Teologia Do Novo Testamento - Unidade 3
Teologia Do Novo Testamento - Unidade 3
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TESTAMENTO
CONVERSA INICIAL
costume que a criança aprendesse um ofício, por isso, Paulo aprendeu a fabricar
tendas.
Ele se tornou um vigilante da lei do judaísmo e por essa causa perseguiu
a igreja cristã até a sua experiência de conversão no caminho a Damasco, em
missão de perseguir, prender e julgar os cristãos daquela cidade. Dessa
experiência surgiu um novo Paulo, que passou pela experiência de
aprofundamento da fé em um período na Arábia, depois retornou para Damasco
e então foi para Jerusalém (Bíblia. Gálatas, 1: 17-18; 2: 1).
Desse ponto em diante, temos Paulo, de perseguidor da fé cristã a
pregador e defensor dessa mesma fé, com a mesma intensidade e veemência.
No livro de Atos dos Apóstolos está registrada a vida de Paulo desenvolvendo o
seu ministério apostólico por meio das descrições de três viagens missionárias:
Primeira Viagem Missionária (Bíblia. Atos, 13-14); Segunda Viagem Missionária
(15: 36-18: 22); Terceira Viagem Missionária (18: 23-20: 38).
Durante essas viagens, Paulo fundou em torno de 30 igrejas, um
ministério intenso. Entretanto, Paulo tinha a consciência de que não bastava
iniciar novas igrejas, mas sim investir no ensino e no treinamento dos novos
crentes. Em seu relato para os presbíteros de Éfeso (Bíblia. Atos, 20-31), Paulo
fala dos mais de três anos que passara ensinando na Escola de Tirano (Éfeso),
em que fundamentava a fé e produzia o ensino consistente das Escrituras. Foi o
seu ardoroso ensino que possibilitou a unidade doutrinária nas igrejas.
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Por meio do diálogo entre esses dois autores, temos uma ideia do que
vem a ser uma epístola. Mesmo que, pela definição, as cartas de Paulo não
sejam classificadas como epístolas, já se foi convencionado que se tratam, sim,
de epístolas.
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reconciliação com Deus. Essa perseguição ocorre da parte dos Romanos, pois
o culto ao imperador e a soberania romana sobre a vida e morte dos seus
cidadãos contribuem para um contraste com a mensagem e vida da Igreja, que
reconhecia em Cristo a sua autoridade suprema. O judaísmo tradicional, por sua
vez, se tornará uma forte ameaça aos primeiros cristãos, especialmente após a
morte de Estevão.
No entanto, para esse autor, tudo teria tido início, falando da animosidade
dos judeus com os cristãos, na insatisfação de judeus helênicos em como suas
viúvas eram assistidas, em comparação a como eram assistidas as viúvas judias
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2.2 Roma
Desde os seus inícios, a fé cristã não foi coisa fácil nem simples. O
próprio Senhor a quem os cristãos serviam havia morrido na cruz,
condenado como um malfeitor qualquer. [...] Algum tempo depois o
apóstolo Tiago era morto por ordem de Herodes. E a partir de então,
até nossos dias, sempre existiram pessoas colocadas em situações
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nas quais tiveram de selar o testemunho com seu sangue. Mas, nem
sempre as razões e as condições da perseguição foram as mesmas.
Já nos primeiros anos de vida da igreja pode se ver certa evolução
neste sentido.
TEMA 3 – I TESSALONICENSES
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3.1 Data
Tem havido indicação de que Paulo escreve essa carta para responder a
uma suposta carta que Timóteo teria trazido de Tessalônica, com questões
importantes a serem respondidas. Carson, Moo e Morris (1997, p. 382) apontam
para uma data no início dos anos 1950. Segundo ele,
3.2 Propósito
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O biblista Hörster (1996, p. 129) considera que essa carta foi escrita para
“a jovem igreja de Tessalônica aproximadamente um ano após a sua fundação”.
O que leva a concordarmos com Carson, Moo e Morris que:
Paulo está usando o recurso das cartas para transmitir ensino e fortalecer
a jovem igreja, diante das muitas tentativas de lhes fazerem naufragar na fé que
haviam abraçado.
3.3 Conteúdo
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Nesta carta Paulo se dirige a uma igreja que tinha sido fundada por ele
há bem pouco tempo. Ela se desenvolveu bem e preservou a fé mesmo
em tempos de perseguição. [...] Após receber informações dos
membros da igreja, envia-lhes Timóteo e transmite orientações e
ensinamentos à igreja. A igreja deve se empenhar para que a fé em
Jesus Cristo determine a vida diária dos seus membros, pois Jesus
Cristo vai voltar com poder e glória. Os que já morreram e os que ainda
estiverem vivos vão participar desse acontecimento.
TEMA 4 – II TESSALONICENSES
Tem sido dito que essa Segunda Carta poderia ter sido anexada uma à
outra, pois estão muito próximas em termos de data de redação, de preocupação
para escrevê-las, bem como os conteúdos. Hugo Grotius (1641, citado por
Kümmel, 1982, p. 337-338) defendia que a Primeira Epístola aos
Tessalonicenses teria sido escrita antes da segunda carta. Esse autor dá várias
razões, citaremos apenas um dos seus fundamentos: “1Ts foi colocada antes de
2Ts no cânone porque era mais longa”.
4.1 Data
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4.2 Propósito
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4.3 Conteúdo
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também, visa lhes dar subsídio para combaterem os falsos ensinos, oriundos,
especialmente, dos judeus helenistas.
TEMA 5 – I E II TIMÓTEO
5.1 I Timóteo
5.1.1 Data
Caso Paulo tenha sido solto da prisão em Roma e tenha escrito esta
carta no transcorrer de suas atividades missionárias subsequentes,
devemos atribuir a esta carta uma data nos anos 60, provavelmente no
início da década. Tradicionalmente tem-se sustentado que o apóstolo
foi martirizado durante o reinado de Nero (que morreu em 68). A
cronologia da vida de Paulo não é totalmente certa, mas geralmente se
acredita que ele chegou em Roma, conforme narrado em Atos, por
volta de 59 a 61. Levando-se em conta os dois anos de sua prisão ali
(At 28,30), ele teria sido solto em aproximadamente 62. Sua carta aos
romanos mostra que ele queria ir à Espanha, e é possível que ele tenha
feito essa viagem imediatamente após ser solto e que tenha ido para a
Macedónia mais tarde. Ou ele pode ter ido imediatamente para o
Oriente e deixado para mais tarde uma viagem para a Espanha. Muitos
estudiosos contemporâneos acham que devemos situar a morte de
Paulo no auge da perseguição neroniana, digamos em 64, caso em
que 1 Timóteo terá sido escrita um ou dois anos antes. Eusébio diz que
Paulo morreu em 67; caso essa afirmação esteja correta, podemos
situar a escrita da carta em 65 ou até mesmo 66.
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A maioria dos estudiosos das pastorais concordam com essa data, como
sendo a mais provável.
5.1.2 Destinatários
5.1.3 Conteúdo
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5.2 II Timóteo
5.2.1 Data
[...] é provável que a carta tenha sido escrita de Roma durante uma
prisão posterior àquela descrita em Atos. Nesse caso, a carta foi escrita
em meados da década de 60. Se Eusébio está certo em designar o ano
de 67 como a data do martírio de Paulo, então esse ano ou o anterior
é a data de 2 Timóteo. Aqueles que negam a autoria paulina da carta
classificam-na junto com as outras pastorais e geralmente atribuem à
carta uma data em alguma parte do século II.
Não tem o que discorrer muito sobre esse assunto, a não ser que se
busque adentrar nos pormenores críticos da autoria.
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5.2.2 Propósito
5.2.3 Conteúdo
À introdução (1: 1s) está unida a intercessão por Timóteo (1: 3-5),
exortação dirigida ao próprio Timóteo para que adira ao carisma que
lhe foi transmitido pela imposição das mãos (1: 6-14), e referência às
experiências de Paulo nas suas circunstâncias imediatas (1: 15,18). O
cap. 2 exorta Timóteo a não esmorecer no sofrimento, como Paulo,
apoiado na verdadeira proteção da tradição (2: 1-13) e a corrigir a
manipulação da verdade, evitando as discussões inúteis com aqueles
que já se desencaminharam (2: 14-16). Segue-se uma profecia a
respeito do aparecimento de falsos doutores nos últimos dias, os quais
haverão de seduzir sobretudo “mulheres” (3: 1-9); no mais, que
Timóteo continue firme naquilo que aprendeu de Paulo e das Sagradas
Escrituras (3: 10-17), e continue a espalhar a “sã doutrina” (4: 1-5).
Finalmente, Paulo descreve a própria situação: aguarda pela frente a
morte dos mártires (4: 6-8), dá informações a respeito dos seus
colaboradores (4: 9-12), apresenta algumas determinações a Timóteo
(4: 13-15), oferece uma última notícia a respeito da gravidade de sua
situação (4: 16-18), envia saudações (4: 19-21). Bênção final (4: 22).
Com base nas palavras de Kümmel, pode-se formar uma visão do que a
Segunda Carta de Paulo a Timóteo está tratando.
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NA PRÁTICA
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
WALKER, W. História da Igreja Cristã. 4. ed. Rio de Janeiro: São Paulo: Juerp;
Aste, 1983. (Edição especial – v. I e II).
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