STJ - ANPP - Procedência Parcial
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EMENTA
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, acordam
os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, prosseguindo no
julgamento, por unanimidade, dar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto
do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros João Batista Moreira (Desembargador convocado do TRF1),
Reynaldo Soares da Fonseca, Ribeiro Dantas e Joel Ilan Paciornik votaram com o Sr.
Ministro Relator.
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
QUINTA TURMA
AgRg no
Número Registro: 2022/0236066-5 PROCESSO ELETRÔNICO REsp 2.016.905 / SP
MATÉRIA CRIMINAL
Relator
Exmo. Sr. Ministro MESSOD AZULAY NETO
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro JOEL ILAN PACIORNIK
Subprocuradora-Geral da República
Exma. Sra. Dra. ELIZETA MARIA DE PAIVA RAMOS
Secretário
Bel. MARCELO FREITAS DIAS
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : CARISA REGINA CAMPOS DE SOUZA
ADVOGADOS : ALBERTO ZACHARIAS TORON - SP065371
MICHEL KUSMINSKY HERSCU - SP332696
RECORRIDO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
ASSUNTO: DIREITO PENAL - Crimes contra a Fé Pública - Falsidade ideológica
AGRAVO REGIMENTAL
AGRAVANTE : CARISA REGINA CAMPOS DE SOUZA
ADVOGADOS : ALBERTO ZACHARIAS TORON - SP065371
MICHEL KUSMINSKY HERSCU - SP332696
AGRAVADO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SUSTENTAÇÃO ORAL
SUSTENTOU ORALMENTE: DR. MICHEL KUSMINSKY HERSCU (P/AGRAVANTE)
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia QUINTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
"Após sustentação oral, pediu vista regimental o Sr. Ministro Relator."
Aguardam os Srs. Ministros João Batista Moreira (Desembargador convocado do
TRF1), Reynaldo Soares da Fonseca e Joel Ilan Paciornik.
Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Ribeiro Dantas.
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
QUINTA TURMA
AgRg no
Número Registro: 2022/0236066-5 PROCESSO ELETRÔNICO REsp 2.016.905 / SP
MATÉRIA CRIMINAL
Relator
Exmo. Sr. Ministro MESSOD AZULAY NETO
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro JOEL ILAN PACIORNIK
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. LUCIANO MARIZ MAIA
Secretário
Me. MARCELO PEREIRA CRUVINEL
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : CARISA REGINA CAMPOS DE SOUZA
ADVOGADOS : ALBERTO ZACHARIAS TORON - SP065371
MICHEL KUSMINSKY HERSCU - SP332696
RECORRIDO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
ASSUNTO: DIREITO PENAL - Crimes contra a Fé Pública - Falsidade ideológica
AGRAVO REGIMENTAL
AGRAVANTE : CARISA REGINA CAMPOS DE SOUZA
ADVOGADOS : ALBERTO ZACHARIAS TORON - SP065371
MICHEL KUSMINSKY HERSCU - SP332696
AGRAVADO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia QUINTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
" Prosseguindo no julgamento, a Turma, por unanimidade, deu provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator."
Os Srs. Ministros João Batista Moreira (Desembargador convocado do TRF1),
Reynaldo Soares da Fonseca, Ribeiro Dantas e Joel Ilan Paciornik votaram com o Sr.
Ministro Relator.
EMENTA
Depreende-se dos autos que a agravante foi condenada como incursa nas
sanções dos arts. 299, parágrafo único, c/c 327, § 1°, e 69, por sete vezes, todos do
CP, à pena de 9 (nove) anos, 6 (seis) meses e 10 (dez) dias de reclusão, em regime
inicial fechado, e a 84 (oitenta e quatro) dias-multa.
A defesa interpôs recurso especial, com fulcro no art. 105, inciso III, alínea a,
da Constituição da República, alegando:
ii) negativa de vigência ao art. 28-A, caput e § 14, do CPP, "ao impedirem
que o MP sequer analisasse a possibilidade de ofertar o ANPP, conforme determina o
dispositivo" (fl. 533).
Nas razões deste regimental (fls. 671-684), a defesa pontua que: "1. Acordo de
não persecução penal que somente se tornou viável, pela pena mínima, após o parcial
provimento do recurso de apelação que reconheceu a continuidade delitiva entre os
supostos crimes; 2. Requerimento de remessa dos autos ao MP para oferecimento do
ANPP na primeira oportunidade após o julgamento do recurso ordinário; 3.
Particularidade que revela possibilidade de aplicação do instituto, independentemente de
qualquer discussão a respeito da retroatividade da Lei nº 13.964/2019; Aplicação
imediata no momento em que se tornou objetivamente possível pela pena mínima; 4.
Retroatividade para casos não transitados em julgado reconhecida em diversos
precedentes deste eg. STJ e do col. STF; 5. Natureza mista da norma que tem efeitos
penais e leva à extinção da punibilidade" (fl. 672).
É o relatório.
VOTO
"Habeas corpus.
(...)
4. No caso concreto, em alegações finais, o MP posicionou-
se favoravelmente à aplicação do redutor de tráfico privilegiado. Assim,
alterou-se o quadro fático, tornando-se potencialmente cabível o
instituto negocial.
5. Ordem parcialmente concedida para determinar sejam os
autos remetidos à Câmara de Revisão do Ministério Público Federal, a
fim de que aprecie o ato do procurador da República que negou à
paciente a oferta de acordo de não persecução penal" (HC n. 194.677,
Segunda Turma, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 13/08/2021, grifei).
Cabe salientar, ainda, que no caso dos autos não se faz necessária a discussão
acerca da questão da retroatividade do ANPP, mas sim unicamente a circunstância de que
a alteração do quadro fático jurídico tornou potencialmente cabível o instituto negocial,
de maneira que o entendimento externado na presente decisão não entra em
confronto com a jurisprudência desta Corte Superior.
É o voto.