com TCC de
até 3.000K em vias públicas. Os principais motivos quanto a esta proposta são:

• Aos cuidados com a saúde pública da população;


• À promoção de maior sensação de conforto do espaço público promovendo a sua ocupação e,
consequentemente, maior segurança.
Figura 5 – Visualização dos diferentes níveis para a TCC

Fonte: O que é a temperatura da cor? - Instaarts.


Para ilustrar este item do relatório, são apresentadas na tabela abaixo exemplos da mesma via com
temperaturas de cor distintas:
15

Tabela 15 – Temperatura de Cor x Aparência

Fonte: Manuel de Iluminação Pública – COPEL.

3.3.5.Poluição Luminosa
De acordo com a Norma 5101/2018, a poluição luminosa pode ser entendida como “o desperdício de
energia, provocado por luminárias, instalações e projetos ineficientes e mal elaborados”. Devem ser
adotadas estratégias que minimizem a poluição luminosa e os possíveis impactos ambientais pela
iluminação pública no Município.
Os efeitos produzidos por projetos superdimensionados ou sem o correto controle de dispersão de luz
podem acarretar iluminação inadequada e mal utilizada, com potenciais prejuízos ao conforto dos
usuários do espaço público e dos edifícios lindeiros (edificação que se localiza às margens da via pública),
à capacidade de observação do céu noturno (estudos astronômicos) e à fauna e flora urbana.
Propõe-se fazer uso de iluminação que gere baixa emissão de luz acima do eixo horizontal, visando
respeitar a fotometria indicada e gerar uma iluminação compatível com as restrições ambientais do
entorno, priorizando o conforto humano e a visibilidade noturna.
Deve ser destacado que as luminárias utilizadas em lâmpadas de tecnologias convencionais (vapor de
sódio e vapor metálico, por exemplo) não trazem o melhor direcionamento possível para o fluxo
luminoso, e um projeto luminotécnico com Luminária LED facilita o direcionamento do fluxo luminoso,
permitindo que apenas os locais necessários sejam iluminados.
Na Figura 6, a seguir é possível verificar os níveis de poluição luminosa no Município:
16

Figura 6 – Mapeamento da poluição luminosa no Município

Fonte: www.lightpollutionmap.info.

3.3.6.Informações Obtidas no Trabalho de Campo


Os parâmetros da simulação têm como fonte as informações disponíveis no cadastro de IP fornecido
pela Prefeitura de Araguari - MG e/ou no Inventário da distribuidora de energia, assim como as
informações coletadas por meio do trabalho de vistoria em campo, de acordo como o exposto no item
3.1.
Conforme apresentado no Relatório da Situação Técnico-Operacional, o trabalho de campo foi realizado
a partir de uma amostra de pontos de IP obtida de forma aleatória, conforme previsto na Norma ABNT
NBR 5426 - “Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos” e NBR 5427 “Guia para
utilização da Norma NBR 5426 - Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos”, na
rede de IP do município, assegurando que os pontos avaliados representassem uma amostra significativa
do parque completo e, portanto, os resultados obtidos nessa amostra podem ser projetados para todo
o parque.
As informações coletadas por meio do trabalho de vistoria em campo permitiram a obtenção das
características das vias do município e dos parâmetros de montagem nos pontos de IP, os quais serão
utilizados para desenvolvimento dos projetos luminotécnicos no Dialux.
Nesse contexto, são considerados como parâmetros fixos, aqueles que não podem ser alterados ou de
elevado custo e complexidade para ajuste:

• Tipo de posteação;
• Distância entre postes;
• Largura da Via;
17

• Largura da Calçada;
• Classe de Iluminação de Veículos (Norma 5101/2018);
• Classe de Iluminação de Pedestres (Norma 5101/2018).
Por sua vez, os parâmetros a seguir são considerados variáveis, tendo em vista a maior flexibilidade e o
menor custo:

• Altura de montagem da luminária;


• Comprimento do braço;
• Curvas fotométricas das luminárias de LED.
Os parâmetros coletados em campo foram utilizados para a definição de cada simulação no Dialux,
conforme representação a seguir:
Figura 7 – Parâmetros Dialux

Fonte: Dialux.

3.3.7.Curvas Fotométricas
As curvas fotométricas, por definição, são as curvas de distribuição da intensidade luminosa de uma
fonte em diversas direções no espaço. Cada fonte luminosa possui uma curva particular de distribuição
de luz. A forma como a luminária projeta essa distribuição de luz de uma determinada fonte, é
apresentada por meio dessas curvas fotométricas, a qual impacta diretamente nos resultados dos
indicadores luminotécnicos, tendo em vista o fluxo luminoso, sua direção e intensidade.
Como a curva fotométrica é particular de cada lâmpada no mercado, variando de acordo com o
fabricante, potência, modelo e posicionamento das lentes, foram coletados junto aos principais
fornecedores de luminárias LEDs do mercado, as curvas fotométricas que foram utilizadas nas
simulações do Estudo de Engenharia.
18

Os resultados de iluminância sobre as curvas fotométricas são impactados pelo fator de manutenção das
fontes luminosas. O fator definido representa o desempenho da lâmpada ao final da sua vida útil sendo
informado pelo fabricante da lâmpada e caracterizado pelo percentual a ser aplicado no desempenho
das fontes luminosas considerando a sua depreciação ao longo do tempo. Com o objetivo de garantir o
atendimento aos níveis de iluminância e uniformidade especificados ao longo de toda a vida útil da fonte
luminosa, este fator é considerado na avaliação dos resultados das simulações, tendo como referência
o valor indicado pelo próprio fabricante.
Adicionalmente, foi avaliada a Norma ABNT NBR 5101:2018, a qual define no tópico 5.5.2:
“5.2.2 A fim de manter estes valores recomendados de iluminância, devem ser
adotados esquemas de manutenção que estejam pelo menos iguais aos
assumidos no projeto de instalação da iluminação. A eficiência das lâmpadas na
data de substituição pode ser determinada pelos dados publicados pelos
fabricantes.”

3.3.8.Norma ABNT NBR 5101/2018


Conforme detalhado no relatório de Situação Técnico-Operacional, a Norma ABNT NBR 5101:2018 é o
documento que regulamenta a iluminação de vias públicas, estabelecendo os requisitos mínimos, de
modo a proporcionar segurança ao tráfego de veículos e pedestres. Os principais indicadores são
relacionados aos seguintes requisitos:

• Iluminância Média Mínima: representa a quantidade de luz que atinge uma área da superfície, aferida
em lux (lx). O nível de iluminância é calculado a partir da média aritmética das medições em um plano
horizontal no vão entre dois postes.
• Fator de Uniformidade Mínimo: representa a homogeneidade da luz que atinge uma área da
superfície. O nível de uniformidade é calculado a partir da razão entre o valor mínimo e o valor médio
dos níveis de iluminância medidos em um plano horizontal no vão entre dois postes.
Para o desenvolvimento dos estudos de engenharia e realização das simulações luminotécnicas, foram
considerados os seguintes requisitos, conforme as classes de iluminação da via (V – Veículos e P –
Pedestres):
Tabela 16 – Requisitos de Iluminância e Uniformidade
Classe de Iluminação Iluminância Média Mínima Fator de Uniformidade Mínimo
[Emed,min (lux)] [U = Emín / Emed]
V1 30 0,4
V2 20 0,3
V3 15 0,2
V4 10 0,2
P1 20 0,3
19

Classe de Iluminação Iluminância Média Mínima Fator de Uniformidade Mínimo


[Emed,min (lux)] [U = Emín / Emed]
P2 10 0,25
P3 5 0,2
Fonte: Adaptada da Norma ABNT NBR 5101/2018.

3.4.Resultados das Simulações Luminotécnicas


Considerando todas as premissas e diretrizes previamente apresentadas, por meio do software Dialux,
foi realizada a simulação com todos os pontos de IP das vistorias do trabalho de campo, considerando as
diferentes curvas fotométricas recebidas dos fornecedores para luminárias LED de diversos modelos e
potências.
As simulações dos cenários resultantes do software Dialux estão em anexo a este relatório.
Como resultado do Estudo de Engenharia, será obtida uma comparação da situação atual frente à
projeção futura da rede de IP do município, assegurando o atendimento aos níveis de iluminância e
uniformidade definidos para as Classes de Iluminação de Veículos (V) e Pedestres (P) com a menor
potência possível. Entretanto, considerando as características existentes no município, a solução final
para cada cenário simulado terá um diferente impacto técnico (meta de eficientização energética) e
econômico-financeiro (investimentos e custos).
Para o estudo de engenharia, é aplicada a seguinte metodologia:
1ª Opção: Substituição da luminária:
Se apenas a substituição da luminária, incluindo lâmpada e demais componentes, for suficiente
para atender aos requisitos necessários, o projeto luminotécnico considera apenas essa
substituição, a partir da luminária LED de menor potência (W) que atenda a todos os requisitos.
Se não for suficiente, avalia-se a próxima opção.
2ª Opção: Substituição ou ajuste dos braços de IP:
Se a substituição do braço de IP ou ajuste na altura de montagem da lâmpada, em conjunto com a
substituição da lâmpada, for suficiente para atender aos requisitos necessários, o projeto
luminotécnico considera estes ajustes.
Se não for suficiente, avalia-se a próxima opção.
3ª Opção: Adição de novos pontos de IP:
Neste caso, será previsto: (i) reajuste de vãos entre postes existentes, ou (ii) reorganização da
distribuição dos postes. Esta alteração na configuração da rede de IP será dada, como referência,
pela instalação de um novo poste exclusivo para IP.
20

Em relação à iluminação das praças e parques, não existe uma padronização de configuração da rede de
iluminação pública ou de características construtivas nestes equipamentos urbanos, de modo que a
simulação luminotécnica como uma iluminação viária não seria aplicado, tendo em vista que além da
iluminação das áreas de circulação dos pedestres, também deve ser avaliado a iluminação dos outros
elementos presentes no local, como árvores, bancos, quadras, campos e monumentos.
Para fins do estudo de engenharia foi utilizada como metodologia a equivalência do fluxo luminoso entre
a situação atual (tecnologia tradicional com vapor de sódio, por exemplo) e a situação futura (luminárias
LED), para que seja mantida a proposta existente no local para a iluminação, mas também deve ser
assegurado o atendimento ao nível mínimo de classe de iluminação de pedestres equivalente a P2. A
equivalência luminotécnica é obtida a partir da relação entre a potência e eficiência luminosa das
luminárias instaladas atualmente e o comparativo com a proposta futura com equipamentos mais
eficientes.

3.4.1.Simulações
Assim como apresentado acima, as plantas esquemáticas a seguir apresentam os modelos para
simulação de acordo com o tipo de posteação:
21

Figura 8 – Planta Esquemática Posteação Unilateral

Fonte: Google Maps e Dialux, elaboração MODELO IP.


22

Figura 9 – Planta Esquemática Posteação Canteiro Central

Fonte: Google Maps e Dialux, elaboração MODELO IP.


23

Figura 10 – Planta Esquemática Posteação Bilateral Alternado

Fonte: Google Maps e Dialux, elaboração MODELO IP.

Figura 11 – Planta Esquemática Posteação Bilateral Frontal

Fonte: Google Maps e Dialux, elaboração MODELO IP.


24

3.4.2.Premissas para Parâmetros de Montagem


Conforme previamente descrito, as configurações relacionadas à largura da via, largura da calçada,
distância entre os postes e tipo de posteamento foram consideradas como fixas devido à significativa
complexidade para ajuste (seriam necessárias mudanças na via, fugindo do escopo do concessionário)
ou devido à necessidade de maior investimento (adição/modificação de postes, cujo investimento é
superior quando comparado às demais soluções). Os parâmetros de altura da luminária e projeção do
braço foram considerados variáveis, pois podem ser mais facilmente ajustados de acordo com a
necessidade, desde que respeitados os limites descritos a seguir.
As alterações de altura foram restritas de modo a não ocorrer impactos na rede de energia elétrica (parte
superior do poste) ou nas redes de telefonia e internet (parte intermediária do poste). Para alterações
da altura da luminária e na projeção do braço, foram propostos ajustes de braço segundo a
disponibilidade de diferentes comprimentos e formatos de braços no mercado, sendo aplicado o limite
de braços com até 5,5 metros, quando necessários para maximização da meta de eficientização e
otimização do projeto.
Para alguns pontos de IP, mesmo com os possíveis ajustes na altura de montagem da luminária ou no
tamanho de braço instalado, não é possível identificar uma solução a partir de uma luminária LED que
atenda aos parâmetros estabelecidos pela Norma 5101/2018.
Nesses casos, a solução prevista é a instalação de um novo ponto de IP pela Concessionária de Iluminação
Pública, incluindo o poste, para se eliminar a “área escura”, ou também denominada “zebramento” na
iluminação entre dois postes. Este procedimento irá reduzir o distanciamento entre os postes instalados
atualmente e aumentará a luminosidade do local para adequação aos requisitos da Norma 5101/2018.
A partir do novo espaçamento entre postes, foram realizadas novas simulações para estas áreas, a fim
de se identificar as luminárias LED de menor potência que atendessem aos critérios da Norma
5101/2018, de acordo com as classes de iluminação da via.

3.4.3.Fornecedores utilizados como referência


Para a realização das simulações luminotécnicas foram utilizados 3 (três) fornecedores, 1 fornecedor
para cada cenário de simulação luminotécnica, que possuem em seus catálogos luminárias para
iluminação pública que se enquadram nos requisitos mínimos exigidos no documento vinculativo -
Caderno de Encargos da Concessionária.

3.4.4.Resultados das Simulações


Nas tabelas a seguir serão apresentados os principais resultados das simulações para o parque de IP do
município, considerando a média dos fornecedores de LED avaliados.
A tabela a seguir apresenta o percentual de eficientização, a potência média futura e a eficientização
projetada, para a rede de IP do município conforme amostra analisada:
25

Tabela 17 – Resultado de engenharia

Resultado Carga Média por Ponto (W) Meta de Eficientização (%)


Amostra (Trabalho de Campo) 141,73 W -
Cenário 1: 1° Fornecedor 61,71 W 56,46 %
Cenário 2: 2° Fornecedor 47,88 W 66,21 %
Cenário 3: 3° Fornecedor 57,80 W 59,22 %
Média Fornecedores 55,80 W 60,63 %
Fonte: Elaboração MODELO IP.

A eficientização é calculada utilizando as informações da amostra, e já considerando os pontos a serem


implantados para corrigir “áreas escuras” além dos pontos que sofreram adequação para atender os
índices mínimos da ABNT NBR 5101:2018.
De tal forma, ainda se observa uma possibilidade média de 60,63% de eficientização em todo o parque
de IP do município.
Ressalta-se que os pontos de IP para expansão anual e demanda reprimida não são considerados no
percentual de eficientização, pois consistem em demandas variáveis que não serão, obrigatoriamente,
executadas periodicamente conforme o quantitativo previsto. Além disso, a potência média das
lâmpadas instaladas pode variar de acordo com os parâmetros e a classificação das vias em que forem
instaladas.
Para garantir, no entanto, que as luminárias adicionadas possuam grau de eficiência compatível com o
restante da rede de IP modernizada, será exigida eficiência mínima de 130 lúmens / Watt para as novas
luminárias. Será necessário também que as luminárias atendam aos parâmetros de desempenho
luminotécnico de uniformidade e de iluminância conforme as classes de iluminação (veículos e
pedestres) para a via em que os equipamentos serão instalados.
Considerando o resultado médio dos fornecedores apresentado na tabela anterior, a tabela a seguir
apresenta a composição da rede de IP modernizada por faixa de potência dos pontos de Iluminação
Pública, para os fornecedores avaliados:
Tabela 18 – Quantidade de lâmpadas por faixa de potência dos fornecedores
Faixa de Potência Cenário 1 - 1° Cenário 2 - 2° Cenário 3 - 3° Média por
(W) Fornecedor Fornecedor Fornecedor Faixa
0W – 30 W 3,19% 40,00% 0,00% 14,40%
31 W – 50 W 0,00% 39,71% 40,00% 26,57%
51 W – 67 W 76,52% 3,19% 39,13% 39,61%
68 W – 97 W 16,23% 11,88% 13,91% 14,01%
98 W – 137 W 4,06% 5,22% 6,96% 5,41%
138 W – 180 W 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
181 W – 239 W 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
240 W – 999 W 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
Total 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Fonte: Elaboração MODELO IP.
26

Com o objetivo de alcançar um maior nível de eficientização para o parque futuro de IP, considerou-se
na análise de engenharia a modificação de parâmetros de montagem variáveis (altura da luminária e
tamanho do braço), proporcionada pela substituição do braço limitado a até 5,5 metros de projeção e
aumento ou redução da altura da luminária em no máximo 0,5 metro, para os pontos em que esta
alteração resultou em redução da potência projetada para a luminária LED, em comparação com a
situação sem ajustes destes parâmetros de montagem variáveis.
Os resultados para a variação dos parâmetros de montagem considerados no estudo de engenharia são
apresentados nas tabelas a seguir:
Tabela 19 – Resultado de engenharia da Rede de IP do município (substituição braço IP)

Substituição do braço Com Sem


Fornecedor A 0,00 % 100,00 %
Fornecedor B 0,00 % 100,00 %
Fornecedor C 0,00 % 100,00 %
Média Fornecedores 0,00 % 100,00 %
Fonte: Elaboração Consultoria Modelo IP.

Tabela 20 – Resultado de engenharia da Rede de IP do município (altura de montagem)

Regulagem de Altura Com Sem


Fornecedor A 0,58 % 99,42 %
Fornecedor B 0,00 % 100,00 %
Fornecedor C 1,74 % 98,26 %
Média Fornecedores 0,77 % 99,23 %
Fonte: Elaboração Consultoria Modelo IP.

Além dos ajustes de parâmetros detalhados acima, o estudo de engenharia também apresenta um
cenário em que deve ser considerada a implantação de novos pontos de IP em vias que já apresentam
iluminação, mas não possuem os parâmetros que possibilitem o atendimento à Norma 5101,
principalmente devido à combinação entre o elevado distanciamento entre postes e exigências altas de
iluminância e uniformidade.
Nesses locais, serão previstos novos pontos de IP a serem instalados pela Concessionária de Iluminação
Pública durante a modernização do parque de IP, incluindo a instalação do poste exclusivo. É importante
frisar que a implantação de novos pontos com esta finalidade não está relacionada à expansão da rede
de IP, mas sim à atividade de modernização e eficientização.
A partir das simulações de engenharia, foi possível estimar a demanda por novos pontos que devem ser
instalados para eliminar os pontos escuros, extrapolando-se a análise realizada na amostra vistoriada em
campo.
27

Nesses locais, serão previstos novos pontos de IP a serem instalados pela Concessionária de Iluminação
Pública durante a modernização do parque de IP, incluindo a instalação do poste exclusivo. É importante
frisar que a implantação de novos pontos com esta finalidade não está relacionada à expansão da rede
de IP, mas sim à atividade de modernização e eficientização.
Tabela 21 – Previsão de novos pontos para atendimento à pontos escuros

Novos Pontos em Áreas Escuras % Novos Pontos Áreas Escuras


1° Fornecedor 0,00 %
2° Fornecedor 0,00 %
3° Fornecedor 0,00%
Média Fornecedores 0,00 %
Fonte: Elaboração MODELO IP

Nos pontos de IP analisados na amostra não foram encontradas áreas escuras, visto que os valores de
distância unilateral coletados foram no máximo de 45 metros, entretanto, caso durante a coleta do novo
cadastro de IP completo a ser feita na primeira fase da concessão, for encontrado pontos escuros estes
deverão passar por adequações até o cumprimento dos níveis previstos na Norma ABNT NBR 5101:2018.
Os resultados apresentados ao longo deste item são referentes a todo o parque de IP, mas para que seja
possível o desenvolvimento de análises na modelagem econômico-financeira quanto à distribuição dos
pontos de IP por classes de iluminação, faseamento da etapa de modernização, entre outros aspectos,
na tabela a seguir são apresentados os resultados acima de forma segregada entre os principais grupos,
utilizando a média dos resultados dos cenários avaliados.
Tabela 22 – Resultado de engenharia por grupo

Vias Principais Outras Vias


Parâmetro Todas as Vias
(V1, V2, V3) (V4, Praças, etc.)
Carga Média por Ponto de IP 55,80 W 85,65 W 40,95 W
Meta de Eficientização 60,63 % 46,23 % 65,04 %
Novos Pontos em Áreas Escuras 0,00 % 0,00 % 0,00 %
Fonte: Elaboração MODELO IP.

A mesma divisão descrita na tabela anterior foi calculada para a distribuição das Luminárias LED por faixa
de potência, conforme apresentado a seguir:
28

Tabela 23 – Quantidade de lâmpadas por faixa de potência por grupo do melhor cenário
Vias Principais Outras Vias
Faixa de Potência (W) Todas as Vias
(V1, V2, V3) (V4, Praças, etc.)
Até 30W 40,00% 0,00% 50,55%
31 a 50 W 39,71% 2,78% 49,45%
51 a 67 W 3,19% 15,28% 0,00%
68 a 97 W 11,88% 56,94% 0,00%
98 a 137 W 5,22% 25,00% 0,00%
138 a 180 W 0,00% 0,00% 0,00%
181 a 239 W 0,00% 0,00% 0,00%
Acima de 240 W 0,00% 0,00% 0,00%
Total 100,00% 100,00% 100,00%
Fonte: Elaboração MODELO IP.

Quanto a vida útil considerada das luminárias utilizadas na modelagem, foi feito o cálculo da média
ponderada do parque futuro com base nos dados das simulações, conforme Anexo_IX_Premissas
Técnico-Operacionais e de Engenharia_Manual_Araguari, e o Catálogo de Fornecedores. No melhor
cenário encontrado e de acordo com o utilizado na modelagem econômico-financeiro, tem-se:

• 317 pontos de IP da amostra foram atendidos com luminárias, de 20 a 70 W, cuja vida útil é de
78.000 horas;
• 28 pontos de IP da amostra foram atendidos com luminárias, de 80 a 150 W, cuja vida útil é de
84.000 horas.
(317 ∗ 78.000) + (28 ∗ 84.000)
𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙 𝑃𝑜𝑛𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎 =
345
Portanto, considerando-se a equação anterior, chega-se à conclusão de que a vida útil média ponderada
do parque futuro modelado é de 78.486,96 horas. Levando-se em consideração que o parque opera
11h27min por dia (11,45 horas), infere-se que a vida útil projetada referencialmente para o parque será
de 18,8 anos, cerca de 4,8 anos a mais que o prazo de concessão utilizado no projeto (14 anos).

3.4.5.Redução das Emissões de CO2


Um fator de suma importância que deve ser destacado, que incorpora um relevante benefício com a
implementação da PPP de IP no Município, é a redução na emissão de gases de efeito estufa,
especificamente o CO2.
Por meio das atividades de modernização e de eficientização da rede de IP, estima-se expressiva redução
no consumo de energia elétrica no Município, conforme detalhado no item 0. Esta redução na
necessidade de geração de energia elétrica resulta em direta correlação com a menor emissão de gases
de efeito estufa.
29

Para estimativa do potencial de redução na emissão de CO2 com a implementação da PPP, foram
avaliados dados históricos dos últimos 36 meses, já divulgados, que correlacionam a emissão de CO2 ao
consumo de energia:
Tabela 24 – Histórico Consumo Energia Elétrica e Emissão CO2

Redução da Emissão de CO2


Fator médio mensal (tCO2/MWh) Ano 2020 2021 2022
Janeiro tCO2/MWh 0,0916 0,1164 0,0732
Fevereiro tCO2/MWh 0,0558 0,0820 0,0503
Março tCO2/MWh 0,0384 0,0673 0,0406
Abril tCO2/MWh 0,0296 0,0764 0,0216
Maio tCO2/MWh 0,0358 0,0883 0,0280
Junho tCO2/MWh 0,0491 0,1491 0,0441
Julho tCO2/MWh 0,0400 0,1634 0,0419
Agosto tCO2/MWh 0,0414 0,1743 0,0457
Setembro tCO2/MWh 0,0329 0,1699 0,0491
Outubro tCO2/MWh 0,0961 0,1786 0,0471
Novembro tCO2/MWh 0,1191 0,1484 0,0402
Dezembro tCO2/MWh 0,1109 0,1029 0,0294
Fonte: Dados divulgados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Clima (mctic.gov.br). Acesso em 09/03/2023.

Considerando os valores detalhados na tabela acima, a média mensal na redução de CO2 seria:
Tabela 25 – Redução Emissão CO2 pelo consumo de energia elétrica

Parâmetro Valor
Consumo Mensal Atual de Energia Elétrica para IP 919 MWh
Redução Mensal no Consumo do Parque de IP 557 MWh
Redução Mensal da Emissão de CO2 52 tCO²
Redução Anual da Emissão de CO2 629 tCO²
Fonte: Elaboração MODELO IP.

3.5.Faixas de Pedestres
Uma intervenção que também foi avaliada para inclusão no escopo de modernização e eficientização da
rede de IP do Município é a instalação de iluminação pública específica para faixas de pedestres, de modo
a promover maior segurança das pessoas e motoristas quando da circulação nas vias públicas em horário
noturno.

3.5.1.Requisitos de Iluminação para Faixa de Pedestres


Para iluminação das Faixas de Pedestres, seguindo as melhores práticas de normas nacionais e
internacionais, será exigido o atendimento ao índice de iluminância vertical, a qual representa a
quantidade de luz que atinge no sentido longitudinal a área da faixa de pedestre, aferida em lux (lx). O
nível de iluminância vertical é calculado a partir da média aritmética das medições, a 1,5 metros do piso,
em um plano longitudinal ao longo do comprimento da faixa de pedestre.
30

Os níveis exigidos para a iluminação média mínima vertical variam conforme a classe de iluminação de
veículos da via, e seguem os parâmetros adotados no 1.3.4_MSI_Setup_Caderno de Encargos.
Tabela 26 – Requisitos para Faixas de Pedestres

Classe de Iluminância Média


Iluminação Mínima Vertical
V1 22,50
V2 20,00
V3 20,00
V4 20,00
V5 20,00
Fonte: Elaboração MODELO IP, com base em normas de iluminação pública.

3.5.2.Estudo Referencial para Faixas de Pedestres


A referência adotada para iluminação de faixas de pedestres é a instalação de luminárias específicas para
iluminação das travessias em postes exclusivos de IP, posicionadas conforme a direção do fluxo dos
carros, com o intuito de iluminar a faixa de pedestres e proporcionar maior conforto visual para os
motoristas. Será previsto a instalação de dois conjuntos, incluindo postes, luminárias e demais
componentes, para cada faixa de pedestre, conforme ilustrado abaixo:

Figura 10 – Ilustração para iluminação de Faixas de Pedestres

Fonte: Elaboração MODELO IP.

Através do Dialux foi avaliado como parte do estudo de engenharia os resultados luminotécnicos para
as faixas de pedestres em atendimento aos requisitos de iluminação previamente indicados. A imagem
a seguir ilustra o estudo desenvolvido:
31

Figura 15 – Estudo de Engenharia para Faixas de Pedestres

Fonte: Elaboração MODELO IP.

A partir dos estudos elaborados foi possível identificar a potência das Luminárias LED a serem instaladas
para assegurar o atendimento aos requisitos de iluminação previstos. O resultado apresentado a seguir
considera o cenário para atendimento ao índice de iluminância vertical mínimo de 20,00 lux, para
diferentes cenários de largura da via:
Tabela 27 – Resultado de engenharia para Faixas de Pedestres
Largura da via Largura da via
Resultado Média (W)
até 8,0m (W) até 12,0m (W)
1° Fornecedor 30,00 30,00 30,00
2° Fornecedor 22,00 24,00 23,00
3° Fornecedor 30,00 30,00 30,00
Média Fornecedores 27,33 28,00 27,66
Fonte: Elaboração MODELO IP.

Verifica-se que o melhor cenário, seguindo o critério de menor potência, é o que considera a aplicação
do segundo fornecedor. Como forma de dimensionamento da quantidade de Faixas de Pedestres para
implantação de uma iluminação exclusiva, foi considerado o quantitativo informado pela Prefeitura de 500
(quinhentas) unidades. Seguindo a metodologia de 2 pontos IP por faixa de pedestre, foram considerados
1.000 pontos de IP para Faixas de Pedestres que foram atribuídos a estas simulações.

3.6.Ciclovias e Ciclofaixas
A modernização e eficientização detalhada ao longo deste relatório apresenta um direcionamento para
a iluminação viária, sob a ótica de veículos e pedestres, mas também contemplado a iluminação de
praças, parques e faixas de pedestres. Deste modo, entende-se como relevante a análise quanto à
iluminação específica das áreas voltadas para os ciclistas.
Primeiramente devem estar claras as definições e diferenciação entre ciclovia e ciclofaixa, pois os
requisitos de iluminação para estas áreas são específicos:
32

• Ciclovia: pista própria destinada à circulação de ciclos, separada fisicamente do tráfego comum, sendo
uma área em nível ou desnível com relação à pista de rolamento, e separado por elemento físico
segregador, tais como: canteiro e área verde.
• Ciclofaixa: parte da faixa de rolamento ou calçada destinado à circulação exclusiva de ciclos delimitada
por sinalização viária, podendo ter piso diferenciado e ser implantada no mesmo nível da pista de
rolamento ou da calçada.
3.6.1.Requisitos de Iluminação para Ciclovias e Ciclofaixas
Para iluminação das ciclovias e ciclofaixas, seguindo as melhores práticas de normas nacionais e
internacionais, será exigido o atendimento aos índices de iluminância média mínima e fator de
uniformidade mínimo, cujos conceitos já foram previamente detalhados no item 3.3.8.
Considerando as diferenciações entre ciclovias e ciclofaixas, e a convivência dos ciclos nesta última de
forma mais próxima aos veículos, e consequentemente, um maior risco à segurança de todos utilizando
as vias, faz-se necessária a exigência de requisitos luminotécnicos distintos.
Os níveis exigidos para a iluminação média mínima e fator de uniformidade mínimo variam conforme a
classe de iluminação e a aplicação do sistema:
Tabela 28 – Requisitos para Ciclovias e Ciclofaixas
Aplicação CLASSE DE Iluminância Média Fator de Uniformidade
ILUMINAÇÃO Mínima Mínimo
Ciclovias [Emed,min (lux)] [U = Emín / Emed]
Ciclofaixas C1 15 0,2
Ciclovias C2 10 0,2
Fonte: Elaboração MODELO IP.

Em relação ao indicador da Temperatura de Cor Correlata (TCC), com o objetivo de manter uma
padronização na iluminação ao longo da via, é recomendado que a TCC da iluminação das ciclovias e
ciclofaixas seja a mesma prevista para a via.
3.6.2.Estudo Referencial para Ciclovias
A referência adotada para iluminação de ciclovias é semelhante à iluminação das vias de veículos, mas
neste caso será previsto a instalação postes exclusivos para a iluminação das ciclovias ao longo de sua
extensão. Para as ciclovias, portanto, é proposto que sejam instaladas estruturas para iluminação ao
longo de todo o trecho da ciclovia, conforme ilustrado a seguir:
33

Figura 11 – Ilustração para iluminação de Ciclovias

Fonte: Elaboração MODELO IP.

Através do Dialux foi avaliado como parte do estudo de engenharia os resultados luminotécnicos para
as ciclovias em atendimento aos requisitos de iluminação previamente indicados.
A partir dos estudos elaborados foi possível identificar a configuração recomendada para a instalação da
iluminação através de postes com distanciamento de 20,0 metros entre eles e altura de montagem das
luminárias de 6,0 metros. Para a potência das Luminárias LED, os resultados foram os seguintes,
considerando o atendimento aos requisitos de iluminação para a Classe de Iluminação C2:
Tabela 29– Resultado de engenharia para Ciclovias
Resultado Potência Luminária LED (W)
1° Fornecedor 30
2° Fornecedor 22
3° Fornecedor 30
Média Fornecedores 27,33
Fonte: Elaboração MODELO IP.

Verifica-se que o melhor cenário, seguindo o critério de menor potência, é o que considera a aplicação
do segundo fornecedor.
Como forma de dimensionamento da quantidade de pontos de IP a serem instalados em ciclovias, foi
realizado um mapeamento em conjunto com a equipe da Prefeitura, sobre as ciclovias instaladas no
Município e análises qualitativas quanto à necessidade de instalação de iluminação exclusiva.
Para fins de projeto, a Prefeitura indicou a existência de 2.149 metros de ciclovia com necessidade de
iluminação específica. Considerando a instalação de novo ponto a cada 20 metros de comprimento,
chega-se à necessidade de instalação de 107 novos pontos de IP para o atendimento da demanda. Foi
indicada pela Prefeitura a extensão de aproximadamente 12,23 km de ciclofaixas existentes no
Município. Entende-se, no entanto, que a iluminação viária suprirá a demanda de fluxo luminoso de tais
ciclofaixas, não se fazendo necessária iluminação exclusiva.
34

4.Iluminação Especial
Este item possui o objetivo de propor diretrizes mínimas para os projetos de Iluminação Especial (IE)
voltados para bens culturais do município e encontram-se dispostos ao longo deste documento. Serão
apresentados os requisitos mínimos a serem atendidos quando da elaboração e execução dos projetos
luminotécnicos.
As informações apresentadas neste documento não substituem a necessidade de realização de
medições técnicas, elaboração de projetos luminotécnicos, simulações em software e alocação de
quaisquer recursos, ferramentas e profissionais necessários para definição dos quantitativos e
especificações exatas das luminárias e demais equipamentos, bem como a submissão de projetos à
validação por órgão(s) específico(s) responsável(is) pelos patrimônios culturais edificados e paisagem
urbana da cidade.
Para a definição do escopo e das diretrizes que servirão como guia para a elaboração dos estudos para
a PPP de IP, foram considerados como principais critérios:

• Valorização dos espaços de convivência;


• Preocupação com identidade cultural;
• Ordenação do espaço público;
• Hierarquização e legibilidade dos monumentos e edificações;
• Adequação a novos usos;
• Sensação de segurança.
Nos estudos de engenharia, foi considerada a solução técnica mais adequada para cada ponto de
Iluminação especial indicado pelo município. Além disso, foi feita a estimativa dos custos para sua
implantação, tanto de material, quanto de mão de obra. A Concessionária deverá considerar que cada
local escolhido possui características próprias de natureza arquitetônica, artística e cultural que devem
ser destacadas no projeto executivo de Iluminação Especial correspondente. Os projetos elaborados pela
Concessionária devem ser aprovados previamente pela Prefeitura do município antes de sua
implantação.
A determinação dos locais que receberão Iluminação Especial foi realizada por meio de levantamento
dos bens de relevância histórica, cultural, turística e/ou comunitária, em observação aos critérios
destacados acima e de acordo com indicações das indicações pela FAEC (Fundação Araguarina de
Educação e Cultura). Foram definidos os bens apresentados a seguir:
35

Tabela 30 – Bens para implementação de Iluminação Especial


Nº Local Localização
1 Palácio dos Ferroviários Praça Gaioso Neves, 129 – Bairro: Goiás
2 Igreja Matriz Bom Jesus da Cana Verde Praça Padre Nilo Tabuquini, 50 – Bairro: Centro
3 FAEC - Fundação Araguarina de Educação e Cultura Rua Virgílio de Melo Franco, 11 – Bairro: Centro
4 Casa da Cultura Abdala Mameri Rua Cel. José Ferreira Alves, 1098 – Bairro: Centro
5 Câmara Municipal de Araguari Rua Cel. José Ferreira Alves, 758 – Bairro: Centro
6 Colégio Berlaar Sagrado Coração de Jesus Rua Virgílio de Melo Franco, 513 – Bairro: Centro
7 Conservatório Estadual de Música Praça da Constituição, 120 Bairro: Centro
8 Igreja Nossa Senhora de Fátima Praça Augusto Diniz, 150 – Bairro: Fátima
9 Semente Esperança Rua Cel. José Ferreira Alves, 703 – Bairro: Centro
10 Escola Estadual Raul Soares Av. Tiradentes, 135 – Bairro: Centro
11 Cine Rex Praça Manoel Bonito, 142 – Bairro: Centro
12 Palace Hotel Praça Manoel Bonito, 164 – Bairro: Centro
13 Clube Recreativo Araguarino Praça Manoel Bonito, nº 180, 188, 204 – Bairro: Centro
14 Prédio Escola do Comércio (CIAC) Praça Getúlio Vargas, 65 – Bairro: Centro
15 Prédio antigo da CEMIG Rua Dr. Afrânio, 178 – Bairro: Centro
16 Bosque John Kennedy Av. Minas Gerais, s/n – Bairro: Centro
17 Superintendência de Água e Esgoto – SAE Av. Hugo Alessi, 50 – Bairro: Industrial
18 Aeroporto Santos Dumont Av. Santos Dumont, 300 – Parque Flamboyants
19 Associação Goiás Atlética Av. Joaquim Aníbal, 577 – Bairro: Rosário
20 Igreja Nossa Senhora do Rosário Praça do Rosário, s/n – Bairro: Rosário
21 Igreja de Nossa Senhora Aparecida – Santa Helena Rua. Jaime Gomes, 1665 – Bairro: Santa Helena
22 Igreja de Nossa Senhora Aparecida - Amanhece Rua Cel. Filadélfio, 35 – Distrito: Amanhece
Fonte: Lista dos Imóveis Inventariados pelo Município De Araguari - Anexo I – Deliberação Normativa 001/2019

Como o município não dispõe de normativas ou planos de desenvolvimento específicos relacionados à


IE, projetos referenciais foram elaborados com base em referências da literatura e boas práticas
aplicáveis no contexto da Iluminação Pública, com destaque para as recomendações da Commission
Internationale de L’Eclairage (CIE) - Comissão Internacional de Iluminação, organização internacional de
iluminação. A fim de garantir a integração do patrimônio dentro da paisagem em que está inserido, cabe
destacar a relevância do entendimento das premissas estabelecidas pela Norma 5101/2018, que baliza
a implementação da Iluminação Pública e estabelece conceitos e termos relacionados ao tema, mesmo
que essas não regulamentem de forma específica a implementação dos equipamentos destinados à IE.

4.1.Diretrizes Gerais
A seguir são apresentadas as diretrizes gerais relacionadas à IE para o contexto do município, as quais
são consideradas como complementares às diretrizes previamente descritas no item 3.3.
Proporcionar a legibilidade do bem e do sítio onde está inserido
A iluminação de uma paisagem, edificação ou monumento, deve ser implantada de modo a comunicar
de maneira legível ao usuário o contexto histórico, a originalidade e as singularidades do bem a ser
destacado. Os elementos de iluminação, nesse contexto, funcionam como instrumentos que facilitam o
entendimento e reconhecimento das paisagens urbanas, bem como dos volumes, do cromatismo e das
texturas dos materiais das fachadas e monumentos. A legibilidade no contexto contemporâneo também
36

está relacionada à maneira que o bem é observado: a velocidade nos deslocamentos do espectador
influencia o fluxo das trocas simbólicas entre observador e objeto e, portanto, faz-se necessário analisar
o contexto em que o monumento está inserido para que a Iluminação especial transmita com clareza as
intenções desejadas.
Valorizar, ordenar e hierarquizar o bem
O ato de iluminar os elementos de uma paisagem urbana constitui uma representação de valorização e
preservação do monumento histórico. No contexto de valorização do patrimônio, os artifícios da IE
assumem protagonismo, uma vez que possibilitam manipular o olhar do observador e,
consequentemente, garantem aos bens destacados diferentes graus de importância na paisagem
urbana. Portanto, devem ser utilizados recursos como a temperatura da cor, quantidade de luz
direcionada, tecnologia e design dos equipamentos disponíveis no mercado para ordenar o cenário
noturno e hierarquizar os monumentos nele inseridos.
Respeitar as especificidades dos bens e das paisagens a serem destacados
A paisagem é um recorte visual emoldurado no imaginário do observador, que constrói a partir dali suas
referências no ambiente urbano. A iluminação funciona como o meio maleável que sensibiliza os
sentidos e reforça a identidade da cidade. Deve, portanto, ser capaz de comunicar ao espectador a
história e as tradições desses cenários tendo como princípio o respeito às tipologias e intenções das
edificações e monumentos presentes nele, os usos para que são destinados, a relevância no âmbito
municipal e regional e o contexto histórico em que foram construídos, sem interferir na leitura do
observado como um falso artístico ou falso histórico.
Evitar que os elementos de iluminação chamem para si atenção indevida e causem danos à estrutura
física da construção e ao usuário do espaço público
Os elementos de iluminação devem compor a paisagem urbana de forma coadjuvante, salvo os casos
em que eles representam algum simbolismo no cenário urbano, ou aqueles instalados provisoriamente
para atender a uma necessidade esporádica. A fixação de elementos nos monumentos e nas fachadas
das edificações deve ser realizada de maneira a garantir a integridade física das construções, com
eventual necessidade de aprovação prévia por órgãos competentes. Os elementos de iluminação
instalados soltos à estrutura física dos bens não devem comportar-se como obstáculos físicos,
prejudiciais à circulação do espaço público, ou visuais, lesivos à leitura da paisagem urbana.
Mitigar potenciais ações de vandalismo
A escolha dos elementos de IE deve priorizar a aplicação de elementos fora do alcance dos pedestres.
Para os equipamentos de maior acessibilidade aos usuários do espaço público, deve ser observada a
aplicabilidade de acessórios de proteção como gradis, caixas de concreto, dentre outros, de acordo com
o uso do espaço.
37

Criar iluminação cênica compatível com as variações climáticas


As variações climáticas interferem de forma decisiva na paisagem. Isso pode ser observado nas
mudanças da vegetação: árvores caducifólias perdem as folhas em determinado período do ano, assim
como as flores desabrocham e as arbustivas ficam mais exuberantes em determinados meses. A
proposta de iluminação deve levar em consideração essas alterações físicas da vegetação para estipular
aspectos como qualidade, temperatura e posicionamento de luminárias. Outro aspecto em que as
variações climáticas são determinantes está relacionado aos períodos de incidência de luz solar: durante
o inverno, por exemplo, os dias podem ser mais “curtos”, com aumento da demanda e percepção da
iluminação urbana.

4.2.Descritivo dos Equipamentos para Iluminação Especial


Os Equipamentos e Materiais para os Projetos de Iluminação Especial (EMPIE) devem possuir
minimamente as seguintes características técnicas:
EMPIE01 – Arandela de uso externo: Equipamento de uso externo utilizado com a finalidade de
contribuir com a iluminação de fachadas e passeios, usualmente em locais onde não são indicados a
instalação de elementos como postes ou projetores. Os requisitos mínimos para este equipamento são:
tecnologia LED, temperatura de cor variável entre 3000K e 4000K, índice de reprodução de cor (IRC)
mínima de 70 e índice de proteção mínima equivalente IP66 e IK10.
EMPIE02 – Balizador: Equipamento de uso externo utilizado para delimitar caminhos e orientar o
observador, usualmente implantados embutidos no solo ou em paredes. Os requisitos mínimos para
estes equipamentos são: tecnologia LED, temperatura de cor variável entre 3000K e 4000K, índice de
reprodução de cor (IRC) mínima de 70 e índice proteção mínima equivalente IP67 e IK08.
EMPIE03 – Embutido de solo: Equipamento de uso externo utilizado para o destaque de fachadas,
monumentos, elementos arbóreos entre outros. Os requisitos mínimos para estes equipamentos são:
tecnologia LED, compostos por corpo de alumínio e difusor em vidro temperado ou policarbonato, de
diferentes tipos de fotometria e ângulos de abertura, temperatura de cor variável entre 3000K, 4000K e
RGBW, que permitam controle e automação, com índice de reprodução de cor (IRC) mínimo de 80 e
índice de proteção mínima equivalente a IP67 e IK10.
EMCOPIE04 – Luminária decorativa: Equipamento de uso externo utilizado implantado em trajetos
pedonais, praças, parques, entre outros. É disposto em conjunto com estruturas de sustentação de
alturas variadas. Os requisitos mínimos para estes equipamentos são: tecnologia LED e em atendimento
à ABNT NBR 15129:2004, temperatura de cor variável entre 3000K e 4000K, índice de reprodução de cor
(IRC) superior a 80 e índice de proteção mínima equivalente a IP66 e IK10.
EMPIE05 – Luminária de uso Interno: Equipamento de uso interno, utilizado para iluminação geral de
ambientes internos ou protegidos de equipamentos urbanos que tenham permeabilidade visual, a
exemplo de coretos e quiosques, ou que compõem a volumetria externa de edificações, a exemplo de
marquises e varandas. Os requisitos mínimos para estes equipamentos são: tecnologia LED, temperatura
38

de cor variável entre 3000K e 4000K, fluxo luminoso de até 4500lm, índice de reprodução de cor (IRC)
mínimo de 80 e índice proteção mínima equivalente IP20.
EMPIE06 – Luminária de uso Interno de alta intensidade: Equipamento de uso interno, utilizado para
iluminação geral de ambientes internos ou protegidos de equipamentos urbanos que tenham
permeabilidade visual, a exemplo de coretos e quiosques, ou que compõem a volumetria externa de
edificações, a exemplo de marquises e varandas. Possuem morfologias variadas e são indicados como
parte integrante dos postes decorativos instalados em praças e trajetos pedonais do município. Os
requisitos mínimos para estes equipamentos são: tecnologia LED, de temperatura de cor variável entre
3000K e 4000K, com fluxo luminoso de 4501lm a 10000lm, com índice de reprodução de cor (IRC) mínimo
de 80 e índice proteção mínima equivalente IP20.
EMPIE07 – Luminária viária: Equipamento de uso externo utilizado para a iluminação de vias públicas,
estacionamentos, parques e praças. Os requisitos mínimos para estes equipamentos são: tecnologia LED,
certificada na Portaria nº 62 do INMETRO, temperatura de cor variável entre 3000K e 4000K, que
permitam controle e automação, índice de reprodução de cor (IRC) mínimo de 70 e índice de proteção
mínima equivalente a IP65 e IK08.
EMPIE08 – Poste Balizador: Equipamento de uso externo utilizado para delimitar caminhos e orientar o
observador, usualmente dispostos ao longo de trajetos pedonais e jardins. Os requisitos mínimos para
estes equipamentos são: estruturas compostas por aço ou alumínio de altura até 1000mm com luminária
acoplada e suporte em piso. Ademais, indica-se equipamentos com temperatura de cor variável entre
3000K e 4000K, com índice de reprodução de cor (IRC) mínimo de 70 e índice de proteção mínima
equivalente a IP65.
EMPIE09 – Projetor de baixa Intensidade: Equipamento de uso externo utilizado para a iluminação de
fachadas, equipamentos urbanos, monumentos e elementos decorativos e arbóreos. Os requisitos
mínimos para estes equipamentos são: tecnologia LED, compostos por corpo em alumínio ou aço
galvanizado, difusor em vidro temperado, policarbonato ou acrílico, de diferentes tipos de fotometria e
ângulos de abertura, temperatura de cor variável entre 3000K, 4000K e RGBW, com fluxo luminoso de
até 6.000lm, que permitam controle e automação, com índice de reprodução de cor (IRC) mínimo de 80
e índice de proteção mínima equivalente a IP66 e IK08.
EMPIE10 – Projetor de média Intensidade: Equipamento de uso externo utilizado para a iluminação de
fachadas, equipamentos urbanos, monumentos e elementos decorativos e arbóreos. Os requisitos
mínimos para estes equipamentos são: tecnologia LED, compostos por corpo em alumínio ou aço
galvanizado, difusor em vidro temperado, policarbonato ou acrílico, de diferentes tipos de fotometria e
ângulos de abertura, temperatura de cor variável entre 3000K, 4000K e RGBW, com fluxo luminoso
variando entre 6001lm a 25000lm, que permitam controle e automação, com índice de reprodução de
cor (IRC) mínimo de 80 e índice de proteção mínima equivalente a IP66 e IK08.
EMPIE11 – Projetor de alta Intensidade: Equipamento de uso externo utilizado para a iluminação de
fachadas, equipamentos urbanos, monumentos e elementos decorativos e arbóreos. Os requisitos
mínimos para estes equipamentos são: tecnologia LED, compostos por corpo em alumínio ou aço
39

galvanizado, difusor em vidro temperado, policarbonato ou acrílico, de diferentes tipos de fotometria e


ângulos de abertura, temperatura de cor variável entre 3000K, 4000K e RGBW, com fluxo luminoso a
partir de 25001lm, que permitam controle e automação, com índice de reprodução de cor (IRC) mínimo
de 80 e índice de proteção mínima equivalente a IP66 e IK08.
EMPIE12 – Projetor Linear de baixa intensidade: Equipamento linear de uso externo utilizado para a
iluminação de fachadas, equipamentos urbanos, monumentos e elementos decorativos. Os requisitos
mínimos para estes equipamentos são: tecnologia LED, compostos por corpo em alumínio, difusor em
vidro temperado, de diferentes tipos de fotometria e ângulos de abertura, temperatura de cor variável
entre 3000K e 4000K, com fluxo luminoso de até 2.000lm, comprimento de até 500mm, que permitam
controle e automação, com índice de reprodução de cor (IRC) mínimo de 80 e índice de proteção mínima
equivalente a IP66 e IK08.
EMPIE13 – Projetor Linear de média intensidade: Equipamento linear de uso externo utilizado para a
iluminação de fachadas, equipamentos urbanos, monumentos e elementos decorativos. Os requisitos
mínimos para estes equipamentos são: tecnologia LED, compostos por corpo em alumínio, difusor em
vidro temperado, de diferentes tipos de fotometria e ângulos de abertura, temperatura de cor variável
entre 3000K e 4000K, com fluxo luminoso de 2.001 a 7.500lm, comprimento acima de 500mm, que
permitam controle e automação, com índice de reprodução de cor (IRC) mínimo de 80 e índice de
proteção mínima equivalente a IP66 e IK08.
EMPIE14 – Projetor Linear embutido de baixa intensidade: Equipamento linear de uso externo, embutido
no solo, utilizado para a iluminação de fachadas, equipamentos urbanos, monumentos e elementos
decorativos e arbóreos. Os requisitos mínimos para estes equipamentos são: tecnologia LED, compostos
por corpo em alumínio, difusor em vidro temperado, de diferentes tipos de fotometria e ângulos de
abertura, temperatura de cor variável entre 3000K e 4000K, com fluxo luminoso de até 2.000lm,
comprimento de até 500mm, que permitam controle e automação, com índice de reprodução de cor
(IRC) mínimo de 80 e índice de proteção mínima equivalente a IP67 e IK10.
EMPIE15 – Projetor Linear embutido de média intensidade: Equipamento linear de uso externo,
embutido no solo, utilizado para a iluminação de fachadas, equipamentos urbanos, monumentos e
elementos decorativos e arbóreos. Os requisitos mínimos para estes equipamentos são: tecnologia LED,
compostos por corpo em alumínio, difusor em vidro temperado, de diferentes tipos de fotometria e
ângulos de abertura, temperatura de cor variável entre 3000K e 4000K, com fluxo luminoso de 2.001 a
7.500lm, comprimento acima de 500mm, que permitam controle e automação, com índice de
reprodução de cor (IRC) mínimo de 80 e índice de proteção mínima equivalente a IP67 e IK10.
EMPIE16 – Projetor Subaquático: Equipamento de uso externo utilizado com o intuito de valorizar
equipamentos urbanos que exijam instalações submersas à água. Os requisitos mínimos para estes
equipamentos são: tecnologia LED, que apresentem amplo espectro cromático (RGB), que permitam
controle e automação, com índice de reprodução de cor (IRC) mínimo de 70 e índice de proteção mínima
equivalente a IP68 e IK10;
40

EMPIE17 – Braço: Acessório de uso externo utilizado como suporte de luminárias a uma determinada
distância do eixo da coluna. Os requisitos mínimos para estes equipamentos são: braços para IP em aço
galvanizado.
EMPIE18 – Grade antifurto: Acessório de uso externo utilizado como proteção contra ações de
vandalismo. Os requisitos mínimos para estes equipamentos são: uso de gradis mimetizados na
paisagem e que não comprometam os fachos luminosos dos equipamentos de IE.
EMPIE19 – Poste: Acessório de uso externo utilizado como suporte para luminárias e projetores. Os
requisitos mínimos para estes equipamentos são: postes retilíneos com alturas e sistemas de fixação
compatíveis com o uso e configuração do espaço urbano onde serão instalados, e que atendam às
regulamentações dispostas na NBR-14744.

4.3. Diretrizes Específicas

Os itens apresentados a seguir contemplam as diretrizes específicas elaboradas para cada localidade
objeto de análise como Iluminação Especial, respeitando suas singularidades e o contexto urbano onde
estão inseridos. Para cada local são apresentados, além das diretrizes, os quantitativos mínimos e
especificações dos equipamentos de iluminação considerados.

Os equipamentos apresentados se baseiam em referências de pesquisas realizadas junto a fabricantes


do setor e de tecnologias usualmente empregadas.

No que diz respeito aos equipamentos de iluminação, são propostas faixas de valores para o fluxo
luminoso, considerando que a definição de potências não seria adequada pela variação na eficiência
luminosa entre os equipamentos de diferentes fornecedores e sua evolução ao longo dos anos. Em
relação às faixas, entende-se como uma solução mais recomendável para definição de diretrizes mínimas
para os futuros projetos de Iluminação Especial em cada bem público, pois traz uma flexibilidade para a
Prefeitura quando da análise e validação do projeto apresentado pela Concessionária.

Com disseminação das campanhas onde uma cor é vinculada a um mês para conscientização no combate
a doenças e problemas na sociedade, onde o poder público tem um grande engajamento. Optou-se pelo
uso de projetor em LED RGB (Red-Green-Blue), que possui em um mesmo encapsulamento três LEDs
com as cores primárias - vermelho (Red), verde (Green) e azul (Blue). Misturando-se as três e mudando
suas intensidades individualmente, podemos fazer qualquer cor do espectro visível. A seguir, é
apresentado a lista com os meses e suas principais cores e alertas dos problemas de saúde:
41

Tabela 31 – Bens para implementação de Iluminação Especial


Mês Cor Alerta de Saúde
Janeiro Branco Saúde Mental
Fevereiro Roxo Lúpus | Fibromialgia | Mal de Alzheimer
Março Azul Marinho Câncer de Rim |Câncer Colorretal
Abril Azul | Verde Autismo | Segurança e Saúde no Trabalho
Maio Amarelo Trânsito
Junho Vermelho Doação de Sangue
Julho Amarelo Hepatite
Agosto Dourado Amamentação
Setembro Amarelo Prevenção ao Suicídio
Outubro Rosa Prevenção ao Câncer de Mama
Novembro Azul Câncer de Próstata
Dezembro Laranja Câncer de Pele
Fonte: https://oncologia.com.br/noticias/cores-da-saude-campanhas/

4.3.1.Palácio dos Ferroviários

São propostos para o Palácio do Ferroviários, os equipamentos de iluminação voltados para a fachada
frontal com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:

• Padronizar a temperatura de cor em toda a extensão da fachada frontal;


• Prever efeito de iluminação homogêneo na fachada principal do edifício;
• Valorizar as sacadas da fachada;
• Implantar equipamentos de iluminação funcional nas sacadas que compõem a fachada do edifício;
• Implantar equipamentos para valorizar as colunas da entrada principal da edificação;
• Destacar elementos vegetativos dos canteiros/jardins que margeiam o acesso a edificação na fachada
do edifício;
• Destacar a torre central na fachada da edificação.
Tabela 32 – Descrição e quantitativo de equipamentos de IE para o Palácio dos Ferroviários
Palácio dos Ferroviários
Código Equipamento Quantidade:
EMPIE03 Embutido de Solo RGB 24
EMPIE11 Projetor RGB (Alta Intensidade) 26
Fonte: Elaboração MODELO IP.

Seguem imagens representativas do Edifício antes e após a adoção do sistema de iluminação de


destaque proposto, conforme simulações luminotécnicas realizadas.
42

Figura 12 - Palácio dos Ferroviários

Fonte: Elaboração MODELO IP.

Figura 13 - Palácio dos Ferroviários

Fonte: Elaboração MODELO IP.

4.3.2.Igreja Matriz Bom Jesus da Cana Verde

São propostos para a Igreja Matriz Bom Jesus da Cana Verde, os equipamentos de iluminação voltados
para a fachada frontal e laterais esquerda e direita, com o objetivo de cumprir com as premissas
apresentadas a seguir:

• Padronizar a temperatura de cor em toda a extensão da fachada frontal e laterais;


• Prever efeito de iluminação homogêneo nas fachadas do edifício;
• Destacar elementos vegetativos dos canteiros/jardins que fazem do entorno da edificação.
43

Tabela 33 – Descrição e quantitativo de equipamentos de IE para a.Igreja Matriz Bom Jesus da Cana Verde
Igreja Matriz Bom Jesus da Cana Verde
Código Equipamento Quantidade:
EMPIE03 Embutido de Solo 3000K 6
EMPIE10 Projetor 3000/4000K (Média Intensidade) 6
EMPIE12 Projetor Linear 3000/4000K (Baixa Intensidade) 36
Fonte: Elaboração MODELO IP.

Seguem imagens representativas do Edifício antes e após a adoção do sistema de iluminação de


destaque proposto, conforme simulações luminotécnicas realizadas.

Figura 14 - Igreja Matriz Bom Jesus da Cana Verde

Fonte: Elaboração MODELO IP.

Figura 15 - Igreja Matriz Bom Jesus da Cana Verde

Fonte: Elaboração MODELO IP.


44

Figura 16 - Igreja Matriz Bom Jesus da Cana Verde

Fonte: Elaboração MODELO IP.

Figura 17 - Igreja Matriz Bom Jesus da Cana Verde

Fonte: Elaboração MODELO IP.

4.3.3.FAEC - Fundação Araguarina de Educação e Cultura

São propostos para a FAEC, os equipamentos de iluminação voltados para a fachada frontal e laterais
com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:

• Padronizar a temperatura de cor em toda a extensão da fachada frontal e laterais;


• Prever efeito de iluminação homogêneo nas fachadas do edifício;
• Valorizar o recuo da entrada da fachada frontal;
• Implantar equipamentos para valorizar as janelas da fachada principal da edificação.
45

Tabela 34 – Descrição e quantitativo de equipamentos de IE para FAEC


FAEC - Fundação Araguarina de Educação e Cultura
Código Equipamento Quantidade:
EMPIE12 Projetor Linear 3000/4000K (Baixa Intensidade) 10
Fonte: Elaboração MODELO IP.

Seguem imagens representativas do Edifício antes e após a adoção do sistema de iluminação de


destaque proposto, conforme simulações luminotécnicas realizadas.

Figura 18 - FAEC - Fundação Araguarina de Educação e Cultura

Fonte: Elaboração MODELO IP.

Figura 19 - Fundação Araguarina de Educação e Cultura

Fonte: Elaboração MODELO IP.


46

Figura 20 - Fundação Araguarina de Educação e Cultura

Fonte: Elaboração MODELO IP.

Figura 21 - Fundação Araguarina de Educação e Cultura

Fonte: Elaboração MODELO IP.


47

4.3.4.Casa da Cultura Abdala Mameri

São propostos para a Casa da Cultura Abdala Mameri, os equipamentos de iluminação voltados para a
fachada frontal com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:

• Padronizar a temperatura de cor em toda a extensão da fachada frontal e lateral;


• Prever efeito de iluminação homogêneo nas fachadas do edifício;
• Implantar equipamentos para valorizar os elementos decorativos e janelas da fachada principal da
edificação.
Tabela 35 – Descrição e quantitativo de equipamentos de IE para Casa da Cultura Abdala Mameri
Casa da Cultura Abdala Mameri
Código Equipamento Quantidade:
EMPIE03 Embutido de Solo RGB 8
EMPIE10 Projetor RGB (Média Intensidade) 4
EMPIE12 Projetor Linear 3000/4000K (Baixa Intensidade) 16
Fonte: Elaboração MODELO IP.

Seguem imagens representativas do Edifício antes e após a adoção do sistema de iluminação de


destaque proposto, conforme simulações luminotécnicas realizadas.

Figura 22 - Casa da Cultura Abdala Mameri

Fonte: Elaboração MODELO IP.


48

Figura 23 - Casa da Cultura Abdala Mameri

Fonte: Elaboração MODELO IP.

Figura 24 - Casa da Cultura Abdala Mameri

Fonte: Elaboração MODELO IP.

Figura 25 - Casa da Cultura Abdala Mameri

Fonte: Elaboração MODELO IP.


49

4.3.5.Câmara Municipal de Araguari

São propostos para a Câmara Municipal de Araguari, os equipamentos de iluminação voltados para a
fachada frontal, escadaria lateral e sacada com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a
seguir:

• Padronizar a temperatura de cor em toda a extensão da fachada frontal e laterais;


• Prever efeito de iluminação homogêneo nas fachadas do edifício;
• Implantar equipamentos para valorizar as colunas janelas da fachada principal da edificação.
Tabela 36 – Descrição e quantitativo de equipamentos de IE para Câmara Municipal de Araguari
Câmara Municipal de Araguari
Código Equipamento Quantidade:
EMPIE03 Embutido de Solo RGB 4
EMPIE10 Projetor RGB (Média Intensidade) 4
EMPIE12 Projetor Linear 3000/4000K (Baixa Intensidade) 7
Fonte: Elaboração MODELO IP.

Seguem imagens representativas do Edifício antes e após a adoção do sistema de iluminação de


destaque proposto, conforme simulações luminotécnicas realizadas.

Figura 26 - Câmara Municipal de Araguari

Fonte: Elaboração MODELO IP.


50

Figura 27 - Câmara Municipal de Araguari

Fonte: Elaboração MODELO IP.

Figura 28 - Câmara Municipal de Araguari

Fonte: Elaboração MODELO IP.

Figura 29 - Câmara Municipal de Araguari

Fonte: Elaboração MODELO IP.


51

4.3.6.Colégio Berlaar Sagrado Coração de Jesus

São propostos para o Colégio Sagrado Coração, os equipamentos de iluminação voltados para a fachada
frontal e laterais com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:

• Padronizar a temperatura de cor em toda a extensão da fachada frontal e laterais;


• Prever efeito de iluminação homogêneo nas fachadas do edifício;
• Valorizar o recuo da entrada da fachada frontal;
• Implantar equipamentos para valorizar as janelas da fachada principal da edificação.
Tabela 37 – Descrição e quantitativo de equipamentos de IE para Colégio Sagrado Coração
Colégio Berlaar Sagrado Coração de Jesus
Código Equipamento Quantidade:
EMPIE03 Embutido de Solo RGB 18
EMPIE18 Grade Antifurto 18
Fonte: Elaboração MODELO IP.

4.3.7.Conservatório Estadual de Música

São propostos para a Escola de Música, os equipamentos de iluminação voltados para a fachada frontal
com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:

• Padronizar a temperatura de cor em toda a extensão da fachada frontal e lateral;


• Prever efeito de iluminação homogêneo nas fachadas do edifício;
• Implantar equipamentos para valorizar a fachada principal da edificação.
Tabela 38 – Descrição e quantitativo de equipamentos de IE para Escola de Música
Conservatório Estadual de Música
Código Equipamento Quantidade:
EMPIE11 Projetor RGB (Alta Intensidade) 3
EMPIE19 Poste (até 6 metros) 3
Fonte: Elaboração MODELO IP.

4.3.8.Igreja Nossa Senhora de Fátima

São propostos para a Igreja Nossa Senhora de Fátima, os equipamentos de iluminação voltados para a
fachada frontal com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:

• Padronizar a temperatura de cor em toda a extensão da fachada frontal;


• Prever efeito de iluminação homogêneo nas fachadas do edifício;
• Implantar equipamentos para valorizar os elementos decorativos da fachada principal da edificação.
52

Tabela 39 – Descrição e quantitativo de equipamentos de IE para Igreja Nossa Senhora de Fátima


Igreja Nossa Senhora de Fátima
Código Equipamento Quantidade:
EMPIE03 Embutido de Solo RGB 6
EMPIE18 Grade Antifurto 6
Fonte: Elaboração MODELO IP.

4.3.9.Semente Esperança

São propostos para a Semente Esperança, os equipamentos de iluminação voltados para a fachada
frontal e laterais com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:

• Padronizar a temperatura de cor em toda a extensão da fachada frontal e laterais;


• Prever efeito de iluminação homogêneo nas fachadas do edifício;
• Implantar equipamentos para valorizar as janelas das fachadas da edificação.
Tabela 40 – Descrição e quantitativo de equipamentos de IE para Semente Esperança
Semente Esperança
Código Equipamento Quantidade:
EMPIE03 Embutido de Solo RGB 8
EMPIE18 Grade Antifurto 8
Fonte: Elaboração MODELO IP.

4.3.10.Escola Estadual Raul Soares

São propostos para a Escola Estadual Raul Soares, os equipamentos de iluminação voltados para a
fachada frontal com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:
• Padronizar a temperatura de cor em toda a extensão da fachada frontal e lateral;
• Prever efeito de iluminação homogêneo nas fachadas do edifício;
• Implantar equipamentos para valorizar os elementos decorativos e janelas da fachada principal da
edificação.
Tabela 41 – Descrição e quantitativo de equipamentos de IE para Escola Estadual Raul Soares
Escola Estadual Raul Soares
Código Equipamento Quantidade:
EMPIE03 Embutido de Solo RGB 10
EMPIE18 Grade Antifurto 10
Fonte: Elaboração MODELO IP.
4.3.11.Cine Rex

São propostos para o Cine Rex, os equipamentos de iluminação voltados para a fachada frontal com o
objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:
• Padronizar a temperatura de cor em toda a extensão da fachada frontal e lateral;
• Prever efeito de iluminação homogêneo nas fachadas do edifício;
53

• Implantar equipamentos para valorizar os elementos decorativos e janelas da fachada principal da


edificação.
Tabela 42 – Descrição e quantitativo de equipamentos de IE para Escola Estadual Raul Soares
Cine Rex
Código Equipamento Quantidade:
EMPIE03 Embutido de Solo RGB 9
EMPIE10 Projetor RGB (Média Intensidade) 5
EMPIE17 Braço 9
EMPIE18 Grade Antifurto 5
Fonte: Elaboração MODELO IP.

4.3.12.Palace Hotel

São propostos para o Palace Hotel, os equipamentos de iluminação voltados para a fachada frontal com
o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:
• Padronizar a temperatura de cor em toda a extensão da fachada frontal;
• Prever efeito de iluminação homogêneo nas fachadas do edifício;
• Implantar equipamentos para valorizar os elementos decorativos da fachada principal da edificação.
Tabela 43 – Descrição e quantitativo de equipamentos de IE para Palace Hotel
Palace Hotel
Código Equipamento Quantidade:
EMPIE10 Projetor RGB (Média Intensidade) 5
EMPIE19 Poste (6 a 9 metros) 5
Fonte: Elaboração MODELO IP.

4.3.13.Clube Recreativo Araguarino

São propostos para o Clube Araguarino, os equipamentos de iluminação voltados para a fachada frontal
com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:
• Padronizar a temperatura de cor em toda a extensão da fachada frontal;
• Prever efeito de iluminação homogêneo nas fachadas do edifício;
• Implantar equipamentos para valorizar os elementos decorativos da fachada principal da edificação.
Tabela 44 – Descrição e quantitativo de equipamentos de IE para Clube Araguarino
Clube Recreativo Araguarino
Código Equipamento Quantidade:
EMPIE11 Projetor RGB (Alta Intensidade) 2
EMPIE19 Poste (6 a 9 metros) 2
Fonte: Elaboração MODELO IP.

4.3.14. Prédio Escola do Comércio (CIAC)

São propostos para a Escola do Comércio, os equipamentos de iluminação voltados para a fachada
frontal com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:
54

• Padronizar a temperatura de cor em toda a extensão da fachada frontal;


• Prever efeito de iluminação homogêneo na fachada principal do edifício;
• Valorizar a sacada da fachada;
• Implantar equipamentos de iluminação funcional nas sacadas que compõem a fachada do edifício;
• Implantar equipamentos para valorizar as colunas da entrada principal da edificação;
• Destacar elementos vegetativos dos jardins que margeiam o acesso a edificação na fachada do
edifício.
Tabela 45 – Descrição e quantitativo de equipamentos de IE para o Escola do Comércio
Prédio Escola do Comércio (CIAC)
Código Equipamento Quantidade:
EMPIE01 Arandela de Uso Externo 6
EMPIE03 Embutido de Solo RGB 12
EMPIE11 Projetor RGB (Alta Intensidade) 3
EMPIE17 Braço 3
EMPIE18 Grade Antifurto 12
Fonte: Elaboração MODELO IP.

4.3.15.Prédio antigo da CEMIG

São propostos para o Antigo Prédio da Cemig, os equipamentos de iluminação voltados para a fachada
frontal com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:

• Padronizar a temperatura de cor em toda a extensão da fachada frontal;


• Prever efeito de iluminação homogêneo nas fachadas do edifício;
• Implantar equipamentos para valorizar os elementos decorativos e janelas da fachada principal da
edificação.
Tabela 46 – Descrição e quantitativo de equipamentos de IE para Antigo Prédio da Cemig
Prédio antigo da CEMIG
Código Equipamento Quantidade:
EMPIE03 Embutido de Solo RGB 6
EMPIE18 Grade Antifurto 6
Fonte: Elaboração MODELO IP.

4.3.16. Bosque John Kennedy

São propostos para o Bosque John Kennedy, os equipamentos de iluminação voltados para a muro
frontal e entrada com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:

• Padronizar a temperatura de cor em toda a extensão da fachada frontal;


• Prever efeito de iluminação homogêneo nas fachadas do edifício.
55

Tabela 47 – Descrição e quantitativo de equipamentos de IE para Antigo Prédio da Cemig


Bosque John Kennedy
Código Equipamento Quantidade:
EMPIE03 Embutido de Solo RGB 6
EMPIE18 Grade Antifurto 6
Fonte: Elaboração MODELO IP.

4.3.17.Superintendência de Água e Esgoto – SAE

São propostos para o SAE, os equipamentos de iluminação voltados para a fachada frontal e entrada com
o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:

• Padronizar a temperatura de cor em toda a extensão da fachada frontal;


• Prever efeito de iluminação homogêneo na fachada do edifício.
Tabela 48 – Descrição e quantitativo de equipamentos de IE para SAE
Superintendência de Água e Esgoto – SAE
Código Equipamento Quantidade:
EMPIE03 Embutido de Solo RGB 14
EMPIE18 Grade Antifurto 14
Fonte: Elaboração MODELO IP.

4.3.18.Aeroporto Santos Dumont

São propostos para o Aeroporto, os equipamentos de iluminação voltados para a fachada frontal e
entrada com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:

• Padronizar a temperatura de cor em toda a extensão da fachada frontal;


• Prever efeito de iluminação homogêneo na fachada do edifício.
Tabela 49 – Descrição e quantitativo de equipamentos de IE para Aeroporto
Aeroporto Santos Dumont
Código Equipamento Quantidade:
EMPIE03 Embutido de Solo RGB 8
EMPIE18 Grade Antifurto 8
Fonte: Elaboração MODELO IP.

4.3.19.Associação Goiás Atlética

São propostos para a Associação, os equipamentos de iluminação voltados para as fachadas laterais com
o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:

• Padronizar a temperatura de cor em toda a extensão das fachadas laterais;


• Prever efeito de iluminação homogêneo nas fachadas do edifício;
• Implantar equipamentos para valorizar as janelas das fachadas da edificação.
56

Tabela 50 – Descrição e quantitativo de equipamentos de IE para Associação Goiás


Associação Goiás Atlética
Código Equipamento Quantidade:
EMPIE03 Embutido de Solo RGB 8
EMPIE18 Grade Antifurto 8
Fonte: Elaboração MODELO IP.

4.3.20.Igreja Nossa Senhora do Rosário

São propostos para a Igreja Nossa Senhora do Rosário, os equipamentos de iluminação voltados para a
fachada frontal e laterais esquerda e direita, com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas
a seguir:

• Padronizar a temperatura de cor em toda a extensão da fachada frontal e laterais;


• Prever efeito de iluminação homogêneo nas fachadas do edifício;
• Destacar elementos vegetativos dos canteiros/jardins que fazem do entorno da edificação.
Tabela 51 – Descrição e quantitativo de equipamentos de IE para a.Igreja Matriz Bom Jesus da Cana Verde
Igreja Nossa Senhora do Rosário
Código Equipamento Quantidade:
EMPIE03 Embutido de Solo RGB 6
EMPIE18 Grade Antifurto 6
Fonte: Elaboração MODELO IP.

4.3.21.Igreja de Nossa Senhora Aparecida – Bairro: Santa Helena

São propostos para a Igreja Nossa Senhora Aparecida, os equipamentos de iluminação voltados para a
fachada frontal e laterais esquerda e direita, com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas
a seguir:

• Padronizar a temperatura de cor em toda a extensão da fachada frontal e laterais;


• Prever efeito de iluminação homogêneo nas fachadas do edifício;
• Destacar elementos vegetativos dos canteiros/jardins que fazem do entorno da edificação.
Tabela 52 – Descrição e quantitativo de equipamentos de IE para Igreja Nossa Senhora Aparecida
Igreja de Nossa Senhora Aparecida – Bairro: Santa Helena
Código Equipamento Quantidade:
EMPIE03 Embutido de Solo RGB 10
EMPIE10 Projetor RGB (Média Intensidade) 3
EMPIE17 Braço 3
EMPIE18 Grade Antifurto 10
Fonte: Elaboração MODELO IP.
57

4.3.22.Igreja de Nossa Senhora Aparecida – Distrito Amanhece

São propostos para a Igreja Nossa Senhora Aparecida, os equipamentos de iluminação voltados para a
fachada frontal e laterais esquerda e direita, com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas
a seguir:

• Padronizar a temperatura de cor em toda a extensão da fachada frontal e laterais;


• Prever efeito de iluminação homogêneo nas fachadas do edifício;
• Destacar elementos vegetativos dos canteiros/jardins que fazem do entorno da edificação.
Tabela 53 – Descrição e quantitativo de equipamentos de IE para a Igreja Nossa Senhora Aparecida
Igreja de Nossa Senhora Aparecida – Distrito Amanhece
Código Equipamento Quantidade:
EMPIE03 Embutido de Solo RGB 10
EMPIE18 Grade Antifurto 10
Fonte: Elaboração MODELO IP.

5.Modelo de Operação
Ao longo deste item serão apresentados os principais aspectos do projeto, suas respectivas fases, o
modelo de operação da PPP e os principais serviços a serem executados pela Concessionária.
As informações e diretrizes apresentadas aqui serão a base para o detalhamento dos Modelos de
Investimentos e de Custos e Despesas apresentados adiante.

5.1. Modelo de Governança da PPP de IP


O Setor de Iluminação Pública no cenário de uma PPP, contempla um modelo de governança com
destaque às seguintes atribuições principais de cada ente:

• ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica): Regulamenta as principais diretrizes do setor de IP;
• Distribuidora de Energia: Mantém cadastro do parque de IP, fornece energia elétrica para a rede e
calcula o faturamento mensal;
• Município: Detém os ativos e a responsabilidade constitucional do serviço de IP;
• Concessionária IP: No cenário da PPP, a Concessionária passa a ser responsável pelos ativos e pela
modernização, expansão, operação e manutenção, do parque de IP durante o período de vigência da
concessão.
Um papel complementar que existe no cenário da PPP é do Verificador Independente, ente responsável
por suportar tecnicamente a Prefeitura na gestão da PPP, contribuindo para o sucesso na implantação
do projeto zelando pelos direitos do Poder Concedente perante os compromissos da Concessionária. A
imagem a seguir detalha a governança durante todo o período de execução da PPP, apresentando as
principais diretrizes relacionadas ao Poder Concedente, Verificador Independente e Concessionária:
58

Figura 30 – Modelo de governança durante a execução da PPP

Fonte: Elaboração MODELO IP.

Em relação à remuneração mensal da Concessionária, ela somente será realizada após a validação do
desempenho apurado pelo Verificador Independente. O pagamento não é realizado diretamente pela
Prefeitura, sendo criada uma Conta Vinculada à PPP seguindo as melhores práticas de modelagem de
PPP e concessões, trazendo uma maior segurança para o processo e, consequentemente, maior
atratividade do mercado.
A conta vinculada se trata de uma conta corrente de titularidade do Poder Concedente, aberta junto à
Instituição Financeira Depositária, com movimentação exclusiva pela Instituição Financeira Depositária,
destinada a receber a receita proveniente da arrecadação da COSIP (Contribuição para Custeio da
Iluminação Pública).
5.2.Fases do Projeto
O cronograma abaixo foi estruturado de forma que contemplasse todas as fases do projeto, desde a
eficácia do contrato até o seu término.
Figura 31 – Macro cronograma do contrato da PPP

Data de Eficácia Fase 0 Fase 1 Fase 2 Fase 3


do Contrato Preliminar Transição Modernização Operação
Fonte: Elaboração MODELO IP.
59

A data de eficácia é condição para início da contagem do prazo da PPP e a partir daí inicia-se a primeira
Fase. E as fases subsequentes conforme as durações mencionadas abaixo:
Tabela 54 – Premissas do Projeto – Prazos
Fases Prazos

Prazo da Concessão 14 anos


Fase 0 – Preliminar 4 meses
Fase 1 – Transição 2 meses
Fase 2 – Modernização 14 meses
Fase 3 – Operação Até o encerramento do prazo da PPP
Fonte: Elaboração MODELO IP.

5.2.1.Fase 0 – Preliminar
A Fase 0 (Preliminar) está relacionada ao planejamento e mobilização da SPE (Concessionária) para o
início das atividades, focando na definição de processos, treinamentos de equipes e alinhamentos iniciais
junto ao Poder Concedente, contemplando a elaboração do Plano de Operação e Manutenção,
implantação dos Canais de Atendimento para a população e a elaboração de um novo Cadastro
Georreferenciado.
5.2.2.Fase 1 – Transição
A fase de Transição é definida pela assunção do Parque de IP pela Concessionária, com o início das
atividades de operação e manutenção e elaboração do Plano de Modernização.
5.2.3.Fase 2 – Modernização
Esta fase se inicia ao término da Fase 1 e está vinculada ao período de implantação dos projetos de
modernização e eficientização definidos nos Estudos de Engenharia. Dentre as atividades previstas
também estão a implantação do Sistema de Telegestão e projetos de Iluminação Especial, e o
atendimento da Demanda Reprimida, se houver.
5.2.4.Fase 3 – Operação
Após o encerramento das atividades de modernização, se inicia a Fase 3 que se estende até o
encerramento do prazo da PPP e é caracterizada pela execução dos serviços de operação e manutenção
do Parque de IP, incluindo a instalação de novos pontos (Expansão).
Importante destacar que ao término do Contrato ocorre a reversão dos ativos à Prefeitura, com a
devolução da Concessionária de todos os equipamentos e componentes da Rede de IP, como luminárias,
braços, postes, entre outros. A Concessionária também irá elaborar um Plano de Desmobilização
Operacional com antecedência ao fim da concessão.
60

5.3.Modelo Operacional
A fim de estruturar o modelo operacional mais vantajoso à PPP estudada, além dos serviços previstos no
contrato de manutenção da rede de iluminação pública do município, foram levantadas as principais
características dos modelos adotados em outras PPPs de IP. Como resultado do levantamento dos
modelos de operação, foram listadas as potenciais categorias de serviços que poderiam ser incorporadas
ao modelo operacional.
Visando elevar os níveis de qualidade e desempenho do serviço de operação e manutenção da rede de
IP do município, foram definidos os principais objetivos almejados, sendo eles:

• Elaboração de cadastro e atualização permanente durante a PPP;


• Elaboração dos seguintes planos: Plano de Operação e Manutenção (POM), Plano de Modernização
(PM) e Plano de Desmobilização Operacional (PDO);
• Modernização e eficientização dos pontos de IP, incluindo instalação de IP específica para Faixas de
Pedestres e Ciclovias;
• Implantação do sistema de telegestão;
• Implantação de Iluminação Especial nos bens definidos;
• Implantação e Operacionalização do Centro de Controle Operacional (CCO);
• Execução de serviços de manutenção da rede municipal de IP;
• Execução do serviço de Poda de Árvore nos casos de interferência na rede municipal de IP;
• Implantação e operação da estrutura operacional e organizacional;
• Execução de expansão da rede municipal de IP;
• Capacitação periódica da equipe do Poder Concedente por meio de cursos e seminários (workshops)
sobre temas relativos à concessão.
5.3.1.Cadastro
O Cadastro da rede de IP do município será elaborado pela Concessionária a partir da realização de
inventário físico, incluindo coleta, registro, manutenção, correção e atualização dos dados referentes à
identificação, características, quantificação e posicionamento geográfico individualizado de todos os
pontos de IP e demais componentes da rede de IP.
Além disso, o Cadastro deve ser conservado e atualizado durante toda a vigência da concessão, estando
o seu acesso disponível em tempo real e integral para o Poder Concedente e para o Verificador
Independente (VI), devendo estar integrado aos sistemas do CCO.

5.3.2.Planos Operacionais (POM, PM e PDO)


Entre os planos que a Concessionária deverá apresentar, constam:
61

• Plano de Operação e Manutenção (POM): apresenta a descrição, o procedimento operacional e o


planejamento de todas as atividades relacionadas ao planejamento e à estruturação necessárias para
a operação e manutenção dos pontos de IP durante todo o prazo da Concessão;
• Plano de Modernização (PM): apresenta a descrição, o procedimento operacional e o planejamento
de todas as atividades relacionadas à modernização e à eficientização, bem como à implantação do
sistema de telegestão e IE a ser realizado durante a Fase 2;
• Plano de Desmobilização Operacional (PDC): detalhamento do procedimento de reversão dos bens
reversíveis e da transição operacional no advento do prazo contratual.
5.3.3.Modernização e Eficientização
Por modernização e eficientização entende-se a adequação da rede de IP atual do município conforme
os parâmetros luminotécnicos mínimos exigidos na Norma 5101/2018 e adoção de soluções que
promovam eficiência energética. O detalhamento dos serviços de modernização e eficientização foi
realizado no item 3 deste documento.
Adicionalmente à modernização da rede de IP existente, também serão instalados novos pontos de IP
para iluminação exclusiva de faixas de pedestres e ciclovias, conforme detalhado nos itens 3.5 e 3.6,
respectivamente.

5.3.4.Implantação de Telegestão
A telegestão é um conjunto de hardware e software que funciona acoplado à luminária do poste de IP,
em substituição ao relé, e serve, entre outras coisas, para controlar de forma remota as lâmpadas,
realizar medições como tensão, potência e consumo de energia.
A Concessionária deverá implantar sistema de telegestão com funcionalidades como plataforma para
gestão, controle e conectividade nos pontos de IP do município, permitindo armazenamento de dados,
atualizações de maneira remota, identificação de falhas nos equipamentos de IP, medição de consumo
de energia e outros aspectos. A plataforma em questão deverá estar integrada aos serviços operacionais
que compuserem o CCO.
Uma importante funcionalidade do sistema de telegestão é a dimerização, que permite a regulação de
forma gradual do nível de luminosidade através de equipamentos programados anteriormente ou
gerenciamento remoto. Este efeito proporciona uma redução no consumo de energia elétrica para IP no
Município. Estas economias adicionais no consumo de energia elétrica, se converterão como bonificação
na contraprestação da concessionária, conforme previsto no documento Mecanismo de Pagamento da
Contraprestação.
Para a PPP de IP no Município é prevista a instalação do sistema de telegestão em todos os 19.718 pontos
de IP.
O sistema de telegestão também poderá servir para a agregação de outros serviços pela concessionária,
relacionados a cidades inteligentes, inclusive como Receitas Acessórias.
62

5.3.5.Iluminação Especial (IE)


Consiste na iluminação de monumentos e espaços públicos e urbanos como pontes, edifícios, praças,
parques, fachadas e obras de arte de valor histórico visando a valorização e o embelezamento desses
monumentos e espaço, conforme detalhado no item 4.

5.3.6.Centro de Controle Operacional (CCO)


O CCO abrangerá a operação, monitoramento e controle pleno do parque de iluminação pública do
município. Para isto, deverão ser implantados pela Concessionária os softwares necessários à execução
de diversos processos.
Para a instalação do CCO, caberá à Concessionária a disponibilização de infraestrutura, tecnologias,
pessoas, funções e processos que possibilitem coletar e processar informações e fazer com que ocorra
a integração de todos os sistemas e a convergência desses dados e informações em um único banco de
dados.
Serão realizados no CCO processos como gestão de chamados, gestão e monitoramento remoto das
unidades de IP com telegestão, gestão da operação (manutenções preditivas, preventivas e corretivas),
gestão de ativos de iluminação, gestão de desempenho e gestão de frota.

5.3.7.Serviços de Manutenção
Os serviços de manutenção corretiva serão executados sempre que constatados quaisquer problemas
nas unidades de IP, inclusive nos pontos dos projetos de iluminação especial e no sistema de telegestão,
devido a falhas, acidentes, furtos, vandalismos e desempenho deficiente.
Os serviços de pronto-atendimento deverão ser executados de forma imediata pela Concessionária
quando sejam identificadas situações que possam colocar em risco a integridade física dos cidadãos ou
patrimônios do município e que envolvam os ativos de IP, como abalroamentos; fenômenos
atmosféricos; incêndios; curto-circuito; braços e luminárias em risco de queda; luminárias abertas e/ou
compartimento para equipamento aberto; presença de vários pontos contínuos apagados em uma via,
por exemplo.
A manutenção também engloba ações preditivas e preventivas, consistindo na execução de
procedimentos periódicos com o propósito de detectar antecipadamente falhas no sistema, evitar o
desgaste nos equipamentos, aumentar a eficiência da operação do parque, melhorar as condições físicas
das unidades de IP, incluindo as unidades de iluminação especial e dispositivos de telegestão,
antecipando assim os chamados dos cidadãos.

5.3.8.Serviços de Poda
No escopo da PPP a poda de árvores abrangerá a execução deste serviço apenas para os pontos de IP
em que seja identificada a obstrução do fluxo luminoso, ou seja, que apresente impacto na qualidade ou
63

eficiência dos serviços de IP. A poda dos demais indivíduos arbóreos será mantida como responsabilidade
da Prefeitura.
No Caderno de Encargos está descrito como a poda deverá ser realizada, tendo em vista que em certos
indivíduos arbóreos não é possível realizar uma poda parcial, apenas para livrar o fluxo luminoso, bem
como será feita a separação das responsabilidades entre Prefeitura e Concessionária.

5.3.9.Estrutura Operacional e Organizacional


A Concessionária será responsável pela disponibilização de toda a estrutura necessária para prestação
dos serviços no escopo da PPP, incluindo, mas não se limitando a:

• Unidade Operacional: instalações necessárias ao cumprimento de serviços de operação, tais como


almoxarifado, depósitos, oficinas, estoques, entre outros.
• Estrutura Organizacional: estrutura suficiente para a prestação dos serviços, contemplando aspectos
executivos, administrativos, financeiros, operacionais e logísticos, bem como ser responsável pelos
processos de prestação de serviços.
• Equipes: dimensionar o quadro de profissionais necessário para atender aos requisitos de qualidade
e prazos exigidos, que deverão possuir as qualificações, capacitações e habilitações técnicas
necessárias para a prática de suas atividades profissionais. As equipes deverão ter à disposição todos
os equipamentos e ferramentas necessários para prestação de serviços de maneira eficiente, correta
e segura, atendendo às normas de segurança pertinentes seguindo princípios éticos e morais.
• Frotas: garantir que haja veículos à disposição de suas equipes de operação para execução de serviços
demandados na rede de IP.
• Materiais: disponibilizar todos os componentes necessários para operação, manutenção,
modernização e expansão da rede de IP incluindo Luminárias LED, braços, postes, cabos, relés, e
componentes de telegestão.
5.3.10.Expansão da Rede Municipal de IP
Os serviços de expansão da rede consistem na instalação de novos pontos de IP em que a Concessionária
será responsável pelo fornecimento de todos os componentes de IP e serviços de mão de obra para
implantação dos novos pontos de IP que serão posteriormente operados e mantidos pela Concessionária
durante o prazo da PPP.
Considerando que o tipo da demanda para expansão pode apresentar variações, principalmente devido
à configuração e classificação da via, será previsto um mecanismo flexível no Contrato da PPP,
possibilitando que o Poder Concedente solicite a instalação de novos pontos de IP conforme
necessidade, entre as seguintes variações:

• Instalação de novo ponto de IP exclusivo em outras vias;


• Instalação de novo ponto de IP exclusivo em vias principais;
64

• Instalação de novo ponto de IP não exclusivo em outras vias;


• Instalação de novo ponto de IP não exclusivo em vias principais;
• Instalação de novo ponto de IP em Faixas de Pedestres e Ciclovias;
• Realocação de pontos de IP.
O escopo de expansão também contempla a demanda reprimida, que representa uma necessidade mais
imediata de ampliação do parque de IP para atender solicitações já existentes quando do início da
execução dos serviços pela Concessionária. Esta demanda irá seguir as mesmas diretrizes na expansão
anual, com exceção de que seu escopo será atendido durante a Fase 2 – Modernização.

5.3.11. Divulgação de Informações e Documentos da PPP


A Concessionária deverá disponibilizar, gerenciar e manter ativo, durante todo o prazo da Concessão,
um portal online para compartilhamento de informações, notícias e documentos diretamente
relacionados à Concessão para o público em geral. Esta iniciativa visa trazer uma maior transparência
para a população quanto à gestão e execução do Contrato. Neste portal online, a Concessionária deverá
divulgar minimamente os seguintes documentos:

• Plano de Operação e Manutenção;


• Plano de Modernização;
• Visualização gráfica (dashboard) com evolução da Fase de Modernização;
• Imagens e vídeos (antes/depois, reporte dos munícipios etc.) com apresentação dos resultados e
benefícios pela implantação da PPP;
• Relatório Mensal de Execução de Serviços;
• Relatório Trimestral de Desempenho;
• Termos de Aceite emitidos;
• Contrato da Concessão;
• Termos Aditivos ao Contrato da Concessão;
• Contratos de Atividades Relacionadas;
• Demonstrações Financeiras/Contábeis da Concessionária.
5.4.Parque de IP
Considerando as obrigações da Concessionária descritas neste relatório, o parque de IP do Município
passará por melhorias tendo em vista as atividades de modernização e expansão, as quais irão impactar
diretamente no quantitativo de pontos de IP ao longo de todo o prazo da PPP.
Considerando o cadastro atualizado de IP do município, apresentado em 2023, no qual constam 19.718
pontos de iluminação, a tabela a seguir apresenta a evolução do número de pontos de IP no Município
(0,81%/ano) – base na média do crescimento do parque, somados aos 222 pontos de IP em processo de
65

regularização da terra pela prefeitura, além dos pontos de IP destinados a suprir a Demanda Reprimida
(148), Ciclovias (107), Faixas de Pedestres (1.000) e Pontos de IP para Iluminação Cênica (461):
Tabela 55 – Quantitativo de Pontos de IP ao longo da PPP

Ano Quantidade Início Quantidade Fim


1 19.718 19.973
2 19.973 21.786
3 21.786 21.962
4 21.962 22.138
5 22.138 22.314
6 22.314 22.490
7 22.490 22.666
8 22.666 22.842
9 22.842 23.018
10 23.018 23.194
11 23.194 23.370
12 23.370 23.546
13 23.546 23.722
14 23.722 23.898
Fonte: Elaboração MODELO IP.

6.Modelo de Investimentos
Nos próximos tópicos serão abordados os valores monetários e as premissas relacionados à implantação
das tecnologias e das atividades citadas nos itens anteriores que permitam a operacionalização da PPP.
Para cada item serão detalhados o valor unitário do investimento inicial, o percentual de reinvestimento
e a periodicidade de reinvestimento, quando aplicável.

6.1.Despesas Pré-Operacionais
Para desenvolvimento de atividades relacionadas à fase inicial da PPP, a Concessionária deverá incorrer
nos seguintes investimentos, denominadas “despesas pré-operacionais”, ou seja, antes do início da
operação no parque de IP:

• Setup da Concessionária: etapa referente à estruturação, planejamento e mobilização da SPE, além


dos demais estudos e projetos necessários para estruturação da operação e modernização do parque
de IP;
• Implantação dos Programas de Gestão Socioambiental (PGS): execução das atividades iniciais para
atendimento às diretrizes ambientais mínimas do projeto;
• Cadastro georreferenciado: Elaboração de novo cadastro de IP georreferenciado;
• Ressarcimento dos Estudos: Referente ao reembolso dos estudos relacionados ao objeto da
Concessão conforme contrato celebrado entre Caixa Econômica Federal e o Município;
66

• Ressarcimento da B3: Referente ao reembolso à Bolsa de Valores (B3) para realização dos
procedimentos referentes a licitação.
Para o presente estudo, foram considerados os valores listados a seguir:
Tabela 56 – Valores previstos de investimentos pré-operacionais

Item Valor Total (R$)


Setup R$ 125.900
Cadastro Georreferenciado R$ 16,23/ponto
Projetos Luminotécnicos R$ 41,31/projeto
Ressarcimento dos Estudos R$ 2.416.743,31
Ressarcimento B3 R$ 166.837,29
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.

6.2.Investimentos em Infraestrutura
A infraestrutura civil e os mobiliários envolvem os investimentos necessários para a área
administrativa/escritório (áreas não-operacionais), bem como as áreas operacionais (CCO, almoxarifado
para materiais/ferramentas e estacionamento de veículos).
A tabela a seguir discrimina os valores considerados na estimativa realizada:
Tabela 57 – Infraestrutura Civil / Mobiliário / Tecnologia da Informação / Operacional

Valor Investimento % de Periodicidade de


Item
Inicial (R$) Reinvestimento Reinvestimento
Infraestrutura Civil e mobiliário R$ 2.225 10,00% 5 anos
Computadores e Periféricos R$ 56.891 50,00% 5 anos
Implantação de Sistema de Gestão
R$ 19.410 - 15 anos
de IP
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.

6.3.Modernização e Eficientização
A modernização e eficientização dos pontos de IP do município foi considerada de forma linear para o
cumprimento de cada Marco da Concessão. Na estimativa realizada foram considerados os valores
relacionados a:

• Aquisição dos ativos de montagem para modernização e ampliação do parque, incluindo braços e
outros equipamentos / materiais de suporte;
• Aquisição de Luminárias LED;
• Mão de obra e instalação para modernização dos pontos de IP.
Na tabela a seguir foram discriminados os valores unitários para cada um dos materiais a serem
substituídos na modernização:
67

Tabela 58 – Valores unitários médios previstos de investimento para modernização

Item Valor Médio por Item (R$)


Luminárias LED R$ 383,59
Braço R$ 175,41
Relé R$ 37,33
% Componentes Acessórios
10%
(fios, abraçadeiras etc.)
Custo de Modernização/Ponto R$ 61,75
Projeto Luminotécnico/Via R$ 41,31
Descarte de Resíduos (Lâmpadas) R$ 4,00
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.

6.3.1.Custo médio da Luminária LED


Para a composição do custo associado à Luminária LED, foram realizadas cotações com fornecedores do
mercado e analisados valores de referência de bases de preços nacionais, sempre considerando a
distribuição das Luminárias LED entre as potências resultantes do estudo de engenharia, conforme
detalhado no item 3.4.4.
Na tabela a seguir são apresentados os valores por faixa de potência:
Tabela 59 – Custo de substituição de luminária para modernização por faixa de potência de LED5
Faixa de Potência Valor Unitário (R$)
Até 30W R$ 270,15
31 W a 50 W R$ 270,15
51 W a 67 W R$ 441,36
68 W a 97 W R$ 481,34
98 W a 137 W R$ 566,49
138 W a 180 W R$ 741,58
181 W a 239 W R$ 850,48
Acima de 240 W R$ 1364,56
Fonte: Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI), relatório de preços referenciais para
insumos em MG, não desonerado, com data-base julho/23 e consultado em setembro/23.

O custo médio por Luminária LED foi calculado a partir de uma ponderação entre os valores da tabela
acima e a distribuição dos equipamentos pelas faixas de potência do estudo de engenharia, vide item
3.4.4.

5
Quantitativos contemplam a modernização do número total de pontos de IP, subtraídos os pontos de IP previstos nos
projetos de Iluminação Especial. Também são considerados os pontos de IP para coberta de “áreas escuras” durante a
modernização.
68

Adicionalmente à precificação apresentada acima, considerando a evolução tecnológica para Luminárias


LED, foi aplicada uma redução linear, em termos reais, de 3% ao ano no custo da Luminária LED, limitado
a uma redução máxima de 50% no preço.

6.3.2.Custo médio de mão de obra e instalação


Os custos associados à mão de obra e à instalação foram calculados considerando-se o valor do aluguel
dos veículos, as despesas com combustível, os salários (já abrangendo encargos, benefícios e todos os
custos indiretos envolvidos, por ter sido considerado o modelo de subcontratação), equipamentos e
ferramentais necessários.
Na tabela a seguir são apresentados os custos mensais por tipo de veículo:
Tabela 60 – Custo mensal com veículos operacionais – Equipe de Modernização
Tipo de veículo Custo Mensal (aluguel e combustível)
Veículo com Cesto Aéreo R$ 16.898
Caminhão Munck R$ 26.797
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.

Para execução das atividades será necessária a alocação de equipes para cada veículo a ser mobilizado
pela Concessionária. A tabela a seguir apresenta o dimensionamento e custo de profissionais por tipo
veículo:
Tabela 61 – Custo mensal com Equipes de Modernização
Tipo de Veículo Composição da Salário com Encargos Adicional custos
Equipe (por pessoa) indiretos6
Veículo com Cesto
2 Empregados R$ 7.998
Aéreo
27,23% sobre o salário
Caminhão Munck 3 Empregados R$ 7.998
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.

Calculou-se, por fim, o custo mensal por equipe para a modernização, que é o somatório de todos os
custos associados, como demostrado na tabela a seguir:
Tabela 62 – Custos Mensais por Equipe para Modernização (R$/Mês)
Despesas com
Custo Mensal Equipamentos Custo Mensal
Tipo de veículo Equipe
por Veículo e Ferramental por Equipe
(com BDI)
Veículo com Cesto Aéreo R$ 16.898 R$ 15.997 R$ 13.920 R$ 33.168

6
Premissa considerada nos cálculos pois é considerada como referência a subcontratação de equipes para modernização do
parque de IP, tendo em vista a utilização temporária destas equipes.
69

Despesas com
Custo Mensal Equipamentos Custo Mensal
Tipo de veículo Equipe
por Veículo e Ferramental por Equipe
(com BDI)
Caminhão Munck R$ 26.797 R$ 23.995 R$ 25.720 R$ 51.297
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.

Para o cálculo do custo de modernização por ponto de IP foi considerada uma distribuição da utilização
dos veículos e, consequentemente, das equipes de modernização segundo as características do parque
de IP do município. Os veículos com cesto aéreo são utilizados para alturas de até 9 metros, enquanto
os caminhões munck para alturas superiores. Considerando os resultados do trabalho de campo foram
aplicadas as seguintes premissas:
Tabela 63 – Premissas de dimensionamento de Equipes para Modernização

Parâmetro Valor

Proporção de pontos acima de 9 m altura 10,17%


Proporção de pontos abaixo de 9 m altura 89,83%
Produtividade Média por Equipe de Modernização 27 pontos/dia
Período de Trabalho no mês 21 dias úteis
Fonte: Elaboração MODELO IP.

A partir de todas as premissas apresentadas nesta seção, referente aos custos com mão de obra, veículos
e ferramentas, e junto com os custos de aquisição apresentada, o custo total por ponto é R$ 481,71.

6.4.Adequação da Rede de IP em áreas com Pontos Escuros


Conforme descrito no item 0, ao longo da fase de modernização, caso seja necessário a instalação de
novos pontos de IP (incluindo poste) em vias cujas configurações atuais apresentem inviabilidade para o
atendimento aos parâmetros de iluminância e uniformidade.
A tabela a seguir discrimina os valores considerados na estimativa realizada para instalação de cada
ponto de IP adicional:
Tabela 64 – Valor unitário de investimento para pontos escuros
Valor Unitário Valor Unitário
Tipo de Investimento
Vias Principais Outras Vias
Componentes de IP
R$ 3.354 R$ 3.193
(Luminária LED, braço, relé/telegestão etc.)
Obra-Civil Instalação
R$ 1.886 R$ 1.886
(Poste, Ligação Energia, Obras Implantação)
Custo Médio por Ponto de IP R$ 5.239 R$ 5.079
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.
70

6.5.Faixas de Pedestres
Conforme detalhado no item 3.5, em conjunto com a Fase de Modernização, serão instalados pontos de
IP para implantação de iluminação pública específica para faixas de pedestres. Para a estimativa deste
investimento foram considerados alguns cenários de implantação pela Concessionária, conforme largura
da via, e utilizado o preço médio para precificação.
Seguindo a metodologia de 2 pontos IP por faixa de pedestre, foram considerados 1.000 pontos de IP para
Faixas de Pedestres.

A tabela a seguir discrimina os valores considerados na estimativa realizada, para instalação de cada
ponto IP em faixas de pedestres:
Tabela 65 – Valor unitário de investimento para Faixa de Pedestres
Tipo de Investimento Valor Unitário
Componentes de IP
R$ 3.290
(Luminária LED, braço, relé/telegestão etc.)

Obra-Civil Instalação
R$ 1.664
(Poste, Ligação Energia, Obras Implantação)
Custo Médio por ponto de IP em Faixa de Pedestre R$ 4.954
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.
6.6.Ciclovias
Conforme detalhado no item 3.6, em conjunto com a Fase de Modernização, serão instalados os pontos
de IP para implantação de iluminação pública específica para ciclovias, visto que não têm no município.
Para estimativa deste investimento foram consideradas as premissas resultantes do estudo de
engenharia que indicaram a instalação de um ponto de IP exclusivo, incluindo instalação do poste, a cada
20 metros nos trechos das ciclovias.
Para fins de projeto, a Prefeitura indicou a existência de 2.149 metros de ciclovia com necessidade de
iluminação específica. Considerando a instalação de novo ponto a cada 20 metros de comprimento,
chega-se à necessidade de instalação de 107 novos pontos de IP para o atendimento da demanda.
A tabela a seguir discrimina os valores para instalação de cada novo ponto de IP para ciclovias:
Tabela 66 – Valor unitário de investimento para Ciclovias
Tipo de Investimento Valor Unitário

Componentes de IP R$ 3.102
(Luminária LED, braço, relé/telegestão etc.)

Obra-Civil Instalação
R$ 1.664
(Poste, Ligação Energia, Obras Implantação)
Custo Médio por ponto de IP em Ciclovia R$ 4.766
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.
71

6.7.Implantação do Sistema de Telegestão


A implantação do sistema de telegestão será executada ao longo da fase de modernização seguindo as
diretrizes de acordo com os Marcos Contatuais definidos. No escopo desta PPP a telegestão é prevista
em 100% do parque, ou seja, 19.718 pontos.
Importante salientar que no escopo da Telegestão, o ganho com a economia energética a ser alcançada
por meio de artifícios como dimerização ou acionamento/desligamento de forma manual ou programada
das luminárias será recompensada. Há um mecanismo de pagamento da contraprestação, que prevê
economias além da meta estipulada apenas pela troca do parque de IP por LED, mais detalhes acerca
deste tema estão presentes no documento Mecanismo de Pagamento da Contraprestação.
Para estimar o valor de investimentos relacionados foram considerados os custos de:

• Implantação do Sistema;
• Estrutura de Hardware;
• Rede de Comunicação de Dados.
Tendo como base a cotação de preços de implantação de sistemas de telegestão junto ao mercado, para
cada ponto de IP que contará com telegestão, foi estimado o investimento de R$ 434,28.

6.8.Iluminação Especial
Os investimentos relacionados à execução dos projetos de Iluminação Especial, executados ao longo da
fase de modernização seguindo as diretrizes quanto aos cumprimentos dos Marcos Contratuais
definidos, compreendem:

• Aquisição de ativos previstos nos projetos, incluindo postes, suportes e equipamentos LED;
• Gastos com equipe, veículos e ferramentas, para execução das implantações.
Os bens públicos selecionados para os projetos de IE foram detalhados no item 4 deste relatório, e a
tabela a seguir traz o valor de investimento estimado para cada local:
Tabela 67 – Resumo valores dos investimentos por projeto de Iluminação Especial
Local Valor Investimento (R$ mil)
Palácio dos Ferroviários R$ 22,78
Igreja Matriz Bom Jesus da Cana Verde R$ 13,04
FAEC - Fundação Araguarina de Educação e Cultura R$ 2,13
Casa da Cultura Abdala Mameri R$ 8,86
Câmara Municipal de Araguari R$ 4,76
Colégio Berlaar Sagrado Coração de Jesus R$ 11,89
Conservatório Estadual de Música R$ 5,91
Igreja Nossa Senhora de Fátima R$ 3,96
Semente Esperança R$ 5,28
Escola Estadual Raul Soares R$ 6,61
Cine Rex R$ 8,25
72

Palace Hotel R$ 13,27


Clube Recreativo Araguarino R$ 5,59
Prédio Escola do Comércio (CIAC) R$ 10,67
Prédio antigo da CEMIG R$ 3,96
Bosque John Kennedy R$ 3,96
Superintendência de Água e Esgoto – SAE R$ 9,25
Aeroporto Santos Dumont R$ 5,28
Associação Goiás Atlética R$ 5,28
Igreja Nossa Senhora do Rosário R$ 3,96
Igreja de Nossa Senhora Aparecida – Santa Helena R$ 7,99
Igreja de Nossa Senhora Aparecida - Amanhece R$ 6,61
Total R$ 169,81
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.

6.9.Expansão da Rede de IP
Conforme detalhado no item 5.3.10, para os serviços de expansão da Rede de IP, a Concessionária será
responsável pelo fornecimento de todos os componentes de IP e serviços de mão de obra para
implantação dos novos pontos de IP.
Os valores foram estimados de forma unitária para cada tipo de intervenção, de acordo com suas
características e investimentos necessários:
Tabela 68 – Valores de investimentos por tipo de expansão
Tipo Expansão Valor Investimento (R$)
Instalação de novo ponto de IP exclusivo em outras vias R$ 5.496
Instalação de novo ponto de IP exclusivo em vias principais R$ 5.670
Instalação de novo ponto de IP não exclusivo em outras vias R$ 1.956
Instalação de novo ponto de IP não exclusivo em vias principais R$ 2.129
Instalação de novo ponto de IP em Faixas de Pedestres R$ 5.361
Instalação de novo ponto de IP em Ciclovias R$ 5.158
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.

Para análise na modelagem econômico-financeira quanto ao investimento relacionado à expansão do


parque de IP, foram consideradas as premissas descritas no relatório de Situação Técnico-Operacional
referente à expansão da rede de IP e às premissas de distribuição dos pontos de IP conforme classificação
da via e exclusividade do uso do poste, conforme detalhado na tabela a seguir:
73

Tabela 69 – Estimativa da quantidade de expansão por tipo


Quantidade Quantidade
Tipo Expansão Anual Demanda
Expansão Reprimida
Instalação de novo ponto de IP exclusivo em outras vias 9 9
Instalação de novo ponto de IP exclusivo em vias principais 0 0
Instalação de novo ponto de IP não exclusivo em outras vias 128 139
Instalação de novo ponto de IP não exclusivo em vias principais 39 0
Fonte: Elaboração MODELO IP.

6.10.Socioambiental
A Concessionária terá que implementar os Programas de Gestão Socioambientais, conforme previsto no
Anexo de Diretrizes Mínimas Socioambientais. As tabelas a seguir apresentam a estimativa referencial
da quantidade de profissionais por cargo, considerando para cada atividade prevista.
Durante a Fase 0, foram considerados: (i) Estudo de Impacto de Vizinhança e Relatório de Impacto de
Vizinhança (EIV/RIV); (ii) elaboração dos Programas de Gestão Socioambientais; (iii) Levantamento de
Stakeholders e Plano de Engajamento; (iv) Avaliação Preliminar de Áreas Contaminadas; e (v) elaboração
do Sistema de Gestão Socioambiental (SGSA).
Tabela 70 – Estudo de Impacto de Vizinhança e Relatório de Impacto de Vizinhança (EIV/RIV)

Custo por
Cargo Unidade Quant. Unidade
(com BDI)
Coordenador Geral horas 300 R$ 127
Coordenador de Geoprocessamento horas 200 R$ 57
Arqueólogo horas 120 R$ 57
Coordenador de Sócio economia horas 200 R$ 89
Coordenador de Meio Biótico horas 200 R$ 108
Coordenador de Meio Físico horas 200 R$ 89
Logística de Campo - Alimentação (Café/Almoço/Jantar) kg 15 R$ 80
Logística de Campo - Hospedagem Single dias 15 R$ 200
Logística de Campo - Locação de Veículo Simples dias 5 R$ 176
Logística de Campo - Combustível Veículo litros 200 R$ 7
Total R$ 120.161
Fonte: Plonus - Soluções em Engenharia e Meio Ambiente.
74

Tabela 71 – Programas de Gestão Socioambientais

Custo por Unidade


Cargo Unidade Quant.
(com BDI)
Coordenador Geral horas 160 R$ 127
Coordenador de Geoprocessamento horas 100 R$ 57
Coordenador de Sócio economia horas 120 R$ 89
Coordenador de Meio Biótico horas 120 R$ 89
Coordenador de Meio Físico horas 120 R$ 108
Engenheiro Especialista horas 100 R$ 127
Total R$ 73.157
Fonte: Plonus - Soluções em Engenharia e Meio Ambiente.

Tabela 72 – Levantamento de Stakeholders e Plano de Engajamento

Custo por Unidade


Cargo Unidade Quant.
(com BDI)
Coordenador Geral horas 120 R$ 127
Coordenador de Geoprocessamento horas 180 R$ 89
Coordenador de Sócio economia horas 80 R$ 57
Logística de Campo - Alimentação (Café/Almoço/Jantar) kg 5 R$ 80
Logística de Campo - Hospedagem Single dias 5 R$ 200
Logística de Campo - Locação de Veículo Simples dias 5 R$ 176
Logística de Campo - Combustível Veículo litros 120 R$ 7
Total R$ 38.961
Fonte: Plonus - Soluções em Engenharia e Meio Ambiente.

Tabela 73 – Avaliação de Áreas Contaminadas

Custo por Unidade


Cargo Unidade Quant.
(com BDI)
Engenheiro Especialista horas 180 R$ 127
Coordenador de Geoprocessamento horas 80 R$ 57
Logística de Campo - Alimentação (Café/Almoço/Jantar) kg 2 R$ 80
Logística de Campo - Hospedagem Single dias 1 R$ 200
Logística de Campo - Locação de Veículo Simples dias 2 R$ 176
Logística de Campo - Combustível Veículo litros 60 R$ 7
Total R$ 28.595
Fonte: Plonus - Soluções em Engenharia e Meio Ambiente.

Tabela 74 – Sistema de Gestão Socioambiental (SGSA)

Custo por Cargo


Cargo Unidade Quant.
(com BDI)
Engenheiro QMST - 6 R$ 24.435
Total R$ 146.612
Fonte: Plonus - Soluções em Engenharia e Meio Ambiente.
75

Tabela 75 – Consultoria Especializada em Comunicação Social

Custo por Unidade


Cargo Unidade Quantidade
(com BDI)
Coordenador Geral horas 60 R$ 127
Coordenador de Socioeconomia horas 160 R$ 89
Logística de Campo - Alimentação
kg 30 R$ 80
(Café/Almoço/Jantar)
Logística de Campo - Hospedagem Single dias 30 R$ 200
Logística de Campo - Locação de Veículo Simples dias 30 R$ 176
Logística de Campo - Combustível Veículo litros 250 R$ 7
Total R$ 37.224
Fonte: Plonus - Soluções em Engenharia e Meio Ambiente.

6.11.Resumo CAPEX
Nas tabelas a seguir são apresentadas visões resumidas com as principais linhas de CAPEX
apresentadas neste relatório e seus valores estimados ao longo do prazo da PPP:
Tabela 76 – Valores de investimentos (CAPEX)

Linha de Investimento Valor de CAPEX (R$ mil) %


Despesas Pré-Operacionais 3.063 13,10%
Socioambiental 854 2,93%
Infraestrutura Civil, Mobiliário e Operacional 114 0,39%
Cobertura de Pontos Escuros - 0,00%
Modernização e Eficientização 6.752 23,13%
Implantação do Sistema de Telegestão 8.657 29,66%
Iluminação Especial 696 2,39%
Faixa de Pedestres e Ciclovias 3.020 10,35%
Expansão do Parque de IP 5.269 18,05%
Total 28.425 100,00%
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.
76

Tabela 77 - Investimentos ao longo dos anos da Concessão

Ano 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Despesas Pré-Operacionais 3.063 - - - - - - - - - - - - -


Socioambiental 553 301 - - - - - - - - - - - -
Infraestrutura Civil, Mobiliário e
Operacional 79 - - - - 17 - - - - 17 - - -

Cobertura de Pontos Escuros - - - - - - - - - - - - - -


Modernização e Eficientização 3.375 3.376 - - - - - - - - - - - -
Implantação do Sistema de
Telegestão 4.483 4.174 - - - - - - - - - - - -

Iluminação Especial - 596 - - - - - - - - - 100 - -


Faixa de Pedestres e Ciclovias - 3.020 - - - - - - - - - - - -
Expansão do Parque de IP 518 497 357 356 356 356 355 355 354 354 354 353 353 352
Total (em R$ mil) 12.071 11.964 357 356 356 373 355 355 354 354 371 453 353 352
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.
77

7.Modelo de Custos e Despesas


Nos próximos itens serão abordados os valores monetários e as premissas relacionados à operação e
manutenção da rede de IP e os serviços associados à PPP sob responsabilidade da Concessionária.

7.1.Estrutura Operacional
7.1.1.Dimensionamento de Chamados de Manutenção
O dimensionamento do volume de chamados para manutenção em campo levou em consideração as
taxas de falha de cada componente do parque de IP, conforme apresentado na tabela abaixo:
Tabela 78 – Premissas dimensionamento Equipes Operacionais

Componente de IP Taxa de Falha Mensal


Lâmpada Convencional 2,00%
Reator Convencial 1,00%
Braço para IP 0,01%
Poste de IP 0,01%
Relé (Pré-modernização) 2,00%
Relé (Parque Modernizado) 1,59%
Luminária LED 0,08%
Telegestão 0,01%
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.

O total de chamados de manutenção por mês foi calculado considerando-se a quantidade de pontos de
IP multiplicada pelas taxas de falhas estimadas para cada componente. Deve ser destacado que a partir
do início da modernização espera-se uma redução nas taxas de falhas uma vez que as lâmpadas
convencionais serão substituídas por Luminárias LED, assim como haverá a substituição de relé por
sistema de telegestão nas vias selecionadas.

7.1.2.Custo Médio por Chamado de Manutenção


Nesta seção será apresentada a estimativa de custo por chamado de campo para manutenção. Os custos
associados à mão de obra e à instalação foram calculados considerando-se o valor do aluguel dos
veículos, as despesas com combustível, os salários e encargos (considerando o modelo de
subcontratação), equipamentos e ferramentais necessários.
Na tabela a seguir são apresentados os custos mensais por tipo de veículo considerando o valor do
aluguel e do combustível:
Tabela 79 – Custo mensal com veículos operacionais – Equipe de Manutenção

Tipo de veículo Custo Mensal (aluguel e combustível)


Veículo com Cesto Aéreo R$ 16.898
Caminhão Munck R$ 26.797
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.
78

Para execução das atividades será necessária a alocação de equipes para cada veículo a ser mobilizado
pela Concessionária. A tabela a seguir apresenta o dimensionamento e custo de profissionais por tipo
veículo:
Tabela 80 – Custo mensal com Equipes de Manutenção

Composição da Salário com Encargos Adicional custos


Tipo de Veículo
Equipe (por pessoa) indiretos7
Veículo com Cesto
2 Empregados R$ 6.287
Aéreo 27,23% sobre o salário
Caminhão Munck 3 Empregados R$ 6.287
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.

Calculou-se, por fim, o custo mensal por equipe para a manutenção sendo o somatório de todos os
custos associados, como demostrado na tabela abaixo:
Tabela 81 – Custos Mensais por Equipe para Manutenção

Despesas com Equipamentos


Custo Mensal Custo Mensal
Tipo de veículo Equipe e
por Veículo por Equipe
(com BDI) Ferramentas
Veículo com Cesto Aéreo R$ 16.898 R$ 12.573 R$ 13.920 R$ 29.745
Caminhão Munck R$ 26.797 R$ 18.860 R$ 25.720 R$ 46.162
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.

Para o cálculo do custo por chamado de manutenção foi considerada uma distribuição da utilização dos
veículos e, consequentemente, das equipes de manutenção segundo as características do parque do
município. Os veículos com cesto aéreo são utilizados para alturas de até 9 metros, enquanto os
caminhões munck para alturas superiores. Considerando os resultados do trabalho de vistoria em campo
no parque de IP do Município, foram aplicadas as seguintes premissas:
Tabela 82 – Premissas dimensionamento Equipes para Manutenção

Parâmetro Valor
Proporção de pontos acima de 9 m altura 10,17%
Proporção de pontos abaixo de 9 m altura 89,83%
Produtividade Média por Equipe de Modernização 19 pontos por dia
Período de Trabalho no mês 21 dias úteis
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.

7
Premissa considerada nos cálculos pois é considerada como referência a subcontratação de equipes para modernização do
parque de IP, tendo em vista a utilização temporária destas equipes.
79

A partir de todas as premissas apresentadas nesta seção, foi obtido o valor médio de R$ 114,38 para
atendimento de cada chamado de manutenção, referente aos custos com mão de obra, veículos e
ferramentas.
Para aplicação na modelagem econômico-financeira do projeto, o valor médio unitário por chamado foi
projetado conforme metodologia apresentada no item 7.1.1.

7.1.3.Equipe de Verificação Ativa (rondas)


Os serviços de verificação ativa, por sua vez, tiveram seu efetivo determinado visando a identificação de
defeitos e falhas nos pontos de IP para acionamento das equipes de manutenção. Nesta seção será
apresentada uma estimativa de custos de verificação ativa (ronda) por ponto de IP.
Os custos associados à mão de obra e veículos foram calculados considerando-se o valor do aluguel das
motocicletas, as despesas com combustível, os salários (já abrangendo encargos, benefícios e todos os
custos indiretos envolvidos, por ter sido considerado o modelo de subcontratação), equipamentos e
ferramentais necessários.
Na tabela a seguir são apresentados os custos mensais de um “rondeiro”:
Tabela 83 – Custos Mensais por Equipe de Ronda

Custo Mensal Despesas Equipe Equipamentos Custo Mensal


Equipe
por Veículo (com BDI) e Ferramental por Equipe
1 Rondeiro / Motocicleta R$ 1.382 R$ 6.287 R$ 20 R$ 7.669
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.

Conforme premissas detalhadas a seguir, foi considerado que todos os pontos de IP serão visitados
periodicamente, com exceção dos pontos com instalação do sistema de telegestão, que serão
monitorados de forma remota:
Tabela 84 – Premissas cálculo produtividade Equipe de Ronda

Premissa Parâmetro
Velocidade 20 km/h
Horas diárias em campo 8 horas
Período de Trabalho no mês 21 dias úteis
Distância Média entre postes (m) 31,5 metros
Número de Visitas por Ponto de IP por Mês 2
Produtividade Pontos IP / Mês 106.667
Fonte: Elaboração MODELO IP.
80

Para o cálculo do custo de ronda por ponto de IP foram utilizados os valores previamente detalhados,
sobre o custo mensal da equipe e a produtividade de cada equipe:
Tabela 85 – Custo Unitário (ponto IP) da Equipe de Ronda
Parâmetro Valor
Custo Mensal Equipe de Ronda R$ 6.287
Produtividade Pontos IP / Mês 106.667
Custo Mensal por Ponto IP R$ 0,0589
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.

Para aplicação na modelagem econômico-financeira do projeto, o valor médio unitário de ronda por
ponto de IP considerou a projeção do quantitativo de pontos de IP durante o prazo da PPP.

7.2.Materiais de Manutenção
Para as atividades de manutenção, a Concessionária deverá disponibilizar todos os componentes de IP
necessários para substituição na rede de IP. Na tabela a seguir são apresentadas as taxas de falhas e os
custos associados a cada tipo de material para a manutenção:
Tabela 86 – Taxa de Falha e Custo de Aquisição dos Componentes de IP
Parâmetro Taxa de Falha Mensal Custo Médio Unitário
Lâmpada Convencional 2,00% R$ 75
Reator Convencial 1,00% R$ 237
Braço para IP 0,01% R$ 175
Poste de IP 0,01% R$ 1.940
Relé (Pré-modernização) 2,00% R$ 37
Relé (Parque Modernizado) 1,59% R$ 37
Luminária LED 0,08% R$ 384
Telegestão 0,01% R$ 641
Taxa de Vandalismo 0,03% -
% Componentes Acessórios (fios, abraçadeiras etc.) 0,25% 10%
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.

Para aplicação na modelagem econômico-financeira do projeto, a taxa de falha apresentada acima foi
multiplicada pelo total de cada componente presente na rede de IP durante cada período da PPP para
estimar a quantidade de componentes substituídos por mês. Por fim, este dimensionamento foi
combinado com o custo médio unitário para mensuração do custo total com componentes de IP para
manutenção.
Conforme informações repassadas pelos fornecedores de LED e de Telegestão, foi considerado na
modelagem o período de garantia de 5 anos para as Luminárias LED e 10 anos para componentes de
telegestão, o correspondente a cobertura de 100% das falhas.
81

7.3.Poda de Árvore
Em relação à execução de poda de árvores, será previsto como escopo da Concessionária a realização
da poda em todos os indivíduos arbóreos que estejam apresentando interferência no fluxo luminoso do
ponto de iluminação pública. Complementarmente, a Concessionária também será responsável pelo
descarte adequado dos resíduos provenientes das atividades de poda realizadas.
Através dos dados do trabalho de campo, foi possível identificar o nível de interferência da arborização
na rede de IP do Município. Foi dimensionada uma demanda mensal de 500 serviços de poda de árvores.
Para realização destes, considerando o custo de realização do serviço e o descarte dos resíduos
provenientes deste, temos conforme tabela abaixo:
Tabela 87 – Custos com serviços de Poda de Árvores e coleta dos resíduos

Parâmetro Custo Unitário


Custo por serviço de poda R$ 111
Custo por coleta de resíduos de poda R$ 45
Total por serviço R$ 156
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.

7.4.Sistema de Telegestão
Para o sistema de telegestão, foram consideradas as despesas mensais relacionadas à manutenção do
software e seu suporte operacional, bem como à rede de dados para os concentradores instalados no
parque. Este formato de precificação para telegestão é uma prática de mercado das empresas, em que
o custo mensal é calculado para cada ponto de IP com sistema de telegestão instalado, e não de forma
segregada entre concentradores, controladores e sistemas.
Para cada ponto de IP contemplado pelo sistema de telegestão, foi considerado o custo mensal de R$
1,50 com base em referências de mercado de custos de manutenção do software e suporte operacional.

7.5.Estrutura Administrativa
Os custos de operação da Sede considerados como Despesas da Concessionária são os custos relativos
a salários da Equipe Administrativa (Não Operacional) e Despesas Gerais e Administrativas.

7.5.1.Equipe Administrativa
De forma complementar à equipe operacional previamente apresentada neste relatório, a
Concessionária deverá dispor de uma equipe administrativa para gestão dos serviços, supervisão das
equipes de campo e realização de outras atividades relacionadas à gestão da PPP.
A tabela a seguir apresenta a estimativa referencial da quantidade de profissionais por cargo,
considerando os períodos de pré-modernização (até o encerramento da Fase de Modernização) e de
pós-modernização (após o encerramento da Fase de Modernização) além dos respectivos custos
mensais para cada cargo:
82

Tabela 88 – Despesa Mensal com Salário da Equipe Não-Operacional

Custo por
Cargo Fase 0 Fase 1 Fase 2 Fase 3
Cargo
Gestor de Contratos/Diretor
1 1 1 1 R$ 33.447
Executivo
Gerente de Operação 0 0 0 0 R$ 12.015
Supervisor de Modernização 0 0 0 0 R$ 10.961
Supervisor de Operação e
1 1 1 0 R$ 10.961
Manutenção
Auxiliar de Operação 1 2 2 1 R$ 3.926
Assistente Financeiro/RH 1 1 1 1 R$ 5.973
Almoxarife 0 1 1 1 R$ 6.263
Auxiliar Almoxarife 0 1 1 0 R$ 4.472
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.

7.5.2.Instalações e Utilidades
Para o funcionamento da estrutura organizacional da Concessionária são estimados custos associados à
unidade operacional, como aluguel e despesas gerais e administrativas.
Nesta seção também são indicados custos voltados à tecnologia da informação para manutenção e
licenças dos softwares utilizados pela Concessionária. Para a Central de Atendimento (Call Center) foi
considerada como premissa na modelagem a subcontratação deste serviço pela Concessionária junto a
empresa especializada.
Na tabela a seguir são apresentados os custos mensais e unitários para estes itens:
83

Tabela 89 – Despesas Gerais e Administrativas (R$)

Valor Mensal Valor Mensal


Item
Pré-Modernização Pós-Modernização
Despesas Administrativas
(Energia, Água/Esgoto, Telefonia, Cópias, Internet,
R$ 2.747 R$ 1.800
Serviços Bancários, Limpeza, Honorários advocatícios,
serviços contábeis, Comunicação, Medicina do Trabalho)
Despesas com Aluguel (Fase de Modernização) R$ 4.118 R$ 3.902
Central de Atendimento (Call Center) R$ 0,13/ponto de IP R$ 0,13/ponto de IP
Licença e Manutenção do Sistema Central de Gestão de IP R$ 0,52/ponto de IP R$ 0,52/ponto de IP
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.

7.6.Seguros e Garantias
A contratação de seguros e garantias deverá ser executada pela Concessionária como forma de garantir
a plena operação e responsabilidades do contrato. Sendo assim, caberá à Concessionária contratar
minimamente:
Tabela 90 – Lista de Seguros e Garantias
Seguro/Garantia Objetivo
Assegurar o desenvolvimento do projeto dentro do escopo,
Garantia de Execução do Contrato
prazo e qualidade, previstos no Contrato
Reembolsar as indenizações decorrentes de danos materiais e
Seguro Responsabilidade Civil –
corporais, causados a terceiros durante a execução dos
Modernização
serviços até o fim da Fase de Modernização
Reembolsar as indenizações decorrentes de danos materiais e
Seguro Responsabilidade Civil –
corporais, causados a terceiros durante a execução dos
Operação
serviços após a Fase de Modernização
Amparar os prejuízos por danos materiais causados ao parque
Riscos Operacionais de Iluminação Pública, decorrentes de acidentes súbitos e
imprevistos
Indenizar os prejuízos decorrentes de danos ao parque de
Iluminação Pública, ocasionados por acidentes súbitos e
Riscos de Engenharia imprevistos, durante o período de modernização,
considerando os serviços de instalação, montagem e testes,
exceto o funcionamento operacional
Fonte: Elaboração MODELO IP.

Para a modelagem econômico-financeira, foram consideradas as seguintes premissas referenciais para


estimativa dos custos relacionados aos seguros e garantias:
84

Tabela 91 – Premissas de Custos dos Seguros e Garantias


Seguro/Garantia Base de cálculo Taxa
Garantia de Execução do
5% do Valor do contrato 0,60% a.a.
Contrato
Seguro Responsabilidade Valor do Contrato para o
0,75% a.a.
Civil – Modernização período de modernização
Valor do Contrato para o
Seguro Responsabilidade
período de operação pós- 0,75% a.a.
Civil – Operação
modernização
Valor de Contrato
Riscos Operacionais 0,30% a.a.
proporcional a 1 ano.
CAPEX do período de
Riscos de Engenharia 0,20% a.a.
modernização
Fonte: Elaboração MODELO IP.
7.7.Verificador Independente
Para apoiar o Poder Concedente na fiscalização do Contrato da PPP, está prevista a contratação pela
Concessionária de uma empresa especializada (Verificador Independente – VI) conforme critérios de
seleção e regulamentação descrita no anexo do Contrato de Concessão.
Entre as principais atribuições do VI, pode ser citado:

• Elaborar o relatório de desempenho (incluindo aferição em campo dos indicadores), conforme o


Sistema de Mensuração de Desempenho descrito no anexo do Contrato;
• Calcular os pagamentos relacionados à Concessão, incluindo contraprestação mensal, índice de
reajuste anual, bônus sobre a conta de energia, compartilhamento de receitas acessórias;
• Acompanhar e emitir Termos de Aceite quanto aos principais marcos da Concessão, incluindo Planos,
implantação do CCO, Cadastro de IP, Marcos de Modernização, entre outros;
• Suportar o Poder Concedente em eventuais pleitos de reequilíbrio econômico-financeiro;
• Capacitação do Poder Concedente com base em conteúdos programáticos relacionados ao tema de
PPP/Concessões e o setor de iluminação pública;
• Atestar periodicamente o cumprimento pela Concessionária dos requisitos socioambientais da
International Finance Corporation - IFC, especificamente as provisões dos Padrões de Desempenho
sobre Sustentabilidade Socioambiental;
• Avaliar os Programas de Gestão Socioambiental implementados pela Concessionária;
• Entre outras atribuições previstas no Contrato de Concessão.
Considerando as premissas descritas acima para o escopo de atuação do Verificador Independente,
foram estimados valores mensais para remuneração do VI para cada Fase da PPP:
85

Tabela 92 – Despesa Mensal com Verificador Independente


Fase Valor Mensal
Setup8 R$ 75.000
Modernização9 R$ 50.000
Operação10 R$ 40.000
Capacitação11 R$ 7.285
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.

8
Na Fase de Setup não ocorre a medição conforme Sistema de Mensuração de Desempenho, mas o VI detalha os
procedimentos e formas de medição a serem executados e realiza o alinhamento deste processo junto ao Poder Concedente
e Concessionária.
9
Na Fase de Modernização é iniciado o processo de medição de desempenho, e adicionalmente também são emitidos alguns
Termos de Aceite, como referente aos marcos da modernização.
10
A Fase de Operação estará mais focada no acompanhamento do desempenho da Concessionária, mas também incluindo
termos de aceite quanto às atividades de expansão e apoio em pleitos de reequilíbrio econômico-financeiro.
11
Carga horária de 40 horas a cada 12 meses, com o primeiro treinamento sendo realizado ainda na fase de setup.
86

7.8.Resumo OPEX
Na tabela a seguir é apresentada uma visão resumida com as principais linhas de OPEX apresentadas neste relatório, e seus valores
estimados ao longo do prazo da PPP:
Tabela 93 – Valores de custos e despesas (OPEX)
Linha de Custos e Despesas Valor de OPEX (R$ mil) %
Estrutura Operacional 1.810 3,85%
Materiais de Manutenção 743 1,58%
Sistema de Telegestão 5.390 11,45%
Estrutura Administrativa 13.234 28,12%
Socioambiental 2.221 4,72%
Poda de Árvore 13.269 28,20%
Seguros e Garantias 1.980 4,21%
Verificador Independente 8.410 17,87%
Total 47.058 100,00%
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.
87

Tabela 94 – Valores de custos e despesas OPEX (em R$ mil)

Ano 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Estrutura Operacional 202 103 98 99 99 119 133 134 135 136 137 138 138 139

Materiais de Manutenção 4 40 57 57 57 58 58 58 58 59 59 59 59 60

Sistema de Telegestão 56 345 398 401 405 408 411 414 417 421 424 427 430 433

Estrutura Administrativa 1.094 1.082 914 915 917 918 919 921 922 924 925 926 928 929

Socioambiental 304 262 138 138 138 138 138 138 138 138 138 138 138 138

Poda de Árvore 570 897 942 949 957 965 972 980 987 995 1.002 1.010 1.018 1.025

Seguros e Garantias 115 180 163 159 156 152 148 144 139 135 130 125 120 115

Verificador Independente 872 655 574 574 574 574 574 574 574 574 574 574 574 574

Total (em R$ mil) 3.217 3.564 3.283 3.293 3.302 3.330 3.353 3.362 3.371 3.380 3.388 3.397 3.405 3.413
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores do mercado.
88

8.Custos e Despesas do Poder Concedente


Para a modelagem econômico-financeira foram avaliados e considerados os custos sob responsabilidade
da Prefeitura (Poder Concedente) durante o prazo da PPP, incluindo, além dos pagamentos previstos à
Concessionária (Contraprestação Mensal e Aporte Público):

• Custo com Energia Elétrica para IP;


• Taxa paga à Distribuidora de Energia pelo serviço de arrecadação da CIP;
• Remuneração da Instituição Financeira Depositária.
Nos tópicos a seguir são descritas as premissas consideradas para cada um dos itens citados acima.

8.1.Custos com Energia Elétrica


Para o cálculo dos custos com energia elétrica aplicou-se a seguinte fórmula:
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝐸𝐸 = [ 𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎_𝐼𝑃 × 𝐻𝑜𝑟𝑎𝑠 × 𝐷𝑖𝑎𝑠 ] × 𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎
Em que:
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝐸𝐸 (𝑅$) = Custo mensal da Prefeitura com conta de energia elétrica para IP;
𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎𝐼𝑃 (𝑘𝑊) = Somatório da carga (potência), em kilowatts (kW), de todos os componentes da
rede de IP, incluindo lâmpadas e perdas de equipamentos auxiliares, como reator e relé;
𝐻𝑜𝑟𝑎𝑠 (ℎ) = Horas de funcionamento diário do ponto de IP para fins de apuração do consumo de
energia;
𝐷𝑖𝑎𝑠 = Dias de funcionamento no mês, equivalente à quantidade de dias no mês;
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 (R$ / kWh) = Tarifa de energia elétrica utilizada pela Distribuidora de Energia para fins de
apuração da fatura de energia, incluindo impostos e bandeiras tarifárias.
Para o parâmetro da Carga de Iluminação Pública, utiliza-se como base o cadastro de IP inicial do
Município, o qual contempla o quantitativo de pontos de IP e respectivas potências; e equipamentos
auxiliares. Sobre este cadastro de IP aplica-se a meta de eficientização, conforme item 0, de forma
progressiva de acordo com a evolução da Fase de Modernização.
Para o consumo de energia, multiplica-se a Carga pelo tempo de funcionamento da rede de IP em cada
período, através dos dias do respectivo mês e as horas diárias de funcionamento conforme as diretrizes
apresentadas na Resolução Homologatória nº 2.590/2019 da ANEEL (13/08/2019), em que o tempo
teórico é de 11 horas e 27 minutos, equivalente a 11h27 horas por dia.
Em relação ao parâmetro da tarifa de energia, conforme detalhado no relatório de Situação Técnico-
Operacional, os custos relacionados são calculados a partir de tarifa de energia específica para a classe
de consumidor – iluminação pública:
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• Tarifa b4a: R$ 0,41198/ kWh (Sem impostos)


Fonte: RESOLUÇÃO HOMOLOGATÓRIA Nº 3.202, DE 23 DE MAIO DE 2023
• Tarifa b4a: R$ 0,42701727/ kWh (Com impostos)
• Impostos:
▪ICMS – 20%
▪PIS e COFINS: 3,65% (data referência: maio/23)

Adicionalmente à tarifa branca de energia elétrica (b4a) citada acima, o valor pago está sujeito à
incidência de bandeiras tarifárias conforme regramentos definidos pela ANEEL. A bandeira tarifária
pode ter alteração mensal, sendo os respectivos valores apresentados a seguir:

Tabela 95 – Adicional Bandeira Tarifária (sem impostos)


Bandeira Tarifária Adicional (R$/kWh)
Verde 0
Amarela 0,01874
Vermelha P1 0,03971
Vermelha P2 0,09492
Escassez Hídrica 0,14200
Fonte: CEMIG.
Para fins de projeção na modelagem econômico-financeira, do efeito das bandeiras tarifárias no custo
de energia, foi mapeado o histórico de incidência de bandeiras entre 2020 e 2022:
Tabela 96 – Histórico Bandeira Tarifária
Mês 2020 2021 2022
Janeiro Amarela Amarela Escassez Hídrica
Fevereiro Verde Amarela Escassez Hídrica
Março Verde Amarela Escassez Hídrica
Abril Verde Amarela Escassez Hídrica
Maio Verde Vermelha P1 Verde
Junho Verde Vermelha P2 Verde
Julho Verde Vermelha P2 Verde
Agosto Verde Vermelha P2 Verde
Setembro Verde Escassez Hídrica Verde
Outubro Verde Escassez Hídrica Verde
Novembro Verde Escassez Hídrica Verde
Dezembro Vermelha P2 Escassez Hídrica Verde
Fonte: ANEEL.
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A partir de todas as premissas previamente detalhadas nesta seção, é possível estimar o custo da conta
de energia elétrica para IP, a ser paga pela Prefeitura durante o prazo da PPP. A tabela abaixo apresenta
a projeção do consumo de energia elétrica (kWh) e os respectivos valores financeiros a serem pagos:
Tabela 97 – Custo Anual de Energia Elétrica com IP
Consumo de Energia Custo Anual
Ano
Elétrica (MWh) (R$ mil)
1 10.047 MWh R$ 5.964 mil
2 6.606 MWh R$ 3.921 mil
3 6.019 MWh R$ 3.573 mil
4 6.073 MWh R$ 3.605 mil
5 6.093 MWh R$ 3.617 mil
6 6.131 MWh R$ 3.639 mil
7 6.168 MWh R$ 3.661 mil
8 6.223 MWh R$ 3.694 mil
9 6.243 MWh R$ 3.706 mil
10 6.281 MWh R$ 3.728 mil
11 6.318 MWh R$ 3.750 mil
12 6.373 MWh R$ 3.783 mil
13 6.393 MWh R$ 3.795 mil
14 6.430 MWh R$ 3.795 mil
Fonte: Elaboração MODELO IP.

8.2.Taxa de serviço arrecadação da CIP


Conforme apresentado no relatório de Situação Técnico-Operacional, a distribuidora ainda cobra um
valor referente aos serviços de arrecadação da CIP. Este valor foi tratado na Resolução 1.000 da ANEEL,
mas tendo em vista a possibilidade de eventuais questionamentos judiciais, preferiu-se manter a
premissa da cobrança por parte das Distribuidoras. Para o Município o valor atual pago à Distribuidora
informado é de 0,5% do valor arrecadado da CIP, em conformidade com o contrato entre município e
distribuidora de energia.

8.3.Instituição Financeira Depositária


Para gestão das contas financeiras (Conta Vinculada, Conta Reserva e outras relacionadas à PPP), é
necessário a contratação uma instituição financeira independente. O custo deste serviço será de
responsabilidade da Prefeitura, e considerando projetos similares, foi estimado o custo mensal de R$
10.000,00.

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