Afecções Cardiovasculares

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AFECÇÕES DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

Fatores de risco para doença


cardiovascular
 História familiar
de D A C prematura (familiar 1º . grau
sexo masculino <55 anos e sexo feminino <65 anos)
 Homem >45 anos e mulher >55 anos
 Tabagismo
 Hipercolesterolemia (LDL-c elevado)
 Hipertensão arterial sistêmica
 Diabete melito
 Obesidade (IMC > 30 kg/m²)
 Gordura abdominal
 Sedentarismo
 Dieta pobre em frutas e vegetais
 Estresse psico-social
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
A insuficiência cardíaca (insuficiência cardíaca
congestiva) é uma condição grave na qual a
quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada
minuto (débito cardíaco) é insuficiente para suprir as
demandas normais de oxigênio e de nutrientes do
organismo.
CAUSAS
Qualquer doença que afete o coração e interfira na circulação
pode levar à insuficiência cardíaca, a exemplo da hipertensão
arterial, arteriosclerose, infarto do miocárdio, miocardite,
endocardite reumática, insuficiência aórtica, hipervolemia, anemia,
deficiência alimentar prolongada e insuficiência renal.
DISFUNÇÃO CARDÍACA
NORMAL

Dilatação Hipertrofia
A insuficiência cardíaca esquerda acarreta um acúmulo de líquido
nos pulmões (edema pulmonar), causando uma dificuldade respiratória
intensa. Inicialmente, a falta de ar ocorre durante a realização de um
esforço, mas, com a evolução da doença, ela também ocorre em
repouso. Algumas vezes, a dificuldade respiratória manifesta-se à noite,
quando a pessoa está deitada, em decorrência do deslocamento do
líquido para o interior dos pulmões.
Manifestações clínicas
 Dispnéia aos esforços e ortopnéia
 Tosse
 Expectoração
 Edema pulmonar
 Cianose
 Fadiga
 Astenia
 Oligúria
 Estertores finos nas bases pulmonares
 Cardiomegalia, taquicardia, pulso alternante, arritmias,
baixa reserva
 Confusão, dificuldade de concentração, cefaléia, insônia e
ansiedade
A insuficiência cardíaca direita tende a produzir acúmulo de sangue que flui para o lado
direito do coração. Esse acúmulo acarreta edema dos pés, tornozelos, pernas, fígado e
abdômen.
Manifestações clínicas
Ingurgitamento jugular
Hepatomegalia congestiva
Edema de membros inferiores
Ganho de peso
Ascite
Anorexia
Náuseas
Fraqueza
Tratamento médico
Objetivos básicos:

Reduzir o trabalho do coração


Aumentar a força e a eficiência da contração
miocárdica
Eliminar o acúmulo de água corporal ao evitar a
ingesta de água excessiva de líquidos, controlando
a dieta e monitorizando a terapia com diuréticos e
inibidores da ECA.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
AO CLIENTE COM ICC
Administrar O 2 para reduzir dispneia e fadiga

Posicionar em Fowler para facilitar a respiração e


aliviar a congestão pulmonar

Registrar intolerância ao decúbito (ortopnéia) e


elevá-lo além de 30º se necessário

Monitorizar frequência respiratória, profundidade


e facilidades respiratória
 Manter um registro do que foi ingerido e eliminado

 Pesar diariamente o cliente

 Auscultar os ruídos pulmonares pelo menos


uma vez ao dia

 Determinar o grau de distensão venosa jugular

 Identificar e avaliar a gravidade do


edema gravitacional

 N ão elevar membros inferiores, na presença de


ortopnéia
 Monitorizar a frequência de pulso e a pressão
arterial

 Examinar o turgor cutâneo e as mucosas para sinais


de desidratação

 Avaliar os sinais de sobrecarga hídrica e avaliar as


alterações

 Observar sinais e sintomas da diminuição da


perfusão periférica: pele fria, palidez facial,
enchimento capilar retardado

 Administrar terapêutica prescrita e avaliar a


resposta quanto ao alívio de sintomas
ANGINA
A angina é uma dor torácica transitória ou uma sensação de
pressão que ocorre quando o miocárdio não recebe oxigênio
suficiente. As necessidades de oxigênio do coração são
determinadas pelo grau de intensidade de seu esforço, isto é, pela
rapidez e pela intensidade dos batimentos cardíacos.
Manifestações clínicas:

• A dor varia desde a sensação de indigestão leve até sensação


de sufocação ou de peso na parte superior do tórax; a intensidade
pode incluir desde desconforto até dor agonizante. O cliente com
diabetes melitus pode não sentir dor intensa com a angina.
• A dor pode ser acompanhada de apreensão intensa e
sensação de morte iminente;
• O desconforto é mal localizado e pode irradiar-se para o pescoço,
a mandíbula, os ombros e a face interna dos braços (geralmente no
braço esquerdo);
• A dor pode ser acompanhada de sensação de fraqueza ou
dormência nos braços, punhos e mãos, bem como dispneia, palidez,
sudorese, tontura ou desorientação e náuseas ou vômitos. Pode
ocorrer ansiedade com a angina
• Uma característica importante da angina é que ela cede com a
remoção da causa precipitante ou administração de nitroglicerina.
Fatores de risco que desencadeiam episódios de angina

Esforço físico súbito ou excessivo


• Exposição ao frio
• Tabagismo
• Refeições pesadas
• Peso excessivo
• Alguns medicamentos de venda livre, tais como anorexígenos,
descongestionantes nasais ou que aumentam a frequência
cardíaca e a pressão arterial
• Situações que provocam estresse ou emoção
Cuidados de enfermagem

• Avaliar as características da dor no peito e sintomas associados.


• Fazer um ECG, cada vez que a dor torácica surgir, para evidenciar
infarto posterior.
• Monitorizar a resposta ao tratamento medicamentoso.
• Avisar o médico se a dor não diminuir.
• Identificar junto ao cliente as atividades que provoquem dor.
• Oferecer assistência de maneira calma e eficiente de modo a
reconfortar o cliente até que o desconforto desapareça.
• Prover um ambiente confortável e silencioso para o cliente/família.
• Ajudar o paciente a identificar seus próprios fatores de risco.
• Ajudar o paciente a estabelecer um plano para modificações dos
fatores de risco.
• Providenciar orientação nutricional ao cliente/família.
• Esclarecer o cliente/família acerca dos medicamentos que deverão
ser tomados após a alta hospitalar
• Esclarecer o cliente acerca do plano terapêutico.
• Explicar a relação entre a dieta, atividades físicas e a doença.
• Avaliar a respiração, a pressão sanguínea e frequência cardíaca em
cada episódio de dor torácica OU a cada 6 horas.
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

A hipertensão arterial é definida como pressão arterial


sistólica superior a 140 mmHg e pressão diastólica superior
a 90 mmHg, com base em duas ou mais medidas.
A hipertensão arterial constitui importante fator de risco para doença
cardiovascular aterosclerótica, insuficiência cardíaca (IC), acidente
vascular encefálico e insuficiência renal.
A hipertensão arterial está associada a risco de morbidade ou
mortalidade prematuro, que aumenta à medida que as pressões sistólica
e diastólica se elevam. A elevação prolongada da pressão arterial
provoca lesão dos vasos sanguíneos nos órgãos-alvo (coração, rins,
cérebro e olhos). A emergência hipertensiva e a urgência hipertensiva
são condições que exigem intervenção imediata
Sintomas:

Na maioria dos indivíduos, a hipertensão arterial não produz


sintomas
•Alterações nas retinas: hemorragia, exsudatos,
estreitamento das arteríolas
•Nictúria e azotemia
•Comprometimento vascular cerebral com crise isquêmica:
hemiplegia temporária, perdas de consciência ou
alterações da visão (turvação visual).
•Sintomas cerebrais: dores de cabeça (mecanismos
desconhecidos), tonturas intensas,“falta de ar” aos esforços;
dores torácicas.
•Sangramentos nasais.
•Claudicação intermitente (comprometimento vascular nos MMII).
•Ocasionalmente, os indivíduos com hipertensão arterial grave
apresentam sonolência ou mesmo o coma em razão do edema
cerebral. Esse distúrbio, denominado encefalopatia hipertensiva,
requer um trata- mento de emergência.
Tratamento:

A hipertensão arterial essencial não tem cura, mas pode ser


tratada para impedir complicações. Como a hipertensão arterial em
si é assintomática, os médicos procuram evitar tratamentos que
provoquem mal-estar ou que interfiram no estilo de vida do paciente.
Os medicamentos usados para o tratamento da hipertensão
arterial diminuem a resistência periférica, o volume sanguíneo ou a
força e a frequência da contração do miocárdio.
• Os medicamentos de primeira linha incluem diuréticos,
betabloqueadores ou ambos, iniciando com doses baixas; as doses são
aumentadas de modo gradual até que a hipertensão arterial seja
controlada. Outros medicamentos podem ser acrescentados;
• Se a pressão arterial permanecer abaixo de 140/90 mmHg durante
pelo menos 1 ano, pode-se considerar uma redução das doses dos
medicamentos;
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

Infarto é uma área de tecido que morre (necrose) devido a uma


oxigenação insuficiente. Um infarto do miocárdio acontece quando
há uma interrupção total prolongada do fluxo sanguíneo arterial.
Quanto maior a área de necrose, mais grave a lesão. Cada artéria
coronária fornece sangue oxigenado a uma área diferente do
miocárdio. A localização do infarto depende da área onde o
suprimento sanguíneo ao miocárdio é interrompido pela respectiva
artéria obstruída.
CAUSAS
Trombose coronariana secundaria a alteração
arteriosclerose e aterosclerose; Espasmos arteriais;
Hipertensão Arterial; Diabetes Mellitus; Tabagismo;
Sedentarismo; Obesidade;
COMPLICAÇÕES:
Arritmias; Choque Cardiogênico; Ruptura Ventricular;
Aneurisma Ventricular; Embolia Arterial; Trombose
Venosa; Embolia Pulmonar; Pericardite; Insuficiência
Mitral.
SINTOMAS:
Os sintomas variam, mas costumas incluir a DOR TORACICA
intensa e abrupta, que pode irradiar para o ombro, braço, dentes,
mandíbula ou garganta. A dor é mais intensa e mais prolongada do que
a dor anginosa, e diferente da angina de peito, a dor não passa em
repouso e com uso do nitrato sublingual. O paciente pode apresentar
ainda palidez, diaforese, náusea, êmese, hipotensão arterial e desmaio.

OBS: Alguns pacientes enfartam e não sentem dor, ou o mínimo de


dor, e só descobrem durante a realização de um ECG dias, semanas e
até anos depois.
DIAGNÓSTICO:
Geralmente se baseia na história da doença atual, no
eletrocardiograma e nos níveis séricos (sanguíneos) das enzimas
cardíacas. O prognóstico depende da extensão da lesão miocárdica. O
tratamento pode ser clínico ou cirúrgico, dependendo da extensão e da
área acometida.
Os profissionais de saúde precisam estar atentos para um
diagnóstico precoce, tendo em vista que esta é uma das maiores
causas de mortalidade. O atendimento imediato, ao cliente infartado,
garante a sua sobrevivência e/ou uma recuperação com um mínimo
de sequelas.
O idoso nem sempre apresenta a dor constritiva típica associada
ao IAM, em virtude da menor resposta dos neurotransmissores, que
ocorre no período de envelhecimento, podendo assim passar
despercebido.
Assistência de enfermagem deve englobar os seguintes aspectos:

Proporcionar um ambiente adequado para o repouso físico e mental;

Fornecer oxigênio e administrar opiáceos (analgésico e sedativo) e


ansiolíticos prescritos para alíviodador e diminuição da ansiedade;
JAMAIS DUVIDE DA SUA INCRÍVEL
CAPACIDADE DE VENCER

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