Caderno Mapeado - CNU - Português

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Patrícia Monteiro Moreno - [email protected] - CPF: 723.676.602-04


Seja muito bem-vindo!

Você acaba de adquirir o material: Caderno Mapeado para o Concurso Nacional


Unificado – 2024.

Esse material é totalmente focado no certame e aborda ponto a ponto do edital da


disciplina de Português.

Nele foi inserido toda a teoria sobre a matéria cobrada no certame, para facilitar a sua
compreensão, e marcações das partes mais importantes.

Assim, trabalharemos os assuntos mais importantes para a sua prova com foco na
banca Cesgranrio.

Caso tenha qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando seus
questionamentos para o suporte: [email protected] e WhatsApp.

Bons Estudos!

Rumo à Aprovação!!

Patrícia Monteiro Moreno - [email protected] - CPF: 723.676.602-04


SUMÁRIO
CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................................................................................... 6
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS ................................................................................... 7
1) Introdução.................................................................................................................................................. 7
2) Considerações Iniciais ............................................................................................................................. 7
3) Interpretação Textual .............................................................................................................................. 7
3.1) Semântica ............................................................................................................................................... 8
3.1.1) Conotação e Denotação ................................................................................................................... 9
3.1.2) Ambiguidade .................................................................................................................................... 10
3.2) Figuras e Vícios de Linguagem ........................................................................................................ 10
3.3) Coesão e Coerência............................................................................................................................. 13
TIPOLOGIA TEXTUAL .................................................................................................................................. 13
1) Introdução................................................................................................................................................ 13
2) Tipos Textuais ......................................................................................................................................... 14
2.1) Narrativo ............................................................................................................................................... 14
2.2) Descritivo .............................................................................................................................................. 14
2.3) Expositivo (informativo) ................................................................................................................... 14
2.4) Argumentativo (dissertativo) .......................................................................................................... 14
2.5) Injuntivo ................................................................................................................................................ 15
3) Gêneros Textuais .................................................................................................................................... 15
3.1) Crônica ................................................................................................................................................... 16
3.2) Conto ..................................................................................................................................................... 16
3.3) Artigo de opinião ................................................................................................................................ 17
3.4) Editorial ................................................................................................................................................. 18
3.5) Notícia ................................................................................................................................................... 18
3.6) Reportagem.......................................................................................................................................... 19
CLASSES DE PALAVRAS ............................................................................................................................. 21
1) Introdução................................................................................................................................................ 21
2) Emprego das Classes de Palavras ....................................................................................................... 21
3) Classe de Palavras .................................................................................................................................. 21
3.1) Substantivos ......................................................................................................................................... 22
3.2) Adjetivo ................................................................................................................................................. 24
3.3) Advérbio................................................................................................................................................ 27

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3.4) Artigo ..................................................................................................................................................... 28
3.5) Numeral................................................................................................................................................. 28
3.6) Interjeição ............................................................................................................................................. 30
3.7) Preposição ............................................................................................................................................ 30
3.8) Conjunção ............................................................................................................................................. 32
3.9) Pronome................................................................................................................................................ 34
3.10) Verbo ................................................................................................................................................... 34
4) Formação de Palavras ........................................................................................................................... 39
5) Formação de Derivação ........................................................................................................................ 40
6) Processo de Composição ...................................................................................................................... 40
7) Pronomes Oblíquos Átonos ................................................................................................................. 41
7.1) Colocação de pronomes oblíquos átonos ..................................................................................... 41
ORTOGRAFIA OFICIAL E ACENTUAÇÃO GRÁFICA .............................................................................. 43
1) Introdução................................................................................................................................................ 43
2) Tonicidade................................................................................................................................................ 43
3) Acentuação .............................................................................................................................................. 43
3.1) Principais regras de acentuação ...................................................................................................... 44
3.2) Casos especiais .................................................................................................................................... 45
4) Hífen .......................................................................................................................................................... 46
4.1) Regra do Hífen .................................................................................................................................... 47
4.2) Hífen entre palavras ........................................................................................................................... 48
4.3) Hífen: mal/bem ................................................................................................................................... 48
USO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE ................................................................................................. 49
1) Introdução................................................................................................................................................ 49
2) Considerações Iniciais ........................................................................................................................... 49
3) Emprego do Sinal de Crase .................................................................................................................. 50
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO ................................................................................................... 52
1) Introdução................................................................................................................................................ 52
2) Considerações Iniciais ........................................................................................................................... 52
3) Termos Essenciais da Oração na Sintaxe .......................................................................................... 53
3.1) Sujeito .................................................................................................................................................... 53
3.2) Predicado .............................................................................................................................................. 54
3.3) Predicativo............................................................................................................................................ 55
3.4) Predicação verbal ................................................................................................................................ 55
4) Termos Integrantes da Oração............................................................................................................ 56

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4.1) Complemento Verbal ......................................................................................................................... 57
4.2) Complemento Nominal ..................................................................................................................... 57
4.3) Agente da Passiva ............................................................................................................................... 57
5) Termos Acessórios da Oração ............................................................................................................. 57
5.1) Adjunto adnominal............................................................................................................................. 58
5.2) Adjunto Adverbial .............................................................................................................................. 58
5.3) Aposto ................................................................................................................................................... 58
5.4) Vocativo ................................................................................................................................................ 59
6) Orações Coordenadas............................................................................................................................ 59
6.1) Orações Coordenadas Assindéticas ................................................................................................ 59
6.2) Orações Coordenadas Sindéticas .................................................................................................... 60
7) Orações Subordinadas .......................................................................................................................... 61
7.1) Orações Subordinadas Substantivas .............................................................................................. 62
6.2) Orações Subordinadas Adjetivas..................................................................................................... 63
6.3) Orações Subordinadas Adverbiais .................................................................................................. 63
PONTUAÇÃO ................................................................................................................................................ 67
1) Introdução................................................................................................................................................ 67
2) Sinais de Pontuação............................................................................................................................... 68
3) Regras da Pontuação ............................................................................................................................. 68
3.1) Ponto (.) ................................................................................................................................................ 68
3.2) Vírgula (,) .............................................................................................................................................. 68
3.3) Ponto e Vírgula (;) .............................................................................................................................. 69
3.4) Dois Pontos (:) ..................................................................................................................................... 70
3.5) Ponto de Exclamação (!).................................................................................................................... 70
3.6) Ponto de Interrogação (?) ................................................................................................................. 70
3.7) Reticências (...)..................................................................................................................................... 71
3.8) Aspas (" ") ............................................................................................................................................. 71
3.9) Parênteses ( ( ) ) .................................................................................................................................. 71
3.10) Travessão (—) .................................................................................................................................... 71

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Pessoal!

Antes de iniciarmos o estudo da matéria de Português, apresentaremos os assuntos que são


cobrados no edital. Siga firme com os estudos que a aprovação virá!!

CONTEÚDO

1 Compreensão de textos.

2 A organização textual dos vários modos de organização discursiva. 2.1 Coerência e coesão.

3 Ortografia.

4 Classe, estrutura, formação e significação de vocábulos.

5 Derivação e composição.

6 A oração e seus termos.

7 A estruturação do período.

8 As classes de palavras: aspectos morfológicos, sintáticos e estilísticos.

9 Linguagem figurada.

10 Pontuação.

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COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

1) Introdução

Iniciaremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre a matéria de Língua Portuguesa para
o Bloco 8 – Nível Intermediário:

1 – Compreensão e Interpretação de Textos: considerações Iniciais; interpretação textual.

2) Considerações Iniciais

A compreensão de um texto é a decodificação da mensagem apresentada, ou seja, é a análise


objetiva do que está no explícito no texto. O contexto em que um texto é produzido pode
influenciar significativamente a interpretação. Entender o contexto ajuda a captar melhor a intenção
do autor.

3) Interpretação Textual

A interpretação de textos compreende a capacidade de chegar a determinadas conclusões, por


meio da conexão de ideias, após realizar a leitura de algum tipo de texto (visual, auditivo, escrito,
oral), de forma a ir além do texto propriamente dito. Neste sentido, a interpretação de texto é algo
subjetivo e que pode variar de leitor para leitor.

A interpretação de texto é uma habilidade essencial para diversos concursos públicos, pois muitas
vezes as questões envolvem a compreensão e análise de informações presentes em textos. Vamos
te proporcionar algumas dicas de leitura importantes para você conseguir identificar e garantir a
resposta correta:

Leitura e Identificação do Tema Central

Atenção a Palavras-Chave, palavras repetidas, sinônimos,


hiperônimos (palavras que possuem sentido amplo, geral)

Pronomes - circule e aponte o termo referente

Faça o resumo do texto

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Momento da Questão

Questão inédita – Leia o seguinte trecho e escolha a alternativa correta:

O sol, ao se pôr no horizonte, tingia o céu de tonalidades quentes, como se uma tela imaginária
estivesse sendo pintada pelo artista invisível da natureza. As sombras alongavam-se, dançando
ao ritmo tranquilo do entardecer, enquanto a brisa suave sussurrava segredos nos ouvidos das
árvores. A cena era um convite à contemplação, convidando todos a apreciarem a beleza
efêmera do crepúsculo.

a) O sol pintava o céu de tons frios no horizonte.

b) As sombras encurtavam-se, dançando ao ritmo agitado do entardecer.

c) A brisa suave gritava segredos nos ouvidos das árvores.

d) A cena não convidava à contemplação.

e) A beleza do crepúsculo era efêmera.

Gabarito: Letra E.

Comentário: O trecho descreve a cena do pôr do sol com tonalidades quentes, sombras
alongadas, brisa suave e convida à contemplação da beleza efêmera do crepúsculo. A alternativa
correta destaca esse aspecto.

3.1) Semântica

A semântica é um campo de estudo da linguística que se ocupa do significado das palavras, frases,
expressões e textos. Ela explora como as palavras e as estruturas linguísticas transmitem significado,
tanto individualmente quanto em contextos mais amplos.

No âmbito da semântica, existem conceitos que estabelecem conexões entre a utilização e a


estrutura do significado em contextos específicos, além de abordar alguns fenômenos gramaticais
relacionados ao significado na linguagem. Vamos aprofundar nosso entendimento desses conceitos
a seguir:

Sinonímia: refere-se à relação entre palavras que têm significados semelhantes ou idênticos.

Ex.: Casa e lar são sinônimos, pois ambos representam o mesmo conceito de residência.

Antonímia: envolve a relação entre palavras que têm significados opostos.

Ex.: Rápido e lento são antônimos, já que expressam conceitos contrários de velocidade.

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Hiponímia: ocorre quando uma palavra representa um conceito mais específico em relação a
outra.

Ex.: Rosa é um hipônimo de flor, pois se refere a uma categoria mais específica dentro do grupo
mais amplo.

Hiperonímia: refere-se à relação entre uma palavra mais abrangente e outra mais específica.

Ex.: Animal é um hiperônimo de cachorro, pois abrange uma categoria mais ampla que inclui
várias espécies.

Paronímia: envolve palavras que têm grafias ou pronúncias semelhantes, mas significados
diferentes.

Ex.: Emigrar e Imigrar são parônimos, embora tenham significados opostos; o primeiro refere-se
a sair de um país, enquanto o segundo refere-se a entrar em um país.

Polissemia: ocorre quando uma palavra possui múltiplos significados relacionados.

Ex.: A palavra boca pode referir-se à abertura na face humana, à entrada de um rio ou a uma
abertura em várias estruturas.

Homonímia: envolve palavras que têm a mesma forma, mas significados distintos.

Ex.: Banco pode significar um assento ou uma instituição financeira, dependendo do contexto.

3.1.1) Conotação e Denotação

As palavras e os discursos podem ter sentidos conotativos ou denotativos. A conotação diz


respeito às associações emocionais, subjetivas ou culturais que uma palavra carrega, além do seu
significado literal. Enveolve as sugestoes, sentimentos ou nuances.

Ex.: A palavra casa pode denotar uma estrutura de moradia, mas sua conotação pode variar,
incluindo sentimentos de conforto, segurança ou nostalgia.

Já a denotação refere-se ao significado literal, objetivo e preciso de uma palavra, expressão ou


símbolo. É a interpretação mais direta e factual do termo.

Ex.: Na frase "O gato está dormindo no sofá", a palavra gato denota o animal doméstico felino.
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3.1.2) Ambiguidade

A ambiguidade ocorre quando uma expressão, palavra, frase ou estrutura gramatical possui mais
de uma interpretação possível, tornando o significado incerto ou confuso.

Ex.: Ele viu o homem com o binóculo – a interpretação poderá ser feita de duas formas distintas:
Ele viu o homem com o binóculo.

3.2) Figuras e Vícios de Linguagem

As figuras de linguagem são recursos que proporcionam expressividade, beleza e persuasão ao


discurso. Elas são utilizadas para criar efeitos específicos na comunicação. Dependendo da função
que ocupam, as figuras de linguagem se classificam em:

Classificação das Figuras de Linguagem

Figuras de palavras ou Metáfora - O mundo é um palco, e todos os homens e mulheres meros atores
semanticas - Nesse caso, "o mundo" é comparado a um palco, e as pessoas são
comparadas a atores.
estão relacionadas ao
significado das palavras. Comparação - Ela é forte como um leão - Nesse exemplo, a pessoa está sendo
comparada à força de um leão usando o termo "como".

Metonímia - As chaminés estão trabalhando duro - Nesse caso, "as chaminés"


são usadas para representar as fábricas ou indústrias como um todo.

Catacrese - O pé da mesa está quebrado - Nesse contexto, "pé" é usado para


descrever a parte da mesa, embora "pé" seja mais associado aos seres
humanos.

Sinestesia - O som amarelo da trombeta - Nesse exemplo, há uma mistura de


diferentes sentidos; o som (auditivo) é associado a uma cor (visual), criando
uma imagem sensorial única.

Perífrase - O Rei dos Animais (referindo-se ao leão) - uma expressão que


substitui o nome comum de algo por uma descrição mais longa ou elaborada.

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Figuras de pensamento Hipérbole – Estou morrendo de fome - Uma exageração intencional para
enfatizar intensidade, não uma verdade literal.
lidam com a combinação
de ideias e pensamentos. Eufemismo - Ele nos deixou" (em vez de "Ele morreu") - Utilização de
expressões mais suaves para abordar temas desagradáveis ou sensíveis.

Litote - Não foi uma má ideia - Afirmação da negação do contrário, muitas


vezes para subestimar algo de maneira irônica.

Ironia - "Ótimo trabalho!" - quando alguém comete um erro evidente, o


significado expresso é oposto ao que realmente é pretendido.

Personificação - O sol sorriu para nós - Atribuição de características humanas


a objetos inanimados ou seres não humanos.

Antítese - É o melhor dos tempos, é o pior dos tempos - Combinação de ideias


opostas em uma mesma frase.

Paradoxo - A pressa é a inimiga da perfeição – Expressão de uma ideia


aparentemente contraditória, mas que revela uma verdade mais profunda.

Gradação - Estou cansado, exausto, completamente esgotado - Progressão


ascendente ou descendente de intensidade em uma série de palavras.

Apóstrofe - Ó, Lua, testemunha silenciosa da noite - Uma figura de linguagem


em que o discurso é direcionado a uma pessoa ausente, a uma entidade
abstrata ou a algo inanimado.

Figuras de sintaxe ou Lipse - Você vai ao cinema hoje? Eu vou. (Omitindo o verbo "ir") - Omissão de
construção termos que podem ser subentendidos pelo contexto.

interferem na estrutura Zeugma - Ele quebrou a janela e o coração dela - Uso de uma palavra em uma
gramatical da frase. frase para governar ou modificar duas ou mais palavras, mas apenas
literalmente se aplica a uma delas.

Hipérbato - A estrada longa e escura, eu não gostava de percorrê-la - Inversão


da ordem normal das palavras para criar um efeito poético ou enfatizar uma
ideia.

Polissíndeto - Ele veio e falou e sorriu e partiu - Repetição de conjunções para


enfatizar a conexão entre ideias.

Assíndeto - Veio, viu, venceu - Omissão de conjunções entre palavras ou


frases, dando uma sensação de rapidez ou fluidez.

Anacoluto - Ele se lembrou do aniversário dela, que tinha sido ontem - Quebra
na sequência lógica da frase, muitas vezes devido a uma mudança abrupta na
estrutura.

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Pleonasmo - Subir para cima - Uso de palavras redundantes que não
acrescentam significado adicional à expressão.

silepse - Os brasileiros somos apaixonados por futebol - Concordância de um


termo com outro que não está explicitamente expresso na frase, mas que pode
ser deduzido pelo contexto.

Anáfora - Eu tenho um sonho... Eu tenho um sonho... - Repetição de uma


palavra ou expressão no início de versos ou frases.

Figuras de som ou Aliteração – O rato roeu a roupa do rei de Roma - Repetição de sons
harmonia consonantais no início de palavras próximas.

estão relacionadas à Paronomásia – Onde há vontade, há um caminho - Uso de palavras que se


sonoridade das palavras. assemelham foneticamente, mas têm significados diferentes.

Assonância – O vento fresco mexia nas frestas - Repetição de sons de vogais


semelhantes, criando uma harmonia sonora.

Onomatopeia - O pássaro cantou 'piu-piu' - Palavras que imitam ou


reproduzem sons naturais associados aos objetos ou ações que descrevem.

Já os vícios de linguagem são os usos inadequados da língua que prejudicam a clareza e correção
do discurso.

Eufemismo
Cacofonia Clichê Coloquialismo Pleonasmo Barbarismo
excessivo

• repetição • expressões • uso de • uso • uso • uso incorreto


incômoda de tão usadas expressões exagerado de desnecessário de palavras ou
sons que perdem a informais ou expressões de palavras formas
semelhantes, originalidade regionais em suavizadas repetidas que gramaticais.
criando um e impacto um contexto para amenizar não • Ex.: nós
efeito • Ex.: chover no formal a realidade acrescentam vamos
desagradável molhado • Ex.: cada um • Ex.: ele partiu informação almoçar em
• Ex.: os olhos no seu para o além • Ex.: subir para um self-
dela doeram quadrado cima service.
de dor.

Tome nota!

Caso o erro seja proposital, trata-se de uma figura de linguagem e não de um vício de linguagem.

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3.3) Coesão e Coerência

Os conceitos de coesão e coerência são essenciais para a compreensão e interpretação dos textos e
enunciados das provas. A coesão refere-se à conexão gramatical e semântica entre as partes de um
texto. Uma composição coesa mantém uma lógica estrutural, onde as ideias estão interligadas por
meio de elementos linguísticos.

Já a coerência refere-se à consistência lógica e significativa de um texto como um todo. Um texto


coerente tem uma estrutura que faz sentido ao leitor, conectando suas partes de maneira clara e
natural.

Momento da Questão

Questão inédita – Analise o seguinte trecho:

O tempo, implacável, tece suas tramas invisíveis, transformando o presente em passado. As


horas, como soldados disciplinados, marcham incessantemente na jornada da eternidade.
Contudo, a vida, essa tecelã habilidosa, entrelaça sonhos e realidades na tapeçaria da
existência.

Identifique a(s) figura(s) de linguagem presente(s) no trecho:

a) Metonímia.

b) Paradoxo.

c) Hipérbole.

d) Metáfora e Hipérbole.

e) Litote.

Gabarito: Letra D.

Comentário: O trecho utiliza recursos figurativos para representar o conceito do tempo e da


vida de maneira simbólica, caracterizando tanto a metáfora quanto a hipérbole.

TIPOLOGIA TEXTUAL

1) Introdução

Estudaremos agora sobre a tipologia textual, tema muito importante para os estudos para o seu
concurso:

1 – Tipologia Textual: tipos textuais; gêneros textuais.

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2) Tipos Textuais

Os tipos textuais são o conjunto de estruturas que constituem textos de diferentes gêneros textuais,
em outras palavras, é o modo como um texto se apresenta.

Eles se dividem em cinco: narrativo, descritivo, expositivo (informativo), argumentativo


(dissertativo) e injuntivo.

2.1) Narrativo

O texto narrativo retrata uma sucessão de fatos, e é composto pelos seguintes elementos:
personagens, tempo, espaço e enredo (sucessão de acontecimentos).

É o relato de uma história vivida por personagens ao longo do tempo e do espaço, trazendo consigo
sempre uma progressão temporal.

No texto narrativo, contém, ainda, trechos descritivos.

2.2) Descritivo

O texto descritivo faz menção as características ou qualidades de alguém ou de alguma coisa.


Características são atributos específicos ao ser, enquanto qualidades determinam a essência ou a
natureza de um ser ou coisa a serem descritos.

A tipologia textual na forma de descrição pode se referir, por exemplo, a uma pessoa, um ambiente,
um processo, ou uma cena, de forma simultânea.

2.3) Expositivo (informativo)

O texto expositivo apresenta um assunto sem apresentar uma opinião ou uma tese.

Esta tipologia textual se pauta numa linguagem objetiva, isto é, uma linguagem direcionada ao
objeto apresentado, e não ao sujeito em questão.

2.4) Argumentativo (dissertativo)

No texto argumentativo o assunto é apresentado sob a perspectiva do autor, trazendo trechos


expositivos ou informativos para compor uma análise.

Neste tipo texto identifica-se os seguintes elementos: uma introdução (tese), argumentos
(desenvolvimento) e uma conclusão, a fim de consolidar os argumentos.

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Diferentemente dos textos descritivos e expositivos onde há predominantemente fatos, o texto
argumentativo contém uma opinião a partir dos fatos apresentados.

2.5) Injuntivo

O texto injuntivo (ou conhecido como instrucional), que se propõe a orientar, prescrever e instruir.

Frequentemente há verbos no imperativo.

Utilizado também para apontar acontecimentos e comportamentos.

ESQUEMATIZANDO O CONTEÚDO

TIPO OBJETIVO CARACTERÍSTICAS

Narrativo Retratar uma sucessão de fatos Apresenta uma progressão temporal

Descritivo Retratar uma realidade estática Apresenta fatos e ações simultaneamente

Expositivo (informativo) Informar Linguagem objetiva, sem opinião do autor

Argumentativo Desenvolver um tema a partir Apresenta fatos e argumentos a fim de


(dissertativo) da perspectiva do autor fundamentar uma tese

Injuntivo Orientar, prescrever e instruir Linguagem imperativa

3) Gêneros Textuais

Os gêneros textuais são categorias ou tipos específicos de textos que compartilham características
estruturais, linguísticas e comunicativas comuns. Eles são formas padronizadas de comunicação que
se desenvolvem dentro de uma cultura ou sociedade para atender a diferentes propósitos de
comunicação. Os gêneros textuais são uma maneira de classificar e entender como os textos são
organizados e como são usados para transmitir informações, ideias e emoções.

São identificados com base no objetivo, função e no contexto do texto.

Há diversos gêneros textuais, os quais estabelecem uma interação entre os interlocutores (emissor e
receptor) de determinado enunciado. Abaixo os principais exemplos:

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3.1) Crônica

É um texto curto na forma de prosa que retrata acontecimentos cotidianos. A linguagem utilizada
é subjetiva (uso de primeira pessoa e juízo de valor).

É uma narrativa curta e geralmente escrita em prosa que aborda acontecimentos do cotidiano,
situações do dia a dia, reflexões pessoais, observações sobre a sociedade, eventos históricos ou
qualquer tema que possa despertar o interesse do leitor. Diferentemente do conto, a crônica é mais
flexível em sua estrutura e pode apresentar uma abordagem mais subjetiva e informal. Geralmente
produzido para meios de comunicação (jornais, revistas etc.).

Brevidade

Tema cotidiano

Linguagem acessivel

Características da
Crônica Tom subjetivo

Humor e ironia

Atualidade

Variedade de temas

3.2) Conto

Os contos são um dos gêneros mais populares da literatura e têm origens antigas em diversas
culturas ao redor do mundo. Eles são narrativas curtas de ficção, caracterizadas por sua concisão
e foco em um único evento, situação ou personagem. Diferentemente dos romances, que são mais
extensos e complexos, os contos têm uma estrutura mais enxuta e direta, concentrando-se em contar
uma história de forma compacta e envolvente.

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Narrativa curta

Enredo focado

Persoangens limitados

Clímax e desfecho
Características de Contos
Ambiguidade e simbolismo

Tema central

Estilo literário

Diversidade de gêneros

Os contos oferecem uma forma concisa e poderosa de explorar ideias, sentimentos e questões
humanas, além de proporcionar uma experiência de leitura completa em um espaço relativamente
curto.

3.3) Artigo de opinião

O artigo de opinião é um gênero textual pertencente ao âmbito jornalístico e editorial. Sua


principal característica é apresentar um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre determinado
assunto, questão ou tema de relevância social, político, cultural, econômico ou outro assunto de
interesse público. Esse gênero permite que os autores expressem suas opiniões, argumentem a favor
de suas visões e persuadam o leitor a concordar com suas ideias.

Subjetividade

Argumentativo

Público-alvo

Características de Artigo de
Temas variados
Opinião

Assinatura

Conclusão

Resposta à atualidade

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Os artigos de opinião são encontrados em jornais, revistas, blogs e outras mídias. Eles desempenham
um papel crucial no debate público, na formação de opiniões e na discussão de ideias relevantes
para a sociedade. Além disso, permitem que os leitores ampliem seus horizontes, conheçam
diferentes pontos de vista e participem ativamente das conversas em torno de questões importantes.

3.4) Editorial

O editorial é um gênero textual que faz parte do jornalismo e é usado para expressar a posição
oficial e a opinião do próprio veículo de comunicação em relação a um assunto específico. É uma
forma de artigo de opinião, porém, em vez de representar a visão de um indivíduo ou colunista, o
editorial reflete o posicionamento e a perspectiva do jornal ou revista como uma entidade.

Neutralidade aparente

Tema relevante

Argumentativo

Características de Editorial Autoria coletiva

Posicionamento institucional

CoInfluência e impacto

Destaque e localização

Os editoriais desempenham um papel fundamental no jornalismo, pois representam a posição


oficial de um veículo de comunicação e contribuem para a formação da opinião pública sobre
temas relevantes. Eles são uma manifestação da liberdade de expressão e da busca pela
transparência jornalística. No entanto, é importante que os leitores estejam cientes de que os
editoriais refletem a perspectiva e a postura do veículo de comunicação e não são artigos neutros
ou isentos.

3.5) Notícia

A notícia é um gênero textual jornalístico que tem como objetivo informar o público sobre eventos,
acontecimentos, fatos e situações relevantes que ocorrem no mundo. É uma forma de comunicação

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que busca fornecer informações objetivas e imparciais, com base em fatos e dados verificáveis,
para manter as pessoas atualizadas sobre o que está acontecendo ao seu redor.

Objetividade

Veracidade

Atualidade

Interesse público
Características de Notícia
Estrutura padronizada

Citação de fontes

Imparcialidade

Manchete e primeiro parágrafo com principais fatos da


história

3.6) Reportagem

A reportagem é um gênero jornalístico que se diferencia da notícia por sua abordagem mais
aprofundada e investigativa sobre um determinado assunto. Enquanto a notícia busca fornecer
informações objetivas e imparciais sobre eventos recentes e relevantes, a reportagem busca
aprofundar-se em um tema específico, apresentando diferentes perspectivas, análises, entrevistas e
informações mais detalhadas.

Investigação

Contextualização

Entrevistas

Linguagem descritiva
Características de
Reportagem
Extensão

Temas variados

Imagens e recursos visuais

Impacto e mudanças sociais

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Esquematizando o Conteúdo

A seguir o tipo textual correspondente a cada gênero textual apresentado:

Narrativo Descritivo Expositivo Argumentativo Injuntivo

Conto,
Texto Manual de
crônica e Cardápio Carta aberta
didático instrução
romance

Tese,
Relato
Notícia Palestra editorial e Propaganda
descritivo
crônica

Artigo de
Biografia /
Reportagem Reportagem opinião/ Receita
Autobiografia
científico

Momento da Questão

Questão inédita – Leia o trecho abaixo:

"Em meio aos debates acalorados sobre preservação ambiental, a autora apresenta dados
científicos, relatos de especialistas e análises de pesquisas recentes. Nesse contexto, fica
evidente que o texto tem como principal objetivo persuadir o leitor a adotar práticas
sustentáveis em seu cotidiano."

Com base no contexto apresentado, qual seria o gênero textual mais apropriado para o texto
descrito?

a) Poesia lírica.

b) Relato de viagem.

c) Artigo de opinião.

d) Receita culinária.

e) Diário pessoal.

Gabarito: Letra C.

Comentário: O trecho menciona a apresentação de dados científicos, relatos de especialistas e


análises de pesquisas recentes, indicando uma abordagem argumentativa. Além disso, destaca o
objetivo de persuadir o leitor a adotar práticas sustentáveis. Considerando essas características, é
possível identificar o gênero textual mais apropriado.

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CLASSES DE PALAVRAS

1) Introdução

Estudaremos agora a teoria referente ao tema de classes de palavras, tema muito importante para
os estudos para o seu concurso:

1 – Classes de Palavras: emprego das classes de palavras; colocação de pronomes átonos.

2) Emprego das Classes de Palavras

As classes de palavras se dividem em variáveis e invariáveis. Logo, podem se alterar em gênero


(masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo, comparativo e
superlativo). E os verbos variam em: tempo (presente, pretérito e futuro), modo (indicativo,
subjuntivo e imperativo) e voz (ativa, passiva e reflexiva), conforme demonstrado a seguir:

Variáveis Invariáveis

Substantivo Advérbio

Adjetivo
Preposição

Artigo

Conjunção
Pronome

Numeral Interjeição

Verbo

3) Classe de Palavras

As classes de palavras, também conhecidas como classes gramaticais ou categorias morfológicas,


referem-se aos diferentes tipos de palavras que compartilham características semelhantes em
relação à sua função gramatical, morfológica e uso de linguagem. Vamos estudar de forma
aprofundada cada uma delas.

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3.1) Substantivos

Os substantivos são as palavras que nomeiam seres, objetos, sentimentos, emoções. Além disso,
aceita determinante (ou seja, acompanhante: artigo, pronome, adjetivo, etc.).

Classificação:

Classificação dos substantivos

Comum nomeiam algo na sua generalidade – Ex.: bola

Próprio nomeiam algo específico – Ex.: Brasil

Concreto nomeiam seres reais ou imaginários – Ex.: cachorro

Abstrato nomeiam qualidades, sentimentos, estrados ou ações – Ex.: felicidade

Coletivo nomeiam seres que pertencem ao mesmo conjunto – Ex.: alcateia

Formação de Substantivo:

Formação do Substantivo

Primitivo NÃO são formados por outra palavra - ex.: casa.

Derivado são formados por outra palavra - ex.: casebre.

Simples formados por um radical - ex.: sol.

Composto formados por dois ou mais radicais - ex.: guarda-chuva.

Flexão do Substantivo:

Flexão do Substantivo

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Gênero Biforme – apresentam duas formas

Masculino ou Desinência A: o gênero está no final com variação – Ex.: aluno / aluna
feminino
Heteroforme: apresentam diferenciação – Ex.: mãe / pai, mulher / homem

Uniforme – apresenta uma forma

Epicenos: animais – macho/fêmea – Ex.: cobra macho / cobra fêmea

Sobrecomuns: contexto de aplicação – Ex.: a criança, a pessoa, a testemunha

Número Regra geral: inclusão do S ao final – Ex.: carro / carros

Singular ou plural Exceções:

r/z: o plural se dá com es – Ex.: flor/flores; paz/pazes

al/el/ol/ul: o plural se dá com is – Ex.: papel / papéis; anzol / anzóis

il: o plural se dá com s ou ies – Ex.: fóssil / fosseis; fuzil /fuzis

s: o plural se dá com es – Ex.: gás / gases

m: o plural se dá com ns – Ex.: nuvem / nuvens; álbum / álbuns

ão: o plural se dá com ãos, ões, ães – Ex.: cidadão / cidadãos; pão / pães

Substantivos compostos: mais de um termo

Sem hífen: flexiona o último elemento

Ex.: girassol / girassóis

Substantivo + substantivo: flexionam ambos os termos

Ex.: couve-flor / couves-flores; mestre-sala / mestres-salas

Substantivo + adjetivo: flexionam ambos os termos

Ex.: guarda-noturno / guardas-noturnos; cachorro-quente / cachorros-quentes

Adjetivo + substantivo: flexionam ambos os termos

Ex.: longa-metragem / longas-metragens

Numeral + substantivo: flexionam ambos os termos

Ex.: segunda-feira / segundas-feiras

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Substantivo + preposição + substantivo: flexiona somente o primeiro termo

Ex.: câmara de ar / câmaras de ar

Palavras repetidas: flexiona somente o último termo

Ex.: reco-reco/ reco-recos

Verbo + substantivo: flexiona somente o segundo termo

Ex.: guarda-roupa / guarda-roupas

Invariável + variável: flexiona somente o segundo termo

Ex.: alto-falante / alto-falantes

Verbo + advérbio: não flexiona nenhum termo

Ex.: pisa-mansinho / os pisa-mansinho

Verbo + substantivo plural: não flexiona nenhum termo

Ex.: saca-rolha / os saca-rolha

Grau Aumentativo – acréscimo de sufixo – Ex.: boca / bocarra

Aumentativo ou Diminuitivo – acréscimo de sufixo – Ex.: rio / riacho


diminutivo
Valor semântico – valor afetivo ou pejorativo – Ex.: amorzinho, narigão, gentinha

3.2) Adjetivo

O adjetivo qualifica o substantivo – pode ser positivo ou negativo, trata-se de um termo


subordinado ao substantivo. Além disso, concorda com o substantivo em gênero e número, com
valor semântico diferenciado (a depender do contexto).

Ex.: O funcionário velho. (idade do funcionário) / O velho funcionário. (o funcionário mais antigo
da empresa).

Dentro dos adjetivos, temos ainda a figura da locução adjetiva que é a construção com valor de
adjetivo, mas é formada por mais elementos.

Ex.: preposição + substantivo (com valor de adjetivo): sorvete de morango, piada sem graça,
comida de gato.

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Tome nota!

Na locução adjetiva, há a possibilidade de substituir por um adjetivo diferente. Fique atento, pois
existem exceções que não admitem essa substituição para confirmação da locução adjetiva.

Ex.: comida de gato – comida felina / sorvete de morango - ⵁ

Classificação e Formação de Adjetivo:

Classificação e Formação dos Adjetivos

Primitivo NÃO são formados por derivação de outra palavra – Ex.: rosa, mal

Derivado formados por derivação de outra palavra – Ex.: rosado, maldoso

Simples formados por um radical – Ex.: verde

Composto formados por dois ou mais radicais – Ex.: verde-esmeralda

Pátrio ou gentílico caracterizam algo conforme sua origem – Ex.: mineiro, holandês

Flexão de Adjetivo:

Flexão do Adjetivo

Gênero Biforme – apresentam duas formas – Ex.: bom / boa

Masculino ou Uniforme – apresenta uma forma – Ex.: feliz, ruim, simples


feminino

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Número Regra geral: inclusão do S ao final – Ex.: verde / verdes

Singular ou plural Exceções:

Adjetivos compostos: apresenta mais de um termo

Adjetivo + adjetivo: flexiona o último elemento

Ex.: castanho-escuro / castanho-escuros

Exceções: surdo-mudo / surdos-mudos e azul-marinho, azul-celeste, azul-ferrete


(são invariáveis) – o determinante que gera a pluralidade.

Invariável + adjetivo (variável): flexiona o último elemento

Ex.: mal-educado / mal-educados; recém-nascido – recém-nascidos

Adjetivo + substantivo: não flexiona nenhum termo

Ex.: o verde-esmeralda / os verde-esmeralda

Cor de + substantivo: não flexiona nenhum termo

Ex.: cor-de-rosa (única cor com hífen); cor de café; cor do mar

Grau Comparativo: pode ser de

Aumentativo ou Igualdade - Ex.: Maria é tão feliz quanto João.


diminutivo
Superioridade - Ex.: Maria é mais feliz do que João.

Inferioridade - Ex.: Maria é menos feliz do que João

Superlativo: pode ser

Absoluto – aumenta ou diminui um elemento

- sintético: Ex.: Maria é belíssima.

- analítico: Ex.: Maria é muito bela.

Relativo

- superioridade: Ex.: Maria é mais esperta da sala.

- inferioridade: Ex.: Maria é a menos esperta da sala.

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Tome nota!

Existe um caso especial: MAIS BOM – qualidade para a mesma pessoa, em circunstancia aonde não
há comparação.

Ex.: João é mais bom do que inteligente. (essa expressão existe, entretanto, depende do contexto
a ser utilizada)

3.3) Advérbio

Trata-se de um termo modificador das classes de abjetivo, substantivo e advérbio – termo que traz
uma informação acessória. Além disso, pode ser termo modificador de período (não varia)

Ex.: Infelizmente, a posição do governo é contrária ao voto. (modifica o período).

Lutamos muito por nossos direitos (modifica o verbo).

Ela foi extremamente educada (modifica o adjetivo).

A parada está bem perto (modifica o advérbio).

Nomenclatura do Advérbio: existem uma infinidade de advérbios, a depender do contexto a


serem utilizados, são classificados em:

lugar aqui, ali, lá, acima

tempo hoje, ontem, agora, nunca

modo bem, rapidamente, mal, assim

Classificação dos
Advérbios intensidade muito, pouco, bastante, tão

afirmação sim, realmente, certamente

negação não, jamais, de modo algum

talvez, possivelmente,
dúvida
provavelmente

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Além disso, também possuímos a figura da locução adverbial é composto por mais de um elemento.
Em regra, a locução adverbial poderá ser substituída por um único elemento que termina com -
mente.

Tome nota!

Para identificar o advérbio na oração ou período, pergunte: como? Onde? Quando? Com quem?
As respostas das perguntas são sempre os advérbios, ou na sintaxe, os adjuntos adverbiais.

O advérbio sofre flexão somente quando utilizado os adjetivos que representam advérbio. Trata-se
da única exceção da variação, pois a classe gramatical que varia é o adjetivo.

Ex.: João fala alto – como? Ideia de modo

João fala tão alto quanto Mário / João fala mais alto / João fala menos alto (comparativos) / João
fala muito alto ou altíssimo (superlativo absoluto).

3.4) Artigo

Os artigos são palavras que antecedem os substantivos, indicando se estão sendo mencionados
de forma definida ou indefinida. Além disso, diz também respeito ao valor semântico.

Os artigos podem estar inclusos:

Contração ou combinação Junção proibitiva Função substantiva

•junção de artigo + •impossibilidade de junção •transforma a palavra em


preposição •Ex.: Camões é o autor de Os substantivo
•Ex.: pela : preposição por + Lusíadas •Ex.: havia dois rapazes vindo
artigo a em nossa direção. O alto se
apresentou primeiro.

3.5) Numeral

O numeral está relacionado ao substantivo que o quantifica.

Classificação do Numeral:

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Classificação dos Numerais

Cardinal indica a quantidade ou número exato de elementos – Ex.: Comprei cinco livros na
livraria.

Ordinal dá sentido de ordem ou sequência – Ex.: Hoje é o vigésimo dia do mês.

Multiplicativo Aumenta, através da multiplicação, a quantidade – Ex.: Ele ganhou um prêmio


duplo por seu desempenho.

Fracionário quantifica fracionalidade do substantivo – Ex.: Recebi meio quilo de café como
presente.

Coletivo indica um conjunto ou grupo de elementos da mesma espécie – Ex.: Uma dúzia
de rosas foi entregue para o aniversariante.

Flexão dos Numerais:

Flexão do Adjetivo

cardinal Flexiona em gênero: um, dois + centenas até 200 - Ex.: João é um rapaz / Maria
é uma menina.

ordinal Flexionam em gênero e número – Ex.: primeiro / primeira; terceiro / terceiras

Multiplicativo Flexionam em gênero e número – Ex.: dose dupla / duplos sentidos

Fracionário Flexionam em gênero e número – Ex.: meio / metade; dois terços dos estudantes

Coletivo Flexiona em número – Ex.: dúzia / dúzias

Importante!

Em relação a flexão, algumas exceções importantes que você precisa memorizar!

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Leis – até o 9º como ordinário (artigo nono) e depois 10 (artigo dez); número romano – até o
décimo ordinário (João Paulo II – João Paulo segundo) e depois cardinais (capítulo XI – capítulo
onze).

3.6) Interjeição

A interjeição é uma palavra ou expressão que exprime emoção, sentimento ou reação, funcionando
muitas vezes de forma independente em uma frase. A pontuação acompanha a interjeição (?, !, ...).

Ex.: socorro! Oba! Droga!

Tome nota!

Cuidado com a pegadinha! Fique atento para não confundir com as onomatopeias (GLUP; NHAC;
BHHH). Elas não são ligadas a emoções, mas sim a sonoplastia.

3.7) Preposição

A preposição é um conectivo sem função sintática que estabelece uma relação de sentido entre
os termos, e entre as orações.

Preposições essenciais: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante,
por, sem, sob, sobre, trás.

Preposições acidentais: afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, mediante, menos,
salvo, segundo, visto.

Na morfologia, algumas preposições podem ser combinadas com outras palavras, formando
combinações quando não há perda de elementos fonéticos, possuindo somente um significado:

Morfologia – Preposição

Substantivo composto Pé de moleque

Adjetivo composto Cor-de-rosa

Locução adjetiva Joao é um homem sem vergonha

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Locução conjuntiva Apesar de estar cedo, ele foi

Locução adverbial Às vezes, em cima, para casa

Locução prepositiva Abaixo de, graças a

Locução verbal Tenho de estudar, começou a chover

Locução interjetiva Até logo! Oh de casa!

Já em relação a sintaxe, as preposições também possuem funções específicas:

Sintaxe – proposição

Adjunto adnominal O livro do meu irmão é interessante. - a expressão "do meu irmão" é um
adjunto adnominal que indica posse

Adjunto adverbial Vamos à festa à noite. - a expressão "à noite" é um adjunto adverbial que
indica circunstância de tempo

Objeto indireto João é um homem sem vergonha. - a expressão "sem vergonha" funciona
como objeto indireto, indicando uma característica de João

Agente da passiva Apesar de estar cedo, ele foi surpreendido por um presente. - a expressão
"por um presente" atua como agente da passiva

Complemento nominal Ele confia em você. - a expressão "em você" funciona como complemento
nominal, indicando em quem ele confia

Oração reduzida Abaixo de uma árvore, ela descansava. - a expressão "de uma árvore" é uma
oração reduzida de infinitivo

Oração subordinada Tenho de estudar porque começou a chover. - a expressão "de estudar" é
objetiva uma oração subordinada objetiva

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3.8) Conjunção

A conjunção é um conectivo sem função sintática, que possui bagagem semântica na qual é possível
identificar os sentidos. Além disso, estabelece relação entre orações. Essas palavras contribuem
para a coesão textual, ajudando a estabelecer relações de sentido e tornando a comunicação mais
clara.

conectivo com
conectivo
sentido

conjunção conjunção
integrante: que, se coordenativa

conjunção
subordinada
subordinativa
substantiva
adverbial

Sentidos na coordenação:

Sentidos na coordenação

Adição E, nem, não só..., mas também, também

Adversidade Mas, porém, no entanto, todavia

Alternância Ou, ou, ora, ora, quer, quer, seja, seja

Explicação Pois, porquanto, porque, que

Conclusão Logo, portanto, assim, por conseguinte

Sentidos na subordinação adverbial:

Sentidos na subordinação

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Causal Porque, pois, por isso que, uma vez que, já que, visto que, que, porquanto.

Condicional Se, caso, salvo se, desde que, contanto que, dado que, a menos que, a não ser que.

Conformidade Conforme, segundo, como, consoante.

Concessiva Por mais que, por menos que, apesar de que, embora, conquanto, mesmo que,
ainda que, se bem que.

Comparativa Mais, menos, menor, maior, pior, melhor, seguidas de que ou do que. Qual depois
de tal. Quanto depois de tanto. Como, assim como, como se, bem como, que nem.

Consecutiva Tal, tão, tamanho, tanto (em uma oração, seguida pelo que em outra oração). De
maneira que, de forma que, de sorte que, de modo que.

Proporcional À proporção que, ao passo que, à medida que, à proporção que.

Tempo Depois que, até que, desde que, cada vez que, todas as vezes que, antes que,
sempre que, logo que, mal, quando.

Finalidade A fim de que, para que.

Tome nota!

A estrutura dos períodos é combinada com a oração principal + o conectivo – conjunção – com a
oração secundária de duas formas:

[conjunção + oração] + oração

oração + [conjunção + oração]

Assim, nas orações subordinadas, quando a oração principal tiver sentido completo – a oração
acessória será subordinada adverbial e, quando a oração principal carecer de sentido para ser
completa – a oração acessória será subordinada substantiva.

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3.9) Pronome

Os pronomes são palavras que substituem ou acompanham os substantivos, desempenhando


diferentes funções na construção da linguagem. Elas contribuem para evitar a repetição excessiva
de palavras e tornam as frases mais concisas.

Classificação dos Pronomes:

Classificação dos Pronomes

Pessoais Substituem os nome das pessoas:

do caso reto (eu, tu, ele/ela (s), nós, vós);

do caso oblíquo (átonos: me, te, o/a (s), se, lhe (s), nos, vos);

tônicos (mim, ti, ele/ela (s), si, nós, vós).

de tratamento (Vossa Majestade, Vossa Senhoria)).

Demonstrativos Indicam a posição de algo em relação às pessoas do discurso - este (s), esta (s), isto,
esse (s), essa (s), isso, aquele (s), aquela (s), aquilo.

Possessivos Indicam posse ou relação de pertencimento. (meu (s), minha (s), teu (s), tua (s), seu
(s), sua (s), nosso/a (s), vosso/a (s)).

Indefinidos Referem-se a seres não determinados de modo específico - o qual, os quais, a qual,
as quais, cujo (s), cuja (s), quanto (s), quantas) e invariáveis (que, quem, quando,
como, onde.

Relativos Introduzem uma oração subordinada e referem-se a um termo anterior na frase

variáveis (o qual, os quais, a qual, as quais, cujo (s), cuja (s), quanto (s), quantas)

invariáveis (que, quem, quando, como, onde

Interrogativos São usados para fazer perguntas diretas ou indiretas - que, quem, qual, quais,
quanto/a (s).

3.10) Verbo

Os verbos são palavras que expressam ação, estado, processo ou fenômeno, sendo fundamentais
para a construção de frases. Eles são o núcleo do predicado e indicam o que o sujeito realiza, sente,
ou a condição em que se encontra.

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Os verbos sofrem variação em sua forma, chamada conjugação, de acordo com a pessoa, número,
tempo, modo e voz.

Conjugação verbal:

Conjugação Verbal

Regulares conjugados de acordo com um paradigma. Isso quer dizer que existe um modelo
de terminação seguido pelos verbos, sem que haja alteração no seu radical.

Ex.: canto, cantei, cantarei.

Irregulares não obedecem a um modelo de conjugação, e tanto o radical como a terminação


do verbo pode ser alterados.

Ex.: sei, soube, saberei.

Defetivos não são conjugados em todas as pessoas, tempos ou modos, ou seja, quando não
têm conjugação completa.

Ex.: abolir - eu ***, tu aboles, ele abole.

Abundantes têm particípio duplo, ou seja, quando apresentam uma forma de conjugação
regular e uma irregular.

Ex.: secado/seco, entregado/entregue.

Além da conjugação dos verbos, outro elemento importante a ser fixado nos estudos são os modos
verbais que indicam a posição da pessoa falante face a ação verbal. Os verbos podem ser utilizados
de diferentes maneiras, conforme a significação que se quer transmitir.

Existem três modos verbais:

Indicativo: demonstra uma certeza. A pessoa que fala é precisa sobre o acontecimento.

Ex.: Eu gosto de pizza.

Subjuntivo: demonstra incerteza. A pessoa que fala mostra dúvida sobre o acontecimento.

Ex.: Talvez eu viaje no final do ano.

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Imperativo: demonstra uma atitude de ordem ou solicitação.

Ex.: Não jogue bola agora.

Ademais, o verbo pode ter funções de nomes (nominais), como substantivo, adjetivo e advérbio.
Estudaremos agora essas funções:

Infinitivo impessoal (não flexiona o verbo): dá significado ao verbo de modo indefinido e


vago. Ele deve ser usado em locuções verbais, sem sujeito definido, com sentido imperativo e etc.

Ex.: É preciso amar.

Infinitivo pessoal (flexiona o verbo): Ele deve ser usado com sujeito definido, quando desejar
determinar o sujeito, quando o sujeito da segunda oração for diferente e quando uma ação for
correspondente:

1ª pessoa do singular: sem desinências (eu) - ( Ex.: estudar)

2ª pessoa do singular: radical + ES (tu) - ( Ex.: aprenderes)

3ª pessoa do singular: sem desinências (eles) - ( Ex.: partir)

1ª pessoa do plural: radical + MOS (nós) - ( Ex.: estudarmos)

2ª pessoa do plural: radical + DES (vós) - ( Ex.: aprenderdes)

3ª pessoa do plural: radical + EM (eles) - ( Ex.: partirem)

Gerúndio: pode servir como adjetivo ou advérbio. A ação está acontecendo no momento que se
fala.

Ex.: eu estou falando com você.

Particípio: Resultado de uma ação que terminou, podendo flexionar em gênero número e grau.
É usado na formação dos tempos compostos.

Ex.: O João tem dormido cedo nas últimas semanas).

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Por fim, além da conjugação e do modo verbal, é importante entender os tempos verbais:
Cada tempo verbal pode ser conjugado em diferentes modos (indicativo, subjuntivo, imperativo) e
em diferentes pessoas (eu, tu, ele/ela/você, nós, vós, eles/elas/vocês). Além disso, existem formas
compostas, como os tempos verbais do modo composto, que utilizam auxiliares (ter ou haver) e o
particípio do verbo principal.

Tempo verbal

Presente Do indicativo – descreve ações que ocorrem no momento presente ou fatos gerais.

Ex.: Eu sempre gosto de aprender.

Do Subjuntivo – Utilizado em situações de incerteza, desejo ou hipótese.

Ex.: Espero que ela faça a escolha certa.

Pretérito Perfeito do indicativo – Expressa ações concluídas no passado, sem relação com
o momento presente.

Ex.: Eu fiz meu trabalho ontem.

Imperfeito do indicativo – Indica ações que ocorriam habitualmente no passado


ou ações inacabadas.

Ex.: Quando criança, eu lia muitos livros.

Mais-que-perfeito do indicativo –

Ex.: Antes de sair, ela já tinha feito tudo.

Futuro Do indicativo – Indica ações que ocorrerão no futuro.

Ex.: Amanhã, eu farei minha apresentação.

Do subjuntivo – Utilizado em situações hipotéticas ou incertas no futuro.

Ex.: Quando ele chegar, eu já tiver terminado o trabalho.

Momento das Questões

Questão inédita – Qual alternativa apresenta um exemplo de locução verbal?

a) "Ela nadou na piscina todos os dias."

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b) "Eles estudarão para a prova."

c) "O cachorro latiu alto durante a noite."

d) "Vamos ao cinema no sábado."

e) "Você deveria ler mais livros."

Gabarito: Letra D.

Comentário: Vamos ao cinema é uma locução verbal, pois envolve o verbo auxiliar "vamos" e o
verbo principal "ir."

Questão inédita – Leia o trecho abaixo:

"Ela sempre se expressa de maneira eloquente, escolhendo cuidadosamente suas palavras para
transmitir suas ideias de forma clara e persuasiva."

Qual é a classe de palavra destacada e qual é sua função no contexto?

a) Substantivo / Sujeito

b) Verbo / Objeto direto

c) Adjetivo / Predicativo do objeto

d) Advérbio / Modifica o verbo "expressa"

e) Pronome / Sujeito

Gabarito: Letra C.

Comentário: No contexto, "eloquente" é um adjetivo que caracteriza a maneira como ela se


expressa, descrevendo sua habilidade de comunicar de forma clara e persuasiva.

Questão inédita – Analise o trecho:

"Eles caminharam tranquilamente pelo parque, desfrutando da paz que o ambiente


proporcionava."

Qual é a classe de palavra destacada e qual é sua função no contexto?

a) Substantivo / Sujeito

b) Verbo / Objeto direto

c) Advérbio / Modifica o verbo "caminharam"

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d) Adjetivo / Predicativo do objeto

e) Pronome / Sujeito

Gabarito: Letra C.

Comentário: Neste caso, "tranquilamente" é um advérbio que modifica o verbo "caminharam",


indicando a maneira como eles realizaram a ação.

Questão inédita – Considere o trecho:

"O livro que ela estava lendo era muito interessante."

Qual é a classe de palavra destacada e qual é sua função no contexto?

a) Substantivo / Sujeito

b) Verbo / Objeto direto

c) Pronome / Objeto direto

d) Adjetivo / Modifica o substantivo "livro"

e) Conjunção / Liga as duas orações

Gabarito: Letra C.

Comentário: Neste caso, "que" é um pronome relativo que introduz uma oração adjetiva,
modificando o substantivo "livro".

4) Formação de Palavras

As palavras da língua portuguesa são formadas principalmente por dois processos morfológicos:
derivação (prefixal, sufixal, parassintética, regressiva e imprópria) e composição (justaposição e
aglutinação).

Inicialmente, apresentam-se alguns conceitos relevantes para o estudo da formação de palavras. As


palavras primitivas dão origem a outras, enquanto as palavras derivadas são formadas a partir das
primitivas - Ex.: "dente/dentista" e "sol/solar".

Além dos conceitos mencionados, é crucial compreender que os afixos são morfemas, em outras
palavras, são as menores unidades significativas da língua que, ao serem somadas a um radical
(elemento que contém o significado fundamental de um termo), resultam em uma palavra.

Os afixos são classificados de acordo com sua posição na palavra:

os sufixos surgem após o radical, como em "folhagem" e "livraria".


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os prefixos são adicionados antes do radical, como em "desleal" e "ilegal".

os infixos, que aparecem no meio da palavra, representados por uma consoante ou vogal, como
em "cafeteria" e "cafezal".

5) Formação de Derivação

Os processos de derivação de palavras ocorrem de cinco maneiras, sempre envolvendo um radical e


a utilização de afixos (sufixos e prefixos):

•Consiste no acréscimo de um prefixo à palavra primitiva.


Prefixal (Prefixação)
•Ex.: incapaz, antebraço, desleal, refazer.

•Envolve o acréscimo de um sufixo à palavra primitiva.


Sufixal (Sufixação)
•Ex.: dentista, beleza, entrevistar.

•Implica no acréscimo simultâneo de um prefixo e de um


Parassintética (Parassíntese) sufixo à palavra primitiva.
•Ex.: amanhecer, emagrecer, abençoar.

•caracteriza-se pela redução da palavra derivada através


Regressiva da retirada de uma parte da palavra primitiva.
•Ex.: debater / debate; perder / perda.

•Envolve a mudança de classe gramatical da palavra.


Imprópria •Ex.: "O jantar estava muito bom" (substantivo); "Fui jantar
ontem à noite com Luís" (verbo).

6) Processo de Composição

Os processos de composição de palavras envolvem a combinação de mais de dois radicais de


palavras, sendo classificados em:

Justaposição: é a união de dois ou mais radicais, e não sofrem qualquer alteração em sua
estrutura fonética (som).

Ex.: pé-de-meia; guarda-chuva, pontapé.

Aglutinação: é a união de dois ou mais radicais, e pelo menos um dos radicais sofre alteração
em sua estrutura fonética.

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Ex.: fidalgo (filho+ de+algo), aguardente (água+ardente).

7) Pronomes Oblíquos Átonos

Pronomes oblíquos átonos, também conhecidos como pronomes pessoais oblíquos átonos, são
pronomes que indicam pessoas e desempenham funções nas orações como objeto direto, objeto
indireto ou complemento nominal. Sua designação como átonos decorre do fato de serem
pronunciados com menor ênfase.

Eles se dividem e se classificam da seguinte forma:

PRONOMES FUNÇÃO EXEMPLOS

me, te, nos, de objeto direto ou de objeto indireto Deu-me os parabéns.


vos
Isto não vos pertence.

Já te chamei várias vezes.

Conhece-nos?

o, a, os, as apenas de objeto direto Foi ele quem o (os) convidou.

Não a (as) chamei.

lhe e lhes apenas de objeto indireto Atirem-lhe a bola!

Eu disse-lhes a verdade.

se de objeto direto ou de objeto indireto, mas é Ela penteou-se.


sempre usado na voz reflexiva
Ele olhou-se no espelho.

7.1) Colocação de pronomes oblíquos átonos

Os pronomes oblíquos átonos podem assumir as seguintes posições com relação ao verbo:

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•ocorre quando o pronome é colocado antes do verbo.
•É utilizado em orações que contêm palavras de
Próclise negação, pronomes relativos, indefinidos,
demonstrativos, advérbios e conjunções subordinativas.
•Ex.: não me fale isso!

•ocorre quando o pronome é colocado no meio do


verbo.
Mesóclise •é utilizado com verbos no futuro do presente ou no
futuro do pretérito
•Ex.: Contar-te-ei uma história.

•ocorre quando o pronome é colocado depois do verbo.


Ênclise
•Ex.: Falaram-te algo?

Momento da Questão

Questão inédita – Leia o trecho: "Ela olhou-se no espelho, ajustou os óculos e sorriu para si
mesma."

Considerando a colocação do pronome átono "se", qual é a posição correta neste contexto?

a) Próclise - "Ela se olhou no espelho."

b) Mesóclise - "Ela olhou-se no espelho."

c) Ênclise - "Ela olhou no espelho-se."

d) Ênclise - "Ela olhou-se no espelho."

e) Próclise - "Ela olhou no espelho-se."

Gabarito: Letra D.

Comentário: No contexto apresentado, a posição correta do pronome átono "se" é na ênclise,


pois está colocado depois do verbo no pretérito perfeito composto.

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ORTOGRAFIA OFICIAL E ACENTUAÇÃO GRÁFICA

1) Introdução

Estudaremos agora a teoria referente ao tema de ortografia oficial e acentuação gráfica, tema muito
importante para os estudos para o seu concurso:

1 – Ortografia Oficial e Acentuação Gráfica: tonicidade; acentuação; hífen.

2) Tonicidade

A tonicidade se refere à sílaba que apresenta maior projeção sonora em uma palavra, sendo essa
sílaba chama de tônica ou acentuada. As sílabas, quando pronunciadas com mais intensidade,
classificam-se como tônicas, e quando ditas de maneira mais sutil, como átonas.

Quanto à tonicidade, as palavras da nossa língua são classificadas em três grupos:

Oxítonas: quando a última sílaba é a tônica;

Paroxítonas: quando a penúltima sílaba é a tônica;

Proparoxítonas: quando a antepenúltima sílaba é a tônica.

3) Acentuação

A acentuação consiste na colocação de acento ortográfico para indicar a pronúncia de uma vogal
ou marcar a sílaba tônica de uma palavra. As regras de acentuação são diversas e aplicadas para
indicar a sílaba tônica em algumas palavras. Os acentos gráficos da língua portuguesa são:

Acento agudo (´): Usado nas vogais tônicas (aquelas que recebem a ênfase na pronúncia)
abertas: á, é, ó.

Acento grave (`): indica a ocorrência de crase.

Acento circunflexo (^): Usado nas vogais tônicas fechadas: ê, ô.

Importante!

O til (~) não se trata de acento, é um sinal.

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3.1) Principais regras de acentuação

Vamos esquematizar as principais regras de acentuação gráfica na língua portuguesa, para que você
consiga gabaritar na prova!

Acentuação Gráfica

Proparoxítonas Todas as proparoxítonas são acentuadas

Ex.: lâmpada / música / árvore

Paroxítonas São acentuadas as terminadas em: l / i (is) / x / ps / ã (s) / r / um (uns) / om


(nos) / ão / n / uns / ditongo

Ex.: difícil, país, tórax, fórceps, hífen, álbum, álbuns, bíceps, fórum, hífen.

Oxítonas São acentuadas as terminadas em: a / as / e / es / o / os / em / ens

Ex.: avô, café, bebê, paletó, armazém, reféns.

Monossílabos tônicos São acentuadas os terminados em: a / as / e / es / o / os

Ex.: pó, só, pôs, vão, pão.

Hiatos São acentuadas as letras: i / u

Ex.: saída, baú.

Ditongo aberto São acentuados se forem: oxítonas e monossilábicos

Ex.: herói, país.

Verbos Ter e Vir São acentuados (^) os verbos conjugados na 3ª pessoa do plural

Ex.: eles têm, eles vêm.

Importante!

O uso do acento circunflexo no verbo "demos," conjugado na primeira pessoa


do presente do indicativo, é opcional. Isso é feito para diferenciar essa forma
da correspondente no pretérito perfeito do indicativo, que é "demos."

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Da mesma forma, o acento circunflexo no substantivo "fôrma" é facultativo
quando se trata de distinguir do verbo "formar" na segunda pessoa do singular
do imperativo, que é "forma."

3.2) Casos especiais

Há alguns casos especiais de acentuação gráfica que fogem um pouco da regra geral. No caso do
ditongos abertos, com o novo acordo ortográfico, deixaram de ser acentuados nas palavras
paroxítonas.

Ex.: jiboia / odisseia / ideia.

Além disso, temos os casos dos hiatos. Não acentuam os hiatos que sejam seguidos por nh,
precedidos por vogal idêntica e precedidos por ditongo.

Ex.: rainha / saara / feiura.

Tome nota!

As palavras derivadas de advérbios ou adjetivos não são acentuadas.

Momento das Questões

Questão inédita – Em um concurso literário, Mariana se destacou ao apresentar um poema


envolvente. No entanto, ao revisar o seu trabalho, percebeu uma possível falha na acentuação
gráfica. Analise o trecho a seguir e indique a opção que apresenta a forma correta de
acentuação:

“Naquela noite estrelada, o poeta cantô uma canção que tocô profundamente os corações dos
ouvintes”.

a) cantou, tocou

b) cantou, tocô

c) cantô, tocô

d) cantô, tocou

e) Não há falha na acentuação gráfica.

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Gabarito: Letra A.

Comentário: A forma correta de conjugação dos verbos "cantar" e "tocar" no passado é


"cantou" e "tocou", respectivamente. O acento circunflexo não é utilizado nas formas verbais no
pretérito perfeito do indicativo, conforme as regras gerais de acentuação gráfica.

Questão inédita – Identifique o grupo em que todas as palavras estão acentuadas


corretamente, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa:

a) ēnérgetico, exėmplar, nãītīdo

b) recôndito, acérrimo, álbuns.

c) pêssego, póllêmica, vírtú.

d) cóccix, fêmur, êcstaço.

e) lámpâda, hābito, chávena.

Gabarito: Letra B.

Comentário: A regra de acentuação nas palavras apresentadas na alternativa correta segue as


principais regras de acentuação gráfica da língua portuguesa:

Recôndito: A palavra é proparoxítona, portanto, é acentuada.

Acérrimo: Igualmente proparoxítona, de forma que, também será acentuada.

Álbuns: A palavra "álbuns" é paroxítona (sílaba tônica na penúltima sílaba) e termina em "ns," o que
a torna passível de acentuação.

4) Hífen

O hífen é um sinal em forma de um pequeno traço horizontal (-), e tem como função:

unir elementos de palavras compostas

Hífen separar sílabas em final de linha

marcar lifações enclísticas e mesoclísticas


(colocação de pronome)

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4.1) Regra do Hífen

As regras do hífen na língua portuguesa envolvem uma série de situações, e é importante observar
algumas delas para garantir o uso adequado. Assim, fizemos o quadro esquematizado sobre as
principais regras para você conseguir acertar todas as questões!

Uso do Hífen

Vogais diferentes Não use hífen e junte

Ex.: autoescola / semiaberto / semiárido / infraestrutura

Vogais iguais Use hífen

Ex.: anti-inflamatório / contra-ataque / micro-ônibus / auto-observação

Consoantes diferentes Não use hífen e junte

Ex.: superlegal / intermunicipal / hipermercado

Consoantes iguais Use hífen

Ex.: sub-base / super-requintado / inter-relacionar

Vogal + consoante Não use hífen e junte

Ex.: seminovo / autoconhecimento / autodesenvolvimento

Consoante + vogal Não use hífen e junte

Ex.: hiperacidez / superinteressante

Vogal + r /s Junte e dobre o R ou o S

Ex.: antirrugas / antissocial / ultrassonografia / autorretrato

n/m+h/n/m Use hífen

Ex.: pan-americano, pan-hispânico, circum-meridiano, circum-navegação

Origem tupi Use hífen

Ex.: capim-açu, amoré-guaçu, anajá-mirim).

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Tome nota!

A palavra sub-humano admite as duas formas, pois o novo acordo trouxe como possibilidade o uso
da forma subumano em que se exclui o H e unem-se as duas palavras.

4.2) Hífen entre palavras

O hífen pode ser utilizado entre duas palavras a fim de modificar o sentido de ambas, tem-se como
exemplo:

A palavra sexta se refere a um numeral ordinário, e a palavra feira é um substantivo. Ao unir ambas
as palavras com hífen e formar sexta-feira, perde-se tanto a ideia do numeral quanto a ideia do
substantivo feira, e passa a haver um sentido novo, que é o dia da semana.

Outro exemplo, se trata da palavra mesa que é um substantivo e a palavra redonda que é um
adjetivo. Ao unir ambas as palavras com hífen e formar mesa-redonda, perde-se tanto a ideia do
substantivo e objeto, quanto a ideia do adjetivo e formato, e passa a haver um novo significado à
palavra, que é o debate.

4.3) Hífen: mal/bem

MAL: emprega-se o hífen quando a palavra a seguir for iniciada por vogal, H ou L.

Ex.: mal-estar; mal-humorado; mal-limpo; malcriação; malcheiroso.

BEM: emprega-se o hífen.

Ex.: bem-aventurado, bem-estar, bem-vindo, bem-casado, bem-nascido.

Exceções:

As palavras benfazer, benquerer e bendizer (estão empregados verbos no infinitivo), porém são
formas alternativas, sendo facultativo.

Outras palavras com “bem” que já eram grafadas sem hífen, e continuam sendo, são: benfazejo,
benfeitor, benquerença, benquerente, benquisto, benfeito, benquerer e benquerido.

Por fim, quando o prefixo bem ou mal não formar uma unidade semântica com a palavra seguinte
não caberá hífen.

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Ex.: em “Ele foi bem educado pelos avós” - não há hífen porque “bem” não forma com a palavra
seguinte uma unidade semântica.

O que temos é um advérbio (bem) modificando um verbo/particípio (educada).

Momento das Questões

Questão inédita – Em meio à trama de um romance histórico, o autor enfrentou desafios ao


empregar corretamente o hífen. Analise o trecho abaixo e escolha a alternativa que apresenta
o uso adequado do hífen:

"Durante sua aventura, o personagem encontrou uma cidade _____________, cujas histórias e
mistérios eram desconhecidos pelos viajantes."

a) arqueológico-oculta.

b) arqueológico oculta.

c) arqueológico, oculta.

d) arqueológico - oculta.

e) arqueológico oculta.

Gabarito: Letra A.

Comentário: Neste caso, o hífen liga os elementos arqueológico e oculta, formando uma
palavra composta que indica uma cidade com características arqueológicas e ocultas – no qual forma
uma palavra com significado específico no contexto da narrativa.

USO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE

1) Introdução

Estudaremos agora a teoria referente ao uso do sinal indicativo de crase, tema muito importante
para os estudos para o seu concurso:

1 – Uso do Sinal indicativo de Crase: considerações iniciais; emprego do sinal de crase;

2) Considerações Iniciais

A crase é assinalada pelo acento grave (`), e serve para evitar a repetição (a + a) nas situações em
que precisamos utilizar “a”, com a função de artigo, juntamente com “a”, com a função de
preposição (a + a = à).

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3) Emprego do Sinal de Crase

O uso da crase é um aspecto delicado na lingua portufuesa que pode gerar algumas dúvidas durante
os estudos. Para tanto, esquematizamos o conteúdo na tabela abaixo para que, de uma vez por
todas, esta matéria seja fixada!

Uso do sinal indicativo da Crase

Uso obrigatório da crase Termo antecedente exija a preposição a

Ex.: Referi-me à situação difícil.

Termo consequente aceite o artigo a

Ex.: Refiro-me à obra a que assisti.

Na indicação pontual do número de horas

Ex.: Ele chegou às 10 horas.

Com a expressão ‘à moda de’ e ‘à maneira de’

Ex.: Ela preparou o prato à moda de chef.

Nas expressões adverbiais femininas

Ex.: Ela trabalha à noite.

Proibição do uso da crase Antes de masculino

Ex.: Ele foi a pé até o trabalho.

Antes de verbo

Ex.: Vou agradecer à diretora.

Antes de pronomes em geral

Ex.: Referi-me a ela.

Antes de pronomes de tratamento

Ex.: Dirigi-me a Vossa Excelência.

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Com as expressões formadas por palavras repetidas

Ex.: Eles agiram face a face na reunião.

Antes de nomes de cidades

Ex.: Ele foi a Porto Alegre.

Quando um ‘a’ (sem s no plural) vem antes de um nome plural

Ex.: Ele se referiu a três jornais diferentes.

Crase facultativa Depois da preposição até

Ex.: Estamos trabalhando até à meia-noite.

Antes de nomes próprios femininos

Ex.: Ele foi à Maria para pedir desculpas.

Antes de pronomes possessivos

Ex.: Refiro-me à minha irmã.

Tome nota!

Macete para identificar se há crase nos verbos de destino:

“Vou a, volto da, crase há! - Vou à Europa, volto da Europa

Vou a, volto de, crase pra quê?” - Vou a Roma, volto de Roma

Momento das Questões

Questão inédita – Maria está escrevendo um convite para o jantar de aniversário da sua amiga.
Ela quer garantir que a crase seja utilizada corretamente. Analise a frase a seguir e assinale a
alternativa correta:

“Todos estão convidados __ celebração, que ocorrerá no sábado, __ 20 horas.”

a) à – à

b) à - a
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c) aos - a

d) as - à

e) para - no

Gabarito: Letra A.

Comentário: Na frase acima, temos duas situações em que o suo da crase é necessário. A crase
será usada porque se refere ao substantivo feminino e ao final, refere-se a uma hora específica.

SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO

1) Introdução

Estudaremos agora a teoria referente ao tema de sintaxe da oração e do período, tema muito
importante para os estudos para o seu concurso:

1 – Sintaxe da Oração e do Período: considerações iniciais; termos essenciais da oração na


sintaxe; termos integrantes da oração; termos acessórios da oração; oração coordenada;
oração subordinada.

2) Considerações Iniciais

A sintaxe é o ramo da gramática que estuda a estrutura da frase, analisando as funções que as
palavras desempenham numa oração e as relações que estabelecem entre si. A sintaxe estuda
também as relações existentes entre as diversas orações que formam um período.

Mas professor, o que é oração e período?

A oração é a menor unidade sintática que expressa uma ideia completa. Ela contém um sujeito e um
predicado. Existem orações simples, com apenas um verbo, e orações compostas, que contêm
mais de um verbo.

Ex.: Ela estuda para as provas.

Já o período é uma unidade linguística formada por duas ou mais orações. Nos períodos
compostos, as orações podem ser coordenadas (com mesmo grau de importância) ou subordinada
(uma depende da outra).

Ex.: Ele estudou muito, mas não conseguiu a aprovação. (período composto por coordenação) /
Quando ela chegou, todos aplaudiram. (período composto por subordinação).

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A análise sintática envolve a identificação e a classificação dos termos e das orações na construção
do texto, assim, são necessárias a identificação dos elementos inseridos na oração.

sujeito
termos essenciais da oração
predicado

objeto direto

objeto indireto
Complemento dos verbos
adjunto adverbial

agente da passiva
Função Sintática

adjunto adnominal

complemento nominal
Complemento de nomes
aposto

predicativo

termo independente da
vocativo
oração

3) Termos Essenciais da Oração na Sintaxe

Para a realização da análise sintática, precisamos conhecer e estudar alguns conceitos


imprescindíveis. Na sintaxe, os termos essenciais são aqueles que compõem a estrutura básica e
fundamental para a compreensão da mensagem.

3.1) Sujeito

O sujeito é o termo da oração que realiza ou sofre a ação expressa pelo verbo. Ele responde à
pergunta "quem?" ou "o quê?".

Ex.: O cachorro corre no parque. / As crianças estudam para a prova.

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Existe ainda a classificação dos sujeitos:

Tipos de sujeito

Simples Somente um núcleo

Ex.: O sol brilha intensamente.

Composto Mais de um núcleo

Ex.: João e Maria foram ao cinema.

Oculto ou O sujeito não aparece na oração, mas é possível identifica-lo por meio da terminação
desinencial verbal

Ex.: Choveu bastante ontem.

Indeterminado o sujeito existe, mas não está presente e nem pode ser identificado – verbo na 3ª
pessoa do plural ou na 3ª pessoa do singular + SE

Ex.: Disseram-me que haverá festa.

Inexistente O predicado não se refere a nenhum ser, apresenta verbo impessoal

Ex.: É difícil agradar a todos.

3.2) Predicado

O predicado é o termo da oração que contém o verbo e expressa a ação realizada pelo sujeito.
Responde à pergunta "o que acontece?" ou "o que faz?".

Ex.: O cachorro corre no parque. / As crianças estudam para a prova.

O núcleo do predicado é a palavra mais importante e que traz a ideia central, sendo um verbo ou
um nome. Assim como o sujeito, o predicado também possui algumas classificações importantes:

Tipos de predicado

Nominal Seu núcleo é um nome – substantivo, adjetivo, pronome – ligado ao verbo de ligação

Ex.: A festa estava animada.

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Verbal Seu núcleo é um verbo.

Ex.: Ela estuda todos os dias.

Verbo-nominal Tem dois núcleos, sendo um verbo e um nome

Ex.: Ela cantou a música feliz.

3.3) Predicativo

Ainda nos elementos essenciais, existem duas figuras importantes que confundem durante a análise
sintática, elas são: predicativo do sujeito e predicativo do objeto.

O predicativo do sujeito é um termo que caracteriza ou atribui uma qualidade ao sujeito da oração.
Ele é comum em construções com verbos de ligação, que indicam estado, e concorda em gênero e
número com o sujeito.

Ex.: Ela estava feliz. – o feliz é a descrição do estado emocional do sujeito ‘ela’.

Já o predicativo do objeto é um termo que caracteriza ou atribui uma qualidade ao objeto direto
ou indireto da oração. Ele é comum em construções com verbos de ação e não concorda com o
objeto, apenas com o sujeito em algumas situações.

Ex.: Vi a flor murcha. – o murcha é a descrição da condição da ‘flor’ (objeto direto de vi).

3.4) Predicação verbal

A predicação verbal refere-se à relação que o verbo estabelece com seus complementos na
oração, indicando como a ação expressa pelo verbo que relaciona com os termos que os
acompanham. Os verbos podem ser intransitivos, transitivos ou de ligação.

Verbo Intransitivo: o verbo intransitivo não exige a presença de um objeto para completar seu
sentido. Ele expressa uma ação ou estado que não se estende a um objeto direto.

Ex.: Ele chegou cedo.

Importante!

Alguns verbos intransitivos podem ser acompanhados de um adjunto adverbial para fornecer
informações adicionais sobre a ação.
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Ex.: Ele dormiu na sala. – o na sala está fornecendo uma informação acessória.

Verbo Transitivo Direto: o verbo transitivo direto exige a presença de um objeto direto para
completar seu sentido. O objeto direto recebe diretamente a ação do verbo.

Ex.: Eu li o livro.

Verbo Transitivo Indireto: o verbo transitivo indireto exige a presença de um objeto indireto
para complementar o sentido. O objeto indireto não recebe diretamente a ação, sendo necessário o
uso de uma preposição.

Ex.: Ele gosta de música.

Verbo Transitivo Direto e Indireto: o verbo transitivo direito e indireto exige a presença de um
objeto direto e de um objeto indireto para complementar o sentido.

Ex.: Eu dei um presente a ela.

Verbo de Ligação: o verbo de ligação não expressam uma ação direta, mas estabelecem uma
relação de estado entre o sujeito e o predicativo do sujeito.

Ex.: Ela está feliz.

Importante!

Os verbos de ligação podem ser seguidos por um predicativo do sujeito ou ainda por um
predicativo do objeto.

4) Termos Integrantes da Oração

Os termos integrantes da oração são indispensáveis para que a oração tenha sentido completo.
Eles complementam o sentido do verbo, sendo parte integrante da estrutura da frase. Vamos nos
aprofundar sobre cada uma delas.

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4.1) Complemento Verbal

O complemento verbal é o termo que completa o sentido de um verbo na oração, sendo o


elemento utilizado para que a ação expressa pelo verbo seja compreendida de maneira mais precisa.

Classificação do Complemento Verbal

Objeto direto Completa o sentido de um verbo transitivo direto, respondendo à pergunta ‘o que?’
ou ‘quem?’.

Ex.: Ela comprou um presente.

Objeto indireto Completa o sentido do verbo intransitivo indireto, respondendo à pergunta ‘a


quem?’, ‘para quem?’, ‘de quem?’, ‘em quem?’, ‘sobre quem?’ ou ‘sobre o quê?’.

Ex.: Eu confiei em seu julgamento.

4.2) Complemento Nominal

Já o complemento nominal é o termo que complementa o sentido de um nome (substantivo,


adjetivo ou advérbio), enriquecendo a informação sobre o termo. Ele é utilizado para atribuir
características, qualidades, propriedades ou circunstâncias ao nome ao qual se refere. O
complemento nominal é geralmente introduzido por uma preposição.

Ex.: Ela tinha admiração pelos artistas. – ‘pelos artistas’ é o complemento nominal de ‘admiração’,
indicando a quem a admiração se refere.

4.3) Agente da Passiva

O agente da passiva indica quem pratica a ação em uma oração passiva, geralmente é introduzido
pela preposição ‘por’.

Ex.: O livro foi lido pelo aluno.

5) Termos Acessórios da Oração

Os termos acessórios da oração são elementos que não são essenciais para a construção da
estrutura básica da frase, mas acrescentam informações adicionais, proporcionando detalhes,
circunstâncias ou características sobre o que está sendo expresso. São termos que contribuem para
enriquecer o sentido da oração.

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5.1) Adjunto adnominal

O adjunto adnominal é um termo da oração que serve para modificar, qualificar ou caracterizar o
substantivo, conferindo-lhe características adicionais. Ele é um tipo de termo acessório que
contribui para enriquecer o significado do substantivo ao qual se refere. Geralmente, o adjunto
adnominal é formado por adjetivos, locuções adjetivas, pronomes adjetivos, numerais, entre outros.

Ex.: A casa azul fica na esquina. – o adjunto adnominal ‘azul’ qualifica o substantivo ‘casa’,
indicando a sua cor.

Tome nota!

O adjunto adnominal modifica o termo já caracterizado, enquanto o complemento nominal é


exatamente essa caracterização.

5.2) Adjunto Adverbial

Já o adjunto adverbial é o termo da oração que modifica o verbo, o adjetivo ou o advérbio,


indicando circunstâncias como tempo, lugar, modo, intensidade, entre outras. Ele fornece
informações adicionais que esclarecem as condições em que a ação ocorre. Os adjuntos adverbiais
podem ser representados por palavras isoladas, locuções adverbiais ou expressões que
desempenham essa função.

Em outras palavras, os adjuntos adverbiais trazem informações que respondem a perguntas como
"quando?", "onde?", "como?", "por quê?", "com quê?".

Ex.: Eles correram muito rápido.

5.3) Aposto

O aposto é um termo acessório da oração que tem a função de explicar, esclarecer ou detalhar
um substantivo ou pronome, geralmente aparecendo ao lado desses termos. Ele acrescenta
informações adicionais para melhor compreensão do que está sendo mencionado na oração.

Ex.: Minha amiga, a veterinária do bairro, é muito competente. – a veterinária do bairro é o aposto
explicativo, fornecendo informações adicionais para esclarecer o termo ‘minha amiga’.

O aposto geralmente é isolado por vírgulas, podendo ser formado por substantivos, expressões
substantivas, orações substantivas. Além disso, poderá aparecer antes, no meio ou depois do termo
que se refere.

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5.4) Vocativo

Por fim, vamos estudar sobre o último termo, o vocativo. O vocativo é um termo acessório da oração
que tem a função de chamar, invocar ou se dirigir diretamente a uma pessoa, ser personificado ou
algo que representa uma pessoa. Ele é utilizado para estabelecer uma comunicação direta com o
interlocutor, expressando sentimentos, ordens, apelos, entre outros.

Ex.: Maria, venha aqui imediatamente! – neste caso, "Maria" é o vocativo, chamando diretamente
a pessoa para uma ação.

6) Orações Coordenadas

As relações de coordenação ocorrem quando duas ou mais palavras, expressões ou orações são
unidas de forma independente, sem que uma dependa da outra sintaticamente. Essa coordenação
pode acontecer tanto entre orações quanto entre termos da oração.

As orações coordenadas são orações que possuem sentido completo e são independentes entre si,
mas estão conectadas por conjunções coordenativas. Essas conjunções estabelecem relações de
sentido entre as orações, indicando adição, contraste, alternância, conclusão, explicação, entre
outras. Essas orações poderão ser assindéticas e sindéticas.

Assindéticas

Orações Coordenadas

Sindéticas

6.1) Orações Coordenadas Assindéticas

As orações coordenadas assindéticas são orações que estão ligadas sem o uso de conjunções, ou
seja, não possuem conectivos explícitos entre elas. Esse tipo de coordenação confere um ritmo mais
acelerado à frase, contribuindo para um estilo mais direto e conciso.

Ex.: Ele corre, pula, nada. / Estudou muito, a prova foi fácil. / Pode escolher: café, chá, suco.

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6.2) Orações Coordenadas Sindéticas

Já as orações coordenadas sindéticas são orações que estão ligadas por meio de conjunções
coordenativas. Essas conjunções estabelecem uma relação de sentido entre as orações, indicando
adição, contraste, alternância, conclusão, explicação, entre outras.

Assim, dependendo dos conectivos presentes nas orações, elas são classificadas em: aditivas,
adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

Sentidos na coordenação:

Sentidos na coordenação

Adição Transmite uma ideia de adição, soma. - E, nem, não só..., mas também, também

Ex.: Ela estuda e trabalha.

Adversidade Transmite uma ideia de oposição ou de contraste. - Mas, porém, no entanto,


todavia

Ex.: Estudei muito, mas não consegui a vaga.

Alternância Enfatiza uma escolha dentre as opções existentes. - Ou, ou, ora, ora, quer, quer,
seja, seja

Ex.: Você pode escolher: café ou chá.

Explicação Expressam uma explicação sobre algo que foi referido anteriormente. – Pois
(antes do verbo), porquanto, porque, que

Ex.: Ele não foi ao trabalho, porque estava doente.

Conclusão Expressam conclusões. - Logo, portanto, pois (após o verbo), assim, por
conseguinte, destarte (cuidado com as pegadinhas da banca – é um conectivo
conclusivo e não adversativo).

Ex.: Estude bastante, assim terá sucesso.

Importante!

As orações são identificadas pelo período composto que se conecta por meio de uma conjunção ou
locução coordenativa.

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7) Orações Subordinadas

As orações subordinadas dependem de uma oração principal para ter sentido completo. Ela atua
como um elemento secundário na estrutura da frase, desempenhando um papel específico, seja
sujeito, objeto, complemento, entre outro. As orações subordinadas são introduzidas por conjunções
subordinativas ou locuções subordinativas.

Sentidos na subordinação adverbial:

Sentidos na subordinação

Causal Porque, pois, por isso que, uma vez que, já que, visto que, que, porquanto.

Condicional Se, caso, salvo se, desde que, contanto que, dado que, a menos que, a não ser que.

Conformidade Conforme, segundo, como, consoante.

Concessiva Por mais que, por menos que, apesar de que, embora, conquanto, mesmo que,
ainda que, se bem que.

Comparativa Mais, menos, menor, maior, pior, melhor, seguidas de que ou do que. Qual depois
de tal. Quanto depois de tanto. Como, assim como, como se, bem como, que nem.

Consecutiva Tal, tão, tamanho, tanto (em uma oração, seguida pelo que em outra oração). De
maneira que, de forma que, de sorte que, de modo que.

Proporcional À proporção que, ao passo que, à medida que, à proporção que.

Tempo Depois que, até que, desde que, cada vez que, todas as vezes que, antes que,
sempre que, logo que, mal, quando.

Finalidade A fim de que, para que.

A depender da função que desempenham, os tipos de oração subordinada


são substantivas, adjetivas ou adverbiais.

Tome nota!

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A estrutura dos períodos é combinada com a oração principal + o conectivo – conjunção – com a
oração secundária de duas formas:

[conjunção + oração] + oração

oração + [conjunção + oração]

Assim, nas orações subordinadas, quando a oração principal tiver sentido completo – a oração
acessória será subordinada adverbial e, quando a oração principal carecer de sentido para ser
completa – a oração acessória será subordinada substantiva.

7.1) Orações Subordinadas Substantivas

As orações subordinadas substantivas desempenham a função de substantivo. São classificadas


em:

CLASSIFICAÇÃO FUNÇÃO

Subjetiva Sujeito

Ex.: É provável que ela venha jantar.

Predicativa Predicativo do sujeito

Ex.: Meu desejo era que me dessem um presente.

Completiva Nominal Complemento nominal

Ex.: Temos necessidade de que nos apoiem.

Objetiva Direta Objeto direto

Ex.: Nós desejamos que sua vida seja boa.

Objetiva Indireta Objeto indireto

Ex.: Recordo-me de que tu me amavas.

Apositiva Aposto

Ex.: Desejo-te uma coisa: que tenhas muita sorte.

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6.2) Orações Subordinadas Adjetivas

Já as orações subordinadas adjetivas funcionam como adjetivo, fornecendo informações adicionais


sobre um substantivo. São classificadas em:

•Destaca um detalhe do termo antecedente.


Explicativa •Ex.: A África, que é o terceiro maior continente, tem
um alto íncide de pobreza.

•Restringe a significação de seu antecedente.


Restritiva
•Ex.: As pessoas que são alegres vivem melhor.

6.3) Orações Subordinadas Adverbiais

Por fim, as orações subordinadas adverbiais atuam como um advérbio, modificando o verbo,
adjetivo ou outro advérbio na oração principal. São classificadas em:

Causal - Exprime a causa.

Ex.: Já que está nevando ficaremos em casa.

Comparativa - Estabelece comparação entre a oração principal e a oração subordinada.

Ex.: Maria era mais estudiosa que sua irmã.

Concessiva - Indica permissão (concessão) entre as orações.

Ex.: Alguns se retiraram da reunião apesar de não terem terminado a exposição.

Condicional - Exprime condição.

Ex.: Você fará uma boa prova desde que se esforce.

Conformativa - Exprime concordância.

Ex.: Realizamos nosso projeto conforme as especificações da biblioteca.

Consecutiva - exprime a consequência referente a oração principal.

Ex.: Gritei tanto, que fiquei sem voz.

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Final - Exprime finalidade.

Ex.: Todos trabalham para que possam vencer.

Temporal - Indica circunstância de tempo.

Ex.: Fico feliz sempre que vou visitar minha mãe.

Proporcional - Exprime proporção entre as orações: principal e subordinada.

Ex.: À medida que o tempo passa, a chuva aumenta.

Momento das Questões

Questão inédita – Analise a oração abaixo:

‘Maria comprou um livro novo para seu filho ler durante as férias.’

Identifique a alternativa que apresenta corretamente um termo essencial da oração.

a) Maria comprou um livro novo.

b) um livro novo para seu filho ler durante as férias.

c) para seu filho ler durante as férias.

d) Maria comprou um livro.

e) um livro para seu filho.

Gabarito: Letra D.

Comentário: O termo essencial da oração é aquele que compõe o núcleo do predicado e é


indispensável para a compreensão da ação. Na frase, o termo essencial é "Maria comprou um livro",
pois contém o verbo e seu sujeito, sendo fundamental para a estrutura da oração.

Questão inédita – Analise a oração abaixo:

‘Pedro, que é estudante de história, sempre se interessa por eventos do passado.’

Identifique a alternativa que apresenta corretamente um termo essencial da oração.

a) Pedro sempre se interessa por eventos do passado.

b) Pedro, que é estudante de história,

c) sempre se interessa por eventos do passado.

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d) Pedro é estudante de história.

e) que é estudante de história.

Gabarito: Letra D.

Comentário: Uma oração subordinada é aquela que não tem sentido completo por si só e
depende de uma oração principal para sua compreensão. Na frase, a oração subordinada é "que é
estudante de história," pois não possui sentido completo e depende da oração principal para fazer
sentido.

CESGRANRIO 2023 – Quanto à concordância nominal, a frase que atende plenamente à


variedade formal da norma-padrão da língua portuguesa é:

a) Eles estão bastantes felizes com a vida que levam.

b) Estava proibido a encomenda de novas peças de tecido.

c) Proporcionalmente, temos hoje menas reservas de insumos.

d) O homem carregava quinhentos gramas de explosivos na mochila.

e) As pessoas mesmo é que devem investir em uma vida mais saudável.

Gabarito: Letra D.

Comentário: Na concordância nominal, o numeral concorda com o gênero e número com o


substantivo.

Lixo nos mares

1 Os oceanos sofrem os efeitos das atividades humanas há milênios. Dejetos e resíduos orgânicos
e inorgânicos gerados por essas atividades são levados para o mar por ventos, chuvas e rios, ou
despejados diretamente ali. Os oceanos suportam toda essa sobrecarga? A resposta vem de análises
que constatam sérios danos aos ecossistemas oceânicos: o lixo marinho, portanto, já é um grave
problema ambiental.

2 O lixo de origem humana que entra no mar está presente nas imagens, hoje comuns, de
animais emaranhados em materiais de todo tipo ou que ingeriram ou sufocaram com diferentes
itens. Também é conhecida a imensa mancha de lixo que se acumula no chamado “giro” do oceano
Pacífico Norte – os giros, existentes em todos os oceanos, são áreas em torno das quais se deslocam
as correntes marinhas. Nas zonas centrais desses giros, as correntes têm baixa intensidade e quase
não há ventos. Os resíduos que chegam ali ficam retidos e se acumulam, gerando enormes “lixões”
oceânicos.

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3 Detritos orgânicos (vegetais, animais, fezes e restos de alimento) não são considerados lixo
marinho, porque em geral se decompõem rapidamente e se tornam nutrientes e alimentos para
outros organismos. As fontes do lixo oceânico são comumente classificadas como “marinhas”
(descartes por embarcações e plataformas de petróleo e gás) e “terrestres” (depósitos e descartes
incorretos feitos em terra e levados para os rios pelas chuvas e daí para o mar, onde também chegam
carregados pelo vento e até pelo gelo).

4 Apesar do sensacionalismo em torno desse tema, o estudo do lixo marinho tem bases
científicas e envolve, em todo o mundo, cada vez mais pesquisadores e tomadores de decisão. Todos
engajados na luta pela diminuição desse problema social e ambiental.

5 Os impactos ligados à presença do lixo no mar começaram a ser observados a partir da década
de 1950, mas somente em 1975 foi definido o termo “lixo marinho”, hoje consagrado. Essa definição,
da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, diz que é lixo marinho todo material sólido
de origem humana descartado nos oceanos ou que os atinge por rios, córregos, esgotos e descargas
domésticas e industriais.

6 O número de publicações mundiais, científicas e não científicas, sobre lixo marinho começou a
aumentar a partir da década de 1980. Esse aumento se deve a três processos: 1) a contínua e
crescente substituição, em vários tipos de utensílios, de materiais naturais pelos sintéticos – estes,
como o plástico, resistem por mais tempo à degradação no ambiente marinho e tendem a se
acumular; 2) o baixo custo dos materiais sintéticos, que não incentiva sua reciclagem e favorece o
descarte no ambiente e 3) o aumento, na zona costeira, do número de habitantes e embarcações,
que podem contribuir para o descarte de lixo no ambiente marinho.

7 Mas como evitar que o “lixo nosso de cada dia” chegue ao mar? E como retirar o que já está
lá? É nesse ponto que a conservação marinha e a gestão de resíduos sólidos se encontram e se
complementam.

8 Em 2013, realizou-se no Brasil a IV Conferência Nacional de Meio Ambiente, que formalizou


60 propostas sobre o meio ambiente. Duas enfocam o lixo marinho: a primeira está ligada à redução
de impactos ambientais e a segunda é ligada à educação ambiental, com campanhas educativas de
sensibilização sobre as consequências da disposição incorreta do lixo, com ênfase no ambiente
marinho e nos danos causados à população humana. OLIVEIRA, A. et al. Revista Ciência Hoje, n. 313, v. 53. Rio
de Janeiro: SBPC. Abril 2014. Adaptado.

CESGRANRIO 2023 - De acordo com as regras de concordância nominal da norma-padrão da


língua portuguesa, a palavra destacada está empregada corretamente em:

a) O estudo dos problemas ambientais e a mudança de comportamento dos cidadãos com relação
aos perigos dos lixos nos mares estão relacionadas à necessidade de transformação de nossa
sociedade.

b) A preocupação com os estragos causados aos oceanos pelo lixo e o descarte correto dos materiais
vencidos nas prateleiras de supermercado foram iniciadas em época anterior à atual e já são
amplamente conhecidas.

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c) A falta de reprodução de peixes para a sobrevivência da população local e a dificuldade de pescar
nos rios e lagos são derivadas da ocupação depredadora dos homens.

d) O aumento de publicações, na época atual, sobre o lixo nos mares e a reivindicação dos
ambientalistas para a solução dos problemas da poluição devem ser interpretadas como sinais de
avanço da humanidade.

e) A ingestão de saquinhos e canudinhos plásticos pelas tartarugas e o sufocamento gerado por


essa situação são provocadas pela falta de leis rígidas que impeçam o descarte desses produtos.

Gabarito: Letra C.

Comentário: A palavra "depredadora" concorda corretamente em gênero e número com o


substantivo "ocupação" (feminino singular), mantendo a concordância nominal de acordo com a
norma-padrão da língua portuguesa.

CESGRANRIO 2023 – No trecho “Apesar do sensacionalismo em torno desse tema, o estudo do


lixo marinho tem bases científicas” (parágrafo 4), a expressão destacada veicula a relação de

a) causa

b) concessão

c) conclusão

d) condição

e) consequência

Gabarito: Letra B.

Comentário: A concessão é um tipo de relação em que se apresenta uma ideia contrária à


expectativa. No caso, apesar de haver sensacionalismo em torno do tema, o estudo do lixo marinho
é embasado cientificamente, estabelecendo uma concessão entre as duas ideias.

PONTUAÇÃO

1) Introdução

Estudaremos agora sobre os tipos de pontuação na língua portuguesa, tema muito importante para
os estudos para o seu concurso:

1 – Pontuação: ponto; virgula; ponto e vírgula; dois pontos; ponto de exclamação; ponto de
interrogação; reticências; aspas; parênteses; travessão.

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2) Sinais de Pontuação

Os sinais de Pontuação são sinais gráficos que contribuem para a coerência e a coesão de textos,
além de auxiliar na estruturação e compreensão das frases, indicando pausas, ênfases, relações
sintáticas e estruturação do discurso.

É importante usar a pontuação no discurso de forma correta para garantir a clareza e precisão na
comunicação escrita. Cada sinal desempenha uma função específica na estruturação do texto.

3) Regras da Pontuação

Os principais sinais de pontuação usados na língua portuguesa são: ponto final, virgula, ponto e
vírgula, dois-pontos, ponto de interrogação, ponto de exclamação, aspas, parênteses, travessão e
reticências.

Vamos analisar, de forma aprofundada, cada uma delas.

3.1) Ponto (.)

O ponto final é um sinal de pontuação utilizado para marcar o término de uma ideia ou discurso,
indicando o final de um período. Ele é empregado quando se completa uma afirmação, uma frase
declarativa ou uma proposição completa.

Ex.: Eu comi ontem.

Além disso, o ponto final é utilizado nas abreviações para indicar o final de cada componente
abreviado.

Ex.: Sr. João, lamentamos informar que o seu voo foi cancelado. - Nesse contexto, o ponto final é
colocado após as abreviações, como "Sr." para "Senhor," marcando o término de cada unidade
abreviada e proporcionando clareza na comunicação escrita.

3.2) Vírgula (,)

A vírgula é um sinal de pontuação que desempenha funções, que a depender da posição dentro do
período, pode alterar significativamente o sentido semântico. Dessa forma, são funções da vírgula:

A vírgula é utilizada para indicar uma pausa natural no discurso, separando elementos relacionados
e permitindo uma leitura mais fluida.

Ex.: Gritei tanto, que fiquei sem voz.

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Além disso, a vírgula é empregada para separar elementos em uma enumeração, quando esses
elementos têm a mesma função sintática na frase.

Ex.: Vou precisar de farinha, ovos, leite e açúcar.

Ademais, caberá a vírgula para isolar o aposto, uma expressão que explica ou especifica um termo
na frase.

Ex.: Rose Maria, apresentadora do programa da manhã, falou sobre as receitas vegetarianas.

Por fim, a vírgula poderá ser empregada também para separar o vocativo, ou seja, o termo que se
destina diretamente ao interlocutor, indicando uma passa antes ou depois dele.

Ex.: Desta maneira, Maria, não posso mais acreditar em você.

3.3) Ponto e Vírgula (;)

Na escrita, o ponto e vírgula indica uma pausa que é um pouco mais prolongada que a vírgula e
um pouco mais breve que o ponto. Ele é usado para separar orações independentes dentro de uma
mesma frase, indicando uma pausa mais forte que a vírgula, mas menor que o ponto final. Ele permite
estruturar frases complexas, conectando ideias relacionadas.

Ex.: Os empregados, que ganham pouco, reclamam; os patrões, que não lucram, reclamam
igualmente.

Além disso, o ponto e vírgula também poderá ser utilizado para separar itens em uma lista quando
esses itens já contêm vírgulas internas. Isso ajuda a evitar confusão na leitura e a organizar elementos
de forma mais clara.

Ex.: Os conteúdos da prova são: Geografia; História; Português.

Tome nota!

O ponto e vírgula muitas vezes gera confusão porque ocupa uma posição intermediária entre a
vírgula e o ponto final em termos de pausa. Ele é usado quando é necessário indicar uma pausa mais
forte que a vírgula, mas a continuidade das ideias é relevante, e uma pausa tão longa quanto a do
ponto final não é desejada.

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3.4) Dois Pontos (:)

Os dois-pontos são um sinal de pontuação versátil, utilizado em diferentes contextos para introduzir
explicações, fala direta ou iniciar enumerações. Eles são empregados antes de uma fala direta,
sinalizando que a explicação ou afirmação que segue será a expressão literal do falante. No
exemplo, Joana introduz sua fala com os dois-pontos, indicando uma continuidade de sua
explicação.

Ex.: Joana explicou: — Não devemos pisar na grama do parque.

Além disso, os dois-pontos são utilizados para introduzir uma lista ou enumeração, indicando que
o que se segue é uma explicação ou detalhamento dos elementos mencionados anteriormente.
Neste caso, eles introduzem a lista das quatro operações essenciais na matemática.

Ex.: Na matemática, as quatro operações essenciais são: adição, subtração, multiplicação e divisão.

Importante!

Os dois-pontos proporcionam uma pausa mais longa que a vírgula, indicando uma conexão mais
estreita entre o que antecede e o que segue. Ao utilizá-los, é importante garantir coesão e clareza
na estruturação do texto.

3.5) Ponto de Exclamação (!)

O ponto de exclamação é utilizado para expressar exclamação, sendo inserido em frases que
transmitem sentimentos como surpresa, desejo, susto, ordem e entusiasmo.

Ex.: Que horror! Ganhei! Quieto!

3.6) Ponto de Interrogação (?)

O ponto de interrogação é empregado para formular perguntas ou expressar interrogação.

Ex.: Quer ir ao cinema comigo?

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3.7) Reticências (...)

As reticências têm dois principais usos. Primeiramente, são utilizadas para suprimir palavras ou
textos.

Ex.: Ana gosta de comprar sapatos, bolsas, calças…

Além disso, indicam que o sentido vai muito além do que está expresso na frase.

Ex.: A vida é uma tempestade (...) Um dia você está tomando sol e no dia seguinte o mar te lança
contra as rochas. (O Conde de Monte Cristo, Alexandre Dumas).

3.8) Aspas (" ")

As aspas são empregadas para enfatizar palavras ou expressões.

Ex.: Satisfeito com o resultado do vestibular, se sentia 'o bom'.

Além disso, delimitam citações de obras.

Ex.: Brás Cubas dedica suas memórias a um verme: 'Ao verme que primeiro roeu as frias carnes
do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas.'

3.9) Parênteses ( ( ) )

Os parênteses são utilizados para isolar explicações.

Ex.: Saiu às pressas (como sempre) e esqueceu o lanche na cozinha.

Também acrescentam informações acessórias.

Ex.: Cheguei à casa cansada, jantei (um sanduíche e um suco) e adormeci no sofá.

3.10) Travessão (—)

Por fim, o travessão tem duas funções principais. Ele indica os diálogos do texto no início de frases
diretas.

Ex.: Perguntei: — Onde é o ponto de ônibus?

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Além disso, pode substituir os parênteses ou a dupla vírgula.

Ex.: Maria - funcionária da prefeitura - aconselhou-me que fizesse assim.

Momento das Questões

CESGRANRIO 2022 – De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o emprego


adequado da vírgula está plenamente atendido em:

a) A criação de animais para a produção de alimentos, é de grande importância para o sustento de


milhares de famílias.

b) A floresta Amazônica, apesar de parecer homogênea, possui muitas diferenças na sua vegetação.

c) A melhor maneira de proteger as povoações situadas nas margens dos rios, é procurar soluções
que impeçam o comércio ilegal.

d) O estado do Amazonas apresenta, a maior população indígena do Brasil com aproximadamente


trinta mil habitantes.

e) O número de estudiosos preocupados com o futuro do planeta, aumentou devido ao


aquecimento global.

Gabarito: Letra B.

Comentário: A vírgula é utilizada corretamente para isolar o adjunto adverbial deslocado


"apesar de parecer homogênea," indicando uma pausa na leitura e destacando essa informação
adicional. Nesse caso, a vírgula separa o trecho que acrescenta uma condição ou contraste à oração
principal.

Questão inédita – Na redação de um artigo científico, um estudante cometeu um erro de


pontuação em uma frase. Identifique a alternativa que corrige adequadamente o trecho
abaixo:

"A pesquisa revelou resultados significativos entretanto, a interpretação dos dados ainda
necessita de uma análise mais aprofundada."

a) A pesquisa revelou resultados significativos; entretanto, a interpretação dos dados ainda necessita
de uma análise mais aprofundada.

b) A pesquisa revelou resultados significativos, entretanto a interpretação dos dados ainda necessita
de uma análise mais aprofundada.

c) A pesquisa revelou resultados significativos, entretanto a interpretação dos dados ainda necessita
de uma análise mais aprofundada.

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d) A pesquisa revelou resultados significativos, entretanto; a interpretação dos dados ainda necessita
de uma análise mais aprofundada.

e) A pesquisa revelou resultados significativos, entretanto,; a interpretação dos dados ainda necessita
de uma análise mais aprofundada.

Gabarito: Letra A.

Comentário: O erro na frase original está relacionado ao uso inadequado da pontuação após a
palavra "entretanto." A adição do ponto e vírgula após "resultados significativos" e a vírgula após
"entretanto" indicam as pausas adequadas na construção da frase.

Parabéns por ter concluído o estudo da matéria!

Bora para cima!

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