Artigo QV Na Terceira Idade

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QUALIDADE DE VIDA NA TERCEIRA IDADE:UMA REVISÃO SISTEMATICA

SANTOS, João Pedro Foiatto 1

DIAS, Pedro Otavio 1

FERREIRA, Gleison Miguel Lissmerki2

RESUMO

Introdução: A qualidade de vida na terceira idade é muito significativa para que a pessoa tenha uma
expectativa de vida mais alta. Um dos fatores que contribuem para que os idosos tenham uma melhor
qualidade de vida no envelhecimento, é sua saúde física e mental. Praticar exercícios e se alimentar de forma
adequada são hábitos que resultam em uma vida com menos doenças e melhor desempenho durante as
atividades do dia. Do ponto de vista físico, o fator que mais importa na manutenção e prevenção da saúde é o
cuidado com a alimentação. A partir disto fez se necessário o estudo qualidade de vida na terceira idade, uma
revisão sistemática. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo verificar se as pesquisas sobre a
qualidade de vida na terceira idade estão fornecendo dados completos e suficientes sobre o referido
tema escolhido. Metodologia: Neste trabalho foi pesquisado e selecionado em torno de 20 artigos
científicos que tratam de pesquisar e analisar a relação dos benefícios entre a atividade física e qualidade de
vida para pessoas de terceira idade. A pesquisa foi feita no google acadêmico, selecionando artigos a partir
de 2015 com a temática.

PALAVRAS-CHAVE: Qualidade de vida, terceira idade, atividade física.

1. INTRODUÇÃO
Ter preocupação com a qualidade de vida na terceira idade desde o começo é uma forma de
amplificar a capacidade do próprio organismo tendo em vista o físico, isso significa um aumento da
saúde e diminui a possibilidade de doenças e condições incapacitantes.
Conseguir esse feito, entretanto, não é algo que ocorre simplesmente por si só. Ele é reflexo
de uma vida de cuidados e de atenção com sua própria saúde e nunca é tarde para começar a cuidar
de si. Quanto maior for o cuidado em se manter saudável e preparado para a terceira idade, os
resultados tendem a ser melhores. E ter uma alimentação saudável implica em suprir o organismo
com todos os nutrientes que ele necessita para obter um bom funcionamento, e também auxilia o
idoso a manter seu peso estável.

1
João Pedro Foiatto dos Santos Faculdade Assis Gurgacz
Pedro Otavio Ortolan Dias – Faculdade Assis Gurgacz
2
Gleison Miguel Lissmerk Ferreira – Faculdade Assis Gurgacz

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O conceito de qualidade de vida refere-se à autoestima e ao bem-estar pessoal e envolve
uma grande gama de aspectos, bem como: capacidade funcional, nível socioeconômico, estado
emocional, interação social, atividade intelectual, autocuidado, suporte familiar, estado de saúde,
valores culturais, éticos e religiosidade, estilo de vida, satisfação com o emprego e/ou com as
atividades da vida diária e com o ambiente em que se vive (VECCHIA, RUIZ, BOCCHI &
CORRENTE, 2005).

A qualidade de vida na terceira idade é muito significativa para que a


pessoa tenha uma expectativa de vida mais alta. Um dos fatores que
contribuem para que os idosos tenham uma melhor qualidade de vida
no envelhecimento, é sua saúde física e mental. Praticar exercícios e
se alimentar de forma adequada são hábitos que resultam em uma vida
com menos doenças e melhor desempenho durante as atividades do
dia. Do ponto de vista físico, o fator que mais importa na manutenção
e prevenção da saúde é o cuidado com a alimentação (TESSARI,
2010).

Segundo Matsudo (2001) a prática de atividade física também promove a melhora da


composição corporal, a diminuição de dores articulares, o aumento da densidade mineral óssea, a
melhora da utilização de glicose, a melhora do perfil lipídico, o aumento da capacidade aeróbia, a
melhora de força e de flexibilidade, a diminuição da resistência vascular. E, como benefícios
psicossociais encontram-se o alívio da depressão, o aumento da autoconfiança, a melhora da
autoestima. (NERI, 2001)
Com base neste contexto foi realizado um estudo de revisão sistemática com o objetivo de
verificar se as pesquisas sobre a qualidade de vida na terceira idade estão fornecendo dados
completos e suficientes sobre o referido tema escolhido, trazendo a tona o seguinte problema de
estudo: Existem informações sobre a qualidade de vida na vida idosa suficiente em banco de dados
científicos ?

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1.1 A atividade física

A prática regular de atividade física está associada à melhora da qualidade de vida (LIMA et
al., 2016). Sabe-se que a prática da atividade física é fundamental para o bem-estar e a qualidade de
vida do indivíduo, independentemente da sua idade, prevenindo o aparecimento de diversas doenças
crônicas, algumas alterações físicas e até mesmo psíquicas (ALENCAR et al., 2010), podendo ser
praticada em academias de musculação e ginástica, escolas de natação e hidroginástica, clubes
recreativos e/ou ambientes de caráter público como os centros esportivos, municipais e as
Academias da Terceira Idade (ATIs) ou academias da saúde.
Tanto nos ambientes particulares como nos públicos, a prática de atividade física por idosos
facilita a socialização entre eles, melhorando a interação o que tende a inferir positivamente em um
bom nível de qualidade de vida (OLIVEIRA; BERTOLINI; BENEDETI, 2012).
A atividade física desempenha papel importante na QV estando à frente nas ações e
programas desenvolvidos nas Estratégias de Saúde da Família (ESF) como promoção da saúde e
prevenção de doenças crônicas permitindo à população longevidade e bem-estar. A prática de
atividade física é um benefício indispensável à saúde corporal e mental, principalmente na terceira
idade, quando a capacidade funcional sofre declínio e o organismo enfraquece tornando-se
suscetível ao desenvolvimento de doenças. (CAMBOIM et.al 2017).
Estudos têm demonstrado a importância da qualidade da saúde na terceira idade, enfatizando
a atividade física ou mobilidade como categoria para uma melhor QV nas condições orgânicas e
retardo da degeneração física nesse grupo populacional. (SIQUEIRA, 2010)
Os ganhos da qualidade física para os idosos em academias podem estar relacionados à QV,
autonomia e independência, tendo em vista que o bem-estar envolve a vida diária e atividades de
trabalho dos mesmos. Os níveis de QV podem ser influenciados pelo ambiente, sendo necessário
que nem todos os aspectos da vida humana são conduzidos para a prática de atividades físicas, no
entanto é importante instrumento que gera autonomia funcional e bem-estar ao grupo da terceira
idade. (CAMBOIM et.al, 2017).

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2.1.2 Grupo de terceira idade

No Brasil, o último censo demográfico (realizado pelo IBGE em 2010) ratifica a


concretude deste fenômeno. Observa-se que o avanço tecnológico, o investimento em saúde pública
e a utilização de antibióticos importados no período pós-guerra na década de 1940 corroboraram
para que, com a queda da mortalidade no país, a expectativa de vida aumentasse (IBGE, 2011).
Portanto Zimerman (2000) conclui que os grupos de terceira idade se reúnem, pois estão em
busca de algo em comum, onde tem haver com seus desejos, suas necessidades e também seus
valores, onde consequentemente, a partir daí irão viver melhor seu estado de cidadania e certamente
sua qualidade de vida. No entanto os idosos buscam nos grupos de terceira idade um meio a onde
eles podem se divertir aproveitando o seu tempo onde posso ter uma boa qualidade de vida.
Por exemplo, Vaupel (1997) mostra que, os octogenários que residem em países
desenvolvidos têm uma expectativa média de vida adicional de cerca de oito anos, quatro anos mais
do que os octogenários podiam esperar viver há cerca de 30 anos. Os centenários também estão
vivendo mais, depois de atingir os 100 anos. Como sugere Vaupel, ocorre hoje um aumento anual
de 8% no número de centenários, nos países desenvolvidos. Em parte, esse rápido aumento no
número de centenários deve-se ao fato de haver mais pessoas atingindo idades avançadas. Além
disso, o maior número de centenários é inerente à melhoria das condições de vida dos muitos
idosos, em termos ambientais, sociais e tecnológicos.

2.1.2.1 Qualidade de vida na terceira idade.

“Qualidade de vida” é um termo amplamente abordado, tanto nos meios científicos quanto
na vida cotidiana. A OMS (2005) define qualidade de vida como: “a percepção que o indivíduo tem
de sua posição na vida dentro do contexto de sua cultura e do sistema de valores de onde vive, e em
relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. É um conceito muito amplo que
incorpora de uma maneira complexa a saúde física de uma pessoa, seu estado psicológico, seu nível
de dependência, suas relações sociais, suas crenças e sua relação com características proeminentes
no ambiente” (OMS, 1994).
A partir do elucidado pela Teoria da Atividade, percebe-se que um modelo de
envelhecimento considerado “ideal” seria aquele no qual o idoso mantém padrões de autonomia e
atividade, fenômeno denominado “envelhecimento ativo”. De acordo com a Organização Mundial

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de Saúde (2005), “envelhecimento ativo é o processo de otimização das oportunidades de saúde,
participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas
ficam mais velhas” (OMS, 2005, p. 13). Para que o envelhecimento seja uma experiência positiva,
não basta apenas ter uma vida longa, mas também oportunidades nos campos da saúde, participação
e segurança. O envelhecimento ativo aplica-se tanto a indivíduos quanto a grupos populacionais.
Ele permite que as pessoas percebam o seu potencial para o bem-estar físico, social e mental ao
longo do curso da vida, e que essas pessoas participem da sociedade de acordo com suas
necessidades, desejos e capacidades; ao mesmo tempo, propicia proteção, segurança e cuidados
adequados, quando necessários (OMS, 2005, p. 13).

2.1.2.2 Teoria da Atividade

De acordo com Papalia, Olds e Feldman (2006), existem vários modelos de envelhecimento
ideal. Um desses modelos, ilustrado pela Teoria da Atividade, postula que, quanto mais ativas as
pessoas se mantêm no decorrer de sua vida, melhor elas envelhecem. Isso porque a cultura ocidental
valoriza excessivamente a atividade como forma de produtividade e geração de bens. Sendo assim,
o idoso que já não tem obrigações profissionais é visto como alguém que perdeu a capacidade de
desempenhar suas funções e seu papel social. Essa percepção distorcida se dá porque, em muitos
momentos, o avanço da idade leva as pessoas a abrirem mão de vários papéis sociais até então
desempenhados. Por isso a aposentadoria, a perda do companheiro, o afastamento dos filhos, as
limitações impostas por algumas doenças, dentre outros fatores, interferem negativamente em sua
qualidade de vida, tornando o idoso mais insatisfeito com sua condição. Como algumas perdas são
inevitáveis, cabe ao idoso buscar novas alternativas para garantir a manutenção de um papel ativo
em seu meio.
Siqueira (2002) complementa que, independente de sua idade, as necessidades psicológicas
e sociais do indivíduo permanecem, portanto é viável afirmar que o idoso almeja manter suas
relações sociais. “A teoria da atividade influenciou e influencia até hoje os movimentos sociais de
idosos e orienta proposições nas áreas do lazer e da educação não-formal, afirmando que são
veículos privilegiados para a promoção do bem-estar na velhice” (SIQUEIRA, 2002, P. 49). De
acordo com essa teoria, o desempenho de atividades e o suporte social podem contribuir para
reforçar o sentimento de valor pessoal. Conseqüentemente, reforçam o autoconceito e o sentimento
de auto eficácias, facilitando o manejo das situações estressantes com as quais o idoso se depara em

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decorrência do declínio de suas forças físicas e de suas perdas pessoais e financeiras (DEPS, 2006).
A atividade é um meio de contrabalançar as perdas comuns a esse estágio, ao mesmo tempo o de
proporcionar um espaço para que outras características sejam desenvolvidas e até potencializadas,
proporcionando ao idoso uma forma de crescimento pessoal, além de ser uma aliada na superação
do estresse. A ação ou o ato de fazer alguma coisa é uma das necessidades básicas do ser humano.
Independentemente da idade, é através da ação que o indivíduo explora, transforma e domina a si
mesmo e ao seu ambiente.

2.2.2.2 O viver bem para o idoso

Cinco fatores são recomendados para o idoso ter saúde: vida independente, casa, ocupação,
afeição e comunicação. Se algum desses fatores estiver deficiente a qualidade de vida do idoso
estará comprometida. Neri (2001) mostra que baixos níveis de saúde na velhice associam-se com
altos níveis de depressão e angústia e com baixos níveis de satisfação de vida e bem estar. Também
afirma que as dificuldades do idoso em realizar as atividades da vida diária, devido a problemas
físicos, ocasionam dificuldades nas relações sociais e na manutenção da autonomia, trazendo
prejuízos à sua saúde emocional.
+

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3. METODOLOGIA

Este capítulo apresenta de forma detalhada os passos metodológicos escolhidos e


percorridos para a obtenção das respostas dos objetivos constantes neste estudo.
3.1.1 Caracterização do Estudo

O presente estudo que versa sobre a existência de informações biomecânicas em banco de


dados científicos sobre a qualidade de vida na terceira idade possuirá sua caracterização definida
como uma Revisão Sistemática. Conforme afirma o autor Sampaio e Mancini (2006) “ Esse tipo de
investigação disponibiliza um resumo das evidências relacionadas a uma estratégia de intervenção
específica, mediante a aplicação de métodos explícitos e sistematizados de busca, apreciação crítica
e síntese da informação selecionada.”
Segundo Muller e Cornelsen (2003) a Revisão Literária pode ser entendida como “ toda
fonte bibliográfica poderá sempre servir de guia para a conclusão, para explorar paralelas ou mais
profundas, faz-se mister que todos os estudos ou pesquisas, citados na revisão estejam
adequadamente referenciados, de maneira a permitir a identificação correta e completa de cada uma
das fontes.”

3.1.2 Procedimentos Metodológicos

Tendo como base a estrutura de uma revisão sistemática, se faz necessário definir a base da
dados a ser explorada/investigada, bem como estipular algumas palavras chaves essenciais para a
busca do referencial bibliográfico existente. Por meio destas determinações, o campo de pesquisa
ficará limitado ao que for determinado neste encaminhamento metodológico.
Com relação ao banco de dados, levando em consideração o tempo disponível para a
execução deste estudo, ficará determinado a busca na base de dados do Google “Google
Acadêmico” http://scholar.google.com.br/
As palavras chave, fonte da busca desta pesquisa ficará limitada a três conjunto de termos:
a) Exercício físico, qualidade de vida de idosos
b) Atividade física, qualidade de vida de idosos
Os demais termos que possivelmente possam trazer informações acerca do foco desta
investigação não serão neste estudo considerados.

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Como determinação dos critérios de inclusão e exclusão de informações coletadas, algumas
ponderações precisam ser feitas:
a) Somente serão contabilizadas e utilizadas informações de caráter científicas, que sigam
critérios estatísticos e metodológicos condizentes com os padrões acadêmicos;
b) As informações coletadas deverão ser pertinentes ao que objetiva este estudo, qualquer
outra forma de avaliação de qualidade de vida da terceira idade que não seja relacionada
à cinemática serão excluídas;
c) Dentre as diversas variáveis que podem ser extraídas de análises cinemáticas, serão
determinadas três, que versam especificamente aos objetivos deste estudo;
d) As variáveis que seguem acabam por determinar os critérios maiores de exclusão dos
artigos a serem encontrado.
Todos os artigos que forem encontrados com os termos gerais (Qualidade de Vida, Exercício
Físico na Terceira Idade), (Qualidade de vida, Atividade Física na Terceira Idade) serão
contabilizados no total. Ao final somente os que não forem excluídos pelos critérios (A e B) farão
parte da Revisão por terem as informações desejadas pelo estudo que esta sendo executado.

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4. ANÁLISES E DISCUSSÕES
Neste capítulo está apresentada a discussão dos resultados encontrados para o estudo, a
partir de artigos selecionados sobre atividade física, exercício físico e qualidade de vida na terceira
idade especificamente no campo da cinemática, na base de dados do Google Acadêmico, conforme
explanado no item procedimentos metodológicos que consta neste estudo.

QUADRO 1: OBRAS ENCONTRADAS SOBRE EXERCÍCIO FISICO NA TERCEIRA IDADE.

AUTOR E ANO EXERCÍCIO FÍSICO NA TERCEIRA IDADE

FERNANDES DA Concluiu que as idosas praticantes de exercícios físicos nos centros esportivos possuem melhor
SILVA et.al percepção da qualidade de vida se comparadas às idosas praticantes de exercícios físicos nas
(2017) ATIs, demonstrando, supostamente, a importância da atividade estruturada, em grupo e com a
orientação de um profissional de educação física para a qualidade de vida de idosas.

CARNEIRO, Conclui-se que a prática regular de exercícios físicos em idosos contribui para melhora da força
MARTINS DA muscular de membros superiores e, consequentemente, auxiliam positivamente nas atividades de
SILVA et.al. vida diária para promoção da saúde do idoso.
(2016)

SOUZA, Os exercícios físicos praticados regularmente e orientado por profissionais qualificados reduzem a
WILLIAM perda das capacidades físicas, reduzem os efeitos do envelhecimento e previne doenças
CORDEIRO et.al. coronarianas e degenerativas. Os exercícios mais indicados na literatura foram: a hidroginástica, a
(2015) dança, o treinamento de força e a flexibilidade. Vale ressaltar que o exercício físico deve ser
estimulado desde a infância.

CAMOES, Como resultado notório destaca-se a tendência decrescente dos scores medianos nos domínios
MIGUEL função física, saúde mental e vitalidade, do grupo exposto ao exercício físico regular, para os
et.al.(2016) restantes grupos sob avaliação. De salientar que estas diferenças observam-se mesmo quando as
dimensões do exercício são de baixo grau de exigência ao nível da frequência e duração da
atividade.

MOTA, Conclui em seu estudo que, tanto o indivíduo quanto a sociedade são dinâmicos, passando por
ROSIMEIRE DA diversas mudanças, implicando à novas demandas a serem atendidas, restando a sociedade e aos
SILVA MOREIRA profissionais da área um grande desafio a ser vencido: criar condições para um envelhecimento
et.al (2017). saudável do ponto de vista biopsicossocial e acessível a todas as pessoas, independentemente do
seu nível socioeconômico e cultural. Portanto, diante dessas mudanças é possível perceber a
importância dos estudos no que diz respeito tanto à qualidade de vida na terceira idade quanto ao
processo de envelhecimento. Isto porque muitos idosos podem permanecer ativos e independentes
por mais tempo, demandando apoio e acompanhamento adequado por parte das famílias,
profissionais e o Estado, assegurando a dignidade e o direito à vida com qualidade. Quanto mais
ativo o idoso, maior sua satisfação com a vida e, consequentemente, melhor sua qualidade de vida.
Boa qualidade de vida para os idosos pode ser interpretada como o fato deles poderem se sentir
melhor, conseguirem cumprir com suas funções diárias básicas adequadamente e conseguirem
viver de uma forma independente.

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FERRETTI, Trouxe em seu trabalho o pensamento que é possível concluir que idosos praticantes de exercício
FATIMA et.al físico regular apresentaram melhores índices de QV do que os não praticantes, e que essa prática
(2015). promove maior preservação das funções físicas, psicológicas e sociais, o que leva a deduzir que o
exercício físico (EF) é um determinante da melhor QV de idosos. Dessa maneira, há necessidade
de incentivar os idosos para a realização dessa prática como forma de manter uma vida mais
autônoma e independente.

ASCENCIO, Cuidar da saúde sempre foi uma grande preocupação humana, pois com o passar dos anos percebe-
THAIS SILVA; se que não só o corpo, mas também a mente passa a não responder de forma tão satisfatória quanto
PUJALS, antes. No envelhecimento, além do indivíduo ficar carente fisicamente, encontra-se mais
dependente de outros para as diversas atividades cotidianas, o que nem sempre pode esperar um
CONSTANZA.
retorno adequado às suas necessidades. Com isso, o ser humano por instinto de sobrevivência, tem
(2015). buscado meios para superar as insuficiências que vão se apresentando. Por fim, concluímos a partir
dos estudos apresentados, que a prática de exercícios físicos parece ser um fator importante para a
baixa ocorrência de sintomas depressivos, elevada autoestima e motivação dos idosos, propiciando
uma melhor qualidade de vida. Além de exercícios físicos, a alimentação, os cuidados emocionais
e a socialização são fatores de grande importância para o prolongamento de uma vida saudável.

QUADRO 2 : OBRAS ENCONTRADAS SOBRE ATIVIDADE FÍSICA

AUTOR ANO ATIVIDADE FÍSICA

FELIPE DE Através dos resultados obtidos com a presente pesquisa, mesmo com os idosos fisicamente
JESUS et al. inativos obtendo bons resultados nos testes, conclui-se que os idosos praticantes de atividades
físicas possuem um maior nível de autonomia funcional, avaliados por meio de testes que
(2019)
fornecem dados sobre o equilíbrio e força muscular. As atividades físicas da vida diária podem ter
auxiliado os inativos nos resultados nos testes motores aplicados. Sendo assim, a prática regular
de atividades físicas é um fator determinante no aumento da autonomia funcional na terceira
idade, e de suma importância na saúde do idoso.

RICARDO DA Conclui-se, que as idosas que residem sozinhas tiveram muito mais percepções positivas a
COSTA respeito dos benefícios psicológicos/sociais do que os biológicos após a sua inserção no grupo de
atividade física, diferentemente das idosas que residem acompanhadas, as quais perceberam de
PADOVANI et
maneira semelhante os benefícios biológicos e psicossociais. Esse resultado pode ser explicado
AL. (2019). pelo fato de as idosas que residem sozinhas não possuírem ou possuírem um restrito suporte
familiar em relação às que residem acompanhadas e, por isso, utilizam o grupo como um meio
importante e talvez único para as suas interações sociais mais significativas.

JOEL SARAIVA O presente estudo deixa evidente o impacto das variáveis cognitivas expressas nas formas de
et AL. (2015). idéias, crenças, valores e regras no processo de adesão a prática de atividades físicas. Criar
condições que favoreçam a flexibilização cognitiva, que muitas vezes se revela profundamente
radicada, pode constituir um passo importante na mudança de um estilo de vida sedentário para
ativo.

Mielke, Grégore A descrição dos elementos que influenciam a qualidade de vida da população atendida em
Ivenet al. (2015). unidades de saúde vinculadas ao SUS é importante para a tomada de decisão dos gestores, uma
vez que subsidiam tecnicamente esses profissionais, para a definição de ampliação, manutenção
ou redução de investimentos em determinadas áreas de intervenção. No caso do presente estudo,
há evidências de que o investimento no oferecimento de programas de atividade física no SUS

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pode melhorar as condições de vida da população que busca atendimento na atenção primária.

Roberta Dalla Os dados do presente estudo mostram que praticamente metade da população brasileira não
Vecchia et al. atingiu os níveis recomendados de prática de atividade física. Apenas um em cada quatro a cinco
adultos atingiu as recomendações de atividade física no lazer e 31% foram classificados como
(2017).
ativos no deslocamento. Aproximadamente um terço da população despendia mais de três horas
diárias assistindo à televisão. A distribuição desses indicadores revelou padrões específicos, de
acordo com variáveis regionais e área de residência. Estes resultados são impactantes e apontam
um caminho repleto de desafios para o enfrentamento de DCNT.

Quadro 3: OBRAS ENCONTRADAS SOBRE QUALIDADE DE VIDA NA TERCEIRA IDADE.

AUTOR ANO QUALIDADE DE VIDA NA TERCEIRA IDADE

MESQUITA Foram identificados três perfis de idosos no município de Botucatu _ SP, segundo a definição que
BARROS eles deram sobre o que era qualidade de vida: o primeiro mencionou situações referentes a
relacionamentos interpessoais, equilíbrio emocional e boa saúde, ou seja, é o idoso que prioriza a
FRANCHI et al
questão afetiva e a família; o segundo grupo mencionou hábitos saudáveis, lazer e bens materiais,
(2019). ou seja, é o idoso que prioriza o prazer e o conforto; e o terceiro grupo, que mencionou
espiritualidade, trabalho, retidão e caridade, conhecimento e ambientes favoráveis, poderia ser
sintetizado como o idoso que identifica como qualidade de vida conseguir colocar em prática o
seu ideário de vida.

MAYARA Percebe-se, por meio destes estudos, que a prática de atividades físicas é de fundamental
COSTA et al. importância para a qualidade de vida do idoso. O capítulo V do Estatuto do Idoso(3 ) se refere à
educação, cultura, esporte e lazer, no qual, o artigo 20 diz que o idoso tem direito a educação,
(2012). cultura, esporte, lazer, diversões, espetáculos, produtos e serviços que respeitem sua peculiar
condição de idade

ELIANE MARY A avaliação dos domínios e da qualidade de vida total apresentaram índices de significância
DE OLIVEIRA relevantes (p≤0,05), segundo o teste t de Student. Considerando o percentil, foi verificada uma
avaliação positiva, visto que o grupo de idosos ativos estão “bastante” satisfeitos nos domínios:
FALCONE et al.
psicológico, meio ambiente e relações sociais, bem como na qualidade de vida geral, o que difere
(2012). do grupo de idosos inativos, os quais predominaram o percentil “muito pouco” satisfeito,
apontados nos domínio: físico, meio ambiente e relações sociais, assim como na qualidade de vida
geral.

MARCOS Os participantes deste estudo apresentaram uma variedade de habilidades sociais importantes para
a aquisição de redes de apoio social (por exemplo, iniciar e encerrar conversação, fazer pedidos
ANTONIO
quando não há conflito de interesses, fazer e receber elogios, cumprimentar as pessoas, expressar
SALLA et al. opiniões pessoais, expressar sentimentos positivos e fazer perguntas). Essas habilidades são
necessárias para a iniciação e manutenção de interações sociais agradáveis. Além disso, eles se
(2015).
revelaram capazes de defender os próprios direitos em situações como a de trocar uma mercadoria
que está com defeito. Enfrentar essa situação social de forma habilidosa contribui para o senso de
auto-eficácia do indivíduo e, conseqüentemente, para maior qualidade de vida
JULIANA A distribuição das respostas de cada faceta do questionário WHOQOLOLD. Em relação à faceta
Funcionamento do Sensório-FS, a maior parte da população pesquisada relata não apresentar
KRUM
perdas sensoriais que possam afetar sua participação em atividades (71,7%) e interação com
CARDOSO DA outras pessoas (79,2%). Entretanto, quase a metade relatou que as perdas sensoriais podem afetar
sua vida diária de algum modo, enquanto que a avaliação negativa dos sentidos foi reportada por

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SILVA et al. quase 15% dos entrevistados. Na faceta Autonomia-AUT observa-se que cerca de um quarto dos
idosos pesquisados não consegue realizar as coisas que gostaria e nem controlar seu futuro,
(2009).
contudo, mais de 80% demonstra que possui bastante ou extrema liberdade e que as pessoas
respeitam essa liberdade.
RIGO, M. de L. Conclui-se que os idosos dos GUF e GF apresentaram níveis significativamente mais elevados de
habilidades sociais e de qualidade de vida do que os idosos do grupo do asilo. Tais resultados
N. R.; et al
fortalecem a proposição de que as habilidades sociais e a qualidade de vida estão de alguma
(2005). formas interligadas. Entretanto, é importante chamar a atenção para o tamanho da amostra, que
não permite fazer generalizações precipitadas. Algumas propostas sugeridas para futuros estudos
na área incluem aumento do número de participantes e avaliação do impacto das habilidades
sociais na qualidade de vida do idoso.

Os resultados que foram encontrados demonstram que a qualidade de vida e o exercício


físico são de suma importância não apenas na vida adulta e sim na terceira idade, pois neste período
onde os idosos em grande parte tendem a ser carentes, a prática de exercício físico ajuda na
socialização e contribui para o bem estar dos idosos sem diferenças de classes socioeconômicas.
Os estudos também apontam que a prática de atividades física é de suma importância para
um envelhecimento mais saudável, onde se evita e diminui a porcentagem de qualquer tipo de
doenças degenerativas ou males relacionados a saúde corpórea e psicológica.
Sendo assim, nos resultados apontados nas tabelas de 1 a 3 mostram o beneficio de se ter um
bom estilo de vida, fazendo atividade física e mental, ou seja, estar de bem com o corpo e a mente,
faz com que o envelhecimento seja mais prazeroso para o individuo idoso. Um dos motivos
apontados em alguns estudos é a felicidade e a socialização dos idosos praticantes de exercício
físico, segundo os autores á pratica é totalmente benéfica ao idoso, fazendo com que, por um
momento, se concentre apenas no que está a sua volta dentro de uma academia ou um espaço de
convivência.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa foi realizada com intuito de estudar quais fatores contribuem para que as
pessoas tenham um envelhecimento mais saudável e feliz, sendo assim conclui-se em diversos
estudos utilizados como base para o desenvolvimento deste artigo, que fatores como a atividade
física e convívio social tem total influência na maneira em que o individuo irá alcançar e viver este
momento delicado e tão importante da vida com uma melhor qualidade de vida.

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REFERÊNCIAS

A AUTONOMIA FUNCIONAL ENTRE IDOSOS INATIVOS E ATIVOS FISICAMENTE Gilson


Ramos Oliveira Filho et.al (2019)- UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, RJ, BRASIL 2-
UNISUAM - Centro Universitário Augusto Mota, RJ, BRASIL 3- FAMERC - Faculdade Mercúrio, RJ,
BRASIL

A NÃO ADESÃO À PRÁTICA DA ATIVIDADE FÍSICA: ANÁLISE DE ASPECTOS


PSICOLÓGICOS Luísa Chibani Mauad; Ricardo da Costa Padovani - Universidade Federal de São Paulo.

ALENCAR, N. A. et al. Nível de atividade física, autonomia funcional e qualidade de vida em


idosas ativas e sedentárias. Fisioterapia e Movimento, Curitiba, v. 23, n. 3,p. 473-481, 2010

ASCENCIO, THAIS SILVA; PUJALS, CONSTANZA. A INFLUÊNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO


SOBRE O NÍVEL DE AUTOESTIMA DOS IDOSOS. REVISTA UNINGÁ REVIEW, [S.l.], v. 24, n. 1,
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