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ÍNDICE

1. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E PARTICIPANTES DO


MERCADO......................................................................................03

2. COMPLIANCE LEGAL, ÉTICA E ANÁLISE DO PERFIL DO


INVESTIDOR..................................................................................13

3. PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA E FINANÇAS.................48

4. INSTRUMENTOS DE RENDA VARIÁVEL, RENDA FIXA E


DERIVATIVOS................................................................................67

5. FUNDOS DE INVESTIMENTO.....................................................123

6. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA: PGBL E


VGBL........................................................................................... 175

7. MENSURAÇÃO E GESTÃO DE PERFORMANCE E


RISCOS........................................................................................182

Edição 2019.4

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1. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E
PARTICIPANTES DO MERCADO
(PROPORÇÃO: DE 5 A 10%)

1.1 ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO, AUTO


REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO
1.1.1 CMN
Autoridade Máxima do Sistema Financeiro Nacional, composto por três membros:
Ministro da Economia, Presidente do Banco Central e Secretário Especial da Fazenda.

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É um órgão normativo, cria regras, não executa, ou seja, não fiscaliza, não impõem
multas, não age diretamente.

Principais Atribuições:
● Regular a Constituição e Funcionamento das Instituições Financeiras;
● Estabelecer Medidas de Prevenção e Correção de Desequilíbrios Econômicos;
● Disciplinar Todos os Tipos de Crédito

Importante: O CMN é responsável por determinar a meta de inflação.

1.1.2 BANCO CENTRAL - BACEN


O Banco central é o órgão executor da política monetária e cambial no Brasil, suas
principais funções são:

● Autorizar o Funcionamento e Fiscalizar as Instituições Financeiras


● Controlar Crédito e Capitais Estrangeiros
● Emitir Moeda
● Executar a Política Monetária e Cambial

1.1.3 COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS - CVM


A CVM é órgão na estrutura do sistema financeiro nacional que regula e fiscaliza os
Valores Mobiliários (Ações, Debêntures, Cotas de Fundo de Investimento, etc.).
A CVM fiscaliza as instituições e profissionais que trabalham no mercado de capitais
tais como bolsa de valores, corretoras de títulos e valores mobiliários entre outras
instituições, fiscaliza também os profissionais que atuam na área, como, por exemplo, os
agentes autônomos de investimentos, consultores de investimento, gestores de fundos,
analista de ações e auditores que atuam na área.

Além das instituições financeiras a CVM fiscaliza também empresas de capital aberto
que possuem ações ou outros títulos negociados em bolsa, Ex.: AMBEV, NATURA,
AREZZO, etc. As principais funções da CVM são:

● Regular e Fiscalizar os Valores Mobiliários;


● Promover Medidas Incentivadoras da Canalização de Poupança ao Mercado de
Capitais;
● Estimular o Funcionamento das Bolsas de Valores e das Instituições
Operadoras no Mercado de Capitais;

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● Proteger os Investidores de Mercado

Importante: A CVM regula e fiscaliza valores mobiliários entre eles ações, debêntures e
cotas de fundos de investimentos.

1.1.4 SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS -


SUSEP

A Superintendência de Seguros Privados - SUSEP é o órgão responsável pelo controle e


fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e
resseguro. Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda. Suas principais atribuições
são:

● Controlar e fiscalizar dos mercados de seguro, capitalização e previdência


aberta;

● Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades


Seguradoras e Entidades de Previdência Privada Aberta;

● Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado;

● Proteger os investidores desses mercados.

1.1.5 SUPERINTENDÊNCIA NACIONAL DE


PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR - PREVIC
A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) é uma autarquia de
natureza especial, dotada de autonomia administrativa e financeira e patrimônio próprio,
vinculada ao Ministério da Economia, com sede e foro no Distrito Federal, tendo
atuação em todo o território nacional como entidade de fiscalização e supervisão das
atividades das entidades fechadas de previdência complementar e de execução das
políticas para o regime de previdência complementar operado pelas referidas entidades.

▪ Principais atribuições da Previc

I - Proceder à fiscalização das atividades das entidades fechadas de previdência


complementar e das suas operações;
II - Apurar e julgar as infrações e aplicar as penalidades cabíveis;
III - Expedir instruções e estabelecer procedimentos para a aplicação das normas
relativas à sua área de competência;

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IV - Autorizar: a constituição e o funcionamento das entidades fechadas de previdência
complementar e a aplicação dos respectivos estatutos e dos regulamentos de planos de
benefícios; as operações de fusão, cisão, incorporação ou qualquer outra forma de
reorganização societária, relativas às entidades fechadas de previdência
complementar; a celebração de convênios e termos de adesão por patrocinadores e
instituidores e as retiradas de patrocinadores e instituidores; e as transferências de
patrocínio, grupos de participantes e assistidos, planos de benefícios e reservas entre
entidades fechadas de previdência complementar;
V - Harmonizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar com
as normas e as políticas estabelecidas para o segmento; VI – Decretar intervenção e
liquidação extrajudicial das entidades fechadas de previdência complementar e
nomear interventor ou liquidante, nos termos da lei; VII - Nomear administrador
especial de plano de benefícios específico, podendo atribuir-lhe poderes de
intervenção e liquidação extrajudicial, na forma da lei; VIII - Promover a mediação e
a conciliação entre entidades fechadas de previdência complementar e entre as
entidades e seus participantes, assistidos, patrocinadores ou instituidores, bem como
dirimir os litígios que lhe forem submetidos;
IX - Enviar relatório anual de suas atividades ao Ministério da Fazenda e, por seu
intermédio, ao Presidente da República e ao Congresso Nacional; e adotar as
providências necessárias ao cumprimento de seus objetivos.

1.1.6 ANBIMA

1.1.6.1 O papel da ANBIMA

Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais.

A ANBIMA é um Agente Regulador Privado, a associação das Instituições Financeiras


à ANBIMA é voluntária, porém uma vez que a Instituição Financeira se associou à
ANBIMA terá que cumprir as regras presentes em seus códigos.

A ANBIMA dispõe de vários Códigos ANBIMA de Regulação e Melhores

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Práticas, no entanto inicialmente são exigidos apenas dois códigos: Certificação
Continuada e Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo.

Importante: Os Códigos da ANBIMA apenas complementam a legislação em vigor

1.1.6.1.1 Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas para o


Programa de Certificação Continuada

O objetivo do Código de Regulação e Melhores Práticas para o Programa de


Certificação Continuada é estabelecer princípios e regras que deverão ser observados
pelas instituições participantes abaixo definidas, que atuam nos mercados financeiro e
de capitais, de maneira a buscar a permanente elevação da capacitação técnica de seus
profissionais, bem como a observância de padrões de conduta no desempenho de suas
respectivas atividades.
Os profissionais que trabalham com distribuição de investimentos devem ser
certificados pela ANBIMA. Para obter as certificações os profissionais precisam ter o
aproveitamento mínimo de 70% (setenta por cento) no exame.

As certificações CPA-10, CPA-20 e CEA obtidas por Profissionais da Instituição


Participante serão válidas pelo prazo máximo de 5 (cinco) anos, contados a partir da
data da aprovação no exame ou da conclusão do procedimento de atualização. As
aprovações obtidas por pessoas não vinculadas a instituição participante serão válidas
pelo prazo máximo de 3 (três) anos, contados da data da aprovação no exame ou da
conclusão do procedimento de atualização CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL
ANBIMA SÉRIE 10 - A CPA-10 se destina a certificar Profissionais das instituições
participantes que atuam na prospecção ou venda de produtos de investimento
diretamente junto ao investidor.

CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL ANBIMA SÉRIE 20 - A CPA-20 – Para quem


trabalha junto a investidores atendidos nos segmentos de Alta Renda, Private Banking,
Corporate e Investidores Institucionais.

CERTIFICAÇÃO DE ESPECIALISTA EM INVESTIMENTOS ANBIMA - A CEA se


destina a profissionais que assessoram os gerentes de contas de investidores pessoas
físicas em investimentos, podendo indicar produtos de investimento. Os Profissionais
que obtiverem a CEA poderão exercer as atividades que requeiram CPA-10 e CPA-20.
As instituições participantes devem manter, no mínimo, 75% (setenta e cinco por cento)
dos Profissionais de assessoramento em investimentos certificados pela CEA.

CERTIFICAÇÃO DE GESTORES ANBIMA - A CGA se destina a certificar


Profissionais que desempenham atividades de gestão profissional de recursos de
terceiros. A CGA será válida pelo prazo de 3 (três) anos para os profissionais que não
são de instituições participantes ou que não estejam exercendo a atividade de gestão,
para os demais ela será restabelecida automaticamente (perpétua).

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1.2. BANCOS MÚLTIPLOS
1.2.1 Principais carteiras (comercial e investimento)
Banco com duas ou mais carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente Comercial ou de
Investimento.

Os bancos múltiplos possuem diversos CNPJs, um para cada carteira, porém publica um
Balanço Consolidado (único).

Carteiras Bancárias: Comercial; Investimento; Arrendamento Mercantil (Leasing);


Crédito Imobiliário; Crédito, Financiamento e Investimento; e Desenvolvimento.

Bancos Comerciais
Instituições Públicas ou Privadas que praticam a intermediação de recursos financeiros
para pessoas físicas ou jurídicas com foco no curto e médio prazo, os bancos comerciais
movimentam captam depósitos à vista (conta corrente) e também captam depósitos a
prazo (CDB).

Bancos de Investimento
Instituições Financeiras com foco em operações de médio e longo prazo. Captam
Recursos somente via Depósitos a Prazo (CDB). Suas principais operações são:
● Financiamento de Capital,
● Operações com Valores Mobiliários,
● Câmbio e Metais Preciosos,
● Gestão de Recursos de Terceiros (fundos de investimento),
● Repasse de recursos oriundos do exterior, etc (Resolução CMN
2.624/99).

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1.2.2 Principais funções e atribuições:
- Underwriting;
- Negociação e distribuição de títulos e valores mobiliários;
- Administração de recursos de terceiros;
- Intermediação de câmbio;
- Intermediação de derivativos

1.3 DISTRIBUIDORAS E CORRETORAS DE TÍTULOS


E VALORES MOBILIÁRIOS E DE FUTUROS
Realizam a intermediação de operações com títulos e valores mobiliários.

Principais Operações:
● Operar em Bolsas de Valores;
● Administrar Carteiras de Valores Mobiliários;
● Administrar Clubes de Investimento;
● Intermediar Operações de Câmbio; ● Realizar Operações com metais preciosos.
● Praticar Operações de Conta Margem.

Importante: As Corretoras trabalham com investimentos, não efetuam empréstimos!

Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM)

No passado exerciam basicamente as mesmas operações das CTVM, mas não atuavam
no ambiente de Bolsa. Desde 02/03/09, através da Resolução Conjunta Bacen-CVM
n.17 que permitiu as DTVMs atuarem no ambiente de Bolsa e Mercados Organizados,
NÃO existe diferença entre essas instituições.

As CTVMs e DTVMs são fiscalizadas tanto pelo Bacen (Resolução CMN 1655/89)
quanto pela CVM (por causa dos fundos de investimento).

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1.4 INVESTIDORES QUALIFICADOS,
INVESTIDORES PROFISSIONAIS E
INVESTIDORES NÃO-RESIDENTES. DEFINIÇÕES
Investidor Profissional
São considerados investidores profissionais:
I – Instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo
Banco Central do Brasil;
II – Companhias seguradoras e sociedades de capitalização;
III – Entidades abertas e fechadas de previdência complementar;
IV– Pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor
superior a R$ 10 milhões e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição de
investidor profissional mediante termo próprio;
V – Fundos de investimento;
VI– Clubes de investimento, desde que tenham a carteira gerida por administrador de
carteira de valores mobiliários autorizado pela CVM; VII – Agentes autônomos de
investimento, administradores de carteira, analistas e consultores de valores
mobiliários autorizados pela CVM, em relação a seus recursos próprios;
VIII – Investidores não residentes

Investidor Qualificado
São considerados investidores qualificados:
I – Investidores profissionais;
II – Pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor
superior a R$ 1 milhão e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição de
investidor qualificado mediante termo próprio;
III – As pessoas naturais que tenham sido aprovadas em exames de qualificação
técnica ou possuam certificações aprovadas pela CVM como requisitos para o registro
de agentes autônomos de investimento, administradores de carteira, analistas e
consultores de valores mobiliários, em relação a seus recursos próprios; e
IV – Clubes de investimento, desde que tenham a carteira gerida por um ou mais
cotistas, que sejam investidores qualificados.”

Os regimes próprios de previdência social instituídos pela União, pelos Estados, pelo
Distrito Federal ou por Municípios são considerados investidores profissionais ou

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investidores qualificados apenas se reconhecidos como tais conforme regulamentação
específica do Ministério da Previdência Social.

Investidor não-residente

É considerado como investidor não-residente individual ou coletivo as pessoas físicas ou


jurídicas, os fundos ou outras entidades de investimento coletivo, com residência ou
sede no exterior. Previamente ao início das operações, o investidor não-residente deve
constituir um ou mais representantes; obter registro junto a CVM. Quando o
representante for pessoa física ou jurídica não financeira, o investidor deve nomear
instituição autorizada a funcionar pelo BACEN, que será corresponsável pelo
cumprimento das obrigações.

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2. COMPLIANCE LEGAL, ÉTICA E
ANÁLISE DO PERFIL DO INVESTIDOR
(PROPORÇÃO: DE 15 A 25%)

2.1 RISCO DE IMAGEM (REPUTAÇÃO) E RISCO


LEGAL
Risco de Imagem
Está relacionado à reputação da empresa (ou indivíduo). A imagem é a percepção do
mercado sobre determinada empresa. Uma publicidade negativa pode prejudicar
consideravelmente os negócios de uma empresa. Um exemplo é não observância dos
princípios éticos.

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Risco Legal
É a possibilidade de perdas decorrentes de multas, penalidades ou indenizações
resultantes do não cumprimento da lei. Nas instituições, compliance é o conjunto de
disciplinas para fazer cumprir as normas legais e também evitar qualquer desvio que
possa ocorrer.

2.2 CONTROLES INTERNOS: RESOLUÇÃO CMN


2.554/98, ARTIGO 1º
Art. 1º Determinar às instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pelo Banco Central do Brasil a implantação e a implementação de controles
internos voltados para as atividades por elas desenvolvidas, seus sistemas de
informações financeiras, operacionais e gerenciais e o cumprimento das normas legais e
regulamentares a elas aplicáveis.
§ 1º Os controles internos, independentemente do porte da instituição, devem ser
efetivos e consistentes com a natureza, complexidade e risco das operações por ela
realizadas.
§ 2º São de responsabilidade da diretoria da instituição:
I - a implantação e a implementação de uma estrutura de controles internos efetiva
mediante a definição de atividades de controle para todos os níveis de negócios da
instituição;
II - o estabelecimento dos objetivos e procedimentos pertinentes aos mesmos; III - a
verificação sistemática da adoção e do cumprimento dos procedimentos definidos em
função do disposto no inciso II.

2.2.1 Segregação de atividades de forma a evitar possíveis


conflitos de interesses (Barreira de
Informação) e definição de responsabilidades: Artigo 2º

Art. 2º Os controles internos, cujas disposições devem ser acessíveis a todos os


funcionários da instituição de forma a assegurar sejam conhecidas a respectiva função
no processo e as responsabilidades atribuídas aos diversos níveis da organização, devem
prever:
I - A definição de responsabilidades dentro da instituição;

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II - A segregação das atividades atribuídas aos integrantes da instituição de forma a
que seja evitado o conflito de interesses, bem como meios de minimizar e monitorar
adequadamente áreas identificadas como de potencial conflito da espécie;
III - Meios de identificar e avaliar fatores internos e externos que possam afetar
adversamente a realização dos objetivos da instituição;
2.2.2 Política de segurança da informação: Artigo 2º IV e
VII
IV - A existência de canais de comunicação que assegurem aos funcionários, segundo
o correspondente nível de atuação, o acesso a confiáveis, tempestivas e compreensíveis
informações consideradas relevantes para suas tarefas e responsabilidades;
V - A contínua avaliação dos diversos riscos associados às atividades da instituição;
VI - O acompanhamento sistemático das atividades desenvolvidas, de forma a que se
possa avaliar se os objetivos da instituição estão sendo alcançados, se os limites
estabelecidos e as leis e regulamentos aplicáveis estão sendo cumpridos, bem como a
assegurar que quaisquer desvios possam ser prontamente corrigidos;
VII - A existência de testes periódicos de segurança para os sistemas de informações,
em especial para os mantidos em meio eletrônico.

2.3 PREVENÇÃO E COMBATE A LAVAGEM DE


DINHEIRO OU OCULTAÇÃO DE BENS, DIREITOS E
VALORES

2.3.1 Legislação e regulamentação correlata (Lei 9.613/98 e


Circular Bacen 3461/09, Lei 12.683/12 e suas alterações):

Conceito:
Lei 9613/98 – Alterada pela lei 12.683/12
Dos Crimes de “Lavagem” ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores: Art. 1. Ocultar ou
dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de
bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal.
Caracterização
A caracterização de operações suspeitas possui diversas facetas, mas a principal delas é
movimentação de recursos incompatível com a renda ou patrimônio do agente
econômico.

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Fases da lavagem de dinheiro - “colocação”, “ocultação” e “integração”.

Fases da Lavagem de Dinheiro:

1. Colocação - “Fase inicial, o objetivo é


fazer o dinheiro proveniente de uma
atividade ilegal passar pelo caixa”

2. Ocultação – “Fase em que os criminosos


dificultar a identificação da origem”,
exemplo a realização de inúmeras
transferências.

3. Integração – Fase final, quando dinheiro


volta com aparência de “limpo”.
2.3.1.1 Quem está sujeito à lei e à regulamentação: abrangência, amplitude
e responsabilidades dos profissionais e das
Instituições Financeiras e Não-Financeiras (Lei 9.613, cap. V, art.
9º e Circular 3461/09)

Sujeitam-se aos mecanismos de controle de lavagem de dinheiro as pessoas físicas e


jurídicas que tenham, em caráter permanente ou eventual, como atividade principal ou
acessória, cumulativamente ou não:
I - a captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros de terceiros,
em moeda nacional ou estrangeira;
II – a compra e venda de moeda estrangeira ou ouro como ativo financeiro ou
instrumento cambial;
III - a custódia, emissão, distribuição, liqüidação, negociação, intermediação ou
administração de títulos ou valores mobiliários.

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Sujeitam-se às mesmas obrigações, as seguintes instituições (entre outras):
As bolsas (valores e futuros) e mercado balcão organizado; as corretoras de seguros e as
entidades de previdência complementar ou de capitalização; As administradoras de
cartões de crédito e as administradoras de consórcios; as empresas de arrendamento
mercantil (leasing) e as de fomento comercial (factoring); as sociedades que efetuem
distribuição de dinheiro ou quaisquer bens móveis, imóveis, mercadorias, serviços, ou,
ainda, concedam descontos na sua aquisição, mediante sorteio ou método assemelhado;
as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem joias, pedras e metais preciosos,
objetos de arte e antiguidades; as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de
luxo ou de alto valor. intermedeiem a sua comercialização ou exerçam atividades que
envolvam grande volume de recursos em espécie e as pessoas físicas ou jurídicas que
comercializem bens de alto valor de origem rural ou animal.

2.3.1.2. Identificação e registros de operações


As instituições financeiras:
I. Identificarão seus clientes e manterão cadastro atualizado;
II. Manterão registro de toda transação em moeda nacional ou estrangeira que
ultrapassar limite fixado pela autoridade competente;
III. Deverão adotar políticas, procedimentos e controles internos, compatíveis com
seu porte e volume de operações, que lhes permitam atender ao disposto neste
artigo;
IV. Deverão cadastrar-se e manter seu cadastro atualizado no órgão regulador ou
fiscalizador e, na falta deste, no Coaf.
V. Deverão atender às requisições formuladas pelo Coaf na periodicidade, forma e
condições por ele estabelecidas.

O sistema de registro deve permitir a identificação:


I. Das operações que, realizadas com uma mesma pessoa, conglomerado
financeiro ou grupo, em um mesmo mês calendário, superem, por instituição ou
entidade, em seu conjunto, o valor de R$10.000,00 (dez mil reais);
II. Das operações que, por sua habitualidade, valor ou forma, configurem artifício
que objetive burlar os mecanismos de identificação, controle e registro.

2.3.1.3 Da comunicação de Operações Financeiras (Lei 9.613,


cap. VII)

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CAPÍTULO VII

Da Comunicação de Operações Financeiras

Art. 11. As pessoas referidas no art. 9º:

I - dispensarão especial atenção às operações que, nos termos de instruções emanadas


das autoridades competentes, possam constituir-se em sérios indícios dos crimes
previstos nesta Lei, ou com eles relacionar-se;

II - deverão comunicar ao Coaf, abstendo-se de dar ciência de tal ato a qualquer


pessoa, inclusive àquela à qual se refira a informação, no prazo de 24 (vinte e quatro)
horas, a proposta ou realização:
a) de todas as transações referidas no inciso II do art. 10, acompanhadas da
identificação de que trata o inciso I do mencionado artigo; e
b) das operações referidas no inciso I;
III. - deverão comunicar ao órgão regulador ou fiscalizador da sua atividade ou, na
sua falta, ao Coaf, na periodicidade, forma e condições por eles estabelecidas, a
não ocorrência de propostas, transações ou operações passíveis de serem
comunicadas nos termos do inciso II.

§ 1º As autoridades competentes, nas instruções referidas no inciso I deste artigo,


elaborarão relação de operações que, por suas características, no que se refere às partes
envolvidas, valores, forma de realização, instrumentos utilizados, ou pela falta de
fundamento econômico ou legal, possam configurar a hipótese nele prevista.
§ 2º As comunicações de boa-fé, feitas na forma prevista neste artigo, não acarretarão
responsabilidade civil ou administrativa.
§ 3o O Coaf disponibilizará as comunicações recebidas com base no inciso II do caput
aos respectivos órgãos responsáveis pela regulação ou fiscalização das pessoas a que se
refere o art. 9o

Art. 11-A. As transferências internacionais e os saques em espécie deverão ser


previamente comunicados à instituição financeira, nos termos, limites, prazos e
condições fixados pelo Banco Central do Brasil.

2.3.1.4 Políticas e procedimentos de prevenção e combate ao crime de


lavagem de dinheiro - Organismos nacionais e de cooperação internacional.
A Convenção de Viena e o Decreto n.154/91 (Lei 9.613, cap. IX e Circular
3461/09)

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Convenção de Viena = Acordo Internacional para coibir o crime organizado e lavagem
de dinheiro.

Lei 9.613, cap. IX -Do Conselho de Controle de Atividades Financeiras


Art. 14. É criado, no âmbito do Ministério da Fazenda, o Conselho de Controle de
Atividades Financeiras - COAF, com a finalidade de disciplinar, aplicar penas
administrativas, receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades
ilícitas previstas nesta Lei, sem prejuízo da competência de outros órgãos e entidades.
§ 1º As instruções referidas no art. 10 destinadas às pessoas mencionadas no art. 9º, para
as quais não exista órgão próprio fiscalizador ou regulador, serão expedidas pelo COAF,
competindo-lhe, para esses casos, a definição das pessoas abrangidas e a aplicação das
sanções enumeradas no art. 12.
§ 2º O COAF deverá, ainda, coordenar e propor mecanismos de cooperação e de troca
de informações que viabilizem ações rápidas e eficientes no combate à ocultação ou
dissimulação de bens, direitos e valores.
§ 3o O COAF poderá requerer aos órgãos da Administração Pública as informações
cadastrais bancárias e financeiras de pessoas envolvidas em atividades suspeitas.
2.3.2 APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO “CONHEÇA SEU
CLIENTE”:

2.3.2.1. Função do cadastro e implicações de um cadastro desatualizado e


análise da capacidade financeira do cliente

A principal forma de evitar a lavagem de dinheiro é conhecendo o cliente,


principalmente através de informações obtidas através do cadastro. Caso o cliente se
negue a fornecer as informações requeridas, a instituição não deve aceitá-lo como
cliente.

A função do cadastro é identificar as características de cada cliente, um cadastro


consistente e atualizado permitirá que o profissional e a instituição financeira
identifiquem operações suspeitas.

2.3.2.2 O princípio “conheça seu cliente” como forma de proteção da


instituição financeira e do profissional

O dever do profissional e da instituição financeira é o de identificar e comunicar as


operações suspeitas, fazendo isso ambos estarão protegidos de qualquer penalidade civil

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ou administrativa caso tal operação seja classificada como crime de lavagem de
dinheiro.

Às pessoas submetidas aos mecanismos de controle que deixarem de cumprir as


obrigações previstas serão aplicadas, cumulativamente ou não, pelas autoridades
competentes, as seguintes sanções:
I. Advertência;
II. Multa pecuniária variável não superior: ao dobro do valor da operação; ao dobro
do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da
operação; ou ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais);
III. Inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para o Exercício do cargo
de administrador das pessoas jurídicas referidas no art. 9º;
IV. Cassação ou suspensão da autorização para o exercício de atividade, operação
ou funcionamento.

Penalidades
Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e multa.
Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou
valores provenientes de infração penal:
I. os converte em ativos lícitos;
II. os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem
em depósito, movimenta ou transfere;
III. importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros.
Incorre, ainda, na mesma pena quem:
I. Utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos ou valores
provenientes de infração penal;
Participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que sua atividade
principal ou secundária é dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei

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2.4 NORMAS E PADRÕES ÉTICOS
2.4.1 UTILIZAÇÃO INDEVIDA DE INFORMAÇÕES
PRIVILEGIADAS

As informações das empresas que emitem papeis mobiliários (ações, debêntures, etc)
precisam ser publicadas de forma que todos os interessados tenham acesso ao mesmo
tempo, é terminantemente vedado o uso de qualquer informação que não seja pública
para proveito pessoal ou de outrem (informações privilegiadas).
2.4.1.1 O “INSIDER TRADER”. CONCEITO
Literalmente quer dizer “aquele que negocia de dentro”, é o Indivíduo que compra e
vende papéis com informações privilegiadas, por exemplo, um executivo que se
aproveita de informações estratégicas (não públicas) para lucrar com as ações da
empresa.

2.4.1.2 O “FRONT RUNNER”. CONCEITO


Literalmente quer dizer “aquele que corre na frente”, o indivíduo que trabalha no
mercado financeiro e fica sabendo da intenção de um comprador adquirir determinado
ativo, corre na frente, compra os papéis disponíveis para sua carteira pessoal e depois
vende mais caro para o interessado.

2.4.2 CONFIDENCIALIDADE
Conforme explicito anteriormente profissionais que possuem acesso a informações não
públicas de empresas emissoras de papéis mobiliários devem manter sigilo absoluto
sobre essas informações, devendo apenas fornecê-las por decisão judicial ou para órgãos
fiscalizadores por força legal. O princípio da confidencialidade também se aplica às
operações dos clientes das instituições financeiras, que jamais devem ser comentadas
por profissionais.

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2.4.3 CONFLITOS DE INTERESSE
Executivos não devem intervir quando houver conflito entre seus interesses pessoais e
os da empresa;

2.5 CÓDIGO DE DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS DE


INVESTIMENTO
2.5.1 DEFINIÇÕES (Cap.I)
Para os efeitos deste Código, entende-se por:

I. Aderente: instituições que aderem ao Código e se vinculam à Associação por meio


contratual, ficando sujeitas às regras específicas deste documento;
II. Agente Autônomo de Investimento ou AAI: pessoa natural ou jurídica registrada na
Comissão de Valores Mobiliário, para realizar, sob a responsabilidade e como
preposto da Instituição Participante, as atividades voltadas para distribuição de
investimentos;
III. ANBIMA ou Associação: Associação Brasileira de Entidades dos Mercados
Financeiros e de Capitais;
IV. Associada ou Filiada: instituições que se associam à ANBIMA e passam a ter
vínculo associativo, ficando sujeitas a todas as regras de autorregulação da
Associação;
V. Canais Digitais: canais digitais ou eletrônicos utilizados na Distribuição de Produtos
de Investimento, que servem como instrumentos remotos sem contato presencial
entre o investidor ou potencial investidor e a Instituição Participante;

VI. Carta de Recomendação: documento expedido pela Supervisão de Mercados e


aceito pela Instituição Participante que contém as medidas a serem adotadas a fim de
sanar a(s) infração(ões) de pequeno potencial de dano e de fácil reparabilidade
cometida(s) pelas Instituições Participantes, conforme previsto no Código dos
Processos;
VII. Código de Atividades Conveniadas: Código ANBIMA de Regulação e Melhores
Práticas para as Atividades Conveniadas, que dispõe sobre os convênios celebrados
entre a ANBIMA e as instituições públicas;
VIII. Código dos Processos: Código ANBIMA dos Processos de Regulação e
Melhores Práticas que dispõe sobre a condução de processos sancionadores para

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apuração de descumprimento às regras estabelecidas nos Códigos ANBIMA de
Regulação e Melhores Práticas;

IX. Código: Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Distribuição de


Produtos de Investimentos que dispõe sobre a atividade de Distribuição de Produtos
de Investimento;
X. Comissão de Acompanhamento: Organismo de Supervisão da ANBIMA;
XI. Conglomerado ou Grupo Econômico: conjunto de entidades controladoras diretas
ou indiretas, controladas, coligadas ou submetidas a controle comum; XII. Conheça
seu Cliente: regras e procedimentos adotados pelas Instituições Participantes para
conhecer seus investidores;
XIII. Conselho de Distribuição: Conselho da ANBIMA responsável por estabelecer
regras e diretrizes de distribuição de produtos de investimento;

XIV. Criptografia: conjunto de técnicas para codificar a informação de modo que


somente o emissor e o receptor consigam decifrá-la;
XV. Distribuição de Produtos de Investimento: (i) oferta de Produtos de
Investimento de forma individual ou coletiva, resultando ou não em aplicação
de recursos, assim como a aceitação de pedido de aplicação por meio de
agências bancárias, plataformas de atendimento, centrais de atendimento,
Canais Digitais, ou qualquer outro canal estabelecido para este fim; e (ii)
atividades acessórias prestadas aos investidores, tais como manutenção do
portfólio de investimentos e fornecimento de informações periódicas acerca dos
investimentos realizados;
XVI. Estrategista de Investimentos: profissional responsável pela construção dos
portfólios estratégicos e recomendações táticas dentro de cada perfil de
investimento;

XVII. Fundo de Investimento ou Fundo: comunhão de recursos, constituído sob a


forma de condomínio, destinada à aplicação em ativos financeiros;
XVIII. Fundo Exclusivo: Fundo destinado exclusivamente a um único investidor
profissional, nos termos da Regulação em vigor;
XIX. Fundo Reservado: Fundo destinado a um grupo determinado de investidores
que tenham entre si vínculo familiar, societário ou que pertençam a um mesmo
Conglomerado ou Grupo Econômico, ou que, por escrito, determinem essa
condição;
XX. Instituições Participantes: instituições Associadas à ANBIMA ou instituições
Aderentes a este Código;

23
XXI. Material Publicitário: material sobre Produtos de Investimento ou sobre a
atividade de Distribuição de Produtos de Investimento divulgado pelas
Instituições Participantes por qualquer meio de comunicação disponível, que
seja destinado a investidores ou potenciais investidores com o objetivo de
estratégia comercial e mercadológica;
XXII. Material Técnico: material sobre Produtos de Investimento divulgado pelas
Instituições Participantes por qualquer meio de comunicação disponível, que
seja destinado a investidores ou potenciais investidores com o objetivo de dar
suporte técnico a uma decisão de investimento;
XXIII. Organismos de Supervisão: em conjunto, Conselho de Distribuição,
Comissão de Acompanhamento e Supervisão de Mercados;

XXIV. Plano de Continuidade de Negócios: planos de contingência, continuidade de


negócios e recuperação de desastres que assegurem a continuidade das
atividades da Instituição Participante e a integridade das informações
processadas em sistemas sob sua responsabilidade e interfaces com sistemas de
terceiros;
XXV. Produtos Automáticos: aqueles que possuem a funcionalidade de aplicação e
resgate automático, conforme saldo disponível na conta corrente do investidor;
XXVI. Produtos de Investimento: valores mobiliários e ativos financeiros definidos
pela Comissão de Valores Mobiliários e/ou pelo Banco Central do
Brasil;
XXVII. Regulação: normas legais e infralegais que abrangem a Distribuição de
Produtos de Investimento;
XXVIII. Supervisão de Mercados: Organismo de Supervisão da ANBIMA;
XXIX. Termo de Compromisso: instrumento pelo qual a Instituição Participante
compromete-se perante a ANBIMA a cessar e corrigir os atos que possam
caracterizar indícios de irregularidades em face deste Código; e

XXX. Veículo de Investimento: Fundos de Investimento e carteiras administradas


constituídos localmente com o objetivo de investir recursos obtidos junto a um
ou mais investidores.
2.5.2 OBJETIVO E ABRANGÊNCIA (Cap.II)
Objetivo - Estabelecer princípios e regras para a Distribuição de Produtos de
Investimentos visando principalmente:

24
I. A manutenção dos mais elevados padrões éticos e a consagração da
institucionalização de práticas equitativas no mercado financeiro e de
capitais;
II. A concorrência leal;
III. A padronização de seus procedimentos;
IV. O estímulo ao adequado funcionamento da Distribuição de Produtos de
Investimento;
V. A transparência no relacionamento com os investidores, de acordo com o
canal utilizado e as características dos investimentos; e
VI. A qualificação das instituições e de seus profissionais envolvidos na
Distribuição de Produtos de Investimento.

Abrangência - Este Código se destina aos bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos
de investimento, bancos de desenvolvimento, sociedades corretoras e distribuidoras de
títulos e valores mobiliários, assim como aos administradores fiduciários e/ou gestores
de recursos de terceiros quando distribuírem seus próprios Fundos de Investimento. A
observância das normas deste Código é obrigatória para as Instituições Participantes.

2.5.3 PRINCÍPIOS GERAIS DE CONDUTA (Cap. IV)


As instituições participantes devem:
I. Exercer suas atividades com boa-fé, transparência, diligência e
lealdade;
II. Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de sua
atividade, o cuidado que toda pessoa prudente e diligente costuma dispensar
à administração de seus próprios negócios, respondendo por quaisquer
infrações ou irregularidades que venham a ser cometidas;
III. Nortear a prestação das atividades pelos princípios da liberdade de iniciativa
e da livre concorrência, evitando a adoção de práticas caracterizadoras de
concorrência desleal e/ou de condições não equitativas, respeitando os
princípios de livre negociação;
IV. Evitar quaisquer práticas que infrinjam ou estejam em conflito com as regras
e princípios contidos neste Código e na Regulação vigente;
V. Adotar condutas compatíveis com os princípios de idoneidade moral e
profissional;
VI. Evitar práticas que possam vir a prejudicar a Distribuição de Produtos de
Investimento, especialmente no que tange aos deveres e direitos relacionados

25
às atribuições específicas de cada uma das Instituições Participantes
estabelecidas em contratos, regulamentos, neste Código e na Regulação
vigente;
VII. Envidar os melhores esforços para que todos os profissionais que
desempenhem funções ligadas à Distribuição de Produtos de Investimento
atuem com imparcialidade e conheçam o código de ética da Instituição
Participante e as normas aplicáveis à sua atividade;
VIII. Divulgar informações claras e inequívocas aos investidores acerca dos riscos
e consequências que poderão advir dos Produtos de
Investimento; e
IX. Identificar, administrar e mitigar eventuais conflitos de interesse que possam
afetar a imparcialidade das pessoas que desempenhem funções ligadas à
Distribuição de Produtos de Investimento.

2.5.4 Regras, Procedimentos e Controles (Cap. V)

2.5.4.1 Segurança e Sigilo das Informações (Seção II)

As Instituições Participantes devem estabelecer mecanismos para:


I. Propiciar o controle de informações confidenciais, reservadas ou privilegiadas a que
tenham acesso os seus sócios, diretores, administradores, profissionais e terceiros
contratados;
II. Assegurar a existência de testes periódicos de segurança para os sistemas de
informações, em especial para os mantidos em meio eletrônico; e
III. Implantar e manter treinamento para os seus sócios, diretores, administradores e
profissionais que tenham acesso a informações confidenciais, reservadas ou
privilegiadas.

As Instituições Participantes devem implementar e manter, em documento escrito,


regras e procedimentos para assegurar no mínimo:

I. Regras de acesso às informações confidenciais, reservadas ou privilegiadas,


indicando como se dá o acesso e controle de pessoas autorizadas e não autorizadas a
essas informações, inclusive nos casos de mudança de atividade dentro da mesma
instituição ou desligamento do profissional;
II. Regras específicas sobre proteção da base de dados e procedimentos internos para
tratar casos de vazamento de informações confidenciais, reservadas ou privilegiadas,
mesmo que oriundos de ações involuntárias; e

26
III. Regras de restrição ao uso de sistemas, acessos remotos e qualquer outro
meio/veículo que contenham informações confidenciais, reservadas ou privilegiadas no
exercício de suas atividades.

As Instituições Participantes devem exigir que seus profissionais assinem, de forma


manual ou eletrônica, documento de confidencialidade sobre as informações
confidenciais, reservadas ou privilegiadas que lhes tenham sido confiadas em virtude do
exercício de suas atividades profissionais.

Os terceiros contratados que tiverem acesso às informações confidenciais, reservadas ou


privilegiadas que lhes tenham sido confiadas no exercício de suas atividades devem
assinar o documento de confidencialidade, podendo tal documento ser excepcionado
quando o contrato de prestação de serviço possuir cláusula de confidencialidade.

2.5.4.2 Gestão de Riscos (Seção IV)

As Instituições Participantes devem ser capazes de identificar, mensurar, avaliar,


monitorar, reportar, controlar e mitigar os riscos atribuídos à sua atividade (“Gestão de
Riscos”).

A Gestão de Riscos deve ser:


I. Compatível com a natureza, porte, complexidade, estrutura, perfil de risco dos
Produtos de Investimento distribuídos e modelo de negócio da instituição;

II. Proporcional à dimensão e à relevância da exposição aos riscos, segundo critérios


definidos pela instituição; e

III. Adequada ao perfil de risco e à importância sistêmica da instituição.

A Gestão de Riscos deve prever regras e procedimentos sobre o Plano de Continuidade


de Negócios observando-se, no mínimo:
I. Análise de riscos potenciais;

II. Planos de contingência, detalhando os procedimentos de ativação, o


estabelecimento de prazos para a implementação e a designação das equipes que
ficarão responsáveis pela operacionalização dos referidos planos; e

III. Validação ou testes no mínimo a cada doze meses, ou em prazo inferior, se exigido
pela Regulação.

27
2.5.5. Publicidade (Cap. VIII)

A divulgação de publicidade, material publicitário, material técnico ou propaganda


institucional deve obedecer às disposições trazidas pela legislação e regulamentação
vigente aplicável, bem como às diretrizes expedidas pela ANBIMA. Todo o material
publicitário, material técnico ou propaganda institucional dos fundos de investimento é
de responsabilidade de quem o divulga, inclusive no que se refere à conformidade de tal
material com as normas da ANBIMA.
Os materiais publicitários, materiais técnicos ou propagandas institucionais divulgados
pelos fundos podem ser analisados pela ANBIMA a partir de denúncias formuladas por
instituições participantes, devendo tais denúncias atender ao disposto no Código
ANBIMA dos Processos de Regulação e Melhores Práticas.

2.5.5.1. Material Publicitário (Seção II)

A Instituição Participante, ao divulgar Material Publicitário em qualquer meio de


comunicação disponível, deve incluir, em destaque, link ou caminho direcionando
investidores ou potenciais investidores ao Material Técnico sobre o(s) Produto(s) de
Investimento mencionado(s), de modo que haja conhecimento de todas as informações,
características e riscos do investimento.

2.5.5.2. Material Técnico (Seção III)

O Material Técnico deve possuir, no mínimo, as seguintes informações sobre o Produto


de Investimento:

I. Descrição do objetivo e/ou estratégia;


II. Público-alvo, quando destinado a investidores específicos;
III. Carência para resgate e prazo de operação;
IV. Tributação aplicável;
V. Informações sobre os canais de atendimento;
VI. Nome do emissor, quando aplicável;
VII. Classificação do Produto de Investimento (Art. 49 - riscos, perfil dos emissores,
garantias e prazos de carência);
VIII. Descrição resumida dos principais fatores de risco, incluindo, no mínimo, os
riscos de liquidez, de mercado e de crédito, quando aplicável.

Nas agências e dependências da Instituição Participante, devem-se manter à disposição


dos interessados, seja por meio impresso ou passível de impressão, as informações

28
atualizadas previstas no caput para cada Produto de investimento distribuído nesses
locais.

2.5.5.3. Avisos Obrigatórios (Seção VI)

Todo o material utilizado para publicidade dos Produtos de Investimento é de


responsabilidade de quem o divulga, inclusive no que se refere à conformidade de tal
material com as normas do presente Código. Caso a divulgação seja feita por um
prestador de serviço, este deve obter, antes da divulgação, aprovação expressa da
instituição participante.

O código também versa sobre as advertências que precisam constar nas peças
publicitárias tais como:

“A RENTABILIDADE DIVULGADA NÃO É LÍQUIDA DE IMPOSTOS”;

“TRATA-SE DE UMA MODALIDADE DE INVESTIMENTO QUE NÃO CONTA


COM A GARANTIA DO FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO – (FGC)” e

“AS INFORMAÇÕES PRESENTES NESTE MATERIAL SÃO BASEADAS EM


SIMULAÇÕES E OS RESULTADOS REAIS PODERÃO SER
SIGNIFICATIVAMENTE DIFERENTES”.

No uso de mídia impressa e por meios digitais escritos, o tamanho do texto e a


localização dos avisos e informações devem permitir sua clara leitura e compreensão .

2.5.6. Regras Gerais (Cap. IX)

As Instituições Participantes devem atribuir a responsabilidade pela Distribuição de


Produtos de Investimento a um diretor estatutário ou equivalente, além disso, quando
estiverem prestando informações ou recomendando produtos de Investimento, não
podem induzir os investidores a erro ao dar a entender que atuam como prestadores de
serviço de consultoria independente de valores mobiliários de forma autônoma à
atividade de Distribuição de Produtos de Investimento.

2.5.6.1. Divulgação de Informações por meios eletrônicos (Seção


I)

29
As Instituições Participantes devem disponibilizar seção exclusiva em seus sites na
internet sobre os Produtos de Investimento distribuídos, contendo, no mínimo, as
seguintes informações:

I. Descrição do objetivo e/ou estratégia de investimento;


II. Público-alvo, quando destinado a investidores específicos;
III. Carência para resgate e prazo de operação;
IV. Nome do emissor, quando aplicável;
V. Tributação aplicável;
VI. Classificação do Produto de Investimento (art. 49 - riscos, perfil dos emissores,
garantias e prazos de carência);
VII. Descrição resumida dos principais fatores de risco, incluindo, no mínimo, os riscos
de liquidez, de mercado e de crédito, quando aplicável; e
VIII.Informações sobre os canais de atendimento.

As Instituições Participantes devem possuir canais de atendimento compatíveis com seu


porte e número de investidores para esclarecimento de dúvidas e recebimento de
reclamações.

2.5.6.2. Conheça seu cliente (Seção II)

As Instituições Participantes devem no seu processo de Conheça seu Cliente buscar


conhecer seus investidores no início do relacionamento e durante o processo cadastral,
identificando a necessidade de visitas pessoais em suas residências, seus locais de
trabalho e em suas instalações comerciais.

As instituições participantes deverão adotar procedimentos formais, estabelecidos de


acordo com critérios próprios, e controles que possibilitem verificar o processo de API.

As instituições participantes deverão elaborar documento descrevendo seus


procedimentos de API e metodologia adotada.

As Instituições Participantes devem manter as informações cadastrais de seus


investidores atualizadas, de modo a permitir que haja identificação, a qualquer tempo,
de cada um dos beneficiários finais, bem como do registro atualizado de todas as
aplicações e resgates realizados em nome dos investidores, quando aplicável.

2.5.6.3. Suitability (Seção III)

30
As Instituições Participantes, no exercício da atividade de Distribuição de Produtos de
Investimento, não podem recomendar Produtos de Investimento, realizar operações ou
prestar serviços sem que verifiquem sua adequação ao perfil do investidor.

A Instituição Participante é responsável pelo Suitability de seus investidores.

Para definição do objetivo de investimento do investidor, a Instituição Participante deve


considerar, no mínimo: o período em que será mantido o investimento; as preferências
declaradas quanto à assunção de riscos; e as finalidades do investimento.

Para definição da situação financeira do investidor, a Instituição Participante deve


considerar, no mínimo: o valor das receitas regulares declaradas; o valor e os ativos que
compõem seu patrimônio; e a necessidade futura de recursos declarada.

Para definição do conhecimento do investidor, a Instituição Participante deve


considerar, no mínimo os tipos de produtos, serviços e operações com os quais o
investidor tem familiaridade; a natureza, volume e frequência das operações já
realizadas pelo investidor, bem como o período em que tais operações foram realizadas;
e a formação acadêmica e a experiência profissional do investidor, salvo quando tratar-
se de pessoa jurídica.

As instituições participantes devem atualizar o perfil do Investidor em prazos não


superiores a 24 (vinte e quatro) meses.

As Instituições Participantes devem envidar os melhores esforços para que todos os seus
investidores tenham um perfil de investimento devidamente identificado e adequado ao
seu perfil de risco.

Os investidores que se recusarem a participar do processo de identificação de seu perfil


de investimento, independentemente de formalizarem ou não esta condição, deverão ser
considerados como investidores sem perfil identificado

É vedado (proibido!) às instituições participantes recomendar Produtos de Investimento


quando:
I. O perfil do Investidor não seja adequado ao Produto de Investimento;
II. Não sejam obtidas as informações que permitam a identificação do
perfil do Investidor; ou
III. As informações relativas ao perfil do Investidor não estejam atualizadas.

Para um Produto de Investimento ser considerado adequado ao perfil do investidor, deve


ser compatível com seus objetivos, situação financeira e conhecimento.

31
2.5.7. PRIVATE (Cap. XI)

O serviço de Private, para fins deste Código, compreende:

I. A Distribuição de Produtos de Investimento para os investidores que tenham


capacidade financeira de, no mínimo, três milhões de reais, individual ou
coletivamente; e
II. A prestação dos seguintes serviços:
a. Proposta de portfólio de produtos e serviços exclusivos; e/ou
b. Planejamento financeiro, incluindo, mas não se limitando a:

i. Análises e soluções financeiras e de investimentos específicas para cada investidor,


observada a Regulação aplicável; e
ii. Constituição de Veículos de Investimento, que podem ser exclusivos, reservados e
personalizados segundo as necessidades e o perfil de cada investidor, em parceria com
administradores fiduciários e/ou gestores de recursos de terceiros.

As Instituições Participantes podem oferecer a seus investidores:

I. Planejamento fiscal, tributário e sucessório, que deve ser desempenhado por


profissional tecnicamente capacitado para esse serviço;
II. Planejamento previdenciário e de seguros, que deve ser desempenhado em parceria
com sociedade seguradora para a constituição de Fundos Previdenciários personalizados
segundo as necessidades e o perfil de cada investidor, assim como análises e propostas
de seguros, de forma geral; e
III. Elaboração de relatórios de consolidação de investimentos detidos em outras
instituições, que permitam uma análise crítica em relação às posições, concentração de
ativos, risco do portfólio, entre outros aspectos.

A Instituição Participante que oferecer para seus investidores o serviço de Private deve
possuir em sua estrutura:

I. Setenta e cinco por cento (75%) de seus gerentes de relacionamento certificados


CFP®, devendo estes profissionais ser funcionários das Instituições Participantes e
exercerem suas funções exclusivamente para o Private;
II. Profissional ou área responsável pela atividade de Estrategista de Investimentos,
devendo o profissional que atue nesta atividade ser certificado pela Planejar –

32
Certified Financial Planner (“CFP®”), ou, pela ANBIMA – Certificação de Gestores
ANBIMA (“CGA”), ou, pelo CFA Institute - Chartered Financial Analyst (“CFA”),
ou, ainda, possuir autorização da Comissão de Valores Mobiliários para o exercício
da atividade de administração de carteira de valores mobiliários;
III. Profissional responsável pela análise de risco de mercado e de crédito dos Produtos
de Investimento recomendados aos investidores; e
IV. Economista.

Não é necessária dedicação exclusiva dos profissionais mencionados nos incisos II, III e
IV do caput para o serviço de Private, desde que as outras atividades ou funções
desempenhadas não gerem conflito de interesses com o referido serviço.

2.5.8. Selo ANBIMA (Cap. XIII)


A veiculação do selo ANBIMA tem por finalidade exclusiva demonstrar o compromisso
das Instituições Participantes em atender às disposições deste Código.

A ANBIMA não se responsabiliza pelas informações constantes dos documentos


divulgados pelas Instituições Participantes, ainda que façam uso do selo ANBIMA, nem
tampouco pela qualidade da prestação de suas atividades. Cabe à Diretoria da
Associação expedir diretrizes para regulamentar as regras de uso do selo ANBIMA.

2.5.9. DISTRIBUIÇÃO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO


(anexo I)
2.5.9.1. Distribuição (Capítulo I)

As Instituições Participantes devem disponibilizar seção exclusiva em seus sites na


internet sobre os Fundos de Investimento distribuídos, contendo, no mínimo, as
seguintes informações:

I. Política de investimento;
II. Classificação de risco do Fundo;
III. Condições de aplicação, amortização (se for o caso) e resgate (cotização);

33
IV.Limites mínimos e máximos de investimento e valores mínimos para movimentação
e permanência no Fundo;
V. Taxa de administração, de performance e demais taxas;
VI.Rentabilidade, observado o disposto nas regras de Publicidade previstas nos anexos
do Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para
Administração de Recursos de Terceiros, quando aplicável;
VII. Avisos obrigatórios, observado o disposto nas regras de Publicidade previstas nos
anexos do Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Administração
de Recursos de Terceiros, quando aplicável; e
VIII. Referência ao local de acesso aos documentos do Fundo com explicitação
do canal destinado ao atendimento a investidores.

O disposto acima aplica-se aos Fundos constituídos sob a forma de condomínio aberto,
cuja distribuição de cotas independe de prévio registro na Comissão de Valores
Mobiliários, nos termos da Regulação vigente; e que não sejam Exclusivos e/ou
Reservado, e que não sejam objeto de oferta pública pela Instituição Participante. As
Instituições Participantes devem disponibilizar aos investidores os documentos
obrigatórios dos Fundos, conforme exigido pela Regulação em vigor.

2.5.9.2. Distribuição por Conta e Ordem (Capítulo II)

As Instituições Participantes podem realizar a subscrição de cotas dos Fundos 555 e dos
FIDC por conta e ordem de seus respectivos investidores
Para a adoção do procedimento de que trata esta seção, o administrador fiduciário dos
Fundos e a Instituição Participante responsável pela distribuição devem estabelecer, por
escrito, a obrigação deste último de criar registro complementar de cotistas, específico
para cada em que ocorra tal modalidade de subscrição de cotas, de forma que:

I. A Instituição Participante responsável pela distribuição inscreva no registro


complementar de cotistas a titularidade das cotas em nome dos investidores, atribuindo
a cada cotista um código de investidor e informando tal código ao administrador
fiduciário do Fundo
II. O administrador fiduciário, ou instituição contratada, escriture as cotas de forma
especial no registro de cotistas do Fundo, adotando, na identificação do titular, o nome
da Instituição Participante responsável pela distribuição, acrescido do código de
investidor fornecido, e que identifica o cotista no registro complementar.

As aplicações ou resgates realizados nos por meio das Instituições Participantes


responsáveis pela distribuição que estejam atuando por conta e ordem de investidores

34
devem ser efetuadas de forma segregada, de modo que os bens e direitos integrantes do
patrimônio de cada um dos investidores, bem como seus frutos e rendimentos, não se
comuniquem com o patrimônio daquele que está distribuindo as cotas.

As Instituições Participantes que estejam atuando por conta e ordem de investidores


assumem todos os ônus e responsabilidades relacionados aos investidores, inclusive
quanto a seu cadastramento, identificação e demais procedimentos que caberiam,
originalmente, ao administrador fiduciário do Fundo, em especial no que se refere a toda
a parte de comunicação, atualização de informações, retenção e recolhimento de tributos
incidentes sobre aplicações e resgates.

A Instituição Participante que estiver atuando por conta e ordem de investidores deve
diligenciar para que o administrador fiduciário do Fundo disponibilize, por meio
eletrônico, os seguintes documentos:

I. Nota de investimento que ateste a efetiva realização do investimento a cada nova


aplicação realizada por investidores por conta e ordem, em até 5 (cinco) dias da data de
sua realização; e
II. Mensalmente, extratos individualizados dos seus investidores por conta e ordem,
em até 10 (dez) dias após o final do mês anterior.

A nota de investimento e o extrato mensal devem ser disponibilizados com a


identificação do administrador fiduciário e, qualquer um deles, deve conter:

I. O código de identificação do investidor da Instituição Participante no administrador


fiduciário;
II. A denominação e número de inscrição do Fundo 555 e do FIDC investido no CNPJ;
e
III. A quantidade de cotas subscritas e valor investido no Fundo.

A nota de investimento deve informar a data da subscrição.

O extrato mensal deve informar o valor atualizado da posição do investidor em cada


Fundo.

35
2.6 ANÁLISE DO PERFIL DO INVESTIDOR
2.6.1 INSTRUÇÃO CVM: 539 – DEVER DE VERIFICAÇÃO
DA ADEQUAÇÃO DOS PRODUTOS, SERVIÇOS E
OPERAÇÕES AO PERFIL DO CLIENTE (SUITABILITY).
FINALIDADE E PARA QUEM SE APLICA A REGRA

Suitability é uma palavra em inglês que significa adequar.


A Instrução CVM 539/13 dispõe sobre o dever de verificação dos produtos ao perfil do
cliente. As Instituições Financeiras não podem recomendar produtos, realizar operações
ou prestar serviços sem que verifiquem sua adequação ao perfil do cliente.
O que elas devem verificar?
I – O produto, serviço ou operação é adequado aos objetivos de investimento do
cliente? Para isso devem verificar o período que o cliente deseja manter o investimento,
suas finalidades e suas preferências de risco.
II – A situação financeira do cliente é compatível com o produto, serviço ou
operação? Para isso devem verificar os ativos e receitas declarados pelo cliente, assim
como suas necessidades futuras de caixa.
III – O cliente possui conhecimento necessário para compreender os riscos
relacionados ao produto, serviço ou operação? Para isso devem verificar os produtos que
os clientes têm familiaridade, sua experiência com investimentos e sua formação
acadêmica e profissional.

2.6.1.1 ABRANGÊNCIA; PERFIL DO CLIENTE; CATEGORIAS DE


PRODUTOS; VEDAÇÕES E OBRIGAÇÕES; REGRAS,
PROCEDIMENTOS E CONTROLES INTERNOS; ATUALIZAÇÕES E
DISPENSAS.

Na análise e classificação das categorias de produtos devem ser considerados, no


mínimo: os riscos associados ao produto; o perfil dos emissores e prestadores de
serviços; a existência de garantias; e os prazos de carência.
As pessoas habilitadas a atuar como integrantes do sistema de distribuição e os
consultores de valores mobiliários não podem recomendar produtos, realizar operações
ou prestar serviços sem que verifiquem sua adequação ao perfil do cliente, para isso elas
devem verificar os seguintes pontos:
I – o produto, serviço ou operação é adequado aos objetivos de investimento do
cliente;

36
II – a situação financeira do cliente é compatível com o produto, serviço ou operação;
e
III – o cliente possui conhecimento necessário para compreender os riscos relacionados
ao produto, serviço ou operação.
Na análise e classificação das categorias de produtos devem ser considerados, no
mínimo:
I – os riscos associados ao produto e seus ativos subjacentes;
II – o perfil dos emissores e prestadores de serviços associados ao produto;
III – a existência de garantias; e
IV – os prazos de carência.
É proibido recomendar produtos ou serviços ao cliente quando:
I – o perfil do cliente não seja adequado ao produto ou serviço;
II – não sejam obtidas as informações que permitam a identificação do perfil do cliente;
ou
III – as informações relativas ao perfil do cliente não estejam atualizadas.
Quando o cliente ordenar a realização de operações nas situações previstas acima antes
da primeira operação deve-se alertar o cliente acerca da ausência ou desatualização de
perfil ou da sua inadequação, com a indicação das causas da divergência e obter
declaração expressa do cliente de que está ciente da ausência, desatualização ou
inadequação de perfil.
O perfil dos clientes, assim como os produtos de investimento deverão ser atualizados
em intervalos não superiores a 24 meses. A obrigatoriedade de verificar a adequação do
produto, serviço ou operação não se aplica quando: o cliente for investidor qualificado.

2.6.2 – ADEQUAÇÃO DE PRODUTOS EM FUNÇÃO DO


PERFIL DO INVESTIDOR
Questionário de uso obrigatório pelas instituições associadas à ANBIMA que
normalmente possui entre 6 e 10 questões dirigidas ao investidor com o objetivo de
traçar o seu perfil.
Existem três perfis básicos: CONSERVADOR, MODERADO E AGRESSIVO. Esses
perfis são utilizados tanto na classificação dos investidores como na classificação dos
produtos.

O principal objetivo do API é evitar que investidores com menor tolerância ao risco
façam investimentos em produtos mais arriscados. Ex: Investidor MODERADO decide
investir em um Fundo de Ações Alavancado, classificado como AGRESSIVO.

37
Não existem restrições para que Investidores de perfis mais agressivos façam
investimentos em produtos mais conservadores que o seu perfil.

2.6.3 FATORES DETERMINANTES PARA ADEQUAÇÃO


DOS PRODUTOS DE INVESTIMENTO AS
NECESSIDADES DOS INVESTIDORES

2.6.3.1 OBJETIVO DO INVESTIMENTO

Cada investidor tem objetivos pessoais diferentes: aposentadoria, comprar um carro,


pagar a festa de casamento, fazer uma viagem... O papel do consultor financeiro é
orientar os investimentos de forma a compatibilizar com os objetivos de cada investidor
(rentabilidade, risco e liquidez).

2.6.3.2 HORIZONTE DE INVESTIMENTO

Prazo que se prevê necessário para conseguir determinado retorno. Quanto menor for o
horizonte de tempo do objetivo, menor é o risco que o investidor pode correr.
Investimentos em renda variável são recomendados apenas para longo prazo. Investir
parte dos recursos em ações, por exemplo, é recomendado para objetivos de longo prazo
tais como a aposentadoria.

2.6.3.3 RISCO VERSUS RETORNO

Quanto maior o risco maior o retorno esperado. O retorno esperado pode-se confirmar
ou não. Investimentos de baixos riscos tendem a render menos, os emissores de títulos
de pior qualidade de crédito precisam pagar taxas de juros mais altas para compensar o
risco, em geral, por exemplo, bancos menores pagam juros superiores em seus títulos
(CDBs, LCIs, LCAs) do que os bancos maiores, que possuem menor risco de crédito.

2.6.3.4 DIVERSIFICAÇÃO: VANTAGENS E LIMITES DA REDUÇÃO


DO RISCO INCORRIDO

A diversificação dos ativos reduz o risco total de uma carteira uma vez que perdas em
determinados ativos tendem a ser compensado por ganhos em outros, bom lembrar que a
diversificação não elimina totalmente o risco, pois sempre vai haver o risco de mercado,
também conhecido como risco sistemático.

38
O risco não sistemático é a parte do risco que é específica, individual do ativo, também
conhecido como risco próprio, mas pode ser também relacionado ao setor de atuação da
empresa emissora do ativo, esse risco pode ser reduzido ou até eliminado com a
diversificação.
O risco sistemático também conhecido como risco de mercado é a parte do risco comum
a todos os ativos que não pode ser eliminada através da diversificação.
Variações do gráfico abaixo são sempre vistas na prova da ANBIMA e ilustra o conceito
de diversificação, a lógica do gráfico é de que quanto maior o número de ativos
diferentes em uma carteira menor será o risco não sistemático, porém o risco sistemático
(comum a todos) vai sempre existir.

Risco Não Sistemático = Risco Diversificável = Risco Próprio


Risco Sistemático = Risco de Mercado = Risco não diversificável = Risco conjuntural.

Risco

Risco Não Sistemático

Risco Sistemático

Número de ativos

2.6.3.5 FINANÇAS PESSOAIS

2.6.3.5.1 CONCEITOS DE ORÇAMENTO PESSOAL E FAMILIAR (RECEITAS


E DESPESAS), FLUXO DE CAIXA E SITUAÇÃO FINANCEIRA

Para uma avaliação financeira mais aprofundada do investidor é necessário entender o


seu fluxo de caixa, ou seja, suas receitas e despesas pessoais e/ou familiares.
Entendendo a sua situação financeira, valor do superávit mensal, necessidades, entre

39
outros fatores o consultor poderá adequar melhor os produtos financeiros de acordo com
os critérios de rentabilidade, risco e liquidez que melhor se adapte a individualidade do
investidor.

O fluxo de caixa individual (ou familiar) é realizado colocando as despesas e receitas


mensais do investidor em uma planilha assim como as rendas e necessidades de
pagamento eventuais para se obter um perfil mais detalhado.

2.6.3.5.2 PATRIMÔNIO LÍQUIDO (ATIVOS E PASSIVOS). ÍNDICE DE


ENDIVIDAMENTO.

Renda e Patrimônio são conceitos diferentes, enquanto a renda é dinâmica, ou seja, tem
um fluxo (normalmente mensal), o patrimônio é a riqueza acumulada. Pessoas de renda
mais baixa, por exemplo, podem ter patrimônio superior ao de pessoas de renda mais
elevada.

Ativos e Passivos: Para um investidor pessoa física os ativos são os seus bens: imóveis,
automóveis, saldo de aplicações financeiras, valor disponível em conta corrente entre
outros, enquanto que os passivos são suas dívidas: parcelas a pagar do carro financiado,
dívida com o cunhado, saldo devedor da casa, etc.

Patrimônio líquido é a diferença entre os ativos e passivos. Uma família possuirá


patrimônio líquido positivo quando seus ativos foram maiores que seus passivos e
negativo quando tiverem mais dívidas do que ativos.

Importante: Do ponto de vista contábil ATIVO TOTAL = PASSIVO + PATRIMÔNIO


LÍQUIDO.

Endividamento – O endividamento pode ser visto por duas óticas: o fluxo mensal e a
dívida total.
Quando trabalhamos com fluxo mensal comparamos o valor destinado a pagamento das
dívidas com a renda do indivíduo ou família, em geral as instituições financeiras
trabalham com um limite máximo de 30% para a relação parcelas mensais de
empréstimos e renda mensal.

Em relação à dívida total diversos aspectos são importantes tais como taxa de juros e
prazo das operações, uma das principais formas de dimensionar a dívida total de um

40
indivíduo é calcular quantos meses de sua renda seriam necessários para quitar a dívida,
normalmente comparamos com a renda total familiar.
Outra forma de analisar o endividamento geral é dividir os passivos pelos ativos para
calcular o endividamento geral.

2.6.3.6 GRAU DE CONHECIMENTO DO MERCADO FINANCEIRO

Ao adequar os produtos de investimento para os seus clientes o consultor deve


considerar a percepção e o conhecimento dos seus clientes acerca dos produtos
financeiros, devendo evitar alocar produtos em que os investidores não tenham
experiência e/ou não possam entender os riscos. Produtos financeiros mais elaborados
devem ser oferecidos para investidores com mais conhecimento e experiência.
Outro fator a ser observado é o nível de educação e a capacidade de entender os riscos
do produto de investimento.

2.7 DECISÕES DO INVESTIDOR NA PERSPECTIVA


DE FINANÇAS COMPORTAMENTAIS AUTOR:
EDUARDO CARVALHO

2.7.1 A DECISÃO DO INVESTIDOR NA PERSPECTIVA


DAS FINANÇAS COMPORTAMENTAIS
O estudo de finanças comportamentais não busca substituir os pressupostos da teoria
econômica tradicional, mas sim incluir aspectos psicológicos em suas análises para
explicar situações práticas que não são contempladas na teoria tradicional.
Portanto, as finanças comportamentais contestam a ideia de que os agentes e mercados
atuam sempre com racionalidade, e considera que o ser humano é suscetível a erros,
agindo frequentemente sob impulsos “irracionais” e emocionais. Este novo ramo de
estudo parte do princípio de que algumas variáveis econômicas não podem ser descritas
pelas condições de equilíbrio preconizadas pela teoria moderna, uma vez que os agentes

41
financeiros tomam decisões que muitas vezes são incompatíveis com atitudes baseadas
em expectativas racionais.
Fazendo um paralelo entre as teorias, temos a concepção tradicional de finanças, que
assume as seguintes premissas sobre os investidores:
● Avessos a riscos - procuram minimizar risco e maximizar retornos;
● Expectativas Racionais – avaliações e projeções refletem toda a informação
relevante disponível;
● Integração dos Investimentos – investidor avalia seus investimentos como um
todo. Conhece a teoria moderna das carteiras.

Em contrapartida, a escola de finanças comportamentais assume que os investidores


apresentam as seguintes características:
● Avessos a Perdas – investidores evitam incorrer em perdas, mesmo que isso
implique manter ativos perdedores na carteira;
● Operam sob Racionalidade Limitada – o processo decisório é influenciado por
uma série de fatores, e, portanto, nem sempre a decisão vai ser aquela que irá
maximizar a utilidade esperada;
● Segregam os Investimentos – os investidores tendem a visualizar os
investimentos de forma separada, o que pode causar diversificações
desfavoráveis.
Portanto, pode-se afirmar que o foco das finanças modernas é nos resultados de
mercados (preços, volume, etc.) e suas causas, enquanto as finanças comportamentais
focam nos atores, que tomam decisões constantemente, com consequências refletidas
nos preços dos ativos.
Em seguida, serão apresentados importantes conceitos e teorias oriundos dos estudos das
finanças comportamentais, e que ajudam a fazer uma análise sobre o processo de
decisão por parte dos investidores.

2.7.2 ALGUMAS DAS HEURÍSTICAS (REGRAS


PRÁTICAS OU ATALHOS MENTAIS QUE ORIENTAM O
JULGAMENTO E AVALIAÇÃO DOS INVESTIDORES) E
OS ERROS QUE PODEM CAUSAR NAS DECISÕES DOS
INVESTIDORES (VIESES)
Ao tomar decisões em situações de incerteza, os indivíduos costumam recorrer a regras
práticas, para simplificar e agilizar o processo decisório. Tais regras são chamadas de
heurísticas, e são utilizadas pelos investidores em função da incapacidade de gerenciar o
gigantesco número de informações disponíveis, ou no outro extremo, devido à falta de
informações.

42
Em grande parte do tempo, as heurísticas permitem produzir boas decisões, porém
também pode levar as pessoas a cometerem erros sistematicamente induzidos por vieses.
O viés cognitivo ocorre em situações em que o indivíduo aplica a heurística de maneira
inadequada ao tomar uma decisão.

2.7.2.1 DISPONIBILIDADE (DECISÕES INFLUENCIADAS POR


OCORRÊNCIAS E EVENTOS RECENTES NA MEMÓRIA DO
INVESTIDOR)

A heurística da disponibilidade afirma que informações mais recentes e fáceis de


lembrar, ou eventos mais marcantes, são tidos como mais relevantes no processo de
tomada de decisão do investidor. Em muitas situações, as pessoas avaliam a frequência
de um dado evento, ou a probabilidade dele ocorrer, pela facilidade com que instâncias
ou ocorrências podem ser trazidas à mente.
Segundo essa heurística: grandes grupos de eventos são mais facilmente lembrados do
que eventos menos frequentes; eventos com maior probabilidade de ocorrer são mais
facilmente imagináveis; e que conexões associativas entre eventos são fortalecidas
quando eventos ocorrem juntos.

2.7.2.2 REPRESENTATIVIDADE (DECISÕES A PARTIR DE


ASSOCIAÇÕES COM ESTEREÓTIPOS FORMADOS E DESPREZO
DE INFORMAÇÕES RELEVANTES PARA A TOMADA DE
DECISÃO)

A heurística da representatividade consiste no quanto determinando evento ou objeto


lembra um outro evento ou objeto. Essa lembrança serve de referência para construir
mentalmente estimativas de valores ou probabilidades de ocorrência. De outra forma,
pode-se dizer que seria a tendência em julgar com base em estereótipos.
Alguns dos vieses provenientes da heurística da representatividade: insensibilidade ao
tamanho da amostra; interpretação errada da chance; regressão à média.

2.7.2.3 ANCORAGEM (DECISÕES COM BASE EM INFORMAÇÕES


E CONHECIMENTOS PRÉVIOS OU PRÉ- CONCEBIDOS)

A ancoragem refere-se à elevada relevância dada a uma informação inicial, geralmente


um valor, que pode ter sido sugerida pela formulação do problema ou pelo resultado de
uma computação parcial. A partir dessa heurística, os decisores tomam esse valor como
ponto de partida para realizar estimativas, sendo estas muito próximas desse valor

43
inicial. Nesse sentido, esse valor funcionaria de forma semelhante à uma âncora, mesmo
quando a informação fornecida não é necessariamente relevante à situação.
Essa heurística foi percebida através de um simples experimento: foi perguntado aos
pesquisados aos pesquisados, quantos países africanos pertenciam à ONU, e lhes eram
fornecidos números a partir de uma roleta. As estimativas médias de porcentagens
foram de 25% para aqueles que receberam o número (aleatório) 10, enquanto que
aqueles que receberam o número 65 (aleatório) fizeram estimativas percentuais
próximas a 45%.
Outro exemplo típico é de um investidor que apenas venderá suas ações se o preço
ultrapassar determinado valor.

2.7.2.4 AVERSÃO À PERDA (MANUTENÇÃO DE INVESTIMENTOS


NÃO LUCRATIVOS E VENDA DE INVESTIMENTOS COM GANHO).

A aversão à perda refere-se à relutância do indivíduo em aceitar uma perda. Isso se dá


pelo fato de se atribuir maior importância às perdas do que aos ganhos de mesma
magnitude, induzindo frequentemente o investidor a correr mais riscos no intuito de
reparar eventuais prejuízos.
A aversão à perda, portanto, pode fazer o investidor insistir em investimentos sem
perspectivas futuras de melhora, seja pelo medo da dor de realizar prejuízo, seja pela
recusa em admitir eventuais erros na escolha da aplicação.
Outro efeito potencialmente prejudicial desse viés é liquidar precipitadamente as
posições lucrativas e ainda promissoras, por receio de perder o que já foi ganho. O
conceito de aversão à perda é o ponto principal da Teoria da Perspectiva, desenvolvida
com base nas constatações de heurísticas e comportamentos enviesados verificados pelo
uso indiscriminado das mesmas.

2.7.3 EFEITOS DE ESTRUTURAÇÃO: INFLUÊNCIA NA


DECISÃO DE INVESTIMENTO DA FORMA COMO AS
ALTERNATIVAS OU O PROBLEMA É APRESENTADO
(FRAMING)

Esta teoria afirma que o modo como o problema é estruturado ou apresentado, pode
mudar drasticamente o processo decisório. De forma racional, um mesmo problema
apresentado de maneiras distintas, não deveria apresentar resultados diferentes. Outra

44
característica identificada pela teoria da perspectiva é que a resposta a perda é maior do
que o prazer associado ao ganho da mesma quantidade. Portanto, a percepção de risco e
retorno é altamente influenciada pela forma como os problemas são apresentados e
estruturados.
Exemplo:
Um grupo de pessoas é convidado a imaginar uma situação em que devem decidir sobre a
implementação de um programa de saúde pública envolvendo uma população de 600
pessoas, com o objetivo de combater uma doença epidêmica. As opções se apresentam da
seguinte forma:
a) Se o programa A for adotado, 200 pessoas serão salvas.
b) Se o programa B for adotado, há 1/3 de probabilidade de que 600 sejam salvas e 2/3 de
probabilidade de que ninguém se salve.

Resultado: 72% dos participantes preferem a)


Apresentando o mesmo problema de uma outra forma, para outro grupo de pessoas: c) Se o
programa C for adotado, 400 pessoas morrem.
d) Se o programa D for adotado, há o 1/3 de probabilidade que ninguém morra, e 2/3 de
probabilidade de que 600 morram.

Resultado: 22% dos participantes preferem c)


Conclusão: apesar de a) e c), e b) e d), serem idênticos, a forma como o enunciado foi
apresentado alterou o comportamento dos participantes. Quando o problema fala em salvar
vidas, as pessoas preferem ser conservadoras (garantindo um número de vidas salvas). Já
quando se fala em mortes, as pessoas foram propensas ao risco, se arriscando para tentar
evitar a perda de vidas.

45
3. PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA E
FINANÇAS
(PROPORÇÃO: DE 5 A 10%)

3.1 CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA

3.1.1 INDICADORES ECONÔMICOS

São grandezas de caráter econômico, expressas em valores numéricos, cuja finalidade é


mensurar o desempenho de uma economia. Ex: PIB, Inflação, Taxa de Câmbio, etc.

PIB
O produto Interno Bruto (PIB) representa o valor final de todos os bens e serviços
produzidos em determinado período.

PIB = C + I + G + (X-M)

Onde X-M = Exportações Líquidas (NX), assim na prova pode vir a seguinte fórmula:

PIB = C + I + G + NX

46
Dicas:
- Tudo que é produzido no Brasil entra no cálculo do PIB, bens produzidos em outros
países não entram.
- O PIB pode ser calculado somando quanto foi agregado a cada etapa produtiva até o
produto final.

ÍNDICES DE INFLAÇÃO
A inflação é medida por diversas instituições no Brasil: IBGE, FGV, FIPE-USP,
DIEESE, etc. Os índices de inflação são compostos através de uma média aritmética
ponderada pelo peso relativo dos bens e serviços no orçamento das famílias. Exemplos
de índices de inflação: IPCA (IBGE), IGPM (FGV), IPC (FIPE-USP).

IPCA
É a sigla para Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. É o índice oficial de
inflação no Brasil. O IPCA é medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) e utiliza famílias com rendimento entre 1 e 40 salários mínimo como público
alvo para a pesquisa. A pesquisa do IPCA abrange as regiões metropolitanas de Belém,
Fortaleza, Recife, Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória,
Curitiba, Porto Alegre, Brasília e os municípios de Goiânia e Campo Grande.

A periodicidade é mensal, utilizando geralmente como referência o período que vai do


dia 1º ao dia 30 de cada mês. A divulgação ocorre normalmente até o dia 10 do mês
seguinte ao mês de coleta.

IGP-M
É a sigla para Índice Geral de Preços de Mercado, calculado pela Fundação Getúlio
Vargas (FGV). O IGP-M é a média ponderada de três outros índices de inflação
calculados pela FGV:
Índice de Preços por Atacado (IPA): 60%
Índice de Preços ao Consumidor (IPC): 30%
Índice Nacional de Custo da Construção Civil (INCC): 10%

A pesquisa dos índices que compõem o IGP-M abrange diversas capitais e os preços são
coletados do dia 21 do mês anterior até o dia 20 do mês de referência. O IGP-DI, índice
similar, calculado pela FGV difere do IGP-M por computar as variações de preço do dia
1º ao dia 30 de cada mês. O IGP-M notabiliza-se por ser um índice de grande
credibilidade no mercado, é o índice mais utilizado em contratos, como, por exemplo, o
de reajuste dos aluguéis.

47
Taxa de Câmbio (PTAX)
A PTAX é a taxa oficial de câmbio calculada pelo Banco Central e divulgada no
Sisbacen. É calculada com base na média de todos os negócios com moedas estrangeiras
realizados no mercado interbancário. Apesar da taxa Ptax ser associada ao dólar, todas
as moedas negociadas oficialmente no Brasil têm a sua PTAX.

Taxa Selic
Pode ser dividida em duas: Selic Meta e Selic Over.

A Selic Meta é a taxa definida pelo Comitê de Política Monetária (COPOM) que serve
de referência para as operações com títulos públicos durante sua vigência que é até a
próxima reunião do COPOM, reunião essa que ocorre a cada 45 dias aproximadamente.

A Selic Over é a taxa calculada pela média ponderada e ajustada das operações de
financiamento por um dia lastreadas em títulos públicos federais e registradas no
Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC). Podemos afirmar, assim, que a
Taxa Selic é a taxa média de juros paga pelo Tesouro Nacional aos detentores dos
títulos públicos federais.
Para o mercado, a taxa Selic é considerada uma taxa livre de risco.

Taxa DI
Os bancos emprestam recursos entre si no mercado interbancário, ou interfinanceiro
como é conhecido atualmente. Esses empréstimos são realizados através de operações
lastreadas em Certificados de Depósitos Interfinanceiros (CDI). No CDI a instituição
financeira (IF) emissora do certificado se compromete a pagar os juros do empréstimo
para a IF emprestadora no prazo de 1 dia.

As negociações de CDI são controladas e registradas na Central de Custódia e


Liquidação Financeira de Títulos Privados (CETIP). A taxa DI é definida como a média
ponderada das negociações diárias de CDIs apuradas na CETIP.

TR
É a sigla para Taxa Referencial, taxa de juros calculada e divulgada pelo Banco Central
com Base nas Letras do Tesouro Nacional (LTNs), título público prefixado sem cupom,
que veremos com mais detalhes no módulo 6. A média de rendimento das LTNs forma
uma taxa chamada Taxa Básica Financeira (TBF).

Em cima da TBF é aplicada uma fórmula complexa, chamada de redutor, e obtemos a


TR. Podemos afirmar então que a TR é derivada das LTNs e também da TBF. A TR é

48
uma taxa que costuma ser mais baixa que as outras e costuma remunerar algo entre 0 e
2% ao ano.

A TR é utilizada para correção das aplicações de poupança, Títulos da Dívida Agrária


(TDA), saldo do FGTS assim como o reajuste das prestações de financiamento do
Sistema Financeiro de Habitação (SFH).

3.1.2 POLÍTICA MONETÁRIA: METAS DE INFLAÇÃO;


INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MONETÁRIA: OPEN
MARKET, REDESCONTO E DEPÓSITOS
COMPULSÓRIOS. COPOM. RELAÇÃO ENTRE JUROS E
ATIVIDADE ECONÔMICA

Metas de Inflação
O Banco Central brasileiro executa sua política monetária de acordo com o sistema de
metas de inflação. Isso quer dizer que para o BC as metas de inflação são mais
importantes do que as demais metas (ex. Crescimento Econômico, Alta Nível de
emprego, etc.). Atualmente a meta de inflação brasileira é de 4,25% com margem de
1,5% (2,75%-5,75%).

Política Monetária
Atuação do governo sobre a oferta monetária e a taxa de juros.
+ Moeda = Política Monetária Expansionista -
Moeda = Política Monetária Reducionista
Instrumentos:
• Emissão de Moeda (não consta no programa);
• Open Market
• Depósito Compulsório
• Operação de Redesconto

Open Market
As operações de mercado aberto constituem o principal instrumento de política
monetária e consiste na compra e venda de títulos públicos federais no mercado
secundário pelo Banco Central. Quando o BACEN compra títulos públicos ele coloca
dinheiro no mercado e expande a oferta monetária e quando ele os vende retira dinheiro
do mercado (“enxuga a liquidez”), reduzindo a oferta de moeda e consequentemente a
atividade econômica.

49
Depósito Compulsório
Depósito que os bancos comerciais são obrigados a fazer no Banco Central para manter
o sistema financeiro solvente. Ex: Para os depósitos à vista (conta corrente) os bancos
são obrigados a depositar 45% no banco central, restando apenas os outros 55% para
que possam fazer operações de empréstimo. Existem limites internacionais definidos
nos acordos de Basiléia (acordo entre os bancos de todo o mundo).

Operação de Redesconto
Taxa de redesconto é a taxa de juros cobrada pelo Bacen nos empréstimos de liquidez.

Política Monetária Expansionista


• Redução da alíquota do depósito compulsório;
• Redução da alíquota de redesconto e consequente aumento no volume de empréstimos
de liquidez;
• Compra de títulos públicos.

Política Monetária Reducionista


• Aumento da alíquota do depósito compulsório;
• Aumento da alíquota de redesconto e consequente diminuição no volume de
empréstimos de liquidez;
• Venda de títulos públicos.

COPOM
O Comitê de Política Monetária (COPOM) é formado pelos diretores (área fim) e
Presidente do Banco Central.
Objetivos:
● Implementar a Política Monetária
● Analisar o Relatório de Inflação
● Definir a Taxa Selic e seu eventual viés
O COPOM realiza 8 reuniões por ano (uma a cada 45 dias), ao final da reunião é
divulgada ata com Taxa Selic Meta que deve valer até a próxima reunião.

O viés é a prerrogativa dada ao Presidente do Banco Central para alterar a Taxa Selic
entre as reuniões, caso exista ele fica registrado na ata da reunião, e poderá ser de alta ou
de baixa. O Presidente do Bacen apenas poderá exercer o viés no sentido indicado na ata
(alta ou baixa). A maior parte das atas vem sem viés.

50
Relação entre Juros e Atividade Econômica
Aumento na Taxa de Juros = Redução na atividade econômica.
Tomadores de empréstimo diminuem o crédito devido ao alto preço, reduzindo o
consumo.
Investidores elevam os seus investimentos devido aos retornos mais elevados; Redução
na Taxa de Juros = Aumento na atividade econômica.
Tomadores de empréstimo aumentam o crédito devido ao preço mais baixo, elevando o
consumo e investidores reduzem suas aplicações devido ao retorno mais baixo e elevam
o consumo (pessoa física) e o investimento em suas atividades (empresas).

3.1.3 POLÍTICA FISCAL

Política Fiscal
Atuação do governo sobre a economia através do controle dos Gastos (Investimento,
folha de pagamento, transferências, etc.) e Receitas (impostos, taxas, contribuições,
lucro de empresas públicas e economia mista, etc.).

Superávit e Déficit Fiscal


Superávit: Receitas > Gastos
Déficit: Receitas < Gastos

Política Fiscal Expansionista


Aumento do Déficit implica em expansão: Redução das receitas (ex: redução dos
impostos -> IPI dos automóveis na crise de 2008) e Elevação dos Gastos (ex. Aumento
no orçamento do PAC). A Política Fiscal Expansionista também é conhecida como
política keynesiana.

Política Fiscal Reducionista


Aumento do Superávit implica em retração: Aumento das receitas (Ex: Elevação dos
impostos) e Redução dos Gastos (Ex. Corte de R$ 50 bi no orçamento da união de
2011). A Política Fiscal Reducionista é utilizada para conter a inflação.

Contas Primárias e Nominais


As contas primárias não levam em consideração as receitas e despesas não financeiras
(recebimento e pagamento de juros). Ex: O Brasil tem um déficit primário de 3%
(Receitas < Despesas), quando paga o juro da dívida passa a ter um déficit nominal de
8%.

Dívida Pública
A dívida líquida é medida em relação ao PIB anual do país.

51
3.1.4 POLÍTICA CAMBIAL

Política Cambial
Atuação do governo sobre a economia através do câmbio.

Reservas Cambiais
Total de Moeda Estrangeira (principalmente dólares) em posse Banco Central. As
Reservas Cambiais são consequência do superávit no Balanço de Pagamentos.
Atualmente as reservas brasileiras superam os US$ 375 bi.

Regimes de Câmbio
Fixo: Taxa determinada pelo governo.
Flutuante: Taxa determinada pelo Mercado.
• Flutuação Limpa – Sem intervenção do Banco Central.
• Flutuação Suja (Dirty Floating) – Intervenção do Banco Central (compra e venda para
estabilizar o mercado). Ex: Brasil.

3.1.5 CONTAS EXTERNAS: BALANÇA COMERCIAL,


TRANSAÇÕES CORRENTES, CONTA DE CAPITAL.
CONCEITOS

Balanço de Pagamentos (BP)

Elaborado pelo Banco Central, registra todas as transações entre residentes e não
residentes, ou seja, todas as transações do país com o exterior.

Possui duas grandes contas:


• Transações Correntes
• Capital e Financeira

Conta - Transações Correntes Formada por


quatro subcontas:
- Balança Comercial
- Balança de Serviços
- Balança de Rendas
- Transferências Unilaterais
Tem sido negativa nos últimos anos.

52
Conta - Capital e Financeira
Junção de duas contas Capital (mudança de patrimônio) e FINANCEIRA (a mais
importante das duas). Esta conta engloba Empréstimos, Amortizações, Investimentos
(diretos e Indiretos) e derivativos. Tem sido positiva por causa do grande volume de
Investimento Estrangeiro.

Balanço de Pagamentos

Transações Correntes ● Balança Comercial

● Balança de Rendas

● Balança de Serviços

● Transferências Unilaterais

Capital e Financeira ● Empréstimos , Amortizações e Derivativos

3.2 CONCEITOS BÁSICOS DE FINANÇAS


3.2.1 TAXA DE JUROS REAL E TAXA DE JUROS
NOMINAL

53
A taxa nominal é a taxa que normalmente é divulgada pelas instituições financeiras,
enquanto que a taxa real é dada pela diferença entre taxa nominal e a inflação do
período.
Assim, por exemplo, se uma aplicação bancária teve uma rentabilidade de 10% no ano
passado (taxa nominal) e a inflação no mesmo período foi de 6%, temos que a taxa real
foi de quase 4%.
“Quase”, pois o cálculo da taxa real envolve um conceito de juros compostos chamado
desconto e não apenas uma simples subtração.
Ao invés de termos que:
Taxa Nominal = Taxa Real + Inflação
A fórmula é a seguinte:
(1 + Taxa Nominal) = (1+Taxa Real) x (1 + Inflação)

EXEMPLOS
Determinado título público com vencimento para 1 ano tem taxa nominal de 12%
enquanto que o mercado espera uma inflação de 6% para o período. Qual é a taxa real
esperada?
Se a Poupança rendeu 7,20% no ano de 2010 e a inflação no mesmo período foi de
5,60% qual foi a taxa real de rentabilidade da poupança?
Uma aplicação teve uma taxa real de 8% em um período em que a inflação foi de 5,6%.
Qual foi a rentabilidade nominal dessa aplicação?
O tesouro americano paga uma taxa nominal de 2% para uma inflação esperada de 3%.
Qual a taxa real esperada?

3.2.2 CAPITALIZAÇÃO SIMPLES VERSUS


CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA

Juros Simples -> Capitalização apenas sobre o capital inicial. Fórmula -


> M = C (1 + i.n) Onde:

54
M = Montante (Valor Futuro) C =
Capital Inicial (Valor Presente) i =
Taxa de Juros.
n = Número de Períodos (tempo).

Juros Compostos
->
Capitalização n
realizada a cada período.
Fórmula -> M = C (1 + i)
Onde:
M = Montante (Valor Futuro) C =
Capital Inicial (Valor Presente) i =
Taxa de Juros. n = Número de
Períodos (tempo).

TAXA PROPORCIONAL
Duas taxas são proporcionais quando, considerado o mesmo prazo e aplicação inicial
(capital), produzem o mesmo valor futuro (montante) em um regime de JUROS
SIMPLES.

i₂ = K x i ₁

Onde:
i₁ = taxa de juros dada; i₂ = taxa de juros
proporcional, calculada.
K = razão entre os períodos da taxa proporcional e da taxa dada.

Taxa Proporcional:
• 1% ao mês (a.m) é proporcional a 12% ao ano (a.a).
• 2% ao semestre é proporcional a 4% a.a.
• 6% a.a. é proporcional a 0,5% a.m.
• 6% a.t (ao trimestre) é proporcional a 8% a.q.(ao quadrimestre).

Exemplo: Calcular a taxa anual proporcional a 3% ao mês. i ₁ = 3%


a.m
K = 1 ano ÷ 1 mês , logo K = 12 meses ÷ 1 mês K = 12
i₂ = K x i₁ i₂ = 12 x 3% i₂ =
36% ao ano
Determine o K para transformar uma taxa trimestral em:

55
● Taxa anual
● Taxa mensal
● Taxa semestral
● Taxa bimestral
● Taxa quadrimestral

Dica: Utilizaremos o mesmo K nos juros compostos, uma dica para não errar o K é a
seguinte: sempre que a periodicidade da taxa que iremos calcular tiver um período mais
longo do que a taxa que temos o K será maior que 1, caso contrário será inferior a 1, por
exemplo de mês para ano, o K será 12, e de ano para mês será 1/12.

TAXA EQUIVALENTE
A taxa equivalente está relacionada aos JUROS COMPOSTOS, é aplicada para calcular
a taxa correspondente em uma série com periodicidade diferente. ₂ = (1 + ₁) − 1

Onde:
I₁ = taxa de juros dada;
I₂ = taxa de juros equivalente, calculada.
K = razão entre os períodos da taxa 𝐼₂ / 𝐼₁.

Exemplo: Calcular a taxa anual equivalente a 3% ao mês.


i₁ = 3% a.m
Lembramos que 3% = 3/100 = 0,03
K = 1 ano ÷ 1 mês , logo K = 12 meses ÷ 1 mês -> K = 12
𝐼₂ = (1 + 𝐼₁) − 1
𝐼₂ = (1 + 0,03)12 − 1
𝐼₂ = (1,03)12 − 1
𝐼₂ = 0,4258 ou 42,58% a.a

EXEMPLOS:
● 1% a.m. é equivalente a 12,68% ao ano.
● 2% ao semestre é equivalente a 4,04 % ao ano.
● 6% ao ano é equivalente a 0,49% a.m.
● 6% ao trimestre é equivalente a 8,08% ao quadrimestre

3.2.3 FLUXO DE PAGAMENTOS. RELAÇÕES E


CONCEITOS

56
Fluxo de Caixa

Entradas de caixa (+)

0 1 2 3 4 5 ... n
Tempo

Saídas de Caixa (-)

O fluxo de caixa é representado pela linha do tempo (vetor esquerda-direita) e pelas


entradas e saídas de caixa ao longo do período.

Em um investimento, por exemplo, a aplicação inicial será representada por uma saída
de caixa, enquanto que os retornos serão representados por entradas de caixa.

3.2.3.1 VALOR PRESENTE, VALOR FUTURO E TAXA DE


DESCONTO

Valor Presente
É obtido pelo somatório de cada um dos fluxos de caixa atualizados para o valor
presente (ou atual), a data 0. Também conhecido como CAPITAL INICIAL.

VF

0 1 2 3 4 5
Tempo

VP

Valor Futuro
É obtido pelo somatório de cada um dos fluxos de caixa capitalizados para uma data
focal futura. Também conhecido como Montante.

57
VF

0 1 2 3 4 5
Tempo

VP

Taxa de Desconto
Taxa utilizada para calcular o valor presente de um fluxo de caixa a partir de valores
futuros.

3.2.3.2 FLUXO DE CAIXA: CUPOM E AMORTIZAÇÕES

O fluxo de caixa de um título pode se apresentar nas mais diversas formas: Pode pagar
principal e juros por períodos; pode pagar somente juros por período e o principal no
final; pode não pagar juros ou principal intermediários, mas somente no final.

CUPOM
Antigamente os títulos eram físicos (impressos), e como não havia controle
computacional, para receber o pagamento de juros intermediário de um certo período era
necessário destacar um pedaço do título, o cupom, de posso desse pedaço de papel o
investidor trocava pelo pagamento dos juros. Assim, o pagamento periódico de juros
ficou conhecido como cupom.

AMORTIZAÇÕES
Amortização é a parte do pagamento que reduz o saldo devedor. Quando efetuamos o
pagamento de uma parcela do financiamento de um carro, por exemplo, uma parte do
pagamento se deve aos juros e o que sobra é amortização, justamente a parte que vai
reduzir o saldo devedor do financiamento.

58
Alguns títulos possuem fluxo de caixa com pagamentos periódicos de juros e
amortização, como no exemplo abaixo (tabela price):

3.2.3.3 ZERO CUPOM

É o título que não tem pagamento intermediário de juros, amortização e juros são
realizados em um único pagamento no final (vencimento).

3.2.3.4 PRAZO MÉDIO E VENCIMENTO

O prazo médio ponderado considera os valores dos títulos e seus respectivos prazos para
determinar o prazo médio da carteira. Títulos de valores mais elevados tendem a
“puxar” o prazo da carteira para perto do seu vencimento.
Quanto maior o prazo de uma carteira maior será o risco associado a ela, uma vez que
mudanças na taxa de juros terão mais impactos sobre o valor presente da carteira.

Média Ponderada do Vencimento dos Títulos de uma Carteira:


Imagine a seguinte Situação, duas carteiras distintas A e B, cada uma delas com dois
títulos cuja soma totaliza o mesmo valor total:

Carteira A:
Títulos: R$ 1 Milhão com vencimento em 1 ano e R$ 2 Milhões com Vencimento em 5
anos.
Valor Nominal dos títulos da Carteira A = 3 milhões

59
Carteira B:
Títulos: R$ 2 Milhões com vencimento em 1 ano e R$ 1 Milhão com Vencimento em 5
anos.
Valor Nominal dos títulos da Carteira B = 3 milhões

Quem tem o maior prazo médio?


Para calcular o prazo médio somamos o resultado da multiplicação do valor do ativo
pelo seu respectivo prazo e dividimos pelo valor total da carteira.

Carteira A: = 3,67 anos

Carteira B: = 2,33 anos

Resposta: A carteira B tem prazo médio menor, pois o título de maior valor (R$ 2
milhões) vence em 1 ano, enquanto que na Carteira A o título de maior valor só vence
em 5 anos, alongando assim o prazo médio.

3.2.3.5 TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

É a taxa que faz com que determinado fluxo de caixa tenha Valor Presente igual à zero.

A taxa interna de retorno é utilizada para calcular a taxa de juros para fluxos de caixa
não uniformes, ou seja, com valores diferentes a cada período.

60
P4
P3 P6

P7 P1
P2 P5
1 2 3 4 5 6 7
Tempo

PV

Neste caso o valor presente (PV) seria a soma do valor presente de cada um dos fluxos
(P1, P2, ...).

Para calcular o valor presente a partir de um valor futuro utilizamos a fórmula:

𝐹𝑉
𝑃𝑉 =
(1 + 𝑖)

Assim, temos que no exemplo acima:

𝑃𝑉 =+ + + + + +
(1 ) (1 ) (1 ) (1 ) (1 ) (1 )

Para achar a taxa de juros teríamos que resolver equações de primeiro grau (OK!),
segundo grau (tudo bem...𝐵2 − 4𝐴𝐶 ….), terceiro grau (hã!?!), quarto grau
(impossível...) até sétimo grau...ou seja, só é possível achar o resultado através de
métodos computacionais.

61
Exemplo:

Um investidor após aplicar R$ 200 mil resgatou os seguintes valores ao final de cada
ano, respectivamente, a partir do primeiro: R$ 50 mil, R$ 20 mil, R$ 80 mil, R$ 15 mil,
R$ 15 mil, R$ 15 mil e R$ 100 mil. Qual foi a TIR do investimento?

Em (R$ mil)

100
80
50

20 15 15 15
0 1 2 3 4 5 6 7
Anos

-200

50 20 80 15 15 15 100
−200 = (1 + 𝑖)1 + (1 + 𝑖)2 + (1 +
𝑖)3 + (1 + 𝑖)4 + (1 + 𝑖)5 + (1 + 𝑖)6 + (1 + 𝑖)7

i=? *Impossível de calcular sem ajuda computacional

3.2.4 CUSTO DE OPORTUNIDADE. CONCEITO

62
Para a teoria econômica, o custo e oportunidade ou custo alternativo surge quanto se
opta, por exemplo, por determinada alternativa de investimento em detrimento de outras
também viáveis. Sendo assim, representa o benefício que foi desprezado ao se escolher
uma alternativa em relação a outras.

Um exemplo seria um empreendedor que ao invés de aplicar o dinheiro no banco com


taxa garantida de 12% ao ano e baixíssimo risco prefere investir o dinheiro em um
restaurante, pela óptica do custo de oportunidade esse restaurante para ser viável
financeiramente deve ter um retorno sobre o investimento superior a 12%, que é o seu
custo de oportunidade.

3.2.5 TAXA LIVRE DE RISCO. CONCEITO

A taxa livre de risco é a taxa de retorno de um ativo com risco zero. Os projetos somente
serão considerados viáveis caso sua Taxa Interna de Retorno seja superior à taxa livre de
risco (custo de oportunidade). Normalmente usamos a taxa SELIC, por ser a de risco
mais baixo no mercado nacional, como taxa livre de risco.

3.2.6 CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL

3.2.6.1 CONCEITO

Uma empresa conta com pelo menos dois tipos de financiamento: Capital Próprio e
Capital de Terceiros. O custo médio ponderado do capital calcula o custo do capital de
uma empresa utilizando como referências e pesos a proporção do recurso em relação ao
financiamento total e a taxa de captação do recurso. O capital de terceiros é considerado
um recurso com custo mais baixo do que o capital próprio.

3.2.6.2 ALAVANCAGEM FINANCEIRA, CUSTOS DE CAPTAÇÕES


(DÍVIDAS E/OU CAPITAL)

A alavancagem financeira consiste em aumentar a rentabilidade através do


endividamento. O aumento da participação de capitais de terceiros também aumenta os
riscos de insolvência.

3.2.7 RETORNO HISTÓRICO E RETORNO ESPERADO

63
Retorno histórico é a rentabilidade observada, enquanto retorno esperado é rentabilidade
futura.

O retorno histórico é a rentabilidade observada de um investimento, ou seja, quanto ele


rendeu no passado, através da história recente dos rendimentos de determinado ativo (ou
carteira de investimentos) é possível calcular seu risco (desvio-padrão), e até mesmo
estimar o retorno esperado, no entanto, é necessário entender que o retorno histórico é
apenas uma referência, e que o futuro pode ser bem diferente do passado, portanto
rentabilidade observada não garante rentabilidade futura.

64
#
#
#
#
#
#
#
#
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10*&21-34#*-’/0#5&60#-#
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$%<#&’()*+,-’).(#/-#*-’/0#10*&21-3##
$%<%<#/-5&’&9:.##

Ação é a menor fração do capital social de uma empresa. O mercado de ações


é normatizado pela CVM

$%<%=# 09B-(# .*/&’2*&0(4# 8*-5-*-’C&0&(4# C-*)&5&C0/.


(# .+# *-C&D.(# /-# /-8E(&).# /-#
103.*-(#,.D&3&2*&.(#70/*(#-#D/*(@#-#DF’+(#/-#
(+D(C*&9:.%#C.’C-&).(##
#
.GHIJKGILM#
Ações que#possuem direito a voto nas assembleias deliberativas da empresa,
na proporção de um voto por ação.
#
8GNONGNJPILIM#
Ações que não possuem direito a voto, porém possuem preferências sobre os
rendimentos (dividendos) e também sobre a massa falida. Participação máxima
de 50% do patrimônio total da empresa. As ações preferencias precisam ter
pelo menos uma preferência dentre as seguintes:
Participação nos dividendos pelo menos 10% maior que as ordinárias;
“Tag Along” (ver adiante) de no mínimo 80% ao valor pago pelas ações do
bloco controlador;
Dividendos mínimos de 25% do lucro líquido do exercício.
Se a companhia ultrapassar 3 exercícios consecutivos sem pagar os dividendos
mínimos, as ações preferenciais passam a ter direito a voto até o pagamento
do dividendo

0QNGIPLJ#/NRSMITLGU#*NPNIRT#70/*@#
Definição: Ação não americana negociada nos EUA.
Recibo negociado nos Estados Unidos que representa uma ação estrangeira
(não americana) em seu país de origem. Os ADRs foram criados para que
empresas estrangeiras conseguissem acessar o mercado de capitais
norteamericano, que é o maior do mundo. Muitas ações brasileiras, por
exemplo, são negociadas na Bolsa de Nova York através de ADRs.

!A
DGLWIXILJ#/NRSMITLGU#*NPNIRT#7D/*@#
Assim como os ADRs são recibos que representam ações não americanas
negociadas nos Estados Unidos, os BDRs representam ações não brasileiras
negociadas no Brasil.

DYJZM#HN#(Z[MPGI\]S#
Direito de prioridade concedido ao já acionista na aquisição de novas ações da
empresa. Conhecido como Direito de Subscrição. As empresas podem lançar
novas ações para financiar novos projetos, por exemplo, a Petrobrás lançou
novas ações para financiar a prospecção de petróleo no “Pré-Sal”. Nessa
situação, acionistas que não adquirirem novas ações terão sua participação
reduzida no capital da companhia. Para que os mesmos mantenham sua fatia
de participação no capital da empresa é dado o direito de prioridade na compra
dessas novas ações: antes de serem lançadas ao público externo, as novas
ações são oferecidas aos já acionistas proporcionalmente à quantidade de
ações que cada um possui.

Os acionistas que recebem o direito de subscrição terão uma data limite para
exercerem (ou não) o direito de comprar as novas ações, normalmente com
desconto em relação ao valor que será oferecido ao público. Esse direito possui
valor de mercado, e caso opte por não o exercer, o acionista pode negociá-lo
(vender) em bolsa antes da data limite para exercício.

$%<%^#0_.#70((-,D3-&0# _-*03# .*/&’2*&0@# -# 0_-#


70((-,D3-&0# _-*03# -6)*0.*/&’2*&0@%#
C.’C-&).(#-#0)*&D+&9B-(##
#
0_.#70((-,D3-&0#_-*03#.*/&’2*&0@#
Assembleia Geral Ordinária. Realizada anualmente até 4 meses após o término
do exercício social, tem como matérias principais a aprovação das
demonstrações financeiras, distribuição de dividendos, eleição de
administradores e conselho fiscal.
#
0_-#70((-,D3-&0#_-*03#-6)*0.*/&’2*&0@#
Assembleia Geral Extraordinária. Em seus editais não se admite a rubrica
“assuntos gerais”, as matérias a serem deliberadas precisam ser objetivas.
#
#
#

!V

$%<%$#/&*-&).(#/.(#0C&.’&()0(#
$%<%$%<#1.).4#80*)&C&809:.#’.(#3+C*.(4#80*)&C&809:.# ’.# 0C-
*1.# -,# C0(.# /-# 3&a+&/09:.4# 5&(C03&b09:.4#
8*-5-*c’C&0#/-#(+D(C*&9:.%#C.’C-&).(##
1STLG#– Cada Ação Ordinária dá direito a um voto;
8LGTIPIRL\]S#JSM#3ZPGSM#– Dividendos e Juros sobre o Capital Próprio;
8LGTIPIRL\]S#JS#LPNGdS#HL#PSQRLJeIL#NQ#PLMS#HN#3IfZIHL\]S –
Segundo a lei das S.A., esse direito é exercido após pagar todos os credores.
5IMPLXIWLG# – Os acionistas possuem direito de fiscalizar as demonstrações
contábeis, assembleias, administradores eleitos e conselho fiscal.
8GNONGgJPIL#HN#(Z[MPGI\]S#– Conforme explicado no item 4.1.2 – Direito
de Subscrição.

$%<%$%=#*-,+’-*09:.#/.#0C&.’&()0##
$%<%$%=%<# /&1&/-’/.(;# .*&_-’(4# .D*&_0).*&-/0/-4# 8.3h)&C0# /-#
80_0,-’).##
#
Dividendo é a parte do lucro destinada ao acionista. O dividendo mínimo a ser
distribuído deve constar no Estatuto da empresa. No caso de omissão desta
informação, o dividendo a ser distribuído é de pelo menos 50%. Algumas
empresas com baixa necessidade de investimento destinam grandes parcelas
do lucro em forma de dividendos. Os dividendos recebidos pelos acionistas
(Pessoas Físicas e Jurídicas) são isentos de pagamento Imposto de Renda.
$%<%$%=%=#i+*.(# (.D*-# C08&)03# 8*E8*&.;# C*&)j*&.(# 80*0#
/&()*&D+&9:.#-#0(8-C).(#)*&D+)2*&.(##

Juros pagos pela empresa aos acionistas por utilizar recursos do próprio caixa.
É uma forma alternativa aos dividendos de distribuir os lucros entre os
acionistas. O JSCP garante um benefício fiscal para a empresa, uma vez que
os valores pagos na forma de JSCP são contabilizados como despesa,
reduzindo o lucro e o imposto de renda (IR) para a empresa pagadora.

Para os acionistas, ao contrário do que ocorre no pagamento dos dividendos,


nos pagamentos de Juros sobre o Capital Próprio haverá incidência de IR de
15% recolhido na fonte pela empresa pagadora.
Por lei (9249/95), a taxa máxima de juros paga como remuneração do capital
próprio está limitada a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).

"‘
$%<%$%=%^#D.’&5&C09:.%#/-5&’&9:.##

Quando a empresa aumenta o capital social, incorporando os lucros não


distribuídos, na forma de novas ações. As novas ações são distribuídas aos
acionistas proporcionalmente ao número de ações que estes possuem. Em
resumo, a bonificação representa o pagamento ao acionista na forma de novas
ações, diferente, por exemplo, do pagamento dos dividendos, que é realizado
em dinheiro.

$%<%$%^# /&*-&).# /-# *-8*-(-’)09:.%# -1-’).(#


(.C&-)2*&.(#
$%<%$%^%<# 0C&.’&()0# C.’)*.30/.*;# C.’C-&).4# &,83&C09B-(# /-#
0C.*/.#/-#0C&.’&()0(##
#
Acionista que tema maior parte dos votos nas assembleias gerais, possui o
controle sobre a empresa. Acordo de acionistas é a união de acionistas com
objetivos comuns em um grupo controlador, durante o acordo as ações ficam
impedidas de serem negociadas, existe um documento que oficializa esse
acordo.

$%<%$%^%=#0C&.’&()0#,&’.*&)2*&.%#/&*-&).#/-#1.).#-#*-)&*0/0#
Minoritário é o pequeno acionista, aquele que não detém o controle da
empresa.
Direito de Retirada – Em casos previstos em lei o acionista pode retirar-se da
sociedade mediante reembolso de suas ações quando for dissidente em
matérias específicas como Incorporação e Fusão da Companhia, Redução de
Dividendo Obrigatório, emissão de novas ações entre outras.

$%<%$%^%=%<#!"#$"%&’#$7-6)-’(:.#/.#8*c,&.#/-#C.’)*.3-@#

Direito dos acionistas minoritários receberem pelo menos 80% do valor


oferecido às ações do controlador em caso de uma oferta pública de aquisição.
Uma das condições para uma ação pertencer ao novo mercado (ver
governança corporativa) é possuir um !"#$"%&’# de 100%.

"<
$%<%$%^%^#5.’)-(#/-#&’5.*,09:.#

As informações sobre as empresas são reguladas por normas rígidas de (&)*%


+"’(,, algumas das principais fontes de informação são: relatório da
administração, Demonstrações Contábeis e seus respectivos pareceres de
auditores independentes, as empresas publicam seus
balanços trimestralmente.

$%<%>#.5-*)0#8*&,2*&0#-#(-C+’/2*&0#
#
.ONGTL#RGIQKGIL#
Ocorre a captação de novos recursos para a empresa.#Os acionistas que não
subscreverem às novas emissões terão a sua participação no capital social
diluída (diminuída).

.ONGTL#MNPZJHKGIL;#
Conhecida como “block trade”, é a venda de um grande lote de ações por um
acionista, não resultando na captação de novos recursos para a companhia,
mas sim para o acionista que está vendendo estas ações.

As emissões de ações pelas empresas são colocadas no mercado por meio de


intermediários financeiros do subsistema distribuidor de valores mobiliários,
sendo os principais:
• Os Bancos Múltiplos com carteira de Investimento;
• Bancos de Investimento; e
• As Corretoras e as Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários

$%<%!#8*-C&5&C09:.%#0(8-C).(#*-3-10’)-(##

Qual é o preço justo de determinada ação? A escola fundamentalista utiliza


uma série de técnicas para determinar o valor de uma ação. Vamos ver
algumas delas:

#
#
#

"=
$%<%!%<# /-)-*,&’09:.# /-# 8*-9.;# 53+6.# /-# C0&60# 7.8-
*0C&.’034# /-# &’1-()&,-’).# -# /-# 5&’0’C&0,-’).@4#
,k3)&83.(#78l3#-#-1l-D&)/0@%#C.’C-&).(##

53+6.#/-#C0&60#
Através de estudos é possível estimar o valor dos investimentos e retornos ao
longo de determinado período, normalmente utiliza-se um período de até 20
anos para essas projeções. Após projetar o fluxo de caixa, calcula-se o valor
presente da empresa e em seguida divide-se esse valor pelo número de ações.
Esta técnica serve para precificar desde um carrinho de pipoca até uma
empresa gigante como a Petrobrás. A principal limitação é conseguir prever o
quantitativo de vendas, preços e custos: “O futuro a Deus pertence”. O fluxo de
caixa pode ser visto pela ótica da empresa/projeto (operacional), do
investimento ou do financiamento.

,mXTIRXSM#HN#,NGPLHS#
8l3#– É a relação entre o Preço e o Lucro de uma ação. Por exemplo se uma
ação é vendida por R$ 20,00 distribui lucros de R$ 2,00 por ano, o P/L desta
ação será igual a 10. O P/L indica quantos anos são necessários para
recuperar o investimento na ação tomando como base o patamar atual de
lucros, desta forma quanto menor o P/L, melhor, pois o investimento será
recuperado mais rápido.
#
1-l-D&)/0#– Índice similar ao P/L, onde VE significa Valor da Empresa e o
EBITDA representa os Lucros antes dos Juros, Impostos, Depreciação e
Amortização, principal diferença em relação ao P/L.

-D&)/0#é a sigla em inglês de ,"-’+’#.$/,0&-,$+’!,-,.!1$!"2,.1$3,*-,(+"!+&’$"’3$


")&-!+4"!+&’. Assim como no P/L quanto menor o VE/EBITDA, melhor será
considerado o preço de uma ação.

"^
$%<%!%=#/&()&’9B-(#-’)*-#0’23&(-#)jC’&C0#7.+#_*05&()0@#
-#0’23&(-#5+’/0,-’)03&()0##
#
0JKXIMN# 5ZJHLQNJTLXIMTL# – Metodologia que utiliza a análise
econômico financeira de uma empresa. Ex: Cálculo do Valor da empresa
através do fluxo de caixa projetado, P/L, análise da estratégia de negócios, etc.
É considerada uma metodologia mais ortodoxa.
0JKXIMN#)nPJIPL#SZ#_GLOIMTL#– Metodologia que utiliza o gráfico das
ações como única fonte de informação, deixando de lado informações
estratégicas e referentes ao balanço da empresa. É considerada uma técnica
mais heterodoxa.

$%<%"#&,80C).(#(.D*-#.(#8*-9.(#-#a+0’)&/0/-(# /0(# 09B-


(# /.# &’1-()&/.*;# 80_0,-’).# /-# /&1&/-’/.(4# /-(/.D*0,-’).#
7()%*!(@4# _*+80,-’).(#-#D.’&5&C09:.##
#
8LoLQNJTS#HN#/IdIHNJHSM; Quando uma empresa paga os dividendos aos
acionista existe uma tendência (caso não haja mudanças na empresas e no
mercado) que o preço de sua ação se reduza logo após o pagamento. Essas
ações negociadas sem os dividendos passam a ser negociadas com “ED” na
frente do seu código, sigla que representa Ex-Dividendos. Exemplo uma ação
de R$ 20,00 que pagará dividendos de R$ 1,00 passará a ser negociada “ED”
por R$ 19,00.
/NMHS[GLQNJTS#7(+,-.@; O desdobramento das ações, ou simplesmente .*
%+! ocorre quando a empresa eleva o número de ações sem alterar o capital
social da empresa. Nessa situação, por exemplo, um investidor que possui uma
ação que vale R$ 100 passaria a ter duas ações de R$ 50, em um .*%+! com
relação de troca de 1 para 2. O objetivo do desdobramento ao tornar o preço
das ações mais baixo é elevar a liquidez das ações. Numa analogia grosseira,
a ideia

"$
seria fatiar a torta em fatias mais finas e baratas para vender mais, o número de
fatias aumenta, mas o tamanho da torta é o mesmo.

_GZRLQNJTS#7*/+,-.@; O grupamento, ou simplesmente +’*%+! ocorre


quando a empresa reduz o número de ações sem alterar o capital social da
empresa. Imagine uma ação que custa 2 centavos, se essa ação cai, o mínimo
que seja, vai valer 1 centavo, ou seja, uma queda de 50%. Esse valor baixo
obviamente trás mais volatilidade para a ação, se ela volta a subir de 1 centavo
para 2 centavos, valorizou 100%! Qual é a solução para esse problema? Um
+’*%+!, por exemplo, onde quem tinha 100 ações de 1 centavo, passa a ter
uma ação de R$ 1 (relação de troca de 100 para 1), podendo agora variar de
R$ 1,00 para R$ 0,99 sem maiores trancos. O objetivo do grupamento ao
elevar o preço da ação, portanto, é o de reduzir a volatilidade do ativo.

DSJIOIPL\]S; Quando a empresa aumenta o capital social, incorporando os


lucros não distribuídos, na forma de novas ações. As novas ações são
distribuídas aos acionistas proporcionalmente ao número de ações que estes
detém. Em resumo, a bonificação representa o pagamento ao acionista na
forma de novas ações, diferente, por exemplo, do pagamento dos dividendos,
#
que é realizado em dinheiro.
$%<%A# C.’C-&).(# _-*0&(# /-# 8*2)&C0(# /-# D.0# _.1-
*’0’90# C.*8.*0)&10;# .(# (-_,-’).(# /-# 3&()0_-,# ’h1-3# &4#
’h1-3# &&# -# ’.1.# ,-*C0/.# 7*-53-6.#(.D*-#.#/&*-&).#/.
(#0C&.’&()0(@##

As boas práticas de governança corporativa visam compatibilizar os objetivos


da empresa aos interesses dos acionistas adotando como linha principal a
transparência e a igualdade entre os acionistas.
Empresas de nível elevado de governança corporativa são vistas no mercado
como mais seguras para investir e a percepção de menor risco acaba se
refletindo em preços melhores das ações dessas empresas.
O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), organização sem fins
lucrativos, é a principal referência do Brasil para o desenvolvimento das
melhores práticas de governança corporativa. No Brasil as empresas que
possuem boas práticas de governança corporativa são segmentadas por níveis:
Nível I, Nível II e Novo Mercado de acordo com o preenchimento dos pré-
requisitos para cada um desses níveis.

">

’SdS#,NGPLHS# ’pdNX#=# ’pdNX#<#

CLGLPTNGpMTIPLM# Permite a existência somente Permite a existência de Permite a existência de


HLM# L\ de ações ON ações ON e PN (com ações ON e PN (conforme
qNM#NQITIHLM# direitos adicionais) legislação)
8NGPNJTZLX# QpJIQS#
HN# L\qNM# NQ# No mínimo 25% de free No mínimo 25% de free
No mínimo 25% de free float
PIGPZXL\]S# float float
7OGNN#OXSLT@#
/IMTGI[ZI\qNM#
Esforços de dispersão Esforços de dispersão Esforços de dispersão
Rm[XIPLM#
acionária acionária acionária
HN#L\qNM#
qN Limitação de voto inferior a Limitação de voto inferior
1NHL\]S# L#
M# 5% do capital, quórum a 5% do capital, quórum
HIMRSMI\ Não há regra
qualificado e "cláusulas qualificado e "cláusulas
NMTLTZTKGILM#
pétreas” pétreas”
HS Mínimo de 5 membros,
Mínimo de 5 membros, dos
# dos quais pelo menos Mínimo de 3 membros
CSQRSMI\]S# quais pelo menos 20%
HN 20% devem ser (conforme legislação), com
PSJMNXeS# devem ser independentes
# com mandato unificado de independentes com mandato unificado de até 2
LHQIJIMTGL\]S#
mandato unificado de até anos
até 2 anos
2 anos
Presidente do conselho e Presidente do conselho e
Presidente do conselho e
diretor presidente ou diretor presidente ou
1NHL\]S# r# diretor presidente ou
principal executivo pela principal executivo pela
LPZQZXL\]S# principal executivo pela
mesma pessoa (carência mesma pessoa (carência
HN#PLGoSM# mesma pessoa (carência de
de 3 anos a partir da de 3 anos a partir da
3 anos a partir da adesão)
adesão) adesão)
Manifestação sobre
.[GIoL\]S# HS# Manifestação sobre qualquer
qualquer oferta pública de
PSJMNXeS# oferta pública de aquisição Não há regra
aquisição de ações da
HN#LHQIJIMTGL\]S# de ações da companhia
companhia
/NQSJMTGL\qNM#
OIJLJPNIGLM# Traduzidas para o inglês Traduzidas para o inglês Conforme legislação

*NZJI]S#Rm[XIPL#LJZLX Obrigatória Obrigatória Obrigatória


#
CLXNJHKGIS# HN#
NdNJTSM# Obrigatório Obrigatório Obrigatório
PSGRSGLTIdSM#
/IdZXoL\]S# LHIPISJLX# Política de negociação de Política de negociação de Política de negociação de
HN# valores mobiliários e código valores mobiliários e valores mobiliários e código
IJOSGQL\qNM# de conduta código de conduta de conduta
CSJPNMM]S# HN# )Lo# 100% para ações ON e 80% para ações ON
0XSJo# 100% para ações ON PN (conforme legislação)
.ONGTL# Rm[XIPL# HN# Obrigatoriedade em caso
LfZIMI\]S# HN# L\qNM# Obrigatoriedade em caso de de cancelamento de
JS# QpJIQS# RNXS# cancelamento de registro ou registro ou saída do Conforme legislação
dLXSG# saída do segmento segmento
NPSJYQIPS#
0HNM]S# r# CsQLGL#
HN#
Obrigatório Obrigatório Facultativo
0G[ITGLoNQ#HS#,NGPL
HS#
"!
$%<%V# )*&D+)09:.;# &,8.().# /-# *-’/0# ’0# ’-_.C&09:.# /-#
09B-(# ’.# ,-*C0/.# t# 1&()04# .8-*09B-(#/-#0"1$!2"03$-
#03+_+-3#/-#09B-(;#
50).# _-*0/.*u# 03ha+.)0(u# D0(-# /-# C23C+3.u#
C.,8-’(09:.# /-# 8-*/0(u# 0_-’)-#
*-(8.’(21-3# 8-3.# *-C.3v&,-’).# -# 3&,&)-# /-#
&(-’9:.# ,-’(03%# &,8.().# *-)&*.# ’0# 5.’)-# -# 8-3.#&’1-
()&/.*##
#
5LTS#_NGLHSG = Alienação (Venda)
0XpfZSTLM = 15% sobre o lucro da operação normal e 20% para operação do
tipo “daytrade”.
DLMN#HN#CKXPZXS é o Lucro da Operação = Diferença de Preço de
Compra e Venda – despesas de negociação (corretagem, custódia e
emolumentos).
*NMRSJMKdNX# RNXS# *NPSXeIQNJTS: quem efetua o recolhimento é o
próprio investidor via DARF.
8GLWS: O prazo para recolhimentos dos impostos é até o último dia útil do
mês subsequente ao mês em que ocorreu a negociação.
&*#GNTIHS#JL#OSJTN#SRNGL\]S#JSGQLX; Em operações de venda
superiores a R$ 20.000,00 a corretora retém o valor de 0,005% do valor da
venda (alienação) como antecipação do IR.
Esse valor de IR antecipado pode ser descontado no valor do DARF. A
antecipação do IR é conhecida no mercado como “dedo duro”, pois permite que
a Receita Federal realize o cruzamento de informações.

&MNJ\]S#RLGL#8NMMSLM#5pMIPLM#NQ#.RNGL\qNM#’SGQLIM;#Pessoa
Física que fizer operações normais cujos valores das vendas no mês
calendário somados sejam inferiores a R$ 20 mil estarão isentas de recolher
IR.
#
/LUTGLHN##w Compra e venda do mesmo ativo dentro de um mesmo dia.
Alíquota IR: A alíquota será de 20% do valor da operação. Antecipação do IR:
Nessas operações a antecipação do IR será de 1% sobre o valor do lucro da
operação, assim no mês subsequente resta ao investidor pagar 19% do lucro
da operação para fins de Imposto de Renda.
Isenção: Não existe isenção de IR para PF em operações de daytrade.

""
$%<%V%<#C.,8-’(09:.#/-#8-*/0(#’.#80_0,-’).#/.#&*#

Ganhos podem ser compensados com perdas passadas. Operações do tipo


“normal” e do tipo “daytrade” devem ser separadas para fins de compensação,
não sendo permitido compensar ganhos/perdas em operações diferentes.

$%=#&’()*+,-’).(#/-#*-’/0#5&60##
#
$%=%<#/-5&’&9:.##
Título que o rendimento (taxa de juros) é determinado no ato do investimento.
São considerados investimentos mais seguros do que os de renda variável.
Pode ter remuneração prefixada ou pós fixada. Exemplo: Títulos Públicos
Federais, CDBs, Debêntures, etc. #
$%=%=# 8*&’C&80&(# C.’C-&).(# -# C0*0C)-*h()&C0(#
/-#&’()*+,-’).(#/-#*-’/0#5&60#
#
$%=%=%<#/0)0#/-#-,&((:.4#103.*#’.,&’03#0)+03&b0/.#-# i+*.
(#x0C*+0/.(y##
#
/0)0#/-#-,&((:.#w#Data em que o título foi emitido, haverá pagamento de juros
até a data de vencimento do título.
#
103.*#’.,&’03#w#Valor que está escrito no título (valor de face), o título pode
ser negociado com ágio ou deságio em relação ao valor nominal.#
#
i+*.(#x0C*+0/.(y#w#Juros “corridos” da data de emissão do título até a data de
referência.
#
$%=%=%=#5.*,0(#/-#*-,+’-*09:.#z#8*j#-#8E(w5&60/0#z#
8*&’C&80&(#&’/-60/.*-(##
#
)pTZXSM#RGNOI{LHSM#o valor da taxa de juros é conhecido no ato da
aplicação. Por exemplo, 10% ao ano. São títulos que tendem a perder valor
quando os juros sobem e ganhar quando os juros caem, por isso normalmente
possuem mais riscos do que os título pós fixados.
#
)pTZXSM#R|M#OI{LHSM são aqueles que possuem sua remuneração atrelada
a uma taxa de juros (Selic, DI e TR são as principais) ou um índice de preços
(IPCA e IGPM são os principais). Exemplo: 105% da Taxa DI ou IPCA + 3%.

"A
$%=%=%^#5.*,0(#/-#0,.*)&b09:.#-#80_0,-’).#/-#i+*.(##

Os títulos podem ter várias formas de amortização: amortização do principal e


juros somente ao final (Zero Cupom), ou apenas o pagamento dos juros
durante o período do título com pagamento do principal somente ao final, ou
ainda pagamento de juros e amortização durante o período, de forma uniforme
ou não uniforme (ver item 3.2.3).
#
$%=%=%^%<# C.,8.(&9:.# /-# C+8.,# /-# )060# *-03# -# &’/-60/.*-
(#7&_8w,#-#C},D&.@#
Cupom é o pagamento periódico de juros realizados pelo emissor do título
(devedor) ao comprador (credor) e pode ter diversos indexadores como Taxa
DI, SELIC, IPCA, etc. Denomina-se Taxa Real quando o título paga uma Taxa
de Inflação (índice de preços) somada a um percentual de juros. Ex: Um título
que paga o IGP-M + 4¨% ao ano possui uma taxa real anual de 4%.
#
$%=%=%$# *-(_0)-# 0’)-C&80/.4# 1-’C&,-’).# 0’)-C&80/.# 7a+-
D*0# /-# 4&53’"’!4# .C.**c’C&0# /-# 42&(($ 036"7%!@# -#
0a+&(&9:.# 50C+3)0)&10# -# .89:.# /-#
C.,8*0#7.89:.#4"%%@#
#
Os títulos podem conter cláusulas específicas tais como:

*-(_0)-# 0’)-C&80/.# w# Possibilidade de o investidor resgatar o investimento


antes da data de vencimento.
1-’C&,-’).#0’)-C&80/.#Possibilidade de o emissor saldar o seu débito antes do
vencimento. Normalmente atrelados aos seguintes motivos:

0@#a+-D*0#/-#4&53’"’!$8$$
5&6,’"’! é a Garantia Acessória. Garantias indiretas que reduzem o risco de
inadimplência dos títulos. Exemplos de 5&6,’"’!7 - Manter o índice de
endividamento dentro de certo valor; - Manter um mínimo de capital de giro
para empresa. Em alguns contratos ao quebrar essa cláusula o emissor impõe
um risco elevado ao credor, e para compensar isso fica obrigado a liquidar sua
dívida;

D@#42&(($036"7%!#
Quando o emissor deixa de honrar seus pagamentos com alguém seus débitos
perante o restante dos credores são dados como vencidos, ele é obrigado a pagar
sua dívida, ou seja, liquidar as debêntures;

C@#.89:.#/-#C.,8*0#7.89:.#4"%%@%#
Quando o contrato tem uma cláusula que permite que o emissor recompre o
título emitido, antecipando assim o pagamento de sua dívida;

"V

$%=%^#8*&’C&80&(#&’()*+,-’).(#
$%=%^%<#)h)+3.(#8kD3&C.(#
#
Títulos emitidos pelo Tesouro Nacional para financiar a dívida pública federal. É
considerado o mais seguro de todos os instrumentos de renda fixa
(considerado risco zero). Mais de 90% dos títulos que compõem os fundos de
investimento mais conservadores (Curto Prazo, DI e Renda Fixa) são títulos
públicos.
Podem ser classificados como Letras ou Notas. Como regra geral as Letras não
pagam cupom (juros periódicos) e as Notas pagam cupom semestral. As NTNs-
B Principal são uma exceção à regra. A tributação dos títulos públicos segue a
regra dos demais instrumentos de renda fixa.

Tesouro Direto – É a plataforma eletrônica que permite Pessoas Físicas e


Jurídicas comprar diretamente títulos públicos através da internet.
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto
$%=%^%<%<# 35)4# 3)’4# ’)’wD4# ’)’wD# 8*&’C&803# -# ’)’w5%#
C0*0C)-*h()&C0(%##
#
3-)*0(#
3)’;#3NTGL#HS#)NMSZGS#’LPISJLX##7)NMSZGS#8GNOI{LHS@#
Título Prefixado, sua remuneração é dada pela diferença entre o preço de
compra e o valor de resgate.
35);#3NTGL#5IJLJPNIGL#HS#)NMSZGS#7)NMSZGS#(NXIP@
Título Pós Fixado, reajustado pela Taxa Selic Over, considerado o menos volátil
(menor risco) dos títulos públicos.
’.)0(#
’)’wD#z#’STLM#HS#)NMSZGS#’LPISJLX#z#(nGIN#D#7)NMSZGS#&8C0#PS
Q#~ZGSM# MNQNMTGLIM@
Título Pós Fixado reajustado pelo IPCA com pagamento de cupom (juros
periódicos) semestral.
’)’wD#8GIJPIRLX 7)NMSZGS#&8C0@
Não pagam cupom, os juros e correção do IPCA são pagos somente no
vencimento.
’)’w5# z# ’STLM# HS# )NMSZGS# ’LPISJLX# z# (nGIN# 5# 7)NMSZGS#
RGNOI{LHS# PSQ# ~ZGSM#MNQNMTGLIM@
Título Prefixado com pagamentos de juros periódicos (cupom) semestrais.

A‘
$%=%^%=#)h)+3.(#8*&10/.(#D0’C2*&.(;##
#
$%=%^%=%<# C-*)&5&C0/.# /-# /-8E(&).# D0’C2*&.# z# C/D# -#
3-)*0(#5&’0’C-&*0(#z#35;#C0*0C)-*h()&C0(##
#
C/D#

Títulos de Renda Fixa, que representam depósito a prazo, emitidos por bancos
comerciais e de Investimento (ou múltiplo). Comprando um CDB o investidor
empresta recursos para o banco, que utiliza esses recursos para fazer
empréstimos com taxas de juros mais elevadas. O maior risco de um CDB é o
risco de crédito, ou seja, o risco do banco “quebrar” e não pagar a sua dívida.
Para compensar o risco, CDBs de bancos menores e mais arriscados
costumam pagar taxas mais elevadas do que os bancos maiores e mais
sólidos. Em caso de insolvência do banco, o Fundo Garantidor de Crédito
(FGC) garante o ressarcimento ao investidor de até R$ 250 mil.
Não existe valor mínimo nem máximo para aplicação em CDB, o valor mínimo
depende da política do banco.
Os CDBs possuem uma data para resgate e sua renovação não é automática.
Alguns CDBs podem ser resgatados antes do vencimento outros só permitem o
resgate no seu vencimento.
Em relação aos prazos são variados, respeitando-se os seguintes prazos
mínimos:
1 dia para CDBs Prefixados, Taxa DI ou Selic.
1 mês para TR
1 ano ou mais para índices de inflação (IPCA e IGPM)
Em relação às regras de tributação, vale a tabela clássica de tributação para
Renda Fixa e possui IOF para aplicações resgatadas entre o 1º e o 29º dia.
#
3NTGLM#5IJLJPNIGLM#
Emitido por banco;
• Prazo Mínimo: 24 meses
• Valor Mínimo: 150 mil (ou 300mil para Letras Subordinadas)
• Cupom: Mínimo 180 dias

A<
$%=%^%=%=# /-8E(&).# t# 8*0b.# C.,# _0*0’)&0# -(8-C&03# 7/8_-@%#
C0*0C)-*h()&C0(##0ZTSG;#-HZLGHS#CLdLXeS

O Depósito a Prazo com Garantia Especial (DPGE) é um título emitido por


instituições financeiras para captação de recursos, conferindo ao seu detentor
um direito de crédito contra o emissor. Este título está elegível à cobertura do
FGC, até o montante de 20 milhões.
Os DPGE’s podem remunerar a taxas prefixadas ou pós-fixadas. O prazo de
resgate é determinado no momento da contratação, mas não pode ser inferior a
6 meses nem superior a 36. Uma característica importante é a de não poder
ser resgatado antecipadamente nem parcialmente.
#
$%=%^%^#)h)+3.(#C.*8.*0)&1.(##
$%=%^%^%<#/-Dc’)+*-(;#C.’C-&).#-#C0*0C)-*h()&C0(##

Títulos de médio e longo prazo emitidos por sociedades anônimas (S.A.) não
financeiras (bancos não podem emitir debêntures). As empresas (de capital
aberto) precisam de autorização da CVM para realizar oferta pública de
debêntures. O documento legal que consta todas as características da
debênture (prazo, forma de remuneração, etc.) chama-se escritura.

As debêntures podem conter cláusulas que dão o direito ao seu detentor de


trocá-las por ações da empresa em determinada data. Esses títulos são
chamados de /N[gJTZGNM#CSJdNGMpdNIM#NQ#0\qNM (DCAs).
Normalmente as debêntures não permitem a conversão em ações, ou seja, são
não conversíveis.
As debêntures podem ter diferentes prazos e formas de remuneração (TR, taxa
DI, IPCA, etc.). As debêntures, conforme a escritura, podem ter os seguintes
tipos de garantia: (abaixo ordenadas das mais forte até a mais fraca)

• *NLX: os direitos do investidor são garantidos por um ativo da empresa,


que não pode ser negociado até que todas as obrigações com os
debenturistas estejam quitadas (limite de 80% do valor do ativo em
garantia);
• 5XZTZLJTN: o debenturista tem privilégios sobre os ativos da empresa,
entretanto não há o impedimento à negociação dos mesmos (limite de
705 do ativo em garantia);

A=
• aZIGSoGLOKGIL: não há garantias ou preferências, concorrendo com
os demais credores da empresa para receber seus direitos (limitado ao
capital social da empresa);
• (Z[SGHIJLHL: possui preferência apenas em relação aos acionistas da
empresa (não há limite).

0oNJTN# 5IHZPIKGIS;# Pessoa Física ou Jurídica cuja função é proteger os


direitos e interesses dos detentores de debêntures (debêntures), fiscalizando
os pagamentos e tomando as providências necessárias para que os
debenturistas recebam seus direitos, podendo inclusive requerer falência da
empresa emissora em caso de não pagamento.
Tributação: Similar aos demais produtos de renda fixa.

/N[gJTZGNM#&JPNJTIdLHLM#
A edição da Lei n 12.431, em 2011, consolidou o estabelecimento de um
regime tributário privilegiado para ativos e instrumentos financeiros destinados
ao financiamento do investimento de longo prazo. Um destes instrumentos
financeiros são as chamadas debêntures incentivadas, também conhecidas
com debêntures de infraestrutura.
Tais debêntures são emitidas por grupo econômico ou SPE (Sociedade de
Propósito Específico) para financiar projetos de investimento na área de
infraestrutura, ou de produção econômica intensiva em pesquisa,
desenvolvimento e inovação (PD&I), considerados prioritários na forma
regulamentada em Decreto do Poder Executivo Federal. Os GNJHIQNJTSM#
LZONGIHSM#RSG#RNMMSL#OpMIPL#fZN#IJdNMTN#JNMTNM#TpTZXSM
#NMTLG]S#IMNJTSM#HN# &*, enquanto que para pessoa jurídica, a alíquota
será de 15%.
Para fazer jus ao incentivo fiscal, tais debêntures devem apresentar as
seguintes características (Artigo 1º da Lei nº 12.431, tal como alterado pela Lei
nº 12.844/13 e Resolução CMN nº 3.947/11):
• *NQZJNGL\]S# RSG# TL{L# HN# ~ZGSM# RGNOI{LHL4#
dIJPZXLHL# L# pJHIPN# HN# RGN\
S#SZ#r#TL{L#GNONGNJPILX#z#)*, vedada a pactuação total ou
parcial de taxa de juros pós-fixada e, cumulativamente:
• 8GLWS#QnHIS#RSJHNGLHS#MZRNGISG#L#$#LJSM, levando em
consideração o prazo de cada fluxo integrante do título, conforme
fórmula constante da art. 1º da Res. CMN nº 3.947/11;
• 1NHL\]S#r#GNPSQRGL#HS#RLRNX#RNXS#NQIMMSG#JSM#=#RGI
QNIGSM#LJSM# LR|M#L#NQIMM]S e à liquidação antecipada por
meio de resgate ou prépagamento, salvo regulamentação do CMN (ver
observações sobre Res. CMN nº 4.476 abaixo);
• Inexistência de compromisso de revenda assumido pelo comprador;
A^
• Prazo de pagamento periódico de rendimentos, se existentes, com
intervalos de no mínimo 180 dias (equivalente no CRI);
• Comprovação de negociação em mercados regulamentados de valores
mobiliários;
• Procedimento simplificado que demonstre o objetivo de alocar os
recursos captados em projetos de investimento, inclusive os voltados à
PD&I. #

$%=%^%^%=#’.)0(#8*.,&((E*&0(##
#
Título privado de financiamento de curto e médio prazo. As Notas Promissórias
(NPs) também conhecidas como 5&)),-(+"%$8"*,-. São consideradas valores
mobiliários, ou seja, regulados pela CVM. Não possui garantia real. Não possui
cupom de juros.

Possui prazo mínimo de 30 dias e máximo de: 180


dias para empresas S.A.de capital fechado; e 360
dias para empresas S.A.de capital aberto.
Não podem ser remuneradas por índices de preço (prazo mínimo precisaria ser
de 1 ano).
Precisa de registro na Cetip.
Tributação similar aos demais produtos de renda fixa, lembrar
que no caso do IR só incidirá as duas primeiras alíquotas (22,5%
e 20%) em função do prazo máximo das NPs.

$%=%^%$# )h)+3.(# /.# (-_,-’).# 0_*hC.30;# Cj/+30# /-# 8*./+).*#


*+*03# z# C8*4# 3-)*0# /-# C*j/&).# /.# 0_*.’-_EC&.# z# 3C04# C-
*)&5&C0/.# /-# /&*-&).(# C*-/&)E*&.(# /.# 0_*.’-_EC&.# z# C/C0# -#
C-*)&5&C0/.#
/-# *-C-Dh1-&(# /.# 0_*.’-_EC&.# z# C*0%#
C0*0C)-*h()&C0(##
#
Cj/+30#/-#8*./+).*#*+*03#z#C8*#
Título de crédito no qual o emitente é um produtor rural ou uma cooperativa
rural que vende antecipadamente sua produção, ou seja, serve para custeio. As
CPRs adquirem valor quando recebem aval de bancos. Possui isenção de
IR para pessoa física.
#
#
##
#

A$
3-)*0#/-#C*j/&).#/.#0_*.’-_EC&.#z#3C0#
As Letras de crédito do agronegócio (LCAs) representam promessas de
pagamentos oriundas de financiamento para produtores rurais. Títulos emitidos
apenas por bancos ou cooperativas de crédito, logo é garantido pelo FGC.
Possui isenção de IR para pessoa física. As características de prazo e
remuneração e risco são similares as das LCIs.
#
#
C-*)&5&C0/.#/-#/&*-&).(#C*-/&)E*&.(#/.#0_*.’-_EC&.#z#C/C0##
Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio. Títulos nominativos de livre
negociação emitidos por cooperativas rurais e PJs, vinculado a direitos
creditórios oriundos do agronegócio. Possui isenção de IR para pessoa física.

C-*)&5&C0/.#/-#*-C-Dh1-&(#/.#0_*.’-_EC&.#z#C*0#
Títulos emitidos por companhias Securitizadoras. O CRA representa direitos
creditórios do agronegócio. Possui isenção de IR para pessoa física. Não
possuem garantia do FGC.#
#
$%=%^%># )h)+3.(# /.# (-_,-’).# &,.D&3&2*&.;# C-*)&5&C0/.# /-# *-
C-Dh1-&(# &,.D&3&2*&.(# z# C*&4# 3-)*0# /-# C*j/&).#
&,.D&3&2*&.# z# 3C&# -# Cj/+30# /-# C*j/&).# &,.D&3&2*&.# z#
CC&%#C0*0C)-*h()&C0(##
#
C*&#
Valor Mobiliário com Lastro em Crédito Imobiliários de Emissão Exclusiva de
Companhias Securitizadoras.
• Registro na CVM (distribuição pública);
• Valor mínimo de Investimento de R$300 mil (Ofertas Públicas);
• Sem Garantia do FGC;
• Pode ter o imóvel como garantia (Alienação Fiduciária ou Hipoteca)
• Isenção do imposto de renda para pessoa física;
Para PJ tributação com o empreendimento financiado (variados), respeitandose
os seguintes prazos mínimos:
1 mês para CRIs corrigidos pela TJLP
36 meses para CRIs corrigidos pela TR ou índices de preço.
#
3C&#
As LCIs são papéis de renda fixa lastreados em crédito imobiliários garantidos
por hipotecas ou por alienação fiduciária de um bem imóvel e que dão aos seus
tomadores, direto de crédito pelo valor nominal, juros e atualização monetária,
se for o caso.
Títulos de renda fixa de baixo risco;

A>
• Emissão exclusiva de instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central,
com carteira de crédito imobiliário;
Título registrado na B3 (EX-CETIP)
• Possui Lastros nos créditos imobiliários, mas não garantia;
• Garantia do emissor e FGC – Fundo Garantidor de Crédito;
• Isenção do imposto de renda para pessoas física;
• Para PJ vale a “tabelinha” de IR renda fixa (22,5% até 15%).
• Prazos mínimo: 90 dias; 12 meses ou 36 meses (quando remuneradas anual
ou mensalmente por índices de preços, respectivamente).
#
$%=%^%!#.8-*09B-(# C.,8*.,&((0/0(%# C.’C-&).# -#
C0*0C)-*h()&C0(##
#
Operações de venda de títulos (públicos e privados como CDBs, LCIs, etc) com
compromisso de recompra com preços e prazos combinados previamente entre
as partes. Uma das partes precisa ser uma instituição financeira habilitada para
realizar esse tipo de operação.
Esta operação reduz o risco do comprador, uma vez que caso o vendedor não
honre com seu compromisso ele terá a posse dos títulos (condição contratual),
por essa razão ele pode praticar uma taxa de juros mais baixa trazendo
vantagem ao vendedor que pode captar recursos a uma taxa mais baixa
usando seus títulos como garantia da operação.

O prazo máximo da operação deve ser compatível com o prazo dos títulos que
lastreiam a transação. As operações devem ser registradas em câmaras de
compensação.
#
$%=%^%"# C0/-*’-)0# /-# 8.+80’90;# 8*&’C&80&(# C0*0C)-
*h()&C0(# -,# )-*,.(# /-# 3&a+&/-b4#
*-’)0D&3&/0/-4#_0*0’)&0(#-#*&(C.(##
#
• Baixa Remuneração;
• Alta Liquidez – Paga os juros no aniversário de 1 mês do depósito.
• Pessoas Físicas são isentas de IR.
• Pessoas Jurídicas sem fins lucrativos também são isentas. Ex.:
Condomínios de Apartamentos
• Investimento Garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Trabalha com duas regras de remuneração:

A!

#
$%=%$# )*&D+)09:.;# &.5# -# &,8.().# /-# *-’/0# (.D*-# 0(#
083&C09B-(#5&’0’C-&*0(#/-#*-’/0#5&60#80*0#8-((.0# 5h(&C0#-
#i+*h/&C04#-6C-).#-,#5+’/.(#/-#&’1-()&,-’).;# 50).#_-
*0/.*u#03ha+.)0(u#8*0b.(u#D0(-#/-#C23C+3.#
-#0_-’)-#*-(8.’(21-3#8-3.#*-C.3v&,-’).%##
#
50).#_-*0/.*#
Pagamento de juros (cupom) ou vencimento do título

#
#
#
8*0b.(#-#03ha+.)0(#
D0(-#/-#C23C+3.#
Rendimento nominal, líquido de IOF, se houver.

0_-’)-#*-(8.’(21-3#8-3.#*-C.3v&,-’).
Pessoa responsável por recolher o imposto de renda para a receita federal. No
caso de renda fixa é a pessoa jurídica que estiver efetuando os pagamentos
dos rendimentos. Ex.: CDB -> O banco emissor; Debêntures -> A empresa
emissora; Título Público -> O governo, etc.

Rendimentos de pessoas físicas (PF) isentos na fonte para os títulos e produtos


de crédito relacionados ao mercado imobiliário e do agronegócio: • LH, CRI,
LCI, CDA, WA, CDCA, LCA, CRA, CPR e caderneta de poupança.
#

A"
$%=%>#5_C#z#5+’/.#_0*0’)&/.*#/-#C*j/&).;#8*./+).(#-# (-*1&9.(# a+-
# 8.((+-,# _0*0’)&0# /.# 5_C4# 3&,&)-(# /-#
C.D-*)+*0#-#.8-*0C&.’03&b09:.#
0ZTSG;#-HZLGHS#CLGdLXeS#

Criado em novembro de 1995, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC), é uma


entidade privada, sem fins lucrativos, destinada a administrar mecanismos de
proteção a titulares de crédito contra instituições financeiras. A busca pela
criação de um sistema de garantia de depósito como o FGC, partiu de uma
tendência mundial iniciada na década de 90, baseada na crescente
preocupação das autoridades com a estabilidade do sistema financeiro.
Portanto, o objetivo do FGC, é RGNMTLG# oLGLJTIL# HN# PGnHITSM#
PSJTGL# IJMTITZI\qNM#HNXN#LMMSPILHLM, nas situações de:
• Decretação da intervenção ou da liquidação extrajudicial de instituição
associada;
• Reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
de instituição associada que, nos termos da legislação em vigor, não
estiver sujeita aos regimes referidos no item anterior.

Integra também o objeto do FGC, consideradas as finalidades de PSJTGI[ZIG#


RLGL# L# QLJZTNJ\]S# HL# NMTL[IXIHLHN# HS# (IMTNQL# 5IJLJPNIGS#
’LPISJLX e RGNdNJ\]S# HN# PGIMN# MIMTgQIPL# [LJPKGIL, a
contratação de operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por
intermédio de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas
controladores.
Para capitalização do fundo, as instituições participantes contribuem,
mensalmente, com o percentual de ‘4‘<=>?# LRXIPLHS# MS[GN# S# TSTLX#
HLM# PSJTLM#PS[NGTLM#pela garantia.
O pagamento é realizado por C85lC’8i e por IJMTITZI\]S# OIJLJPNIGL# SZ#
PSJoXSQNGLHS4 no valor de até *
=>‘#QIX4#XIQITLHS#LS#MLXHS#N{IMTNJTN, e aplicadas as devidas
restrições e normas do fundo.

8GSHZTSM#PS[NGTSM#RNXS#5_C#
Os seguintes créditos são cobertos pela garantia do FGC:
• Depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio
• Depósitos de poupança;
• Depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado (CDB/RDB);
• Depósitos mantidos em contas não movimentáveis por cheques
destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos referentes à

AA
prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares;
• Letras de câmbio (LC);
• Letras imobiliárias;
• Letras hipotecárias (LH);
• Letras de crédito imobiliário (LCI);
• Letras de crédito do agronegócio (LCA);
• Operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após
8 de março de 2012 por empresa ligada.

Além disso, o FGC também oferece cobertura de até * #=‘#QIXeqNM para o


DPGE (Depósito a Prazo com Garantia Especial). Instrumento de captação com
características próprias definidas pela Resolução 4.222 do CMN.
CKXPZXS#HS#1LXSG#HL#CS[NGTZGL#

Conforme já explicitado anteriormente, o total de créditos de cada pessoa


contra a mesma instituição associada, ou contra todas as instituições
associadas do mesmo conglomerado financeiro, será garantido até o valor de
R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais), limitado ao saldo existente.
Entretanto, no caso das PSJTLM PSJ~ZJTLM, o valor da garantia é limitado a
R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais), ou ao saldo da conta quando
inferior a esse limite, HIdIHIHS#RNXS#JmQNGS#HN#TITZXLGNM, sendo o
crédito do valor garantido feito de forma individual. Abaixo, seguem exemplos
de como é feito o cálculo, respeitando primeiramente o limite por conta:

-{NQRXS#<#
• Conta conjunta de 4 (quatro) titulares – A, B, C e D:

ABCD = saldo de R$ 280.000,00


Valor Garantido = R$ 250.000,00/4 = * #!=%>‘‘4‘‘#RLGL#PLHL#TITZXLG.

-{NQRXS#=#
Um cliente (A) com 4 (quatro) contas conjuntas (com B, C, D e E) cada uma
com saldo de R$ 280.000,00:
I. Conta AB = R$ 280.000,00
II. Conta AC = R$ 280.000,00
III. Conta AD = R$ 280.000,00 IV. Conta AE = R$ 280.000,00

- Cálculo do valor da garantia por conta:

AV
# AB = R$ 250.000,00/2 = R$ 125.000,00
CSJT%#- AC = R$ 250.000,00/2 = R$ 125.000,00
{NQRXS#= AD = R$ 250.000,00/2 = R$ 125.000,00
- Cada um AE = R$ 250.000,00/2 = R$ 125.000,00
receberá
#
:
#

0# #* #=>‘%‘‘‘4‘‘#
D# #* #<=>%‘‘‘4‘‘#
C# #* #<=>%‘‘‘4‘‘#
/# #* #<=>%‘‘‘4‘‘#
-# #* #<=>%‘‘‘4‘‘#
.RNGLPISJLXIWL\]S##
Segue o fluxo de operacionalização do pagamento dos créditos cobertos pelo
FGC:
I. O Interventor ou liquidante da Instituição Financeira sob regime especial
(Intervenção ou liquidação) prepara a listagem de credores
consolidando os créditos por CPF ou CNPJ dos beneficiários, com o
valor que cada um deles receberá do FGC, bem como os respectivos
documentos de pagamento (Termos de Cessão);
II. Os pagamentos serão efetuados através de um Banco Pagador
escolhido pelo FGC e serão selecionadas agências de acordo com as
cidades que o credor tiver cadastrado na Instituição Financeira, caso
não exista agencia do banco pagador na cidade, o pagamento será feito
no município mais próximo onde exista uma agencia;
III. O beneficiário assinará, no ato do recebimento de seu crédito, o Termo
de Cessão de Créditos ao FGC, que será enviado, em quatro vias, para
as agências do Banco Pagador (uma se destina ao beneficiário, uma
servirá como comprovante do Banco Pagador, uma ao Banco
Liquidando e uma se destina ao FGC);
IV. O Crédito em conta corrente, poupança ou pagamento em espécie
somente ocorrerá após a assinatura no referido Termo de Cessão, que
é obrigatória; portanto, o beneficiário, em caso de pessoa física ou
representante legal para pessoa jurídica, terá que comparecer
pessoalmente munido de documentos conforme edital ou designar
procurador com poderes específicos. (Para pessoa física permitir-se-á
instrumento particular com firma reconhecida, para pessoa jurídica
deverá ser procuração pública);

V. Não haverá cobrança de tarifas bancárias para o credor na prestação


deste serviço, as tarifas serão por conta do FGC.

V‘

#
$%^#/-*&10)&1.(##
#
Derivativo é um contrato no qual se estabelecem pagamentos futuros, cujo
Montante é calculado com base no valor assumido por uma variável, tal como o
preço de outro ativo (ex.: uma ação ou commodity), a inflação acumulada no
período, a taxa de câmbio, a taxa básica de juros ou qualquer outra variável
dotada de significado econômico. Derivativos recebem esta denominação
porque seu preço de compra e venda deriva do preço de outro ativo,
denominado ativo-objeto.

#
$%^%<# )-*,.4# 5+)+*.(4# ( 08(# -# .89B-(;# C0*0C)-
*h()&C0(# 5.*,0&(# /.(# /-*&10)&1.(4#
5.*,0(#/-#’-_.C&09:.#-#*-_&()*.(u#C+().(#-#
*&(C.(#80*0#.#&’1-()&/.*#
#
)NGQS#
Tipo de derivativo em que comprador e vendedor se comprometem com
compra e venda em uma determinada data futura.
#
8GIJPIRLIM#PLGLPTNGpMTIPLM#HS#PSJTGLTS#L#TNGQS;#
Não há fluxo financeiro no início da operação;
São negociações realizadas fora de bolsa, na maioria;
Liquidação com a entrega física do objeto de negociação ou por diferença de
preços;
Negociado fora da bolsa (balcão), em geral;
Contrato adequado às partes;
Contratos sem padronização;
Posição mantida até o vencimento;
Baixa Liquidez;
Risco de crédito entre as partes.#
#
CSJTGLTS#5ZTZGS#
Derivativo negociado em bolsa com contrato padronizado para compra e venda
em uma data futura.
Principais características dos contratos futuros:
• Contrato padronizado quanto a: quantidade do ativo, tipo, qualidade,
vencimento, etc;
• Liquidação: física ou financeira; V<
• Encerramento antecipado: por meio de operação inversa;
• Preço: Livremente acordado entre as partes, entre um intervalo de preço
permitido pela bolsa;
• Margem de garantia: depósito que deverá se efetuado por ambas as partes
(comprador e vendedor) e pode ser em: dinheiro, carta de fiança, títulos
públicos ou privados;
• Preço de liquidação: igual ao mercado à vista;
• Ajuste diário: ajuste de ganhos e predas entre o preço de fechamento do dia e
o fechamento do dia anterior, isso ocorre em função das oscilação dos preços
futuroso, oresultado do ajuste é repassado diariamente para o cliente (débito
ou crédito);
• Possui alta liquidez.
( 08#

Podemos definir swap como um contrato de derivativo por meio do qual as


partes pactuam uma troca de fluxos de caixa relativos a uma operação em um
determinado período futuro sem que haja troca do principal. Os swaps podem
ser realizados sobre taxas de juros, indexadores, moedas, commodities, ou
outros ativos e derivativos.

5IJLXIHLHN#HS#xM LRy;#é permitir que as partes ajustem o rendimento, ou


o custo de usas operações financeiras às suas necessidades. O “swap”,
portanto, pode ser utilizada pelos investidores como instrumento de “hedge”,
para converter operações prefixadas em pós-fixadas, como, por exemplo, no
caso uma LH que rende TR + 12% ser transformada em uma LH que rende
90% do CDI. O “swap”, no entanto, não restringem a troca de juros. São
também usuais “swaps” de: Troca de moedas - exemplo: R$ por $. Troca de
Taxas de Juros - Exemplo: prefixados por pós-fixado, Troca de Indexadores -
exemplo: IGP-M por CDI.

No momento da contratação do Swap não há trocas de fluxo de caixa entre as


partes. Sempre tem dois componentes um ativo e um passivo. No vencimento
são apuradas as variações nos ativos e passivos de acordo com os respectivos
indexadores sobre o valor de referência (valor nocional). Se o valor do ativo no
vencimento for maior que do que o valor do passivo para uma parte, digamos a
instituição A, esta recebe essa diferença pela outra parte, caso contrário o fluxo
é inverso.

*IMPS#HN#CGnHITS;#risco dadiferença não ser honrada. O principal motivo


para a realização de um Swap está associado à gestão de risco. Por meio do
swap é
V=
possível minimizar o grau de exposição a riscos de mercado, compatibilizando
os prazos, as moedas e os indexadores dos ativos e passivos.

O” swap”, portanto, serve como um instrumento de proteção contra riscos de


mercado, podendo ser utilizado para: • Eliminação do risco de alta da taxa de
juros;
• Melhor casamento entre ativos e passivos;
• Alterar a moeda de um fluxo de rendimento de um ativo;
• Administração de risco de exposição cambial

#
$%^%=#)&8.(# /-# .89B-(# -# *-8*-(-’)09:.#
_*25&C0;#)7!$7.89:.#/-#1-’/0@#-#4"%%$7.89:.#
/-# C.,8*0@%# C.,8*0l1-’/0# /-# )7!4#
C.,8*0l1-’/0# /-# 4"%%%# )&)+30*# -# 30’90/.*%# C+().(#-
#*&(C.(#80*0#.#&’1-()&/.*%##

Opções são PSJTGLTSM#nos quais uma das partes só tem DIRETO


(comprado ou titular) e a outra parte tem só a obrigação (vendedor ou
lançador).

.# CSQRGLHSG# SZ# )ITZXLG# adquire o DIRETO dN# PSQRGLG# SZ#


dNJHNG# HNTNGQIJLHS#LTIdS#L#ZQ#RGN\S#RGNOI{LHS#(preço de
exercício), numa certa data, ou antes, da data do vencimento. Por este direito,
os titulares das opções pagam um RGgQIS# ou preço da opção, que é
negociado entre o titular e o lançador por meio de seus representantes no
pregão da Bolsa.

.# 1NJHNHSG# SZ# 3LJ\LHSG# possui a Obrigação de cSQRGLG# SZ#


dNJHNG# HNTNGQIJLHS# LTIdS# L# ZQ# RGN\S# RGNOI{LHS# (preço de
exercício), se for exercido, numa certa data. Por esta obrigação os lançadores
das opções recebem um RGgQIS#ou preço da opção, que é pago pelo titular
da opção. Abaixo estão alguns conceitos básicos do mercado de opções.
:
)ITZXLG é o proprietário ou comprador da opção, aquele que detém o direito de
comprar ou vender o titular paga um prêmio por esse direito;

3LJ\LHSG É o vendedor da opção, ou seja, aquele que cede o direito ao titular,


devendo comprar ou vender o ativo ao titular, se este o desejar;
V^
CLXX#N#8ZT#
Opção de Compra (CALL):compreende o direito de comprar o ativo por um
determinado preço, se assim desejar o investidor. Opção de Venda (PUT): é o
direito de vender o ativo por um determinado preço, se assim desejar o investidor.
#
0TIdSw.[~NTS#
É o produto que referencia a opção, é a mercadoria ou ativo financeiro objeto do
contrato. Ex: Ação da Petrobrás.
#
8GgQIS#
Corresponde ao preço de negociação da opção definido pelo mercado, ou seja,
é o preço que o titular paga pela opção ao lançador. O prêmio é pago no ato da
negociação sem direito a devolução, caso não haja exercício;
8GN\S#HN#-{NGPpPIS#7(TGI N#8GIPN@#
Refere-se ao valor futura pela qual o ativo será negociado, ou o preço pela qual o
titular pode exercer o seu direito;
#
/LTL#HN#1NJPIQNJTS#
Corresponde ao dia em que a posição pode ser exercida ou que cessam os
direitos do titular de exercer sua opção;
#
1LXSG#&JTGpJMNPS#
É a diferença entre o valor atual do ativo-objeto que está sendo negociado no
mercado a vista e o preço exercício da opção, sendo uma medida intuitiva do seu
valor;
(nGINM#HN#ZQL#SR\]S#
Quando há lançamento de opções, as Bolsas o fazem por séries que
compreendem a fixação do preço de exercício para uma mesma data, sendo
cada série identificada por um código que identifica se a opção é de venda ou
de compra e o mês de vencimento;
#
.R\]S#CS[NGTL#
Quando o Lançador vincula o ativo-objeto como garantia da operação;
.R\]S#/NMPS[NGTL#
Quando o Lançador não efetua o depósito da totalidade do ativo-objeto, ou
seja, ele vende uma opção sem depositar o ativo-objeto que terá que entregar,
caso seja exercida a opção pelo comprador. No caso do ativo objeto ser ações,
o lançador deverá aportar margem por meio de depósito de ativos aceitos em
garantia pela Bolsa.

V$
#
.R\]S#0QNGIPLJL#
Quando permite o exercício do direito em qualquer dia, até o dia do vencimento.
#
.R\]S#-ZGSRNIL#
O exercício somente pode ser exercido no dia do vencimento.

-{NQRXSM;#

Exemplo 1: Um investidor pagou R$ 3,00 de prêmio por uma opção de compra


a R$ 34,50. No dia do exercício, o valor da mesma ação no mercado a vista era
de R$ 38,00. A opção deve ser exercida?
Resposta: Sim, pois ele pode comprar a R$ 34,50, abaixo do preço no mercado
a vista. E qual o ganho com a operação, dado que ele vendeu as ações?
Resposta:
Preço de Venda 38.00
(-)Preço de Exercício 34,50
(-)Prêmio pago 3,00
Resultado da Operação 0,50

Exemplo 2: Um Investidor pagou R$ 3.00 de prêmio por uma opção de compra


a R$ 34,50. No dia do exercício, o valor da mesma ação no mercado a vista era
de R$ 35,00. A opção deve ser exercida?
Resposta: Deve exercer se o investidor apostar na alta do mercado, pois tem
opção de comprar por R$ 34,50, mais barato do que os R$ 3%,00. Como ele já
pagou o prêmio no início da operação, o preço final passou a ser de R$ 37,50
(34,50 + 3,00).
Exemplo 3: Um investidor pagou R$ 3,00 de prêmio por uma opção de compra
a R$ 34,50. No dia do exercício, o valor da mesma ação no mercado a vista era
de R$ 32,00. A opção deve ser exercida?
Resposta: Não, pois o investidor pode comprar o ativo por RR 32,00, mais
barato do que os R$ 34,50. Não exercendo seu direito, o investidor estará
minimizando seu prejuízo que monta em R$ 3,00 (prêmio). Se exercesse, o
preço final ficaria em R$ 37,50 e com prejuízo de R$ 5,50.

#
#
#
#

V>

$%^%^# -5-&).# ’.# 8*c,&.# /0(# .89B-(;# )060# /-# i+*.


(4# )-,8.# 80*0# .# 1-’C&,-’).4#
1.30)&3&/0/-4#8*-9.#/.#0)&1.#.Di-).#-#8*-9.# /-#-6-
*ChC&.##
Fatores Determinantes do prêmio. O modelo de Black & Scholes pressupõe
que o prêmio da CALL é função das seguintes variáveis:
Preço à vista: quanto maior, maior o prêmio;
Preço de exercício: quanto maio, menor o prêmio;
Taxa de Juros: quanto maior, maior o prêmio; Prazo
de vencimento: quanto maior, maior o prêmio;
Volatilidade: quanto maior, maior o prêmio.
#
$%^%$# -()*0)j_&0(# /-# 8*.)-9:.4# 03010’C0_-,#
-#8.(&C&.’0,-’).##
#
As estratégias de proteção (Hedge) consistem em utilizar os derivativos como
forma de diminuir a volatilidade da carteira, normalmente isto é feito através de
uma posição contrária no mercado futuro. Já as estratégias de alavancagem
consistem em utilizar os derivativos para elevar os ganhos através de uma
exposição ao risco superior ao patrimônio, nas operações de alavancagem
existe risco de perdas superiores ao patrimônio, ou seja, o investidor pode
perder e tudo e ainda sair devendo.# #
$%^%># C.’)*0).(# 5+)+*.(# /-# D03C:.# (-,# -’)*-_0#
5h(&C0# 7’/5# z# ’&’$ 03%*532"9%3$
6&2:"20@%#C.’C-&).#
#
’/5#(Non Deliverable Forward), ou Contrato a Termo de Moeda sem Entrega
Fisica é um derivativo operado em mercado de balcão, que tem como objeto a
taxa de câmbio de uma determinada moeda. É uma operação normalmente
utilizada como instrumento de hedge, pois o contratante de um NDF garante
uma taxa de câmbio futura para a moeda base do contrato. No Brasil, as
operações de NDF são contratadas nas mesas de operações dos bancos
comerciais (ligação telefônica) e/ou na internet.

V!

$%^%!# )GI[ZTL\]S;# &.5# N# &QRSMTS# HN# *NJHL#


MS[GN# JLM# SRNGL\
qNM#HN#HNGIdLTIdSM#RLGL#8NMMSL#5pMIPL#N#iZ
GpHIPL;# OLTS# oNGLHSGu# LXpfZSTLMu#
RGLWSMu# [LMN# HN# PKXPZXS# N#
LoNJTN# GNMRSJMKdNX# RNXS# GNPSXeIQNJTS#
0ZTSG;# -HZLGHS#
CLGdLXeS#
#
5ZTZGSM#
• 5LTS#_NGLHSG: é a obtenção de ganho de capital no encerramento da
posição, antecipadamente ou no vencimento do contrato.
• DLMN#HN#CKXPZXS: resultado positivo da soma algébrica dos ajustes
recebidos entre a data de abertura e o encerramento da posição.
• 0XpfZSTL: 15% sobre o ganho líquido. (20% em 3"9$!-"3,).
• &**5: 0,005% sobre o resultado positivo da soma dos ajustes diários,
apurados na liquidação dos contratos (1% no 3"9$!-"3,).
• *NPSXeIQNJTS: é o próprio contribuinte, via DARF, até o último dia útil
do mês subsequente. (IRRF recolhido pela corretora)
• CSQRNJML\]S#HN#8NGHLM: regra geral do mercado de renda
variável.
#
.R\qNM#
• 5LTS#_NGLHSG: é a obtenção de ganho de capital.
• DLMN#HN#CKXPZXS: diferença positiva apurada na negociação
desses ativos ou no exercício da opção.
• 0XpfZSTL: 15% sobre o ganho líquido. (20% em 3"9$!-"3,).
• &**5: 0,005% sobre o valor positivo da soma dos prêmios pagos e
recebidos no mesmo dia. (1% no 3"9$!-"3,)
• *NPSXeIQNJTS: é o próprio contribuinte, via DARF, até o último dia útil
do mês subsequente. (IRRF recolhido pela corretora)
• CSQRNJML\]S#HN#8NGHLM: regra geral do mercado de renda
variável.
#
CKXPZXS#HS#IQRSMTS#HNdIHS#

1. Na negociação da opção: sobre o resultado positivo apurado nos


encerramentos de opções da mesma série 2. Nas operações de exercício:
2.1. Titular da Opção de Compra: pela diferença positiva entre o valor da venda
à vista do ativo na data do exercício da opção e o preço de exercício, acrescido
do valor do prêmio.
2.2. Lançador da Opção de Compra: Pela diferença positiva entre o preço de
exercício da opção, acrescido do valor do prêmio, e o custo de aquisição do
ativo objeto do exercício.

V"
2.3. Titular da Opção de Venda: Pela diferença positiva entre o preço de
exercício da opção e o valor da compra à vista do ativo, acrescido do valor do
prêmio.
2.4. Lançador da Opção de Venda: Pela diferença positiva entre o preço à vista
do ativo na data do exercício, acrescido do valor prêmio, e o preço de exercício
da opção.
Obs: não ocorrendo a venda à vista do ativo na data de exercício da opção, o
ativo terá como custo de aquisição o preço de exercício da opção, acrescido ou
deduzido do valor do prêmio.
Obs2: não havendo encerramento ou exercício da opção, o valor do prêmio
constituirá ganho para o lançador e perda para o titular, na data de vencimento
da opção.
CSJTGLTSM#L#)NGQS#
#
• 5LTS#oNGLHSG: auferir ganho líquido na negociação/liquidação de
contratos a termo.
• DLMN#HN#CKXPZXS;#
• CSQRGLHSG: diferença positiva entre o valor da venda à vista do ativo
na data da liquidação do contrato a termo e o preço nele estabelecido.
Caso não efetue a venda à vista, o custo de aquisição é igual ao preço
de compra a termo;
#
CSJTGLTSM#HN#( LR#
#
Os contratos de :;"*.$são tratados, para fins tributários, como renda fixa,
seguindo a tabela regressiva. Entretanto sua alíquota de IOF é zero.

$%^%!
%<#CSQRNJML\]S#HN#RNGHLM#JS#RLoLQNJTS#HN#
&*##
0ZTSG;#-HZLGHS#CLGdLXeS#

No mercado de renda variável e derivativos (exceto Swap), as perdas incorridas


poderão ser compensadas com ganhos líquidos de qualquer outra operação
(inclusive nos mercados de liquidação futura – futuro, termo e opções) no
próprio mês ou meses subsequentes. O imposto retido na fonte poderá ser
deduzido do imposto apurado no mês ou nos meses subsequentes. Caso não
seja compensado durante o ano fiscal, poderá ser recuperado na declaração de
ajuste anual da pessoa física.

Importante: LM# RNGHLM# GNLXIWLHLM# PSQ# SRNGL\qNM# HN#


;<=$ .><;?$ MSQNJTN#
RSHNQ#MNG#PSQRNJMLHLM#NQ#oLJeSM#NQ#SZTGLM#SRNGL\
qNM#HN#;<=$.><;?<$

VA
Assim como, as operações “comuns” (não 3"9$!-"3,) também só podem ser
compensadas entre si.
Swap - há a possibilidade de compensação de perdas apenas para pessoa
jurídica cuja contabilidade é realizada pelo lucro real, desde que o contrato
tenha sido registrado na BM&FBovespa ou CETIP. As perdas são lançadas na
contabilidade da empresas como despesas financeiras.

$%$# C-*)&5&C0/.# /-# .8-*09B-(# -()*+)


+*0/0(#z#C.-##
0ZTSG;#-HZLGHS#CLGdLXeS#
$%$%<#/-5&’&9:.#-#5&’03&/0/-##
#
O Certificado de Operações Estruturadas (COE) é um instrumento de captação
bancária, único e indivisível. É um novo tipo de investimento no mercado
brasileiro, inovador e flexível, que mescla elementos de Renda Fixa e Renda
Variável. Pode-se dizer que é a versão brasileira das Notas Estruturadas, muito
populares na Europa e nos Estados Unidos.
O COE tem como finalidade ser uma
LXTNGJLTIdL#HN#PLRTL\]S#HN#GNPZGMSM# RLGL#SM#[LJPSM, ao
mesmo tempo em que proporciona diversificação para os investidores,
RSMMI[IXITLJHS#LPNMMS#L#JSdSM#QNGPLHSM#N#JSdLM#NMTGLTno
ILM, com menor custo e mais eficiência em relação a adquirir diversos ativos
separados. São instrumentos que apresentam vencimento; valor mínimo de
aporte; indexador e cenários de ganhos e perdas definidos no momento de sua
estruturação e destinado a diferentes perfis de investidor.
Os certificados podem ser referenciados em índices de preço, de títulos de
dívida, de valores mobiliários, taxas de juro ou de câmbio e em outros ativos
subjacentes, incluindo índices de ativos negociados no exterior. Sua
rentabilidade segue o retorno dos ativos e índices citados desde que haja série
regularmente calculada e objeto de divulgação pública.
É importante ressaltar que ao investir neste tipo de operação, o investidor está
correndo risco de crédito do emissor,
MNQ#L#PS[NGTZGL#HS#5ZJHS#_LGLJTIHSG# HN#CGnHITS#75_C@.
Para fins tributários, o COE segue as mesmas regras das aplicações em renda
fixa, incidindo IOF e IR, conforme as respectivas tabelas regressivas, sobre o
rendimento auferido na operação.
O COE é dividido em quatro grandes famílias. A combinação de
funcionalidades e regras de remuneração disponíveis em cada uma dessas
estruturas geram centenas de diferentes estratégias, que estão divididas assim:
VV
• HIoITLX: a remuneração depende da observação de regras
estabelecidas para o preço do ativo subjacente, quando são definidos
um ou mais intervalos de preços para o ativo-objeto e, de acordo com o
intervalo atingido, será acionada a regra de remuneração
preestabelecida;
• HZRXS#IJHN{LHSG: a remuneração é dada por um de dois
indexadores, de acordo com a regra de comparação entre eles, podendo
ser o maior ou o menor dos dois;
• RLGTIPIRL\]S: a remuneração replica a compra ou a venda de um ativo
subjacente, pois o proprietário do COE recebe a participação sobre o
desempenho positivo e/ou negativo desse ativo em relação a um preço
de exercício estabelecido; e
• dSXLTIXIHLHN: a remuneração replica a compra e a venda simultâneas
de opções de compra (call) e de venda (put) para o proprietário, que
receberá participação sobre o desempenho positivo ou negativo desse
ativo em relação ao preço de exercício estabelecido no momento do
registro em um cenário de alta ou baixa volatilidade

$%$%=#,./03&/0/-(;#103.*#’.,&’03#8*.)-_&/.#-#103.*#
’.,&’03#-,#*&(C.%#C.’C-&).##
#
Segundo a norma, a emissão desse instrumento poderá ser feita em duas
modalidades:
• com 1LXSG#’SQIJLX#8GSTNoIHS#71’8@; investimento cujo valor total
dos pagamentos mínimos previstos ao investidor é igual ou superior ao
investimento inicial (RGSTN\]S#HS#dLXSG#RGIJPIRLX#IJdNMTIHS);
ou

• com 1LXSG#’SQIJLX#NQ#*IMPS#71’*@; investimento cujo valor total


dos pagamentos mínimos previstos ao investidor é igual ou superior a
uma parcela previamente definida do investimento inicial
(RSMMI[IXIHLHN#HN#
RNGHL4#XIQITLHL#LS#PLRITLX#IJdNMTIHS).

Nos dois casos deve ser observada a regra de suitability, ou seja, o


investimento deve ser adequado ao perfil do investidor.
Assim, investidores mais conservadores, que antes receavam acessar algum
mercado específico, têm a possibilidade de alcançar uma remuneração
diferenciada, estabelecendo um limite de perda no investimento. Investidores
mais arrojados têm a oportunidade de investir em operações com algum grau
de risco, porém com estratégias e cenários mais nítidos, que teriam dificuldade
de construir sozinhos.
#

<‘‘
$%$%^#/&()*&D+&9:.#1&0#.5-*)0#8kD3&C0;#&’()*+9:.#C1,# >!V#
C08%# &&u# /.C+,-’).# /-# &’5.*,09B-(# -((-’C&0&(#
C08%#&&&u#,0)-*&03#8+D3&C&)2*&.#C08%#&1##
#
.ONGTL#8m[XIPL#HN#/IMTGI[ZI\]S#HN#C.-#7CLR%#&&@#
Art. 2º A oferta pública de distribuição de COE realizada nos termos desta
Instrução OIPL# HIMRNJMLHL# HN# GNoIMTGS# JL# C1,# N# MNGK#
GNLXIWLHL# RSG# IJMTITZI\qNM# IJTNGQNHIKGILM# eL[IXITLHLM# L#
LTZLG# PSQS# IJTNoGLJTNM# HS# MIMTNQL#HN#HIMTGI[ZI\]S de valores
mobiliários.
Art. 3º A
IJMTITZI\]S#IJTNGQNHIKGIL4#SZ#S#NQIMMSG#LTZLJHS#JNMTL#PSJHI\]
S nos termos do parágrafo único do art. 2º, HNdN:
I – NJTGNoLG#LS#IJdNMTIHSG#S#/SPZQNJTS#HN#&JOSGQL\
qNM#-MMNJPILIM#z#/&-4#
HN#fZN#TGLTL#S#CLRpTZXS#&&&4#LJTNM#HL#LfZIMI\]S#HS#C.-; e
II –
QLJTNG#ZQ#TNGQS#HN#LHNM]S#N#PIgJPIL#HN#GIMPS4#HLTLHS#N#L
MMIJLHS#RNXS# TITZXLG, com a seguinte redação: “Recebi um exemplar do
Documento de Informações Essenciais – DIE previamente à aquisição do COE
e tomei conhecimento do seu funcionamento e riscos”.
§ 1º O disposto nos incisos I e II do caput RSHN# MNG# LTNJHIHS com a
disponibilização do DIE e a manifestação do titular, ambos RSG# QNIS#
NXNTGYJIPS.
§ 2º As S[GIoL\qNM#HS#PLRZT#OIPLQ#HIMRNJMLHLM#fZLJHS:
I – o adquirente do COE for IJdNMTIHSG#RGSOIMMISJLX; ou
II – o COE for
JNoSPILHS#NQ#MIMTNQL#PNJTGLXIWLHS#N#QZXTIXLTNGLX#QLJTIH
S# RSG#NJTIHLHN#LHQIJIMTGLHSGL de mercado organizado.

/SPZQNJTS#HN#&JOSGQL\qNM#-MMNJPILIM#z#/&-#7CLR%#&&&@#
Art. 5º O NQIMMSG#HNdN#NXL[SGLG#ZQ#/SPZQNJTS#HN#&JOSGQL\
qNM#-MMNJPILIM# z#/&-
4#HN#OSGQL#L#RNGQITIG#LS#IJdNMTIHSG#L#LQRXL#PSQRGNNJM]S#
MS[GN#S# OZJPISJLQNJTS#HS#C.-, seus fluxos de pagamentos e os riscos
incorridos.
Art. 6º O DIE deve:
I – conter IJOSGQL\qNM# dNGHLHNIGLM4# PSQRXNTLM4#
PSJMIMTNJTNM e que não induzam o investidor a erro;
II – ser escrito em
XIJoZLoNQ#MIQRXNM4#PXLGL4#S[~NTIdL4#PSJPIML#N#LHNfZLHL#a
sua natureza e complexidade; e
III – ser útil à avaliação de investir no COE.
Art. 7º O /&-#HNdN#LRGNMNJTLG#SM#MNoZIJTNM#ITNJM:
I – JSQN# HS# NQIMMSG# N# MNZ número do Cadastro Nacional de
Pessoas Jurídicas – C’8i;
II – aviso de que o recebimento dos montantes devidos ao investidor
NMTK# MZ~NITS#LS#GIMPS#HN#PGnHITS#HS#NQIMMSG#do certificado;

<‘<
DOCUMENTO DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS ANTES DE APLICAR
NESTE CERTIFICADO DE OPERAÇÕES ESTRUTURADAS”;
Art. 9º Caso o material publicitário do COE contenha cenários,
J]S#RSHNGK#MNG# HLHS#HNMTLfZN#LS#QNXeSG#PNJKGIS em
detrimento dos outros cenários.
Art. 11. As QNJ\qNM# L# GNJTL[IXIHLHNM4# IJPXZMIdN# JS# /&-, devem
sempre incluir as correspondentes
TL{LM#NONTIdLM#N{RGNMMLM#NQ#RNGPNJTZLX#LS#LJS, com igual
destaque.
Art. 12. Toda informação divulgada por qualquer meio, inclusive o DIE, na qual
seja incluída GNONGgJPIL#r#GNJTL[IXIHLHN#RLMMLHL de um COE,
deve:
I – LRGNMNJTLG# oGKOIPS# PSQ# L# NdSXZ\]S# HS#
HNMNQRNJeS# LZONGIHS no momento do vencimento, apurado diariamente,
de certificados idênticos ao COE sendo ofertado que tenham vencido em um
intervalo no mínimo idêntico ao da duração do COE e cuja data final seja, no
QK{IQS4#^‘#7TGIJTL@#HILM# LJTNGISG#r#HLTL#HN#NQIMM]S;
II – quando a referência for à evolução de preço dos ativos subjacentes do
COE, incluir advertência, em destaque, com a seguinte redação: “-MTNM#
dLXSGNM# M]S# QNGLQNJTN# IXZMTGLTIdSM# N# J]S#
GNRGNMNJTLQ# S# HNMNQRNJeS# RLMMLHS#HS#C.-”;
III – incluir advertência em destaque com a seguinte redação: “A menção a
GNJTL[IXIHLHNM#RLMMLHLM#J]S#n#oLGLJTIL#HN#GNJTL[IXIHLHN#OZ
TZGL”; #
#
$%$%$# )*&D+)09:.;# &.5# -# &,8.().# /-# *-’/0# (.D*-# 0(#
083&C09B-(# -,# C.-# 80*0# 8-((.0# 5h(&C0# -# i+*h/&C0;# 50).#_-
*0/.*u#03ha+.)0(u#8*0b.(u#D0(-#/-#C23C+3.#
-#0_-’)-#*-(8.’(21-3#8-3.#*-C.3v&,-’).#

Os COE’s possuem a mesma tributação dos instrumentos de renda fixa,


portanto o IR incide sobre rendimentos positivos, e alíquota varia conforme o
prazo da aplicação (tabela regressiva). O recolhimento do imposto, da mesma
forma que na renda fixa, é de responsabilidade da fonte pagadora. Em relação
ao IOF, a tributação também é idêntica à de renda fixa.
#
#
#
#
#
#
#

<‘^

$%>#’NoSPIL\]S4#3IfZIHL\]S#N#CZMT|HIL#
#
Sistemas eletrônicos que processam o registro, a custódia e a liquidação
financeira de operações, garantindo mais segurança, velocidade e
transparência nos negócios com ativos financeiros. No passado os títulos
(ações, debêntures, etc.) eram físicos e ao portador, logo quem estivesse com
os títulos em mãos era o seu dono, com o passar do tempo os títulos passaram
a ser escriturados eletronicamente e nominativos, ou seja, passaram a deixar
de existir em papel e são registrados no nome do seu proprietário
(nominativos), assim as 5%,"-+’#. (câmaras de compensação, liquidação e
custódia) passaram a ser o local de registro e guarda (custódia) desses títulos,
acumulando também outras funções

#
$%>%<# (&()-,0# -(8-C&03# /-# 3&a+&/09:.# -# /-#
C+()E/&0#z#(-3&C##

Sistema de registro e custódia de Títulos Públicos Federais. Principais Títulos


Negociados: LFT, LTN, NTN-B, NTN-B Principal e NTN-F.

$%>%=# C},0*0(# /-# 3&a+&/09:.4# C.,8-’(09:.# -#


C+()E/&0# /0# D^# (l0# 7C},0*0# D, 5D.1-(80@;#
C.’C-&).(4# 5+’9B-(4# 8*&’C&80&(# )h)+3.(# -# .8-*09B-(#
C+()./&0/0(4# _0*0’)&0(# -#
D-’-5hC&.(#80*0#.#&’1-()&/.*#
##
Em 2017 a BM&FBovespa se juntou com a CETIP e formou a B3 Brasil, Bolsa,
Balcão), a maior bolsa de valores da América do Sul. A BMF&Bovespa, por sua
vez, já era a fusão da BM&F, uma bolsa de mercadorias e futuros, com a
BOVESPA, uma bolsa de ações e outros ativos, enquanto que a CETIP se
destacava como a clearing dos títulos privados (CDB, RDB, LF, CDI, LCA, LCI,
Debêntures, etc).

O resultado foi uma bolsa de valores com uma grande câmara de


compensação e custódia que engloba quase a totalidade dos derivativos
nacionais, ações, títulos bancários, debêntures e câmbio. Atualmente as
câmaras de compensação não estão unificadas, por exemplo: o registro das
ações da antiga BM&FBovespa é escriturado em uma câmara enquanto que a
o registro dos CDBs é realizado na CETIP.

<‘$

Um dos grandes benefícios das (%,"-+’#.$é reduzir o risco de contraparte das


negociações com títulos, em outras palavras, quando o comprador paga por
um título a (%,"-+’# garante a compra na data correta, mesmo que o vendedor
porventura não entregue, e o mesmo ocorre com o vendedor: quando ele
vende seu título a (%,"-+’# garante o pagamento na data correta, mesmo que
eventualmente o comprador não pague. Assim as câmaras de compensação,
liquidação e custódia mitigam o risco de liquidação e garantem liquidez para os
participantes de mercado.

$%>%^# (&()-,0# /-# 80_0,-’).# D*0(&3-&*.# z# (8D%#


C.’C-&).#-#5&’03&/0/-#
#
Conjunto de regras, procedimentos, instrumentos e operações que são
utilizados para pagamentos e transferência de recursos entre os diversos
agentes econômicos. O SPB foi reformulado em 2002, quando a maior parte
das transações financeiras de valor mais elevado passou a ser realizadas em
tempo real.

Neste ano foi criada a Transferência Eletrônica Disponível (TED), sistema de


transferência de recursos entre diferentes instituições financeiras =&’%+’,><!
Desde então, a forma já existente de transferência de recursos, Documento de
Crédito (DOC), ficou limitada ao valor de R$ 4.999,99. Qualquer transferência
acima deste valor, obrigatoriamente deve ser realizada via TED.!
O principal objetivo dessas mudanças foi reduzir o risco sistêmico, causado
pela quebra em cadeia das instituições financeiras por falta de liquidez no
momento dos pagamentos.

<‘>

$%!#.5-*)0(#8kD3&C0(#/-#103.*-(# ,.D&3&2*&.(##
#
$%!%<#8*&’C&80&(#&’()&)+&9B-(;#5+’9B-(#-#
8*&’C&80&(#C0*0C)-*h()&C0(##
#
$%!%<%<#D0’C.#C..*/-’0/.*##

Banco contratado para realizar a oferta pública (ações, debêntures, etc.). Pode
ser um banco de investimento (ou múltiplo com carteira de investimento, uma
CTVM ou uma DTVM. Responsável por elaborar toda a documentação de uma
oferta pública.
#
$%!%<%<%<#*-_&,-#/-#/&()*&D+&9:.#)&8.(#/-#C.3.C09:.#7.5-*)0#
C.,#_0*0’)&0#5&*,-#-#,-3v.*-(#-(5.*9.(@u#
*-(8.’(0D&3&/0/-(%##
#
CSXSPL\]S# 7+JHN GITIJo@# HN# _LGLJTIL# 5IGQN# – O Banco
coordenador compromete- se a adquirir as ações que são colocadas no
mercado, assumindo o risco de não conseguir vendê-las posteriormente.

CSXSPL\]S7#+JHN GITIJo@#HN#,NXeSGNM#-MOSG\
SM#7[NMT#NOOSGTM@#– O banco coordenador se esforça para vender as
ações no mercado, mas não assume o risco de não vendê-las, que é da
empresa emissora.
#
$%!%<%=#0_c’C&0#/-#*0)&’_##

Empresa de Classificação de Risco que atribui uma nota (Formato Americano:


AAA, AA, A, BBB, etc.) para o risco de crédito da oferta pública. A nota
atribuída pela agência de classificação de risco não é uma recomendação de
compra ou venda, representa apenas o julgamento imparcial sobre a
capacidade do emissor honrar seus pagamentos.
Os ratings devem ser refeitos sempre que houver um novo lançamento,
anualmente ou ainda sempre que houver mudanças significativas. Exemplos de
empresas de Rating: Stand and Poors, Fitch, Moody´s.
#
#
#
#
#

<‘!
$%!%<%^#0_-’)-#5&/+C&2*&.##
#
Segundo a IN 28 da CVM, o agente fiduciário tem a função de proteger os
interesses dos debenturistas podendo requerer falência em caso de
inadimplemento da empresa emitente, executar garantias reais, verificar a
veracidade das informações contidas na escritura, enfim, tomar qualquer
medida necessária para que os debenturistas realizem os seus créditos.#
#
$%!%<%$#D0’C.#-(C*&)+*0/.*#-#,0’/0)2*&.##
#
-MPGITZGLHSG#
O escriturador que tem por objetivo manter atualizada a escrituração das
debêntures em nome dos respectivos titulares, os debenturistas. A atividade de
escriturador é exercida, normalmente, pela companhia emissora ou por uma
instituição financeira por ela contratada para prestar esses serviços.
#
,LJHLTKGIS#
A função de Banco Mandatário pode ser desempenhada por banco comercial
ou múltiplo que tenha carteira comercial com conta “Reservas Bancárias” junto
no Banco Central do Brasil. Indicado pela companhia emissora, é responsável
pela confirmação financeira de todos os pagamentos e movimentações
realizados pelo emissor
#
$%!%<%>#D0’C.#3&a+&/0’)-##

O Banco Liquidante é a instituição financeira responsável, como o próprio nome


diz, por prestar serviços de liquidação financeira das operações registradas no
SDT (Sistema de Distribuição de Títulos) e no SND (Sistema Nacional de
Debêntures), bem como pelo pagamento das taxas relativas ao uso do SND.
Para tanto, o Banco Liquidante tem conta “Reservas Bancárias”, em espécie,
no Banco Central do Brasil. Os procedimentos de liquidação financeira de
debêntures têm por objetivo assegurar a finalização das operações. Ou seja,
assegurar que o vendedor tem os títulos para vender e que o comprador tem os
devidos recursos para comprá-los.
#
$%!%<%!#/-8.(&)2*&.##

A Instituição depositária é a instituição ou entidade que presta os serviços de:


• Registro de debêntures escriturais;
• Custódia de valores mobiliários; •
Agente emissor de certificados.

<‘"
Essas atividades são obrigatórias em um processo de emissão de debêntures
e dependem de autorização da CVM. Podem-se habilitar para exercer essas
atividades os bancos comerciais e de investimento, as sociedades corretoras e
distribuidoras e as Bolsas de Valores, desde que comprovem possuir
condições técnicas, operacionais e econômico-financeiras adequadas.
A instituição autorizada a prestar esses serviços deve empenhar-se para que
todas as etapas da emissão e substituição de certificados, de transferências e
averbações nos livros sejam praticadas no menor prazo possível.
#
$%!%<%"#C+()./&0’)-##
#
Pessoa Jurídica credenciada na CVM para prestar o serviço de custódia que
contempla a guarda dos ativos.
#
$%!%<%A# 5+’9:.# /.# 5.*,0/.*# /-# ,-*C0/.# 7@"2A3!$
@"A32@#-#,-C0’&(,.#/-#-()0D&3&b09:.#/-#8*-9.(##

Agente de liquidez, facilitador de liquidez, promotor de negócios, especialista,


market maker e liquidity provider são algumas designações atribuídas àqueles
que se propõem a garantir liquidez mínima e referência de preço para ativos
previamente credenciados, fatores de destaque na análise da eficiência no
mercado de capitais.

Na BM&FBOVESPA, o papel de Formador de Mercado pode ser


desempenhado por corretoras, distribuidoras de valores, bancos de
investimento ou bancos múltiplos com carteira de investimentos, que, ao se
credenciarem para exercer essa função, assumem a obrigação de colocar no
mercado, diariamente, ofertas firmes de compra e de venda para uma
quantidade de ativos predeterminada e conhecida por todos.
Ao registrar ofertas, o Formador de Mercado proporciona um preço de
referência para a negociação do ativo. E essa é uma tarefa importante porque
envolve prévio conhecimento da empresa, atualização constante sobre suas
condições econômico-financeiras, acompanhamento do valor de seus ativos e
também de perspectivas no longo prazo, fatores essenciais para o
estabelecimento de um preço justo, resultado de um extenso trabalho de
relacionamento e análise.#
#
#
#
#
#
#

<‘A
IV - a utilização de publicidade, oral ou escrita, cartas, anúncios, avisos,
especialmente através de meios de comunicação de massa ou eletrônicos
(páginas ou documentos na rede mundial ou outras redes abertas de
computadores e correio eletrônico), entendendo-se como tal qualquer forma de
comunicação dirigida ao público em geral com o fim de promover, diretamente
ou através de terceiros que atuem por conta do ofertante ou da emissora, a
subscrição ou alienação de valores mobiliários.
§ 2º A distribuição pública de valores mobiliários somente pode ser
efetuada com intermediação das instituições integrantes do sistema de
distribuição de valores mobiliários (“Instituições Intermediárias”), ressalvadas as
hipóteses de dispensa específica deste requisito, concedidas nos termos do art.
4º.
$%!%=%<%$#-5-&).(#/0#(+(8-’(:.#.+#/.#C0’C-30,-’).#/0#.5-*)0#
70*)%#=‘ @##
#
Art. 20. O ofertante deverá dar conhecimento da suspensão ou do
cancelamento aos investidores que já tenham aceitado a oferta, facultandolhes,
na hipótese de suspensão, a possibilidade de revogar a aceitação até o quinto
dia útil posterior ao recebimento da respectiva comunicação.
Parágrafo único. Terão direito à restituição integral dos valores, bens ou
direitos dados em contrapartida aos valores mobiliários ofertados, na forma e
condições do Prospecto:
I - Todos os investidores que já tenham aceitado a oferta, na hipótese de
seu cancelamento; e
II- Os investidores que tenham revogado a sua aceitação, na hipótese de
suspensão, conforme previsto no caput.
#
$%!%=%<%>#C.’)-k/.#/0#.5-*)0#70*)%#=< u#0*)%#== u#0*)%#=^ 4#C08+)4#
< 4# = @##
#
Art. 21. As ofertas públicas de distribuição deverão ser realizadas em
condições que assegurem tratamento eqüitativo aos destinatários e aceitantes
das ofertas, permitida a concessão de prioridade aos antigos acionistas, sem
prejuízo do disposto nos arts. 23 e 33, § 3º.
Art. 22. A oferta deverá ser irrevogável, mas poderá ser sujeita a
condições que correspondam a um interesse legítimo do ofertante, que não
afetem o funcionamento normal do mercado e cujo implemento não dependa
de atuação direta ou indireta do ofertante ou de pessoas a ele vinculadas.
<<‘
Art. 23. O preço da oferta é único, mas a CVM poderá autorizar, em
operações específicas, a possibilidade de preços e condições diversos
consoante tipo, espécie, classe e quantidade de valores mobiliários ou de
destinatários, fixados em termos objetivos e em função de interesses legítimos
do ofertante, admitido ágio ou deságio em função das condições do mercado.
§1º O ofertante poderá estabelecer que o preço e, tratando-se de valores
mobiliários representativos de dívida, também a taxa de juros, sejam
determinados no dia da apuração do resultado da coleta de intenções de
investimento, desde que sejam indicados os critérios objetivos que presidem à
sua fixação no Prospecto Preliminar e no aviso a que se refere o art. 53.
§2º Caso se utilize da faculdade prevista no § 1º, o preço e a taxa de
juros definitivos deverão ser divulgados ao público nos mesmos termos do
Anúncio de Início de Distribuição e do Prospecto, e comunicados à CVM e à
bolsa de valores ou mercado de balcão onde são negociados os valores
mobiliários da emissora no próprio dia em que forem fixados.
#
$%!%=%<%!#3.)-#(+83-,-’)0*#-#3.)-#0/&C&.’03#70*)%#=$ @##

Art. 24. O ofertante poderá outorgar à instituição intermediária opção de


distribuição de lote suplementar, que preveja a possibilidade de, caso a procura
dos valores mobiliários objeto de oferta pública de distribuição assim justifique,
ser aumentada a quantidade de valores a distribuir junto ao público, nas
mesmas condições e preço dos valores mobiliários inicialmente ofertados, até
um montante pré-determinado que constará obrigatoriamente do Prospecto e
que não poderá ultrapassar a 15% da quantidade inicialmente ofertada.
Parágrafo Único. A instituição intermediária deverá informar à CVM, até o dia
posterior ao do exercício da opção de distribuição de lote suplementar, a data
do respectivo exercício e a quantidade de valores mobiliários envolvidos.
#
$%!%=%<%"#-5-&).(#/0#*-1._09:.#-#/0#,./&5&C09:.#/0#.5-*)0#
70*)(%#=! #-#=" @##
#
Art. 26. A revogação torna ineficazes a oferta e os atos de aceitação
anteriores ou posteriores, devendo ser restituídos integralmente aos aceitantes
os valores, bens ou direitos dados em contrapartida aos valores mobiliários
ofertados, na forma e condições previstas no Prospecto.
Art. 27. A modificação deverá ser divulgada imediatamente através de
meios ao menos iguais aos utilizados para a divulgação do Anúncio de Início de
Distribuição e as entidades integrantes do consórcio de distribuição deverão
<<<
se acautelar e se certificar, no momento do recebimento das aceitações da
oferta, de que o manifestante está ciente de que a oferta original foi alterada e
de que tem conhecimento das novas condições.
Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput, os investidores que já
tiverem aderido à oferta deverão ser comunicados diretamente a respeito da
modificação efetuada, para que confirmem, no prazo de 5 (cinco) dias úteis do
recebimento da comunicação, o interesse em manter a declaração de
aceitação, presumida a manutenção em caso de silêncio
#
$%!%=%<%A#*-1._09:.#/0#0C-&)09:.#70*)%#=A @##

Art. 28. A aceitação da oferta somente poderá ser revogada pelos


investidores se tal hipótese estiver expressamente prevista no Prospecto, na
forma e condições ali definidas, ressalvadas as hipóteses previstas nos
parágrafos únicos dos arts. 20 e 27, as quais são inafastáveis.
#
$%!%=%<%V#/&()*&D+&9:.#80*C&03#70*)%#^‘ @#
#
Art. 30. O ato societário que deliberar sobre a oferta pública deverá dispor
sobre o tratamento a ser dado no caso de não haver a distribuição total dos
valores mobiliários previstos para a oferta pública ou a captação do montante
total previsto para a oferta pública, tendo como referência a deliberação que
fixar a quantidade final de valores mobiliários a serem ofertados ou o montante
final a ser captado com a oferta pública, especificando, se for o caso, a
quantidade mínima de valores mobiliários ou o montante mínimo de recursos
para os quais será mantida a oferta pública.
#
$%!%=%<%<‘#&’()&)+&9B-(#&’)-*,-/&2*&0(#70*)%#^^ @##

Art. 33. O relacionamento do ofertante com as Instituições Intermediárias


deverá ser formalizado mediante contrato de distribuição de valores mobiliários,
que conterá obrigatoriamente as cláusulas constantes do Anexo VI.
§1º O contrato de distribuição deverá ter explícitas todas as formas de
remuneração devidas pelo ofertante, bem como toda e qualquer outra
remuneração ainda que indireta, devendo dele constar a política de desconto
e/ou repasse concedido aos investidores, se for o caso, suportado pelas
Instituições Intermediárias.
#
#

<<=
$%!%=%<%<<#.D*&_09B-(#/.#3h/-*#70*)%#^" @##
#
Art. 37. Ao líder da distribuição cabem as seguintes obrigações:
I - Avaliar, em conjunto com o ofertante, a viabilidade da distribuição, suas
condições e o tipo de contrato de distribuição a ser celebrado;
II- Solicitar, juntamente com o ofertante, o registro de distribuição
devidamente instruído, assessorando-o em todas as etapas da distribuição (art.
7º);
III - formar o consórcio de distribuição, se for o caso;
IV - Informar à CVM, até a obtenção do registro, os participantes do
consórcio, discriminando por tipo, espécie e classe a quantidade de valores
mobiliários inicialmente atribuída a cada um;
V - Comunicar imediatamente à CVM qualquer eventual alteração
no contrato de distribuição, ou a sua rescisão;
VI - Remeter mensalmente à CVM, no prazo de 15 (quinze) dias
após o encerramento do mês, a partir da divulgação do Anúncio de Início de
Distribuição, relatório indicativo do movimento consolidado de distribuição de
valores mobiliários, conforme modelo do Anexo VII;
VII - participar ativamente, em conjunto com o ofertante, na
elaboração do Prospecto (art. 38) e na verificação da consistência, qualidade e
suficiência das informações dele constantes, ficando responsável pelas
informações prestadas nos termos do art. 56, § 1º;
VIII – divulgar, quando exigido por esta Instrução, os avisos nela
previstos;
IX - Acompanhar e controlar o plano de distribuição da oferta;
X - Controlar os boletins de subscrição ou os recibos de aquisição,
devendo devolver ao ofertante os boletins ou os recibos não utilizados, se
houver, no prazo máximo de 30 (trinta) dias após o encerramento da
distribuição;
XI - suspender a distribuição na ocorrência de qualquer fato ou
irregularidade, inclusive após a obtenção do registro, que venha a justificar a
suspensão ou o cancelamento do registro;
XII - sem prejuízo do disposto no inciso XI, comunicar imediatamente
a ocorrência do ato ou irregularidade ali mencionados à CVM, que verificará se
a ocorrência do fato ou da irregularidade são sanáveis, nos termos do art. 19; e
XIII - guardar, por 5 (cinco) anos, à disposição da CVM, toda a
documentação relativa ao processo de registro de distribuição pública e de
elaboração do Prospecto.

<<^
$%!%=%<%<=#8*.(8-C).#/-5&’&)&1.#70*)%#^Au#0*)%#^V 4#C08+)4#&’C&(.
(# &#0.#1&@#
#
Art. 38. Prospecto é o documento elaborado pelo ofertante em conjunto
com a instituição líder da distribuição, obrigatório nas ofertas públicas de
distribuição de que trata esta Instrução, e que contém informação completa,
precisa, verdadeira, atual, clara, objetiva e necessária, em linguagem acessível,
de modo que os investidores possam formar criteriosamente a sua decisão de
investimento.

Art. 39. O Prospecto deverá, de maneira que não omita fatos de relevo,
nem contenha informações que possam induzir em erro os investidores, conter
os dados e informações sobre:
I - A oferta;
II - Os valores mobiliários objeto da oferta e os direitos que lhes são
inerentes;
III - o ofertante;
IV - A companhia emissora e sua situação patrimonial, econômica e
financeira;
V - Terceiros garantidores de obrigações relacionadas com os
valores mobiliários objeto da oferta; e
VI - Terceiros que venham a ser destinatários dos recursos captados
com a oferta.

$%!%=%<%<^#8*.(8-C).#8*-3&,&’0*#70*)%#$!@##

Art. 46. O Prospecto Preliminar conterá as mesmas informações


mencionadas no art. 40, sem revisão ou apreciação pela CVM.
§1º Os seguintes dizeres devem constar da capa do Prospecto Preliminar,
com destaque:
I - “Prospecto Preliminar” e a respectiva data de edição;
II- “As informações contidas neste prospecto preliminar estão sob análise
da Comissão de Valores Mobiliários, a qual ainda não se manifestou a seu
respeito”;
III - “O presente prospecto preliminar está sujeito a complementação
e correção”; e

<<$
IV - “O prospecto definitivo estará disponível nas páginas da rede mundial
de computadores da emissora, se houver; do ofertante; da instituição
intermediária responsável pela oferta ou, se for o caso, das instituições
intermediárias integrantes do consórcio de distribuição; das entidades
administradoras de mercado organizado de valores mobiliários onde os valores
mobiliários da emissora sejam admitidos à negociação; e da CVM.”.
#
$%!%=%<%<$#,0)-*&03#8+D3&C&)2*&.#70*)(%#>‘ #-#>< @##

Art. 50. A utilização de qualquer texto publicitário para oferta, anúncio ou


promoção da distribuição, por qualquer forma ou meio veiculados, inclusive
audiovisual, dependerá de prévia aprovação da CVM e somente poderá ser
feita após a apresentação do Prospecto Preliminar à CVM.
Art. 51. Poderá ser especificamente admitida a utilização de material
publicitário antes da apresentação do Prospecto Preliminar, desde que
destinado a campanha educativa do público alvo, em distribuições destinadas a
investidores não familiarizados com o mercado de valores mobiliários,
observado o procedimento previsto no art. 50.
Parágrafo único. A utilização de material publicitário na forma do caput
dependerá de aprovação prévia da CVM, presumindo-se deferida caso não
haja manifestação contrária no prazo de 10 (dez) dias úteis, contado do
protocolo na CVM do respectivo pedido.

$%!%=%<%<>#C.3-)0#/-#&’)-’9B-(#/-#&’1-()&,-’).#70*)%#$$ @##
$
Art. 44. É permitida a coleta de intenções de investimento, com ou sem o
recebimento de reservas, a partir da divulgação de Prospecto Preliminar e do
protocolo do pedido de registro de distribuição na CVM.
Parágrafo único. A intenção de realizar coleta de intenções de
investimento deverá ser comunicada à CVM juntamente com o pedido de
registro de distribuição realizado nos termos do art. 7º

$%!%=%<%<!#*-C-D&,-’).#/-#*-(-*10(#70*)%#$> @##
#
Art. 45 - É admissível o recebimento de reservas para subscrição ou
aquisição de valores mobiliários objeto de oferta pública, desde que: tal fato
esteja previsto nos Prospectos Definitivo e Preliminar; tenha sido requerido o
registro da distribuição; e haja Prospecto Preliminar à disposição dos
investidores.

<<>
$%!%=%<%<"#’.*,0(#/-#C.’/+)0#70*)%#$A # < @##
#
Art. 48. A emissora, o ofertante, as Instituições Intermediárias, estas
últimas desde a contratação, envolvidas em oferta pública de distribuição,
decidida ou projetada, e as pessoas que com estes estejam trabalhando ou os
assessorando de qualquer forma, deverão, sem prejuízo da divulgação pela
emissora das informações periódicas e eventuais exigidas pela CVM:
I - Até que a oferta pública seja divulgada ao mercado, limitar:
a) a revelação de informação relativa à oferta ao que for necessário
para os objetivos da oferta, advertindo os destinatários sobre o caráter
reservado da informação transmitida; e
b) a utilização da informação reservada estritamente aos fins
relacionados
com a preparação da oferta.
II z abster-se de negociar, até a divulgação do Anúncio de Encerramento
de Distribuição, com valores mobiliários do mesmo emissor e espécie daquele
objeto da oferta pública, nele referenciados, conversíveis ou permutáveis, ou
com valores mobiliários nos quais o valor mobiliário objeto da oferta seja
conversível ou permutável, salvo em hipóteses específicas (ver instrução).
#
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#
Art. 56 - O ofertante é o responsável pela veracidade, consistência,
qualidade e suficiência das informações prestadas por ocasião do registro e
fornecidas ao mercado durante a distribuição.
§ 7º O registro não implica, por parte da CVM, garantia de veracidade
das informações prestadas ou julgamento sobre a qualidade da companhia,
sua viabilidade, sua administração, situação econômico-financeira ou dos
valores mobiliários a serem distribuídos e é concedido segundo critérios
formais de legalidade.

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$%!%^%<#8*.C-/&,-’).#/-#8*-C&5&C09:.#80*0#1-’/0;#
8*.C-/&,-’).#/&5-*-’C&0/.#w#8*-9.#5&6.u#
9&&A97*%0*’#$-#3-&3:.#-,#D.3(0##
BOOKBUILDING
Mecanismo de PSJMZXTL#RGndIL#para definição de remuneração de
debênture ou de eventuais variações (ágio ou deságio) no preço de subscrição.
Baseia-se na quantidade que investidores têm disposição para adquirir, em
diferentes faixas de remuneração.

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LEILÃO
Processo de OSGQL\]S# HN# RGN\SM, normalmente através de um leilão de
oferta, que auxilia na definição da remuneração e outras características de
títulos e valores mobiliários, de forma a refletir as condições de mercado por
ocasião de sua efetiva colocação à venda.

Os compradores de ações em um processo de IPO, durante período de


reserva, podem reservar uma valor (Ex. R$ 10 mil) e aceitar o preço que o
mercado determinar para a ação, o que chamamos de
.GHNQ#L#,NGPLHS#ou determinar o valor máximo que pagará pela (Ex: R$
20) o que chamamos de .GHNQ#3IQITLHL%#No caso da ordem limitada, a
ordem de compra somente será executada se o preço final da ação no IPO
estiver dentro do limite máximo estipulado na ordem. Somente após o processo
de IPO as ações serão negociadas na bolsa de valores (mercado secundário).
#
$%!%^%=#*&(C.#/-#*0)-&.#-#’:.#C.’C*-)&b09:.##
#
Pode acontecer que a oferta de ações seja insuficiente para atender a
demanda, nesse caso pode acontecer de os compradores não terem o valor
total de suas reservas atendido, apenas uma parte, o que é chamado de
SPSGGgJPIL# HN# GLTNIS, os critérios para essa situação estão definidos
na documentação do IPO, um exemplo é atender apenas uma porcentagem da
reserva inicial de cada investidor de modo que todos que fizeram a reserva
possam fazer a aquisição.#
#
$%!%^%^#&’()*+9:.#C1,#$"!#70*)%#< 4#0*)%#= 4#0*)%#^ #-#0*)
%# <^ @##
Art. 1º Serão regidas pela presente Instrução, as ofertas públicas de
valores mobiliários distribuídas com esforços restritos.
§1º Esta Instrução se aplica exclusivamente às ofertas públicas de:
I – Notas comerciais;
II – Cédulas de crédito bancário que não sejam de responsabilidade de
instituição financeira;
III – debêntures não-conversíveis ou não-permutáveis por ações;
IV - Cotas de fundos de investimento fechados;
V - Certificados de recebíveis imobiliários ou do agronegócio;
VI - Letras financeiras, desde que não relacionadas a operações ativas
vinculadas;
VII - certificados de direitos creditórios do agronegócio;

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VIII – cédulas de produto rural - financeiras que não sejam de
responsabilidade de instituição financeira;
IX – Warrants agropecuários;
X – Certificados de operações estruturadas;
XI – os seguintes valores mobiliários, desde que emitidos por
emissor registrado na categoria:
a) ações;
b) debêntures conversíveis por ações; e
c) bônus de subscrição, mesmo que atribuídos como vantagem adicional
aos subscritores de debêntures;

XII – debêntures permutáveis por ações, desde que tais ações sejam
emitidas por emissor registrado na categoria A;
XIII – certificados de depósito de valores mobiliários mencionados
neste parágrafo; e
XIV – certificados de depósito de valores mobiliários no âmbito de
Programa BDR Patrocinado Nível III.
§2º Esta Instrução não se aplica às ofertas privadas de valores
mobiliários.
Art. 2º As ofertas públicas distribuídas com esforços restritos deverão ser
destinadas exclusivamente a investidores profissionais, conforme definido em
regulamentação específica, e intermediadas por integrantes do sistema de
distribuição de valores mobiliários.
Parágrafo único. Não será permitida a busca de investidores através de
lojas, escritórios ou estabelecimentos abertos ao público, ou com a utilização
de serviços públicos de comunicação, como a imprensa, o rádio, a televisão e
páginas abertas ao público na rede mundial de computadores.
Art. 3º Nas ofertas públicas distribuídas com esforços restritos:
I – Será permitida a procura de, no máximo, 75 (setenta e cinco)
investidores profissionais, conforme definido em regulamentação específica; e
II– Os valores mobiliários ofertados deverão ser subscritos ou adquiridos
por, no máximo, 50 (cinquenta) investidores profissionais.
§ 1º Fundos de investimento e carteiras administradas de valores
mobiliários cujas decisões de investimento sejam tomadas pelo mesmo gestor
serão considerados como um único investidor para os fins dos limites previstos
neste artigo.
§ 2º Os investidores que exercerem direito de prioridade ou preferência
não serão considerados para os fins dos limites previstos neste artigo.

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Art. 1º - Esta Instrução regula o procedimento aplicável a quaisquer ofertas
públicas de aquisição de ações de companhias abertas, e ainda o processo de
registro das ofertas públicas para cancelamento de registro de companhia
aberta, por aumento de participação do acionista controlador, por alienação de
controle de companhia aberta e para aquisição de controle de companhia
aberta quando envolver permuta por valores mobiliários e de permuta por
valores mobiliários.
,SHLXIHLHNM#N#/NOIJI\qNM#
Art. 2º - A Oferta Pública de Aquisição de ações de companhia aberta (OPA)
pode ser de uma das seguintes modalidades: OPA para cancelamento de
registro: é a OPA obrigatória, realizada como condição do cancelamento do
registro de companhia aberta, por força do § 4º do art. 4º da Lei 6.404/76 e do
§ 6º do art. 21 da Lei 6.385/76; OPA por aumento de participação: é a OPA
obrigatória, realizada em consequência de aumento da participação do
acionista controlador no capital social de companhia aberta, por força do § 6º
do art. 4º da Lei 6.404/76; OPA por alienação de controle: é a OPA obrigatória,
realizada como condição de eficácia de negócio jurídico de alienação de
controle de companhia aberta.
Art. 3º - Para os efeitos desta Instrução, entende-se por: companhia
objeto: a companhia aberta emissora das ações visadas na OPA; ações objeto
da OPA: as ações visadas pelo ofertante na OPA; ações em circulação: todas
as ações emitidas pela companhia objeto, excetuadas as ações detidas pelo
acionista controlador, por pessoas a ele vinculadas, por administradores da
companhia objeto, e aquelas em tesouraria; acionista controlador: a pessoa,
natural ou jurídica, fundo ou universalidade de direitos ou o grupo de pessoas
vinculadas por acordo de voto, ou sob controle comum, direto ou indireto, que:
seja titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, a
maioria dos votos nas deliberações da assembleia geral e o poder de eleger a
maioria dos administradores da companhia; e use efetivamente seu poder para
dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos órgãos da
companhia. Ofertante: o proponente da aquisição de ações em uma OPA, seja
ele pessoa natural ou jurídica, fundo ou universalidade de direitos; pessoa
vinculada: a pessoa natural ou jurídica, fundo ou universalidade de direitos, que
atue representando o mesmo interesse do acionista controlador, do ofertante
ou do intermediário, conforme o caso.

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Art. 1º - O objetivo do presente Código de Regulação e Melhores


Práticas para as Ofertas Públicas de Distribuição e Aquisição de Valores
Mobiliários (Código) é estabelecer princípios e regras que devem ser
observados pelas instituições participantes (abaixo definidas) nas ofertas
públicas de valores mobiliários, incluindo os programas de distribuição,
regulamentados pela Lei nº 6.385, de 07 de dezembro de 1976 (Lei 6.385), e
pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM (Ofertas Públicas), com a
finalidade de propiciar a transparência e o adequado funcionamento do
mercado.
Art. 2º - Para fins deste Código são consideradas instituições
participantes as instituições filiadas à ANBIMA – Associação Brasileira das
Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais que exercem a atividade de
intermediação de Ofertas Públicas de distribuição primária ou secundária de
valores mobiliários ou, ainda, de aquisição de valores mobiliários, mediante
contratação desse serviço com a emissora e/ou ofertante dos valores
mobiliários correspondentes (Atividades), bem como as instituições que,
embora não filiadas, exercem as Atividades e venham expressamente a aderir
a este Código.

Art. 3º - As instituições participantes, submetidas à ação reguladora e


fiscalizadora do Conselho Monetário Nacional, do Banco Central do Brasil e da
Comissão de Valores Mobiliários, concordam expressamente, em adição à
observância das normas legais e regulamentares que lhes são aplicáveis, em
submeter-se também aos procedimentos estabelecidos por este Código.
Parágrafo único - O presente Código não se sobrepõe à legislação e
regulamentação em vigor, ainda que, após o início de sua vigência, venham a
ser editadas normas que sejam contrárias às disposições ora trazidas. Caso
haja contradição entre regras estabelecidas neste Código e normas legais ou
regulamentares, a respectiva disposição deste Código deverá ser
desconsiderada, sem prejuízo de suas demais regras.

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Art. 4º - As instituições participantes devem assegurar que o presente
Código seja também observado por todos os integrantes do seu conglomerado
ou grupo econômico que estejam autorizados no Brasil a desempenhar
qualquer das atividades previstas neste Código. Tal obrigação não implica no
reconhecimento, por parte das instituições participantes, da existência de
qualquer modalidade de assunção, solidariedade ou transferência de
responsabilidade entre esses integrantes. Entretanto, todas as referidas
entidades estarão sujeitas às regras e princípios estabelecidos pelo presente
Código.
#

$%"%=#8*&’Ch8&.(#_-*0&(#7C08%#&&&@##
Art. 6º - As instituições participantes devem observar os seguintes
princípios e regras em suas atividades relacionadas às operações de Oferta
Pública de que participem:
I. Nortear a prestação das Atividades pelos princípios da
liberdade de iniciativa e da livre concorrência;
II. Evitar quaisquer práticas que infrinjam ou estejam em conflito
com as regras e princípios contidos neste Código, na legislação
pertinente e/ou nas demais normas estabelecidas pela
ANBIMA;
III. Evitar a adoção de práticas caracterizadoras de concorrência
desleal e/ou de condições não equitativas, bem como de
quaisquer outras práticas que contrariem os princípios contidos
no presente Código, respeitando os princípios de livre
negociação;
IV. Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no
exercício de sua Atividade, o cuidado que toda pessoa prudente
e diligente costuma dispensar à administração de seus próprios
negócios, respondendo por quaisquer infrações ou
irregularidades que venham a ser cometidas durante o período
em que prestarem as atividades reguladas por este Código; e
V. Buscar desenvolver suas Atividades com vistas a incentivar o
mercado secundário de valores mobiliários, respeitadas as
características de cada Oferta Pública.

#
#
#
#
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$%"%^#/.C+,-’).(#/0#.5-*)0#7C08%#1&@#
#
Art. 10 - Nas Ofertas Públicas em que atuem na qualidade de
coordenadores, as instituições participantes devem, na forma deste Código,
zelar pela elaboração do prospecto e do formulário de referência, a fim de que
apresentem informações suficientes, claras e precisas, para que o investidor
tome a decisão de investimento com as informações necessárias disponíveis.

Art. 11 - Nas Ofertas públicas de ações com esforços restritos em que


atuem na qualidade de coordenadores, as instituições participantes deverão, na
forma deste Código, zelar pela elaboração do memorando, a fim de que
apresentem informações suficientes, claras e precisas, para que o investidor
tome a decisão de investimento com as informações necessárias disponíveis,
observadas, ainda, as disposições constantes no artigo 2º do Capítulo I do
Anexo II.

Art. 12 - É facultado às instituições participantes elaborar documento


contendo resumo das informações acerca da Oferta Pública, a fim de utilizá-lo
na divulgação da mesma, desde que tal documento traga aviso, de forma
destacada, recomendando ao investidor que leia o prospecto, o formulário de
referência ou o memorando, conforme aplicável, especialmente a seção relativa
aos fatores de risco, antes de tomar a decisão de investimento (Material de
Suporte a Venda - road show).

Art. 13 - A instituição participante deve fazer constar do boletim de


subscrição, ou de documento equivalente, informação sobre o local e a forma
de disponibilização do prospecto e do formulário de referência ou declaração
de que o investidor obteve acesso a estes documentos.
#
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5. FUNDOS DE INVESTIMENTO
(PROPORÇÃO: DE 18 A 25%)

5.1. ASPECTOS GERAIS

5.1.1 CONCEITO DE CONDOMÍNIO. CONSTITUIÇÃO E


REGISTRO NA CVM

Os fundos são organizados sob o regime de condomínio, isso implica que os seus
participantes (cotistas) possuem direitos e deveres iguais.

129
O fundo será constituído por deliberação de um administrador a quem incumbe aprovar,
no mesmo ato, o regulamento do fundo. O funcionamento do fundo depende do prévio
registro na CVM. O pedido de registro deve ser instruído com os seguintes documentos
e informações:
I – Regulamento do fundo, elaborado de acordo com as disposições desta Instrução;
II – Declaração do administrador do fundo de que o regulamento do fundo está plenamente
aderente à legislação vigente;
III – os dados relativos ao registro do regulamento em cartório de títulos e documentos;
IV – Declaração do administrador do fundo de que firmou os contratos mencionados no art. 78, se
for o caso, e de que estes se encontram à disposição da CVM;
V – Nome do auditor independente;
VI – Inscrição do fundo no CNPJ; e
VII – Lâmina de informações essenciais.

5.1.2. FUNDO DE INVESTIMENTO


O fundo de investimento é uma comunhão de recursos, constituído sob a forma de
condomínio, destinado à aplicação em ativos financeiros.

5.1.3. FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS


Os fundos de investimentos em cotas (FIC) devem manter, no mínimo, 95% (noventa e
cinco por cento) de seu patrimônio investido em cotas de fundos de investimento de
uma mesma classe, exceto os fundos de investimento em cotas classificados como
“Multimercado”, que podem investir em cotas de fundos de classes distintas.
Os limites de concentração por emissor não se aplicam às cotas de fundos de
investimento quando adquiridas por fundos de investimento em cotas de fundos de
investimento.

Deve constar no nome do fundo a expressão “Fundo de Investimento em Cotas de


Fundos de Investimento” acrescida da classe dos fundos investidos de acordo com
regulamentação específica. Ex: Fundo de Investimento em Cotas de Fundos de
Investimento Renda Fixa.

O regulamento e a lâmina do fundo de investimento em cotas devem especificar o


percentual máximo do patrimônio que pode ser aplicado em um só fundo de
investimento.

130
O regulamento do fundo de investimento em cotas que aplicar seus recursos em um
único fundo de investimento deve divulgar o somatório da taxa de administração do
fundo de investimento em cotas e do fundo investido.

5.1.4. TIPOS DE FUNDOS: ABERTOS E FECHADOS


Os fundos abertos são aqueles em que os cotistas podem aplicar e resgatar a qualquer
momento, não existe um limite de cotas. Já os fundos fechados possuem um período
específico para aplicação e os valores só podem ser resgatados na liquidação do fundo
(que pode durar anos), antes disso é permitido aos cotistas vender suas cotas a outros
investidores.

5.1.5. COTA. VALOR DA COTA E TRANSFERÊNCIA DE


TITULARIDADE
As cotas do fundo correspondem a frações ideais de seu patrimônio, são escriturais, nominativas, e
conferem iguais direitos e obrigações aos cotistas.

O valor da cota do dia é resultante da divisão do valor do patrimônio líquido pelo número de
cotas do fundo, apurados, ambos, no encerramento do dia.

O administrador do fundo, o terceiro contratado para essa finalidade e o distribuidor que


atue por conta e ordem são responsáveis, conforme o caso, pela inscrição do nome do
titular no registro de cotistas do fundo.

A cota de fundo aberto não pode ser objeto de cessão ou transferência, exceto nos casos de:
I – Decisão judicial ou arbitral;
II – Operações de cessão fiduciária;
III – Execução de garantia;
IV – Sucessão universal;
V – Dissolução de sociedade conjugal ou união estável por via judicial ou escritura pública que
disponha sobre a partilha de bens; e
VI – Transferência de administração ou portabilidade de planos de previdência.
As cotas de fundo fechado e seus direitos de subscrição podem ser transferidos,
mediante termo de cessão e transferência, assinado pelo cedente e pelo cessionário, ou
por meio de negociação em mercado organizado em que as cotas do fundo sejam
admitidas à negociação.

131
5.1.5.1 COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA E RISCOS INERENTES

Mudanças no valor dos ativos que compõem uma carteira afetam o valor das cotas de um
fundo.

5.1.5.2 TAXAS DE ADMINISTRAÇÃO E OUTRAS DESPESAS


A cobrança da taxa de administração e outras despesas do fundo reduzem valor da cota.
* Lembre-se que a Cobrança do Imposto de Renda (IR) NÃO afeta o valor da cota – A
cobrança do IR reduz a Quantidade de cotas, por isso o apelido “come-cotas”.

5.1.6. DIREITOS E OBRIGAÇÕES DOS CONDÔMINOS


Alguns dos principais DIREITOS:
• Ter acesso ao Regulamento e Lâmina de Informações
• Ter acesso ao valor da cota e a rentabilidade do fundo
• Receber mensalmente extratos de investimentos
• Receber anualmente extrato consolidado para fins de IR.

Algumas das principais OBRIGAÇÕES:


• Conhecer as características do fundo;
• Verificar a compatibilidade do fundo que está investindo
• com seus objetivos pessoais;
• Comparecer nas assembleias gerais;
• Manter seus dados cadastrais atualizados.
5.1.7. ADMINISTRAÇÃO

A administração do fundo compreende o conjunto de serviços relacionados direta ou


indiretamente ao funcionamento e à manutenção do fundo, que podem ser prestados
pelo próprio administrador ou por terceiros por ele contratados, por escrito, em nome do
fundo.

5.1.7.1 VEDAÇÕES E OBRIGAÇÕES DO ADMINISTRADOR E DO


GESTOR

132
É vedado ao administrador e ao gestor, no que aplicável, praticar os seguintes atos em
nome do fundo: I – receber depósito em conta corrente; II – contrair ou efetuar
empréstimos, salvo em modalidade autorizada pela CVM; III – prestar fiança, aval,
aceite ou coobrigar-se sob qualquer outra forma, ressalvada a hipótese prevista no art.
125, inciso V; IV – vender cotas à prestação, sem prejuízo da integralização a prazo de
cotas subscritas; V – prometer rendimento predeterminado aos cotistas; VI – realizar
operações com ações fora de mercado organizado, ressalvadas as hipóteses de
distribuições públicas, de exercício de direito de preferência e de conversão de
debêntures em ações, exercício de bônus de subscrição, negociação de ações vinculadas
a acordo de acionistas e nos casos em que a CVM tenha concedido prévia e expressa
autorização; VII – utilizar recursos do fundo para pagamento de seguro contra perdas
financeiras de cotistas; e VIII – praticar qualquer ato de liberalidade.

Os fundos de investimento podem utilizar seus ativos para prestação de garantias de


operações próprias, bem como emprestar e tomar ativos financeiros em empréstimo,
desde que tais operações de empréstimo sejam cursadas exclusivamente por meio de
serviço autorizado pelo Banco Central do Brasil ou pela CVM.

5.1.7.2 NORMAS DE CONDUTA

O administrador e o gestor, nas suas respectivas esferas de atuação, estão obrigados a adotar as
seguintes normas de conduta:

I – Exercer suas atividades buscando sempre as melhores condições para o fundo,


empregando o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma dispensar
à administração de seus próprios negócios, atuando com lealdade em relação aos
interesses dos cotistas e do fundo, evitando práticas que possam ferir a relação
fiduciária com eles mantida, e respondendo por quaisquer infrações ou irregularidades
que venham a ser cometidas sob sua administração ou gestão;

II – Exercer, ou diligenciar para que sejam exercidos, todos os direitos decorrentes do


patrimônio e das atividades do fundo, ressalvado o que dispuser o formulário de
informações complementares sobre a política relativa ao exercício de direito de voto do
fundo; e

III – Empregar, na defesa dos direitos do cotista, a diligência exigida pelas


circunstâncias, praticando todos os atos necessários para assegurá-los, e adotando as
medidas judiciais cabíveis.

133
Sem prejuízo da remuneração que é devida ao administrador e ao gestor na qualidade de
prestadores de serviços do fundo, o administrador e o gestor devem transferir ao fundo
qualquer benefício ou vantagem que possam alcançar em decorrência de sua condição.

É vedado ao administrador, ao gestor e ao consultor o recebimento de qualquer


remuneração, benefício ou vantagem, direta ou indiretamente por meio de partes
relacionadas, que potencialmente prejudique a independência na tomada de decisão de
investimento pelo fundo.

5.1.8. OBJETIVO DO FUNDO E POLÍTICA DE INVESTIMENTO.


DEFINIÇÃO E FINALIDADE
OBJETIVO
Quanto aos objetivos, os fundos podem tentar superar ou acompanhar determinado
Indicador de Referência (benchmark). Fundos com gestão ativa - São fundos que tentam
SUPERAR seu Indicador de Referência (benchmark). Fundos com gestão passiva - São
fundos que tentam ACOMPANHAR seu Indicador de Referência (benchmark).

POLÍTICA DE INVESTIMENTO
Apresenta como o gestor do fundo pretende alcançar o objetivo do fundo. Na política
estão as definições das regras e a forma de atuação do gestor. Por exemplo: se o fundo
adquire títulos públicos ou privados e os limites de aplicação em determinado tipo de
ativo.

5.1.9 DIFERENCIAIS DO PRODUTO PARA O


INVESTIDOR
Os fundos de investimento possuem vantagens em relação aos investimentos
individuais. As suas principais características são Acessibilidade, Diversificação e
Liquidez.

5.1.9.1 ACESSIBILIDADE AO MERCADO FINANCEIRO

134
Através dos fundos de investimento, os investidores têm acesso a produtos financeiros
mais caros e sofisticados que dificilmente teriam acesso se investissem individualmente,
mas através dos recursos do fundo conseguem ter acesso com um valor de aplicação
relativamente baixo. Exemplos: Títulos de valor elevado, títulos negociados no mercado
externo, imóveis comerciais (fundos imobiliários), etc.

5.1.9.2 DIVERSIFICAÇÃO

5.1.9.2.1 RISCOS DOS ATIVOS INDIVIDUAIS VERSUS RISCOS DA


CARTEIRA

A diversificação, peculiar aos fundos de investimento, reduz os riscos.

5.1.9.3 LIQUIDEZ
Quando comparados com outras formas de investimento, os fundos oferecem excelente
liquidez (facilidade de resgate), principalmente os fundos abertos e sem carência que
possuem resgate imediato.

5.1.10. DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES PARA VENDA E


DISTRIBUIÇÃO
5.1.10.1. INSTRUMENTOS DE DIVULGAÇÃO DAS POLÍTICAS DE
INVESTIMENTO E RENTABILIDADE: REGULAMENTO, LÂMINA
DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS, DEMONSTRAÇÃO DE
DESEMPENHO, FORMULÁRIO DE INFORMAÇÕES COM PLEMENTARES E
TERMO DE ADESÃO
REGULAMENTO
O regulamento é o principal documento do fundo, é o documento que fica registrado em
cartório, instrumento legal utilizado em casos de litígios judiciais. O problema do
regulamento é seu formato complexo, e a linguagem difícil, com excesso de termos
jurídicos que dificulta o entendimento por parte do investidor comum.

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS


A lâmina é um documento resumido com as principais informações dispostas de maneira
clara para que o investidor entenda em que está investindo.

135
O administrador de fundo aberto que não seja destinado exclusivamente a investidores
qualificados deve elaborar uma lâmina de informações essenciais de acordo com a
CVM.
É facultado ao administrador de fundo formatar a lâmina livremente desde que: I – a
ordem das informações seja mantida; II – o conteúdo do Anexo não seja modificado; III
– os logotipos e formatação não dificultem o entendimento das informações; e IV –
quaisquer informações adicionais: a) sejam acrescentadas ao final do documento; b) não
dificultem o entendimento das informações contidas na lâmina; e c) sejam consistentes
com o conteúdo da própria lâmina e do regulamento.
É proibido ao administrador e aos demais prestadores de serviços do fundo atribuir a
denominação “lâmina” à qualquer outro material de divulgação que não atenda ao
disposto acima. O administrador e o distribuidor devem assegurar que potenciais
investidores tenham acesso à lâmina antes de seu ingresso no fundo.

DEMONSTRAÇÃO DE DESEMPENHO
O administrador do fundo é responsável por disponibilizar aos cotistas dos fundos não
destinados exclusivamente a investidores qualificados a demonstração de desempenho
do fundo até o último dia útil de fevereiro de cada ano.
Caso o fundo possua posições ou operações em curso que possam vir a ser prejudicadas
pela sua divulgação, o demonstrativo da composição da carteira pode omitir sua
identificação e quantidade, registrando somente o valor e a percentagem sobre o total da
carteira.
As operações omitidas com base no parágrafo anterior devem ser divulgadas no prazo
máximo de: I – 30 (trinta) dias, improrrogáveis, nos fundos da classe “Renda Fixa” das
subcategorias Referenciado, Curto Prazo e Simples; e II – nos demais casos, 90
(noventa) dias após o encerramento do mês, podendo esse prazo ser prorrogado uma
única vez, em caráter excepcional, e com base em solicitação fundamentada submetida
à aprovação da CVM, até o prazo máximo de 180 (cento e oitenta dias).

FORMULÁRIO DE INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES


O principal substituto do antigo prospecto. É um documento mais extenso que a lâmina,
mas também de fácil entendimento para o investidor.

O formulário de informações complementares deve abranger pelo menos o seguinte:


I – Periodicidade mínima para divulgação da composição da carteira do fundo;
II – Local, meio e forma de divulgação das informações;

136
III – Local, meio e forma de solicitação de informações pelo cotista;
IV– Exposição, em ordem de relevância, dos fatores de riscos inerentes à composição da
carteira do fundo;
V – Descrição da política relativa ao exercício de direito do voto decorrente dos ativos
financeiros detidos pelo fundo;
VI– Descrição da tributação aplicável ao fundo e a seus cotistas, contemplando a política a
ser adotada pelo administrador quanto ao tratamento tributário perseguido;
VII – Descrição da política de administração de risco, em especial dos métodos utilizados
pelo administrador para gerenciar os riscos a que o fundo se encontra sujeito, inclusive
risco de liquidez;
VIII– Quando houver, identificação da agência de classificação de risco de crédito
contratada pelo fundo, bem como a classificação obtida e advertência de que a
manutenção desse serviço não é obrigatória, podendo ser descontinuado a critério do
administrador do fundo ou da assembleia geral de cotistas;
IX– Apresentação detalhada do administrador e do gestor, inclusive informações sobre o
departamento técnico e demais recursos e serviços utilizados pelo gestor para gerir a
carteira do fundo;
X – Relação dos demais prestadores de serviços do fundo; XI – Política de distribuição de
cotas; e
XII – Quaisquer outras informações que o administrador entenda relevantes.

TERMO DE ADESÃO
O termo de adesão deve ter no máximo 5.000 (cinco mil) caracteres, e conter as seguintes
informações:
I – Identificação dos 5 (cinco) principais fatores de risco inerentes à composição da
carteira do fundo; e II – aviso de que informações mais detalhadas podem ser obtidas no
formulário de informações complementares.

O administrador e o distribuidor devem disponibilizar ao cotistas versões vigentes do


regulamento e atualizada da lâmina de informações essenciais, se houver.

Caso o cotista efetue um resgate total do fundo e volte a investir no mesmo fundo em
intervalo de tempo durante o qual não ocorra alteração do respectivo regulamento, é
dispensada a formalização de novo termo contendo as declarações referidas no caput
deste artigo pelo cotista, sendo considerado válido o termo anteriormente formalizado
pelo cotista em seu último ingresso.

137
5.1.11. DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES E
RESULTADOS
5.1.11.1 DIVULGAÇÃO DE COTA E RENTABILIDADE
O administrador do fundo é responsável por:I – calcular e divulgar o valor da cota e do
patrimônio líquido do fundo aberto: diariamente; ou para fundos que não ofereçam
liquidez diária a seus cotistas, em periodicidade com- patível com a liquidez do fundo,
desde que expressamente previsto em seu regulamento; II – disponibilizar aos cotistas,
mensalmente ou no período previsto no regulamento para cálculo e divulgação da cota:
saldo e valor das cotas no início e no final do período e a movimentação ocorrida ao
longo do mês, assim como a rentabilidade do fundo auferida entre o último dia útil do
mês anterior e o último dia útil do mês de referência do extrato;
5.1.11.2. BALANCETES E DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
O fundo deve ter escrituração contábil própria, devendo as suas contas e demonstrações contábeis
ser segregadas das do administrador.

BALANCETE: O administrador deve remeter o balancete mensalmente, até 10 (dez)


dias após o encerramento do mês por meio da página da CVM na internet.

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: O fundo deve ter escrituração contábil própria,


devendo as suas contas e demonstrações contábeis ser segregadas das do administrador.
O exercício do fundo deve ser encerrado a cada 12 (doze) meses, quando devem ser
levantadas as demonstrações contábeis do fundo relativas ao período findo. A data do
encerramento do exercício do fundo deve coincidir com o fim de um dos meses do
calendário civil.

As demonstrações contábeis devem ser colocadas à disposição de qualquer interessado


que as solicitar ao administrador, no prazo de 90 (noventa) dias após o encerramento do
período. As demonstrações contábeis do fundo devem ser auditadas anualmente por
auditor independente registrado na CVM, observadas as normas que disciplinam o
exercício dessa atividade.

5.1.11.3. ASSEMBLEIAS GERAIS


O resumo das decisões da assembleia geral deve ser disponibilizado aos cotistas no
prazo de até 30 (trinta) dias após a data de realização da assembleia, podendo ser
utilizado para tal finalidade o extrato de conta
5.1.11.4. COMPOSIÇÃO E DIVERSIFICAÇÃO DE CARTEIRA
O administrador também é responsável por divulgar, em lugar de destaque na sua
página na rede mundial de computadores e sem proteção de senha, a demonstração de

138
desempenho do fundo relativo: a) aos 12 (doze) meses findos em 31 de dezembro, até o
último dia útil de fevereiro de cada ano; e b) aos 12 (doze) meses findos em 30 de
junho, até o último dia útil de agosto de cada ano.
Caso o fundo possua posições ou operações em curso que possam vir a ser prejudicadas
pela sua divulgação, o demonstrativo da composição da carteira pode omitir sua
identificação e quantidade, registrando somente o valor e a percentagem sobre o total da
carteira.

As operações omitidas com base no parágrafo anterior devem ser divulgadas no prazo
máximo de:
I – 30 (trinta) dias, improrrogáveis, nos fundos da classe “Renda Fixa” das subcategorias
Referenciado, Curto Prazo e Simples; e
II – nos demais casos, 90 (noventa) dias após o encerramento do mês, podendo esse prazo
ser prorrogado uma única vez, em caráter excepcional, e com base em solicitação funda-
mentada submetida à aprovação da CVM, até o prazo máximo de 180 (cento e oitenta dias).

5.1.11.5. INFORMAÇÕES PERIÓDICAS E COMUNICAÇÃO COM OS


COTISTAS
Informações periódicas são aquelas que o fundo é obrigado a informar periodicamente,
como patrimônio, rentabilidade, composição da carteira, balanço, etc.
O administrador deverá enviar extrato mensal do fundo de investimento para todos os
cotistas, exceto para aqueles que expressamente concordarem com o não recebimento
do extrato.

5.1.11.6 INFORMAÇÕES EVENTUAIS. FATO RELEVANTE


O administrador é obrigado a divulgar imediatamente a todos os cotistas na forma
prevista no regulamento do fundo e por meio do Sistema de Envio de Documentos
disponível na página da CVM, e para a entidade administradora de mercado organizado
onde as cotas estejam admitidas à negociação, qualquer ato ou fato relevante ocorrido
ou relacionado ao funcionamento do fundo ou aos ativos financeiros integrantes de sua
carteira.
Considera-se relevante qualquer ato ou fato que possa influenciar de modo ponderável
no valor das cotas ou na decisão dos investidores de adquirir, alienar ou manter tais
cotas.
Qualquer ato ou fato relevante ocorrido ou relacionado ao funcionamento do fundo ou
aos ativos financeiros integrantes de sua carteira deve ser divulgado por meio do
Sistema de Envio de Documentos disponível na página da CVM e mantido nas páginas
na rede mundial de computadores do administrador e do distribuidor do respectivo
fundo.

139
5.1.12 DINÂMICA DE APLICAÇÃO E RESGATE
5.1.12.1 APLICAÇÃO DE RECURSOS E COMPRA DE ATIVOS POR PARTE
DOS GESTORES
Diariamente cotistas colocam e retiram dinheiro do fundo. Quando um fundo recebe
mais aplicações do que resgates, ele terá dinheiro em caixa, caracterizando uma situação
de aplicação líquida, para não deixar o dinheiro parado no caixa o gestor terá que
comprar ativos financeiros.

5.1.12.2 RESGATE DE RECURSOS E VENDA DE ATIVOS POR PARTE DOS


GESTORES
Quando um fundo recebe mais resgates do que aplicações, haverá uma situação de
resgate líquido, nessa situação o gestor terá que vender ativos financeiros para honrar
(pagar) os saques.

5.1.12.3 PRAZO DE COTIZAÇÃO: CONCEITO (PRAZO DE CONVERSÃO DE


COTAS NA APLICAÇÃO E NO RESGATE)
Na aplicação será adotada a cota do dia (D0) ou do dia seguinte (D+1) conforme o regulamento do
fundo.
Normalmente os fundos mais voláteis (cambial, ações, multimercado) utilizam a cota de D+1,
enquanto os mais conservadores utilizam cota de D0.

5.1.12.4 PRAZO DE LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA: CONCEITO E LIMITE


É a data em que o dinheiro do resgate entra na conta do investidor. A CVM permite que
o resgate seja processado em até 5 dias úteis após a conversão de cotas
Normalmente os fundos mais conservadores possuem liquidação imediata, enquanto que os fundos
de ações possuem liquidação financeira em D+4.

5.1.12.5. PRAZO DE CARÊNCIA PARA RESGATE


Alguns fundos abertos estabelecem prazo de carência para resgate. Resgates antes do
prazo estarão sujeitos às penalidades previstas no regulamento do fundo. Exemplo:
Fundo com prazo de carência de 90 dias – Caso o cotista resgate antes desse prazo, ele
não receberá os rendimentos.

5.1.12.6 FECHAMENTO DOS FUNDOS PARA RESGATES E APLICAÇÕES


FECHAMENTO PARA APLICAÇÕES O administrador do fundo pode fechar o fundo
para novas aplicações? Sim, desde que tal impedimento se aplique tanto aos já cotistas

140
do fundo, quanto para eventuais novos cotistas. O fechamento do fundo não o impede
de reabrir para aplicações uma data posterior.
É necessário que o administrador do fundo comunique aos distribuidores sobre o
fechamento do fundo para novas aplicações.

FECHAMENTO PARA RESGATES -Já imaginou numa emergência você precisar


resgatar os seus recursos de um fundo de investimento e ser impedido pelo
administrador? É possível fechar o fundo para resgates?
Sim, mas apenas em casos excepcionais de falta de liquidez, ou seja em situações de
crise em que todos querem de desfazer dos seus ativos e não consegue vendê-los por
falta de compradores.
Quando esta situação ocorre, o administrador terá um dia para convocar uma assembleia
geral extraordinária que deverá de liberar em um prazo de até quinze dias após o
fechamento para resgate sobre as possibilidades de: reabertura ou manutenção do fundo
fechado para resgate; substituição do administrador, gestor ou ambos; cisão do fundo;
liquidação do fundo; possibilidade de pagamento dos resgates em títulos.

5.1.13 APLICAÇÕES POR CONTA E ORDEM


No mercado financeiro é comum uma instituição financeira distribuir investimentos
administrados por outra instituição financeira. Ex.: A corretora XP investimentos
distribui fundos de investimento do Banco Bradesco. Nesse exemplo a corretora está
efetuando aplicações de seus clientes “por conta e ordem”.

5.1.13.1 RESPONSABILIDADES DA INSTITUIÇÃO INTERMEDIÁRIA (DISTRIBUIDOR).


DIREITOS DOS COTISTAS
O administrador e o distribuidor devem estabelecer, por escrito, a obrigação deste
último de criar registro complementar de cotistas, específico para cada fundo em que
ocorra tal modalidade de subscrição de cotas, de forma que: o distribuidor inscreva no
registro complementar de cotistas a titularidade das cotas em nome dos investidores,
atribuindo a cada cotista um código de cliente e informando tal código ao
administrador do fundo.

5.1.13.1.1 INFORMAÇÕES OBRIGATÓRIAS. CADASTRAMENTO E FORMA


DE IDENTIFICAÇÃO DOS CLIENTES NO ADMINISTRADOR E NO
DISTRIBUIDOR
Segundo a Instrução CVM 555 (Art. 33) é responsável pela manutenção dos registros
dos clientes (inclusive no que se refere a lavagem de dinheiro), a prestação de contas à
CVM e a comunicação com os cotistas.

141
5.1.13.1.2 POSSIBILIDADE DE MANUTENÇÃO DAS APLICAÇÕES EM CASO DE
FINALIZAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO
O contrato firmado entre o fundo e o distribuidor pode prever, dentre outras matérias,
que na hipótese de sua rescisão, os clientes que sejam cotistas do fundo até a data da
rescisão manterão o seu investimento por conta e ordem até que os próprios clientes
decidam pelo resgate de suas cotas, desde que o administrador do fundo e o distribuidor
mantenham, em relação a tais clientes, todos os direitos e obrigações definidos nesta
norma, pelo período em que tais clientes mantiverem o investimento.
5.1.13.1.3 SEGREGAÇÃO DOS RECURSOS APLICADOS DO PATRIMÔNIO DA
INSTITUIÇÃO DISTRIBUIDORA.
Os bens e direitos de clientes dos distribuidores não respondem direta ou indiretamente
por qualquer obrigação contraída por tais distribuidores, sendolhes vedada a
constituição, em proveito próprio, de ônus reais ou de direitos reais de garantia em
favor de terceiros sobre as cotas dos fundos.

5.1.14 TAXAS, TIPOS E FORMAS DE COBRANÇA


5.1.14.1 TAXA DE ADMINISTRAÇÃO
Principal forma de remuneração dos fundos de investimento. Caracteriza-se como um
percentual fixo expresso ao ano que incide sobre o patrimônio do fundo. Ex.: 3% a.a. O
valor da taxa de administração é provisionado diariamente e afeta o valor da cota
(reduz). A cota divulgada já é liquida da taxa de administração. É cobrada mesmo
quando o fundo perde, enquanto houver patrimônio ela vai ser cobrada. Quanto maior a
taxa de administração menor tende a ser a rentabilidade do fundo.

5.1.14.2 TAXA DE PERFORMANCE


Taxa cobrada sobre o desempenho que exceder o benchmark.
O benchmark deve ser compatível com o fundo, ex.: Fundo de Ações Benchmark =
Ibovespa. Para cobrar taxa de performance o fundo deve ter como objetivo superar o seu
benchmark, ou seja, precisa ser um fundo ativo. Essa taxa sobre o desempenho do fundo
é cobrada adicionalmente a taxa de administração, diminuindo assim o retorno para os
cotistas. O fundo só poderá cobrar a taxa de performance quando superar sua própria
marca (conceito de Linha D’água). O ciclo mínimo de cobrança é de 6 meses. A
referência deverá obrigatoriamente ser de 100% do Benchmark.
Exemplo: Fundo Cambial rendeu 14%, enquanto o benchmark rendeu 10%, logo o
fundo superou sua referência em 4%. Normalmente a taxa de performance cobrada é em
torno de 20%. No exemplo seria 20% de 4%, ou seja, 0,8%.

5.1.14.3 TAXA DE INGRESSO

142
A taxa de ingresso, também conhecida como taxa de carregamento, incide sobre os valores
aplicados. Ex.: Taxa de ingresso de 5% sobre uma aplicação de R$ 100,00 quer dizer que o
valor efetivamente aplicado no fundo foi de R$ 95,00.

5.1.14.4 TAXA DE SAÍDA


A taxa de saída por sua vez é cobrada na hora do resgate. A cobrança da taxa de
ingresso e da taxa de saída raramente é vista em fundos de investimento, sendo mais
comum sua cobrança em fundos de previdência.

5.1.14.5 REGRAS DE ALTERAÇÃO


As taxas somente podem ser elevadas se aprovadas em assembleia de cotistas, porém, podem ser
reduzidas pelo administrador.

5.1.14.6 ENCARGOS DO FUNDO


Constituem encargos do fundo as seguintes despesas, que lhe podem ser debitadas diretamente:
I – taxas, impostos ou contribuições federais, estaduais, municipais ou autárquicas, que
recaiam ou venham a recair sobre os bens, direitos e obrigações do fundo;
II – Despesas com o registro de documentos em cartório, impressão, expedição e
publicação de relatórios e informações periódicas previstas nesta Instrução;
III – Despesas com correspondências de interesse do fundo, inclusive comunicações aos
cotistas;
IV – Honorários e despesas do auditor independente;
V – Emolumentos e comissões pagas por operações do fundo;
VI – Honorários de advogado, custas e despesas processuais correlatas, incorridas em razão
de defesa dos interesses do fundo, em juízo ou fora dele, inclusive o valor da condenação
imputada ao fundo, se for o caso;
VII – Parcela de prejuízos não coberta por apólices;
VIII– despesas relacionadas, direta ou indiretamente, ao exercício de direito de voto
decorrente de ativos financeiros do fundo;
IX – Despesas com liquidação, registro, e custódia de operações com títulos e valores
mobiliários, ativos financeiros e modalidades operacionais;
X – Despesas com fechamento de câmbio, vinculadas às suas operações ou com
certificados ou recibos de depósito de valores mobiliários;
XI – No caso de fundo fechado, a contribuição anual devida às bolsas de valores ou às
entidades do mercado organizado em que o fundo tenha suas cotas admitidas à
negociação;
XII – As taxas de administração e de performance;

143
XIII– Os montantes devidos a fundos investidores na hipótese de acordo de remuneração
com base na taxa de administração e/ou performance; e XIV – Honorários e despesas
relacionadas à atividade de formador de mercado.
Quaisquer despesas não previstas como encargos do fundo correm por conta do
administrador, devendo ser por ele contratadas.

5.2 PRINCIPAIS ESTRATÉGIAS DE GESTÃO


5.2.1 FUNDOS DE INVESTIMENTO COM GESTÃO PASSIVA.
DEFINIÇÕES.

5.2.1.1 RENDA FIXA

Taxas de Juros (ex:SELIC, DI) e Índices de Preços (ex: IPCA e IGP-M).

5.2.1.1.1 CONCEITO E FINALIDADE DOS BENCHMARKS E


ÍNDICES DE REFERÊNCIA: TAXA DI, TAXA SELIC, ÍNDICES DE
PREÇOS (IGP-M E IPCA), ÍNDICES DE MERCADO ANBIMA (IMA
GERAL, IMA-B E IRF-M)

No capítulo 3 - ECONOMIA, vimos a taxa DI e SELIC; e os índices de preço IGP-M e IPCA.

ÍNDICES DE MERCADO ANBIMA


O IMA – Índice de Mercado ANBIMA é uma família de índices que representa a
evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos e serve como benchmark
para o segmento. Com o objetivo de atender às necessidades dos diversos tipos de
investidores e das suas respectivas carteiras, o IMA é atualmente subdividido em quatro
subíndices, de acordo com os indexadores dos títulos – prefixados, indexados ao IPCA,
indexados ao IGP-M e pós-fixados (Taxa Selic).

IMA - GERAL

144
A carteira teórica do IMA-Geral é composta por todos os títulos elegíveis,
representando a evolução do mercado como um todo (ver imagem adiante). Em virtude
da intenção explícita da STN de não mais emitir títulos indexados ao IGP-M (NTN-C)
e, ainda, devido à baixa liquidez observada neste segmento, foi determinada a
construção de um índice agregado aos mesmos moldes do IMA-Geral, mas sem a
participação do IMA-C, denominado IMAGeral ex-C.
IMA - B
A carteira teórica do IMA-B é composta por NTNs-B, títulos indexados ao IPCA.
IRF-M
A carteira teórica do IRF-M é composta por títulos prefixados: LTN e NTN-F

5.2.1.2 RENDA VARIÁVEL

Índices de Bolsa, medem o desempenho de carteiras hipotéticas de ações(Ex: IBOVESPA, IBrX,


etc.).

5.2.1.2.1 CONCEITO E FINALIDADE DOS BENCHMARKS E


ÍNDICES DE REFERÊNCIA: ÍNDICE BOVESPA (IBOVESPA), ÍNDICE BRASIL
(IBRX), ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL (ISE).

ÍNDICE BOVESPA (IBOVESPA)


• Principal Índice;
• Carteira Teórica Formada pelas Ações mais líquidas da bolsa;
• Não tem um número fixo de Ações;
• As ações mais negociadas possuem maior peso no índice.

145
• Vigência de 4 meses;
• Utiliza um histórico de 12 meses para mensurar quais ações irão compor o índice.
Precisa atender 3 critérios:
• Estar incluída entre as ações cujos negócios somados representem mais de
80% do valor total negociado na bolsa;
• Apresentar volume de negócios individualmente superior a 0,1% do total negociado.
• Ter sido negociada em pelo menos 80% dos Pregões

ÍNDICE BRASIL (IBRX)


Índice composto pelas 100 ações mais negociadas da bolsa nos últimos 12 meses;
Tem vigência de 4 meses;
Para entrar no índice a ação tem que ter sido negociada em pelo menos 70% dos pregões;
Ações de empresa em processo falimentar/ concordata não participam do IBrX.

ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL (ISE)


O ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial é um índice que mede o retorno total de
uma carteira teórica composta por ações de empresas com reconhecido
comprometimento com a responsabilidade social e a sustentabilidade empresarial (no
máximo 40). Tais ações são selecionadas entre as 200 mais negociadas na
BM&FBOVESPA em termos de liquidez, e são ponderadas na carteira pelo valor de
mercado das ações disponíveis à negociação. Cada ação precisa ter sido negociada em
pelo menos 50% dos pregões.

5.2.1.3 ESTRATÉGIAS PARA MANTER ADERÊNCIA AOS


ÍNDICES DE REFERÊNCIA E AS RESPECTIVAS LIMITAÇÕES

Dificuldades de replicação dos índices de referência (benchmarks) e suas principais


causas: custos, impostos, dinâmica de cálculo da rentabilidade do fundo e regras de
contabilização a mercado.
Devido aos custos (taxa de administração), impostos, dinâmica de cálculo da
rentabilidade do fundo e regras de contabilização a mercado dificilmente um fundo
passivo consegue replicar seu índice de referência (benchmark).

5.2.2 FUNDOS DE INVESTIMENTO COM GESTÃO ATIVA.


DEFINIÇÕES

Os fundos de gestão ativa tentam superar um determinado Benchmark. Tendem a ser


mais arriscados do que os fundos ativos. Por exemplo: para superar os índices de renda

146
fixa, os fundos ativos tendem a comprar títulos (emprestar) de empresas consideradas de
pior qualidade de crédito.

5.2.2.3 ESTRATÉGIAS DE GESTÃO: POSICIONAMENTO, HEDGE


E ALAVANCAGEM

Hedge: Estratégia em que os gestores investem em ativos com correlação negativa para
obter segurança nos investimentos. Hedge é sinônimo de segurança.

Alavancagem: Existem Instrumentos derivativos no mercado, em que se consegue


investir um valor maior que o patrimônio do fundo, visando dessa forma, aumentar os
ganhos. Essa estratégia eleva os riscos significativamente, podendo apresentar
patrimônio líquido negativo, ou seja, perder tudo e ainda exigir aportes adicionais de
seus cotistas.

5.3 PRINCIPAIS MODALIDADES DE FUNDOS DE

147
INVESTIMENTO
5.3.1 CLASSIFICAÇÃO CVM
A instrução 555 da CVM divide os fundos em quatro categorias: Renda Fixa, Cambial, Ações
Multimercado.

5.3.1.1 FUNDO DE RENDA FIXA

Os fundos classificados como “Renda Fixa”, devem ter como principal fator de risco de
sua carteira a variação da taxa de juros, de índice de preços, ou ambos.
O fundo classificado como “Renda Fixa” deve possuir, no mínimo, 80% (oitenta por
cento) da carteira em ativos de renda fixa, ou seja, taxa de juros ou índice de preço, ou
ambos.
Os Fundos de Renda Fixa se subdividem em quatro categorias: Curto prazo, Referenciado,
Simples e Dívida Externa.

I. Fundo Renda Fixa Curto Prazo


São fundos de renda fixa que aplicam exclusivamente em títulos públicos federais ou
privados considerados de baixo risco pelo gestor ou ainda, investir em cotas de fundos
de índice que invistam preponderantemente nesses ativos. Este fundo pode, também,
investir em operações compromissadas lastreadas em títulos públicos federais
Os prazos máximos para os títulos que o Fundo Renda Fixa Curto Prazo pode investir
são de 60 dias para a carteira (conjunto de ativos) e 375 dias para os ativos individuais.
Pode utilizar derivativos somente para proteção da carteira (hedge).

II. Fundo Renda Fixa Referenciado


São fundos de renda fixa que aplicam pelo menos 95% do seu patrimônio líquido em
ativos que acompanham, direta ou indiretamente, determinado índice de referência.

148
Devem incluir na sua denominação o sufixo “Referenciado” seguindo do índice que
acompanha. Ex: Referenciado DI.
Devem ainda investir pelo menos 80% do seu patrimônio líquido em títulos públicos
federais ou privados considerados de baixo risco pelo gestor ou ainda, investir em
cotas de fundos de índice que invistam preponderantemente nesses ativos.
Só é permitido o uso de derivativos para proteção da carteira (hedge).

III. Fundo Renda Fixa Simples


O fundo classificado como “Renda Fixa” que atenda às condições abaixo deve incluir, à sua
denominação, o sufixo “Simples”:
a) tenha 95% (noventa e cinco por cento), no mínimo, de seu patrimônio líquido
representado, isolada ou cumulativamente, por: a) títulos da dívida pública federal; b)
títulos de renda fixa de emissão ou coobrigação de instituições financeiras que possuam
classificação de risco atribuída pelo gestor, no mínimo, equivalente àqueles atribuídos
aos títulos da dívida pública federal;
b) realize operações com derivativos exclusivamente para fins de proteção da carteira
(hedge);
c) se constitua sob a forma de condomínio aberto; e
d) preveja, em seu regulamento, que todos os documentos e informações a eles
relacionados sejam disponibilizados aos cotistas preferencialmente por meios
eletrônicos.
O gestor do Fundo de Renda Fixa Simples deve adotar estratégia de investimento que proteja o
fundo de riscos de perdas e volatilidade.
Vedações: Não pode cobrança de taxa de performance, nem realizar investimentos no
exterior, nem concentrar suas aplicações em créditos privados (mais de 50%), não
pode ainda, se transformar em fundo fechado nem qualquer outra transformação ou
mudança de classificação do fundo.

IV. Fundo Renda Fixa Dívida Externa

O fundo classificado como “Renda Fixa” que tenha 80% (oitenta por cento), no mínimo,
de seu patrimônio líquido representado por títulos representativos da dívida externa de
responsabilidade da União, deve incluir, à sua denominação, o sufixo “Dívida Externa”.
Este fundo não está sujeito à incidência dos limites de concentração por emissor
previstos para os demais fundos.

149
Os recursos porventura remanescentes podem ser aplicados em derivativos para fins de
proteção (hedge) ou mantidos em conta de depósito em nome do fundo, no Brasil ou no
exterior, observado, neste caso, o limite de 10% (dez por cento) do patrimônio líquido
do Relativamente aos títulos de crédito transacionados no mercado internacional, o total
de emissão ou coobrigação de uma mesma pessoa jurídica, de seu controlador, de
sociedades por eles direta ou indiretamente controlados e de suas coligadas sob controle
comum não pode exceder 10% (dez por cento) do patrimônio líquido do fundo.

5.3.1.2 FUNDO DE AÇÕES

Devem investir no mínimo de 67% do seu patrimônio investido em ações (e títulos


relacionados ao mercado de ações como BDRs, Bônus de Subscrição, etc.). Indicado
para Investidores que não necessitam de liquidez imediata e tenha tolerância ao risco.
Pode ser ativo e cobrar taxa de performance, pode, utilizar derivativos para fins de
alavancagem.´: sem IOF, IR de 15% apenas no resgate, ou seja não tem alíquota
regressiva, nem come cotas.

Possui uma subdivisão, FUNDO de AÇÕES MERCADO ACESSO – São


Fundos de ações cuja política de investimento preveja que, no mínimo, 2/3 (dois terços)
do seu patrimônio líquido seja investido em ações de companhias listadas em segmento
de negociação de valores mobiliários, voltado ao mercado de acesso, instituído por
bolsa de valores ou por entidade do mercado de balcão organizado, que assegure, por
meio de vínculo contratual, práticas diferenciadas de governança corporativa.

5.3.1.2.1 FUNDO DE AÇÕES VERSUS CLUBE DE


INVESTIMENTO: VANTAGENS E DESVANTAGENS

Os Clubes de Investimento são Administrados por CTVM, DTVM ou Bancos. O


administrador deverá redigir o regulamento e será o responsável legal pelo clube. O
clube deverá ser registrado na Bovespa que fiscaliza os clubes junto com a CVM.
• Os clubes deverão ter o mínimo de 3 e o máximo de 50 membros, sendo que nenhum
membro pode deter mais de 40% das cotas.
• O clube poderá nomear um representante entre os seus membros, que caso não seja gestor
credenciado na CVM, não poderá ser remunerado.
• Possuem a mesma tributação dos fundos de ações, assim como não incide IOF sobre os
clubes.
• Mínimo de 67% do patrimônio investido em ações

150
Nos clubes os membros tem maior influência sobre a formação da carteira, tendo maior
flexibilidade para ajustá-la ao perfil do grupo.

Os clubes normalmente possuem taxas de administração mais baixas devido a sua


estrutura mais enxuta, além de custos menores por dispensar encargos comuns aos
fundos como auditoria e taxas de fiscalização da CVM.

5.3.1.3 FUNDO CAMBIAL

Os fundos classificados como “CambiaL” devem ter como principal fator de risco de
carteira a variação de preços de moeda estrangeira ou a variação do cupom cambial.
Devem investir no mínimo 80% (oitenta por cento) da carteira em ativos cambiais, o
restante, respeitando os limites, pode ser investido em outras classes de ativos.

5.3.1.4 FUNDO MULTIMERCADO

Este fundo possui estratégia de investimento diversificada (Ex: renda fixa, ações, Dívida
Externa, etc.), sem compromisso de concentração em nenhum ativo específico. Pode ser
ativo, pode usar derivativos para fins de alavancagem, pode cobrar taxa de performance.
Também conhecidos como “Fundos de Hedge” devido a sua liberdade de poder investir
em diversos ativos, pode carregar no nome a sua principal linha de atuação, ex:
“Multimercado Moedas”, “Multimercado Juros”, etc.

5.3.1.5 CARACTERÍSTICAS DAS SUBCLASSIFICAÇÕES: CRÉDITO


PRIVADO

A maior parte dos ativos que compõem os fundos os fundos de Renda fixa, Cambial e
Multimercado é composta por Títulos Públicos, considerados como os ativos financeiros mais
seguros. É comum, inclusive que o patrimônio desses fundos seja composto em mais de 90% por
títulos públicos. Fundos que possuem em sua composição uma parcela maior de títulos privados
(CDBs, Debêntures, Notas Promissórias, etc.), portanto, são considerados mais arriscados.
Para os fundos de investimento cujo patrimônio seja composto em mais de 50% por
títulos privados é obrigatório o uso da expressão “Crédito Privado” em seu nome. Os
documentos e material de venda e termo de adesão desse fundo deverão destacar essa
informação para alertar aos investidores sobre elevados riscos de perda inerentes a esse
produto.

5.3.2 ATIVOS FINANCEIROS NO EXTERIOR. LIMITE DE


ALOCAÇÃO EM FUNÇÃO DO PÚBLICO ALVO, TIPO DE FUNDO
E DE INVESTIDOR

151
O gestor do fundo é responsável por executar, na seleção dos ativos financeiros no
exterior, procedimentos compatíveis com as melhores práticas do mercado,
assegurando que as estratégias a serem implementadas no exterior estejam de acordo
com o objetivo, política de investimento e níveis de risco do fundo. Os ativos
financeiros no exterior devem ser registrados em sistema de registro supervisionados
por autoridade local reconhecida e ter sua existência diligentemente verificada pelo
administrador ou pelo custodiante do fundo.
Os ativos financeiros negociados em países signatários do Tratado de Assunção
equiparam-se aos ativos financeiros negociados no mercado nacional.

Limites máximos para aplicação no exterior:


Qualquer fundo que tenha a classificação “Renda Fixa – Dívida Externa” pode aplicar até todo
o seu patrimônio no exterior (ilimitado)
Fundos para o público geral podem aplicar até 20% do seu patrimônio no exterior.
Fundos para destinados a Investidores Qualificados podem aplicar até 40% patrimônio
no exterior. Se a política de investimento determinar que, no mínimo, 67% (sessenta e
sete por cento) de seu patrimônio líquido seja composto por ativos financeiros no
exterior, não haverá limite.

Fundos exclusivamente destinados a Investidores Profissionais - Ilimitado para fundos que


incluam em sua denominação o sufixo “Investimento no Exterior”.

5.3.3 LIMITES POR EMISSOR

O fundo observará os seguintes limites de concentração por emissor: Até 20% (vinte
por cento) do patrimônio líquido do fundo quando o emissor for instituição financeira
autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil; Até 10% (dez por cento) do
patrimônio líquido do fundo quando o emissor for companhia aberta ou fundo de
investimento;
Até 5% (cinco por cento) do patrimônio líquido do fundo quando o emissor for pessoa
natural ou pessoa jurídica de direito privado que não seja companhia aberta ou
instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil; e
Não haverá limites quando o emissor for a União Federal.

5.3.4 LIMITES POR MODALIDADE DE ATIVO FINANCEIRO

Até 5% em cotas de fundos de investimento (ou FIC) em Direitos Creditórios Não-


Padronizados – FIDC-NP e fundos de investimento destinados exclusivamente a
investidores profissionais.

152
Até 20% em: cotas de fundos (diversos tipos), incluindo Fundos de Investimento
Imobiliário e Fundos de Investimento em Direitos Creditórios – FIDC, Certificados de
Recebíveis Imobiliários – CRI ou outros ativos financeiros não definidos.

Até 100% em títulos públicos federais e operações compromissadas lastreadas nestes


títulos; ouro, desde que adquirido ou alienado em negociações realizadas em mercado
organizado; títulos de emissão ou coobrigação de instituição financeira autorizada a
funcionar pelo Banco Central do Brasil; valores mobiliários diversos daqueles previstos
nos parágrafos acima, desde que objeto de oferta pública registrada na CVM, notas
promissórias, debêntures e ações, desde que tenham sido emitidas por companhias
abertas e objeto de oferta pública; e contratos derivativos, exceto se referenciados nos
ativos listados nos parágrafos acima.

5.3.5 OUTROS FUNDOS: DEFINIÇÃO, PÚBLICO ALVO E


PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

5.3.5.1 FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS


– FIDC. FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTA DE FIDC - FIC-
FIDC
Fundo de Investimento em Direito Creditório – FIDC: Fundos que investem mais de
50% em direitos creditórios. Direitos Creditório contra uma mesma pessoa física ou
jurídica não pode exceder mais de 10% do patrimônio. Aplicação mínima de R$ 25 mil
por investidor.

Fundo de Investimento em Cota de FIDC - FIC-FIDC - Fundos que investem em cotas de


FIDCs.

5.3.5.1.1 COTA SÊNIOR E COTA SUBORDINADA.


CARACTERÍSTICAS E RISCOS PARA O INVESTIDOR

Cotas seniores tem preferência para amortização e resgate.


Cotas subordinadas só são remuneradas após as cotas seniores terem sido totalmente
pagas. As cotas seniores possuem proteção, desta forma possuem risco bem inferior ao
verificado nas cotas subordinadas, que são mais arriscadas, porém podem render mais.

A ideia da diferenciação de cotas nos FIDCs é prospectar diferentes perfis de investidores.


5.3.5.2 FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO – FII.
CONCEITOS E FORMA DE NEGOCIAÇÃO.

153
São fundos que investem em Ativos Imobiliários – Imóveis, CRIs, LCIs, Cotas de
Outros FIIs, etc. É um Fundo Fechado, sem Personalidade Jurídica (CNPJ) própria.
OS cotistas podem ganhar de duas formas: rendimentos (aluguéis) ou ganho de capital
(quando vendem suas cotas por um valor superior ao de compra).

Possui isenção de IR sobre os rendimentos apenas para Pessoa Física, desde que
possuam menos de 10% das cotas e o fundo tenha no mínimo 50 cotistas.

Tributação: IR de 20% para rendimentos (retido na fonte) e ganho de capital (recolhido pelo
investidor).

5.3.5.2.1 TRIBUTAÇÃO: IMPOSTO DE RENDA SOBRE OS RENDIMENTOS E GANHOS DE


CAPITAL PARA PESSOAS FÍSICAS E PESSOAS JURÍDICAS:
CARACTERÍSTICAS DO FUNDO; FATO GERADOR; ALÍQUOTAS; BASE DE
CÁLCULO E AGENTE RESPONSÁVEL PELO RECOLHIMENTO

Possui isenção de IR sobre os rendimentos apenas para Pessoa Física, desde que possuam
menos de 10% das cotas e o fundo tenha no mínimo 50 cotistas.

Tributação: IR de 20% para rendimentos (retido na fonte) e ganho de capital (recolhido pelo
investidor, similar ao recolhimento em investimento direto em ações).

5.3.5.3 FUNDO DE INVESTIMENTO EM ÍNDICE DE MERCADO


(FUNDOS DE ÍNDICE) COM COTAS NEGOCIÁVEIS EM BOLSA
DE VALORES OU MERCADO DE BALCÃO ORGANIZADO,
TAMBÉM CONHECIDO COMO ETF - EXCHANGE TRADED
FUNDS

Fundos negociados em unidade na bolsa como se fossem ações, normalmente um ETF


representa determinado índice (IBOVESPA, IBrX), então ao comprar um ETF na bolsa
o investidor está comprando por exemplo 50, 100 ações diferentes em um único papel.
Além da diversificação, uma das vantagens é o custo baixo, pois sua taxa de
administração tende a ser bem abaixo das praticadas em fundos de investimentos em
ações. Outra vantagem é o controle do valor de compra e venda (D0), diferente dos
fundos de ações (D+1).

Exemplo: PIBB11, BOVA11, SMAL11 (para saber mais acesse

154
http://br.ishares.com/ - Site da Black Rock - maior gestora de ETFs do mundo)

Sua tributação é similar a compra direta de ações - Aliquotas, limites e formas de recolhimento.

5.3.5.4 FUNDOS DE INVESTIMENTO EM PARTICIPAÇÕES - FIP

O Fundo de Investimento em Participações (FIP), constituído sob a forma de


condomínio fechado, é uma comunhão de recursos destinados à aquisição de ações,
debêntures, bônus de subscrição, ou outros títulos e valores mobiliários conversíveis ou
permutáveis em ações de emissão de companhias, abertas ou fechadas, participando do
processo decisório da companhia investida, com efetiva influência na definição de sua
política estratégica e na sua gestão, notadamente através da indicação
de membros do Conselho de
Administração.
Os FIPs são destinados a investidores qualificados, em geral com valor de investimento
inicial. A ideia desses fundos, muitas vezes, é de comprar empresas fechadas, dar um
choque de gestão de forma a fazê-las crescer para vender com lucro.

5.3.5.5 FUNDOS RESTRITOS: FUNDOS PARA INVESTIDORES


QUALIFICADOS E FUNDOS PARA INVESTIDORES
PROFISSIONAIS

O regulamento do fundo destinado exclusivamente a investidores


qualificados/profissionais deve ser explícito no que se refere à exclusiva participação
destes investidores.

É permitida a permanência e a realização de novas aplicações em fundos para


investidores qualificados, de cotistas que não se enquadrem nos requisitos previstos em
norma específica, desde que tais cotistas tenham ingressado em concordância com os
critérios de admissão anteriormente vigentes.

O fundo destinado exclusivamente a investidores qualificados, desde que previsto em seu


regulamento, pode:
I – admitir a utilização de ativos financeiros na integralização e resgate de cotas, com
o estabelecimento de critérios detalhados e precisos para adoção desses
procedimentos;
II – dispensar, na distribuição de cotas de fundos fechados, a elaboração de prospecto e
a publicação de anúncio de início e de encerramento de distribuição;
III – cobrar taxas de administração e de performance;

155
IV– estabelecer prazos para conversão de cota e para pagamento dos resgates diferentes
daqueles previstos nesta Instrução; e
V – prestar fiança, aval, aceite ou coobrigar-se de qualquer outra forma, em nome do
fundo, relativamente a operações direta ou indiretamente relacionadas à carteira do
fundo, sendo necessária a concordância de cotistas representando, no mínimo, dois
terços das cotas emitidas pelo fundo.

Os fundos destinados a investidores profissionais pode ainda admitir investidores


relacionados ao investidor profissional por vínculo familiar ou vínculo societário
familiar, desde que no mínimo 90% (noventa por cento) das cotas do fundo em que se
pretenda ingressar sejam detidas por tais investidores.

5.3.6 TRIBUTAÇÃO SOBRE APLICAÇÕES FINANCEIRAS EM


FUNDOS DE INVESTIMENTO

Diferente da classificação da CVM (ICVM 555), para efeito de tributação (Receita


Federal) os fundos se dividem em apenas três categorias: Curto Prazo, Longo Prazo e
Fundo de Ações.
Fundos de Curto Prazo: Fundos com carteira de prazo médio igual ou inferior a 365 dias;
Fundos de Longo Prazo: Fundos com carteira de prazo médio superior a 365 dias; e
Fundo de Ações: Fundos com carteira composta no mínimo por 67% em ações;
O Imposto de Renda tem como base os rendimentos nominais auferidos pelo fundo
líquidos do IOF, se houver. Em outras palavras, primeiro, se for o caso, paga-se o IOF
para depois recolher o IR. Os fundos de investimento que incorrem em prejuízo
(redução no valor da cota), não precisam pagar IR.
Os cotistas do fundo não devem se preocupar em recolher os impostos do fundo, a
responsabilidade de recolhimento é da instituição administradora (ou intermediadora),
os cotistas receberão seus rendimentos líquidos de IR, ou seja, o IR será recolhido na
fonte.

Os Fundos de Ações não possuem IOF e possuem uma alíquota única de IR de 15%
incidente apenas no resgate. Os demais fundos terão seus rendimentos tributados
semestralmente (come-cotas) ou no resgate, o que vier primeiro.
Assim, por exemplo, um Fundo Multimercado pode ser de curto prazo, longo prazo ou
mesmo um fundo de ações, dependendo da composição de sua carteira.

Nos fundos o administrador é o responsável por recolher o Imposto de Renda.

156
As alíquotas de IR para os fundos de Curto e Longo Prazo incidem após o IOF, se houver
(prazo de 1 a 29 dias).
Os Fundos de Curto Prazo (CP) estão sujeitos às seguintes alíquotas (22,5% e 20%) de
IR de acordo com o tempo que o cotista permanecer com o dinheiro aplicado no fundo:

Nos Fundos de Longo Prazo (LP) existem quatro alíquotas conforme tabela abaixo:

Os Fundos de Ações são fundos que investem 67% ou mais do seu patrimônio líquido
em ações ou títulos similares do mercado acionário. Os fundos de ações, ao contrário
dos outros, não sofrem incidência de IOF e possuem uma alíquota única de Imposto de
Renda de 15% incidente apenas na hora do resgate, ou seja, não possuem come-cotas.

Para efeito de tributação, a depender da composição da carteira, por exemplo, um fundo


multimercado pode ser classificado como curto prazo, longo prazo ou fundo de ações.

5.3.6.1 IMPOSTO DE RENDA (IR) – “COME-COTAS”: FATO


GERADOR, ALÍQUOTAS (CONFORME TIPO DE FUNDO - CURTO PRAZO E
LONGO PRAZO
Semestralmente, no último dia útil dos meses de maio e novembro, os fundos são
tributados. Como o governo não sabe quanto tempo cada investidor vai manter o seu
dinheiro aplicado, é cobrada a alíquota mínima do fundo:
Fundos de Curto Prazo = 20%
Fundos de Longo Prazo = 15%
Fundos de Ações (Renda Variável) = Não possuem come-cotas

157
A diferença em relação à alíquota referente ao prazo que o recurso ficou aplicado no fundo é
ajustada na hora do resgate.

O IR semestral não reduz o valor da cota, e sim o número de cotas, portanto após o
pagamento do IR o cotista não terá o valor das suas cotas reduzido, mas sim um menor
número de cotas, por isso esse imposto é conhecido como “Come-Cotas”.

Apesar de ser cobrado apenas semestralmente ou no resgate, o valor do IR é


aprovisionado diariamente nos fundos de investimento. No resgate procede-se o ajuste
do valor devido em relação ao pago no come-cotas.

5.3.6.2 COMPENSAÇÃO DE PERDAS NO PAGAMENTO DO IR

A Receita Federal permite a compensação de perdas em fundos de investimento. As


perdas incorridas em fundos de investimento poderão ser compensadas para o período
de incidência de IR ou posteriormente para o mesmo fundo, que é feita de forma
automática ou em fundos diferentes.

No caso de fundos diferentes, as regras são as seguintes:


● Os fundos deverão ter a mesma classificação tributária;
● Os fundos deverão ser administrados pela mesma instituição financeira;
● A instituição deverá manter os registros individuais dos valores a serem compensados;
● Para a compensação de perdas é necessário que tenha havido o resgate de cotas, que
caracteriza o prejuízo no investimento.

5.4 CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E


MELHORES PRÁTICAS PARA ADMINISTRAÇÃO
DE RECURSOS DE TERCEIROS
5.4.1 DEFINIÇÕES (CAP. I)
Além das definições estabelecidas no item 2.1.1 (pag. 18), temos:

158
Administração de Recursos de Terceiros: atividades de Administração Fiduciária e
Gestão de Recursos de Terceiros, conforme definidas neste Código;

Administração Fiduciária: conjunto de serviços relacionados direta ou indiretamente ao


funcionamento e à manutenção do Fundo, desempenhada por pessoa jurídica
autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários;

Administrador Fiduciário: pessoa jurídica autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários a


desempenhar a atividade de Administração Fiduciária;

Análise de Perfil do Investidor: regras e procedimentos adotados pelas Instituições


Participantes para identificar as necessidades econômicofinanceiras, presentes e futuras,
do investidor, suas expectativas, restrições, objetivos, tolerância a risco, necessidade de
liquidez e horizonte de investimento;

Apreçamento: consiste em precificar os ativos pertencentes à carteira dos Veículos de


Investimento, pelos respectivos preços negociados no mercado em casos de ativos
líquidos ou, quando este preço não é observável, por uma estimativa adequada de preço
que o ativo teria em uma eventual negociação feita no mercado;

Ativos de Crédito Privado: ativos financeiros representativos de dívidas ou obrigações


de pessoas físicas ou jurídicas de direito privado e títulos cujos emissores sejam
diferentes da União Federal (não soberanas);

Ativos Imobiliários: quaisquer ativos pelos quais ocorra a participação dos Fundos de
Investimento Imobiliários nos empreendimentos imobiliários permitidos pela Regulação
aplicável;

Cedente: aquele que realiza a Cessão de Direitos Creditórios para o Fundo de Investimento em
Direitos Creditórios;

Cessão de Direitos Creditórios: a transferência pelo Cedente, credor originário ou não, de seus
Direitos Creditórios para o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios, mantendo-se
inalterados os restantes elementos da relação obrigacional;

Coobrigação: é a obrigação contratual ou qualquer outra forma de retenção substancial


dos riscos de crédito do ativo adquirido pelo Fundo assumida pelo Cedente ou terceiro,
em que os riscos de exposição à variação do fluxo de caixa do ativo permaneçam com o
Cedente ou terceiro;

Desenquadramento: descumprimento dos limites de concentração e diversificação da


carteira dos Veículos de Investimento, assim como todas as vedações e restrições

159
inclusas nos Documentos dos Veículos de Investimento, não compreendendo os limites
de risco descritos na seção IV do capítulo VIII deste Código que por ventura estejam
previstos no regulamento dos Fundos ou nos contratos de carteira administrada,
conforme o caso;

Direitos Creditórios: os direitos e títulos representativos de crédito, originários de


operações realizadas nos segmentos financeiro, comercial, industrial, imobiliário, de
hipotecas, de arrendamento mercantil e de prestação de serviços, e os warrants,
contratos e demais títulos referidos pela Regulação em vigor;

Documentos dos Veículos de Investimento: são os documentos oficiais exigidos pela Regulação
específica em vigor dos Veículos de Investimento;

Fundo Aberto: Fundo constituído sob a forma de condomínio aberto, em que os


investidores podem solicitar o resgate de suas cotas em conformidade com o disposto
no regulamento do Fundo;

Fundo Fechado: Fundo constituído sob a forma de condomínio fechado em que as cotas
somente são resgatadas ao término do prazo de duração do Fundo;

Gestão de Patrimônio Financeiro: gestão profissional dos ativos financeiros integrantes


da carteira dos Veículos de Investimento, com foco individualizado nas necessidades
financeiras do investidor e desempenhada por pessoa jurídica autorizada pela Comissão
de Valores Mobiliários;

Gestão de Recursos de Terceiros: gestão profissional dos ativos financeiros integrantes


da carteira dos Veículos de Investimento, desempenhada por pessoa jurídica autorizada
pela Comissão de Valores Mobiliários;

Gestor de Patrimônio: Gestor de Recursos que desempenha a Gestão de Recursos de


Terceiros e, adicionalmente a esta atividade, desempenha a atividade de Gestão de
Patrimônio Financeiro;

Gestor de Recursos de Terceiros ou Gestor de Recursos: pessoa jurídica autorizada pela


Comissão de Valores Mobiliários a desempenhar a Gestão de Recursos de Terceiros;

Relação Fiduciária: relação de confiança e lealdade que se estabelece entre os


investidores e a Instituição Participante no momento em que lhe é confiada a prestação
de serviço para a qual foi contratada;

5.4.2 OBJETIVO E ABRANGÊNCIA (CAP. II)

160
Objetivo: O presente Código tem por objetivo estabelecer princípios e regras para
Administração de Recursos de Terceiros visando, principalmente:

I. A manutenção dos mais elevados padrões éticos e a consagração da


institucionalização de práticas equitativas no mercado financeiro e de capitais;
II. A concorrência leal;
III. A padronização de seus procedimentos;
IV. A maior qualidade e disponibilidade de informações, especialmente por meio do
envio de dados pelas Instituições Participantes à ANBIMA; e
V. A elevação dos padrões fiduciários e a promoção das melhores práticas de mercado.

Abrangência: Este Código se destina às instituições que desempenham o exercício


profissional de Administração Fiduciária e Gestão de Recursos de Terceiros de
Veículos de Investimento.

5.4.3 PRINCÍPIOS GERAIS DE CONDUTA (CAP. IV)


As Instituições Participantes devem:

I. Exercer suas atividades com boa-fé́, transparência, diligência e lealdade;


II. Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de suas
atividades, o cuidado que toda pessoa prudente e diligente costuma dispensar à
administração de seus próprios negócios, respondendo por quaisquer infrações ou
irregularidades que venham a ser cometidas;

III. Nortear a prestação das atividades pelos princípios da liberdade de iniciativa e da


livre concorrência, evitando a adoção de práticas caracterizadoras de
concorrência desleal e/ou de condições não equitativas, respeitando os princípios
de livre negociação;
IV. Evitar quaisquer práticas que infrinjam ou estejam em conflito com as regras e
princípios contidos neste Código e na Regulação em vigor;
V. Adotar condutas compatíveis com os princípios de idoneidade moral e
profissional;
VI. Evitar práticas que possam vir a prejudicar a Administração de Recursos de
Terceiros e seus participantes, especialmente no que tange aos deveres e direitos
relacionados às atribuições específicas de cada uma das Instituições Participantes
estabelecidas em contratos, regulamentos, neste Código e na Regulação vigente;
VII. Envidar os melhores esforços para que todos os profissionais que desempenhem
funções ligadas à Administração de Recursos de Terceiros atuem com
imparcialidade e conheçam o código de ética da Instituição Participante e as
normas aplicáveis à sua atividade;

161
VIII. Identificar, administrar e mitigar eventuais conflitos de interesse, nas respectivas
esferas de atuação, que possam afetar a imparcialidade das pessoas que
desempenhem funções ligadas à Administração de Recursos de Terceiros;
IX. Evitar práticas que possam ferir a Relação Fiduciária mantida com os
investidores;
X. Desempenhar suas atribuições buscando atender aos objetivos descritos nos
Documentos dos Veículos de Investimento e na Regulação em vigor, bem como
promover a divulgação de informações a eles relacionadas, inclusive no que diz
respeito à remuneração por seus serviços, visando sempre ao fácil e correto
entendimento por parte dos investidores; e
XI. Transferir ao Veículo de Investimento qualquer benefício ou vantagem que possa
alcançar em decorrência de sua condição como
Administrador Fiduciário e/ou Gestor de Recursos, observada a exceção prevista
na norma específica de Fundos e/ou as disposições contratuais estabelecidas no
contrato de carteira administrada.

5.4.4 REGRAS, PROCEDIMENTOS E CONTROLES


(CAP. V)
As Instituições Participantes devem garantir, por meio de controles internos adequados,
o permanente atendimento ao disposto neste Código, às políticas e à Regulação vigente.

5.4.4.1 Segregação de Atividades (Seção II)

O exercício da administração de Recursos de Terceiros deve ser segregado das demais


atividades das instituições Participantes e de seu Conglomerado ou Grupo Econômico
que possam gerar conflitos de interesse, por meio da adoção de procedimentos
operacionais, com o objetivo de:
I. Mitigar a ocorrência de ilícitos legais ou contrários à Regulação;
II. Promover a segregação funcional das áreas responsáveis pela Administração de Recursos
de Terceiros das demais áreas que possam gerar potenciais conflitos de interesse, de
forma a minimizar adequadamente tais conflitos;
III. Garantir a segregação física de instalações entre a área responsável pela Administração
de Recursos de Terceiros e as áreas responsáveis pela intermediação e distribuição de
ativos financeiros;
IV. Propiciar o bom uso de instalações, equipamentos e informações comuns a mais de um
setor da empresa;
V. Preservar informações confidenciais e permitir a identificação das pessoas que tenham
acesso a elas; e
VI. Administrar e monitorar adequadamente as áreas identificadas como de potencial conflito
de interesses.

162
5.4.4.2 Segurança e Sigilo das Informações (Seção III)

As Instituições Participantes devem estabelecer mecanismos para:


I. Propiciar o controle de informações confidenciais, reservadas ou privilegiadas a
que tenham acesso os seus sócios, diretores, administradores, profissionais e terceiros
contratados;
II. Assegurar a existência de testes periódicos de segurança para os sistemas de
informações, em especial para os mantidos em meio eletrônico; e
III. Implantar e manter treinamento para os seus sócios, diretores, alta administração e
profissionais que tenham acesso a informações confidenciais, reservadas ou
privilegiadas e participem do processo de decisão de investimento.

5.4.5 Administração Fiduciária (Cap. VII)


A Administração Fiduciária compreende o conjunto de serviços relacionados direta ou
indiretamente ao funcionamento e à manutenção dos Fundos de Investimento, devendo
o Administrador Fiduciário fazê-lo de acordo com o disposto neste Código e na
Regulação vigente.

5.9.5.1 Obrigações gerais do administrador fiduciário (Seção I)


O Administrador Fiduciário é o responsável pela:
I. Constituição, administração, funcionamento e divulgação de informações dos
Fundos;
II. Elaboração de todos os documentos relacionados aos Fundos, devendo observar,
durante a elaboração, a Regulação aplicável a cada tipo de Fundo de Investimento;
III. Supervisão das regras, procedimentos e controles da gestão de risco implementada
pelo Gestor de Recursos, conforme seção IV do capítulo VIII deste Código;
IV. Supervisão dos limites de investimento das carteiras dos Fundos, nos termos da
seção II deste capítulo;
V. Supervisão dos terceiros contratados, conforme capítulo VI deste Código; e VI.
Gestão do risco de liquidez, que deve ser feita em conjunto com o Gestor de
Recursos, nos termos da Regulação vigente e conforme o previsto no contrato de
prestação de serviço.

5.4.6 Gestão de Recursos de Terceiros (Cap. VIII)


A Gestão de Recursos de Terceiros consiste na gestão profissional dos ativos
financeiros integrantes das carteiras dos Veículos de Investimento e deve ser exercida
por profissional devidamente habilitado e autorizado pela Comissão de Valores
Mobiliários para o exercício da atividade de Gestão de Recursos de Terceiros.

163
Os profissionais que exerçam a atividade de Gestão de Recursos Terceiros e possuam
alçada de decisão sobre o investimento, desinvestimento e manutenção dos ativos
financeiros integrantes das carteiras dos Veículos de Investimento devem estar
devidamente certificados, nos termos do Código ANBIMA de Regulação e Melhores
Práticas para o Programa de Certificação Continuada (Certificação CGA).

5.4.6.1 Obrigações Gerais do Gestor de Recursos de Terceiros (Seção I)


O Gestor de Recursos é responsável:

I. Pelas decisões de investimento, manutenção e desinvestimento, segundo a política


de investimento e demais características do Veículo de Investimento estabelecidas nos
Documentos dos Veículos de Investimento, conforme aplicável;
II. Pelas ordens de compra e venda de ativos financeiros e demais modalidades
operacionais;
III. Pelo envio das informações relativas aos negócios realizados pelos Veículos de
Investimento ao Administrador Fiduciário ou ao terceiro contratado para essa atividade,
quando aplicável;
IV. Pela negociação, alocação e rateio de ordens dos Veículos de Investimento, quando
aplicável;
V. Pelo enquadramento aos limites de investimento da carteira dos Veículos de
Investimento, observado o disposto nos Documentos dos Veículos de Investimento e na
Regulação vigente;
VI. Pelo processo de prevenção à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo
dos ativos financeiros adquiridos pelos Veículos de Investimento;
VII. Pelo controle de risco dos Veículos de Investimento, incluindo, mas não se
limitando à gestão do risco de liquidez, risco de mercado e risco de crédito, bem como
ao enquadramento dos Veículos de Investimento aos limites de risco estabelecidos nos
Documentos dos Veículos de Investimento e/ou em suas regras de risco; e
VIII. Por garantir que as operações realizadas pelos Veículos de Investimento
tenham sempre propósitos econômicos compatíveis com os Documentos dos Veículos
de Investimento, e estejam em consonância com os princípios gerais de conduta
previstos neste Código.

5.4.7 Selo ANBIMA (Cap. XIII)


A veiculação do selo ANBIMA tem por finalidade exclusiva demonstrar o compromisso
das Instituições Participantes em atender às disposições deste Código.

A ANBIMA não se responsabiliza pelas informações constantes dos documentos


divulgados pelas Instituições Participantes, ainda que façam uso do selo ANBIMA, nem

164
tampouco pela qualidade da prestação de suas atividades. Cabe à Diretoria da
Associação regulamentar as regras de uso do selo ANBIMA.

5.4.8 Fundos de Investimento 555 (Anexo I)


5.4.8.1 Objetivo e Abrangência (Cap. I)
O presente anexo aplica-se, em adição às regras do Código, aos Fundos de investimento
e aos Fundos de investimento em cotas de Fundos de Investimento regulados pela
Instrução CVM nº 555 e suas alterações posteriores.

5.4.8.2 Documentos e informações dos Fundos 555 (Cap. III)

O Administrador Fiduciário deve tomar providências para que sejam disponibilizados


aos investidores os documentos relacionados ao Fundo 555 e suas informações
periódicas a partir de seu ingresso no Fundo, nos termos da Regulação aplicável. Art.
8º. Os documentos devem conter as principais características do Fundo 555, dentre as
quais as informações relevantes aos investidores sobre políticas de investimento, taxas e
riscos envolvidos, bem como seus direitos e responsabilidades.

5.4.8.2.1 Formulário de Informações Complementares (Seção I)

A responsabilidade pela elaboração do Formulário é do Administrador Fiduciário, que deve


assegurar que ele contenha, no mínimo:
I. Classificação ANBIMA: apresentar de forma destacada a classificação atribuída ao
Fundo, bem como a descrição do tipo ANBIMA divulgado, conforme Diretriz
ANBIMA de Classificação de Fundos ;
II. Fatores de risco: indicar, obrigatoriamente e em ordem de relevância, todo e
qualquer fator de risco relativo ao Fundo que possa de alguma forma afetar a decisão do
potencial investidor no que diz respeito à aquisição das cotas do Fundo, devendo
constar, no mínimo, quando aplicável, os seguintes fatores de risco: a. Risco de
mercado; b. Risco de crédito; c. Risco de liquidez; d. Risco Operacional; e. Risco de
Contraparte; e f. Risco de Concentração;
III. Gestão de risco: descrever a gestão de risco adotada pela Instituição Participante,
em especial os métodos utilizados para gerenciar os riscos a que os Fundos estejam
expostos;
IV. Tributação aplicável: descrever a tributação aplicável ao Fundo e a seus
investidores, contemplando a política a ser adotada pelo Administrador Fiduciário
quanto ao tratamento tributário perseguido;
V. Apresentação detalhada do Administrador Fiduciário e do Gestor de Recursos; e

165
VI. Exercício do Direito de Voto em Assembleias: informar se o Gestor de Recursos
e/ou Administrador Fiduciário exerce o direito de voto decorrente dos ativos financeiros
detidos pelos Fundos.

5.4.8.2.2 Lâmina de Informações Essenciais (Seção II)

O Administrador Fiduciário do Fundo aberto que não seja destinado exclusivamente a


investidores qualificados deve elaborar lâmina de informações essenciais na forma do
disposto na Regulação vigente.

Cabe ao Conselho de Regulação e Melhores Práticas expedir diretrizes que devem ser
observadas pelas Instituições Participantes no que se refere à elaboração da lâmina de
informações essenciais.

5.4.8.3 Publicidade dos Fundos 555 (Cap. VI)


5.4.8.3.1 Regras Gerais (Seção I)

A Instituição Participante, ao elaborar e divulgar Material Publicitário e Material Técnico, deve:

I. Envidar seus melhores esforços no sentido de produzir materiais adequados aos


investidores, minimizando incompreensões quanto ao seu conteúdo e privilegiando
informações necessárias para a tomada de decisão de investidores e potenciais
investidores;
II. Buscar a transparência, clareza e precisão das informações, fazendo uso de
linguagem simples, clara, objetiva e adequada aos investidores e potenciais
investidores, de modo a não induzir a erro ou a decisões equivocadas de investimentos;
III. Conter informações verdadeiras, completas, consistentes e alinhadas com os
documentos do Fundo;
IV. Zelar para que não haja qualificações injustificadas, superlativos não comprovados,
opiniões ou previsões para as quais não exista uma base técnica, promessas de
rentabilidade, garantia de resultados futuros ou isenção de risco para investidores e
potenciais investidores;
V. Disponibilizar informações que sejam pertinentes ao processo de decisão, sendo
tratados de forma técnica assuntos relativos à performance passada, de modo a
privilegiar as informações de longo prazo em detrimento daquelas de curto prazo;
VI. Manter a mesma linha de conteúdo e forma e, na medida do possível, incluir a
informação mais recente disponível, de maneira que não sejam alterados os períodos de
análise, buscando ressaltar períodos de boa rentabilidade, descartando períodos
desfavoráveis, ou interrompendo sua recorrência e periodicidade especialmente em
razão da performance;

166
VII. Privilegiar dados de fácil comparabilidade, e, caso sejam realizadas projeções ou
simulações, detalhar todos os critérios utilizados, incluindo valores e taxas de
comissões; e
VIII. Zelar para que haja concorrência leal, de modo que as informações
disponibilizadas ou omitidas não promovam determinados Fundos ou Instituições
Participantes em detrimento de seus concorrentes, sendo permitida comparação somente
nos termos deste anexo.
5.4.8.3.2 Material Publicitário (Seção II)

A Instituição Participante, ao divulgar Material Publicitário em qualquer meio de


comunicação disponível, deve incluir, em destaque, link ou caminho direcionando os
investidores ou potenciais investidores ao Material Técnico sobre o Fundo mencionado,
de modo que haja conhecimento de todas as informações, características e riscos do
investimento. Parágrafo único. A Instituição Participante e empresas do Conglomerado
ou Grupo Econômico que fizerem menção de seus Fundos nos Materiais Publicitários
de forma geral e não específica, devem incluir link ou caminho que direcione os
investidores ou potenciais investidores para o site da instituição.

5.4.8.3.3 Material Técnico (Seção III)

O Material Técnico deve possuir, no mínimo, as seguintes informações sobre os Fundos:

I. Descrição do objetivo e/ou estratégia;


II. Público-alvo, quando destinado a investidores específicos;
III. Carência para resgate e prazo de operação;
IV. Tributação aplicável; e
V. Informações sobre os canais de atendimento. Parágrafo único. Nas agências e dependências
das Instituições Participantes, devem-se manter à disposição dos interessados, seja por meio
impresso ou passível de impressão, as informações previstas no caput.

5.4.8.3.4 Histórico da Rentabilidade (Seção VI)

Ao divulgar a rentabilidade dos Fundos as Instituições Participantes devem:

I. Utilizar o mês anterior do calendário civil;


II. Utilizar, caso aplicável, todos os meses do ano corrente do calendário civil de forma
individual (mês a mês) ou com seu valor acumulado (acumulado no ano);
III. Incluir anos anteriores do calendário civil;
IV. Incluir períodos de doze meses do calendário civil, contados até o mês anterior à
divulgação dos últimos doze meses, utilizando a mesma metodologia caso divulguem
períodos múltiplos de doze meses;

167
V. Incluir, nas hipóteses em que os Fundos tenham sido constituídos a menos de doze meses,
a data de constituição do Fundo até o mês anterior à divulgação; e
VI. Tratar de forma segregada dos demais, os Fundos:
a. Destinados exclusivamente à aplicação de outros Fundos (Fundos máster);
b. Exclusivos ou Reservados; e
c. Administrados por Instituição que não seja associada à ANBIMA.

5.4.8.3.5 Avisos Obrigatórios (Seção VII)

As Instituições Participantes devem incluir, com destaque, nos documentos abaixo indicados, os
seguintes avisos obrigatórios:

“Rentabilidade obtida no passado não representa garantia de resultados futuros”;

“A rentabilidade divulgada não é líquida de impostos”;

“O investimento em Fundo não é garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito

Caso utilize simulações:


“As informações presentes neste material técnico são baseadas em simulações e os
resultados reais poderão ser significativamente diferentes”.

Caso haja cobrança de taxa de entrada, taxa de saída e/ou outras taxas que afetem a rentabilidade
do Fundo

“A rentabilidade divulgada não é líquida de impostos e taxa de [nome da taxa].”

Caso o Fundo opte por divulgar rentabilidade ajustada ao repasse realizado diretamente
ao investidor de dividendos, juros sobre capital próprio ou outros rendimentos advindos
de ativos financeiros que integrem a carteira:
“A rentabilidade ajustada considera o reinvestimento dos dividendos, juros sobre capital
próprio ou outros rendimentos advindos de ativos financeiros que integrem a carteira do
Fundo repassados diretamente ao cotista.”

Caso o Fundo altere sua classificação ou, ainda, altere significativamente sua política de
investimento deve ser incluído no Material Técnico aviso com o seguinte teor:
“Este Fundo alterou [classificação CVM/Gestor de Recursos e/ou
significativamente sua política de investimento] em [incluir data].”

No Material Técnico, é obrigatório o aviso com seguinte teor:

168
“Leia o formulário de informações complementares, a lâmina de informações essenciais, se
houver, e o regulamento antes de investir.”

No Formulário de Informações Complementares: a. Devem constar, da capa, da


contracapa ou da primeira página do Formulário, avisos com o seguinte teor:
i. “Este formulário está em consonância com as disposições do Código ANBIMA de
Regulação e Melhores Práticas para a Administração de Recursos de Terceiros, assim
como com as normas emanadas pela Comissão de Valores Mobiliários. A Comissão de
Valores Mobiliários e a ANBIMA não garantem a veracidade das informações contidas
neste formulário.”; e ii. “As informações contidas nesse formulário estão em
consonância com o regulamento do fundo, mas não o substituem. É recomendada a
leitura cuidadosa tanto deste formulário, quanto do regulamento, com especial atenção
para as cláusulas relativas ao objetivo e à política de investimento do fundo, bem como
às disposições do formulário e do regulamento que tratam dos fatores de risco a que o
fundo está exposto.”

No uso de mídia impressa e por meios digitais escritos, o tamanho do texto e a


localização dos avisos e informações devem permitir sua clara leitura e compreensão.

5.4.9 Apreçamento dos Ativos (Cap. VII e Deliberação


ANBIMA de Apreçamento nº 80)
O Administrador Fiduciário deve adotar na precificação dos ativos financeiros metodologia de
Apreçamento dos ativos, conforme Regulação vigente. O

Apreçamento tem como principal objetivo evitar a transferência de riqueza entre os


investidores dos Fundos (antigamente era Marcação à Mercado – MaM), além de dar
maior transparência aos riscos embutidos nas posições.

Cabe ao Conselho de Regulação e Melhores Práticas expedir diretrizes que devem ser
observadas pelo Administrador Fiduciário no que se refere ao Apreçamento dos Fundos.

5.4.10 Fundos de Investimento em Direitos Creditórios


(Anexo II)

5.4.10.1 Objetivo e Abrangência (Cap. I)

Objetivo: O anexo aplica-se, em adição às regras do Código, aos Fundos de Investimento em


Direitos Creditórios e aos Fundos de Investimento em cotas de Fundos de Investimento em

169
Direitos Creditórios regulados pela Instrução CVM nº 356, de 17 de dezembro de 2001, e suas
alterações posteriores.

Abrangência: os (i) Fundos de Investimento em Direitos Creditórios nãopadronizados e


os Fundos de investimento em cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios
não-padronizados; (ii) Fundos de Investimento e Fundos de Investimento em cotas de
Fundos de Investimento em Direitos Creditórios no âmbito do programa de incentivo à
implementação de projetos de interesse social; e (iii) Direitos Creditórios no âmbito do
programa de incentivo à implementação de projetos de interesse social (“FIDC” ou
“Fundo”).

5.4.10.2 Documentos e Informações do FIDC (Cap. V)

O Administrador Fiduciário deve tomar providências para que sejam disponibilizados


aos investidores os documentos relacionados ao FIDC e suas informações periódicas a
partir de seu ingresso no Fundo, nos termos da Regulação vigente.

Os documentos devem conter as principais características do FIDC, dentre as quais as


informações relevantes aos investidores sobre políticas de investimento, taxas e riscos
envolvidos, bem como seus direitos e responsabilidades.

5.4.10.2.1 Prospecto do FIDC (Seção I)

O prospecto do FIDC deve conter, no mínimo:


Denominação do FIDC; Classificação ANBIMA; Base legal; Prestadores de serviços;
Forma de constituição: condomínio fechado ou aberto; Prazo de duração;
Características da cessão; Classe de cotas: sênior(es) e subordinada(s); Garantias;
Características dos Direitos Creditórios e amortização e reserva de amortização.

Fluxograma da estrutura do FIDC descrevendo o procedimento de cessão e o fluxo


financeiro; Hipótese de eventos de avaliação, eventos de liquidação e liquidação
antecipada; Política de divulgação de informações; Objetivo e política de investimento;
Política de seleção e alocação de ativos; Fatores de risco (diversos riscos detalhados);
Gestão de Risco; Público-Alvo; Regras de Movimentação; Principais características da
oferta; Política de distribuição de resultados e amortização; Taxas; Regras de; Conflito
de Interesse e Metodologias Diversas entre outros elementos.

5.4.10.2.2 Informativo Mensal do FIDC (Seção II)

O Administrador Fiduciário deve disponibilizar, mensalmente, em sua página na internet,


informativo mensal do FIDC contendo, no mínimo:

170
I. Características gerais: Denominação do FIDC; CNPJ; Classificação do FIDC,
conforme Diretriz ANBIMA de Classificação de FIDC; Objetivo/política de
investimento; Público-alvo e Prestadores de Serviço entre outros elementos. II.
Características da classe sênior: Início; Número da série; Prazo de duração; Duration;
Aplicação mínima; Amortizações; Remuneração-alvo; Remuneração mensal obtida;
Rating na emissão; Agência de rating contratada; Nota da última classificação de rating
obtida e data da classificação de rating obtida.

III. Direitos Creditórios e carteira.

IV.Informações patrimoniais, índices e eventos relevantes: Patrimônio Líquido de cada


uma das séries de cotas sêniores; Patrimônio Líquido de cada uma das classes de cotas
subordinadas; Patrimônio Líquido do FIDC; Relação de subordinação mínima;
Relação de subordinação atual; Desempenho histórico; Créditos vencidos e não pagos
(% PL); Provisão de devedores duvidosos (% PL); Outros índices relevantes; Eventos
de avaliação em curso, se houver; e Eventos de liquidação em curso, se houver.

V. Informações adicionais: estruturas de garantias, riscos de concentração e revolvência,


se houver.

5.4.10.2.3 Classificação do FIDC (Cap. IX)

O FIDC deve ser classificado de acordo com seus objetivos, políticas de investimento e
composição da carteira. A classificação do FIDC na ANBIMA tem como objetivo
separar e identificar os FIDC conforme suas estratégias e principais fatores de risco.

Cabe ao Conselho de Regulação e Melhores Práticas expedir diretrizes que devem ser
observadas pelas Instituições Participantes no que se refere à classificação ANBIMA do
FIDC.

5.4.11 Fundos de Investimento Imobiliário (Anexo III)

5.4.11.1 Objetivo e Abrangência (Cap. I)


O anexo se aplica, em adição às regras do Código, aos Fundos de Investimento
Imobiliários regulados pela Instrução CVM nº 472, de 31 de outubro de 2008, e suas
alterações posteriores (“FII” ou “Fundo”).

5.4.11.2 Prospecto do FII (Cap. IV)


O prospecto é elaborado pelo Administrador Fiduciário e deve conter as principais
características do FII, dentre as quais as informações relevantes aos investidores sobre

171
políticas de investimento, taxas e riscos envolvidos, bem como seus direitos e
responsabilidades.

O prospecto do FII deve conter, no mínimo: Denominação do FII; Base legal; Prazo de
duração; Identificação dos prestadores de serviços; Política de divulgação de
informações; Público-alvo; Objetivo e política de investimento; Política de
concentração de investimento; Política de amortização e de distribuição de resultados;
Descrição das cotas; Negociação das cotas; Regras de subscrição e integralização de
cotas; Principais características da oferta; Relacionamento (fundo e prestadores de
serviço); Indicação de potenciais conflitos de interesse; Estudo de viabilidade; Laudo de
avaliação; Rentabilidade do FII; Receita mínima garantida; Fatores de risco (diversos
riscos detalhados);
Taxa de administração, taxas de ingresso e taxa de desempenho; Breve histórico dos
terceiros contratados em nome do FII; Descrição das atividades dos contratados.

5.4.11.3 Classificação do FII (Cap. VI)


O FII deve ser classificado de acordo com seus objetivos, políticas de investimento e
composição da carteira. A classificação do FII na ANBIMA tem como objetivo separar
e identificar os FII conforme suas estratégias e principais fatores de risco.

Cabe ao Conselho de Regulação e Melhores Práticas expedir diretrizes que devem ser
observadas pelas Instituições Participantes no que se refere à classificação ANBIMA do
FII.

5.4.12 Fundos de Investimento em Índice de Mercado (Anexo IV)


Os fundos de investimento em índice de mercado são fundos fechados negociados em
bolsa, se caracterizam por serem passivos e acompanharem um determinado índice de
mercado, são conhecidos também pelo nome em inglês – Exchange Traded Funds
(ETF).

5.4.12.1 Website (Cap. II)


Sem prejuízo das demais obrigações previstas pela Regulação em vigor, o
Administrador Fiduciário deve disponibilizar em seu site na internet, no mínimo:

I. Fatores de risco: elencar e descrever, de forma clara e objetiva, os fatores de risco


conhecidos em que o potencial investidor incorrerá caso venha a adquirir cotas do
Fundo de Índice, devendo dispor minimamente sobre: a. Risco de mercado; b. Risco
sistêmico; c. Risco de crédito; d. Risco de descolamento de rentabilidade; e. Risco de
liquidez das cotas do Fundo de Índice; f. Risco de liquidez dos ativos: descrever as
condições de liquidez dos mercados e seus efeitos sobre os ativos componentes da

172
carteira do Fundo de Índice, as condições de solvência do Fundo e a relação desse
risco com as solicitações de resgate de cotas; g. Risco de o investidor não atender aos
requisitos mínimos para emissão e resgate; h. Risco de ágio e deságio na negociação
das cotas em relação ao valor patrimonial e/ou seu valor indicativo; i. Risco de o
provedor do índice parar de administrar ou manter o índice; j. Risco de suspensão da
negociação das cotas por parte da Comissão de Valores Mobiliários, bolsa de valores
ou entidade do mercado de balcão organizado; e k. Risco relativo ao fornecimento ou
disponibilização do índice;

II. Seção específica com informações sobre os Fundos de Índice, devendo dispor,
minimamente, sobre: a. O que são os Fundos de Índice; b. Semelhanças e diferenças
entre os Fundos de Índice e os demais fundos; c. Como ocorre o processo de
integralização e resgate de cotas do Fundo de Índice; d. Estratégias permitidas pela
Regulação e como os Fundos de Índice ofertados no site se enquadram; e. Regulação
aplicável; f. Como os Fundos de Índice atingem seu objetivo; g. Como o investidor
pode acompanhar a evolução do preço do Fundo de Índice;

III. Seção específica com termos e definições financeiras (“glossário”) sobre o Fundo
de Índice, que permitam esclarecer ao potencial investidor eventuais dúvidas a
respeito dos materiais do Fundo disponibilizados no website;

IV. Aviso na seção “Taxas e demais despesas do Fundo”, com o seguinte teor: “Esta
modalidade de investimento possui outros custos envolvidos, além das despesas do
próprio fundo. Antes de investir, verifique os custos com corretagem, emolumentos e
custódia.”

V. Avisos com o seguinte teor, quando aplicável:


a. “O investimento em fundos de índice envolve riscos, inclusive de descolamento do
índice de referência e relacionados à liquidez das cotas no mercado secundário. Antes
de investir no fundo, leia o regulamento e as informações constantes do site (endereço
do website dedicado), em especial, a seção fatores de risco.”
b. “Ao investidor é recomendada a leitura cuidadosa do regulamento do fundo de
investimento ao aplicar seus recursos.”
c. “Este fundo utiliza estratégias que podem resultar em significativas perdas
patrimoniais para seus cotistas.”

VI. Selo ANBIMA com texto obrigatório contendo aviso com o seguinte teor: “A
presente instituição aderiu ao Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para
Administração de Recursos de Terceiros.”

Os materiais de divulgação do Fundo de Índice constantes do website devem apresentar


linguagem clara e moderada, advertindo os investidores para o risco do investimento,

173
além de conter a expressão “material publicitário”, de forma a alertar os investidores de
que não são suficientes para a tomada de decisão de investimento.

5.5 CLASSIFICAÇÃO DE FUNDOS DE


INVESTIMENTO ANBIMA - NÍVEIS 1, 2 E 3
A classificação ANBIMA agrupa fundos de investimento com as mesmas
características, identificando-os pelas suas estratégias e fatores de risco. Esse
agrupamento facilita a comparação de performance entre os diferentes fundos e auxilia
o processo de decisão de investimento, além de contribuir para aumentar a transparência
do mercado.

Na nova Classificação de Fundos ANBIMA, os investimentos estão divididos em três níveis


sendo:

1º Nível: Classes de Ativos


2º Nível: Riscos
3º Nível: Estratégias de investimento

Primeiro nível Classe de Ativos que mais se adequa àquele investidor; Segundo nível
Tipo de Gestão e Riscos, ou seja, o risco que o investidor está disposto a correr;
Terceiro nível Principais Estratégias que se adequam aos objetivos e necessidades daquele
investidor.

O objetivo é explicitar em cada nível as estratégias e riscos associados a cada um dos


fundos de investimentos disponíveis em seu banco. A escolha feita no primeiro nível
leva a uma determinada direção no segundo nível e assim por diante. Essa hierarquia
cria um caminho que ajuda a orientar a decisão e conduz a um maior alinhamento entre
os anseios do investidor, suas restrições e seu apetite ao risco, e os produtos disponíveis
para ele.

5.5.1 ESTRUTURA E ADEQUAÇÃO DE PRODUTOS EM FUNÇÃO


DOS OBJETIVOS DO INVESTIDOR. CARTILHA DA NOVA
CLASSIFICAÇÃO DE FUNDOS

174
5.5.1.1 NÍVEL 1 - CLASSE DE ATIVOS: CLASSE DE ATIVOS QUE
MAIS SE ADEQUA ÀQUELE INVESTIDOR

No primeiro nível, os fundos estão agrupados por classe de ativos: 1. Fundos de renda
fixa 2. Fundos de ações 3. Fundos multimercados 4. Fundos cambiais, ou seja, no nível
1 a classificação da ANBIMA é a mesma da CVM (Instrução 554).

5.5.1.2 NÍVEL 2 - RISCOS: TIPOS DE GESTÃO E RISCOS (O


RISCO QUE O INVESTIDOR ESTÁ DISPOSTO A CORRER)

Neste nível, os fundos são classificados conforme o tipo de gestão (passiva ou ativa).
Para a gestão ativa, a classificação é desmembrada conforme a sensibilidade à taxa de
juros. Aqui estão: 1. Fundos indexados 2. Fundos ativos
3. Fundos de investimento no exterior.

5.5.1.3 NÍVEL 3 - ESTRATÉGIAS DE INVESTIMENTOS:


PRINCIPAIS ESTRATÉGIAS QUE SE ADEQUAM AOS OBJETIVOS E
NECESSIDADES DO INVESTIDOR
Terceiro nível - Neste nível os fundos são classificados de acordo com a estratégia.
Enquadram-se aqui, por exemplo, os fundos soberanos, os fundos dinâmicos e os
setoriais, entre outros.

175
176
6. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR
ABERTA: PGBL E VGBL
(PROPORÇÃO: DE 5 A 10%)

6.1 PREVIDÊNCIA SOCIAL X PREVIDÊNCIA


PRIVADA: AVALIAÇÃO DA NECESSIDADE DO
CLIENTE
Previdência Social
Os trabalhadores legalmente registrados (empregados e empresários) possuem
obrigação de recolher parte de sua renda para a previdência social, o Instituto
Nacional de Seguro Social (INSS) cuja função é segurar o contribuinte contra

177
doenças, incapacitação e outros benefícios previstos em lei, mas sua função
principal é garantir a aposentadoria dos cidadãos.

O INSS, assim como outros institutos de previdência social no mundo, possui


dificuldades para fechar as contas: recolher dos trabalhadores ativos e pagar a
aposentadoria dos inativos, inclusive com uma tendência de aumento do déficit
no longo prazo. O teto máximo para aposentadoria, para melhor distribuir os
recursos acaba sendo relativamente baixo para algumas categorias, algo em
torno de cinco salários mínimos atualmente. Interessante destacar que as
regras de aposentadoria para funcionários públicos são diferentes, são regimes
especiais que costumam gerar benefícios na aposentadoria próximos aos dos
valores pagos aos funcionários públicos ativos.

Previdência Privada
Em virtude da perspectiva negativa em relação ao futuro e da baixa renda
proporcionada pela aposentadoria do INSS é facultado ao trabalhador contratar
um plano de previdência privado, para acrescentar uma renda adicional à
previdência social. Existem planos de previdência abertos e fechados, os
fechados são limitados (fechados) a uma determinada categoria e contam com
o patrocínio do empregador, assim o empregado recolhe uma parte e a
empresa empregadora outra parte, como, por exemplo, a PREVI, previdência
dos funcionários do Banco do Brasil, a PETROS, previdência dos funcionários
da Petrobrás e diversas outras de empresas privadas, públicas e de economia
mista.

Previdência Privada Aberta


Os planos de previdência aberta (são os que caem na prova da ANBIMA!), por
sua vez, podem ser contratados por qualquer pessoa através de corretores
especializados e também através dos bancos, consiste em valores recolhidos
pelo cliente e administrado por instituições financeiras com o objetivo principal
de gerar renda na aposentadoria para o contratante. A ideia é formar um fundo
que futuramente gere renda de forma a complementar a previdência social e
manter o fluxo mensal durante a aposentadoria próximo ao que o cidadão
possuía quando era um trabalhador ativo.

178
Avaliação da Necessidade do Cliente
A adequação do produto tem como ponto principal manter o fluxo de renda do
contratante, este por sua vez possui características individuais e peculiares:

Qual é sua renda atual? Qual a renda desejada na aposentadoria? Por quanto
tempo contribuirá para a previdência? Qual sua disponibilidade financeira para
contribuir? Que outras fontes de renda terá na aposentadoria (aluguéis,
aposentadorias, rendas diversas) ? Quanto risco pretende correr? Qual o perfil
de risco? Qual o perfil tributário? Costuma pagar impostos no ajuste do IRPF?
Qual é o patrimônio? Despesas mensais? Qual o benefício (renda mensal)
desejado para aposentadoria?

6.2 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS QUE


INFLUENCIAM O PRODUTO

6.2.1 TAXAS DE ADMINISTRAÇÃO


É a principal forma do administrador do fundo de previdência ser remunerado
pelo seu serviço, assim como nos fundos de investimento, a taxa de
administração é universal, cobrada pelos administradores de todos os produtos
de previdência, incide sobre o patrimônio líquido formado pelo fundo de
previdência, sua taxa é expressa em porcentagem ao ano (Ex: 2% a.a), porém
é aprovisionada diariamente dividindo-se a taxa anual pelo número de dias
úteis (252 d.u.). Quanto maior a taxa de administração cobrada pela instituição
financeira menor tende a ser a rentabilidade do fundo, uma vez que uma parte
maior dos lucros gerados pelo fundo vai ser destinado ao pagamento da taxa.

179
6.2.2 TAXAS DE CARREGAMENTO
A taxa de carregamento não é regra nos fundos de previdência, os produtos
mais competitivos costumam dispensar essa taxa, que é cobrada
adicionalmente à taxa de administração. A taxa de carregamento é expressa
em formato de porcentagem e incide sobre as contribuições regulares e os
aportes realizados pelos clientes em seus planos de previdência. Exemplo,
uma taxa de carregamento de 3% significa que quando o cliente contribui com
R$ 100, apenas R$ 97 serão efetivamente aplicados no fundo, uma vez que R$
3 serão destinados a taxa de carregamento.
Devido ao forte impacto desta taxa no montante dos fundos, para obter uma
boa rentabilidade no longo prazo recomenda-se ao investidor que evite fundos
com taxa de carregamento, e caso não seja possível que tente buscar a taxa
mais baixa possível.

6.2.3 PORTABILIDADE
No seu glossário de definições a SUSEP define portabilidade como “instituto
que, durante o período de diferimento, e na forma regulamentada, permite a
movimentação de recursos da provisão matemática de benefícios a conceder”,
em outras palavras a portabilidade é a transferência do plano de uma
instituição financeira para outra, na portabilidade não incide Imposto de Renda,
as condições de prazo e alíquota permanecem na nova Entidade Aberta de
Previdência Complementar (EAPC) tal qual eram na instituição anterior. A ideia
é que os detentores de planos de previdência possam escolher outras
instituições ao longo tempo, que, por exemplo, possuam menor taxa de
administração, maior controle de risco, ou mesmo maior rentabilidade. PGBLs
deverão ser portados para PGBLs, e VGBLs para VGBLs, não sendo permitida
a transição do tipo de plano, nem de uma pessoa para outra.

6.2.4 TRANSFERÊNCIA ENTRE PLANOS

As instituições possuem diversos planos de previdência com carteiras de


investimentos diferentes, alguns planos mais focados em ações (renda
variável), outros com concentração maior em renda fixa, etc. A transferência
entre planos é o ato de migrar os recursos de determinado plano para outro
com carteira diferente. As EAPCs têm criado ferramentas que facilitam a
transferência de recursos entre os planos.

180
6.2.5. RESGATES

Resgate é a restituição ao participante do montante acumulado na provisão


matemática de benefícios a conceder relativa ao seu benefício. O resgate é
obrigatório nos planos de benefício por sobrevivência (aposentadoria), sendo
concedido ao participante que desistir do plano, no valor correspondente ao
montante acumulado em sua provisão matemática de benefícios a conceder.
Nos demais planos, deverá ser observado o contrato (regulamento).

Para planos de benefício por sobrevivência (aposentadoria) no caso de morte


do participante, será devido o resgate aos beneficiários indicados.

6.2.6 REGIMES DE TRIBUTAÇÃO (COMPENSÁVEL OU


DEFINITIVO) E AS TABELAS DE IMPOSTO DE RENDA
PROGRESSIVAS E REGRESSIVAS. BASE DE CÁLCULO
NA INCIDÊNCIA DO IMPOSTO
Os planos de previdência possuem dois regimes de tributação distintos: o
progressivo compensável e o regressivo definitivo.

A tributação progressiva compensável leva em consideração apenas renda


tributável da pessoa física, independente do prazo. Ela é progressiva, pois
quanto maior a renda, maior a alíquota, de acordo com a tabela vigente do
Imposto de Renda Pessoa Física, e é compensável, pois será retida na fonte
uma alíquota de 15% no momento do resgate que será ajustada a renda do
participante na declaração anual do imposto de renda.

Tabela Progressiva IRPF exercício 2019, ano-calendário de 2018:

Base de cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a deduzir do IRPF (R$)

Até 22.847,76 - -

De 22.847,77 até 33.919,80 7,5 1.713,58

De 33.919,81 até 45.012,60 15 4.257,57

De 45.012,61 até 55.976,16 22,5 7.633,51

Acima de 55.976,16 27,5 10.432,32

181
Já a tributação regressiva definitiva leva em consideração apenas o tempo de
aplicação no plano de previdência, não depende da renda tributável do
contribuinte, a tabela é regressiva, pois quanto maior o tempo que o
participante permanece com o dinheiro no plano, menor é a alíquota de imposto
de renda, que pode chegar até a 10% conforme tabela abaixo:

Tabela Regressiva
Prazo de Aplicação Alíquota de IR sobre o total resgatado

Até 2 anos 35%

+ de 2 anos a 4 anos 30%

+ de 4 anos a 6 anos 25%

+ de 6 anos a 8 anos 20%

+ de 8 anos a 10 anos 15%

+ de 10 anos 10%

6.3 Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) e


suas Características
O PGBL é o produto de previdência mais indicado para os clientes que fazem a
declaração anual do Imposto de Renda Pessoa Física pela versão completa,
uma vez que podem deduzir o valor das contribuições efetuadas no ano até o
limite de 12% da renda bruta. No PGBL a alíquota de IR incide sobre o valor
total do resgate.
Exemplo: Um indivíduo que tem renda bruta anual de R$ 100 mil poderá
deduzir da base de cálculo do imposto de renda até R$ 12 mil em
contribuições, como nesta faixa de renda a alíquota do IRPF é de 27,5% (ver
tabela progressiva), o contribuinte acaba deixando de pagar 27,5% de R$ 12
mil (R$ 3.300).
A tabela progressiva compensável é indicada para indivíduos com rendas
anuais mais baixas, que se enquadram na parte inferior da tabela, por exemplo,
se ele tiver uma renda mensal de R$ 2.500, o que totaliza R$ 30 mil por ano,
estará sujeito a uma alíquota de IR incidente sobre os resgates de apenas
7,5%. Já a tabela regressiva definitiva é indicada para indivíduos de rendas
mais elevadas e que permanecerão com os recursos aplicados por um longo

182
período, uma vez que aplicações por períodos inferiores a 6-8 anos (ver tabela
regressiva) possuem alíquotas elevadíssimas.

6.4 Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL) e


suas Características.
O VGBL é o produto de previdência mais indicado para indivíduos são isentos
da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física, ou que fazem pela versão
simplificada uma vez que suas contribuições não podem ser abatidas do IR.
A maior vantagem do VGBLs em relação aos PGBLs está no fato de que a
alíquota do imposto de renda no VGBL incide apenas sobre os
rendimentos e não sobre o saldo total do plano como no caso dos PGBL.
Outro público alvo indicado para os VGBLs são indivíduos que já possuem
PGBLs, porém o montante de suas contribuições já está no limite legal de 12%
da renda bruta anual. Neste caso valores adicionais de contribuição perderão o
benefício fiscal, sendo, portanto, mais indicado que as contribuições adicionais
sejam realizadas através de um VGBL, pois conforme já foi dito as alíquotas de
IR incidem apenas sobre os rendimentos (no PGBL incidem sobre o valor total
de resgate ou benefício).

7. MENSURAÇÃO E GESTÃO DE
PERFORMANCE E RISCOS
(PROPORÇÃO: DE 10 A 20%)

183
7.1. RISCO, RETORNO E DIVERSIFICAÇÃO
7.1.1. ESTATÍSTICA APLICADA

7.1.1.1 MEDIDAS DE POSIÇÃO CENTRAL: MÉDIA, MODA E


MEDIANA

As medidas de tendência central têm como foco o centro da amostra.

Média
A média aritmética mais conhecida das medidas de tendência central. A média
é a soma dos valores de um conjunto de dados dividida pela quantidade de
elementos deste conjunto.
𝛴𝑥
𝜇 =!
𝑛
Exemplo:
Nos últimos 3 anos um fundo rendeu 6%, 9% e 15% respectivamente. Qual foi
o retorno médio desse fundo no período?

6%&9%&15%
= 10%
3

Moda
É o termo mais frequente conjunto, ou seja, é o valor que mais se
repete. Qual é a moda deste conjunto de dados? 3, 2, 5, 8 ,5, 6
Resposta: A moda é 5 (único valor que aparece duas vezes).

Mediana
É o termo médio de uma série de dados quando dispomos os valores em
ordem (crescente ou decrescente).

184
Qual é a mediana deste conjunto de dados? 2,5,3,8,6
1ª Passo - Ordenar: 2,3,5,6,8
2ª Passo- Achar o número que está no meio, o termo médio (Tm).
𝑇𝑚 = ) &1
, neste exemplo, n =5, logo, 𝑇𝑚 = 5 &1
, logo, Tm = 3º
2 2

Logo a mediana = 5

• Caso o número de termos do conjunto seja par, deve-se fazer


uma interpolação. Exemplo:
Qual é a mediana de 4,3,5,1?
Termo médio =2,5ª (entre o 2ª e 3ª), interpolando 3 e 4, chegamos ao valor da
mediana: 3,5
7.1.1.2 MEDIDAS DE DISPERSÃO: VARIÂNCIA E DESVIO
PADRÃO (VOLATILIDADE)

Variância e Desvio-Padrão são medidas relacionadas a uma única variável, tem


diversas aplicações, na prova da ANBIMA a sua utilização está relacionada à
verificação da dispersão dos retornos de determinado investimento, ou seja,
servem para determinar o risco do investimento.

Variância - Serve para medir a heterogeneidade de um conjunto de dados. No


mundo dos investimentos ativos com retornos dispersos representam ativos
mais arriscados (voláteis). A Variância pode ser conceituada como a média
dos desvios (em relação à média) elevados ao quadrado.

Desvio-Padrão - O Desvio-Padrão (DP) é a raiz quadrada da variância. Para


se chegar ao Desvio-Padrão precisa-se antes calcular a variância. Se a
variância é 9, por exemplo, o desvio padrão será 3.

𝐷𝑃 = 2√𝑉𝑎𝑟𝑖𝑎𝑛𝑐𝑖𝑎 logo, 𝑉𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎 = 𝐷𝑃4

7.1.1.3 MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO ENTRE DUAS VARIÁVEIS:


COVARIÂNCIA, COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO E
COEFICIENTE DE DETERMINAÇÃO (R²). CONCEITO
E INTERPRETAÇÃO
São medidas de relação entre duas ou mais variáveis. Por exemplo: altura e
peso; dólar e Ibovespa; taxa de juros e inadimplência; etc.

185
Covariância
É uma medida do grau de interdependência (ou inter-relação) numérica entre
duas variáveis. Assim, variáveis independentes têm covariância zero. A
Covariância é uma medida não padronizada, seu valor, portanto não agrega
muitas informações, o sinal da covariância indica o tipo de associação:
COV > 0: Associação Direta entre as variáveis;
COV = 0: Não existe relação entre as variáveis e;
COV< 0: Associação oposta entre os valores das variáveis.

Correlação (R)

Correlação (x,y) =
BC BC @

Semelhante à covariância é uma medida de relação entre duas ou mais


variáveis. É uma medida padronizada: varia entre -1 e +1.
Indica a força do relacionamento linear entre duas ou mais variáveis em seus
movimentos. É calculada dividindo-se a covariância pelo produto de desvios
padrões dos valores.

A correlação mínima entre as variáveis é zero, enquanto a máxima pode ser 1


ou – 1. Abaixo uma tabela de referência para os valores de correlação:

Valor da Correlação (+ Interpretação


ou -)

Entre 0 e 0,19 Bem Fraca

Entre 0,2 e 0,39 Fraca

Entre 0,4 e 0,59 Moderada

Entre 0,6 e 0,79 Forte

Entre 0,8 e 1,00 Muito Forte

186
Coeficiente de Determinação (R²)
Medida estatística que define a porcentagem da variável dependente que pode
ser explicada pela equação de regressão linear. O R² varia entra 0 e 1. Sendo 1
a explicação perfeita.
Coeficiente de Determinação = Correlação²
Costuma-se usar o formato de porcentagem para expressar os valores do
coeficiente de determinação (R²). O R² representa o grau de explicação do
modelo e pode variar de 0 a 100%, onde 0 não explicaria e 100% seria a
explicação perfeita.
Exemplo: Em um estudo determinou-se que a correlação entre peso e altura de
determinado grupo de estudantes foi de R = 0,866, assim o grau de
determinação (R²) calculado foi de 75,00%. Neste estudo, claro, o peso
(variável dependente), explicado pela altura (variável independente).

7.1.1.4 DISTRIBUIÇÃO NORMAL

Uma variável quando assume valores infinitos é definida uma distribuição de


probabilidade normal, sendo representada por uma curva em forma de sino,
simétrica em relação à média (μ) e contínua denominada de curva normal ou
de Gauss. Os valores possíveis da curva normal vão de - ∞+∞.

Em uma distribuição normal média, moda e mediana são iguais estão no centro
da curva.
Uma distribuição normal fica completamente especificada por dois parâmetros:
sua média e seu desvio-padrão, ou seja, existe uma única distribuição normal
para cada combinação de uma média e um desvio-padrão.

7.1.1.5 INTERVALO DE CONFIANÇA EM UMA DISTRIBUIÇÃO


NORMAL. CONCEITO E INTERPRETAÇÃO

187
A área localizada abaixo da curva é considerada 100%. Se uma variável tem
distribuição normal temos:

- Cerca de 68% de seus valores cairão no intervalo de 1 desvio-


padrão (σ ou
DP) a contar de cada lado da média;
- Cerca de 95% no intervalo de 2σ a contar da média; e - Cerca de
99% dentro de 3σ a contar da média.

7.1.2. RISCO DE ATIVOS


7.1.2.1 ATIVOS LIVRES DE RISCO E ATIVOS COM RISCO DE
CRÉDITO

Todos os ativos possuem riscos. O risco de crédito, por sua vez, está presente
em todos os ativos de renda fixa, então o que são os ativos livres de risco? São
os ativos de risco mais baixo existente no mercado. Aqui no Brasil utilizamos os
títulos públicos federais como referência. Resumindo: O ativo livre de riscos
tem riscos, mas é o menor do mercado.

Os demais ativos possuem risco de crédito superior ativo livre de riscos, e por
isso possuem taxa de juros mais elevada para compensar o risco.
A diferença entre a taxa de juros de um ativo qualquer para o ativo livre de
riscos é chamada de spread de crédito, e essa diferença representa o risco de
inadimplência deste ativo.

188
7.1.2.2 RELAÇÃO ENTRE RISCO E RETORNO E O PRINCÍPIO DA
DOMINÂNCIA ENTRE OS ATIVOS

Conforme já foi mencionado neste material, quanto maior o risco, maior será o
retorno esperado, em um mercado raciona não haverá investidores dispostos a
correr riscos elevados em busca de baixa rentabilidade, assim como não
existirá produtos de investimento de alta rentabilidade e com riscos baixíssimos
em relação aos demais.
Poderá, no entanto, acontecer de haver situações de produtos de riscos
similares, porém com retornos distintos, ou ainda de retornos similares, porém
com riscos diferentes. Na prova esse conteúdo é abordado através da
interpretação gráfica da relação entre o risco e o retorno dos ativos.

Retorno B D No gráfico ao lado, A, B, C e D


são ativos financeiros.
C B é preferível a A, pois
apresenta o mesmo risco,
A porém um retorno maior.
B é preferível a C, pois
Risco
apresenta retorno idêntico,
Dica: Para que possamos aplicar o princípio da dominância porém um risco inferior.
entre dois ativos é necessário que ambos tenham retornos D é preferível a C, pois
similares (mesma linha no gráfico) ou então riscos similares apresenta retorno mais elevado
(mesma coluna no gráfico). No exemplo acima, por exemplo, dado o mesmo nível de risco.
não podemos comparar A e C, pois possuem níveis de risco e
retorno diferentes.
7.1.3. RISCO DE UMA CARTEIRA:
7.1.3.1 DESVIO PADRÃO DA CARTEIRA E O BENEFÍCIO DA
DIVERSIFICAÇÃO
Carteiras bem diversificadas, isto é composta por ativos com baixas
correlações entre si possuem desvio padrão baixo, ou seja, são menos
arriscadas. Essa relação é explicada pela da teoria carteira, ou teoria de
Markowitz. Para entender melhor um exemplo simples: se juntarmos dois ativos
que possuem correlação negativa, quando um cair de valor, o outro irá subir, de
maneira que essa carteira vai ter uma variação menor (risco) do que cada ativo
individual.

7.1.3.2 RELAÇÃO ENTRE RISCO E RETORNO E O PRINCÍPIO DA


DOMINÂNCIA ENTRE OS ATIVOS
Ver item 7.1.3.2 – A lógica é a mesma.

189
7.1.3.3 BETA DA CARTEIRA E SUA INTERPRETAÇÃO
O Beta (β) é um indicador que mede a sensibilidade de uma ação (ou portfólio)
em relação à carteira de mercado. Aqui no Brasil normalmente se utiliza o
Ibovepa como representante da carteira de mercado, outros índices como o
Ibrx também podem ser utilizados para representar o mercado.
A função do β é indicar riscos. Um ativo ou carteira que tiver β igual a 1 vai ter
um risco similar à carteira de mercado (Ibovespa), se o β for maior que um terá
risco (e consequentemente retorno esperado) maior que a carteira de mercado,
e se for menor que 1, será considerado defensivo, pois terá risco (e retorno
esperado) menor que a carteira de mercado.

β<1 Ativo/Carteira com risco e retorno esperado menor que o da carteira de


mercado.
β=1 Ativo/Carteira com risco e retorno esperado igual que o da carteira de
mercado.
β>1 Ativo/Carteira com risco e retorno esperado maior que o da carteira de
mercado.

Quanto maior o β, portanto, maior será o risco e o retorno esperado do ativo (ou
carteira).
O β pode ser utilizado para sintetizar carteiras de mercado: ao invés de
comprar todas as ações que compõem o IBOVESPA, um investidor pode
comprar uma carteira de ações com número bem menor, mas com β próximo
de 1, assim terá risco e retorno similar ao do IBOVESPA, esse tema é
abordado pela ANBIMA em suas provas.

7.1.3.4 RISCO ABSOLUTO E RISCO RELATIVO

O risco absoluto é medido pela variação dos retornos de um ativo ou carteira


em determinado período de tempo. O desvio padrão (DP) ou Coeficiente de
Variação de Pearson, por exemplo, podem ser utilizados para mensurar o risco
absoluto. O risco absoluto de uma ação, por exemplo, pode ser calculado
observando seu valor de fechamento diário durante um período de 1 ano, assim
poderíamos chegar a um risco, por exemplo, das ações da empresa X de 50%.

O risco relativo é abordado na prova como o risco em relação a determinado


indicador, normalmente um benchmark, assim quando determinado ativo tem
desempenho próximo do seu benchmark, seu risco relativo é baixo; e quando
ele fica distante, o seu risco relativo é alto.
Exemplo 1: Um fundo A, um fundo de ações, teve risco absoluto de 50%,
enquanto seu Benchmark, o Ibovespa teve risco de absoluto de 49%, pelos

190
números apresentados constatamos que o risco relativo foi bem pequeno, pois
o retorno do fundo foi bem próximo ao do seu benchmark. Para contrastar,
apresentamos o exemplo 2: O fundo B, fundo de renda fixa, teve risco absoluto
de 18%, enquanto seu benchmark, a taxa DI teve um risco absoluto de 9%,
neste caso apesar de ter um risco absoluto bem mais baixo do que no primeiro
exemplo (risco absoluto de 50%), o risco relativo do fundo B foi mais alto, pois
ele teve um risco duas vezes maior que o risco do seu benchmark, enquanto
que no exemplo 1, o risco relativo foi bem baixo.

7.1.4. RISCO SISTEMÁTICO E RISCO NÃO


SISTEMÁTICO. CONCEITOS

O risco de um ativo é formado pelo risco sistemático e não sistemático.


O risco sistemático, como o nome diz é o risco do sistema, risco que atinge
todos os ativos presentes no mercado, sinônimo também de risco de mercado
ou risco conjuntural, está relacionado a mudanças políticas, econômicas,
regulatórias, etc. Uma mudança na política econômica chinesa, por exemplo,
pode atingir o mercado brasileiro de ações, aumentando ou reduzindo o preço
desses ativos de uma maneira geral.
A diversificação não reduz o risco sistemático, uma vez que todos os ativos são
atingidos por esse risco.
Alguns sinônimos do risco sistemático: risco sistêmico, risco de mercado, risco
conjuntural ou ainda risco não diversificável.

O risco não sistemático é a parcela do risco referente ao próprio ativo, por


isso também é conhecido como risco intrínseco. Este risco é causado por fatos
que atingem diretamente determinado ativo ou o setor que ele atua. Em resumo
seria o risco referente à determinada empresa e não ao mercado como um
todo. O risco não sistemático é conhecido também como risco diversificável,
uma vez que a colocação de diversos ativos em uma carteira anularia o risco
individual dos ativos.
O gráfico abaixo costuma ser apresentado na prova e apresenta a relação entre
risco total e número de ativos. A curva mostra que a relação é inversa, ou seja,
quanto mais ativos numa carteira, menor será o risco total, no entanto o risco
total nunca chegará a zero, pois sempre existirá o risco sistemático, que não
pode ser eliminado.

191
Número de ativos

7.1.5. MEDIDAS DE PERFORMANCE: INDICADORES E


SUAS LIMITAÇÕES:
7.1.5.1 ÍNDICE DE SHARPE: ORIGINAL E MODIFICADO.
CONCEITO

Original - O Índice de Sharpe (IS) mede a eficiência de um ativo relacionando o


prêmio do ativo em relação à taxa livre de risco com risco, representado pelo
desvio padrão.
𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 − 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝐿𝑖𝑣𝑟𝑒 𝑑𝑒
𝑅𝑖𝑠𝑐𝑜
𝐼𝑆 = !
𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 𝑑𝑜 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜

Com o IS podemos comparar a eficiência de diferentes ativos, imagine um


mercado em que a taxa livre de risco é de 10% e que o ativo A possua retorno
de 20% e Desvio padrão (DP) de 40% enquanto o ativo B tem retorno de 18% e
DP de 20%. Qual dos dois ativos tem a melhor relação risco-retorno? Ou em
outras palavras: qual é i investimento mais eficiente: A ou B?
Num primeiro momento verificamos que A rende mais do que B, A rende 20%
enquanto B rende 18%, porém para render 2% a mais do que B, A se arrisca
duas vezes mais do que B (40% versus 20%), será que vale a pena correr todo
esse risco pelo incremento de 2% no rendimento? Para responder temos que
calcular o IS de A e de B.

20% − 10% 10%


𝐼𝑆 𝑑𝑜 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐴 = =
= 0,25!
40% 40%
!
18% − 10% 8%
𝐼𝑆 𝑑𝑜 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐵 = =
= 0,40!
20% 20%
Quanto maior o Índice de Sharpe, maior a eficiência do Investimento.
No nosso exemplo apesar do retorno de B ser menor do que o de A, ele possui
um risco bem menor, gerando uma melhor relação risco-retorno, B possui um
IS de 0,40 enquanto A possui um IS de 0,25.

192
Modificado – O Índice de Sharpe Modificado (ISM) nada mais é do que o
índice de sharpe orginal com a taxa livre de risco sendo substituída pelo retorno
de um benchmark. O ISM permite que se utilize a metodologia original para
avaliar ativos ou carteiras que o Benchmark não é a taxa livre de risco, como
por exemplo fundos de ações ou cambiais, substituindo nesses exemplos,
respectivamente, a taxa livre de risco por um índice de ações (ex. Ibovespa) ou
a taxa de câmbio (ex. Ptax).
𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 (𝑜𝑢 𝑐𝑎𝑟𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎) − 𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝑑𝑜
𝐵𝑒𝑛𝑐ℎ𝑚𝑎𝑟𝑘
𝐼𝑆𝑀 = !
𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 𝑑𝑜 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 (𝑜𝑢 𝑐𝑎𝑟𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎)

7.1.5.2 ÍNDICE DE TREYNOR. CONCEITO

Assim como o Índice de Sharpe (IS), o Índice de Treynor (IT) também mede a
eficiência de um investimento através de sua relação risco-retorno, a diferença
é que o IT utiliza o beta (β) do investimento como medida de risco, enquanto o
IS, como vimos, utiliza o Desvio padrão como medida de risco. A fórmula do
Índice de Treynor é a seguinte:
𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝑑𝑎 𝐶𝑎𝑟𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎 −
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝐿𝑖𝑣𝑟𝑒 𝑑𝑒 𝑅𝑖𝑠𝑐𝑜
𝐼𝑇 = !
𝐵𝑒𝑡𝑎(𝛽)𝑑𝑎 𝐶𝑎𝑟𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎
Assim como no Índice de Sharpe, quanto maior o Índice de Treynor, maior será
a eficiência do investimento, em outras palavras: melhor será o desempenho, o
pressuposto básico do IT é que qualquer carteira ou portfólio bem diversificado
está sujeito apenas a um risco, que é representado pelo β.
7.2. ADMINISTRAÇÃO E GERENCIAMENTO DE
RISCO

7.2.1 RISCO DE TAXA DE JUROS


7.2.1.1 DURATION DE MACAULAY E DURATION MODIFICADA
Duration de Macaulay - A duration de Maculay ou simplesmente duration
exprime prazo médio ponderado (tempo x valor do cupom/principal) dos títulos
de renda fixa prefixados. Títulos do tipo “zero cupom” tem duration igual ao seu
prazo de vencimento. Títulos com pagamentos de cupom vão ter sua duration

193
alterada pelo tamanho desses pagamentos, quanto maior o valor dos
pagamentos intermediários, menor será a duration.
A duration pode ser vista como uma medida mais sofisticada de calcular o
prazo médio de um título, pois leva em consideração a reaplicação dos cupons.
Como se calcula a Duration? Na CPA 20, não precisa calcular, basta entender
os conceitos, mas para satisfazer a curiosidade segue o passo-a-passo:
1. Calcular o valor presente de cada fluxo descontado à taxa de juros de
mercado.
2. Dividir cada valor encontrado, pelo valor presente do título (soma de
todos os fluxos), assim encontraremos o peso individual de cada um das
entradas de caixa.
3. Multiplicar o peso individual de cada entrada (calculado no passo
anterior), pelo período correspondente (Ex: 2, se for o fluxo do 2º ano) 4.
A soma dos valores individuais do passo anterior representa a duration
(ou duração) do título.

Lembramos que os títulos prefixados possuem relação inversa com a taxa de


juros, quando a taxa sobe o valor desses títulos cai e quando a taxa de juros
cai esses títulos se valorizam.
Títulos com duration maior (longa duração) são mais sensíveis à mudança na
taxa de juros, ou seja, são mais afetados por suas mudanças.
Duration Modificada – Enquanto a Duration de Macaulay é uma medida de
tempo, a Duration Modificada é uma medida de sensibilidade, expressa no
formato de porcentagem, a variação do valor presente do título em função da
variação na taxas de juros.
A Duration Modificada é obtida através da razão entre a Duration (de
Macaulay) e a taxa de remuneração do título conforme a fórmula abaixo:
𝐷𝑢𝑟𝑎𝑡𝑖𝑜𝑛 𝑑𝑒 𝑀𝑎𝑐𝑎𝑢𝑙𝑎𝑦
𝐷𝑢𝑟𝑎𝑡𝑖𝑜𝑛 𝑀𝑜𝑑𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎 = !
(1 + 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠)
A Duration Modificada representa variação do valor da carteira para cada 1%
de variação na taxa de juros, lembramos que por se tratar de taxa prefixada a
relação é inversa, ou seja, quando a taxa de juros sobe 1% o título perde valor.
Exemplo: Vamos supor que determinada carteira tem sua duration calculada
em 4,6 anos, a taxa de juros de mercado é de 15% ao ano.
Sua Duration Modificada será de:

𝐷𝑢𝑟𝑎𝑡𝑖𝑜𝑛𝑀𝑜𝑑𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎 = =4
!
Assim, para o exemplo acima, onde a duration modificada calculada foi 4, para
cada variação de 1% na taxa de juros, o valor do titulo se alterará em 4% (4x)

194
no sentido contrário ao da variação da taxa de juros. Se a taxa de juros do
exemplo sobe de 15% para 16% o título terá seu valor presente reduzido em
4%.

7.2.1.2 CONVEXIDADE

No exemplo apresentado da Duration Modificada podemos entender que este


conceito assume a linearidade do valor da carteira em relação à taxa de juros,
voltando ao exemplo: sempre que a taxa de juros subir, o valor da carteira vai
cair quatro vezes esse percentual da subida (relação linear). Na verdade não é
assim que acontece no mundo real, os valores da carteira para diferentes taxas
de juros não apresenta uma relação linear. Para uma análise mais aprofundada
exige-se uma metodologia que não utilizes esse pressuposto de linearidade
entre o valor da carteira e taxas de juros, esta metodologia é conhecida
convexidade.

A convexidade é sintetizada por uma curva que relaciona o valor da carteira


para diferentes valores de taxa de juros. As carteiras que possuem curvas mais
convexas em relação à origem são menos sensíveis às mudanças na taxa de
juros do que as carteiras menos convexas, quanto menos sensível,
obviamente, menos arriscada será esta carteira de títulos.

Assim, uma carteira com curva mais convexa é preferível a uma carteira menos
convexa. A convexidade de uma curva tende a ser maior quando a distribuição
dos pagamentos é mais uniforme ao longo do tempo. Pagamentos dos títulos
concentrados em poucas datas tornam a carteira mais arriscada.

Para entender melhor observe o exemplo ilustrado no gráfico abaixo:

Valor da Carteira (Em

A
X

B
Y
Curva Azul
Z C
Curva vermelha
Taxa de Juros
i1 i2

195
Suponha que tenhamos duas carteiras de títulos: carteira azul e carteira
vermelha, as carteiras são representadas no gráfico pelas curvas homônimas.
Quando a taxa de juros é igual a i1, ambas as carteiras possuem o mesmo
valor de mercado: X milhões (ver ponto A no gráfico).
Quando a taxa de juros se eleva de i1 para i2, as carteiras azul e vermelha
perdem valor.
A carteira Azul passa a valer Y milhões (ver ponto B no gráfico), enquanto que
a carteira vermelha passou a valer Z milhões (ver ponto C no gráfico). Quem
perdeu menos valor de mercado quando a taxa de juros aumentou?
Nitidamente podemos ver que a carteira azul foi menos sensível às mudanças
na taxa de juros, pois é um portfólio com curva mais convexa em relação à
origem, e por isso menos volátil, menos arriscado.

7.2.1.3 IMUNIZAÇÃO
Imunizar uma carteira significa torna-la insensível às mudanças na taxa de
juros. Uma forma de imunizar carteiras é “casar” passivos e ativos, de forma
que os créditos anulem os débitos.
Na prática imunizar significa tornar a carteira menos sensível, buscando
compatibilizar prazos de forma que a curva que relaciona o valor da carteira à
taxa de juros se torne mais convexa em relação à origem.
Gestores experientes costumam utilizar o mercado futuro para obter uma
imunização maior para a sua carteira, este conceito é conhecido como hedge.

7.2.2 RISCO DE LIQUIDEZ: NEGOCIABILIDADE


7.2.2.1 MERCADO
O risco de liquidez está associado a dificuldade de vender um título no mercado
por seu preço justo em um prazo de tempo razoável.
Existem situações de crise no mercado em que ativos tradicionalmente líquidos
perdem sua liquidez em pouco tempo, nas grandes crises todos querem vender
e poucos estão dispostos a comprar.

7.2.2.2 ATIVO
Ativos de diferentes categorias possuem graus de liquidez diferentes, mesmo
dentro de uma mesma categoria, por exemplo ações: existe uma grande
diversidade de liquidez entre elas, algumas bastante líquidas com milhares de
negócios por dia e outras que passam semanas e muitas vezes até meses sem
um único negócio.

7.2.2.3 CONSEQUÊNCIAS SOBRE PRECIFICAÇÃO

196
Quanto baixa a liquidez de um ativo, menor será o seu valor de marcado.

7.2.2.4 FORMAS DE CONTROLE DE RISCO


7.2.2.4.1. LIMITES DE EXPOSIÇÃO EM RELAÇÃO AO TAMANHO DO
MERCADO E A SUA CARTEIRA
Concentrar os ativos de uma carteira em determinado setor ou empresa pode
gerar um elevado risco de liquidez caso algum evento afete a negociabilidade
destes títulos, assim a diversificação de ativos, inclusive na alocação por nível
de liquidez dos títulos fazem parte das boas práticas de gestão da carteira.

7.2.2.4.2. PLANEJAMENTO DAS NECESSIDADES DE CAIXA – LIQUIDEZ


Todos os dias saques e resgates são realizados dos fundos, por questões
aleatórias ou mesmo por eventos específicos (ex: crise financeira),
determinados dias ou períodos podem ter um volume saques substancialmente
mais elevado, o que por parte do gestor implica em venda de ativos, assim se
houver uma proporção muito elevada de ativos de baixa liquidez pode ser
impossível atender os prazos regulamentares da legislação.
Assim, as boas práticas de gestão devem prever esses eventos atípicos de
resgates e alocar uma parcela correspondente de recursos em ativos de alta
liquidez, que estejam prontos para serem negociados em tempo hábil de
acordo com a legislação e documentação do fundo. É comum, por exemplo, os
gestores de fundos deixarem uma pequena parte dos recursos em conta
corrente para atender às necessidades diárias de caixa.

7.2.3 RISCO DE CRÉDITO


7.2.3.1 DEFINIÇÃO DE SOLVÊNCIA E INADIMPLÊNCIA

Solvência – É quando o devedor tem condições de pagar sua dívida. Possui


ativo maior que o passivo, o que garante sua “sobrevivência”.
Inadimplência – É quando o devedor não paga sua dívida, sejam os juros
(cupons) ou o principal, dentro do prazo de vencimento.

7.2.3.2 MENSURAÇÃO DO RISCO DE CRÉDITO


Existem várias formas de mensurar o risco de crédito, uma das metodologias
mais comuns é conhecida como credit scoring, ou escoragem de crédito, que
consiste em avaliar uma empresa ou indivíduo com base em um histórico
estatístico de clientes inadimplentes, de uma maneira geral, quanto mais

197
características similares aos inadimplentes determinado indivíduo (ou empresa)
tiver, maior a probabilidade de inadimplência.
Outras abordagens para mensurar o risco de crédito concentram-se na
capacidade de pagamento do indivíduo ou mesmo na contabilidade das
empresas para avaliar o seu grau de solvência;

7.2.3.3 SPREAD DE CRÉDITO E PROBABILIDADE


DE INADIMPLÊNCIA
A diferença entre a taxa de juros de um ativo qualquer para o ativo livre de
riscos (ver tópico 7.1.3.1) é chamada de spread de crédito, e essa diferença
representa a probabilidade de inadimplência deste ativo. Assim, quanto maior a
probabilidade de inadimplência de um agente econômico, maior será a taxa de
juros que deverá pagar em seus empréstimos.

7.2.3.4 CAPACIDADE DE PAGAMENTO (ALAVANCAGEM,


ENDIVIDAMENTO, ESTRUTURA DE CAPITAL, GERAÇÃO DE
CAIXA)
A estrutura de capital de uma empresa envolve capital próprio e capital de
terceiros (empréstimos). Quanto maior a participação do capital de terceiros,
maior será a alavancagem financeira da empresa.

Empresas mais alavancadas tendem a ter um retorno mais elevado sobre o


capital próprio, mas também possuem risco mais elevado, uma vez que existe o
compromisso com o pagamento dos juros referentes aos empréstimos.

A geração de caixa é outro ponto analisado na análise das empresas,


principalmente no que se refere a honrar as dívidas de curto prazo, que tendem
a possuir taxa de juros mais elevada (efeito tesoura).

7.2.4 RISCO DE PAÍS– RISCO DE CRÉDITO DE


NATUREZA SOBERANA
7.2.4.1. CONCEITO

O risco país (ou risco soberano) mede a confiança do mercado na capacidade


de um país de pagar sua dívida. Quanto maior o country risk, maior a taxa de
juros paga pelo governo, empresas e indivíduos em suas dívidas. O Risco-
Brasil, portanto, é o risco-país associado ao Brasil

7.2.4.2. MEDIDA DE RISCO (EMBI - BRASIL). SIGNIFICADO

198
O índice EMBI+, Emerging Markets Bonds Index Plus ou Índice de Títulos de
Mercados Emergentes foi criado pelo Banco JP Morgan em 1993 como um
índice de referência para as economias emergentes (93 títulos de 21 países). O
EMBI+ Brasil (parte do EMBI+ referente ao Brasil) é um índice que reflete o
valor de mercado dos títulos do governo brasileiro. A base para calculo do
EMBI+ Brasil são os títulos do tesouro norte-americano (risco zero), onde cada
100 pontos de risco do Brasil significa uma taxa de juros real de 1% acima da
taxa paga pelo tesouro dos Estados Unidos. Resumindo: quanto maior o Risco-
Brasil maior será o prêmio exigido pelos investidores para aplicar em seus
títulos públicos, ou seja, mais altos serão os juros pagos pelo governo brasileiro
(taxa Selic).

7.2.5 RISCO DE CONTRAPARTE. CONCEITO


Risco de Contraparte (Counterparty Risk) - Como o próprio nome diz, é o risco
de uma das partes não honrar suas obrigações contratuais. Este risco no
mercado financeiro muitas vezes está associado aos derivativos financeiros.

7.2.6 RISCO DE LIQUIDAÇÃO. CONCEITO


Risco de Liquidação – É o risco que ocorre no momento da liquidação de uma
negociação com ativos: risco do vendedor entregar os ativos e o comprador
não pagar ou; risco do comprador pagar e não receber os ativos (vendedor não
entregar). O risco de liquidação é subclassificação do risco de contraparte e
assim como esses podem ser mitigados com o uso de câmaras de
compensação (clearing house).
7.2.7 RISCO DE MERCADO EXTERNO. CONCEITO
O mundo é complexo e eventos externos tem impacto direto nos nossos ativos
financeiros. O risco de mercado externo está relacionado aos riscos associados
às oscilações na taxa de câmbio, mudanças no cenário macroeconômico
mundial, riscos geopolíticos específicos de cada país investido, questões
legais, regulatórias e tributárias específicas de um país entre outras.

7.2.8 CLASSIFICAÇÃO DE RISCO


7.2.8.1. VARIAÇÃO DO RATING (PREÇO E ENQUADRAMENTO)
Nos Estados Unidos, diferente do Brasil, as notas costumam ser representadas
por letras ao invés de números, assim a letra “A” corresponde ao nosso 10, a
nota máxima.

199
As principais agências de risco de crédito (agências de rating) são
norteamericanas: Standard e Poor´s (S&P), Moody´s e Fitch Ratings. Essas
agências utilizam letras (rating) para graduar o risco de crédito dos agentes
econômicos conforme a figura ao lado.
Tomando como exemplo a S&P, os títulos terão grau de investimento quando
tiverem graduação mínima de BBB-. Abaixo disso serão classificados como
especulativos, ou seja, com elevada probabilidade de inadimplência.
O rating ou nota de crédito é apenas um julgamento da agência sobre a
capacidade do emissor do título (tomador do empréstimo) pagar sua dívida, não
é uma recomendação de compra ou venda destes ativos. Dependendo do
preço e do desfecho da operação, títulos com notas boas podem ser um
negócio ruim, assim como títulos de rating baixo (títulos podres) podem acabar
sendo um bom negócio.

200
Fonte da imagem: Folha de São
Paulo 16/12/15

7.2.8.2. CONSEQUÊNCIAS SOBRE A PRECIFICAÇÃO

201
Uma piora na nota de crédito (rating) de um agente econômico significa um
preço menor para seus títulos, enquanto que uma melhora do rating se reflete
em um aumento do valor dos títulos.

7.2.9 GESTÃO DE RISCO DE CARTEIRAS:


7.2.9.1. VALUE AT RISK. CONCEITO, APLICAÇÃO E LIMITAÇÕES
(REPETIÇÃO DE PADRÃO DE COMPORTAMENTO E NÍVEL DE
SIGNIFICÂNCIA)

O Value at Risk (VaR) é uma metodologia de avaliação de riscos em operações


financeiras. O VaR representa a pior perda esperada para um dado horizonte
de tempo e um determinado intervalo de confiança. Uma das grandes
vantagens do VaR é sua flexibilidade para ser aplicado em todo tipo de carteira
de ativos. Para o cálculo do VaR deve-se levantar dados históricos da operação
financeira e determinar o tipo de distribuição e o intervalo de confiança.
Exemplo: Perda Máxima de uma Carteira
Passo1: Levantar dados históricos da carteira – No exemplo vamos usar o valor
diário da carteira de investimentos nos últimos 5 anos.
Passo 2: Determinar o tipo de distribuição – Deve-se determinar o tipo de
distribuição que se aplica aos dados analisados, na maior parte das vezes se
utiliza a distribuição normal.
Passo 3: Calcular a média e o desvio-padrão – Com base nos valores diários
coletados, são calculados a média e o desvio-padrão da amostra.
Passo 4: Determinar o intervalo de confiança – Normalmente se utiliza um
intervalo de confiança de 95%, 97,5%,99%, para o exemplo utilizaremos um
intervalo de 97,5% unilateral que corresponde a aproximadamente 1,96
DesvioPadrão (DP) de distância da média.
Passo 5: Determinar o valor que está no limite inferior do intervalo de confiança
– No exemplo, utilizando 2 DP abaixo da média achamos uma diferença de R$
10 milhões de reais, essa vai ser a perda máxima para o intervalo de confiança
determinado. Lembramos que no exemplo 5% (unilateral – cauda da esquerda)
das vezes a perda será maior do que o limite calculado.

202
Probabilidade

1,96 DP

VaR(97,5%) Média Valor da carteira

Limitações do VaR – O VaR estima o futuro baseado em dados históricos, e


esta é sua grande limitação, novos eventos não captados pelo modelo podem
elevar o risco para patamares bastante acima do calculado.
Para entender melhor as limitações desse pressuposto vamos trabalhar com
um exemplo do mundo real, vamos supor que você queira estimar o tempo
máximo que você gastaria para chegar ao trabalho saindo de casa pela manhã,
como você faria?
Usando uma metodologia similar ao VaR você coletaria dados diários do tempo
casa-trabalho durante dois anos, por exemplo, em uma amostragem de
aproximadamente quinhentas idas ao trabalho, você acharia uma média de 20
minutos com desvio-padrão de 5 minutos. Usando esses números em uma
distribuição normal você tem uma chance em um milhão de demorar mais de
45 minutos para chegar no trabalho ( 4,75 DP), ou seja, pelo modelo, se você
sair de casa 45 minutos antes do trabalho só chegará atrasado uma vez a cada
10 mil anos! Então um determinado dia você sai de casa e a prefeitura está
fazendo uma grande obra de saneamento, o que deixa o trânsito caótico e você
passa uma hora para chegar ao trabalho... O que aconteceu? A amostra dos
últimos dois anos não captou esse evento e subdimensionou a probabilidade de
você chegar atrasado. Este é o grande risco de utilizar modelos baseados em
dados históricos como o VaR.

7.2.9.2. STOP LOSS


Stop Loss quer dizer parar as perdas. As boas práticas de gestão de carteiras
implicam em definir limites para as perdas. Um gestor precisa definir o limite de
suas perdas para não agir como um jogador de pôquer viciado que só sai da
mesa quando perde o último centavo. O stop loss pode ser utilizado como
metodologia complementar ao Value at Risk (VaR) para reduzir o risco de
gestão: quando o valor da carteira chegar em determinado limite de perdas,
25% por exemplo, o gestor se desfaz dos ativos, protegendo os investidores de
perdas maiores.
No mercado de ações, ordens do tipo “stop loss” podem ser programadas com
antecedência nos sistemas de negociação, e muitas vezes causam problemas

203
no mercado, pois oscilações mais bruscas do mercado podem “disparar” essas
ordens de venda, causando queda de valor dos ativos, que por sua vez atingem
o ponto de stop loss de outros investidores, enviando novas ordens de venda,
gerando assim um efeito cascata que derruba o preço dos ativos drasticamente
em poucos minutos.
Existe também o risco das ordens de venda stop loss não serem liquidadas por
falta de liquidez, ou mesmo do valor de mercado dos ativos “pular” a ordem de
venda, por exemplo, o stop loss de uma ação é de R$ 20,00 e o preço da ação
passa de R$ 23,00 para R$ 14,40, saltando assim o valor determinada para
venda no stop.

7.2.9.3. STRESS TEST


O stress test é conhecido como o teste dos piores cenários. É uma metodologia
complementar ao VaR (que usa dados passados como base) e consiste em
simular o que aconteceria com uma carteira numa crise financeira, através do
uso de computadores. As instituições financeiras usam o stress test para
estimar as perdas decorrentes da complexa teia de relação dos agentes
econômicos após determinado fato (cenário desfavorável), algo como empurrar
o primeiro dominó e observar o efeito cascata, ou seja, até onde vai e o seu
impacto no mercado. Em resumo o stress test simula as possíveis perdas
decorrentes dos piores cenários.

7.2.9.4. VALIDAÇÃO DO MODELO (BACK TESTING)


O Back Testing é um teste de validação de modelos utilizado em várias áreas
da ciência. Nas finanças ele é utilizado para verificar a acurácia dos modelos
antes de implantá-los.
Exemplo - Ao criar um modelo que estima a inadimplência das empresas com
base em indicadores contábeis, testa-se o modelo com empresas e eventos já
ocorridos (back) antes de implantar no mundo real.
Na prática os desenvolvedores costumam dividir as amostras em duas partes,
com o uso de estatística cria-se um modelo de regressão baseado na primeira
parte da amostra e depois testa a eficiência do modelo com a outra metade da
amostra. Exemplo: o modelo estatístico desenvolvido com a primeira metade da
amostra determinou que empresas que possuem índice de liquidez corrente
abaixo de 1 são potenciais inadimplentes, antes de sair negando crédito para
empresas com esse perfil, testa-se o modelo com outra amostra, e verifica se
realmente as empresas com aquele perfil, que, por exemplo, tomaram crédito
nos últimos 5 anos se tornaram inadimplentes, caso positivo, o modelo é
validado e pode ser implantado.

7.2.9.5. TRACKING ERROR VERSUS ERRO QUADRÁTICO MÉDIO

204
Tracking Error (TE) e Erro Quadrático Médio (EQM) são medidas estatísticas
de ajustamento e são utilizadas para verificar se as carteiras estão ajustadas
aos seus benchmarks.

Os gestores de fundos passivos têm o objetivo de seguir o benchmark, assim


quando seus retornos ficam distantes (erro alto) ele não está fazendo o seu
trabalho com eficiência. As medidas TE e EQM medem a distância dos retornos
do fundo em relação ao benchmark, de forma que quanto maior o erro, pior o
trabalho do gestor do fundo.
E se o gestor de um fundo passivo tiver um rendimento bem acima do seu
benchmark? Isso significa que o erro do ajustamento foi elevado e ele não
cumpriu seu dever que era ficar ajustado com o benchmark, assim, mesmo com
um rendimento mais elevado ele não realizou o trabalho que se propôs a fazer
(se aproximar do benchmark) de uma forma eficiente.

Tracking Error (TE) – É calculado através do desvio padrão das diferenças


entre o retorno do fundo e o seu benchmark. Quanto maior o TE, pior o trabalho
do gestor em de um fundo passivo.
Como calcular o TE? 1. Registrar os retornos do fundo e de seu benchmark
diariamente; 2. Calcular a diferença entre eles (cada dia); 3 Calcular o Desvio
Padrão (DP) dessa diferença.

Erro Quadrático Médio (EQM) – É calculado através da média dos quadrados


dos desvios do fundo em relação ao seu benchmark. Quanto maior o EQM,
maior a distância para o benchmark.
Como calcular o EQM? 1. Registrar os retornos do fundo e de seu benchmark
diariamente; 2. Calcular a diferença entre eles (cada dia); 3. Calcular o
quadrado dessas diferenças/ 4. Calcular a média dos valores resultantes no
passo anterior

205

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