Estudos de Engenharia - Araguari
Estudos de Engenharia - Araguari
1.Considerações Gerais
Este relatório apresenta o estudo de engenharia para a rede de Iluminação Pública de Araguari – Minas
Gerais, contendo os elementos referenciais de engenharia e a precificação dos investimentos e custos
operacionais envolvidos. Este produto irá apresentar:
• Modernização e Eficientização
▪ Projetos referenciais de engenharia com a descrição das soluções de engenharia e tecnologia
adotadas;
▪ Proposta para a expansão do parque de IP a fim de se atender à demanda reprimida, novas
demandas, pontos escuros, incluindo proposição de mecanismo para gestão da expansão do
parque.
• Iluminação Especial
▪ Proposta de projeto referencial de iluminação cênica para cada um dos bens públicos selecionados.
• Modelo de Operação
▪ Visão geral dos serviços a serem prestados pela Concessionária, incluindo o escopo de
modernização e eficientização, sistema de telegestão, iluminação especial, manutenção, entre
outros.
• Modelo de Investimentos
▪ Premissas para cada linha de investimento (CAPEX) para execução dos serviços no escopo da PPP.
• Modelo de Custos e Despesas
▪ Premissas para cada linha de custo operacional (OPEX) para execução dos serviços no escopo da
PPP.
Os estudos de engenharia foram construídos em conformidade com a Lei 11.079/2004 (Lei das PPPs),
especificamente o artigo 10 que define:
§ 4º Os estudos de engenharia para a definição do valor do investimento da PPP deverão ter nível de
detalhamento de anteprojeto, e o valor dos investimentos para definição do preço de referência para
a licitação será calculado com base em valores de mercado considerando o custo global de obras
semelhantes no Brasil ou no exterior ou com base em sistemas de custos que utilizem como insumo
valores de mercado do setor específico do projeto, aferidos, em qualquer caso, mediante orçamento
sintético, elaborado por meio de metodologia expedita ou paramétrica.
Salienta-se, ademais, que os estudos e levantamentos ora apresentados consistem em documentos
meramente indicativos com caráter referencial, sendo, destarte, de responsabilidade das Licitantes a
realização de seus próprios estudos para formatação de suas respectivas Propostas, quando do
procedimento licitatório.
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2.Sumário Executivo
Ao longo deste produto são detalhadas as principais premissas utilizadas no desenvolvimento do estudo
de engenharia. Por sua vez, nesse sumário são apresentados de forma sintética os principais números e
resultados deste relatório.
Nessa seção é apresentada uma visão geral da rede de IP no Município, a qual foi apresentada de forma
detalhada no relatório de Situação Técnico-Operacional. As principais fontes de informações para os
dados abaixo foram o cadastro de IP disponibilizado pelo Município e o trabalho de campo. As premissas
gerais consideradas para as simulações e para o projeto de engenharia são apresentadas ao longo deste
item.
Tabela 1 – Premissas Gerais
Premissa Valor
*Foi realizado um recadastramento do parque de IP pela empresa JVM Consultoria, a serviço da CEMIG DISTRIBUIÇÃO S/A, no
qual foi verificada a existência de 19.718 pontos de IP. No entanto, no momento da elaboração destes estudos técnicos, não
foram disponibilizados os dados de georreferenciamento do cadastro atualizado.
Com relação à distribuição dos pontos de IP do parque segundo a classe de iluminação para vias de
veículos, os resultados apresentaram a seguinte proporção:
Tabela 2 – Distribuição de classes de iluminação para veículos no parque futuro
Outro resultado do trabalho de campo foi a avaliação da situação atual de iluminação do parque de IP
em relação à Norma ABNT NBR 5101:2018. O resultado do trabalho indicou que um percentual muito
significativo do parque de IP está defasado quanto ao atendimento da norma, de modo que as soluções
que serão propostas no cenário futuro deverão compensar essa questão, uma vez que, mantendo a
tecnologia atual, a carga instalada deveria ser superior para que todas as vias estejam aderentes aos
parâmetros da Norma.
Em relação ao atendimento dos requisitos de iluminância e uniformidade para as classes de iluminação
das vias de veículos e das vias de pedestre, tem-se os resultados apresentados na tabela a seguir:
Tabela 3 – Atendimento aos requisitos de iluminância e uniformidade
Por fim, em relação ao atendimento dos níveis da Norma NBR 5101/2018, tanto para as vias de veículos
como para as de pedestres, o nível de atendimento deu-se conforme representado na tabela a seguir, que
descreve a amostra verificada in loco:
Classificação Viária (NBR 5101) Atende (%) Não Atende (%) Total (%)
Todas as Vias 13,39% 86,61% 100,00%
Arterial 1,57% 98,43% 100,00%
Coletora 97,64% 2,36% 100,00%
Local 13,39% 86,61% 100,00%
Fonte: Elaboração MODELO IP com base nos resultados do trabalho de campo.
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Atende Iluminância e Uniformidade
2
Não atende Iluminância e/ou Uniformidade
4
Além dos pontos de IP localizados nas vias do município, são previstos um quantitativo de pontos de IP
em Faixas de Pedestres e Ciclovias, conforme a seguir:
• Quantitativo de pontos de IP em Faixas de Pedestres: 1.000;
• Quantitativo de pontos de IP em Ciclovias: 107.
São previstos também, a instalação de equipamentos para provimento de Iluminação Especial nos
seguintes monumentos/locais:
Tabela 6 – Locais e monumentos para instalação de Iluminação Especial
Nº Local Localização
1 Palácio dos Ferroviários Praça Gaioso Neves, 129 – Bairro: Goiás
2 Igreja Matriz Bom Jesus da Cana Verde Praça Padre Nilo Tabuquini, 50 – Bairro: Centro
3 FAEC - Fundação Araguarina de Educação e Cultura Rua Virgílio de Melo Franco, 11 – Bairro: Centro
4 Casa da Cultura Abdala Mameri Rua Cel. José Ferreira Alves, 1098 – Bairro: Centro
5 Câmara Municipal de Araguari Rua Cel. José Ferreira Alves, 758 – Bairro: Centro
6 Colégio Berlaar Sagrado Coração de Jesus Rua Virgílio de Melo Franco, 513 – Bairro: Centro
7 Conservatório Estadual de Música Praça da Constituição, 120 Bairro: Centro
8 Igreja Nossa Senhora de Fátima Praça Augusto Diniz, 150 – Bairro: Fátima
9 Semente Esperança Rua Cel. José Ferreira Alves, 703 – Bairro: Centro
10 Escola Estadual Raul Soares Av. Tiradentes, 135 – Bairro: Centro
11 Cine Rex Praça Manoel Bonito, 142 – Bairro: Centro
12 Palace Hotel Praça Manoel Bonito, 164 – Bairro: Centro
13 Clube Recreativo Araguarino Praça Manoel Bonito, nº 180, 188, 204 – Bairro: Centro
14 Prédio Escola do Comércio (CIAC) Praça Getúlio Vargas, 65 – Bairro: Centro
15 Prédio antigo da CEMIG Rua Dr. Afrânio, 178 – Bairro: Centro
16 Bosque John Kennedy Av. Minas Gerais, s/n – Bairro: Centro
17 Superintendência de Água e Esgoto – SAE Av. Hugo Alessi, 50 – Bairro: Industrial
18 Aeroporto Santos Dumont Av. Santos Dumont, 300 – Parque Flamboyants
19 Associação Goiás Atlética Av. Joaquim Aníbal, 577 – Bairro: Rosário
20 Igreja Nossa Senhora do Rosário Praça do Rosário, s/n – Bairro: Rosário
21 Igreja de Nossa Senhora Aparecida – Santa Helena Rua. Jaime Gomes, 1665 – Bairro: Santa Helena
22 Igreja de Nossa Senhora Aparecida - Amanhece Rua Cel. Filadélfio, 35 – Distrito: Amanhece
Fonte: Elaboração Modelo IP.
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Parâmetro Valor
Consumo Mensal Atual de Energia Elétrica para IP 919 MWh
Redução Mensal no Consumo do Parque de IP 557 MWh
Redução Mensal da Emissão de CO2 52 tCO²
Redução Anual da Emissão de CO2 629 tCO²
Fonte: Elaboração Modelo IP.
Na Tabela 9 são apresentados os valores monetários relacionados à implantação das tecnologias e das
atividades de eficientização e modernização do parque de IP do Município para a operacionalização da
PPP.
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Por sua vez, na Tabela 10 são abordados os valores monetários relacionados à operação e manutenção
da rede de IP e os serviços associados à PPP sob responsabilidade da Concessionária.
Tabela 10 – Valores de custos e despesas (OPEX)
*Foi realizado um recadastramento do parque de IP pela empresa JVM Consultoria, a serviço da CEMIG DISTRIBUIÇÃO S/A, no
qual foi verificada a existência de 19.718 pontos de IP. No entanto, no momento da elaboração destes estudos técnicos, não
foram disponibilizados os dados de georreferenciamento do cadastro atualizado.
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Com relação à distribuição dos pontos de IP do parque segundo a classe de iluminação para vias de
veículos, os resultados apresentaram a seguinte proporção:
Tabela 12 – Distribuição de classes de iluminação para veículos no parque futuro
Classe de Iluminação de Veículos % do parque de IP
V1 0,00%
V2 8,12%
V3 12,75%
V4 72,75%
V5 0%
Praça/Bosque/Campo 6,38%
Total 100,00%
Fonte: Classificação viária definida pela prefeitura, aplicada ao cadastro de IP e resultados das vistorias em campo,
adaptada para a projeção do parque futuro.
No escopo desta PPP, não será considerada a implantação de Iluminação Pública com os parâmetros de
vias V5, os projetos luminotécnicos bem como o nível de atendimento dos pontos de IP a serem
instalados, atenderão no mínimo à classificação V4. Da mesma forma para a Iluminação de Pedestres,
não será considerada a implantação da classe P4, sendo como parâmetro mínimo a classe P3.
No Diagnóstico Técnico Operacional, está apresentada a classificação viária e distribuição das classes
conforme encontrada durante a elaboração dos estudos, mas para fins de modelagem e estudos técnicos
de engenharia (elaboração do CAPEX, OPEX, e simulações luminotécnicas) portanto, será considerada
esta classificação viária já adaptada, contendo os pontos IP em vias V5 somada aos pontos de vias V4, e
pontos IP em passeios P4 somada aos pontos de passeios P3, que será a caracterização do parque futuro.
Outro resultado do trabalho de campo foi a avaliação da situação atual de iluminação do parque de IP
em relação à normatização amplamente utilizada no Brasil, a Norma 5101/2018. O resultado do trabalho
indicou que um percentual relativamente significativo do parque de IP está defasado quanto ao
atendimento da Norma 5101/2018, de modo que as soluções que serão propostas no cenário futuro
deverão compensar essa questão, uma vez que, mantendo a tecnologia atual, a carga instalada deveria
ser inferior para que todas as vias estejam aderentes aos parâmetros da Norma.
Em relação ao atendimento dos requisitos de iluminância e uniformidade para as classes de iluminação
das vias de veículos e das vias de pedestre, tem-se os resultados apresentados na tabela a seguir:
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Por fim, em relação ao atendimento dos níveis da Norma NBR 5101/2018, tanto para as vias de veículos
como para as de pedestres, o nível de atendimento deu-se conforme representado na tabela a seguir, que
descreve a amostra verificada in loco:
Tabela 14 – Nível de Atendimento à Norma NBR 5101 conforme classificação viária
Classificação Viária (NBR 5101) Atende (%) Não Atende (%) Total (%)
Todas as Vias 13,39% 86,61% 100,00%
Arterial 1,57% 98,43% 100,00%
Coletora 97,64% 2,36% 100,00%
Local 13,39% 86,61% 100,00%
Fonte: Elaboração MODELO IP com base nos resultados do trabalho de campo.
Em relação a avaliação da qualidade do parque de iluminação pública com base nos dados existentes,
dados levantados e análises de campo, tendo como referência a aderência em relação às recomendações
da norma ABNT NBR 5101/2018, consta-se que mesmo com o parque com um índice elevado de
luminárias LED, os requisitos na norma de iluminância e uniformidade são atendidos, estando na média
dos municípios brasileiros.
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Atende Iluminância e Uniformidade
4
Não atende Iluminância e/ou Uniformidade
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3.3.1.Portaria INMETRO
A Portaria nº 62 do INMETRO (substituindo e revogando a Portaria nº 20) estabelece requisitos técnicos
da qualidade e os requisitos de avaliação da conformidade para luminárias para a iluminação pública
viária, as quais as Luminárias LED consideradas no Estudo de Engenharia são enquadradas.
Esta Portaria estabelece alguns requisitos mínimos para Luminárias LED:
Para o projeto, foram avaliadas luminárias com TCC nas faixas de 3.000K e 4.000K, portanto em tom mais
quente que a “luz branca natural”, ou seja, aquela que é emitida pelo sol em céu aberto ao meio-dia,
cuja temperatura de cor é de 5.000K ou superior.
A recomendação é que nas vias de médio e baixo fluxo (Vias Locais, majoritariamente) sejam instalados
equipamentos com TCC de 3.000K, enquanto nas vias de alto fluxo (Vias Principais: V1, V2, V3) TCC de
4.000K.
Diversas normativos internacionais já trazem como exigência a instalação de equipamentos com TCC de
até 3.000K em vias públicas. Os principais motivos quanto a esta proposta são:
3.3.5.Poluição Luminosa
De acordo com a Norma 5101/2018, a poluição luminosa pode ser entendida como “o desperdício de
energia, provocado por luminárias, instalações e projetos ineficientes e mal elaborados”. Devem ser
adotadas estratégias que minimizem a poluição luminosa e os possíveis impactos ambientais pela
iluminação pública no Município.
Os efeitos produzidos por projetos superdimensionados ou sem o correto controle de dispersão de luz
podem acarretar iluminação inadequada e mal utilizada, com potenciais prejuízos ao conforto dos
usuários do espaço público e dos edifícios lindeiros (edificação que se localiza às margens da via pública),
à capacidade de observação do céu noturno (estudos astronômicos) e à fauna e flora urbana.
Propõe-se fazer uso de iluminação que gere baixa emissão de luz acima do eixo horizontal, visando
respeitar a fotometria indicada e gerar uma iluminação compatível com as restrições ambientais do
entorno, priorizando o conforto humano e a visibilidade noturna.
Deve ser destacado que as luminárias utilizadas em lâmpadas de tecnologias convencionais (vapor de
sódio e vapor metálico, por exemplo) não trazem o melhor direcionamento possível para o fluxo
luminoso, e um projeto luminotécnico com Luminária LED facilita o direcionamento do fluxo luminoso,
permitindo que apenas os locais necessários sejam iluminados.
Na Figura 6, a seguir é possível verificar os níveis de poluição luminosa no Município:
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Fonte: www.lightpollutionmap.info.
• Tipo de posteação;
• Distância entre postes;
• Largura da Via;
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• Largura da Calçada;
• Classe de Iluminação de Veículos (Norma 5101/2018);
• Classe de Iluminação de Pedestres (Norma 5101/2018).
Por sua vez, os parâmetros a seguir são considerados variáveis, tendo em vista a maior flexibilidade e o
menor custo:
Fonte: Dialux.
3.3.7.Curvas Fotométricas
As curvas fotométricas, por definição, são as curvas de distribuição da intensidade luminosa de uma
fonte em diversas direções no espaço. Cada fonte luminosa possui uma curva particular de distribuição
de luz. A forma como a luminária projeta essa distribuição de luz de uma determinada fonte, é
apresentada por meio dessas curvas fotométricas, a qual impacta diretamente nos resultados dos
indicadores luminotécnicos, tendo em vista o fluxo luminoso, sua direção e intensidade.
Como a curva fotométrica é particular de cada lâmpada no mercado, variando de acordo com o
fabricante, potência, modelo e posicionamento das lentes, foram coletados junto aos principais
fornecedores de luminárias LEDs do mercado, as curvas fotométricas que foram utilizadas nas
simulações do Estudo de Engenharia.
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Os resultados de iluminância sobre as curvas fotométricas são impactados pelo fator de manutenção das
fontes luminosas. O fator definido representa o desempenho da lâmpada ao final da sua vida útil sendo
informado pelo fabricante da lâmpada e caracterizado pelo percentual a ser aplicado no desempenho
das fontes luminosas considerando a sua depreciação ao longo do tempo. Com o objetivo de garantir o
atendimento aos níveis de iluminância e uniformidade especificados ao longo de toda a vida útil da fonte
luminosa, este fator é considerado na avaliação dos resultados das simulações, tendo como referência
o valor indicado pelo próprio fabricante.
Adicionalmente, foi avaliada a Norma ABNT NBR 5101:2018, a qual define no tópico 5.5.2:
“5.2.2 A fim de manter estes valores recomendados de iluminância, devem ser
adotados esquemas de manutenção que estejam pelo menos iguais aos
assumidos no projeto de instalação da iluminação. A eficiência das lâmpadas na
data de substituição pode ser determinada pelos dados publicados pelos
fabricantes.”
• Iluminância Média Mínima: representa a quantidade de luz que atinge uma área da superfície, aferida
em lux (lx). O nível de iluminância é calculado a partir da média aritmética das medições em um plano
horizontal no vão entre dois postes.
• Fator de Uniformidade Mínimo: representa a homogeneidade da luz que atinge uma área da
superfície. O nível de uniformidade é calculado a partir da razão entre o valor mínimo e o valor médio
dos níveis de iluminância medidos em um plano horizontal no vão entre dois postes.
Para o desenvolvimento dos estudos de engenharia e realização das simulações luminotécnicas, foram
considerados os seguintes requisitos, conforme as classes de iluminação da via (V – Veículos e P –
Pedestres):
Tabela 16 – Requisitos de Iluminância e Uniformidade
Classe de Iluminação Iluminância Média Mínima Fator de Uniformidade Mínimo
[Emed,min (lux)] [U = Emín / Emed]
V1 30 0,4
V2 20 0,3
V3 15 0,2
V4 10 0,2
P1 20 0,3
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Em relação à iluminação das praças e parques, não existe uma padronização de configuração da rede de
iluminação pública ou de características construtivas nestes equipamentos urbanos, de modo que a
simulação luminotécnica como uma iluminação viária não seria aplicado, tendo em vista que além da
iluminação das áreas de circulação dos pedestres, também deve ser avaliado a iluminação dos outros
elementos presentes no local, como árvores, bancos, quadras, campos e monumentos.
Para fins do estudo de engenharia foi utilizada como metodologia a equivalência do fluxo luminoso entre
a situação atual (tecnologia tradicional com vapor de sódio, por exemplo) e a situação futura (luminárias
LED), para que seja mantida a proposta existente no local para a iluminação, mas também deve ser
assegurado o atendimento ao nível mínimo de classe de iluminação de pedestres equivalente a P2. A
equivalência luminotécnica é obtida a partir da relação entre a potência e eficiência luminosa das
luminárias instaladas atualmente e o comparativo com a proposta futura com equipamentos mais
eficientes.
3.4.1.Simulações
Assim como apresentado acima, as plantas esquemáticas a seguir apresentam os modelos para
simulação de acordo com o tipo de posteação:
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Com o objetivo de alcançar um maior nível de eficientização para o parque futuro de IP, considerou-se
na análise de engenharia a modificação de parâmetros de montagem variáveis (altura da luminária e
tamanho do braço), proporcionada pela substituição do braço limitado a até 5,5 metros de projeção e
aumento ou redução da altura da luminária em no máximo 0,5 metro, para os pontos em que esta
alteração resultou em redução da potência projetada para a luminária LED, em comparação com a
situação sem ajustes destes parâmetros de montagem variáveis.
Os resultados para a variação dos parâmetros de montagem considerados no estudo de engenharia são
apresentados nas tabelas a seguir:
Tabela 19 – Resultado de engenharia da Rede de IP do município (substituição braço IP)
Além dos ajustes de parâmetros detalhados acima, o estudo de engenharia também apresenta um
cenário em que deve ser considerada a implantação de novos pontos de IP em vias que já apresentam
iluminação, mas não possuem os parâmetros que possibilitem o atendimento à Norma 5101,
principalmente devido à combinação entre o elevado distanciamento entre postes e exigências altas de
iluminância e uniformidade.
Nesses locais, serão previstos novos pontos de IP a serem instalados pela Concessionária de Iluminação
Pública durante a modernização do parque de IP, incluindo a instalação do poste exclusivo. É importante
frisar que a implantação de novos pontos com esta finalidade não está relacionada à expansão da rede
de IP, mas sim à atividade de modernização e eficientização.
A partir das simulações de engenharia, foi possível estimar a demanda por novos pontos que devem ser
instalados para eliminar os pontos escuros, extrapolando-se a análise realizada na amostra vistoriada em
campo.
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Nesses locais, serão previstos novos pontos de IP a serem instalados pela Concessionária de Iluminação
Pública durante a modernização do parque de IP, incluindo a instalação do poste exclusivo. É importante
frisar que a implantação de novos pontos com esta finalidade não está relacionada à expansão da rede
de IP, mas sim à atividade de modernização e eficientização.
Tabela 21 – Previsão de novos pontos para atendimento à pontos escuros
Nos pontos de IP analisados na amostra não foram encontradas áreas escuras, visto que os valores de
distância unilateral coletados foram no máximo de 45 metros, entretanto, caso durante a coleta do novo
cadastro de IP completo a ser feita na primeira fase da concessão, for encontrado pontos escuros estes
deverão passar por adequações até o cumprimento dos níveis previstos na Norma ABNT NBR 5101:2018.
Os resultados apresentados ao longo deste item são referentes a todo o parque de IP, mas para que seja
possível o desenvolvimento de análises na modelagem econômico-financeira quanto à distribuição dos
pontos de IP por classes de iluminação, faseamento da etapa de modernização, entre outros aspectos,
na tabela a seguir são apresentados os resultados acima de forma segregada entre os principais grupos,
utilizando a média dos resultados dos cenários avaliados.
Tabela 22 – Resultado de engenharia por grupo
A mesma divisão descrita na tabela anterior foi calculada para a distribuição das Luminárias LED por faixa
de potência, conforme apresentado a seguir:
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Tabela 23 – Quantidade de lâmpadas por faixa de potência por grupo do melhor cenário
Vias Principais Outras Vias
Faixa de Potência (W) Todas as Vias
(V1, V2, V3) (V4, Praças, etc.)
Até 30W 40,00% 0,00% 50,55%
31 a 50 W 39,71% 2,78% 49,45%
51 a 67 W 3,19% 15,28% 0,00%
68 a 97 W 11,88% 56,94% 0,00%
98 a 137 W 5,22% 25,00% 0,00%
138 a 180 W 0,00% 0,00% 0,00%
181 a 239 W 0,00% 0,00% 0,00%
Acima de 240 W 0,00% 0,00% 0,00%
Total 100,00% 100,00% 100,00%
Fonte: Elaboração MODELO IP.
Quanto a vida útil considerada das luminárias utilizadas na modelagem, foi feito o cálculo da média
ponderada do parque futuro com base nos dados das simulações, conforme Anexo_IX_Premissas
Técnico-Operacionais e de Engenharia_Manual_Araguari, e o Catálogo de Fornecedores. No melhor
cenário encontrado e de acordo com o utilizado na modelagem econômico-financeiro, tem-se:
• 317 pontos de IP da amostra foram atendidos com luminárias, de 20 a 70 W, cuja vida útil é de
78.000 horas;
• 28 pontos de IP da amostra foram atendidos com luminárias, de 80 a 150 W, cuja vida útil é de
84.000 horas.
(317 ∗ 78.000) + (28 ∗ 84.000)
𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙 𝑃𝑜𝑛𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎 =
345
Portanto, considerando-se a equação anterior, chega-se à conclusão de que a vida útil média ponderada
do parque futuro modelado é de 78.486,96 horas. Levando-se em consideração que o parque opera
11h27min por dia (11,45 horas), infere-se que a vida útil projetada referencialmente para o parque será
de 18,8 anos, cerca de 4,8 anos a mais que o prazo de concessão utilizado no projeto (14 anos).
Para estimativa do potencial de redução na emissão de CO2 com a implementação da PPP, foram
avaliados dados históricos dos últimos 36 meses, já divulgados, que correlacionam a emissão de CO2 ao
consumo de energia:
Tabela 24 – Histórico Consumo Energia Elétrica e Emissão CO2
Considerando os valores detalhados na tabela acima, a média mensal na redução de CO2 seria:
Tabela 25 – Redução Emissão CO2 pelo consumo de energia elétrica
Parâmetro Valor
Consumo Mensal Atual de Energia Elétrica para IP 919 MWh
Redução Mensal no Consumo do Parque de IP 557 MWh
Redução Mensal da Emissão de CO2 52 tCO²
Redução Anual da Emissão de CO2 629 tCO²
Fonte: Elaboração MODELO IP.
3.5.Faixas de Pedestres
Uma intervenção que também foi avaliada para inclusão no escopo de modernização e eficientização da
rede de IP do Município é a instalação de iluminação pública específica para faixas de pedestres, de modo
a promover maior segurança das pessoas e motoristas quando da circulação nas vias públicas em horário
noturno.
Os níveis exigidos para a iluminação média mínima vertical variam conforme a classe de iluminação de
veículos da via, e seguem os parâmetros adotados no 1.3.4_MSI_Setup_Caderno de Encargos.
Tabela 26 – Requisitos para Faixas de Pedestres
Através do Dialux foi avaliado como parte do estudo de engenharia os resultados luminotécnicos para
as faixas de pedestres em atendimento aos requisitos de iluminação previamente indicados. A imagem
a seguir ilustra o estudo desenvolvido:
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A partir dos estudos elaborados foi possível identificar a potência das Luminárias LED a serem instaladas
para assegurar o atendimento aos requisitos de iluminação previstos. O resultado apresentado a seguir
considera o cenário para atendimento ao índice de iluminância vertical mínimo de 20,00 lux, para
diferentes cenários de largura da via:
Tabela 27 – Resultado de engenharia para Faixas de Pedestres
Largura da via Largura da via
Resultado Média (W)
até 8,0m (W) até 12,0m (W)
1° Fornecedor 30,00 30,00 30,00
2° Fornecedor 22,00 24,00 23,00
3° Fornecedor 30,00 30,00 30,00
Média Fornecedores 27,33 28,00 27,66
Fonte: Elaboração MODELO IP.
Verifica-se que o melhor cenário, seguindo o critério de menor potência, é o que considera a aplicação
do segundo fornecedor. Como forma de dimensionamento da quantidade de Faixas de Pedestres para
implantação de uma iluminação exclusiva, foi considerado o quantitativo informado pela Prefeitura de 500
(quinhentas) unidades. Seguindo a metodologia de 2 pontos IP por faixa de pedestre, foram considerados
1.000 pontos de IP para Faixas de Pedestres que foram atribuídos a estas simulações.
3.6.Ciclovias e Ciclofaixas
A modernização e eficientização detalhada ao longo deste relatório apresenta um direcionamento para
a iluminação viária, sob a ótica de veículos e pedestres, mas também contemplado a iluminação de
praças, parques e faixas de pedestres. Deste modo, entende-se como relevante a análise quanto à
iluminação específica das áreas voltadas para os ciclistas.
Primeiramente devem estar claras as definições e diferenciação entre ciclovia e ciclofaixa, pois os
requisitos de iluminação para estas áreas são específicos:
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• Ciclovia: pista própria destinada à circulação de ciclos, separada fisicamente do tráfego comum, sendo
uma área em nível ou desnível com relação à pista de rolamento, e separado por elemento físico
segregador, tais como: canteiro e área verde.
• Ciclofaixa: parte da faixa de rolamento ou calçada destinado à circulação exclusiva de ciclos delimitada
por sinalização viária, podendo ter piso diferenciado e ser implantada no mesmo nível da pista de
rolamento ou da calçada.
3.6.1.Requisitos de Iluminação para Ciclovias e Ciclofaixas
Para iluminação das ciclovias e ciclofaixas, seguindo as melhores práticas de normas nacionais e
internacionais, será exigido o atendimento aos índices de iluminância média mínima e fator de
uniformidade mínimo, cujos conceitos já foram previamente detalhados no item 3.3.8.
Considerando as diferenciações entre ciclovias e ciclofaixas, e a convivência dos ciclos nesta última de
forma mais próxima aos veículos, e consequentemente, um maior risco à segurança de todos utilizando
as vias, faz-se necessária a exigência de requisitos luminotécnicos distintos.
Os níveis exigidos para a iluminação média mínima e fator de uniformidade mínimo variam conforme a
classe de iluminação e a aplicação do sistema:
Tabela 28 – Requisitos para Ciclovias e Ciclofaixas
Aplicação CLASSE DE Iluminância Média Fator de Uniformidade
ILUMINAÇÃO Mínima Mínimo
Ciclovias [Emed,min (lux)] [U = Emín / Emed]
Ciclofaixas C1 15 0,2
Ciclovias C2 10 0,2
Fonte: Elaboração MODELO IP.
Em relação ao indicador da Temperatura de Cor Correlata (TCC), com o objetivo de manter uma
padronização na iluminação ao longo da via, é recomendado que a TCC da iluminação das ciclovias e
ciclofaixas seja a mesma prevista para a via.
3.6.2.Estudo Referencial para Ciclovias
A referência adotada para iluminação de ciclovias é semelhante à iluminação das vias de veículos, mas
neste caso será previsto a instalação postes exclusivos para a iluminação das ciclovias ao longo de sua
extensão. Para as ciclovias, portanto, é proposto que sejam instaladas estruturas para iluminação ao
longo de todo o trecho da ciclovia, conforme ilustrado a seguir:
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Através do Dialux foi avaliado como parte do estudo de engenharia os resultados luminotécnicos para
as ciclovias em atendimento aos requisitos de iluminação previamente indicados.
A partir dos estudos elaborados foi possível identificar a configuração recomendada para a instalação da
iluminação através de postes com distanciamento de 20,0 metros entre eles e altura de montagem das
luminárias de 6,0 metros. Para a potência das Luminárias LED, os resultados foram os seguintes,
considerando o atendimento aos requisitos de iluminação para a Classe de Iluminação C2:
Tabela 29– Resultado de engenharia para Ciclovias
Resultado Potência Luminária LED (W)
1° Fornecedor 30
2° Fornecedor 22
3° Fornecedor 30
Média Fornecedores 27,33
Fonte: Elaboração MODELO IP.
Verifica-se que o melhor cenário, seguindo o critério de menor potência, é o que considera a aplicação
do segundo fornecedor.
Como forma de dimensionamento da quantidade de pontos de IP a serem instalados em ciclovias, foi
realizado um mapeamento em conjunto com a equipe da Prefeitura, sobre as ciclovias instaladas no
Município e análises qualitativas quanto à necessidade de instalação de iluminação exclusiva.
Para fins de projeto, a Prefeitura indicou a existência de 2.149 metros de ciclovia com necessidade de
iluminação específica. Considerando a instalação de novo ponto a cada 20 metros de comprimento,
chega-se à necessidade de instalação de 107 novos pontos de IP para o atendimento da demanda. Foi
indicada pela Prefeitura a extensão de aproximadamente 12,23 km de ciclofaixas existentes no
Município. Entende-se, no entanto, que a iluminação viária suprirá a demanda de fluxo luminoso de tais
ciclofaixas, não se fazendo necessária iluminação exclusiva.
34
4.Iluminação Especial
Este item possui o objetivo de propor diretrizes mínimas para os projetos de Iluminação Especial (IE)
voltados para bens culturais do município e encontram-se dispostos ao longo deste documento. Serão
apresentados os requisitos mínimos a serem atendidos quando da elaboração e execução dos projetos
luminotécnicos.
As informações apresentadas neste documento não substituem a necessidade de realização de
medições técnicas, elaboração de projetos luminotécnicos, simulações em software e alocação de
quaisquer recursos, ferramentas e profissionais necessários para definição dos quantitativos e
especificações exatas das luminárias e demais equipamentos, bem como a submissão de projetos à
validação por órgão(s) específico(s) responsável(is) pelos patrimônios culturais edificados e paisagem
urbana da cidade.
Para a definição do escopo e das diretrizes que servirão como guia para a elaboração dos estudos para
a PPP de IP, foram considerados como principais critérios:
4.1.Diretrizes Gerais
A seguir são apresentadas as diretrizes gerais relacionadas à IE para o contexto do município, as quais
são consideradas como complementares às diretrizes previamente descritas no item 3.3.
Proporcionar a legibilidade do bem e do sítio onde está inserido
A iluminação de uma paisagem, edificação ou monumento, deve ser implantada de modo a comunicar
de maneira legível ao usuário o contexto histórico, a originalidade e as singularidades do bem a ser
destacado. Os elementos de iluminação, nesse contexto, funcionam como instrumentos que facilitam o
entendimento e reconhecimento das paisagens urbanas, bem como dos volumes, do cromatismo e das
texturas dos materiais das fachadas e monumentos. A legibilidade no contexto contemporâneo também
36
está relacionada à maneira que o bem é observado: a velocidade nos deslocamentos do espectador
influencia o fluxo das trocas simbólicas entre observador e objeto e, portanto, faz-se necessário analisar
o contexto em que o monumento está inserido para que a Iluminação especial transmita com clareza as
intenções desejadas.
Valorizar, ordenar e hierarquizar o bem
O ato de iluminar os elementos de uma paisagem urbana constitui uma representação de valorização e
preservação do monumento histórico. No contexto de valorização do patrimônio, os artifícios da IE
assumem protagonismo, uma vez que possibilitam manipular o olhar do observador e,
consequentemente, garantem aos bens destacados diferentes graus de importância na paisagem
urbana. Portanto, devem ser utilizados recursos como a temperatura da cor, quantidade de luz
direcionada, tecnologia e design dos equipamentos disponíveis no mercado para ordenar o cenário
noturno e hierarquizar os monumentos nele inseridos.
Respeitar as especificidades dos bens e das paisagens a serem destacados
A paisagem é um recorte visual emoldurado no imaginário do observador, que constrói a partir dali suas
referências no ambiente urbano. A iluminação funciona como o meio maleável que sensibiliza os
sentidos e reforça a identidade da cidade. Deve, portanto, ser capaz de comunicar ao espectador a
história e as tradições desses cenários tendo como princípio o respeito às tipologias e intenções das
edificações e monumentos presentes nele, os usos para que são destinados, a relevância no âmbito
municipal e regional e o contexto histórico em que foram construídos, sem interferir na leitura do
observado como um falso artístico ou falso histórico.
Evitar que os elementos de iluminação chamem para si atenção indevida e causem danos à estrutura
física da construção e ao usuário do espaço público
Os elementos de iluminação devem compor a paisagem urbana de forma coadjuvante, salvo os casos
em que eles representam algum simbolismo no cenário urbano, ou aqueles instalados provisoriamente
para atender a uma necessidade esporádica. A fixação de elementos nos monumentos e nas fachadas
das edificações deve ser realizada de maneira a garantir a integridade física das construções, com
eventual necessidade de aprovação prévia por órgãos competentes. Os elementos de iluminação
instalados soltos à estrutura física dos bens não devem comportar-se como obstáculos físicos,
prejudiciais à circulação do espaço público, ou visuais, lesivos à leitura da paisagem urbana.
Mitigar potenciais ações de vandalismo
A escolha dos elementos de IE deve priorizar a aplicação de elementos fora do alcance dos pedestres.
Para os equipamentos de maior acessibilidade aos usuários do espaço público, deve ser observada a
aplicabilidade de acessórios de proteção como gradis, caixas de concreto, dentre outros, de acordo com
o uso do espaço.
37
de cor variável entre 3000K e 4000K, fluxo luminoso de até 4500lm, índice de reprodução de cor (IRC)
mínimo de 80 e índice proteção mínima equivalente IP20.
EMPIE06 – Luminária de uso Interno de alta intensidade: Equipamento de uso interno, utilizado para
iluminação geral de ambientes internos ou protegidos de equipamentos urbanos que tenham
permeabilidade visual, a exemplo de coretos e quiosques, ou que compõem a volumetria externa de
edificações, a exemplo de marquises e varandas. Possuem morfologias variadas e são indicados como
parte integrante dos postes decorativos instalados em praças e trajetos pedonais do município. Os
requisitos mínimos para estes equipamentos são: tecnologia LED, de temperatura de cor variável entre
3000K e 4000K, com fluxo luminoso de 4501lm a 10000lm, com índice de reprodução de cor (IRC) mínimo
de 80 e índice proteção mínima equivalente IP20.
EMPIE07 – Luminária viária: Equipamento de uso externo utilizado para a iluminação de vias públicas,
estacionamentos, parques e praças. Os requisitos mínimos para estes equipamentos são: tecnologia LED,
certificada na Portaria nº 62 do INMETRO, temperatura de cor variável entre 3000K e 4000K, que
permitam controle e automação, índice de reprodução de cor (IRC) mínimo de 70 e índice de proteção
mínima equivalente a IP65 e IK08.
EMPIE08 – Poste Balizador: Equipamento de uso externo utilizado para delimitar caminhos e orientar o
observador, usualmente dispostos ao longo de trajetos pedonais e jardins. Os requisitos mínimos para
estes equipamentos são: estruturas compostas por aço ou alumínio de altura até 1000mm com luminária
acoplada e suporte em piso. Ademais, indica-se equipamentos com temperatura de cor variável entre
3000K e 4000K, com índice de reprodução de cor (IRC) mínimo de 70 e índice de proteção mínima
equivalente a IP65.
EMPIE09 – Projetor de baixa Intensidade: Equipamento de uso externo utilizado para a iluminação de
fachadas, equipamentos urbanos, monumentos e elementos decorativos e arbóreos. Os requisitos
mínimos para estes equipamentos são: tecnologia LED, compostos por corpo em alumínio ou aço
galvanizado, difusor em vidro temperado, policarbonato ou acrílico, de diferentes tipos de fotometria e
ângulos de abertura, temperatura de cor variável entre 3000K, 4000K e RGBW, com fluxo luminoso de
até 6.000lm, que permitam controle e automação, com índice de reprodução de cor (IRC) mínimo de 80
e índice de proteção mínima equivalente a IP66 e IK08.
EMPIE10 – Projetor de média Intensidade: Equipamento de uso externo utilizado para a iluminação de
fachadas, equipamentos urbanos, monumentos e elementos decorativos e arbóreos. Os requisitos
mínimos para estes equipamentos são: tecnologia LED, compostos por corpo em alumínio ou aço
galvanizado, difusor em vidro temperado, policarbonato ou acrílico, de diferentes tipos de fotometria e
ângulos de abertura, temperatura de cor variável entre 3000K, 4000K e RGBW, com fluxo luminoso
variando entre 6001lm a 25000lm, que permitam controle e automação, com índice de reprodução de
cor (IRC) mínimo de 80 e índice de proteção mínima equivalente a IP66 e IK08.
EMPIE11 – Projetor de alta Intensidade: Equipamento de uso externo utilizado para a iluminação de
fachadas, equipamentos urbanos, monumentos e elementos decorativos e arbóreos. Os requisitos
mínimos para estes equipamentos são: tecnologia LED, compostos por corpo em alumínio ou aço
39
EMPIE17 – Braço: Acessório de uso externo utilizado como suporte de luminárias a uma determinada
distância do eixo da coluna. Os requisitos mínimos para estes equipamentos são: braços para IP em aço
galvanizado.
EMPIE18 – Grade antifurto: Acessório de uso externo utilizado como proteção contra ações de
vandalismo. Os requisitos mínimos para estes equipamentos são: uso de gradis mimetizados na
paisagem e que não comprometam os fachos luminosos dos equipamentos de IE.
EMPIE19 – Poste: Acessório de uso externo utilizado como suporte para luminárias e projetores. Os
requisitos mínimos para estes equipamentos são: postes retilíneos com alturas e sistemas de fixação
compatíveis com o uso e configuração do espaço urbano onde serão instalados, e que atendam às
regulamentações dispostas na NBR-14744.
Os itens apresentados a seguir contemplam as diretrizes específicas elaboradas para cada localidade
objeto de análise como Iluminação Especial, respeitando suas singularidades e o contexto urbano onde
estão inseridos. Para cada local são apresentados, além das diretrizes, os quantitativos mínimos e
especificações dos equipamentos de iluminação considerados.
No que diz respeito aos equipamentos de iluminação, são propostas faixas de valores para o fluxo
luminoso, considerando que a definição de potências não seria adequada pela variação na eficiência
luminosa entre os equipamentos de diferentes fornecedores e sua evolução ao longo dos anos. Em
relação às faixas, entende-se como uma solução mais recomendável para definição de diretrizes mínimas
para os futuros projetos de Iluminação Especial em cada bem público, pois traz uma flexibilidade para a
Prefeitura quando da análise e validação do projeto apresentado pela Concessionária.
Com disseminação das campanhas onde uma cor é vinculada a um mês para conscientização no combate
a doenças e problemas na sociedade, onde o poder público tem um grande engajamento. Optou-se pelo
uso de projetor em LED RGB (Red-Green-Blue), que possui em um mesmo encapsulamento três LEDs
com as cores primárias - vermelho (Red), verde (Green) e azul (Blue). Misturando-se as três e mudando
suas intensidades individualmente, podemos fazer qualquer cor do espectro visível. A seguir, é
apresentado a lista com os meses e suas principais cores e alertas dos problemas de saúde:
41
São propostos para o Palácio do Ferroviários, os equipamentos de iluminação voltados para a fachada
frontal com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:
São propostos para a Igreja Matriz Bom Jesus da Cana Verde, os equipamentos de iluminação voltados
para a fachada frontal e laterais esquerda e direita, com o objetivo de cumprir com as premissas
apresentadas a seguir:
Tabela 33 – Descrição e quantitativo de equipamentos de IE para a.Igreja Matriz Bom Jesus da Cana Verde
Igreja Matriz Bom Jesus da Cana Verde
Código Equipamento Quantidade:
EMPIE03 Embutido de Solo 3000K 6
EMPIE10 Projetor 3000/4000K (Média Intensidade) 6
EMPIE12 Projetor Linear 3000/4000K (Baixa Intensidade) 36
Fonte: Elaboração MODELO IP.
São propostos para a FAEC, os equipamentos de iluminação voltados para a fachada frontal e laterais
com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:
São propostos para a Casa da Cultura Abdala Mameri, os equipamentos de iluminação voltados para a
fachada frontal com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:
São propostos para a Câmara Municipal de Araguari, os equipamentos de iluminação voltados para a
fachada frontal, escadaria lateral e sacada com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a
seguir:
São propostos para o Colégio Sagrado Coração, os equipamentos de iluminação voltados para a fachada
frontal e laterais com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:
São propostos para a Escola de Música, os equipamentos de iluminação voltados para a fachada frontal
com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:
São propostos para a Igreja Nossa Senhora de Fátima, os equipamentos de iluminação voltados para a
fachada frontal com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:
4.3.9.Semente Esperança
São propostos para a Semente Esperança, os equipamentos de iluminação voltados para a fachada
frontal e laterais com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:
São propostos para a Escola Estadual Raul Soares, os equipamentos de iluminação voltados para a
fachada frontal com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:
• Padronizar a temperatura de cor em toda a extensão da fachada frontal e lateral;
• Prever efeito de iluminação homogêneo nas fachadas do edifício;
• Implantar equipamentos para valorizar os elementos decorativos e janelas da fachada principal da
edificação.
Tabela 41 – Descrição e quantitativo de equipamentos de IE para Escola Estadual Raul Soares
Escola Estadual Raul Soares
Código Equipamento Quantidade:
EMPIE03 Embutido de Solo RGB 10
EMPIE18 Grade Antifurto 10
Fonte: Elaboração MODELO IP.
4.3.11.Cine Rex
São propostos para o Cine Rex, os equipamentos de iluminação voltados para a fachada frontal com o
objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:
• Padronizar a temperatura de cor em toda a extensão da fachada frontal e lateral;
• Prever efeito de iluminação homogêneo nas fachadas do edifício;
53
4.3.12.Palace Hotel
São propostos para o Palace Hotel, os equipamentos de iluminação voltados para a fachada frontal com
o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:
• Padronizar a temperatura de cor em toda a extensão da fachada frontal;
• Prever efeito de iluminação homogêneo nas fachadas do edifício;
• Implantar equipamentos para valorizar os elementos decorativos da fachada principal da edificação.
Tabela 43 – Descrição e quantitativo de equipamentos de IE para Palace Hotel
Palace Hotel
Código Equipamento Quantidade:
EMPIE10 Projetor RGB (Média Intensidade) 5
EMPIE19 Poste (6 a 9 metros) 5
Fonte: Elaboração MODELO IP.
São propostos para o Clube Araguarino, os equipamentos de iluminação voltados para a fachada frontal
com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:
• Padronizar a temperatura de cor em toda a extensão da fachada frontal;
• Prever efeito de iluminação homogêneo nas fachadas do edifício;
• Implantar equipamentos para valorizar os elementos decorativos da fachada principal da edificação.
Tabela 44 – Descrição e quantitativo de equipamentos de IE para Clube Araguarino
Clube Recreativo Araguarino
Código Equipamento Quantidade:
EMPIE11 Projetor RGB (Alta Intensidade) 2
EMPIE19 Poste (6 a 9 metros) 2
Fonte: Elaboração MODELO IP.
São propostos para a Escola do Comércio, os equipamentos de iluminação voltados para a fachada
frontal com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:
54
São propostos para o Antigo Prédio da Cemig, os equipamentos de iluminação voltados para a fachada
frontal com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:
São propostos para o Bosque John Kennedy, os equipamentos de iluminação voltados para a muro
frontal e entrada com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:
São propostos para o SAE, os equipamentos de iluminação voltados para a fachada frontal e entrada com
o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:
São propostos para o Aeroporto, os equipamentos de iluminação voltados para a fachada frontal e
entrada com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:
São propostos para a Associação, os equipamentos de iluminação voltados para as fachadas laterais com
o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas a seguir:
São propostos para a Igreja Nossa Senhora do Rosário, os equipamentos de iluminação voltados para a
fachada frontal e laterais esquerda e direita, com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas
a seguir:
São propostos para a Igreja Nossa Senhora Aparecida, os equipamentos de iluminação voltados para a
fachada frontal e laterais esquerda e direita, com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas
a seguir:
São propostos para a Igreja Nossa Senhora Aparecida, os equipamentos de iluminação voltados para a
fachada frontal e laterais esquerda e direita, com o objetivo de cumprir com as premissas apresentadas
a seguir:
5.Modelo de Operação
Ao longo deste item serão apresentados os principais aspectos do projeto, suas respectivas fases, o
modelo de operação da PPP e os principais serviços a serem executados pela Concessionária.
As informações e diretrizes apresentadas aqui serão a base para o detalhamento dos Modelos de
Investimentos e de Custos e Despesas apresentados adiante.
• ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica): Regulamenta as principais diretrizes do setor de IP;
• Distribuidora de Energia: Mantém cadastro do parque de IP, fornece energia elétrica para a rede e
calcula o faturamento mensal;
• Município: Detém os ativos e a responsabilidade constitucional do serviço de IP;
• Concessionária IP: No cenário da PPP, a Concessionária passa a ser responsável pelos ativos e pela
modernização, expansão, operação e manutenção, do parque de IP durante o período de vigência da
concessão.
Um papel complementar que existe no cenário da PPP é do Verificador Independente, ente responsável
por suportar tecnicamente a Prefeitura na gestão da PPP, contribuindo para o sucesso na implantação
do projeto zelando pelos direitos do Poder Concedente perante os compromissos da Concessionária. A
imagem a seguir detalha a governança durante todo o período de execução da PPP, apresentando as
principais diretrizes relacionadas ao Poder Concedente, Verificador Independente e Concessionária:
58
Em relação à remuneração mensal da Concessionária, ela somente será realizada após a validação do
desempenho apurado pelo Verificador Independente. O pagamento não é realizado diretamente pela
Prefeitura, sendo criada uma Conta Vinculada à PPP seguindo as melhores práticas de modelagem de
PPP e concessões, trazendo uma maior segurança para o processo e, consequentemente, maior
atratividade do mercado.
A conta vinculada se trata de uma conta corrente de titularidade do Poder Concedente, aberta junto à
Instituição Financeira Depositária, com movimentação exclusiva pela Instituição Financeira Depositária,
destinada a receber a receita proveniente da arrecadação da COSIP (Contribuição para Custeio da
Iluminação Pública).
5.2.Fases do Projeto
O cronograma abaixo foi estruturado de forma que contemplasse todas as fases do projeto, desde a
eficácia do contrato até o seu término.
Figura 31 – Macro cronograma do contrato da PPP
A data de eficácia é condição para início da contagem do prazo da PPP e a partir daí inicia-se a primeira
Fase. E as fases subsequentes conforme as durações mencionadas abaixo:
Tabela 54 – Premissas do Projeto – Prazos
Fases Prazos
5.2.1.Fase 0 – Preliminar
A Fase 0 (Preliminar) está relacionada ao planejamento e mobilização da SPE (Concessionária) para o
início das atividades, focando na definição de processos, treinamentos de equipes e alinhamentos iniciais
junto ao Poder Concedente, contemplando a elaboração do Plano de Operação e Manutenção,
implantação dos Canais de Atendimento para a população e a elaboração de um novo Cadastro
Georreferenciado.
5.2.2.Fase 1 – Transição
A fase de Transição é definida pela assunção do Parque de IP pela Concessionária, com o início das
atividades de operação e manutenção e elaboração do Plano de Modernização.
5.2.3.Fase 2 – Modernização
Esta fase se inicia ao término da Fase 1 e está vinculada ao período de implantação dos projetos de
modernização e eficientização definidos nos Estudos de Engenharia. Dentre as atividades previstas
também estão a implantação do Sistema de Telegestão e projetos de Iluminação Especial, e o
atendimento da Demanda Reprimida, se houver.
5.2.4.Fase 3 – Operação
Após o encerramento das atividades de modernização, se inicia a Fase 3 que se estende até o
encerramento do prazo da PPP e é caracterizada pela execução dos serviços de operação e manutenção
do Parque de IP, incluindo a instalação de novos pontos (Expansão).
Importante destacar que ao término do Contrato ocorre a reversão dos ativos à Prefeitura, com a
devolução da Concessionária de todos os equipamentos e componentes da Rede de IP, como luminárias,
braços, postes, entre outros. A Concessionária também irá elaborar um Plano de Desmobilização
Operacional com antecedência ao fim da concessão.
60
5.3.Modelo Operacional
A fim de estruturar o modelo operacional mais vantajoso à PPP estudada, além dos serviços previstos no
contrato de manutenção da rede de iluminação pública do município, foram levantadas as principais
características dos modelos adotados em outras PPPs de IP. Como resultado do levantamento dos
modelos de operação, foram listadas as potenciais categorias de serviços que poderiam ser incorporadas
ao modelo operacional.
Visando elevar os níveis de qualidade e desempenho do serviço de operação e manutenção da rede de
IP do município, foram definidos os principais objetivos almejados, sendo eles:
5.3.4.Implantação de Telegestão
A telegestão é um conjunto de hardware e software que funciona acoplado à luminária do poste de IP,
em substituição ao relé, e serve, entre outras coisas, para controlar de forma remota as lâmpadas,
realizar medições como tensão, potência e consumo de energia.
A Concessionária deverá implantar sistema de telegestão com funcionalidades como plataforma para
gestão, controle e conectividade nos pontos de IP do município, permitindo armazenamento de dados,
atualizações de maneira remota, identificação de falhas nos equipamentos de IP, medição de consumo
de energia e outros aspectos. A plataforma em questão deverá estar integrada aos serviços operacionais
que compuserem o CCO.
Uma importante funcionalidade do sistema de telegestão é a dimerização, que permite a regulação de
forma gradual do nível de luminosidade através de equipamentos programados anteriormente ou
gerenciamento remoto. Este efeito proporciona uma redução no consumo de energia elétrica para IP no
Município. Estas economias adicionais no consumo de energia elétrica, se converterão como bonificação
na contraprestação da concessionária, conforme previsto no documento Mecanismo de Pagamento da
Contraprestação.
Para a PPP de IP no Município é prevista a instalação do sistema de telegestão em todos os 19.718 pontos
de IP.
O sistema de telegestão também poderá servir para a agregação de outros serviços pela concessionária,
relacionados a cidades inteligentes, inclusive como Receitas Acessórias.
62
5.3.7.Serviços de Manutenção
Os serviços de manutenção corretiva serão executados sempre que constatados quaisquer problemas
nas unidades de IP, inclusive nos pontos dos projetos de iluminação especial e no sistema de telegestão,
devido a falhas, acidentes, furtos, vandalismos e desempenho deficiente.
Os serviços de pronto-atendimento deverão ser executados de forma imediata pela Concessionária
quando sejam identificadas situações que possam colocar em risco a integridade física dos cidadãos ou
patrimônios do município e que envolvam os ativos de IP, como abalroamentos; fenômenos
atmosféricos; incêndios; curto-circuito; braços e luminárias em risco de queda; luminárias abertas e/ou
compartimento para equipamento aberto; presença de vários pontos contínuos apagados em uma via,
por exemplo.
A manutenção também engloba ações preditivas e preventivas, consistindo na execução de
procedimentos periódicos com o propósito de detectar antecipadamente falhas no sistema, evitar o
desgaste nos equipamentos, aumentar a eficiência da operação do parque, melhorar as condições físicas
das unidades de IP, incluindo as unidades de iluminação especial e dispositivos de telegestão,
antecipando assim os chamados dos cidadãos.
5.3.8.Serviços de Poda
No escopo da PPP a poda de árvores abrangerá a execução deste serviço apenas para os pontos de IP
em que seja identificada a obstrução do fluxo luminoso, ou seja, que apresente impacto na qualidade ou
63
eficiência dos serviços de IP. A poda dos demais indivíduos arbóreos será mantida como responsabilidade
da Prefeitura.
No Caderno de Encargos está descrito como a poda deverá ser realizada, tendo em vista que em certos
indivíduos arbóreos não é possível realizar uma poda parcial, apenas para livrar o fluxo luminoso, bem
como será feita a separação das responsabilidades entre Prefeitura e Concessionária.
regularização da terra pela prefeitura, além dos pontos de IP destinados a suprir a Demanda Reprimida
(148), Ciclovias (107), Faixas de Pedestres (1.000) e Pontos de IP para Iluminação Cênica (461):
Tabela 55 – Quantitativo de Pontos de IP ao longo da PPP
6.Modelo de Investimentos
Nos próximos tópicos serão abordados os valores monetários e as premissas relacionados à implantação
das tecnologias e das atividades citadas nos itens anteriores que permitam a operacionalização da PPP.
Para cada item serão detalhados o valor unitário do investimento inicial, o percentual de reinvestimento
e a periodicidade de reinvestimento, quando aplicável.
6.1.Despesas Pré-Operacionais
Para desenvolvimento de atividades relacionadas à fase inicial da PPP, a Concessionária deverá incorrer
nos seguintes investimentos, denominadas “despesas pré-operacionais”, ou seja, antes do início da
operação no parque de IP:
• Ressarcimento da B3: Referente ao reembolso à Bolsa de Valores (B3) para realização dos
procedimentos referentes a licitação.
Para o presente estudo, foram considerados os valores listados a seguir:
Tabela 56 – Valores previstos de investimentos pré-operacionais
6.2.Investimentos em Infraestrutura
A infraestrutura civil e os mobiliários envolvem os investimentos necessários para a área
administrativa/escritório (áreas não-operacionais), bem como as áreas operacionais (CCO, almoxarifado
para materiais/ferramentas e estacionamento de veículos).
A tabela a seguir discrimina os valores considerados na estimativa realizada:
Tabela 57 – Infraestrutura Civil / Mobiliário / Tecnologia da Informação / Operacional
6.3.Modernização e Eficientização
A modernização e eficientização dos pontos de IP do município foi considerada de forma linear para o
cumprimento de cada Marco da Concessão. Na estimativa realizada foram considerados os valores
relacionados a:
• Aquisição dos ativos de montagem para modernização e ampliação do parque, incluindo braços e
outros equipamentos / materiais de suporte;
• Aquisição de Luminárias LED;
• Mão de obra e instalação para modernização dos pontos de IP.
Na tabela a seguir foram discriminados os valores unitários para cada um dos materiais a serem
substituídos na modernização:
67
O custo médio por Luminária LED foi calculado a partir de uma ponderação entre os valores da tabela
acima e a distribuição dos equipamentos pelas faixas de potência do estudo de engenharia, vide item
3.4.4.
5
Quantitativos contemplam a modernização do número total de pontos de IP, subtraídos os pontos de IP previstos nos
projetos de Iluminação Especial. Também são considerados os pontos de IP para coberta de “áreas escuras” durante a
modernização.
68
Para execução das atividades será necessária a alocação de equipes para cada veículo a ser mobilizado
pela Concessionária. A tabela a seguir apresenta o dimensionamento e custo de profissionais por tipo
veículo:
Tabela 61 – Custo mensal com Equipes de Modernização
Tipo de Veículo Composição da Salário com Encargos Adicional custos
Equipe (por pessoa) indiretos6
Veículo com Cesto
2 Empregados R$ 7.998
Aéreo
27,23% sobre o salário
Caminhão Munck 3 Empregados R$ 7.998
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.
Calculou-se, por fim, o custo mensal por equipe para a modernização, que é o somatório de todos os
custos associados, como demostrado na tabela a seguir:
Tabela 62 – Custos Mensais por Equipe para Modernização (R$/Mês)
Despesas com
Custo Mensal Equipamentos Custo Mensal
Tipo de veículo Equipe
por Veículo e Ferramental por Equipe
(com BDI)
Veículo com Cesto Aéreo R$ 16.898 R$ 15.997 R$ 13.920 R$ 33.168
6
Premissa considerada nos cálculos pois é considerada como referência a subcontratação de equipes para modernização do
parque de IP, tendo em vista a utilização temporária destas equipes.
69
Despesas com
Custo Mensal Equipamentos Custo Mensal
Tipo de veículo Equipe
por Veículo e Ferramental por Equipe
(com BDI)
Caminhão Munck R$ 26.797 R$ 23.995 R$ 25.720 R$ 51.297
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.
Para o cálculo do custo de modernização por ponto de IP foi considerada uma distribuição da utilização
dos veículos e, consequentemente, das equipes de modernização segundo as características do parque
de IP do município. Os veículos com cesto aéreo são utilizados para alturas de até 9 metros, enquanto
os caminhões munck para alturas superiores. Considerando os resultados do trabalho de campo foram
aplicadas as seguintes premissas:
Tabela 63 – Premissas de dimensionamento de Equipes para Modernização
Parâmetro Valor
A partir de todas as premissas apresentadas nesta seção, referente aos custos com mão de obra, veículos
e ferramentas, e junto com os custos de aquisição apresentada, o custo total por ponto é R$ 481,71.
6.5.Faixas de Pedestres
Conforme detalhado no item 3.5, em conjunto com a Fase de Modernização, serão instalados pontos de
IP para implantação de iluminação pública específica para faixas de pedestres. Para a estimativa deste
investimento foram considerados alguns cenários de implantação pela Concessionária, conforme largura
da via, e utilizado o preço médio para precificação.
Seguindo a metodologia de 2 pontos IP por faixa de pedestre, foram considerados 1.000 pontos de IP para
Faixas de Pedestres.
A tabela a seguir discrimina os valores considerados na estimativa realizada, para instalação de cada
ponto IP em faixas de pedestres:
Tabela 65 – Valor unitário de investimento para Faixa de Pedestres
Tipo de Investimento Valor Unitário
Componentes de IP
R$ 3.290
(Luminária LED, braço, relé/telegestão etc.)
Obra-Civil Instalação
R$ 1.664
(Poste, Ligação Energia, Obras Implantação)
Custo Médio por ponto de IP em Faixa de Pedestre R$ 4.954
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.
6.6.Ciclovias
Conforme detalhado no item 3.6, em conjunto com a Fase de Modernização, serão instalados os pontos
de IP para implantação de iluminação pública específica para ciclovias, visto que não têm no município.
Para estimativa deste investimento foram consideradas as premissas resultantes do estudo de
engenharia que indicaram a instalação de um ponto de IP exclusivo, incluindo instalação do poste, a cada
20 metros nos trechos das ciclovias.
Para fins de projeto, a Prefeitura indicou a existência de 2.149 metros de ciclovia com necessidade de
iluminação específica. Considerando a instalação de novo ponto a cada 20 metros de comprimento,
chega-se à necessidade de instalação de 107 novos pontos de IP para o atendimento da demanda.
A tabela a seguir discrimina os valores para instalação de cada novo ponto de IP para ciclovias:
Tabela 66 – Valor unitário de investimento para Ciclovias
Tipo de Investimento Valor Unitário
Componentes de IP R$ 3.102
(Luminária LED, braço, relé/telegestão etc.)
Obra-Civil Instalação
R$ 1.664
(Poste, Ligação Energia, Obras Implantação)
Custo Médio por ponto de IP em Ciclovia R$ 4.766
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.
71
• Implantação do Sistema;
• Estrutura de Hardware;
• Rede de Comunicação de Dados.
Tendo como base a cotação de preços de implantação de sistemas de telegestão junto ao mercado, para
cada ponto de IP que contará com telegestão, foi estimado o investimento de R$ 434,28.
6.8.Iluminação Especial
Os investimentos relacionados à execução dos projetos de Iluminação Especial, executados ao longo da
fase de modernização seguindo as diretrizes quanto aos cumprimentos dos Marcos Contratuais
definidos, compreendem:
• Aquisição de ativos previstos nos projetos, incluindo postes, suportes e equipamentos LED;
• Gastos com equipe, veículos e ferramentas, para execução das implantações.
Os bens públicos selecionados para os projetos de IE foram detalhados no item 4 deste relatório, e a
tabela a seguir traz o valor de investimento estimado para cada local:
Tabela 67 – Resumo valores dos investimentos por projeto de Iluminação Especial
Local Valor Investimento (R$ mil)
Palácio dos Ferroviários R$ 22,78
Igreja Matriz Bom Jesus da Cana Verde R$ 13,04
FAEC - Fundação Araguarina de Educação e Cultura R$ 2,13
Casa da Cultura Abdala Mameri R$ 8,86
Câmara Municipal de Araguari R$ 4,76
Colégio Berlaar Sagrado Coração de Jesus R$ 11,89
Conservatório Estadual de Música R$ 5,91
Igreja Nossa Senhora de Fátima R$ 3,96
Semente Esperança R$ 5,28
Escola Estadual Raul Soares R$ 6,61
Cine Rex R$ 8,25
72
6.9.Expansão da Rede de IP
Conforme detalhado no item 5.3.10, para os serviços de expansão da Rede de IP, a Concessionária será
responsável pelo fornecimento de todos os componentes de IP e serviços de mão de obra para
implantação dos novos pontos de IP.
Os valores foram estimados de forma unitária para cada tipo de intervenção, de acordo com suas
características e investimentos necessários:
Tabela 68 – Valores de investimentos por tipo de expansão
Tipo Expansão Valor Investimento (R$)
Instalação de novo ponto de IP exclusivo em outras vias R$ 5.496
Instalação de novo ponto de IP exclusivo em vias principais R$ 5.670
Instalação de novo ponto de IP não exclusivo em outras vias R$ 1.956
Instalação de novo ponto de IP não exclusivo em vias principais R$ 2.129
Instalação de novo ponto de IP em Faixas de Pedestres R$ 5.361
Instalação de novo ponto de IP em Ciclovias R$ 5.158
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.
6.10.Socioambiental
A Concessionária terá que implementar os Programas de Gestão Socioambientais, conforme previsto no
Anexo de Diretrizes Mínimas Socioambientais. As tabelas a seguir apresentam a estimativa referencial
da quantidade de profissionais por cargo, considerando para cada atividade prevista.
Durante a Fase 0, foram considerados: (i) Estudo de Impacto de Vizinhança e Relatório de Impacto de
Vizinhança (EIV/RIV); (ii) elaboração dos Programas de Gestão Socioambientais; (iii) Levantamento de
Stakeholders e Plano de Engajamento; (iv) Avaliação Preliminar de Áreas Contaminadas; e (v) elaboração
do Sistema de Gestão Socioambiental (SGSA).
Tabela 70 – Estudo de Impacto de Vizinhança e Relatório de Impacto de Vizinhança (EIV/RIV)
Custo por
Cargo Unidade Quant. Unidade
(com BDI)
Coordenador Geral horas 300 R$ 127
Coordenador de Geoprocessamento horas 200 R$ 57
Arqueólogo horas 120 R$ 57
Coordenador de Sócio economia horas 200 R$ 89
Coordenador de Meio Biótico horas 200 R$ 108
Coordenador de Meio Físico horas 200 R$ 89
Logística de Campo - Alimentação (Café/Almoço/Jantar) kg 15 R$ 80
Logística de Campo - Hospedagem Single dias 15 R$ 200
Logística de Campo - Locação de Veículo Simples dias 5 R$ 176
Logística de Campo - Combustível Veículo litros 200 R$ 7
Total R$ 120.161
Fonte: Plonus - Soluções em Engenharia e Meio Ambiente.
74
6.11.Resumo CAPEX
Nas tabelas a seguir são apresentadas visões resumidas com as principais linhas de CAPEX
apresentadas neste relatório e seus valores estimados ao longo do prazo da PPP:
Tabela 76 – Valores de investimentos (CAPEX)
Ano 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
7.1.Estrutura Operacional
7.1.1.Dimensionamento de Chamados de Manutenção
O dimensionamento do volume de chamados para manutenção em campo levou em consideração as
taxas de falha de cada componente do parque de IP, conforme apresentado na tabela abaixo:
Tabela 78 – Premissas dimensionamento Equipes Operacionais
O total de chamados de manutenção por mês foi calculado considerando-se a quantidade de pontos de
IP multiplicada pelas taxas de falhas estimadas para cada componente. Deve ser destacado que a partir
do início da modernização espera-se uma redução nas taxas de falhas uma vez que as lâmpadas
convencionais serão substituídas por Luminárias LED, assim como haverá a substituição de relé por
sistema de telegestão nas vias selecionadas.
Para execução das atividades será necessária a alocação de equipes para cada veículo a ser mobilizado
pela Concessionária. A tabela a seguir apresenta o dimensionamento e custo de profissionais por tipo
veículo:
Tabela 80 – Custo mensal com Equipes de Manutenção
Calculou-se, por fim, o custo mensal por equipe para a manutenção sendo o somatório de todos os
custos associados, como demostrado na tabela abaixo:
Tabela 81 – Custos Mensais por Equipe para Manutenção
Para o cálculo do custo por chamado de manutenção foi considerada uma distribuição da utilização dos
veículos e, consequentemente, das equipes de manutenção segundo as características do parque do
município. Os veículos com cesto aéreo são utilizados para alturas de até 9 metros, enquanto os
caminhões munck para alturas superiores. Considerando os resultados do trabalho de vistoria em campo
no parque de IP do Município, foram aplicadas as seguintes premissas:
Tabela 82 – Premissas dimensionamento Equipes para Manutenção
Parâmetro Valor
Proporção de pontos acima de 9 m altura 10,17%
Proporção de pontos abaixo de 9 m altura 89,83%
Produtividade Média por Equipe de Modernização 19 pontos por dia
Período de Trabalho no mês 21 dias úteis
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.
7
Premissa considerada nos cálculos pois é considerada como referência a subcontratação de equipes para modernização do
parque de IP, tendo em vista a utilização temporária destas equipes.
79
A partir de todas as premissas apresentadas nesta seção, foi obtido o valor médio de R$ 114,38 para
atendimento de cada chamado de manutenção, referente aos custos com mão de obra, veículos e
ferramentas.
Para aplicação na modelagem econômico-financeira do projeto, o valor médio unitário por chamado foi
projetado conforme metodologia apresentada no item 7.1.1.
Conforme premissas detalhadas a seguir, foi considerado que todos os pontos de IP serão visitados
periodicamente, com exceção dos pontos com instalação do sistema de telegestão, que serão
monitorados de forma remota:
Tabela 84 – Premissas cálculo produtividade Equipe de Ronda
Premissa Parâmetro
Velocidade 20 km/h
Horas diárias em campo 8 horas
Período de Trabalho no mês 21 dias úteis
Distância Média entre postes (m) 31,5 metros
Número de Visitas por Ponto de IP por Mês 2
Produtividade Pontos IP / Mês 106.667
Fonte: Elaboração MODELO IP.
80
Para o cálculo do custo de ronda por ponto de IP foram utilizados os valores previamente detalhados,
sobre o custo mensal da equipe e a produtividade de cada equipe:
Tabela 85 – Custo Unitário (ponto IP) da Equipe de Ronda
Parâmetro Valor
Custo Mensal Equipe de Ronda R$ 6.287
Produtividade Pontos IP / Mês 106.667
Custo Mensal por Ponto IP R$ 0,0589
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.
Para aplicação na modelagem econômico-financeira do projeto, o valor médio unitário de ronda por
ponto de IP considerou a projeção do quantitativo de pontos de IP durante o prazo da PPP.
7.2.Materiais de Manutenção
Para as atividades de manutenção, a Concessionária deverá disponibilizar todos os componentes de IP
necessários para substituição na rede de IP. Na tabela a seguir são apresentadas as taxas de falhas e os
custos associados a cada tipo de material para a manutenção:
Tabela 86 – Taxa de Falha e Custo de Aquisição dos Componentes de IP
Parâmetro Taxa de Falha Mensal Custo Médio Unitário
Lâmpada Convencional 2,00% R$ 75
Reator Convencial 1,00% R$ 237
Braço para IP 0,01% R$ 175
Poste de IP 0,01% R$ 1.940
Relé (Pré-modernização) 2,00% R$ 37
Relé (Parque Modernizado) 1,59% R$ 37
Luminária LED 0,08% R$ 384
Telegestão 0,01% R$ 641
Taxa de Vandalismo 0,03% -
% Componentes Acessórios (fios, abraçadeiras etc.) 0,25% 10%
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.
Para aplicação na modelagem econômico-financeira do projeto, a taxa de falha apresentada acima foi
multiplicada pelo total de cada componente presente na rede de IP durante cada período da PPP para
estimar a quantidade de componentes substituídos por mês. Por fim, este dimensionamento foi
combinado com o custo médio unitário para mensuração do custo total com componentes de IP para
manutenção.
Conforme informações repassadas pelos fornecedores de LED e de Telegestão, foi considerado na
modelagem o período de garantia de 5 anos para as Luminárias LED e 10 anos para componentes de
telegestão, o correspondente a cobertura de 100% das falhas.
81
7.3.Poda de Árvore
Em relação à execução de poda de árvores, será previsto como escopo da Concessionária a realização
da poda em todos os indivíduos arbóreos que estejam apresentando interferência no fluxo luminoso do
ponto de iluminação pública. Complementarmente, a Concessionária também será responsável pelo
descarte adequado dos resíduos provenientes das atividades de poda realizadas.
Através dos dados do trabalho de campo, foi possível identificar o nível de interferência da arborização
na rede de IP do Município. Foi dimensionada uma demanda mensal de 500 serviços de poda de árvores.
Para realização destes, considerando o custo de realização do serviço e o descarte dos resíduos
provenientes deste, temos conforme tabela abaixo:
Tabela 87 – Custos com serviços de Poda de Árvores e coleta dos resíduos
7.4.Sistema de Telegestão
Para o sistema de telegestão, foram consideradas as despesas mensais relacionadas à manutenção do
software e seu suporte operacional, bem como à rede de dados para os concentradores instalados no
parque. Este formato de precificação para telegestão é uma prática de mercado das empresas, em que
o custo mensal é calculado para cada ponto de IP com sistema de telegestão instalado, e não de forma
segregada entre concentradores, controladores e sistemas.
Para cada ponto de IP contemplado pelo sistema de telegestão, foi considerado o custo mensal de R$
1,50 com base em referências de mercado de custos de manutenção do software e suporte operacional.
7.5.Estrutura Administrativa
Os custos de operação da Sede considerados como Despesas da Concessionária são os custos relativos
a salários da Equipe Administrativa (Não Operacional) e Despesas Gerais e Administrativas.
7.5.1.Equipe Administrativa
De forma complementar à equipe operacional previamente apresentada neste relatório, a
Concessionária deverá dispor de uma equipe administrativa para gestão dos serviços, supervisão das
equipes de campo e realização de outras atividades relacionadas à gestão da PPP.
A tabela a seguir apresenta a estimativa referencial da quantidade de profissionais por cargo,
considerando os períodos de pré-modernização (até o encerramento da Fase de Modernização) e de
pós-modernização (após o encerramento da Fase de Modernização) além dos respectivos custos
mensais para cada cargo:
82
Custo por
Cargo Fase 0 Fase 1 Fase 2 Fase 3
Cargo
Gestor de Contratos/Diretor
1 1 1 1 R$ 33.447
Executivo
Gerente de Operação 0 0 0 0 R$ 12.015
Supervisor de Modernização 0 0 0 0 R$ 10.961
Supervisor de Operação e
1 1 1 0 R$ 10.961
Manutenção
Auxiliar de Operação 1 2 2 1 R$ 3.926
Assistente Financeiro/RH 1 1 1 1 R$ 5.973
Almoxarife 0 1 1 1 R$ 6.263
Auxiliar Almoxarife 0 1 1 0 R$ 4.472
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.
7.5.2.Instalações e Utilidades
Para o funcionamento da estrutura organizacional da Concessionária são estimados custos associados à
unidade operacional, como aluguel e despesas gerais e administrativas.
Nesta seção também são indicados custos voltados à tecnologia da informação para manutenção e
licenças dos softwares utilizados pela Concessionária. Para a Central de Atendimento (Call Center) foi
considerada como premissa na modelagem a subcontratação deste serviço pela Concessionária junto a
empresa especializada.
Na tabela a seguir são apresentados os custos mensais e unitários para estes itens:
83
7.6.Seguros e Garantias
A contratação de seguros e garantias deverá ser executada pela Concessionária como forma de garantir
a plena operação e responsabilidades do contrato. Sendo assim, caberá à Concessionária contratar
minimamente:
Tabela 90 – Lista de Seguros e Garantias
Seguro/Garantia Objetivo
Assegurar o desenvolvimento do projeto dentro do escopo,
Garantia de Execução do Contrato
prazo e qualidade, previstos no Contrato
Reembolsar as indenizações decorrentes de danos materiais e
Seguro Responsabilidade Civil –
corporais, causados a terceiros durante a execução dos
Modernização
serviços até o fim da Fase de Modernização
Reembolsar as indenizações decorrentes de danos materiais e
Seguro Responsabilidade Civil –
corporais, causados a terceiros durante a execução dos
Operação
serviços após a Fase de Modernização
Amparar os prejuízos por danos materiais causados ao parque
Riscos Operacionais de Iluminação Pública, decorrentes de acidentes súbitos e
imprevistos
Indenizar os prejuízos decorrentes de danos ao parque de
Iluminação Pública, ocasionados por acidentes súbitos e
Riscos de Engenharia imprevistos, durante o período de modernização,
considerando os serviços de instalação, montagem e testes,
exceto o funcionamento operacional
Fonte: Elaboração MODELO IP.
8
Na Fase de Setup não ocorre a medição conforme Sistema de Mensuração de Desempenho, mas o VI detalha os
procedimentos e formas de medição a serem executados e realiza o alinhamento deste processo junto ao Poder Concedente
e Concessionária.
9
Na Fase de Modernização é iniciado o processo de medição de desempenho, e adicionalmente também são emitidos alguns
Termos de Aceite, como referente aos marcos da modernização.
10
A Fase de Operação estará mais focada no acompanhamento do desempenho da Concessionária, mas também incluindo
termos de aceite quanto às atividades de expansão e apoio em pleitos de reequilíbrio econômico-financeiro.
11
Carga horária de 40 horas a cada 12 meses, com o primeiro treinamento sendo realizado ainda na fase de setup.
86
7.8.Resumo OPEX
Na tabela a seguir é apresentada uma visão resumida com as principais linhas de OPEX apresentadas neste relatório, e seus valores
estimados ao longo do prazo da PPP:
Tabela 93 – Valores de custos e despesas (OPEX)
Linha de Custos e Despesas Valor de OPEX (R$ mil) %
Estrutura Operacional 1.810 3,85%
Materiais de Manutenção 743 1,58%
Sistema de Telegestão 5.390 11,45%
Estrutura Administrativa 13.234 28,12%
Socioambiental 2.221 4,72%
Poda de Árvore 13.269 28,20%
Seguros e Garantias 1.980 4,21%
Verificador Independente 8.410 17,87%
Total 47.058 100,00%
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores de mercado.
87
Ano 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Estrutura Operacional 202 103 98 99 99 119 133 134 135 136 137 138 138 139
Materiais de Manutenção 4 40 57 57 57 58 58 58 58 59 59 59 59 60
Sistema de Telegestão 56 345 398 401 405 408 411 414 417 421 424 427 430 433
Estrutura Administrativa 1.094 1.082 914 915 917 918 919 921 922 924 925 926 928 929
Socioambiental 304 262 138 138 138 138 138 138 138 138 138 138 138 138
Poda de Árvore 570 897 942 949 957 965 972 980 987 995 1.002 1.010 1.018 1.025
Seguros e Garantias 115 180 163 159 156 152 148 144 139 135 130 125 120 115
Verificador Independente 872 655 574 574 574 574 574 574 574 574 574 574 574 574
Total (em R$ mil) 3.217 3.564 3.283 3.293 3.302 3.330 3.353 3.362 3.371 3.380 3.388 3.397 3.405 3.413
Fonte: Elaboração MODELO IP a partir de valores do mercado.
88
Adicionalmente à tarifa branca de energia elétrica (b4a) citada acima, o valor pago está sujeito à
incidência de bandeiras tarifárias conforme regramentos definidos pela ANEEL. A bandeira tarifária
pode ter alteração mensal, sendo os respectivos valores apresentados a seguir:
A partir de todas as premissas previamente detalhadas nesta seção, é possível estimar o custo da conta
de energia elétrica para IP, a ser paga pela Prefeitura durante o prazo da PPP. A tabela abaixo apresenta
a projeção do consumo de energia elétrica (kWh) e os respectivos valores financeiros a serem pagos:
Tabela 97 – Custo Anual de Energia Elétrica com IP
Consumo de Energia Custo Anual
Ano
Elétrica (MWh) (R$ mil)
1 10.047 MWh R$ 5.964 mil
2 6.606 MWh R$ 3.921 mil
3 6.019 MWh R$ 3.573 mil
4 6.073 MWh R$ 3.605 mil
5 6.093 MWh R$ 3.617 mil
6 6.131 MWh R$ 3.639 mil
7 6.168 MWh R$ 3.661 mil
8 6.223 MWh R$ 3.694 mil
9 6.243 MWh R$ 3.706 mil
10 6.281 MWh R$ 3.728 mil
11 6.318 MWh R$ 3.750 mil
12 6.373 MWh R$ 3.783 mil
13 6.393 MWh R$ 3.795 mil
14 6.430 MWh R$ 3.795 mil
Fonte: Elaboração MODELO IP.