1 Semana - PESQUISA RELATÓRIO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

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INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

 A mais recente classificação inclui cinco tipos de IAM:


TIPO 1: Tipo de infarto mais comum, onde ocorre um acidente da placa de
ateroma, ou seja, ruptura da placa de gordura localizada em uma artéria do coração.
Essa ruptura acarreta a formação de um trombo que interrompe o fluxo sanguíneo
no local da artéria afetada.
TIPO 2: Há um desiquilibro entre consumo e oferta de oxigênio para o
musculo do coração (miocárdio). Ocorre após as cirurgias não cardíacas, anemia
profunda, crise tireotóxica ou secundário a baixo débito (queda da pressão arterial,
levando a uma redução na irrigação sanguínea do miocárdio). Frequentemente
nesses casos, as artérias do coração são normais.
TIPO 3: É o IAM que cursa com morte súbita, chamado de “infarto
fulminante”, no qual o paciente evolui para óbito antes da instituição de qualquer tipo
de tratamento.
TIPO 4: Casos de infarto que ocorrem após uma angioplastia coronariana ou
por trombose do Stent. No primeiro, após a destruição de uma placa de gordura,
durante uma angioplastia coronariana, fragmentos podem obstruir vasos menores
localizados longe da obstrução tratada. No segundo, forma-se um coagulo em torno
do Stent – uma estrutura metálica utilizada durante a angioplastia coronariana.
TIPO 5: Ocorre após uma cirurgia de revascularização do miocárdio,
popularmente conhecida como cirurgia de ponte de safena.

Localização do infarto

 O IM compromete predominantemente o ventrículo esquerdo, mas a lesão


pode estender-se ao ventrículo direito ou aos átrios.

 .
 O infarto inferoposterior provoca algum grau de disfunção do ventrículo
direito em cerca da metade dos pacientes, e provoca alteração
hemodinâmica em 10 a 15%. Deve-se considerar a disfunção do ventrículo
direito em qualquer paciente que desenvolva infarto inferoposterior e
elevação da pressão venosa jugular, com hipotensão ou choque. O infarto
do ventrículo direito que complica o infarto do VE aumenta
significativamente a taxa de mortalidade.
 Os infartos anteriores tendem a ser maiores e estão associados de
prognóstico pior que os infartos inferoposteriores. Eles geralmente ocorrem
por obstrução da artéria coronária esquerda, especialmente da artéria
descendente anterior; infartos póstero-inferiores refletem obstrução da
artéria coronária direita ou artéria circunflexa esquerda dominante.

Extensão do infarto

O infarto pode ser

1. Não transmural

Os infartos não transmurais (como os subendocárdicos) não atravessam a parede


ventricular e provocam apenas alterações no segmento ST e na onda T (ST-T).
Normalmente, os infartos subendocárdicos envolvem o terço interno do miocárdio,
onde a tensão de parede é mais elevada e o fluxo sanguíneo miocárdico é mais
vulnerável às alterações circulatórias. Tais infartos podem ocorrer após hipotensão
prolongada.

2. Transmural:

Infartos transmurais envolvem toda a espessura do miocárdio, do epicárdio ao


endocárdio, e costumam ser caracterizados por ondas Q anormais no ECG.

Como a profundidade transmural da necrose não pode ser determinada


clinicamente com precisão, os infartos, geralmente, são classificados como IMCST
ou IMSST pela presença ou ausência de elevação do segmento ST ou ondas Q no
ECG. A extensão de miocárdio destruído pode ser aproximadamente estimada pela
amplitude e duração do aumento da CK ou pelos níveis máximos das troponinas
mais dosadas.

a) Infarto do miocárdio sem elevação do segmento ST (IMSST, IM


subendocárdico) é necrose miocárdica (evidenciada por marcadores
cardíacos no sangue; troponina I ou T e CK estarão elevadas) sem elevação
aguda do segmento ST. Pode haver outras alterações no ECG, como
infradesnível do segmento ST, inversão da onda T ou ambas.
b) IMCST (transmural) é a necrose miocárdica com alterações do ECG
constituídas por elevação do segmento ST, as quais não se revertem
rapidamente com nitroglicerina. A troponina I ou troponina T e CK são
elevados.

Sintomas do infarto agudo do miocárdio

O principal sintoma do Infarto é dor ou desconforto na região peitoral, podendo


irradiar para as costas, rosto, braço esquerdo e, raramente, o braço direito.
Esse desconforto costuma ser intenso e prolongado, acompanhado de sensação de
peso ou aperto sobre o tórax. Esses sinais podem ser acompanhados de outros
sintomas, como:

 Suor excessivo
 Palidez
 Alteração na frequência cardíaca

Já em idosos, o principal sintoma pode ser a falta de ar, e a dor também pode ser
sentida no abdome, semelhante a dor de uma gastrite ou esofagite de refluxo.
Nos diabéticos, o infarto pode ser assintomático, sem sinais específicos. Por isso,
deve-se estar atento a qualquer mal-estar súbito apresentado por esses pacientes.

Fatores de risco para o infarto agudo do miocárdio

Os principais fatores de risco para o infarto agudo do miocárdio são:

 Tabagismo
 Colesterol em excesso
 Hipertensão (pressão alta)
 Diabetes
 Obesidade
 Estresse
 Depressão
Diagnóstico

Além da avaliação clínica dos sintomas, são feitos exames de eletrocardiograma,


ecocardiogama e cateterismo para identificar o infarto agudo do miocárdio.

Tratamento medicamentoso de infarto agudo do miocárdio

Todos os pacientes devem receber fármacos antiplaquetários, anticoagulantes e,


se houver dor torácica, fármacos antianginosos. O uso de fármacos específicos
depende da estratégia de reperfusão e de outros fatores; sua seleção e uso são
discutidos em Fármacos para síndrome coronariana aguda . Deve-se administrar
outros fármacos, como betabloqueadores, inibidores da enzima conversora da
angiotensina (ECA) e estatinas (ver tabela Fármacos para doença coronariana ).
Os pacientes com infarto agudo do miocárdio devem receber o seguinte (a menos
que contraindicado):

 Fármacos antiplaquetários: aspirina, clopidogrel, ou ambos (prasugrel ou


ticagrelor são alternativas ao clopidogrel)
 Anticoagulantes: heparina A (não fracionada ou de baixo peso molecular) ou
bivalirudina
 Inibidor da glicoproteína IIb/IIIa quando a ICP é realizada
 Terapia antianginosa, geralmente nitroglicerina
 Betabloqueador
 inibidor da ECA
 Estatina

Prescrevem-se 160 a 325 mg de ácido acetilsalicílico (sem revestimento entérico)


para todos os pacientes para os quais não há contraindicação, que são
administrados no início das manifestações e, em seguida, prescrevem-se 81 mg,
uma vez ao dia, indefinidamente. A mastigação da primeira dose antes da
deglutição acelera a absorção. O ácido acetilsalicílico reduz a taxa de mortalidade
em curto e longo prazos. Em pacientes submetidos à ICP, uma dose inicial de
clopidogrel (300 a 600 mg por via oral 1 vez por dia), prasugrel (60 mg por via oral
em dose única) ou ticagrelor (180 mg por via oral em dose única) melhora os
resultados, particularmente quando administrados com 24 horas de antecedência.
Para ICP urgente, prasugrel e ticagrelor têm início mais rápido e podem ser
preferidos.
Administra-se heparina de baixo peso molecular (HBPM), heparina não
fracionada ou bivalirudina para pacientes, a menos que haja contraindicação (p.
ex., sangramento ativo). O uso de heparina não fracionada é mais complicado
porque requer ajustes frequentes na dosagem (a cada 6 horas) para alcançar um
tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) alvo.
Terapia de reperfusão no infarto agudo do miocárdio

 Para pacientes com IMCST, ICP de emergência é o tratamento


preferível para infarto do miocárdio com elevação do segmento ST
quando disponível de uma maneira oportuna (tempo entre a entrada e
inflação do balão < 90 minutos). A reperfusão com o uso de
fibrinolíticos é mais eficiente se estes forem administrados nos
primeiros minutos ou horas depois do começo do infarto do miocárdio.
Quanto mais cedo os fibrinolíticos começarem a agir, melhor. O
objetivo é que o tempo de entrada até a aplicação da injeção seja de
30 a 60 minutos. O benefício é maior dentro de 3 horas, mas os
fármacos podem surtir efeito até em 12 horas.
 Pacientes instáveis com IMSST (isto é, aqueles com sintomas
persistentes, hipotensão ou arritmias sustentadas) devem ser
encaminhados diretamente ao laboratório de cateterismo cardíaco
para identificar lesões coronarianas que exigem ICP ou cirurgia de
revascularização do miocárdio (CRM).
 Para pacientes com IMSST sem complicações, a reperfusão
imediata não é tão urgente porque é incomum haver uma artéria
totalmente obstruída relacionada com o infarto na apresentação.

Prevenção

Além da prática regular de exercícios físicos, alimentação adequada e cessação do


tabagismo, o controle dos fatores de risco, como diabetes, hipertensão arterial e
colesterol elevado são fundamentais para evitar o entupimento das artérias e
consequente infarto.

REFERÊNCIAS:
PIEGAS, Dr. Leopoldo. Infarto agudo do miocárdio: adote hábitos saudáveis
e proteja seu coração. São Paulo, [2023]. Disponivel em:
https://www.hcor.com.br/hcor-explica/cardiologia/infarto-do-miocardio-adote-habitos-
que-protegem-o-seu-coracao-para-poder-evita-lo/. Acesso em: 15 Mar. 2024.

Brasil. VARELLA, Dr. Dráuzio. Ataque cardíaco (infarto). São Paulo, 2018.
Disponivel em: https://bvsms.saude.gov.br/ataque-cardiaco-infarto/. Acesso em: 15
Mar. 2024.

SWEIS, Ranya N. Infarto agudo do miocárdio (IAM). Estados Unidos, 2022.


Disponivel em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-
cardiovasculares/doen%C3%A7a-coronariana/infarto-agudo-do-mioc%C3%A1rdio-
iam. Acesso em: 15 Mar. 2024.

FRANKEN, Dr. Marcelo. Infarto do Miocárdio, São Paulo, 2019. Disponivel em:
https://www.einstein.br/especialidades/cardiologia/doencas-sintomas/infarto-do-
miocardio. Acesso em: 16 Mar. 2024.

INFARTO agudo do miocárdio: conheça suas causas sintomas e tratamentos. Blog


CEPIC. São Paulo, 2021. Disponivel em: https://www.cepic.com.br/blog/causas-e-
tratamentos/infarto-agudo-do-miocardio/. Acesso em: 16 Mar. 2024.

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