Apostila Curso Afro
Apostila Curso Afro
Apostila Curso Afro
Esse curso tem como conteúdo, auxiliar o aprendiz na introdução ao culto afro brasileiro.
Título II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
Capítulo I
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
A Constituição Federal, no artigo 5º, VI, estipula ser inviolável a liberdade de consciência
e de crença, assegurando o livre exercício dos cultos religiosos e garantindo, na forma da
lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias.
De acordo com a Lei nº. 9394/96, o Decreto nº. 5.154/04 e a Deliberação CEE 14/97
(Indicação CEE 14/97), os cursos livres são uma modalidade de ensino legal e válida em
todo o território nacional.
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A Constituição Federal em seu Artigo 205/CF, “caput”, prevê que a educação é direito de
todos e será incentivada pela sociedade.
Tal prática é defendida também pelo Artigo 206/CF que prevê que o ensino será
ministrado com base em alguns princípios e em seu inciso II: “a liberdade de aprender,
ensinar, pesquisar e divulgar pensamentos, a arte e o saber”.
Os cultos são:
Umbanda, umbanda 7 linhas, umbanda cruzada, candomblé, candomblé de caboclo,
tambor de mina, candomblé verde, batuque, ijexá, jurema, quimbanda, santo daime,
umbandaime, santeria, paleria, omolokô, cabula, xangô do nordeste, ifá, xambá, egungun,
babassuê, terecô, encantaria.
Salientando que cada culto de candomblé tem sua nação especifica, tornando-as
diferentes em suas ritualísticas, idioma e cultura.
O culto afro brasileiro traz consigo também uma doutrina muito rígida, repleta de
proibições que servem para purificar o iniciado e o livrar de problemas futuros.
Esses são chamados de ewó ou quizila, podem ser tanto ações proibidas ou até mesmo
alimentos proibidos.
Cada orixá tem seu ewó especifico, e todos devem ser respeitados para que o iniciado
não caia em enfermidade ou castigos divinos.
Os orixás são muito exigentes com seus filhos e sua disciplina ritualística, por isso todo
iniciado deve tomar todo o cuidado no seu dia a dia e nos preceitos exigidos., respeitando
datas especificas, roupas, ambientes, alimentos específicos, comportamento e disciplina.
A doutrina afro brasileira tem como fundamento tornar os iniciados em pessoas melhores,
limpas de ações nocivas ou qualquer outro tipo de meio que possa fazer mal ao iniciado.
Na doutrina dos orixás a única meta é se tornar um ser melhor, evoluído e limpo, para
assim alcançar evolução, para uma melhor conexão com os orixás.
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Objetos de culto
São considerados objetos sagrados de culto nas religiões afro-brasileiras os atabaques,
curimbas, instrumentos de percussão, assentamentos(local onde ficam os orixás/
ponto de força), roupas, fio de contas, adereços dos Orixás, plantas e árvores.
Também é considerado sagrado o local em si, chamado de barracão, roça ou ilê.
Salientamos que cada local de culto tem sua ritualística diferente, idioma ou cultura, e
toda e qualquer diferença deve ser respeitada.
Povos Africanos
Em quatro séculos de tráfico negreiro, cerca de 3,5 milhões de africanos aportaram no
Brasil na condição de escravos, o equivalente a 37% do total da população do continente
americano.
Eles eram de diversas etnias: iorubas, fons, mahís, hausas, ewes, axântis, congos,
quimbundos, umbundos, macuas, lundas e diversos outros povos, cada qual com sua
própria religião e cosmogonia.
As religiões afro-brasileiras formaram-se em diferentes regiões e estados do Brasil e em
diferentes momentos da história. Por isso, elas adotam não só diferentes formas rituais e
diferentes versões mitológicas derivadas de tradições africanas diversificadas, como
também adotam nome próprio diferente.
Além disso, as religiões tradicionais africanas, bem como o islamismo dos chamados
malês (como os maís e hauçás) entraram em contato e absorveram maiores ou menores
quantidades de elementos de religiões indígenas, do Catolicismo e, mais recentemente,
da Doutrina Espírita.
Entretanto, podem ser estabelecidas duas linhas principais de religiões africanas que
tiveram maior influência no Brasil:
as religiões dos negros bantos, vindos do sul e oeste da África (Angola, República
Democrática do Congo, Moçambique), que originaram diferentes cerimônias celebradas
especialmente no Rio de Janeiro (como o candomblé bantu, e a umbanda).
Monoteísmo
As religiões de matriz africana e os cultos afro brasileiro são monoteístas, tendo um único
Deus, Olodumaré ou Olorun (Senhor do Universo).
Muitos leigos ao conhecerem os orixás acham que eles são deuses, e não, eles são as
forças da natureza que habitaram no Mundo e ainda hoje atuam em forma elemental.
Todos os orixás e seres divinos rezam e rogam por Olorum, o Senhor do Universo, O
grande Criador, e a mesma doutrina e respeito é exigida aos adeptos dos cultos afro
brasileiros.
Ancestrais da Africa
Devido o grande tráfico de escravos negros africanos para o Brasil, esses foram uma
grande parte dos multiplicadores da população atual. Hoje o Brasil tem 56% da sua
população de negros declarados, totalizando quase 20 milhões de negros e outros 90
milhões se declaram pardos.
Com base nas estatísticas, podemos supor que mais da metade da população brasileira é
afro brasileira, desse modo, se torna plausível a ancestralidade africana latente nessa
porcentagem de brasileiros, espiritualmente e culturalmente falando.
Salientando que os cultos afro brasileiros são abertos para todos, sem excessão.
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Sincretismo
Uma característica muito presente nas religiões afro-brasileiras é o sincretismo religioso.
Herkowitz (1958, apud HURBON, 1987) utiliza o conceito de reinterpretação para explicar
esse fenômeno, ''o processo pelo qual antigas significações são atribuídas a novos
elementos ou novos valores, o que muda a significação cultural das formas
antigas".
A reinterpretação se faz em função do quadro cultural preexistente e das novas
reorientações que ele se dá em presença de situações novas.
No caso da escravidão africana nas Américas, "as antigas significações" se referem à
bagagem cultural dos povos africanos traficados, que tiveram de se adaptar às "situações
novas", ou seja, a negação de suas culturas em terras americanas e a imposição do
catolicismo ou do protestantismo, dependendo da região.
Roger Bastide não nega o conceito de reinterpretação de Herkowitz, mas defende que a
reinterpretação também está ligada às estruturas e mobilidades sociais. Defende que o
fenômeno da reinterpretação está em parte condicionado pela discriminação entre classes
sociais e em parte condicionado pela discriminação racial dentro da Igreja (como ocorreu
no Brasil). Distingue ainda a aculturação material (com suporte nos conteúdos culturais
em contato, onde está inserido o sincretismo religioso) e a aculturação formal (baseada
na mudança de mentalidade).
Essas, entre outras hipóteses, explicam como foi possível no Brasil a existência, por
exemplo, do culto a Ogum (orixá guerreiro dos iorubás) "disfarçado" de reverência ao
guerreiro católico São Jorge da Capadócia.
Ou ainda, a correlação entre os santos gêmeos São Cosme e São Damião e os ibêjis,
orixás gêmeos dos iorubás.
O sincretismo no Brasil ocorreu devido a caça da igreja católica contra demais religiões,
assim, os negros tiveram que adaptar seu culto aos orixás, trocando por imagens dos
santos católicos para poderem continuar com os cultos normalmente.
Devemos sim respeitar os santos católicos, pois foram graças a eles que a religião
africana se manteve viva no brasil durante anos, até hoje.
Então como forma de sobrevivência religiosa, o sincretismo ocorreu no Brasil.
O sincretismo no Brasil também tem sua variabilidade de acordo com a região:
Exemplo de sincretismo em São Paulo, capital:
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• Obaluaiê – São Lazaro
• Omolu – São Roque
• Oxossi – São Sebastião
• Ossain – São Benedito
• Exu – Santo Antônio
• Iansã – Santa Barbara
• Nanã – Santa Ana
• Oxumaré – São Bartolomeu
Nações do Candomblé
Em cada nação teremos idiomas e ritualística diferente, assim alterando os nomes das
divindades cultuadas.
• Ketu – Orixás
• Angola – Inkisi
• Jeje – Voduns
O idioma também varia de acordo com a localidade da África que teve origem do culto.
Eles eram de diversas etnias: iorubás, fons, mahís, hausas, ewes, axântis, congos,
quimbundos, umbundos, macuas, lundas e diversos outros povos.
Os dialetos africanos são muito extensos, principalmente se tratando de religião.
Orixás são divindades da religião iorubá, representados pela natureza. Foram enviados
por Olodumaré (Deus) para a criação do mundo e após isso, ensinar e auxiliar a
humanidade a viver no planeta.
Quase todos encarnaram como humanos e tiveram vida terrena, mas já existiam
anteriormente no Orum (Céu) , e outros eram humanos que se tornaram orixás pelos
seus feitos extraordinários e sabedoria durante a vida, ou porquê teriam nascido com
poderes sobrenaturais e podiam controlar a natureza, como: raios, chuvas, rios, fogo,
vento, árvores, minérios e o controle de ofícios das condições humanas, como:
agricultura, pesca, metalurgia, guerra, maternidade, saúde.
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mares, nos ventos, no fogo, nos caminhos, nas escolhas, na saúde e na doença, na
maternidade, na vida e na morte.
Os orixás são:
• Exu, Orixá guardião dos templos, encruzilhadas, passagens, casas, cidades e das
pessoas, mensageiro divino dos oráculos e dos búzios.
• Ogum, Orixá do ferro, guerra, fogo, e tecnologia.
• Oxóssi, Orixá da caça e da fartura.
• Logunedé, Orixá jovem da caça e da pesca.
• Xangô, Orixá do fogo e trovão, protetor da justiça.
• Logun Edé, Orixa guerreiro da cidade de Edé.
• Obaluaiyê, Orixá das doenças epidérmicas e pragas, Orixá da Cura.
• Oxumaré, Orixá da chuva e do arco-íris, o Dono das Cobras.
• Ossaim, Orixá das Folhas, conhece o segredo de todas elas.
• Oyá ou Iansã, Orixá feminino dos ventos, relâmpagos, tempestades, e do Rio
Niger.
• Oxum, Orixá feminino dos rios, do ouro, do jogo de búzios, e do amor.
• Iemanjá, Orixá feminino dos Oceanos, mares e fertilidade, mãe de muitos Orixás.
• Nanã, Orixá feminino dos pântanos, e da morte, mãe de Obaluaiê.
• Yewá, Orixá feminino do Rio Yewa.
• Obá, Orixá feminino do Rio Oba, uma das esposas de Xangô.
• Ibeji, Orixás gêmeos, trazem a felicidade ao lar.
• Irôco, Orixá da árvore sagrada, (gameleira branca no Brasil).
• Egungun, ancestral cultuado após a morte em casas separadas dos Orixás.
• Iyami Oxoronga, é a sacralização da figura materna, a grande mãe feiticeira.
• Onilé, Orixá do culto de Egungun.
• Oxalá, Orixá do Branco, da Paz, da Fé.
• Obatalá, Orixá criador do pano branco e dos corpos humanos.
• Ifá ou Orunmila-Ifa, Ifá é o porta-voz de Orunmila, Orixá da Adivinhação e do
destino.
• Aje Saluga, Orixa feminina adivindade do mar e da riqueza.
• Oxalufan, Qualidade de Oxalá velho e sábio.
• Oxaguian, Qualidade de Oxalá jovem e guerreiro.
• Oko, Orixá da agricultura.
Cargos
Cargo Maior: Babalorixa (homem) – Yalorixa (mulher)
Cargo de Ajuda: Ekedi, Ajoiê
Cargo de Iniciação: Yawô
Cargo já iniciado a 7 anos: Ebomi
Cargo da Cozinha: Yabassê
Cargo de Sacrificio Animal: Axogun
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Tocador de Atabaque: Ogan
Praticante não iniciado: Abian
Os Inkisis são:
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• Kitembu/Ndembwa - Divindade rei do candomblé Congo/Angola. Seu nome
significa vento... Está ligado as estações do ano, as mudanças, ao clima, ao ventos e
tempestades.
• Matamba - Divindade feminina, guerreira... Nkisi do fogo, da paixão, do desejo
sexual.
• Kaiango - Divindade feminina das faunas e dos ventos, está ligada aos mortos.
• Nvulu Nsema - Divindade feminina da chuva, dos ventos, dos furacões e
tempestades.
• Nzumba/Nzumbaranda - É cultuada como a divindade das águas turvas dos
pântanos e como sendo aquela que conhece os segredos da vida e da morte (talvez por
isso muitos a tem como uma anciã). Em Kimbundu o termo Nzumba serve para designar
“a cor arroxeada da lua durante o eclipse lunar” o que explicaria a cor roxa com que se
veste o Nkisi.
• Samba Kalunga - Em kimbundu samba significa cortesã, dama da corte, ou seja,
mulher nobre. Samba, portanto, dama de alta nobreza, acrescida de Kalunga, que é o
mar, gera a locução Dama do mar ou rainha do mar. É um Nkisi de natureza marinha, a
quem são dedicados tanto lá em Angola, especificamente Luanda, como no Brasil um
culto intenso.
• Mikaia/Kaia/Kokueto - Divindade ligada aos mares e oceanos.
• Ndanda-Nlunda - Divindade feminina ligada Lua, chuva fina, garoa e as plantas
aquaticas e lavouras.
• Kisimbi - Divindades ligadas a água doce.
• Nkasute - Nkisi da vitória, da conquista, das lutas, da harmonia e da paz.
• Lembá/Lembá Dilê/Lembá dia Nganga - Divindade da ancestralidade, da
procriação, da clareza, inteligência humana e patrono dos casamentos. É cultuado tanto
entre os Tchokwe, Cabindas, Maiacas, entre outros, variando a sua sexualidade, mas
atuando nos mesmos campos.
Cargos
• Taata/Maama diá Nkisi - Sacerdote/Sacerdotisa chefe; pai/mãe de santo.
• Taata/Maama Ndenge - Pai/Mãe Pequeno(a)
• Kambondo: Todos os homens não rodantes confirmados.
• Makota: Todas mulheres não rodantes confirmadas.
• Koota Maganza - rodantes com mais de sete anos de iniciação.
• Maganza - Todos os rodantes iniciados, com mais de 3 anos.
• Muzenza - Iniciados com menos de 3 anos.
• Ndumbe - Pessoas não iniciadas.
Como podemos notar, temos pronúncias e palavras diferentes, pois um idioma diferente é
utilizado na angola, logo também teremos ritualistica diferente. Salientamos que toda
diferença entre nações deve ser respeitada.
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Nação Jeje – Voduns
O Voduns são:
Cargos
• Bokonon - Sacerdote do Vodun Fa equivalente ao Babalawo
• Doté - Sacerdotes (homens) da família de Sogbô
• Doné - Sacerdotisas (mulheres) esse título é usado no Terreiro do Bogum onde
também são usados os títulos Gaiaku e Mejitó.
• Noche - Sacerdotisas do Jeje-Mina
• Vodunsi - após 1 ano da iniciação.
• Kajekaji - iniciado que ainda não completou o ciclo de obrigações.
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Obrigações
Dentro do culto afro brasileiro, temos obrigações ritualisticas a serem cumpridas, cada
uma com trabalhos e feitos diferentes, salientando novamente que cada nação terá sua
ritualistica diferente e deve ser respeitada.
(Odun Eta)ou (odun Kíní) É às obrigações muito importantes é considerada como fim do
resguardo do Iyawo após sua iniciação. Somente esta obrigação dará ao iniciado à
liberdade de viver materialmente sem restrições na sociedade e no seu convívio familiar e
pessoal.
Até fazer um ano de feitura ou pagar sua obrigação de um ano (odun Kíní), ainda terá
algumas restrições (ewo temporário (preceito/proibições) como cortar cabelo, tomar
banho de mar, incorporar, ingerir bebida alcoolica, ter relação sexual . Será feita na
obrigação de um ano de feitura, uma nova festa para comemorar a data onde serão
oferecidos comida ritual, frutas e flores.
• Obrigação de três anos
Outra obrigação é feita aos três anos de feitura, algumas casas ou nações fazem também
uma de cinco anos, mas no candomblé ketu considera-se um ano, três e sete anos. Ele
ou ela permanecerá como Iaô até completar os sete anos de feitura e fazer a obrigação
de sete anos (Odun Ijé).
(Odun Ijé) ou Odun Ejê (a pronúncia do acento é fechada) É uma das maiores
obrigações de uma casa de Candomblé, que todos os iniciados serão obrigados a tomar
sem exceção. Com essa obrigação o iniciado poderá receber posto, cargo, titulo e direitos
de independência do seu babalorixá.
Só quando fizer a obrigação de sete anos Odun Ijé é que será considerado um Egbomi.
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A obrigação de sete anos é tão grande e importante quanto a feitura, nessa obrigação é
que será definido se o Egbomi irá abrir uma casa ou não. A Iyalorixá entregará para o
Egbomi no ato da festa seus pertences (jogo de búzios, pembas,favas, sementes,
tesoura, navalha, tudo que vai precisar para iniciar Iaôs) no Ketu é chamado Odu Ijê com
Oyê, em outras nações é chamado de Deká, Peneira, Cuia, etc.
Caso o Orixá da pessoa não queira abrir uma casa e queira continuar na roça da
Iyalorixá, o Orixá depositará os objetos recebidos nos pés da Iyalorixá e sua filha não
abrirá uma casa, continuará na roça onde normalmente receberá um posto para ajudar a
Iyalorixá.
Quando o Orixá aceita a Egbomi, receberá todas as homenagens dos presentes pois está
sendo consagrada como uma nova Iyalorixá se for homem Babalorixá. Nesse caso terá
que providenciar uma casa para onde será levado seu Orixá e iniciar um novo Ile
axé(barracão).
• OIYE - quer dizer titulo independência, são pessoas que já tomaram seus sete
anos e necessitam de um TITULO dado pelo seu babalorixá, para ser
independente e Zelador (a) de Orixás, sacerdócio. Esse Oiye pode ser também
um cargo na casa do babalorixá onde fez a obrigação.
• DEKA - é autorização (direitos) de conduzir a sua própria casa de Candomblé,
atendimento de seus adeptos e consulentes, jogar búzios, tirar ebós e iniciar
pessoas no Orixá.
A Umbanda
A Umbanda é uma religião brasileira, que sintetiza vários elementos das religiões
africanas, indigenas e cristãs, porém sem ser definida por eles. Formada no início do
século XX no sudeste do Brasil a partir da síntese com movimentos religiosos como o
Candomblé, o Catolicismo e o Espiritismo. É considerada uma "religião brasileira por
excelência" com um sincretismo que combina o Catolicismo, a tradição dos orixás
africanos e os espíritos de origem indígena.
O dia 15 de novembro, já considerado pelos adeptos como a data do surgimento da
Umbanda, foi oficializado no Brasil em 18 de maio de 2012 pela Lei 12.644.
A umbanda teve início no Brasil pelo médium Zelio Bernardino de Morais, que trouxe
entidades numa sessão espirita, que passou a ele as leis da umbanda.
Anos depois, tivemos o início da Umbanda Sagrada, desenvolvida por Rubens Saraceni,
trabalhando com as 7 linhas da Umbanda.
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Ramificações
A Umbanda possui algumas ramificações, caracterizadas por diferenças em rituais,
métodos, hierarquia, etc.
Entre as vertentes mais conhecidas estão:
• Umbanda tradicional: criada por Zélio Fernandino de Morais, se baseia nos
princípios da caridade e da fraternidade. É fundamentada em três entidades
iniciais que são os Caboclos, os Preto-Velhos e as Crianças. Esta vertente
originalmente não é adepta das práticas africanas.
• Umbanda de almas e angola: além da Umbanda tradicional, se utiliza de ritos
africanos.
• Umbanda branca ou Umbanda de mesa: voltada ao Espiritismo com doutrinas
baseadas na conduta kardecista. Não trabalha diretamente com Exús, pombo-giras
nem se utilizam de fumo, álcool, imagens e atabaques.
• Umbanda de caboclo: tem influência da cultura indígena brasileira, trabalhando
com Caboclos. Não trabalha com orixás.
• Umbanda omolocô: do culto africanista aos orixás aos Guias e Linhas da
Umbanda.
• Umbanda esotérica: seu maior difusor foi Mestre Yapacany considerada como um
conjunto de leis divinas.
• Umbanda iniciática: derivada da Umbanda esotérica, foi fundada por Pai Rivas
(Mestre Umbanda Yamunisiddha Arhapiagha), com influência Iniciática oriental,com
uso de mantras indianos e do Sânscrito.
• Umbanda Sagrada: a partir dos ensinamentos transmitidos por Rubens Saraceni.
• Umbanda de preto-velho: onde só se trabalha na linha das almas benditas.
• Umbanda trançada ou Umbandomblé: Umbanda misturada com candomblé.
• Umbandaime: Mistura da umbanda com o ritual do Santo Daime.
Hierarquia
A hierarquia na Umbanda pode variar dependendo da quantidade de membros de modo
que pode se dividir em um grupo administrativo e grupo espiritual, além de variar de
acordo com o tipo de Umbanda (de nação, Esotérica, etc).
• Sacerdote (Pai-de-santo) e Sacerdotisa (mãe-de-santo): responsáveis por toda
a atividade espiritual que ocorre no terreiro, como iniciar, conduzir e encerrar as
giras e estabelecer as ordens e doutrinas passadas pelo astral.
• Pai Pequeno e mãe pequena: responsáveis na ausência do pai ou mãe, têm os
mesmos ensinamentos e participam de todos os rituais.
• Curimbeiro ou atabaqueiro: responsável por tocar e cantar os pontos cantados
nas giras
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• Médiuns
• Médium iniciante: médiuns que ainda não incorporam, sendo às vezes colocados
como cambonos até adquirirem experiência.
• Médium em desenvolvimento: médiuns em processo de desenvolvimento.
• Médium de trabalho: médiuns incorporados que prestam consultas nas giras de
atendimento e já passaram por todos os preceitos e obrigações (batismo, amaci e
coroação).
• Cambono: médium designado a auxiliar a entidade trabalhando como um
intérprete entre a entidade e o consulente.
Tipos de Medium
Se tratando de mediunidade em geral, sendo em qualquer culto afro brasileiro, teremos
uma variedade de dons mediúnicos. Existem médiuns com potenciais incríveis que
deixam de evoluir por querer desenvolver uma mediunidade que não possui.
A mediunidade é um dom divino que nos liga ao mundo espiritual, que no culto afro
brasileiro chamamos de Missão, logo, cada médium tem uma missão diferente, por isso
não devemos tentar nos igualar a outro médium ou qualidade mediúnica.
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Rituais na Umbanda
Os rituais da Umbanda visam evocar o orixá ancestral e toda sua hierarquia composta
por, Guias e Protetores.
Os rituais não têm forma ou modo definido de modo que variam de casa para casa e
estão subordinados às decisões de cada Pai-de-santo e cada entidade protetora do
terreiro.
O local onde se dá as celebrações e o atendimento do público é geralmente uma casa
denominada por tenda que contém um terreiro e um salão apropriado para sessões.
Devemos salientar que os trabalhos de orixás são diferentes de trabalho com entidades,
pois cada um trabalha em vibrações diferentes.
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Os toques do atabaque para orixá são diferentes dos toques de atabaque das entidades,
assim separando a vibração, pois orixás são forças da natureza e entidades são espíritos
desencarnados no processo de ajuda terrena.
Por isso temos a diferença da comunicação, orixás não falam, se comunicam de formas
metafisicas ou oníricas. Já as entidades, quando incorporadas, conversam normalmente
pois já estiveram na terra encarnados um dia.
• Caboclos
• Marinheiros
• Boiadeiros
• Exus
• Pomba-giras
• Erês
• Baianos
• Pretos Velhos
• Ciganos
• Exu Mirim
• Pomba-gira Mirim
Cada orixá, possui entidades diferentes que trabalham na sua energia, elas são
chamadas de falanges, podem ter nomes diferentes, idiossincrasias e trabalharem até
mesmo na linha de vários orixás.
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Entidades e Falanges
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Nomes de alguns Marinheiros da Umbanda, que trabalham em falanges espirituais,
"incorporando" em médiuns nos terreiros.
Martin Pescador
Martin Negreiro
Marinheiro das Sete Praias
Marinheiro das Sete Ondas
Marinheiro do Oriente
Marinheiro Mercador
Manoel Marujo
Manoel da Praia
João Pescador
João da Praia
João do Rio
João do Farol
João Marujo
Zé do Mar
Zé do Barco
Zé da Canoa
Zé da Jangada
Zé do Bote
Zé do Cais
Zé Pescador
Zé da Proa
Seu Atenor
Seu Sete Ondas
Seu Sete Cais
Seu Jangadeiro
Seu Gonçalo Pescador
Seu Zé da Praia
Capitão do Mar
Pescador Sete Concha
Pescador Sete Luas
Pescador Beira Mar
Pescador Maré Mansa
Pescador Sete Praia
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Nomes de alguns Pretos Velhos da Umbanda, que trabalham em falanges espirituais,
"incorporando" em médiuns nos terreiros.
A linha de pretos velhos tem segundo nome especifico do campo de trabalho.
Pai Joaquim
Pai Cipriano
Pai José
Pai Mané
Pai Jacó
Pai João
Pai Guiné
Seu Benedito
Seu Caetano
Seu Francisco
Seu Serafim
Seu Sebastião
Vovó Cambinda
Vovó Catarina
Vovó Terezinha
Vovó Maria
Vovó Francisca
Vovó Maria Conga
Vovó Benedita
Vovó Luzia
Vovó Maria do Rosário
Vovó Antonieta
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Nomes de alguns Boiadeiros da Umbanda, que trabalham em falanges espirituais,
"incorporando" em médiuns nos terreiros.
Zé da Figueira
Chico da Porteira
Zé do Laço
Zé da Campina
Zé Mineiro
João da Serra
Boiadeiro do Cruzeiro
Tião Carro de Boi
Zé do Trilho
João Boiadeiro
Boiadeiro do Lajeado
Boiadeiro da Jurema
Zé do Gibão
Maria Bonita
Zé da Boiada
Severino da Mata
Severino do Laço
Zé do Berrante
João do Boi
Severino Vaqueiro
Pedrinho
Zezinho
Cosminho
Mariazinha
Joãozinho
Ditinha
Crispim
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Nomes de alguns Exus da Umbanda, que trabalham em falanges espirituais,
"incorporando" em médiuns nos terreiros.
Pomba-gira do Cruzeiro
Pomba-gira do Cais
Pomba-gira da Calunga
Pomba-gira Cigana
Pomba-gira Maria Quitéria
Pomba-gira Maria Mulambo
Pomba-gira Maria Padilha
Pomba-gira Rosa Caveira
Pomba-gira Rosa Vermelha
Pomba-gira Rainha da Encruzilhada
Pomba-gira das Rainha da Calunga
Pomba-gira Rainha
Pomba-gira da Estrada
Pomba-gira Sete Saias
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Nomes de alguns Baianos da Umbanda, que trabalham em falanges espirituais,
"incorporando" em médiuns nos terreiros.
Baiano do Côco
Baiano Beira Mar
Baiano da Calunga
Baiano Quimbandeiro
Zé da Faca
Zé do Côco
Zé do Cruzeiro
Baiana do Maria do Rosário
Baiana do Maria do Bonfim
Baiana da Praia
Maria da Capela
Maria Benzedeira
Maria da Calunga
Ramon
Wanda
Santiago
Gonçalo
Esmeralda
Sarita
Sarah
Rosa Vermelha
Carmem
Madalena
Maria Dolores
Alejandro
Pablo
Salvador
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O Campo Santo
O campo santo é o local de força do orixá e da entidade.
É o local onde o orixá e as entidades ligadas a eles trabalham.
Assentamentos e Ibás
Igbá Orixá, ibá orixa ou simplesmente ibá são os assentamentos sagrados dos Orixás na
cultura afro brasileira, onde são colocados apetrechos inerente a cada um deles na feitura
de santo no candomblé.
Nos igbas encontramos talhas, quartinhas(jarra) e quartilhões(jarra grande), que devem
conter o líquido mais precioso da vida chamado pelo povo do santo de omin (água).
Cada igba orixa é uma representação material e pessoal, simbolizando a captação de
energia oriundo da natureza, ligado aos orixás correspondentes e sempre emanando
energias para seus adeptos e crentes.
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Firmezas na Umbanda
Firmezas são uma forma de Magia de Umbanda, feitas com o intuito de serem temporárias.
É muito comum ouvirmos nos terreiros – dentro dos desenvolvimentos ou no bate-papo
mesmo – que tal guia fez uma firmeza tal e tal. Firmeza na realidade é um conjunto de
elementos unidos com propósito determinado e com conjuração específica para cumprir um
fim em especial.
Podemos ter firmezas de proteção, de cura, de saúde, de harmonia, de prosperidade, de
descarrego e uma infinidade de outras mais. A firmeza pode ser feita por qualquer pessoa,
seja: médium, cambono, pai-de-santo ou até mesmo o leigo. Porém é preciso saber o que
se está fazendo para não juntar simplesmente um monte de elementos sem um propósito.
As firmezas geralmente são bem simples e práticas, são uma forma rápida de evocar de-
terminadas energias para nosso benefício. Costuma-se usar vários elementos¹ agregados,
tais como: fitas, velas, pembas, símbolos, pedras, cristais, minerais, perfumes, ervas, etc.
As oferendas também podem ser consideradas firmezas, pois possuem um tempo determi-
nado de ativação, execução e por fim deixam de atuar.
Existem firmezas que são montadas em cima de pontos riscados e outras não. Porém em
todas é necessário que se faça determinada conjuração ou evocação, por meio de preces
espontâneas, orações conhecidas, pontos-cantados, rimas ou até mesmo entoando sal-
mos.
A firmeza terá um tempo de ativação, geralmente definido pelas velas se queimando ou
através de outra ativação como repetição de preces ou conjuros. Porém, ela não ficará ativa
indeterminadamente, sua execução é finita, ou seja, uma hora irá terminar. Essa é a dife-
rença entre a firmeza e o assentamento, o assentamento é como se fosse uma firmeza que
se alimenta periodicamente para sempre manter sua força e é fixo. Sempre estará ema-
nando energia e cumprindo seu propósito sem tempo determinado. A firmeza não. Ela irá
expirar assim que a determinação a ela dada seja cumprida, ou não seja, pois isso depende
da sua necessidade e do seu merecimento.
Banhos de ervas
O uso de banho de ervas para fortalecimento do corpo ou para renovar as energias é co-
nhecido desde os tempos antigos. Porém, mesmo nos dias atuais poucas pessoas sabem
como prepará-lo. As propriedades medicinais e terapêuticas das plantas são conheci-
das há milênios. Aqui no Brasil, sabe-se que essa tradição de realizar ritual com erva foi
introduzida pelos escravos.
Banho de ervas são naturais e por isso podem ser bem simples. Por esse motivo, suas
propriedades e benefícios ultrapassam a barreira do tempo, sendo transmitidos de pais
para filhos em gerações em gerações.
Geralmente o banho de ervas serve para equilibrar e renovar as energias do corpo.
Dessa forma, eles promovem o relaxamento físico e mental. Contudo, há quem faça uso
da prática para curar doenças físicas de maneira mais natural.
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O banho de ervas no culto afro brasileiro tem nome de abô no candomblé e amaci na
umbanda. Esse ritual tem fundamento de limpar o iniciado na religião e mantê-lo ligado
na força da natureza.
Os banhos são fundamentais antes dos trabalhos mediúnicos e também no dia a dia do
iniciado ou adepto crente dos cultos afro brasileiros. Esses banhos podem ser tomados de
cabeça ou somente do pescoço para baixo, pois existem ervas fortes que podem faz mal
ao Orí (santo de cabeça) da pessoa.
Para efetuar banhos corretamente deve se saber corretamente qual os orixás que a pes-
soa carrega consigo, assim usando folhas e ervas especificas para maiores benefícios.
Banhos com ervas proibidas podem causar quizila, e fazer muito mal a pessoa.
Temos uma variedade imensa de ervas dadas a nós pelo nosso pai Ossain, mas precisa-
mos tomar cuidado na hora de usa-las. As ervas se dividem em 3 tipos: frias, mornas e
quentes.
Geralmente não se joga ervas quentes na cabeça de um iniciado, a não ser que a mesma
foi misturas com mais ervas frias, mas esse preparo tem que ser analisado com muito cui-
dado e sabedoria.
Os banhos podem ter finalidade de cura, abertura de caminhos, amor, descarrego de
energias ruins, elevação energética, elevação mediúnica e proteção.
No preparo do banho, temos que macerar as ervas e extrair o sangue verde, chamado de
ejé ewé, e pedir para Ossain, o orixá as ervas abençoar aquele banho e o tornar sagrado.
Existe uma frase no fundamento do culto afro brasileiro em ioruba que diz:
“Ko sí ewe, ko sí orisá” – Sem folhas, não existe orixá.
Logo, toda a ritualistica do culto afro brasileiro exige ervas, desde os banhos, até os ebós,
oferendas e firmezas, pois os orixás estão na força da natureza, nas ervas, nas sementes,
e em toda a natureza.
O nome do ato de macerar as ervas para rituais se chama Sassanha.
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Alecrim: atrai prosperidade, abre caminhos e afasta a tristeza;
Aroeira: erva de descarrego, remove a negatividade do corpo;
Arruda: elimina a vibração negativa, limpando a aura;
Camomila: atrai prosperidade e tem propriedades relaxantes;
Alfazema: purifica, e equilibra as energias;
Anis estrelados: atrai riqueza e prosperidade, melhora a mediunidade;
Espada de São Jorge: é uma fonte de limpeza espiritual, traz proteção;
Eucalipto: fortifica o espírito e remove as energias negativas;
Guiné: atrai boas energias e remove o cansaço;
Lavanda: indicada para problemas no relacionamento e também abre caminhos.
Cravo da Índia: limpa a aura e descarrega miasmas.
Sálvia: elevação mediúnica e descarrego.
Manjericão: limpa e dá vitalidade.
Lírio branco: traz paz e tranquilidade
Boldo: paz e harmonia, calmante e protetor
Calêndula: calmante e relaxante
Colônia: acalma e energiza
Canela de velho: descarrego e acalma o espirito
Guaco: liberta de traumas psicológicos
Folha de mamona: descarrego forte
Capim santo: elevação mediúnica e proteção
Rosa Branca: traz paz e tranquilidade
Rosa Amarela: ajuda na autoestima
Rosa Vermelha: ajuda no amor e na sensualidade
Jasmim: amor e tranquilidade, bem-estar
Hortelã: acalma e protege
Peregum: proteção e energia
Sândalo: traz paz e eleva a mediunidade
Patchouli: sensualidade e prosperidade
Vence demanda: descarrego e limpeza
Erva de santa luzia: ajuda na clarividência
Lagrima de Nossa Senhora: limpeza e descarrego
Algodoeiro: paz e tranquilidade
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Ervas do Orixás
Ewá
Arrozinho, baronesa (alga), golfão.
Exu
Pimenta, capim tiririca, urtiga. Arruda, salsa, hortelã. (Em algumas Casas: Brinco de Prin-
cesa, Fedegoso).
Iansã
Cana do Brejo, Erva Prata, Espada de Iansã (não serve para banho), Folha de Louro (não
serve para banho), Erva de Santa Bárbara, Folha de Fogo, Colônia, Mutamba, Folha da
Canela, Folha de Alho, Alfavaquinha, Erva Tostão, Peregum amarelo, Catinga de Mulata,
Parietária, Para Raio. (Em algumas casas: Catinga de mulata, Cordão de frade, Gerânio
cor-de-rosa ou vermelho, Açucena, Folhas de Rosa Branca).
Ibeiji
Jasmim, alecrim, rosa.
Logum Edé
As mesmas de Oxum e Oxóssi.
Nanã
Colônia, Manjericão Roxo, Taioba (não serve para banho), Ipê Roxo, Erva de Passarinho,
Dama da Noite, Folha da Quaresma, Jarrinha, Parioba, Golfo Redondo, Canela de velho,
Salsa da Praia, Manacá. (Em algumas casas: assa peixe, cipreste, erva macaé, dália ver-
melho escura, folha de berinjela, folha de limoeiro, manacá, rosa vermelho escura, trades-
cância).
Obá
Candeia, nega mina, folha de amendoeira, ipoméia, mangueira, manjericão, rosa branca.
Obaluaiê
Canela de Velho, Barba de Velho, Erva de Passarinho, Cinco Chagas, Fortuna, Hera, Folha
de Loko, Taioba (não serve para banho), Erva de Bicho, Barba de Milho. (Em algumas
casas: cuféia -sete sangrias, erva-de-passarinho, canela de velho, quitoco, Zínia).
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Ogum
Peregum (verde), São Gonçalinho, Quitoco, Mariô, Lança de Ogum (não serve para banho),
Coroa de Ogum (não serve para banho), Espada de Ogum (não serve para banho), Canela
de Macaco, Folha de Mangueira, Erva Grossa, Parietária, Língua de Vaca, Mutamba, Pal-
meira do Dendê, Taioba (não serve para banho), Alfavaquinha, Bredo, Cipó Chumbo. (Em
algumas casas: Aroeira, Pata de Vaca, Carqueja, Losna, Comigo Ninguém Pode, Folhas
de Romã, Flecha de Ogum, Cinco Folhas, Macaé, Folhas de Jurubeba).
Ossain
Manacá, quebra-pedra, mamona, pitanga, jurubeba, coqueiro, café. (Em algumas casas:
alfavaca, coco de dendê, folha do juízo, hortelã, jenipapo, lágrimas de nossa senhora, nar-
ciso de jardim, vassourinha, verbena).
Oxalá
Tapete de Oxalá (Boldo), Saião, Sândalo, Malva Branca, Colônia, Patchouli, Alfazema,
Manjericão Branco, Folha do Cravo da Índia, Neve Branca, Folha de Algodoeiro, Salsa da
Praia, Folha de Parreira, Rosa Branca, Folha de Laranjeira. (Em algumas casas: poejo,
camomila, chapéu de couro, coentro, gerânio branco, arruda, erva cidreira, alecrim do mato,
hortelã, folhas de girassol, agapanto branco, aguapé (golfo de flor branca), alecrim da horta,
alecrim de tabuleiro, baunilha, camélia, carnaubeira, cravo da índia, fava pichuri, fava de
tonca, maracujá (flores), macela, palmas de jerusalém, umbuzeiro, salsa da praia).
Oxóssi
Alecrim, Guiné, Vence Demanda, Abre Caminho, Peregum (verde), Taioba (não serve para
banho), Espinheira Santa, Jurema, Jureminha, Folha de Mangueira, Couve, Jurubeba,
Bredo sem Espinho, Capela, Jarrinha, Desata Nó. (Em algumas casas: Erva de Oxossi,
Erva da Jurema, Alfavaca, Caiçara, Eucalipto).
Oxum
Colônia, Macaçá, Oriri, Oripepê, Macaçá, Jasmim, Pingo D’água, Agrião, Dinheiro em
Penca, Manjericão Branco, Calêndula, Narciso, Alfavaquinha, Malva Branca, Folha de For-
tuna, Rama de Leite, Folha de Vintém; Vassourinha e Erva de Santa Luzia (não servem
para banho). (Em algumas casas: Erva Cidreira, Gengibre, Camomila, Arnica, Trevo Azedo
ou grande, Chuva de Ouro, Manjericona, Erva Sta. Maria).
Oxumarê
Mesmas de Oxum.
Xangô
Erva de São João, Erva de Xangô, Nega Mina, Erva de Santa Maria, Jarrinha, Beti, Ele-
vante, Cheiroso, Elevante, Cordão de Frade, Jarrinha, Erva de Bicho, Erva Tostão, Bico de
Papagaio, Alfavaquinha, Mutamba, Mal-me-quer Branco Caruru, Para raio, Umbaúba. (Em
algumas casas: Xequelê, Manjericão Roxo).
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Yemanjá
Colônia, Golfo de Baronesa, Pata de Vaca, Rama de Leite, Jarrinha, Abebê, Bredo sem
Espinho, Alfavaquinha, Malva Branca, Capela, Folha de Neve Branca, Manjericão Branco,
Embaúba. (Em algumas casas: aguapé, lágrima de nossa, araçá da praia, flor de laranjeira,
guabiroba, jasmim, jasmim de cabo, jequitibá rosa, malva branca, marianinha - trapoeraba
azul, musgo marinho, nenúfar, rosa branca, folha de leite).
*No culto do Candomblé verde, não se mata animal, logo se usa o sumo de frutas aver-
melhadas, como amora, pitaya vermelha, vinho tinto, para substituir o sangue animal.
Domingo – Obaluaiê/Omolu/Nanã
Segunda – Exu
Terça – Ogum
Quarta – Xangô e Iansã
Quinta – Oxóssi e Ossain
Sexta – Oxalá
Sábado – Iemanjá e Oxum
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Quartinhas e Quartilhões
As quartinhas são jarros de barro, cobre ou porcelana usados para armazenar agua ou
bebidas especiais. Elas possuem a diferença de tamanho e de sexo, sim, as quartinhas
com alças são usadas em orixás femininos e as sem alças são usadas para orixás
masculinos.
É pelas quartinhas que os orixás se conectam com o filho através da agua (condutor
universal), e precisam ser frequentemente reabastecidas com agua pura. Geralmente os
orixás do mar se coloca agua de mar, os de rio agua de rio, porem isso não é uma regra,
o importante é manter as quartinhas cheias com agua pura e limpa.
Dentro das quartinhas podemos inserir também o Otá, pedra fundamental dos orixás.
Geralmente usa-se pedra de rio, mas existem cultos que utilizam cristais devido o poder
nesses contidos, e importante também usar cristais de acordo com cada orixá.
O otá pode ser deixado ao lado da quartinha também. Salientando que cada filho deve
possuir sua própria quartinha, ela é um instrumento pessoal de conexão com o orixá.
Aguidar
Aguidar são vasilhas de barro usadas para as oferendas aos orixás ou entidades.
São usados em natura ou pintados de acordo com o culto e ritualística da casa.
Nos dias de hoje, a geração ecológica esta produzindo seus alguidares em folhas de
bananeira, de forma biodegradável ao ecossistema, pois a maioria das oferendas são
levadas a natureza e deixadas para os orixás.
Os ilekés ou fios de contas são colares feitos de miçangas de acordo com a cor de
cada Orixá. Estas contas são enfiadas em cordonê (fio de puro algodão) e lavadas
com omi ewé mimo (água com folhas sagradas) ou banhadas no omi eró, ou seja, no
abô. Elas são fechadas com Isiro ikasi (uma conta especial), que aqui no Brasil ficou
conhecida como "firma", justamente por fechar ou firmar o colar.
TIPOS DE ILEKÉS:
Laroyê, Exu! Exu Mojubá! – Mensageiro, Exu! A Vós, Meus respeitos! – Sau-
dação ao orixá Exú e também entidades Pombagiras e Exús.
Ogum yê! ou Ogunhê! – saudação ao Orixá Ogum, significando salve Ogum.
“Oke Arô” ou “Okê Odê” ou “Okê Oxóssi” – Salve, aquele que grita, brada.
Salve o caçador! Salve Oxossi! Saudação ao orixá Oxóssi . Também usado
como saudação aos Caboclos (Okê, Caboclo!).
Epa Hei – saudação a Orixá Iansã e significa falar com espanto Olá. Esse es-
panto de grandeza de admiração ao ver o Orixá e dizer a ela Olá Iansã, Olá
Oyá.
Ora Yê Yê Ô! – Saudação a Orixá Oxum e significa salve a benevolente mãe-
zinha.
Odoyá ou Odocyaba – saudação a Orixá Iemanjá e significa salve a Mãe das
águas.
Atotô Ajuberô– saudação para o Orixá Omolú, significando “Silêncio! Ele está
aqui!”.
Saluba Nanã – saudação a Orixá Nanã Buruquê, cujo significado é “nos refugi-
amos em Nanã” ou salve a “Senhora da Lama”.
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Euê-ô! Euê-ô! Euê-ô! (yorubá) – “Salve as folhas!” , ou melhor; “Salve o Se-
nhor das folhas!” Saudação a Ossain.
“Kaô kabecilê!” – Saudação ao Orixá Xangô que significa – venham ver (ad-
mirar, saudar) o Rei (Alteza) da Casa.
Êpa Babá – saudação ao Orixá Oxalá significando: olá, com admiração e es-
panto, ao ancestral dos ancestrais.
Oni Ibejada! – Saudação aos orixás Ibejis.
*As entidades dos cultos aos espíritos são saudadas com as saudações referentes aos
orixás da linha de trabalho.
Ex: Caboclos de Oxossi são saudados com a saudação de Oxossi.
Caboclos de Xangô são saudados com a saudação de Xangô.
Assim sucessivamente igualitariamente para todos os orixás e entidades.
Saudações no Candomblé
Mukuiu é um pedido de bênçãos (para a nação Bantu e para as Umbandas deriva-
das) a resposta é Mukuiu N´Zamby (que Deus te abençoe).
Para os Jejê e também Ketu (e Umbandas derivadas), o pedido de benção
será Kolofé e a resposta Kolofé Olorum.
Entre os grupos Nagôs (yorubás) a temos a saudação Motumbá, e a resposta
é Motumba Axé, mas essa normalmente um significado mais específico. Baba mi
motumbá (pai me abençoe).
Odús e Destinos
Todos nós temos um destino, e no culto afro brasileiro isso não muda, na cultura iorubana
cada um de nós nasce predestinado a algo e com um orixá ou mais em nossa cabeça
para nos proteger e orientar. Esses destinos são chamados de Odús.
Existem dezesseis odu maiores no corpo literário Odù Ifá. Combinados, resultam num
total de 256 odus, acreditando-se referirem a todas as situações, circunstâncias, ações e
consequências na vida. Constituem a base do conhecimento tradicional espiritual e todos
os sistemas de adivinhação yorubá.
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A palavra odu vem da língua iorubá e significa destino.
Cada homem (ser) possui o seu destino que se assemelha a de outros, mas sempre com
alguma particularidade.
Para esse estudo são usadas diversas técnicas ou métodos oraculares, como por
exemplo o Merindilogun, o opele-Ifá, o Ikin, etc.
O Culto de Ifá por costume é feito por homens, chamados Babalawô, diferente dos cultos
realizados no Candomblé que são praticados por homens Babalorixá e mulheres Iyalorixá.
Quando alguém quer cuidar de seu Orixá procura um Babalorixá ou Iyalorixá, mas quando
é para tratar de seu equilíbrio enquanto Ser, procura um Babalawô que o fará pelos
caminhos de Odu.
A consulta através dos Odus pode ser interpretado pelo Oráculo de Ifá, com os Odu Meji
(duplos destinos ou repetidos duas vezes) são em número de 16 e conhecidos como Odu
Originais ou Principais.
Os 16 Odus são:
1. Okaran
2. Ejiokô
3. Etaogundá
4. Irosun
5. Ôxê
6. Obará
7. Ôdi
8. Êjioníle
9. Ossá
10. Ôfun
11. Ôwarin
12. Êjilaxeborá
13. Êjilobon
14. Iká
15. Obéogundá
16. Êjibé
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Os odús são como o horóscopo romano, cada um deles, mostra o destino, o orixá re-
gente, e como o portador será em vida.
Para os iorubanos, Olodumaré junto a Orumilá, dão os odús as almas antes de encarna-
rem, assim, quando em vida, precisam buscar um babalawô e consultarem seus odús e
obrigações dentro do culto africano.
O jogo de Buzios
O jogo de búzios é uma das artes divinatórias utilizado nas religiões tradicionais africa-
nas e na religiões da diáspora africana, instaladas em muitos países das Américas se tor-
nando tambem um culto afro brasileiro. Religiosamente, é conhecido como Merindelo-
gun (ou Eèrìndínlógún), sendo, junto com a noz de cola (obì), o oráculo mais antigo
dos Iorubás.
Existem muitos métodos de jogo, o mais comum consiste no arremesso de um conjunto
de 4, 8 , 16 ou 21 búzios sobre uma mesa previamente preparada ou uma peneira, e na
análise da configuração que os búzios adotam ao cair sobre ela. O adivinho, antes reza e
saúda todos os Orixás e durante os arremessos, conversa com as divindades e faz-lhes
perguntas.
Considera-se que as divindades afetam o modo como os búzios se espalham pela mesa,
dando assim as respostas às dúvidas que lhes são colocadas.
Quem responde no jogo de búzios é Exu, ou seja, o orixá Exu é que responde as per-
guntas para o adivinho repassar ao cliente.
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O Candomblé de etnia Kétu (Nigéria), fala e canta no idioma yorùbá. Kọrin Òrìṣà
(Cantigas dos Orixás).
O Candomblé de etnia Jeje (Benim, antigo Dahomé), fala e canta no idioma ewe
fon. Kuhan Vodun (cantigas das divindades)
O Candomblé de etnia Banto (Angola ou Congo), o mais diversificado em idiomas,
como Kimbundu e kikongo, tem diversos rituais cantados. Kukantala hia Nkise
N'gola (cantigas das divindades de Angola).
As cantigas no Candomblé são mensagens que fazem a ligação do homem com o Òrìṣà
(Orixá). A cantiga Oní Sáà wúre (O Senhor do Tempo) de etnia Kétu é uma das mais co-
nhecidas e cantadas no Candomblé, sendo inclusive gravada e cantada por artistas da
nossa MPB.
Esta cantiga exalta o poder supremo de Olódumare - Ọlọ́run (Deus). Ela é cantada na se-
quência de cânticos em louvor a Òrìṣà nlá (O Grande Orixá), enaltecendo suas virtudes
de Pai e Senhor da Existência das Pessoas aqui no Àiyê (Terra). De tão perfeita e harmo-
niosa, esta cantiga é um lindo louvor do Candomblé a Grandiosidade de Deus!
As cantigas são realizadas em todas as ritualísticas, sendo desde a preparação dos ba-
nhos, nas oferendas, nos trabalhos, nas aberturas de Xirês, na preparação das comidas,
no sacrifico, nas festas, nas iniciações, nos funerais, etc.
Agradecimentos
Fica aqui a imensa gratidão do Instituto Culto Afro Brasileiro pela dedicação e interesse
nessa cultura tão rica e linda.
Que todos alcancem seus objetivos e possam crescer em todos seus potenciais, fisica-
mente, psicologicamente, espiritualmente, socialmente e intelectualmente.
Que Olorum abençoe a todos.
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Dicionário Iorubá Básico para aprendizado
Material cedido pelo intérprete Obejawê Sawayin Zayiuni, professor de ioruba nas América do Sul.
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ABÉRE – agulha, alfinete
ABÈTÈ – botequim, bar
ABI - nascer
ÀBI – ou
ABIÃ – Posição inferior da escala hierárquica dos candomblés ocupada pelo
candidato antes do seu noviciado; em yorùbá significa "aquele que vai nascer".
ABÍKÉHÌN – caçula
ABIKU – “aquele que predestinou a morte”
ABILEKÓ – mulher casada ÁBINIBI - hereditário
ABÍNIKÚ - calúnia
ABIODUM - um dos Obá da direita de Xangô
ABÍYA – axilas, sovaco
ÀBÒ – volta, retorno, metade (Vd. IDÀJI)
ABÓ - amparo
ABO – bandeja, ganso, fêmea, feminina
ÁBO– prato, louça de barro (Vd. ÀWO)
ABÒ - escudo
ABO AJA - cadela
ABO ESIN - égua
ABOMALÈ – aquele que cultua os ancestrais (egúngún)
ABO MÀLÚÙ – vaca
ABÒRISÀ – aquele que cultua, adora os Orixás
ABORÔ – Denominação genérica dos òrìsà masculinos, por oposição as iabás, que
são as divindades femininas.
ÁBOSÍ – decepção
ABOSI – pobre (Vd. AKUSE TÁLÁLÀ) ABÓYA – abertamente
ABOYÁ – talvez (Vd. BÓYÁ. KIOSE, KIORIBE)
ABOYÚN – mulher grávida ABUKÉ - corcunda
ABÙKÚ – defeito, deformado (Vd. ÀLEBÚ)
ÁBUKU – amaldiçoado, desgraçado (Vd. TOSI)
ÁBUMÓ - exagero
ABUNI - abusado
ÀBÚRÒ – irmão (ã) mais novo de idade
ÀBÚRÒ OBÌNRIN – irmã mais nova
ÀBÚRÒ OKÙNRIN – irmão mais novo
ABUSÓ – adivinho (Vd. ÁLAMÓ, ALAFOSÉ, AFONILEIYÈ)
ABUSO – idéia
ABUWÉ-KÈ – sabonete
ÀDÁ - facão
ÀDÀBÀ – pomba silvestreÁDAGUN - lago
ADAHUN – Tipo de ritmo acelerado e contínuo executado nos atabaques (vd.) e
agogós. É empregado, sobretudo nos ritos de possessão como que para invocar os
òrìsà.
ADÀJO – juíza (Vd. ONIDAJÓ, ÌDÁJÓ)
ADAMÓ – herói, heresia
ÁDAMO – natural (Vd. ÀDANIDÁ, EDÁ, ÌWA ÈDÁ)
ÁDAMORAN – teoria
ÀDÁN – morcego (Vd. ÁJAO)
ÀDANIDÁ – natural – natural (Vd. ÁDAMO, EDÁ, ÌWA ÈDÁ)
ADANIRÚ – intruso
ÁDANÚ – perda (Vd. JIJÓ)
ÀDÁ ÒBE, ÀWODI - facão
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ÁDAPO – aliança, união
ADE – Termo com que se designam (nos candomblés) em especial os efeminados e,
genericamente, os homossexuais masculinos.
ADÉ – coroa
ÁDEBA – desgraça, vergonha (Vd. IPARUN, ÈTÉ)
ADÈBO – pessoa que prepara a comida com os animais oferecidos em sacrifício de
acordo com as regras religiosas.
ADEDÓ – pescador (Vd. ADÉJÀ, APEJA, PEJA)ADÉHUN – acordo
ADENA – vigia
ADE OBA - coroa real
ADETÁ - nome sacerdotal
ADÌE - galinha
ADÌE ODÒ – gaivota
ADÌE SÍSUN – galinha assada
ADIJA, ADJA – sineta
ÀDIMÓ – abraço
ADIMU – comida (Vd. AJEUN)
ADINKARÀ – padeiro (Vd. ILÉ BÙRÉDÌ)
ADIRE – tecido estampadoADIRE-IRANNA – uma ave “ave que compra a estrada”
para que o morto encontre um bom caminho
ADITÍ – surdo, mudo
ADÓ – comida feita com pipocas e epô
ADOGÁN - fogão
ADÓRIN – setenta (numeral)
ADÓRUN – noventa (numeral)ADÓSÙU – Diz-se daquele que teve o osùu assentado
sobre a cabeça. O mesmo que iaô.
ADOTA - cinqüenta
ADUFE – Pequeno tambor. Instrumento de percussão de uso mais freqüente nos
xangôs
no Nordeste.
ÁDUFÈ – bem amado
ADÚGBÒ – bairro (Vd. AGBÈGBÈ, AMÒ, ÀDÙGBÒ, ALÓ)
ADUN - comida de Osun, milho picado, azeite dendê e mel
ADUN – sabor, doce (Vd. DÙN, LADÙN)ADÙN – doçura, bolo
ADUNÁ - adversário
ADUN IREKE - açúcar
ADÚPÉ – obrigado (agradecimento)
ADUPÉ-LEWÔ-OLORUM - graças a Deus por ter conservado minha vida e a minha
saúde
ADÚRÀ – prece, oração, reza (vd. KIRUN)
AFÁ – ponte (Vd. AFARÁ, GÁDÀ)
AFAIYÁ – feitiço, telepatia
AFAIYÁ-KORIN – encantador (Vd. NIFAIAYA, GBAJÉ)
AFÁRÁ – ponte, viaduto
ÁFARADÀ – paciência, resignação (Vd. SÙRÙ)
AFARÁ-OYIN – favo de mel
AFÉ – abanar, soprar, ventar (Vd. JADE, FÉ)
AFÈ – amante
AFÉFE – vento, ar, mensageiro de Oya
AFEFEJEJE ou EFEFE JEJE – brisa (Vd. ATÉGÙN)
AFEFE ÒJÍJÍ – corrente de ar
AFEMOJUMO - madrugada
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AFEYIKA – ventania AFIN – O mesmo que ifin. Designa a noz-de-cola branca, na
língua yorùbá; por extensão a cor branca (vd. efun).
ÀFÍN – albino
AFIN – palácio do rei (Vd. ÀÀFIN)
AFINNÀ - forja
AFIRIKA – África
AFISIRÈ - brinquedo
ÀFOGÁN – fogão, forno (Vd. ÀRÌRO)
AFÓJU – cego
ÀFOMÓ – doença infecciosa trazida pelo orixá das doenças
ÀFÒMÓN – parasitas e plantas rasteiras
AFONAHAN – líder (Vd. OLORÍ)
ÁFONIFOJÍ - vale
AFONILEIYÈ – adivinho (Vd. ABUSÓ, ÁLAMÓ, ALAFOSÉ)
AFONJÁ - uma qualidade de Xangô
AFORANMÓNI – falso (Vd. NIBURA, LAILOTÓ)
ÀFORÍJÌ – perdão
AFOSO – lavadeira (Vd. IBI ÌFOSO)
AFUNJA – SOBRINHO DE Arogangan re de Yorubá nomeado Governador de Ilorin
AFUNNÚ – fanfarrão (Vd. ONIHALÉ)
AFURÁ - bolo feito com arroz
ÁGÀ – cadeira
ÁGA – trono
ÁGABÁ – abrigo
AGABDÁ – roupa, pano (Vd. ÉWÚ, ASO)
ÁGADÁ – barracão
AGADA-GÓDO – tranca
ÀGÁDAGOGO – cadeado, tranca
AGA ÌKÒWÉ – carteira
ÁGA-ITISÉ - tamborete
ÀGÀN – mulher estéril
AGANDAN – veloz AGANJU – Orisà filho de Odudua e Obatala, irão de Iyemonja.
Significa “área despovoada, selva, planície ou floresta”
AGANNIGÁN – ladrão (Vd. OLÉ)
ÀGA ONI TÌMÙTÌMÙ FÚN ENÌKAN - poltrona
ÁGA-PÓSI - ataúde
AGARÁ - aborrecimento
ÀGBÁ – barril
ÀGBÁ – romã
AGBADÀ – vestimenta sacerdotalÀGBÀDO – milho, canjica (Vd. ÀGBO)
ÁGBAFÚFU – cascavel
ÁGBAGBÁ – lamúria (Vd. IROKA)
AGBAIYÉ - universo
ÁGBÁJÓ – acariciar
ÁGBAKÓ, ÀJÁLÙ – acidente
ÀGBÀLÁGBÀ, ÀGBÀ – adulto
AGBÀ-LOKAN - distrair
AGBÁRA – força, poder (Vd. PAKANLEKE, IPÁ)
ÀGBÁRA DÚDÚ – força negra
AGBÁRA OGBÓN - nervos
AGBÁRÍ – couro cabeludo, crânio
AGBAWO – aeromoça
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AGBE – navalha (Vd. OBÈ-JERÍ, OBÈ FARIN, ABE)ÀGBÈ – fazendeiro, agricultor
(Vd. AROKO OGBIN)
ÀGBÉBÒ – galinha que já botou ovo
AGBEBÓN – soldado (Vd. JAGUN-JAGUN)
AGBÈDÙ – estômago
AGBÈGBÈ – bairro (Vd., AMÒ, ÀDÙGBÒ, ALÓ)
AGBÉGI – entalhador
AGBEJORÒ – advogado
AGBELÈ – escavador
ÀGBÉLEBU - cruz
ÀGBERE – excesso, orgulho, arrogância (Vd. LADOFO, ÌGBÉRAGA)
AGBERE, ABO AJA – cadela
AGBESÓ - nascido
AGBESOKÉ, AGBERÚ – levantado (Vd. DÌDE)
AGBIGI – marceneiro
AGBIPÓ, AGBIRA – sucessor
ÀGBÓ - Carneiro
AGBO – bando
ÀGBO – milho, canjica (Vd. ÀGBÀDO)
ÀGBO – Infusão proveniente do maceramento das folhas sagradas as quais se vem
juntar o sangue dos animais utilizados no sacrifício e substâncias minerais como o
sal. Esse Líquido, acondicionado em grandes vasilhames de barro (porrões), é
empregado ao longo do processo de iniciação e para fins medicinais sob a forma
de banhos e beberagens.
AGBÒ JÒ, AGBÒRÙN – guarda-chuva
ÀGBON – coco
AGBON – abelha, marimbondo
AGBÒN - cesto
ÀGBÒNRIN – veado
AGBOULÁ - nome de um Egun
ÀGÉ – aipim
ÀGE – bule, chaleira
AGÈ – Instrumento musical constituído por uma cabaça envolta numa malha de fios
de contas, de sementes ou búzios.
AGEMO – camaleão (Vd. ÒGÁ)
AGERE – Ritmo dedicado a Òsóòsi executado aos atabaques
AGIDI – força de vontade
AGINJÙ – floresta
AGINJÚ ÈRÙN – deserto (Vd. ASAALÈ)
ÀGÒ – licença, dá-me licença por favor (Vd. YAGÒ, DAKUN)
AGO – humanidade (Vd. ÀSEKO, ÀSIKO, ARAIYE)
ÀGÓ – cabana, tenda
AGÒ - mortalha
ÀGO LÓNA – com licença
ÀGO MELO? – que horas?
AGONGO – derivado de gongo – inclinar, extremidade
ÀGÒ OLOPA - delegacia
AGÔGÔ - instrumento musical feito de ferro, composto de uma ou mais
campânulas,
geralmente de ferro, percutido por uma haste de metal.
AGOGO, AAGO – relógio
AGOGO ÒGIRI – relógio de parede
42
AGOGO OWÓ – relógio de pulso
AGONJÚ – Um dos doze nomes de Sòngó conhecidos no Brasil.
AGORO - coelho
ÀGÙFON - girafa
AGUNÁ – alfaiate (Vd. ALÁGBÀRÁN)
ÀGÙTÀN - ovelha
AGUXÓ - espécie de legume
AHÁ – cabaça tipo copo
AHEPERE - frágil
AHÓN - língua
AHON-INÁ - labareda
ÀHUSO – fábula, fantasia
A-IAN-MADÊ - como vão os meninos?
ÀIBUWO – desprezo
ÀIDA-ARA – enfermidade
ÀIDABÍ – infelicidade (Vd. ALAILORIRE)
ÀIDALU – conhecido, limpo, puro (Vd. ÒSESE, MIMÓ)
AIDAN - bela, bonita
ÀIDARA – maldade (Vd. AÌSIÀN)
AIDÉ – verde (Vd. ÀWO EWÉ)
ÀIDUN – inferior
AIDUN – quieto (Vd. NIDAKÉ, TÚTÚ)
AIDUPE – ingrato (Vd. LAILANÚ)AIÊ - o mundo terrestre
AIÊ - terra, festa do ano novo
ÀIFÈ – antipatia
ÀIGBEJE – teimoso (Vd. SÓ)
AIGBORAN – desobedecer
ÀIJEBI – inocente (Vd. LAILESÉ, LAINIBAWI)
ÀIJINNA – perto
ÁIKE - machado
ÀILAGBARA – impotência (Vd. ÀILOKUN)AILERA – fraqueza
ÀILETI – teimosia (Vd. ÓDÍ, ÌDÍNÚ, SÓ)
ÀILOKIKÍ – desconhecido, obscuro (Vd. JINLÉ, SUJU)
ÀILOKUN – impotente (Vd. ÀILAGBARA)
ÀILOPIN – eterno
AIMOYE – tanto(a) AINI GAGBARA – fraco (Vd. LAILAGBARA, SAILERA)
ÀINIGBONÁ - frieza
ÀINIRETÍ – desespero
ÀINKANJU – lentidão (Vd. ILORÁ)
AIPERÍ – convulsão, tétano
ÀIPINNU – indecisão
ÀIPÓ – raridade (Vd. LAIWOPÓ)
ÀIPON – verdura (Vd. ÈFO)
AIRÁ - uma qualidade de Sangô
AÌSAN – doença, estar doente (Vd. ÀRÙN, AÌSAN, ÓKUNRUN)
ÀISANU – impiedoso
ÀISATA - lealdade
ÀISEDEDE – injustiça
ÀISESO – estéril (Vd. WIRIWIRI)
ÀISÍ – ausência, morte (Vd. KÙ, IPÓ-OKÚ)
ÁISIÀN - maldade
AISIMI, AISÙN - insônia
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AISIRARÁ – nada, totalmente
AISÙN - insônia
ÀIYA – peito, coração
ÀIYÉ – vida, mundo
AIYÉ – Palavra de origem yorùbá que designa o mundo, a terra, o tempo de vida e,
mais amplamente, a dimensão cosmológica da existência individualizada por
oposição a òrun), dimensão da existência genérica e mundo habitado pelos òrisà,
povoado, ainda, pelos espíritos dos fiéis e seus ancestrais ilustres.
AIYÉ BAIYÉ– tempo antigo (Vd. ÀTIJÓ, OJOKUTOTO)AIYEJIJÉ - falcatrua
AIYÉKOTÓ – papagaio
AIYELUJARA – liberdade, invenção, criação (Vd. ÓMNIRA, ÌDÀSÍLÈ)
ÀIYERA - firmeza
AJA – “videira selvagem” – é uma divindade da floresta confundido com Aroni
AJÁ - campainha, sino
AJÁ – cachorro, cão (Vd. AKO AJA)
AJAGUN-OBINRIN – amazona
AJAYIPAPO – Qualidade de Oxossi
ÀJAKÁLÈ-ARUN - epidemia
AJAKO – lobo, chacal
ÁJÀLÁ – vd. Òòsàálá
AJALAMO – vd. Òòsàálá
ÁJÁLÙ - acidente (Vd. ÌJÁBÀ)
ÀJANAKÚ – elefante (Vd. ERIN)
ÁJAO – morcego (Vd. ÀDÁN)
AJA-OSU – planeta Vênus
ÁJAPÁ - tartaruga, cágado
ÀJASÉ – vitorioso, estranho, visita (Vd. ABAMI, PANDAN, OLOJÓ, ALEJÓ)
ÀJÉ - feiticeiro, bruxo, bruxa, feiticeira, mulher encantada
AJÉ – sangue
ÀJEKÌ - guloso
AJELÉ - governador
AJENIA – canibal
AJENINIYÀ – tirano
AJÉ OWO – dinheiro (Vd. OWÓ)
AJERIKU – mártir AJE SALUGA – Deusa da riqueza; seu nome significa “aquele que
ganha periodicamente”.Filha de Iyemonja
ÀJESÉ - ingratidão
AJEUN – comida (vd. ADIMU)
AJIGBÈSÈ - devedor
AJIMUDÁ - título sacerdotal
AJIRE – cerimônia para os iniciados de Songo (implica em carregar na cabeça uma
jarra cheia de furos, dentro do qual queima um fogo vivo)
ÀJIRI – aurora
ÀJO - jornada
ÀJOBÍ – afinidade, parentesco
ÀJODUN – aniversário
AJOGÚN – Palavra de origem yorùbá que designa os infortúnios, como a morte, a
doença, a dor intolerável e a sujeição.
AJOGUN – herdeiro (Vd. IJOGUN)
ÀJÒJÌ – estrangeiro
AJOPIN - divisão
ÀJÓYÒ – festa, alegria (Vd. ÀRÍYA, OLORÓ)
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AJUMOJOGUN - companheiro (Vd. ÒGBÁ)
ÀJUMOSE – parceria (Vd. ALABAPIN)
ÀKÀBÀ – escada (Vd. AKASO, ÀTÈGÙNILÉ)
AKALAMBÍ - sacolaÀKÀN – caranguejo
AKAN – elegância, elegante (Vd. ALAFÉ)
AKARÀ – pão (Vd. BÙRÉDÌ)
AKARÁ - bolo feito com feijão fradinho, pimenta, camarão seco e frito no epô.
ÀKÀRÀ JÉ – acarajé, o mesmo que Akará
ÀKARA-OYÌNBO - bolo
ÀKÀSA – Bolinhos de massa fina de milho ou farinha de arroz cozido em ponto de
gelatina e envoltos, ainda quentes, em pedacinhos de folha de bananeira.
ÁKASÌ - arpão
ÀKASO - escada (Vd. ÀKÀBÀ, ÀTÈGÙNILÉ)
AKE – cidade principal de EGBA cujo chefe se chama Alake (um que possui ake)
AKÉ - machado
ÀKÉKÉ – escorpião (Vd. ÓJÒGAN)
AKÉKÓ - aluno
ÀKETÈ - chapéu
ÀKÉTE - cama (Vd. ÌBÙSÙN)
AKEWÍ - poeta
AKIDAVIS – Nome dado nos candomblés Kétu e Jeje (vd. Nação) as baquetas feitas
de pedaços de galhos de goiabeiras ou araçazeiros, que servem para percutir os
atabaques.
AKIKODIE – galo (Vd. AKUKO)
ÀKILÒ – despedida
ÀKIMOLÉ – oprimido
AKIN – valentia
AKINI – visitante, visita (Vd. ÀLEJÒ)
AKIRI – vagabundo AKIRIJERO - pessoas que vão a todos candomblés
ÀKITI – macaco (Vd. JAKÓ, OBO)
AKITOYE – chefe da cidade de Lagos
ÀKIYÉSI – notícia de jornal
AKO - macho
ÀKÓ – verdade, justiça (Vd. OTITÓ, ODÒDÒ)
AKO AJA – cachorro, cão (Vd. AJÁ)
AKOBERÈ – iniciar (Vd. BÈRÈSI)
AKÓBI - primogênito
ÀKODI – aposento, sala
AKO ELEDE – porco (Vd. ELÉDÉ)
AKOGUN – campeão, herói
AKOJÁ – fim, final, vencimento (Vd. OPIN, ÌPÁRÍ)
AKOKÒ – idade, época, estação, hora (Vd. ÀSÌKÒ)
ÀKÓKÓ – primeiro (numeral cardinal)(Vd. EKINI)
ÀKÓKÒ ÈRÙN – estação das secas
ÀKÓKÒ ÒJÒ – estação das chuvas
ÀKÓKÒ ÒTÚTÙ – estação fria
ÀKÓKÒ ÒWÒRÉ – estação úmida
ÀKÓKÒ OYÉ – estação quente
AKOLOLÓ – gago
AKO MÀLÚÙ – boi (Vd. ERANLÁ)
ÀKORAN - infecção
AKÓRIN – cantor(a) (Vd. OLORIN)
45
AKÓRÓ - uma das invocações e dos nomes de Ogun
AKORO - capacete
ÀKOSO – governo
À KOTUN – fresco (Vd. OSESE, TITUN)
AKÒWÉ - escritor
AKÒWE-OWO - contador
AKU - obrigação funerária
AKUERAN – Qualidade de Oxossi. Tem fundamento com Oxumarê e Ossanhe
ÀKÙKO – galo (Vd. AKIKODIE)
AKUFI – linha
ÀKUNBÓ - inundação
AKUNRUN - alcova
AKURETE - idiota
AKUSE TALÁLÀ – pobre (Vd. ABOSI)
AKÚÙSÉ – pobre (Vd. ABOSI, AKUSE TALÁLÀ)
ALA - sonho
ÁLÁ – Pano branco usado ritualmente como pálio para dignificar os òrìsà
primordiais, geralmente feito de morim.
ALÁ - espécie de pano branco
ÀLÀÁFÍÀ - paz
ALÀÁFIÁ NI O? – tudo bem com você?
ALÁÁFIN - título dignitário do rei de Oyo
ALÁAGO – relojoaria (Vd., ÌSO AAGO, ALÁGOGO)
ALÁÀÍMÓ – burro
ALÁÀINÍTÌJÚ - pessoa
ALÁÀRE, ALÁÀÍSÈ – pessoas inocentes
ALÁÀRÚN – pessoa doente
ALABÁ - nome de um sacerdote do culto aos ancestrais
ALÁBÀFO – engomadeira
ALABALESE – al-ba-ni-ase “Ele que prediz o futuro”
ALABAPIN – parceiro (Vd. ÀJUMOSE)
ALÁBARÀ - clienteALABASE - colega
ALABAXÉ - o que põe e dispões de tudo.
ALABÊ - tocadores de atabaque E título que designa o chefe da orquestra dos
atabaques encarregados de entoar os cânticos das distintas divindades.
ALABÓ – guardião
ALÁBOJUTO - supervisor
ALABOYUN – bata
ALADANÚ - vencido
ALADAWOLE – impostor
ALADIRO – peneira (Vd. JÒ, SÉ)ALADUN – adocicado
ALAFE – distinto, elegante (Vd. AKAN)
ALÀFIA - felicidade; tudo de bom (Vd. AYÓ)
ALAFIN ou ALAWAFIN - invocação de Xangô. Nome do rei de Oyó - Nigéria. A
palavra significa “um que possui a entrada do palácio”
ALAFOSÉ – adivinho (Vd. ABUSÓ, ÁLAMÓ, AFONILEIYÈ)
ALAGBA – senhor, chefe (Vd. PATAKÍ)
ALÁGNÀFÒ - tintureiro
ALAGBARA - forte, bravo (Vd. LAGBAJÀ, TAGUN)
ALÁGBÀRÁN – alfaiate (Vd. AGUNÁ)
ALAGBATÓ – dama de companhia, enfermeira, mãe de criação
ALAGBÀWÍ - advogado
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ALAGBEDE – ferreiro
ALÁGOGO – relojoaria (Vd. ALÁAGO, ÌSO AAGO)
ALAHESO – tagarela (Vd. ONIWIKIWI, OLOFOFO)
ALAIBERU – corajoso, destemido (Vd. LAIYÀ)
ALAIBERU-OLORUN – terrível
ALAIDÁ - doenteALAIDUPE – desagradável (Vd. LAIDUN)
ALAIFÓ – virgem
ALÁIGBONRÀN - desobediente
ALAIHAN – invisível (Vd. LAIRI)
ALAIKÚ – imortal (Vd. ENIKOSILÉ)
ALAILABUKUN – maldito
ALAILAJÓ – antipático
ALAILE – exato
ALAILERÉ - imprestável
ALAILEWÀ – feio (Vd. LAIDARA, SAILEWÀ)
ALAILODI - exposto
ALAILOGBON – estúpido, ignorante (Vd. SÒPE, YÒPE)
ALAILORIRE – infeliz (Vd. ÀIDABÍ)
ALAIMÓ– indecisão, imundo (Vd. ÀPINNU, ÓBUN)
ALAIMO - barro (Vd. AMÓ, PETEPETÉ)
ALAIMOWÉ – analfabeto
ALAISAN, ALARUN, ALARÈ - pessoa doente
ALAISÍ – falecido (Vd. OLOGBÉ)
ALAIYAN – úmido (Vd. RÍN, TÚTÚ)
ALAIYÉ – monarca (Vd. OBA)ALÁJEKÌ - comilão
ALÁKE –título do rei de Abeokuta ALAKETU – chefe de ketu. A palavra significa “um
que possui Ketu” ALÁKORÍ - pessoa inútil ou sem vergonha
ALALUPAYIDÁ - mágico
ÁLAMÓ – adivinho (Vd. ÁBUSÓ, AFONILEIYÈ, ALAFOSÉ)
ALAMOJU - sabedoria (Vd. IMOYE)
ALAMORERE – refere-se à Obatalá que é “O dono do melhor barro” (que fez o
homem)
ALAMÚ, ALANGBA – lagarto (Vd. ÓFO)
ALÁNTAKÚN – aranha, tarântula
ALAPA - abóbora
ALAPATÁ – açougueiro
ALAPEJÉ - anfitrião
ALAPINI - nome sacerdotal do culto aos ancestrais.
ALAPON – trabalhador (Vd. LAPÓN)
ALARINA - padrinho de casamento
ALASAKÍ – famoso (Vd. LASAKI, OLOKIKI)
ALASÈ – cozinheira (Vd. KÚKÙ)
ALÁTE – chapeleiro
ALAWÓ – colorido
ALAYA – marido (Vd. OKO, OLÓBIRIN)
ALAYE - vivo (Vd. TIYÉ, ELEMI)
ALÀYÉ - explicação
ALAYÊ - possuidor da vida
AL-BA-NI-ASE “Ele que prediz o futuro” referindo-se à Obatalá
ALE – lepra
ALÉ – noite, vassoura (Vd. ÌGBÁLÈ)
ÀLE – amante, namorada (Vd. FIFÉ)ÀLEBÚ – defeito (Vd. ABÙKÚ)
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ÀLEFÓ – tumor (vd. MALUKÉ)
ALÉGBÁ, ALEGUGU – jacaré (Vd. ÒNI, ELEGUGU)
ÀLEJÒ – visita, estranho (Vd. ÀJASÉ, PANDAN, OLOJÓ, ABAMI, AKINI).
ALÉKESSI – Planta dedicada a Òsóòsi, também conhecida como São Gonçalinho.
ALIÀSE – vd. Runko
ÀLIKAMÁ - trigoALÓ – mão (Vd. OWÓ)
ALÓ – bairro (Vd. AGBÈGBÈ, AMÒ, ÀDÙGBÒ)
ALODÊ – Vd. IYALÒDÈ
ALONIBANIASE – “Ele escolhe a vida que vai passar” – refere-se à reencanação do
ser que escolhe onde e como vai viver.
ALORÉ – vigilante
ALÓVI – dedo (Vd. ÌKÁ)
ÀLUBÓSÁ – cebola
ALÚBÓSÀ ELÉWÉ - cebolinha
ALÙDARÍ - diretor
ALUFÀ – padre
ALÙJONÚ – fada, espírito (Vd. ÀRONI, EGBÉRE, IWIN, KUREKERÈ)ÀLUKEMBÚ -
estribo
ÀLUMANI – tesouro
ÁLÙPUPU - motocicletaÀLUSÉ – fechadura (Vd. OJUSIKÁ)
AMACIS (ou AMASSIS) – Abluções rituais ou banhos purificatórios feitos com o
líquido
resultante da maceração de folhas frescas. Entram geralmente em sua composição
as folhas votivas do òrìsà do chefe-de-terreiro do iniciando, e as assim chamadas
"folhas de nação”.
AMACY NO ORI - cerimônia de lavar a cabeça com ervas sagradas.
AMADOSSI D’ORISA - cerimônia do dia do santo dar o nome.
AMALÁ - comida feita para Sangô com quiabo e outros produtos.
AMBROZÓ - feito de farinha de milho
ÀMÌ – acento, sinal, marca
ÀMÌ-ARIN, AMI-FAGUN – til
ÀMÌ-ÌSALE – acento grave
ÀMÌ-ÒKE – acento agudo
AM-NÓ - o misericordioso
ÀMÓ – mas
AMÒ - barro
AMÒFIN – jurista
AMOLE - pedreiro
AMÓ PETEPETÉ– argila (Vd. ALAIMO)
ÀMÒTÉKÚN – leopardo, tigre
ÀMUBÁ – oportunidade AMUKOKO - fumante
AMÚGA – garfo
AMURÉ - zona
ÀMUWA – sina ÀNA – parente por afinidade ÀNÁ – ontem (Vd. LÁNÁ)
ÀNA’KÙNRIN, ÀNA’BINRIN – cunhado (a)
ANFANI – vantagem (Vd. OJURERE)
ANGELI - anjo
ANGOMBAS – vd. RUN, RUNPI
ANIKANJE - ermitão
ÀNJONÚ – maus espíritos ANON - eles
ANTÈTÈ - grilo
ANÚ – caridade
48
AONTIN – narina (Vd., IHÒ IMÚ, IMÚ)
APÁ – braço, asa (Vd. ÓSI)
APÀ - lado
ÀPÁ - cicatriz
ÀPAARÒ – perdiz
APÀLA - pepino
APÁNIA - assassino
APAOKÁ - uma jaqueira que tem esse nome no Axé Opô Afonjá.
APÁ ÒSÌ – lado esquerdo
APÁ ÒTUN – lado direito
ÀPAPÓ – total
APÁRI - careca
ÀPÁRÒ - codorna
ÀPÁTÀ - rocha
APEJA – pescador (Vd. ADEDÓ, ADÉJÀ)
ÀPEJO – encontro
ÀPEJUWE - padrão
APELE – sobrenome
APÈRÈ – cesto
APERE – exemplo
APERE-AIYÉ – globo
ÀPINNU – indecisão (Vd. ALAIMÓ)
ÀPÒ – bolsa, sacola, saco (Vd. LABÀ)
APODA – um idiota
ÀPOMÓ – guarda
ÀPÓN – solteirão ÀPÓTI – caixa, armário, arca
ÀPÓTÍ ASO – guarda-roupa, armário
ÀPÓTI ÌTSE – banquinho para os pés
APOTI LÁ - mesaAPPA – reino nativo de Lagos
ARA – corpo, membro
ÀRÁ – trovão, trovoada
ARÁ – parente, habitante ÀRABA – algodoeiro
ARÁBÌNRIN ÌYÁ – tia
ARA ÈNIA – corpo humano
ARÁILE – família carnal, parentes (Vd. IRAN, EBÍ, ARÁILÉ, ÌDÌLE)
ARÁ ILÚ – conterrâneo
ARÁIYE – humanidade (Vd. ÀSEKO, ÀGO, ÀSIKO)
ARAJÁ – vendedor (Vd. OLUTA)
ARÁKÙNRIN – parente masculino
ARÁKÙNRIN ÌYÁ – tio ARAMEFÁ - conselho de Oxossi, composto de seis pessoas.
ARA MI – eu mesmo
ÀRAN - veludo
ÀRANSE – socorro ARARÁ – anão
ARA RE – você mesmo(a)
ARAREKOLÊ - como vai?
ARA WA – nós mesmos
ARÁ WÁJU – ascendentes
ARAWO – ave de rapina
ARA WON – eles (as) mesmo (a)
ARA YIN – vocês mesmos(a)
ARÈ – cansaço, doença
ÀREDE – vadiagem
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ARERE - quietude
ARESSÁ - um dos Obá da esquerda de Xangô.
AREWÀ – belo (Vd. DÁRA, AREWÀ, REWÀ)
ARIAXÉ - banho na fonte no início das obrigações.
ÀRIDIJÍ – terror
ARIN – meio, centro
ARINKO - ocasiãoARÌNRINAJO – caminhante, viajante
ÀRÌRO – fogão
ÀRÍWÁ – norte
ARIWO – barulho
ÀRÍYA – festa (Vd. OLORÓ, ÀJÓYÒ)
ARIYA-IJO - baile
ARÓ – mercado (Vd. ABÀ, ÓBUN, OJÁ)
ARÔ - nome que se dá ao par de chifres de boi usado p/ chamar Oxossi
ARO – fogueira (Vd. OWÓ, INÁ)
ÀRÓ – funil
ARÒ - manhã
ARÒ BÓ BÒ YÍ! – Saudação ao Òrisà Òsunmarè (Neste dia que nasce lhe rendemos
graças)
AROGANGAN – um dos reis de Yorubá por volta de 1800.
AROKO - fazendeiro, agricultor (Vd. ÀGBÈ, OGBIN)
AROLÉ – Òsóòsì que propicia a caça abundante. É invocado no Padé. É o
verdadeiro Rei de Ketu. Come com Ogun e Oxum
ARÔLU - nome de um dos Obá da direita de Xangô
ÀRONI – fada, espírito (Vd. ALÙJONNÚ, IWIN, EGBÉRE, KUREKERÈ)
ÀRÒNÌ – Deus da Floresta e a palavra significa “um que tem o membro murcho”.
Companheiro de Òsányìn. Misterioso anão perneta que fuma cachimbo. Possui um
olho pequeno (pelo qual enxerga) e outro grande. Tem uma orelha pequena (pela
qual ouve) e outra grande. Ele é confundido com a própria Ossanhe porque dizem
que ele também tem uma perna só. Ossanhe possui uma perna só porque a árvore,
base de todas as folhas possui um só tronco. Ele tem a cabeça e o rabo de
cachorro
ÀROYÉ - debate
ARREBATE – Abertura rítmica das cerimônias públicas dos candomblés. O modo
vibrante de tocar os atabaques; equivale a uma convocação.
ARÚGBO – pessoa velha
ÀRUKUN - perfeito
ÀRÚN – cinco
ÀRUN – febre, doença (Vd. ÓKUNRUN)
ARUNDINLADOTA – 45 (algarismo)
ARUNDINLOGOJI – 35 (algarismo)
ÀSÀ – costume
ASAALÈ – deserto (Vd. AGINJÚ ÈRÙN)
ASÁLÉ – anoitecer
ASAN - vaidade
ÀSARO - ensopado
ÀSE – Termo de múltiplas acepções no universo dos cultos: designa principalmente
o
poder e a força vital. Além disso, refere-se ao local sagrado da fundação do terreiro,
tanto quanto a determinadas porções dos animais sacrificiais, bem como ao lugar
de recolhimento dos neófitos (vd. Runko). É usado ainda para designar na sua
totalidade a casa-de-santo e a sua linhagem.
50
ÀSE – poder, lei, ordem, força, maior, assim seja
ASEFE – engraçado (Vd. PANILERIN)
ASEGUN – vencedor
ÀSEJE – remédio (Vd. ÓGUN)ÀSEKO – humanidade, hora (Vd. ÀGO, ÀSIKO,
ARÁIYE)
ASÉ-NLA - banquete
ASEWÉ – autor
ÁSIA - bandeja
ÀSIKA – andarilho
ÀSÌKÒ – idade, época, estação, hora, prazo (Vd. AKOKÒ)
ÀSIKO – humanidade (Vd. ÀSEKO, ARÁIYE, ÀGO)
ASILE - transplante
ASINWIN - tarado
ASIPA – primeiro chefe de Lagos e pertence à família de Alafin
ASIRARÁ – nada, totalmente
ÀSISE – erro
ASIWERE – louco (Vd. OKOLORÍ, ÌSÍNWIN)
ASO – roupa, pano (Vd. AGABDÁ, ÉWÚ)
ASO ÀRÍYÁ – traje a rigor
ASO FÈRESÉ – cortina
ASO GÍGÙN – vestido longo
ASO ÌBORA, ASO ÌBÚSÙN – colcha, lençol, cobertor
ASO ÌLÉKÈ – paletó (Vd. KOTU)
ASO ÌNU AWO – pano de copa
ASO ÌNUJÚ – toalha de rosto
ASO ÌNURA – toalha de banho ASO ÌRÒRÌ – fronha
ASO IWÉ LOKUN - maiô
ASO ÌWÒSÙN - pijama
ASÓJÚ – representante
ASOJÚ ÌLÚ NIBOMIRAN – embaixada
ASO-KÍKO – ato de bordar a roupa
ÀSOLÚ, ASOMÓ – unir (Vd. DÀ-PÒ)
ASO ÒFO - túnicaASO-ÒJO – capa de chuva
ASO ÒKÈ – pano da costa
A SÒRÒ MÀGBÈSÌ - rádio
ASO TÁBÌLÌ – toalha de mesa
ASÓTÉLÈ – profecia, dica, aviso
ASO TITÉ SÍLÈ – tapete (Vd. KUBUSÚ)
ASOWO - comerciante (Vd. OLOJÀ, ONISOWO)
ASSOBÁ - sumo sacerdote do culto de Obaluaiyê.
ATA – pimenta
ÀTÀ – cumeeira
ATAFO - unheiro
ATAFO-OJÚ - catarata
ÀTAKÓ - oposiçãoATALÈ – gengibre
ÀTAN - varal
ATA NLÁ - pimentão
ÀTANPA, ÀTUPÁ – lâmpada (Vd. FÌTÍLÀ)
ÀTÀNPÀKÒ – dedão do pé (Vd. ÍPONRÍ)
ATARÉ - pimenta da costa
ATÉ - nome do primeiro Obá de Xangô.
ATÉ – brincadeira (Vd. IRE, IDARAYÀ)
51
ATÉGÙN– vento, brisa (Vd. AFÉFÉ, AFEFEJEJE)
ATÉGUN – escada interna
ATEGUN – viagem (Vd. ÌRINAJO)
ÀTÈGÙNILÉ – escada (Vd. ÀKASO, ÀKÀBÀ)
ATÉGUN KÉKERÉ - degraus
ÀTELÉSÈ – sola do pé ÀTÉLEWÓ, ÀTÉWÓ – palma da mão (Vd. ÀTÉWÓ) ÀTI - e
(conjunção)
ATI – e (preposição)
ÀTIJÓ – tempo antigo (Vd. AIYÉ BAIYÉ)
ÀTILENDE – nascimento (Vd. AGBESÓ)
ATISUN – sono (Vd. SISUN)
ÀTO – esperma, sêmen
ATOHUNRÌNWA – imigrante, estranhoATORI - vara pequena usada no culto de Oxalá
ÀTORIN – vara de egun
ATORUNWA – celestial
ATOTÓ - calma
ATOTÓ A JÚ GBÉ RÒ! – saudação ao Orixá Omolu e Obaluaiê (Calma que o médico
que vem nos acudir)
ATUKÓ – marinheiro ATULÉ - lavrador
ÀTÙPÀ – lanterna, lampião
AUÁ - nós.
ÀWA – nós, nosso, nossa
ÁWA – nós (pronome) (Vd. WA)
ÀWA-NÓSÁWAKÓ – motorista, piloto
ÀWAWI - desculpa
AWAKÒ-OFURUFÚ – aviador
AWÌN - crédito
AWÓ – galinha, couro, pele, rede de pescar
ÀWÒ – cor
ÀWO – prato, louça de barro, travessa de colocar comida (Vd. FIFÈ NLÁ, ÁBO)
AWÒ – brigar
ÁWO – culto, fundamento
AWO – mistério, segredo (Vd. OROIJINLÉ, PAJUBÀ, AWÓ)
ÀWÒ ARA – cor da pele
ÀWÒ ARO, ÀWO BÚLÚÙ– azul (Vd. ÀWO ÒRUN)
ÀWO BÚRÁWÙN - castanho
ÀWODI – gavião, facão (Vd. ÀDÁ ÒBE)
ÀWO DÚDÚ – preto
ÀWO ELÉERÚ – cinzento
ÀWO ELÉSÈ ÀLÙKÒ - roxo
ÀWO ERÚ - cinzeiro
ÀWO EWÉ – verde (Vd. AIDÉ)
ÀWO FÀDÁKÀ – prata (Vd. IDE)
ÀWO FUNFUN – branco
ÀWOGBÉ, AWOJÍJI – espelho
ÀWO FIFÈ NLÁ – travessa (de colocar comida)
ÀWO ÌFOWÓ - piaÀWOJÍJI – espelho (Vd. DÍÍ)
ÀWOJO – reunião, encontro (Vd. ÌPADÉ)
ÀWO KÉKERÉ – pires
ÀWOKI - velório
AWO KOTO – bacia
ÀWON – os, as, eles, elas
52
AWÒ OJÚ – óculos (Vd. IWOLULÉ)
ÀWOKÓTO - bacia
AWÓN – elas (pronome)
ÀWON NKAN – alguma coisa
ÀWON NKAN TÍTÀ – artigos (do comércio)
ÀWO ÒDODO - amarelo
ÀWO OJÚ ÒRUN – azul
ÀWO ORÍSIRÍSI – cores variadas
ÀWO ÒRUN – azul (Vd. ÀWÒ ARO, ÀWO BÙLÚÙ)
ÀWO PAKO – marrom
ÀWO PUPA – vermelho (Vd. PUPA, BI ÈJÈ)
ÀWORAN – estátua, quadro, mapa
ÀWÒRAN EYA ARA - anatomia
AWORI – reino de menor importânncia ao sul de Egba
AWOSANMÁ – nuvens, nevoeiro, cerração (Vd. IKUKU)
ÀWOTELÉ – roupa de baixoÀWO WÚRÀ - ouro– Ouro (Vd. IWORÓ, WÚRÀ)
ÀWO YÉLÒ, ÀWO ÒDODO, ÀWO PUPA RÚSÚRÚSÚ – amarelo
AWUJALE – nome dado ao chefe de Jebu
AWUJE – feijão (Vd. ÈWÀ, OTILI)
AWUN ÒRUN – tartaruga, cágado
AWUNSO – tear (Vd. OWÚN, OFÍ)
AWURÓ – manhã (Vd. ÀÁRÒ, ÓWURÓ, RAN, ORO)
AXÉ – Assim Seja, Amém, e/ou força espiritual
AXEDÁ - oriki, nome sacerdotal
AXEXÊ - cerimônia fúnebre do sétimo dia.
AXO - roupa.
AXOGUN – Ogã encarregado de sacrificar, segundo regras precisas, animais
destinados ao Orisá.
AYÀ - Peito
AYABÁ - orixá feminino, senhora idosa
AYABA – rainha, divindade feminina
AYAN – árvore de tronco muito duro que não é derrubada com machado. É
consagrada à Xangô
ÀYÁN - fedor
AYÁN - barata
ÀYÀNMO – destino (Vd. ODÚ, KADARA)
AYÊ – céu
AYEDÉRU – travesti AYIELÈ - pombo (Vd. EIYELÉ, ERUKUKÚ)
ÀYEMO - exame
ÀYIKÁ – círculo, período (Vd. OBIRIKITI)
AYINRARÉ - vaidoso
AYÓ – felicidade, exaltação, alegria, jogo (Vd. ALÀFIA)
AYÓ - abundância
AYÒJU – alegria excessiva
ÀYPADÁ – troca (Vd. PADA)AYUN-ABO – ida e volta (Vd. LÍLÒ)
..................................- B
BA – ajudar, esconder-se
BÁ – encontrar, acompanhar, alcançar, atingir, com, contra (Vd. PÉ, KÓ)
BÀ – coar
BÁÀLÈ – chefe de um povoado com menos status que um Oba
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BÀBÁ - pai
BÀBÀ – milho da Guiné
BÀBÁ ÀGBA – avô (Vd. BÀBÁ NLÁ)
BÀBÁ ÌSÀMÌ – padrinho, compadre
BÀBÁ ÌYÀWÓ - sogro
BABA KEKERE - Pai pequeno
BABALAÔ, BÀBÁLÁWO - Sacerdote, pai do ministério, aquele que faz consultas
através do jogo. É o encarregado dos procedimentos
divinatórios mediante o òpèlè de Ifá, ou rosário-de-Ifá.
BÀBÁLORÌSÀ – Pai-de-Santo. Sacerdote chefe de uma casa-de-santo. Grau
hierárquico mais elevado do corpo sacerdotal, a quem cabe a distribuição de todas
as funções especializadas do culto. É o
mediador por excelência entre os homens e os Òrìsà. O equivalente feminino é
denominado Yalorixá. Na linguagem popular, são consagrados os termos pai e mãe-
de-santo. Nos candomblés jeje – doté e vodunô; e nos angola – tata de inkice.
BABALOSSAIN – vd. Olossain
BÀBÁ NÍ AWO – pai que tem o segredo. Referindo-se à Ifa
BÀBÁ NLA – vovô (Vd. BÀBÁ ÀGBA)
BÀBÁ OKO – sogro
BADÁ - título sacerdotal
BADAGRY – reino nativo da cidade de Lagos
BÁDE – caçar em grupo
BADI – nádegas, quadril (Vd. ÌDI, IBÀDÍ)
BAIANI - orixá considerada mãe de Xangô.
BÁJÀ – lutar, brigar
BÀJÉ – estragar
BAJÈ – menstruação
BAKÁNNA – semelhante
BÁ-KEGBE – acompanhar, associar-se
BAKÚ – abater
BÀLAGÀ – entrar na maturidade
BALÉ - chefe de comunidade
BALÈ – aterrisar
BÁ-LÓ – acompanhar, andar com
BALÒGUN – chefe da sociedade dos guerreiros
BALÙWÈ – banheiro
BALUWÈ – banho
BALÙWÈ ALÁWO - banheira
BAMBOXÊ - sacerdote do culto de Xangô
BÁ-MU – satisfazer, servir
BÁNKÌ, ILÉ OWÓ - banco
BANÚJÉ – ficar triste
BÁ-PÀDE – encontrar com (reunião) (Vd. PÀDE)
BÁ-PÍN – participar, dividir com
BÀRÀ – manga (Vd. EGBÁ)
BÁRA – ser bom
BÁRÁKÌ OLOPA – quartel
BARA PETU – grande, uma pessoa distinta
BÁ-RÍN – acompanhar
BÁSE – cooperar, fazer com
BÀSÍÀ – bacia
BÁSÌKÙLÚ KÈKÉ - bicicleta
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BÁ SÒRÒ – endereço
BÀTÀ – sapato (Vd. ABATÀ, ÌSO BÁTÀ)
BÀTÀ GÍGÙN – botas
BATUCAJÉ – Com este termo costumava designar-se a percussão que acompanha
as danças nos terreiros; por extensão designa também as danças.
BAWÍJO – aconselhar
BAWO, BÁWO NI – como? Como vai?
BÀYÌÍ TI – portanto
BA-YÒ - felicitar
BÉ - pular, pedir, explodir
BE – descascar, cortar carne, galinha.
BÈ – pedir, pedir perdão, suplicar (Vd. JÒ)
BÈBÈ – aba, beira, ponta.
BÉBE – ação, ato.
BÈBE – desculpar
BÉÈ – assim
BÉÈKÓ – não (advérbio de negação)
BÉÈNI - sim (advérbio) (Vd. O DÁA)
BÉÈRÈ – perguntar, pedir, interrogar (Vd. BÍ LERE)
BÉÉRÈ - primeira filha
BÈHÈ – suplicar
BEJI - orixá dos gêmeos (atribuído a Cosme e Damião)
BEKO - não
BELÉ – magro (Vd. NIGUN, TERÉ)BENI – favoravelmente (Vd. OTO)
BENI - sim
BÈRÉ – abaixar
BÈRÈ – começar, iniciar.
BERÈ, BÈÈRÈ – perguntar, pedir
BEREBE – tudo
BERE FUN – exigir
BÈRÈSI – iniciar (Vd. AKOBERÈ)
BÈRU – medo, ter medo (Vd. IBERU, OJORA)
BÍ – nascer, se, tanto como
BI – quando, tanto como (Vd. IGBATÍ, GANGAN, AIMOYE)BI? - se? (pronome
interrogativo)
BI? – partícula para interrogação usada no fim da frase
BÌ – vomitar, empurrar (Vd. EEBI)
BIABIYAMO - maternal
BIBÁ - está aceito
BIBA – um encontro
BIBALÉ – calma
BIBAWI - réu
BIBÉ - está seco
BIBÓ – alimento, oculto
BÍBUN – dado
BI ÈJÈ – vermelho (Vd. ÀWO PUPA, PUPA)
BÍKÒSE – exceto
BÍKÒSEBÍ - a não ser que (Vd. BÓKÒSEBÍ)
BI LERÉ – questionar, perguntar, pedir (Vd. BÈÉRÈ)
BILISÍ – demônio, o mal
BI-NINU, BÍNU - aborrecerBÍNU – zangado.
BÍ Ó TILÈ JÉ PÉ – ainda que
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BI OYIN - açúcar
BIRÍ - pequeno (a)
BIRIKITI – redonda (Vd. REPÓ, REPOMÓ, KIBITI, RIBITI)
BÌ-SUBU – precipitar, derrubar
BÍ TI - tanto como, tanto quanto (Vd. GANGAN, AIMOYE, BÌ)
BIUÁ - nasceu para nós
BIWÓ – demolir
BÌ-WO - derrubar
BIYI - nasceu aqui, agora
BÒ – cobrir, inundar, calçar o sapato, escaldar, receber, concordar, pegar, ajudar,
socorrer, salvar (Vd. GBÀ, MÚ, GBÉ, BÒBÀTÀ)
BÓ - cair, adorar, alimentar, inundar, descascar, chegar, raspar, barbear-se (Vd. RA,
FÁ)
BO ASO – despir-se (Vd. BÓ-LASÓ)
BÒ BÀTÀ – calçar, tirar (sapato) (Vd. BÒ)BOBÔ - todos.
BODÊ - estar fora
BÓJÍ – cemitério (Vd. IBÓJÍ, IKÚ ILÉ, ILÉ ÒKÚ, ISÀ-OKÚ, ITÉ ÒKÚ)
BÓJU – lavar o rosto (Vd. FÒ)
BOJÚTO – fiscalizar, tomar conta
BOKELÉ – secreto (Vd. MIMOSINU)
BÓKÒSEBÍ – a não ser que (Vd. BÍKÒSEBÍ)
BÒKÒTÓÒ - mocotó
BOLA – aquele que alcança a riqueza, honra
BÓ-LASÓ – despir, desnudar, tirar (a roupa). (Vd. BÓ-SÍLÈ)
BOMBOJIRA – vd. Èsù
BÒ-MÓLÈ – enterrar
BÓÒLÙ, BOLU – bola
BÓRA - despir alguém
BORÍ – bater
BORI – ser superior, vencer, ultrapassar, promoção, ganhar
BÓRI - oferenda à cabeça. Ritual que, juntamente com a lavagem-de-contas, abre o
ciclo iniciático. Fora deste ciclo, o rito pode ser terapêutico. Em ambos os casos,
consistem em "dar de comer e beber a cabeça".
BÒRÌSÁ – homenagem ao seu Orisá
BOROGUN - Oriki, aquele que adora Ogun, saudação da família.
BOROKU - imperfeito
BOSÈ – cobrir os pés
BÓSÉ – tirar a pele das patas ou pés (Vd. TEPÁ)
BÓSILÈ – deixar cair
BÓ-SÍLÈ – despir, desnudar, tirar a roupa (Vd. BÓ-LASÓ)
BOTÀ – manteiga
BÓTI – falhar, esgarçar, puir (Vd. SORO)
BÓTILÈ - todavia
BÒTÚJÈ – pinhão
BÒWÁLE – regressar, entrando em casa
BÓYA – tarde (à tarde)
BÓYÁ – talvez (Vd. KIOSE, ABOYÁ, KIORIBE)
BÙ – pegar uma porção
BÚ – abusar, xingar, blasfemar, insultar, ofender
BUBÁ – camisa
BUBURÚ BURUJÚ, BURUKU, BURUBURU – mau, mal, maldoso (Vd. NISEKUSÉ,
JEGBEJEGBE)
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BÙJE – cortar com o dente, morder
BUJÉ – tatuagem, estábulo
BUJOKO – casa, lar (Vd. ILÉ, IBUJOKO, OJÚLÉ)
BUKU – assistente de Sakpannan que mata os contaminados com varíola torcendo-
lhe o pesoço.
BÙKÚ – reduzir
BÙKÚN – acrescentar, abençoar, bendizer
BÙNKÚN FUN - abençoar
BÙLE - remendar
BÚLÚÚ – azul
BUNIJE – morder (Vd. RÉ, JAJE, BÙ-SAN, GE-JE)
BÙNLÁYÈ – ceder, dar lugar a, permitir
BÚRA – jurar
BÚRA ÉKÉ - perfurar
BÚRÉDI – pão (Vd. AKARÀ)
BUREWA - feia
BURONSI – bronze (Vd. IDE)
BUROSI – escova de cabelos
BUROSI IFO EHÍN – escova de dente
BURÚ – ser ruim
BURU – enorme (Vd. LERÚ, LEWÉ, NLANLÁ)
BURÚ JÙ – pior
BÙ-SAN – morder (Vd. RÉ, JAJE, BUNIJE, GE-JE)
BUYÌN FUN – honrar (Vd. OGÓ)
................................– C
Ver palavras na letra “K”
.................................- D
..............................– E
E - vós
EBÁ - pirão de farinha de mandioca ou inhame
EBADÓ – margem do rio
EBANÁ – margem da estrada
ÈBÁ ÒKUN – praia (Vd. ETI OKUN)
EBATI – templo
EBÉ – sociedade, sopa (Vd. OMITORO)
ÈBGA – pulseira
EGBADO – reino de menor importância ao sul de Egba
EBÍ – família (Vd. IBATAN, ARÁILÉ, ÌDÌ LÉ)
ÉBI - culpa
EBI – fome, faminto (Vd. ÓDÁ)
EBI ALUBOSA – alho EBI KÒ PA MÍ – não tenho fome
EBI NPA MÍ - estou com fome
EBITÍ – armadilha
EBO - comida feita de milho branco, especial para Oxalá.
EBO - sacrifício ou oferenda. Termo que designa, genericamente, oferendas e
sacrifícios. Usa-se também trabalho, despacho, feitiço para a limpeza do corpo
espiritual, livramento de eguns e abertura de caminhos.
EBÔMIN – Pessoa veterana no culto; título adquirido após a obrigação de sete
anos. Opõe-se a iaô, sendo equivalente a vodunsi
EBÚ – abuso
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EBU - olaria
ÈBUN – presente
ÈBÚTE, ÈBÚTÉ OKÒ – cais, porto (Vd. OJÚ OMI)
EDÁ – natural (Vd. ÁDAMO, ÀDANIDÁ, ÌWA ÈDÁ)
ÈDÁ – ser humano (Vd. ÈNIA)
EDÁ-ELEMI – reino animal
EDÁ-EWEKO – reino vegetal
E DÁKE! – silêncio!
ÈDÁN ÀRÁ – pedra de raio, sagrada à Xangô
EDÉ - camarão
ÈDÈ – linguagem, idioma, dialeto
ÈDEÀIYÉDÈ – desentendimento, atrito
EDÉ NLÁ - lagosta
EDE POTOKI – falar Português
EDINFIN – mosquito (Vd. KANTÍKANTÍ)
ÈDÒ, EDOKI – fígado
ÈDÒFÓRÓ – pulmão (Vd. ODOFORÓ, FÚKUFÚKÙ)
EDU - carvão
EDUN - mico
EDÙ - machado
EDUN - nome próprio, machado
EDUN AARÁ – raio (Vd. MÀNAMANÁ, AARÁ)
ÈDÙN ARÁ - meteorito
EEBI – vomitar, empurrar (Vd. BÌ)
ÉÈDI – encantar, feitiço
EEDOGBÓN – vinte e cinco
EEDOGUN - quinze
EEGUN – osso, antepassado, esqueleto (Vd. EGUNGUN)
EEGUN ÀYA – osso do peito
EEGUN ÌHÀ – costelas
ÈÈKÁNNÁ – unha (Vd. ÈKÁNÁ, ISÓ)
EERIN - quatro
EESAN – nove (numeral)
EESE - porque
ÈÈWÒ – (em português chama-se Quizila) Interdito ritual; o mesmo que èèwò. Na
liturgia dos candomblés há um ciclo cerimonial, onde se realiza o rompimento dos
tabus que circundam o noviço durante a iniciação, conhecido como quebra-de-
quizila. Dele fazem parte o panán e a quitanda-de-iaô.
ÈFÀ – seis (numeral)
EFEFE JEJE – brisa (Vd. AFEFEJEJE)
EFÍ – fumaça
EFIN – fumo (Vd. ITÀBA, FIFA)
ÈFO – verdura (Vd. ÀIPON)
EFÒN - búfalo
ÈFÓRÍ – dor de cabeça
ÈFÓ TÈTÈ – espinafre
ÈFUFU LILE, EFUFU NLÁ – tempestade (Vd. ÓJÍ)
EFUN – Nome dado à argila branca com que são pintados os neófitos. Essa pintura
corresponde ao que se chama de "mão-de-efun". Como sinônimo de efun ocorre,
também, afin.
EFUN ÌKÒWÉ – giz, lápis
EGÀN – mata fechada (Vd. IGBÓ)
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ÈGBÀ – bracelete (Vd. KEREWÚ)
EGBÁ – mangueira
ÈGBÀ – paralisia
E GBA MI O! – socorro!
ÈGBÉ– lado (Vd. NI)
EGBÈ – coro
EGBÉ – sociedade, comunidade de pessoas com o mesmo propósito
ÉGBÉÉ – amuleto de proteção para o Orixá Ogun
EGBÉRE – fada, espírito (Vd. KUREKERÈ, ALÙJONNÚ, ÀRONI, IWIN)
EGBO - milho cozido
ÈGBO – ferida, úlcera
ÈGBÓN OBINRIN - irmã mais velha
ÈGBÓN OKÙNRIN – irmão mais velho
ÈGDÉ – sociedade
EGÉ-ETÁ – farinha de mandioca (Vd. ETAGARI, IYÈFUN)
ÈGÉ – mandioca, aipim
ÈGIGBO – cidade da Nigéria (Vd. IRÈ)
EGÚN – Nome genérico dos espíritos dos mortos, esqueleto (Vd. ÓKÚ)
EGUN – maldição
EGUN APÀ – osso do braço
EGUN E - pessoas importantes do culto
EGUN-EHIN – osso das costas (ÈHIN)
EGÚNGÚN – Espíritos dos ancestrais, cultuados especialmente em terreiros
situados na Ilha de Itaparica, na Bahia.
EGUNGUN – ossos (Vd. EEGUN)
EGUN-ITAN – osso da coxa
EGURÉ – cidade (Vd. ÌLÚ)
ÈGÚSÍ - melão
EHÍN - dente (Vd. EYÍN)
ÈHIN – costas, atrás
EHINKUNLÉ – quintal (Vd. IKARÁ, KA)
EHIN-ODE - exterior
EHORO – coelho (Vd. AGORO)
EIE, EIYELÉ - pombo
ÈIYÀ – ave, pássaro
EIYE ÀKÀLÀ – urubu (Vd. GÚNNUGÚN, IGÚN)
EIYE AYÉKÒTÍTÓ – papagaio (Vd. ODIDE, ÓDE)
EIYE IGÚN – águia
EIYELÉ – pombo (Vd. ERUKUKÚ, AYIELÈ)
EIYE ÒGÒNGÒ - avestruz
EIYE OKÍN - pavão
EJA - peixe
EJA GBÍGBÉ – bacalhau
EJANU – paixão
EJA ODÒ – peixe de rio
EJA ÒKUN – peixe de mar
EJA TI KÒ NIÍ ÍPÉ – peixe de pele
ÈJÈ – sangue
EJE – 7 (algarismo)
ÈJÈ-ERANKO – sangue animal
E JÉKALO! – vamos! (vd. KALO)
ÈJÌ – dois (numeral)
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EJI - chuva
ÈJIGBO – cidade da Nigéria
ÈJÌKÁ - ombro - em referência a fazer "yìnká"
EJIKA - sadio
ÈJÌLÀ – doze (numeral)
EJILAEBORÁ - nome que se dá às doze qualidades de Sangô
EJIONILÉ - nome de um Odu, jogo do orixá ifá
EJIRÉ – gêmeos (Vd. ÌBEJÌ)
EJÒ – cobra
EJÓ – processo judicial
ÈJÓ - problema (Vd. IJOGBON)
ÈJO – oito (numeral)
E KÁÀÁRÒ – bom dia (Vd. KARÒ, O KO-ARO, EKARÒ)
EKÁÀBÓ O! – sejam bem vindos!
E KÁASALÉ, E KÁALÉ – boa noite (entre 18 e 19 h) (Vd. O DARÒ, O KÚ-ALÈ)
E KÁÀSÁN – boa tarde (Vd. E KÚUROLE)
EKÀ IGI - galho de árvore
ÉKAN - pingo
ÈKÁNÁ – unha (Vd. ÈÈKÁNNÁ, ISÓ)
ÉKAN-OJÓ – pingo de chuva
EKARÒ – bom dia (Vd. KARÒ O, O KO-ARO, E KÀÁRÒ)
EKE – mentira, falsidade (Vd. SÈKÉ, IRÓ NI, ÓKOBÓ)
ÈKÉ – pessoa mentirosa, fraudulenta, falsa
ÈKE – bochecha
EKEJÍ – segundo (número ordinal)
EKÉJÌ – Cargo honorífico circunscrito às mulheres que servem os òrìsà sem,
entretanto, serem por eles possuídos. É o equivalente feminino de ogã: Também
seria interessante abordar a etimologia da palavra "Ëkëdi". Em Yorùbá é Ekéjì
(Aquele (a) que está em segundo lugar).
EKÉJÌ ORISA – “próximo aos deuses”
EKÉWA - décimo
EKINI – primeiro (número ordinal) (Vd. ÀKÓKÓ)
ÈKÍNÍ – um ou outro
EKITI – tribo que forma uma fonfederação a nordeste de Ode de Jebu
EKÓ - comida feita com milho branco ou de galinha; acassá (milho branco moído e
cozido)
a vapor.
EKO - Lagos. Capital da Nigéria
ÈKÓ – lição, aula, educação
ÈKO WÀRÀ – queijo
EKU – rato, preá (Vd. ÈKUTÉ)
EKÚ, EKÚN – espada (Vd. IDÀ)
EKU-EMÓ – porquinho da índia, preá
EKÙN – tigre, leoa, leopardo
ÉKUN - joelho (Vd. ORUNKUN)
ÉKÚN – choro
EKUNWÓ – um punhado
EKURÁ - tubarão
ÈKUTÉ – rato, preá (Vd. EKU)
E KÚUROLÉ – boa tarde (entre 17 e 18 h) (Vd. E KÁÀSÁN)
ELEBÓ - aquele que faz o sacrifício.
ÈLÉDÀ ou ELÉEDA – criador, orixá, guia, criador da pessoa (qualificação para
63
Olorun
Da – cessar a chuva “Ele que controla a chuva”)
ELÉDÉ – porco (Vd. AKO ELEDE)
ELÉDÈ EGÀN – javali (Vd. ÌMADO)
ELÉEBO – Aquele em nome do qual se faz o sacrifício ou oferenda.
ELÉÈÉMÍ – dono da vida (atribuíndo-se à Olorun)
ELEGBA – deus fálico (falo = pênis) ou ELEGBARA que significa “ele que agarra”
(eni + gba e bara de Obara “deus da fricção”)
ELÉGBÁRA - Èsú, Elégba ou ainda Légba, seriam os nomes pelos quais é
conhecido este poderoso Orixá, o primeiro criado por Obatalá e Oduduwa, tendo
Ogun como irmão mais novo.
ELEGBOGI – médico (Vd. ONISÉGUN)
ELEGEDÉ – abóbora
ELEGUGU – jacaré, crocodilo (Vd. ÒNI, ALÉGBÀ, ALEGUGU)
ELEJO – falador
ELÉKÉ – mentiroso, falso (Vd., IRÓ NI, EKE, ÓKOBÓ, SÈKÉ)
ÉLEKO - sociedade secreta
ELEMAXÓ - título de um sacerdote no culto de Oxalá.
ELEMI – um homem vivo (Vd. TIYÉ, ALAYE) (qualificação para Olorun que quer dizer
um homem vivo literalmente “Ele que possui respiração
ELÉNÀ - aranha
ELÉNGÀ – gafanhoto (Vd. ESUFÉ)
ÈLÉ OWÓ - juros
ELÉRAN – açougueiro
ELERE – bailarino
ELERE-IJE – atleta
ELERI - testemunha
ELERIN - um dos Obá da esquerda de *Xangô.
ELÉRO, ELELÓ – engenheiro
ELÉRÒ – pacificador (Vd. LAJA)
ELERÚ – cinza (Vd. ERÙ)
ELERUPE – terrestre
ELESÉ - lacaio
ELESSÉ - que está aos pés, seguidor
ELÉSÙ – pessoa que adora Exu
ELETULOJU – fértil
ELÉYI – este (a), esse (a), isto (Vd. ÈYÍ)
ELÌKAN - ninguém
ELIPÁ UM – forçar, imprimir força
ELO – moinho, vaso (Vd. OLÓ)
ELÓ – quanto (Vd. MELO?)
ELÒMÌRÀN – um outro
ÈLÓ NI – quanto? (Vd. ELÓ, MELO?)
ÉLÚ – anil
ELU - estranho
ELÙBO – farinha (Vd. GARÌ, IYÈFUN)
ELUSU – esposa de Olokun também chamada de Olukun-su
ÈMI– eu (Vd. MI, MO)
ÈMI – eu sou (Vd. NÌ)
ÈMÍ – espírito
È MI – vida, alma humana (Vd. IRIN)
ÈMÍ WÀ – estou presente
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EMU – vinho de palmeira
ENI – uma pessoa ou um quem (Vd. ENITÍ)
ENI – Nome dado à esteira de palha utilizada pelos neófitos, sobretudo durante o
período de reclusão. É empregada como "mesa", "cama" e "tapete" em distintos
Ritos. No candomblé é usual a expressão "irmãos-de-esteira" para designar o
conjunto de neófitos reclusos ao mesmo tempo, e que eventualmente tenham
partilhado esse artefato simbólico na liturgia da iniciação. (Vd. DESISA)
ÈNIA – ser humano (Vd. ÈDÁ)
ÈNIA BURÚ – pessoa má
ENIA DÚDÚ – pessoa negra
ENI-DURU – título atribuído à Oko (a palavra significa “personagem ereto (referindo-
se ao pênis). Sua função é curar a febre causada pela malária
ENIKAN – uma pessoa, alguém
ENIKÉJÍ – amigo, sócioENIKENKEN, ENIKÉNI – ninguém, qualquer um
ÈNÍKÉYÌÍ - nenhum
ENIKOSILÉ – imortal
ENIKÓSILÉ – mau caráter
ENINI – orvalho (Vd. ÌRÌ)
ENÌNÍ - inimigo
ENITÍ – quem (Vd. ENI)
ENU – abertura, boca
ENYIN – você, vocês (Vd. IWO, ÈYIN)
ÈPÀ - amendoim
EPA – burro
ÈPÈ - praga
EPELE O! - oi
EPO - azeite, óleo, pele (Vd. ORORÓ)
EPO DÍDÙN – azeite doce
EPÒN – testículo (Vd. ÉRÍ)
EPO PÚPÀ – azeite de dendê
EPOYINBO - querosene
ERAN – carne
ERA - formiga (Vd. ERUN)
ERAN ÀYIA – carne de peito
ERAN DÍNDÍN – carne fria
ERAN EJA – carne de peixe
ERAN GBÍGBÉ – carne seca
ERANKO - animal
ERANKO ELÉSÈMÉJÍ – animal de 2 patas
ERANKO ELÉSÈMÉRIN – animal de 4 patas
ERANKO OLORUN – gambá
ERANLÁ – boi, vaca (Vd. AKO MÀLÚÙ, MALÚ,ABO MÀLÚÙ)
ERAN MALU – carne de boi
ERAN ÒRÙN – carne do pescoço
ERAN-PÍPA - gado
ERAN TÚTÙ – carne fresca
ERAPO – aldeia situada entre Lagos e Badagry onde há um templo de Ibeji
ERÉ – Termo que caracteriza um estágio de transe atribuído a um espírito-criança.
ERE - as esculturas do orixá beji (dos gêmeos), representadas por Cosme e Damião
ERÉ – brincadeira, ópera (Vd. ATÉ, IRE, IDARAYÀ)
ÈRE – estátua
ÈRÈ – lucro (Vd. IJERÉ)
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ERÈ – lama, jibóia (Vd. ÓJOLÁ)
ERE ÀGBELEBU JÈSÙ – crucifixo
ERÉ-ALAWÒRÁN – cinema (Vd. ILÉ IWORAN)
ERÈÉ – feijão cru
ÈRÈÉ FÚNFÚN – feijão branco cru
ERÈÉ TIRO – feijão fradinho
ERE-ÌBÍLÈ - folclore
ÈREKÉ – face
ERÉKÙSÙ - ilha
ERÉMI – alto mar
ERE TÚTÙ - vagem
ERÍ - cinza (cor) (Vd. ERÚ)
ERI – prova
ERÍ – testemunha (Vd. JERÍ, FOWOSOYA)
ÉRÍ – testículo (Vd. EPÒN)
ERÌGÌ EHÍN - gengivas
ERÍKO – bambu
ERÍKO-OPÁ – bambuzal
ERIN – elefante (Vd. ÀJANAKÚ)
ERINKÁ – milho na espiga
ERINLÈ – Qualidade de Oxossi (Vd. Inlè)
ERIN OMI – hipopótamo
ERÍ OKÁN - consciência
ÈRO – arte, chuveiro, torneira (Vd. OMI GBÓNÁ)
ÈRÒ – pensamento, opinião (Vd. IRO)
ÈRO ÌFOSO – máquina de lavar roupas
ÈRO IKÒWÉ KÉKERÉ – máquina de escrever
ÈRO ILOTA – liquidificador
ERO-ÌPONMI, ÈRÓ-OMI – bica, torneira
EROKERÓ – maus pensamentos
ÈRÒ-ÓKÒ – passageiro
ÈRO OMI GBÓNÁ – torneira de água quente
ÈRO OMI TÚTÙ – torneira de água fria
ÈRO RANSO – máquina de costura
ERÚ – escravo, esconder, cinzas, engano, fraude, escrever (Vd. ETAN, IREJE,
ÌYÀNJE)
ERU – carrego, pavor, traição (Vd. OMNÚ)
ERÚ – compra
ÈRÙ BÀ MI – estar com medo
ERÙBIRIN - escrava
ÈRÚBO – compromisso de fazer uma oferenda aos Orixás
ERÚKÉRÉ - emblema feito com cabelo de animais, usado por Oxossi, Oyá.
ERUKUKÚ – pombo (Vd., EIYELÉ, AYIELÈ)
ERUN – formiga (Vd. ERA)
ÈRUN – estação das secas
ÉRÙPÈ – areia, solo
ERUPE - sujo
ÈSAN – vingança, desforra (Vd. OWUN, IGBÈSAN)
ESÉ – fila
ESÈ – pata, pé, perna
ÈSÉ - punho
ÉSE – pecado, ofensa
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ESÈ DÙN – dor nos pés
ESI – acidente
ÈSÌ - resposta
ESIN – cavalo
ÉSIN – lança (Vd. ÓKÓ)
ÈSIN – religião
ESINSIN – mosca (Vd. KOKORÓ)
ÈSÍ ODÚN KOJÁ – ano passado
ÈSO IGI ÌYEYÈ – ameixa
ÈSÍ ODÚN KOJÁ – ano passado
ESÓ – doença de pele
ÈSÓ – fruta
ÈSO ÀJÀRÀ - uva
ÈSO IGI ÌYEYÈ - ameixa
ESOKAN - maçã
ESO-ORÓRO – azeitona
ÈSO PIA - abacate
ÈSO PIÀ - pera
ESSA – Espíritos de ancestrais ilustres do candomblé.
ÈSÙ – Primogênito da criação. Também conhecido como Elégbára (jeje) é
popularmente referido como compadre ou homem-da-rua. Suscetível, irritadiço,
violento, malicioso, vaidoso e grosseiro. Dizem que provoca as calamidades
públicas e
privadas, os desentendimentos e as brigas. Mensageiro dos òrìsàs e portador das
oferendas. Guardião dos mercados, templos, casas e cidades. Ensinou aos homens
a arte divinatória. Costuma-se sincretizá-lo com o diabo. Ocorre tanto em
representações masculinas como femininas. Nas casas angola é Bombogira; nas
casas angola-congo é (Exúlonã). Na umbanda tem múltipla personagens, entre elas,
Pomba-gira. Suas cores são o vermelho e o preto. Saudação – "Laaróyè!". A Igreja
associa Exu à figura do diabo.
ESUFÉ – gafanhoto (Vd. ELÉNGÀ)
ÈSÙN – acusação, dado
ESUN – assado
ETA – três (numeral)
ETAGARI – farinha de mandioca (Vd. EGÉ-ETÁ)
ÉTALA – treze (numeral)
ÈTÀN – engano, fraude, falsidade (Vd. ERÚ, IREJE, ÌYÀNJE, YOBÁ, IRÓPIPÁ)
ETANAN – faísca
ÈTÉ – desgraça, vergonha, lepra (Vd. IPARUN, ÁDEBA, ALE, ÌTÌJÚ)
ÈTÈ - lábios
ETI – ouvido, orelha (Vd. GBIMORAN)
ETÍDÒ – litoral, costa
E TÌNRIN – ébano (Vd. IGI-DUDU)
ETI OKUN – praia (Vd. ÈBÁ ÒKUN)
ETO – programa, deveres
ÈTÒ - processo
ETU - galinha d’angola, um pó mágico (Vd. KOKEN)
ETUFU – tocha (Vd. OTUFU)
ETUTU - vila, lugarejo
EUÁ - nome de um orixá
ÈWÁ – feijão cozido (Vd. OTILI AWUJE)
ÈWÀ – dez (numeral)
67
EWÁ – bonito (ter beleza) (Vd. DÁDA)
ÈWÀ AWUJE – feijão branco grande
ÈWÀ DÚDÚ – feijão preto (Vd. OTILI DÚDÚ)
ÈWÀ FÚNFÚN – feijão branco cozido
EWA TUTU - ervilha
EWÉ (EWEKO) - folha (vegetal)
EWE – feijão mulatinho
ÈWE – criança, juventude
EWE ASE - folha de árvore
EWEBÉ, EWÉ EGBÒGI, EWÉKO – planta, erva
EWEDÓ – planta aquática
EWEKO – planeta (Vd. IRAWO TI NYI OÒRÙN KA, ODÁN)
EWÉKO – planta, erva
EWE TUTU – repolho
ÉWIRI - fole
EWÓ – absurdo
ÈWO – qual?
ÈWÒN – corrente, prisão
ÈWÙ – camisa, blusa (Vd. AGABDÁ, ASO)
ÉWÚ – ornamento (Vd. OHUN-OSÓ)
EWÚ – cabelo grisalho, sinal de dignidade
EWU – perigo
ÈWÙ OBINRIN – blusa de mulher
ÈWÚRE – cabra
EWURO – amargo
EWURU – amargo, alçapão
ÉWURUKU - casulo
EYA - tribo
EYÀ-ARÀ – asa, braços (Vd. APÀ, ÓSI)
ÉYE – mérito
ÉYÉ - parada
ÈYÍ – este(a), esse (a), isto (Vd. ELÉYI)
ÈYIN– você (Vd. ENYN, IWO)
EYIN – ovo
EYÍN – dente (Vd. EHÍN)
EYINJÚ – globo ocular
ÉYINKOLÓ, ÉRINKOLÓ – lava vulcânica
EYO – concha (Vd. IKARAHUN, KARAHUN)
........................... - F
......................... - G
GÀ - enganar
GA – alto (ser alto) (Vd. GÍGA)
GÁDÀ – ponte (Vd. AFARÁ, AFÁ)
GAFARA – licença (estar de)
GALÀ – cervo (IGALÀ)
GAN – realmente
GÁN – cortar o mato (Vd. GÉ IGBÓ)
GAN - outro nome do agogô
GANGAN – tanta (Vd. AIMOYE)
GANZÁ – Instrumento musical de percussão, semelhante a um chocalho,
geralmente de folha-de-flandres e forma cilíndrica, contendo em seu interior
pedaços de chumbo ou seixos.
GARAWA – balde
GARI – farinha (Vd. IYÈFÚN, ELÙBO)
GÁÀRI – refeição feita com farinha de mandioca
GBA – crer (Vd. GBO)
71
GBÀ - receber, concordar, pegar, ajudar, socorrer, salvar (Vd. BÒ, MÚ, GBÉ)
GBÀ – aceitar, admitir, conceder, receber, bater, jogar
GBÁ – jogar, atirar (Vd. GIBÁ)
GBÀ Á – aceitou-a
GBÁ BÓÒLÙ – jogar bola
GBADA – faca com lâmina grande
GBADU-LUMÓ – traduzir (Vd. GBÉDÈGBÉYÓ)
GBÁDÙN – divertir, gozar (coisa útil e agradável, sentir prazer)
GBÀDÚRÀ – orar, rezar (Vd. KIRUN)
GBÀGBÉ, GBABE - esquecer
GBÀGBÓ – acreditar
GBÁGUDA – mandioca, aipim, ar livre (Vd. ÈGÉ, PAKI)
GBÁ ÌTÁ – varrer lá fora
GBAJÉ – encantadora (Vd. NIFAIAYA, AFAIYÁ-KORIN)
GBAJUMO – cavalheiro, homem gentil
GBÀ-LÀ – salvar
GBÀ-LAYÈ – permitir, dar espaço (Vd. FÚN-LÁYÈ)
GBÁLÈ – varrer (limpar), varrer a casa
GBANGBA – explicação, prova, demonstração (atribuído à Ifa)
GBANJO - leilão
GBARADÌ – amar, desejar, querer
GBASE - obedecer
GBÁYÓ – jogar (esporte)
GBE - secar
GBE – levantar, cavar, desaguar (Vd. DÌDE, AGBESOKÉ)
GBÉ - receber, concordar, pegar, ajudar, socorrer, salvar, tomar (Vd. BÒ, MÚ, GBÀ)
GBÉ – morar, cacarejar, esculpir, erguer, levar, levantar
GBÉDÈ – agir de maneira inteligente
GBEDÈGBÈYÒ – linguagem, tradutor
GBÉ-FÚN - entregar
GBEGBO – decidir
GBÈJÀ – defender, comprar briga de alguém
GBÉKÈLÉ - acreditar, confiar
GBÈ-KI, GBÉ-MI - engolir
GBÉ-KO – pendurar, erguer (Vd. FI-KO)
GBÉ LE ÈJÌKÁ – levantar os ombros
GBÉ-LO, GBÉ-WÁ – carregar e levar, levantar, buscar e levar
GBÉ-MÌ - engolir
GBÉNÀGBÉR – escultor
GBÉRA – agitar-se, partir, levantar-se (Vd. JÁ)
GBÉRÈ - cumprimento
GBÉ-RÓ – sustentar, erguer, levantar
GBÉ-RÙ - carregar
GBÈSAN – vingar (Vd. YARÓ, FIDÍ)
GBÈSÈ - dívida
GBÉ-WÁ – carregar e trazer, buscar
GBÉYÀWÒ – casar (Vd. FELAYÀ)
GBÌDÁNWÒ – tentar
GBIGBÁ - resgate
GBIGBÁTÓ – afilhado
GBIGBEWÓ - teste
GBIGBON - hábil
72
GBÍGBÓNÁ– quente (ser quente) (Vd. GBÓNÁ)
GBÍLÈ – florescer, prosperar
GBIMORAN – ouvido, orelha (Vd. ETÍ)
GBÌN – plantar, semear
GBÓ – envelhecer, ouvir, escutar, idoso (Vd. DARUGBÓ, LOJO LORI)
GBÒ – mexer, esfregar folhas
GBÓ - ouvir, escutar, latir
GBO – crer (Vd. GBA)
GBOD-Ó - dever
GBOGBO - todos (as)
GBOHUNGBOHUN - eco
GBOJU – bravo (Vd. LÓKAN)
GBÓLÓHÙN-ÒRÒ – sílaba, frase
GBÓN – sábio, sacudir (a sineta) (Vd. NIMÓ, OWOWÉ)
GBÓNÁ – quente (ser quente) (Vd. GBÍGBÓNÁ)
GBÒNGBÒ – raiz (Vd. KULÉKULÉ)GBONSÉ – evacuar
GBÓRÀN – escutar, obedecer
GBÓRIN - grande
GBORÙN – cheirar, farejar
GBÓSO – ouvir falar
GBUN – curvar-se (Vd. WÓ, TE)
GBÚRÒO - ouvir
GÉ - cortar
GÈ – elogiar (Vd. YIN)
GEDÚ - mogno
GÈGÉ – caneta
GEGÉ – tudo bem
GÉGÉBÍ – de acordo com, exatamente (vd. WÉKÚ)
GÉ IGBÓ – cortar (o mato) (Vd. GÁN)
GÉ IRUN – cortar o cabelo
GE-JE – morder (Vd. RÉ, BÙ-SAN, JAJE, BUNIJE,)
GÈLÈ – turbante, torso (Vd. ÒJÀ)
GÈLÈDÉ – tipo de máscara ritualística de barro ou madeira, sociedade dedicada a
homenagear os ancestrais
GÉNDÉ – homem forte
GEREGE - suavemente
GÈREGÉRE-ILÉ, GERE – ladeira (Vd. IGUN OKE)
GEREJE - tosco
GÉRÚNGÉR – cabeleireiro
GESIN – celar, arriar o cavalo
GIBÁ – jogar, atirar (Vd. GBÁ)
GIDÁ - verso
GÍGA – alto (ser alto) (Vd. GA)
GÌGÌRÍSÈ - calcanhar
GIROBA - goiaba
GNA - mesmo
GÒ – burro, confundir, embaraçar, encabular
GO - tolo
GOBA - goiaba
GÒGÓNGÒ – garganta, gógó (Vd. OFUN)
GÚGÚRÚ – pipoca (Vd. DUBURU)
GUGUSÙ - sul
73
GÒKÈ – subir
GÓLU, GÓÒLÙ– ouro
GÒMBÓ – cicatriz, marca no rosto que indica linhagem
GÚN – furar, pessoa alta (Vd. LU, DÁ-LU)
GÙN – trepar, montar, subir
GÙN, GÒKÈ, GÙNKÈ – comprido (ser alto), subir
GUNLÈ – aterrisar
GÚNLOBE – apunhalar
GÚNNUGÚN – urubu (Vd., EIYE ÀKÀLÀ, IGÚN)
GUUSÙ - sul
.............................– H
HÁ – ficar entalado
HÀ – expressão de prazer
HÀ, HÈÉ! – medo ou surpresa (interjeição)
HAANRUN – roncar (Vd. IHANRUN)
HALÈ – amedrontar, ameaçar, intimidar
HAMUNYIA – Cadência executada pelos atabaques e agogôs que capitula a
estrutura dos diferentes toques que marcam o siré, mais conhecido por Avamunha.
HÀN – aparecer, manifestar
HARAMÚ – roubo (Vd. FEWÓ, JALÈ, OLÉ)
HAUSA – língua e povo Hausa
HE – pegar, apanhar
HÈÉ! – medo ou surpresa (interjeição)
HO - arranhar
HÓ – ferver
HÙ – crescer, brotar, germinar
HU - gemer
HÚ – desenterrar (arrancar com raiz) (Vd. TU)
HUN – tecer (Vd. RAN, WUN, OWÚN, OFÍ)
HÚWÀ – comportar-se
..........................- I
................................- K
.................................– L
.........................– P
........................- Q .........................- R
...................... - S
.........................- T
..........................- U
U – ele (Vd. O)
UÁ – vir
UM - beber
UMBÓ - está vindo, está chegando
UM DANI - segurar
UM-HÚN – assim
UM LÓ - levar
UNJÉ – comida
UÔ - olhar, reparar
............................- V
............................– W
WÁ – vem, rápido, ficar, procurar por vir, dirigir (do verbo ir) (Vd. KIA)
WA – nós (pronome), nosso(a) (Vd. ÁWA)
WÀ – estar, haver, existir, ser
WÁDI – fazer perguntas
WÀHÁLÁ – problema
WÀ-JADE - desenterrar
126
WÁ JEUN – vem comer
WÁJÌ – nome litúrgico do anil
WAJI – matiz
WÁ-KÀN – descobrir, localizar
WÁKÀTI – hora, segundo
WÀ-KIRI – explorar
WÀLÁÀ – tábua de escrever dos mulçumanos
WÀ LAYÈ - viver
WALÈ - cavar o chão
WANA – venha cá! (Vd. WÁ)
WAPÁ, WARAPA - epilepsia
WÀRÀ – leite, queijo
WARA OMU - leite materno
WARI – Ogun cultuado na terra do mesmo nome (vem ver a chuva). É perigoso
feiticeiro ligado aos antepassados. Tem temperamento muito difícil e autoritário.
Veste verde claro e come com Yemonja e Oxalá. Gosta de comer cabritos pequenos,
carne de marreco e não come frango em suas obrigações. Guardião do Palácio da
Oxum. (descrição em estudo)
WÁTO – babar
WAWA – Oxossi que come com Oxalá e Xangô. Está extinto e no lugar faz-se Airá.
WÈ – tomar banho, banhar, nadar
WÉ , WENÚ – lavar, lavagem (Vd, FÒ, ÍWE)
WÉ – enrolar, arregaçar, acariciar, embrulhar (Vd. FIDI, KÁ, LÓ-FO)
WE – cobrir a cabeça com turbante
WÉFUN - dizer
WEJE WEJE – coisas boas
WÉJO - reclamar
WÉKÚ - exatamente, fielmente (Vd. GÉGÉBÍ)
WÈLEKI - peludo, robusto
WÉRÉ - de repente
WÈRE – louco, maluco, jovem
WERE – anão
WEREWERE – depressa
WESE - lavar os pés (Vd. SANSÉ)
WEWE – amargo, azedo (Vd. KAN)
WÍ – dizer, falar, pêlos (VD. SO, NÍ)
WÍ FUN - avisar
WINRIN – juntar (Vd. PAPÓ, DAPAMÓ, KO PO)
WÍPÉ – dizer algo
WIRIWIRI – estéril (Vd. ÀISESO)
WIWARA - urgência
WIWI – fala (Vd. ÌFÓHÚN)
WIWO – torto
WIWÓ - visão
WÒ – olhar, assistir, vestir, curvar-se, calçar, olhe! (Vd. TE, GBUN)
WO – cair, desabar, derrubar, entrar, relaxar
WÓ – derrubar árvore ou animal grande
WÓ ASO – vestir roupa
WODI – investigar
WO’GUN MÉRIN – os 4 cantos do mundo, as 4 direções
WOLÉ – entrar em casa
WOLÉWÒDÈ – entrar e sair
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WOLOJU – seduzir (Vd. TAN, RÉLO)
WOMI – entrar na água
WÓN – borrifar, desmontar, então
WON – eles (as), seus, suas, deles(as)
WO NI – qual?
WÒNNÌ – aqueles (as)
WONÚ – entrar
WÓNWÓN – verruga
WÒNYEN – aqueles (as)
WÒNUÍ – estes (as) esses (as)
WÓPÒ - barato
WO OKÒ – entrar no ônibus
WÒRAN - assistir
WO-SÀN - curar
WOSO - vestir-se
WÙ – agradar, gostar, desejar
WÚ – desenterrar, inchar
WÚKÓ– tossir (Vd. KÓ)
WÚLÒ – ser útil
WUN – tecer (Vd. RAN, HUN, OWÚN, OFÍ)
WÚRÀ – ouro (Vd. IWORÓ, ÀWO WÚRÀ)
WURU – cidade situada a 10 milhas de Badagry
WÚRUWÚRU – pessoa relaxada
WÚSÌN - serviçal
WÚWO – ser ou estar pesado
WYDAH - rei de Yoruba por volta de 1728
..............................– X
Ver palavras com a letra “S”
Não existe a letra “X “ na escrita Yoruba
*XANGÔ - vd. Sòngó. Òrisà relacionado com o fogo, o raio, o trovão e a justiça.
XAORÔ - pequenos guizos (ver SAWORO)
XAXARÁ - emblema do orixá Obalúwàiyé.
XEKERÉ - cabaça revestida com contas de Santa Maria ou búzios.
XERÊ - chocalho especial para saudar Xangô, em cabaça com cabo ou em cobre.
XIRÊ - festa, brincadeira (ver SIRE)
............................- Y
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