Maria Clara Fernandes Corrêa e Sthefany Da Silva de Santana
Maria Clara Fernandes Corrêa e Sthefany Da Silva de Santana
Maria Clara Fernandes Corrêa e Sthefany Da Silva de Santana
PETRÓPOLIS
2022
MARIA CLARA FERNANDES CORRÊA
STHEFANY DA SILVA DE SANTANA
Orientador(a):
Prof. D.Sc. Aníbal Alberto Vilcapoma Ignacio
Petrópolis, RJ
2022
1
MARIA CLARA FERNANDES CORRÊA
STHEFANY DA SILVA DE SANTANA
Aprovado em 04 de fevereiro de 2022 com nota 9,5 (nove e meio), pela banca examinadora.
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________________
Prof. D.Sc. Anibal Alberto Vilcapoma Ignacio – Orientador – UFF
_______________________________________________________
Prof. Me. Reginaldo Carreiro Santos – Membro Convidado – UFF
_______________________________________________________
Prof. D.Sc. Luiz Heleno Moreira Duque – Membro Convidado – UFF
Petrópolis, RJ
2022
2
RESUMO
A abordagem dos temas de gestão dentro das empresas é imprescindível para que elas
sejam sustentáveis e capazes de se estabelecer no mercado. No entanto, esse tema ainda não é
aprofundado o suficiente em diversos negócios, e as companhias perdem oportunidades de
destacar-se no mercado em pontos particulares da operação. Dentro da gestão de estoques, um
tópico pouco abordado é a gestão de estoques de equipamentos e peças de reposição. Esse
estoque é composto por peças de baixo giro que auxiliam a manutenção: tanto equipamentos
que são usados na manutenção quanto peças e maquinários de reposição. Com isso, entende-se
que a sua influência sobre as falhas dos equipamentos seja alta e, por isso, esses itens são
fundamentais para o bom funcionamento da produção. Dessa forma, esse projeto propõe o
estudo sobre o tema e a utilização da abordagem desse tipo específico de estoques em uma
empresa distribuidora de combustíveis em Duque de Caxias. Para isso, foi realizada uma busca
de literaturas que abordam o tema, ferramentas que podem ser utilizadas para priorização de
equipamentos e processos e métodos de análise de estoques de baixo giro que serão utilizados
para encontrar parâmetros de controle na gestão de estoque da empresa.
Palavras-chave: Gestão de estoques. Manutenção. Peças de Reposição.
3
ABSTRACT
The approach to management issues within companies is essential for them to be
sustainable and able to establish themselves in the market. However, this topic is not yet
sufficiently in-depth in several businesses, and companies miss opportunities to stand out in the
market. Within inventory management, a topic that is rarely addressed is the inventory
management of spare parts and equipments. This stock is made up of low-turnover parts that
help maintenance: both equipment used in maintenance and spare parts and machinery. With
this, it is understood that their influence on equipment failures is high and, therefore, these items
are fundamental for the proper functioning of the production. In this way, this project proposes
the study on the subject and the use of the approach of this specific type of stocks in a fuel
distribution company in Duque de Caxias. For this, a literature search was carried out that
address the topic, tools that can be used to prioritize equipment and processes and methods of
analyzing low-turnover inventories that will be used to find control parameters in the company's
inventory management.
4
LISTA DE FIGURAS
5
LISTA DE TABELAS
6
LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS
7
LISTA DE SÍMBOLOS
σ Alfa
k Fator de segurança.
8
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS 5
LISTA DE TABELAS 6
LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS 6
LISTA DE SÍMBOLOS 8
1 Introdução 11
1.1. Tema 12
1.2. Questões de Pesquisa 12
1.2.1. Questão Central 12
1.2.2. Questões Específicas 12
1.3. Estrutura do Trabalho 13
2 Revisão Bibliográfica 13
2.1. Mapeamento de Processos 13
2.1.1. Fluxograma de Processos 15
2.3. Métodos de Classificação 17
2.3.1. Brainstorming 18
2.3.2. Classificação ABC 19
2.3.3. Classificação XYZ 20
2.4.1.4. Combinação ABC e XYZ 21
2.4. Disponibilidade do Equipamento 21
2.5. Gestão de Estoques 23
2.5.1. Modelos de Estoque 24
2.5.2. Estoque de itens MRO 25
2.5.3. Tomada de decisão 26
2.5.4. Distribuição de Poisson 27
3 Metodologia 29
3.1. Classificação da Pesquisa 29
3.2. Unidade de Análise 29
3.3. Procedimento para Pesquisa Bibliográfica 30
3.4. Procedimento para Pesquisa de Campo 31
4 Pesquisa de Campo 32
4.1. Mapeamento dos Processos de uma Base de Distribuição 33
4.1.1. Empresa 33
4.1.2. Produtos 34
4.1.3. Processos 36
4.1.3.1. Carregamento de Caminhão Tanque 36
9
4.1.3.2. Recebimento por Caminhão Tanque 38
4.1.3.3. Recebimento por Duto 40
4.1.3.4. Qualidade do Produto 41
4.2. Métodos de Classificação 41
4.2.1. Área de Atuação 42
4.2.1.1. Equipamentos 42
4.2.2. Equipamentos Críticos 44
4.2.2.1. Combinação ABC e XYZ 45
4.2.2.1.1. Matriz ABC 45
4.2.2.1.2. Matriz XYZ 47
4.2.2.1.3. Combinação 51
4.3. Avaliação da Disponibilidade 53
4.4. Gestão de Estoques 64
5 Resultados 68
6 Conclusão 71
7 Sugestões para Trabalhos Futuros 72
Referências Bibliográficas 73
10
1 Introdução
Para realizar uma boa gestão de estoque é necessário balancear o nível de serviço que
pretende-se oferecer com o poder de armazenamento e com o custo esperado da estocagem.
Além disso, é indispensável possuir um bom mapeamento dos processos, pois, isso torna
possível identificar os pontos críticos, estabelecendo quais deverão ser atacados. Dessa forma,
consegue-se determinar a estratégia mais vantajosa para cada caso.
Muitas empresas não possuem uma boa gestão de estoque de manutenção, isso impacta
negativamente na produtividade, pois até o equipamento ser reparado, a produção pode ficar
comprometida. Diante disso, o projeto se baseará em entender o contexto de estoque de
manutenção vivenciado por uma Base de Distribuição de Combustíveis, visando definir o
melhor modelo de gestão de estoque.
Para isso, entende-se que será necessário conhecer e mapear todos os processos e
equipamentos e classificar quais equipamentos e peças são críticas para a operação. É indicado
também classificar as peças de acordo com as criticidades em sua categoria e ponderar sobre a
validade de arcar com os custos de estoque, mesmo que seja de uma única unidade por peça,
11
ou adquirir emergencialmente, na eventualidade de surgir uma demanda. Com o mapeamento
dos pontos que precisam ser abordados, é possível escolher a metodologia de gestão de estoque
que será mais eficiente para otimizar os processos de reparo de equipamentos, diminuindo o
tempo necessário para a realização da manutenção.
O intuito desse estudo é definir um modelo de gestão de estoque que seja capaz de
diminuir os atrasos na manutenção causados por falta de peças de reposição, para isso, o projeto
trará como revisão bibliográfica o estudo e o estado da arte de mapeamento de processo,
classificação e priorização de itens e gestão de estoque, assim como o estudo da empresa e o
enquadramento dos temas nela.
1.1. Tema
12
procedimentos e itens para definir um modelo de gestão de estoque que
atenda às características de uma Base de Distribuição de Combustíveis?
A estruturação do trabalho será dada por dois grandes blocos: a Pesquisa Bibliográfica
e a Pesquisa de Campo. Na Pesquisa Bibliográfica serão abordados os temas referentes à
pesquisa, que são relacionados com o objetivo da realização do trabalho. Para conhecer e
escrever sobre os conceitos, serão analisados trabalhos feitos por outros autores que servirão de
base para o desenvolvimento do conhecimento e do texto.
Realizada a revisão da bibliografia, foi iniciada a Pesquisa de Campo. Nesta foram
utilizados os conhecimentos adquiridos na pesquisa bibliográfica para analisar a empresa
estudada e aplicá-los. Para a realização dessa etapa, foram recolhidos dados da companhia que
foram utilizados, em conjunto com a percepção dos funcionários sobre o funcionamento dos
processos, nos testes realizados pelas autoras. Esses testes foram confrontados com a realidade
para que estivessem adaptados com as necessidades da empresa.
Finalizadas essas etapas, foi desenvolvida a apresentação dos resultados e conclusão do
projeto. Por fim, foram levantadas algumas sugestões para trabalhos futuros, indicando pontos
de melhoria e possibilidades de aprofundamento.
2 Revisão Bibliográfica
13
Essa atividade tem como finalidade retratar o processo visualmente, documentando-o e
auxiliando no seu monitoramento e controle das melhorias, podendo assim, alcançar melhores
resultados. Para Zeni (2015), mapeando o processo pode-se alcançar um melhor
desenvolvimento e aproveitar melhor o potencial humano. Zeni (2015) ainda afirma que isso
ocorre porque as empresas estão muitas vezes mal estruturadas.
Segundo Cheung e Bal (1998), essa ferramenta coloca em um diagrama as atividades
de um departamento, setor ou de toda organização. Esse esquema é fundamental para uma
melhor visão da estrutura e para orientar as partes que serão avaliadas. Uma outra função
importante do mapeamento, para Longaray et al (2017), é a construção do aprendizado através
de conhecimentos e experiências anteriores pelas pessoas que constituem a organização, o que
permite que aquela evidenciação tenha bases passadas e presentes para os desenvolvedores e
permita que no futuro novos membros da companhia recebam essa visão.
O mapeamento é uma ferramenta que facilita a percepção de pontos de atenção,
melhorias e gargalos, pois é capaz de integrar várias áreas e processos que não eram
necessariamente correlacionados anteriormente. Longaray et al (2017) afirma que para a
construção do mapeamento é importante adotar três etapas iniciais: definição de fronteiras dos
processos e os clientes atendidos com eles; realização de entrevistas com os funcionários que
atuam nas atividades que estão sendo desenhadas e de pesquisas documentais dentro da
empresa; e criação de um modelo que tenha como base as descobertas realizadas e explorar esse
modelo de acordo com o raciocínio inicial.
Para realizar o mapeamento de processos é necessário também selecionar a técnica que
mais se aplica a pesquisa que será realizada, já que cada uma tem características e objetivos
diferentes. Dentre as técnicas mais conhecidas atualmente tem-se:
● Fluxograma - Segundo Azevedo (2016), é uma técnica que descreve através de símbolos
específicos, cada etapa de um processo. Acredita-se as simbologias que formam o
fluxograma foram desenvolvidas em 1921 por Frank Gilbreth e Lillian Gilbreth e
introduzidas aos membros da American Society of Mechanical Engineers (ASME);
● Mapofluxograma - Tosta et al (2009) afirma que é um mapeamento realizado sobre uma
planta que pode ser do edifício ou da área em que a atividade é realizada, nesta planta
são desenhadas linhas que mostram a direção do movimento realizado e símbolos que
mostram o que está sendo executado. É uma técnica utilizada, principalmente, quando
o movimento no espaço de trabalho é relevante para a gestão do processo;
● UML - Gudwin (2010) afirma que a Linguagem UML (Unified Modeling Language)
foi desenvolvida como forma de possibilitar o mapeamento de modelos abstratos de
14
processos. Esse é uma linguagem computacional que auxilia principalmente na criação
de softwares, porém que também pode ser usada para modelos físicos;e
● Business Process Modeling Notation – BPMN - Segundo Longaray et al (2018), é uma
ferramenta gráfica que representa os processos organizacionais de forma mais simples,
apresentando uma separação de áreas em que os processos estão posicionados dentro da
organização como um todo.
15
Para Lucas et al (2015), o fluxograma é a principal técnica do mapeamento de processos.
Isso se dá porque, como pontua Ribeiro et al (2010), existe nessa técnica o esforço em captar
particularidades das atividades dos sistemas, até mesmo aquelas que não possuem tanto valor
agregado. Slack (1999) afirma que ao registrar cada estágio do processo facilita a identificação
de fluxos que não estão bem organizados, além disso, destaca possíveis dores dos processos e
permite que os tomadores de decisão definam ações que ajustem o sistema e aumentem a
eficiência da cadeia produtiva.
Tendo em vista que o projeto busca uma melhoria na produção da empresa, entende-se
que a utilização da ferramenta citada acima foi de suma importância para que fosse notório a
todos em qual área e quais os equipamentos que estavam no foco do projeto. Essa viabilizou
um melhor recolhimento das informações sobre os equipamentos, incluindo a manutenção dos
mesmos que será abordada no próximo tópico da pesquisa.
16
● Manutenção preventiva - é uma manutenção que visa a antecipação das falhas, visando
com isso reduzi-las. Esse tipo de manutenção utiliza como parâmetros variáveis
determinadas pelos gestores da manutenção ou até pelos fabricantes dos equipamentos
para que os operadores sigam ações que mitigam as paradas da produção;
● Manutenção preditiva - é a manutenção que se baseia em informações de
acompanhamentos sistemáticos, onde os equipamentos são supervisionados e
analisados para gerar variáveis técnicas que mostram o desempenho do equipamento.
Com esse acompanhamento, é possível que a gerência analise uma tendência que
auxiliará na definição do momento ideal de intervenção de forma que o mesmo seja
mais eficiente e rápido possível, visto que há um planejamento para a sua intervenção.
Possuir uma boa política de gestão de estoque está diretamente ligado à tomada de
decisão. Para Saaty (2008), boas decisões estão atreladas a qualidade das informações
disponíveis, desse modo consegue-se ponderar que é necessário decifrá-las, para auxiliar na
execução bem-sucedida desse processo, uma vez que esse entendimento faz com que sejam
desenvolvidos bom julgamentos para a tomada de decisão.
Jener (2019), defende que a determinação de nível de estoque está atrelada ao nível de
serviço que pretende ser alcançado pela organização, isso representa que, quanto maior a
disponibilidade requerida, maior será o estoque, e, por consequência, maior serão os impactos
operacionais e financeiros da empresa gastos com essa operação. No entanto, precisa ser
17
contrabalanceado que quanto menor o estoque, menor é o nível de serviço que poderá ser
oferecido.
Entende-se que as decisões tomadas na gestão de estoque existem justamente na relação
citada acima, pois é preciso determinar o capital de investimento, a disponibilidade de estoque,
os custos envolvidos na operação, a demanda e o nível de estoque. Esses itens afetam a
disponibilidade do produto final ao cliente, impactando na sua forma de enxergar a empresa e
a operação.
Diante desse cenário, percebe-se a importância de uma boa tomada de decisão, pois
dessa forma há a busca pela melhor alternativa que trará mais benefícios para a empresa, de
acordo com a política pré-estabelecida. Assim, os recursos serão alocados da forma mais eficaz.
No entanto, o processo decisório é muito complexo, envolve um bom entendimento do
problema e das necessidades das partes envolvidas, estabelecendo critérios para a tomada de
decisão. Levando em consideração que uma ação tomada vai gerar consequências é necessário
estudar métodos que auxiliarão nesse processo.
2.3.1. Brainstorming
18
feita em conjunto com uma análise funcional, seguida da identificação do cenário, das
consequências decorrentes dele e por fim a classificação da criticidade dos itens.
19
● Classe B: Representa apenas 30% dos itens e estes representam 15% do valor
final, itens de classe B representam os itens intermediários, que ainda precisam
ser analisados com atenção.
● Classe C: Representa apenas 50% dos itens e estes representam 5% do valor
final, grupo com menor importância, o que pode justificar a pouca atenção da
organização.
20
Maehler et al (2011), afirma que a subjetividade na classificação dos itens é uma das
grandes dificuldades do método, já que sua realização necessita de especialistas na avaliação
da criticidade dos itens, pois é necessário entender e conhecer o processo produtivo e o papel
que cada item desempenha na operação.
As classes em amarelo são as que demandam mais atenção dos avaliadores, esses
possuem altos valores ou alto nível de criticidade. Geralmente, eles exigem mais
acompanhamento e cuidado. Agora, as classes em verde, apesar de serem indesejáveis, são
menos críticas, exigindo menos esforço de controle que a primeira. Por fim, tem-se a classe
21
azul, esses itens possuem são de fácil suprimento e de baixo valor, acarretando em baixa
criticidade, logo, menos preocupação com a manutenção de níveis de estoque alto.
Vaz (2003) afirma que disponibilidade é um termo que pode ser relacionado com
“confiabilidade e manutenibilidade”, “funcionamento regular”, “condições de uso regular” e
outras que se relacionam à capacidade da máquina de atender as demandas da produção. Isso
quer dizer que, quanto maior a disponibilidade, mais tempo o equipamento está em condições
de funcionar adequadamente.
O estudo da disponibilidade pretende também uma melhora na competitividade da
empresa, já que, quanto maior a disponibilidade dos equipamentos de uma empresa, mais ela
consegue produzir no seu tempo de trabalho e mais eficiente fica o processo produtivo.
Segundo Adada Junior (2020, p. 10), “o tempo indisponível retrata o tempo total que a perda
por manutenção impediu que houvesse produção em determinado período programado”.
Existem diversas formas de mensurar a disponibilidade de equipamentos, no entanto,
de acordo com Slack (2002), quando o termo disponibilidade é utilizado como indicação de
tempo de operação, ou seja, o tempo que o equipamento está funcionando, sem considerar a
consequência da falha, o cálculo é feito através dos indicadores MTBF e MTTR:
Disponibilidade (D) = MTBF/ (MTBF+MTTR)
O MTBF (Mean Time Between Failures - Tempo médio entre falhas) e o MTTR (Mean
Time to Repair - Tempo médio para reparo) são indicadores de eficiência da manutenção, onde
o MTBF mostra o tempo médio entre as falhas, ou seja, depois de quanto tempo trabalhando a
máquina apresenta defeitos. Lima (2014) afirma que o MTBF indica a eficácia da manutenção,
dado que, se o reparo não tenha sido eficaz, em pouco tempo, outro reparo precisará ser
realizado. Para calcular o MTBF, é utilizada a fórmula abaixo:
Já o MTTR é o tempo médio de reparo, ou seja, o tempo que é necessário para a correção
de cada falha que ocorra. Esse indicador, segundo Lima (2014) também demonstra a eficiência
da manutenção, pois quanto menor o tempo gasto para realizar os reparos, menor o MTTR e
mais rápido a máquina pode voltar ao seu funcionamento. O MTTR é calculado através da
equação:
22
2.5. Gestão de Estoques
23
segurança do estoque, possibilitando o atendimento da demanda com o custo mais baixo que
puder.
24
os seus estoques quando é realizado um planejamento, para que não sejam utilizadas
ferramentas que não se adequem a eles. Esse é o exemplo do que acontece com o estoque de
MRO, que, segundo Santos (2015), pode gerar um impacto significativo nas operações das
empresas, já que, geralmente, esses itens possuem uma alta variação de demandas e prazos de
fornecimentos dados os seus atributos específicos.
Os itens MRO são, como citado acima, os equipamentos utilizados para a manutenção
de máquinas ou ativos industriais. Estão presentes nesses itens tanto materiais para realizar a
manutenção, como é o caso de ferramentas, quanto peças de reposição. Segundo Santos (2015),
a finalidade dos itens MRO é certificar que o processo produtivo não será interrompido por
falhas nos maquinários ou pela ausência de materiais de consumo. Santos (2015) ainda explica
o estoque MRO como o equipamento sendo o cliente desse estoque, já que ele é o responsável
por criar a demanda. No entanto, o autor também afirma que essa demanda possui uma
aleatoriedade complexa que tem como base aspectos técnicos e operacionais, o que pode causar
desequilíbrio na relação demanda-fornecimento.
Muniz (2015) afirma que a grande diversidade de componentes e a baixa demanda são
fatores determinantes para a dificuldade da gestão desse tipo de estoque. Segundo Saggioro et
al (2012) é possível encontrar entre 90 e 95% dos estoques de MRO as seguintes características:
● Baixo ou baixíssimo consumo;
● Demanda intermitente e não previsível;
● Alto custo unitário;
● Alto tempo de reposição; e
● Alta criticidade para a operação.
Silva (2015) explica que as particularidades e aleatoriedades dos itens de MRO provam
que eles não devem ser gerenciados por métodos tradicionais, já que existem questões nesses
itens que não estão no escopo dos métodos comuns de gerenciamento. Muniz (2015) acrescenta
que os estoques MRO necessitam de esforços da rede logística para que seja possível atingir o
nível de serviço adequado à necessidade dos clientes.
Segundo Tracht et al (2013), o longo lead time das peças de reposição associado a
necessidade de reposição imediata faz com que a estocagem de peças sobressalentes seja
indispensável. No entanto, sabe-se que todo estoque possui um custo e por isso, é necessário
que a decisão sobre a manutenção de peças seja gerenciada de forma cuidadosa. Lélis (2007)
25
reforça essa ideia quando afirma que a decisão sobre o que manter e quanto manter de estoque
deve ser como uma das mais importantes para os gerentes.
“Os estudos e modelos desenvolvidos nos últimos anos tendem a apresentar
metodologias para tratar o problema de peças de reposição, para manutenção em equipamentos
instalados nas estruturas físicas dos clientes ou em produtos vendidos aos clientes.” (Muniz
2015, p.10). Botter & Fortuin (2000) descrevem as três possíveis situações de estoque de peças
sobressalentes: peças sobressalentes para manutenção do processo produtivo e sistemas da
empresa; peças sobressalentes para manutenção em sistemas instalados no cliente; e peças
sobressalentes para reparos em produtos de consumo, em oficinas de serviços. No projeto atual,
o foco será direcionado as peças sobressalentes para manutenção do processo produtivo e
sistemas da empresa, utilizando como base de estudo apenas os estoques MRO que se
encontram dentro do local produtivo.
O desafio do estoque MRO se dá também por estar direcionado para uma parte tão
importante da produção que é a manutenção, porque as manutenções precisam, principalmente
em equipamentos críticos, ser realizadas “qualidade e no menor tempo possível” (Muniz 2015,
p.12). Tracht et al (2013) afirma que o tempo da manutenção está diretamente ligado à reposição
e disponibilidade das peças em estoque.
A tomada de decisão sobre o estoque não é simples, sempre há debates sobre os custos
dessas decisões, os riscos que podem existir na produção, a qualidade do atendimento, entre
outros. No entanto, quando tem-se uma situação de estoque de itens de MRO, essa decisão é
ainda mais complexa. Muniz (2015) explica que os custos resultantes da falta de estoques de
peças da manutenção, sejam ferramentas ou peças de reposição, causam impacto negativo ao
desempenho da empresa tanto pelo possível atraso na produção quanto na recuperação do tempo
perdido na parada, já que a empresa necessitará operar em regime diferenciado.
Ainda segundo Muniz (2015), a qualidade da decisão de estoques está diretamente
relacionada com as informações que o gestor possui, essas informações devem ser concretas e
de qualidade para que possam auxiliar nesta decisão. As informações são peças chaves para que
o gestor entenda o processo e possa julgá-lo de forma mais adequada para a tomada de decisão.
Coelho Júnior e Fontes (2017) afirmam que a decisão sobre estocar ou não um produto decorre
em grande parte das suas características quanto à complexidade ou facilidade de aquisição. Para
Gu et al (2015), quando existe um exagero na manutenção de peças sobressalentes a empresa
26
terá também um alto custo de retenção de capital, podendo atrapalhar o movimento financeiro
da mesma.
Stoll et al (2015) trazem para a discussão os principais aspectos referentes à tomada de
decisão de estoques de itens MRO em que são apontadas particularidades como: decidir manter
itens em estoque traz impactos aos valores investidos; os itens possuem uma alta variação na
demanda; é necessário que as peças sejam constantemente catalogadas; é necessário criar uma
rotina para controlar os valores e a reposição das peças. “Se por um lado baixos níveis de
estoque podem levar a perdas de economias de escala e altos custos de falta, por outro lado o
excesso de estoques representa custos operacionais e de oportunidade do capital empatado.”
(Coelho Junior e Fontes 2017, p.9)
Mensurar os padrões de estoque em casos tão particulares não é simples assim como a
tomada de decisão, dado que existem muitas incertezas dentro dessa decisão. No entanto, a
melhor forma para se chegar a uma situação confortável é segundo Muniz (2015), conhecendo
o problema, a necessidade de resolução e implantação de um novo método e a finalidade da
decisão. O autor ainda acrescenta que é importante saber quais são os critérios, subcritérios,
partes interessadas e quais serão os grupos ou atividades afetadas. “No processo decisório de
estocagem a correta aplicação de recursos financeiros é de suma importância organizacional. A
decisão de estocagem pode ser tomada de diversas formas e existem alguns modelos
desenvolvidos que suportam esse processo. ” (Muniz 2015, p.15)
Coelho Júnior e Fontes (2017) explicam que diferente de peças de alto giro, aquelas
com mais de 300 unidades/ ano, as peças com baixa rotatividade - como é o caso dos itens MRO
- não seguem a curva normal. Segundo Zanetti e Ignácio (2016), existem estudos que falam
sobre essa dificuldade de adotar a distribuição do consumo no tempo de resposta aderente à
distribuição normal no caso das peças de baixo giro de estoque.
Para auxiliar com esse desafio, Zanetti e Ignácio (2016) indicam a distribuição de
Poisson, que permite que seja calculada uma probabilidade de um determinado nível de
consumo tendo como base a média histórica, além de pressupor uma independência entre
eventos e sua variância de consumo ser igual ao consumo médio do período. A probabilidade
da distribuição é calculada através da fórmula:
Onde:
27
● P(X=x) é a probabilidade da demanda de unidades ser igual a x; e
● λ é a taxa de consumo médio por unidade de tempo.
Santos (2015) acrescenta ao cálculo da distribuição de Poisson o conceito de lead time,
ou tempo de ressuprimento, para que além da taxa média de consumo no período, seja possível
utilizar a variável de quanto tempo será necessário para que se faça um pedido e ele seja
entregue na empresa. Essa abordagem permite que se tenha um controle mais próximo do
percentual de sucesso para a quantidade projetada, também chamada de nível de serviço dentro
do lead time. Além disso, Santos (2015) acrescenta uma informação complementar a esse nível
de serviço que é chamado de “risco de falta”.
A alteração causada pelo acréscimo do lead time é encontrada no λ que passa a ser
definido da seguinte forma:
λ= d*LT
Sendo:
● d igual a demanda diária histórica; e
● LT igual ao lead time em dias.
De acordo com Coelho Júnior e Fontes (2017), a quantidade ótima de equipamentos em
estoque é definida seguindo a escolha do nível de serviço desejado pela companhia, então, a
quantidade de itens, ou eventos, que for igual ou exatamente maior do que o nível definido será
a quantidade ótima, que apresentará uma garantia de sucesso desejada com o mínimo de
equipamentos em estoque.
Para realizar o cálculo da distribuição de Poisson pode-se, alternativamente, ser
utilizada a fórmula existente no Excel “=POISSON(x;λ;FALSO)” para a probabilidade de o
evento acontecer e “=POISSON(x;λ;VERDADEIRO)” para o nível de serviço, onde x é a
quantidade de eventos, ou itens utilizados. E por fim, o risco de falta é a porcentagem
complementar do nível de serviço até 100%.
Levantados e pesquisados os temas que se relacionam com a pesquisa, foi concluída a
pesquisa bibliográfica e será iniciada a etapa da metodologia que indicará o método utilizado
para a realização de cada parte do projeto. Essa parte do projeto descreve a unidade de análise
que foi utilizada para a pesquisa, como foi realizada a pesquisa bibliográfica bem como a
pesquisa de campo.
28
3 Metodologia
29
categorizada como grande, uma vez que possui uma alta tancagem, grande movimentação e um
alto nível de automação.
Neste tópico, foi abordado o procedimento utilizado para busca, organização, seleção e
leitura das fontes de pesquisa que serão utilizadas durante o projeto, para a dissertação da
pesquisa bibliográfica.
O processo de busca envolve um grupo de palavras ou expressões relacionadas ao
assunto abordado, essas foram responsáveis por informar ao sistema de busca como combinar
os termos pesquisados com os operadores booleanos. Essa etapa pode ser realizada em bases
de dados referenciais, que são aquelas que tem como função listar as referências bibliográficas
relacionadas a um assunto, para facilitar a procura por um tema específico. E, também, em bases
de dados textuais, que são aqueles que incluem todas as informações dadas na base referencial
e possibilitam o acesso ao artigo completo.
As pesquisas foram realizadas em bases de dados textuais, como Scielo, Google
Acadêmico e Portal Capes, as quais tiveram prioridade os artigos publicados em revistas com
boas avaliações acadêmicas. Ademais, foram utilizados como forma de suporte e pesquisa
adicional artigos publicados em congressos, teses de pós graduação, mestrado e doutorado.
Além destes, foram utilizados livros como fonte de definição.
A organização é um método utilizado para priorização da leitura dos conteúdos, através da
sistematização dos detalhamentos e classificações, possibilitando uma melhor visualização do
que foi buscado. Essa é realizada para facilitar o processo da pesquisa bibliográfica, pois foi
necessário realizar a estruturação das fontes selecionadas, para que quando fosse preciso
consultá-la o tempo seja otimizado.
A bibliografia foi separada de acordo com o conteúdo exposto, sendo que obras que
possuíam similaridades foram enquadradas nas mesmas categorias. Dessa forma, quando houve
a necessidade de consultar a bibliografia sobre um assunto específico, ele pode ser encontrado
mais facilmente.
A seleção e priorização das referências é realizada para que sejam utilizadas no projeto,
apenas aquelas que possuam maior relevância no assunto. Para isso, são observadas
classificações, nível de aprofundamento, proximidade do assunto e grau de reconhecimento
acadêmico. Nessa, foi realizada uma análise para determinar quais obras seriam utilizadas
durante a realização do projeto. A realização da leitura foi feita de acordo com o que foi
30
colocado como prioridade na seleção, sendo que foram desenvolvidos resumos de cada obra
escolhida para posterior consulta.
A redação foi realizada com base nos artigos selecionados, assegurando a qualidade e
veracidade das informações do estudo, deste modo, o projeto pode se basear em fontes
confiáveis e entregar um resultado eficiente.
A finalidade do relatório é responder às questões levantadas pela pesquisa, portanto,
encarar a busca bibliográfica com um objetivo bem definido é fundamental. O ponto de partida
deve ser a confiabilidade nos documentos de leitura, por isso a necessidade de artigos de alto
nível, uma vez que a pesquisa bibliográfica tem como alvo apoiar a redação do projeto.
31
projeto, foi comparada a disponibilidade do equipamento quando há as peças de reposição e
itens de manutenção em estoque e quando esses itens precisam ser adquiridos.
Posteriormente à aplicação do filtro das manutenções, onde estavam selecionadas as
manutenções que possuem maior impacto com a estocagem das suas peças de manutenção. Foi
aplicada nessa parte a distribuição de Poisson para que seja definida a quantidade ótima de itens
MRO em estoque em estoque, que foram analisados minuciosamente já que possuem uma
forma de estoque diferente dos mais conhecidos por serem itens de baixo giro.
Finalizadas todas as etapas, os resultados serão analisados tanto pelas autoras quanto
pelos responsáveis da empresa para que possa ser aprovado ou para que outro caminho seja
seguido. Dado a incerteza em relação às etapas e os resultados, reforça-se a possibilidade de
mudança nas etapas de acordo com a necessidade do projeto, principalmente da parte de
pesquisa de campo, já que depende de fatores externos para sua execução.
4 Pesquisa de Campo
32
4.1. Mapeamento dos Processos de uma Base de Distribuição
Costa e Moreira (2018), defendem que ter todos os processos mapeados é indispensável
para possuir controle e supervisão dos processos produtivos, dessa forma, pode-se entender que
ele é imprescindível para alcançar os objetivos esperados da melhor forma possível. Sua
aplicação possibilita visualizar a integração entre as diversas áreas e processos, conseguindo
demonstrar suas correlações, facilitando a percepção de pontos de atenção, melhorias e
gargalos, bem como os pontos fortes da companhia.
Tendo em vista esse aspecto, mostra-se necessário um desdobramento das principais
atividades e produtos oferecidos pela empresa, a fim de possibilitar uma melhor compreensão
da cadeia produtiva. Dessa forma, será mais fácil entender o papel e o impacto de cada
equipamento nos processos, facilitando estabelecer os critérios para definir a criticidade de cada
item. Para isso, esse tópico tem como finalidade destrinchar as principais atividades e produtos
desenvolvidos pela empresa.
4.1.1. Empresa
Como já foi dito, a unidade de análise é uma base de distribuição de combustível, que
tem como principais processos o recebimento, e armazenamento e a expedição de produtos
derivados do petróleo e biocombustíveis. Ela funciona como um ponto de distribuição,
conhecido também como “armazém”, na qual sua função é receber os produtos em larga escala
por modal dutoviário e rodoviário, e repassá-los para o mercado varejista, que são os postos de
combustíveis, conhecidos também como “postos de gasolina”.
Elas são projetadas para receber produtos de diversas refinarias por diversos modais de
transporte, tem capacidade para receber os pedidos, atender as demandas e expandir o produto
para os consumidores de uma determinada região o mais rápido possível. Conectam fabricantes,
atacadistas e varejistas às cadeias de suprimentos, para oferecer disponibilidade de produtos.
Possui como característica uma alta capacidade de armazenagem, sendo capaz de
suportar milhões de litros de materiais combustíveis diferentes. Geralmente, possuem uma alta
rotatividade, a unidade que foi estudada tem como saída diária mais de 4 milhões de litros.
Geralmente, sua estrutura se baseia em:
1. Tanques de Armazenagem Verticais e Horizontais: São aqueles que armazenam os
combustíveis em larga escala, ou seja, os produtos primários e secundários.
2. Plataforma de Carregamento: É o local onde ocorre a operação de carregamento e
descarga de Caminhões-Tanque;
33
3. Sistema de Combate a Incêndio: Local onde ficam abrigados equipamentos de primeiros
socorros e da brigada de combate a incêndio.
4. Centrais de Comando: São os locais, nos quais são armazenados os principais
equipamentos de automação, que possibilitam a transferência de dados entre as áreas
administrativas e as operacionais;
5. Laboratório: É o local onde é feita a análise dos produtos.
6. Prédio Administrativo: Local onde ocorrem as demandas administrativas.
Abaixo, segue uma imagem que corresponde a estrutura de uma base de distribuição.
4.1.2. Produtos
A principal característica dos produtos distribuídos por uma base, é o baixíssimo nível
de diferenciação, ou seja, são produtos com uma concorrência perfeita, isso permite que o preço
34
se estabilize e que haja um determinado equilíbrio entre aqueles que participam do mercado.
Essa característica facilita a armazenagem, pois em um único recipiente é possível armazenar
uma grande quantidade de produto.
Nos postos de combustíveis não são comercializados produtos puros, mas sim, misturas
de produtos que compõem os combustíveis da forma que o consumidor final conhece. Isso se
deve a estratégias de estabelecimento de preço, sustentabilidade e performance do combustível.
Atualmente, nos postos de combustíveis são vendidos os seguintes produtos:
Gasolina C: 73% de Gasolina A + 27% Etanol Anidro;
Gasolina Aditivada: 73% de Gasolina A + 27% Etanol Anidro + Aditivo;
Diesel S10 B: 90% de Diesel S10 + 10% de Biodiesel;
Diesel S10 B Aditivado : 90% de Diesel S10 + 10% de Biodiesel + Aditivo;
Diesel S500 B: 90% de Diesel S500 + 10% de Biodiesel;
Diesel S500 B Aditivado : 90% de Diesel S500 + 10% de Biodiesel + Aditivo;
Etanol Hidratado: 100% Etanol Hidratado;
Etanol Hidratado Aditivado: 100% Etanol Hidratado + Aditivo;
35
de automação e alinhamento de válvulas, apenas na plataforma de carregamento, existindo
tanques somente para os seguintes produtos:
1. Gasolina A;
2. Etanol Anidro;
3. Diesel S10;
4. Diesel S500;
5. Biodiesel;
6. Aditivo;
Essa estratégia é adotada para que a base tenha mais controle sobre a qualidade do
produto e além disso, para atender com mais facilidade as legislações específicas, pois de
acordo com as estratégias definidas pelo governo o percentual dos produtos pode ser alterado.
4.1.3. Processos
Até este ponto, foi apresentado o negócio da empresa e os principais produtos que são
oferecidos por ela, neste será abordado as atividades chave que são realizadas pela cia.
36
Fonte: Autor (2022)
Figura 7 - Configuração Plataforma de Carregamento
A plataforma conversa com o sistema de automação, computando os volumes e as
temperaturas dos produtos expedidos por medidores de vazão ligados à presets eletrônicos, os
Danloads. Dessa forma, o processo de programação de carregamento é feito automaticamente,
sem interface com os motoristas e até mesmo com a equipe de operações, que toma
conhecimento do pedido através de ordens de carregamento.
A operação de carregamento envolve a movimentação de líquidos inflamáveis e, por
isso, precisa considerar diversos riscos, com isso, foram desenvolvidos diferentes tipos de
equipamentos para controlá-los, dentre eles há os aterramentos eletrônicos, pedal deadman,
overfil ótico, coletor de vapor e válvulas de bloqueio rápido. Além de contar com os
equipamentos operacionais, que possibilitam a operação, como o conjunto de motobomba de
produto principal e de aditivo, bloco injetor, braço de carregamento, dentre outros.
O procedimento de carregamento de caminhão tanque, envolve os seguintes processos:
1. Dar entrada no sistema de autoatendimento para retirada da ordem de carregamento;
2. Entrar com o CT na base de distribuição;
3. Se a baia estiver vazia, estará liberada para o acesso;
4. Ao entrar na baia deve adotar as medidas de segurança, como desligar a chave geral e
acionar o freio.
A partir desse momento, as atividades para cada modalidade de carregamento são
diferentes. Dessa forma, os procedimentos a serem seguidos na modalidade BOTTOM são:
1. Conectar o cabo Civacom ao CT, garantindo o aterramento do mesmo;
2. Verificar se existe produtos remanescentes nos compartimentos de noutras viagens;
3. Verificar se existe pressão no CT;
37
4. Retirar as tampas das conexões de carregamento dos compartimentos e abrir as válvulas
de fundo;
5. Conectar os braços de carregamento possíveis de serem carregados simultaneamente;
6. Dirigir-se ao Danload para iniciar o carregamento;
7. Manter em frente ao equipamento garantindo atenção no carregamento, para caso haja
necessidade paralisar o mesmo.
8. Terminado o carregamento, desconectar o braço de carregamento e o Civacom e lacrar
o compartimento carregado.
O carregamento na modalidade TOP, exige alguns cuidados diferentes, uma vez que é
necessário ser realizado trabalho em altura.
1. Conectar o cabo terra e se certificar que as válvulas de descarga estão fechadas;
2. Colocar o cinto trava quedas e utilizar a escada pantográfica para acessar a parte superior
do CT, através da plataforma;
3. Baixar o braço até o fundo do compartimento, assegurando que haja contato com o
fundo e a borda do mesmo.
4. Colocar o sensor Overfil apoiado na seta do compartimento;
5. Dirigir-se ao Danload para iniciar o carregamento;
6. Manter-se à frente do Danload com o pedal “dead man” pressionado e mantendo
atenção no carregamento;
7. Após finalizar, subir novamente no CT, retirar o braço de carregamento do
compartimento e posicioná-lo na posição inicial. Finalizando com a lacração do
compartimento.
38
O processo de descarga é bem similar ao de carregamento, uma vez que o motorista do
CT chega a base com uma ordem de carregamento programada, imputa seus dados nos presets
eletrônicos, que após iniciar o processo contabiliza a quantidade através de medidores de vazão
e informa os dados de qualidade pelos equipamentos já montados na linha. Da mesma forma
que na modalidade anterior, esse processo é automatizado, não exigindo esforços para
acionamento de bombas e abertura de válvulas elétricas e pneumáticas.
A base estudada possui dois skids de descarga, ou seja, existem duas posições para
descargas simultâneas, eles foram projetados para atender todos os produtos em ambos os lados.
No entanto, as tubulações e equipamentos são compartilhados por todos os produtos, por isso,
nessa atividade é necessária a ação de um operador, para realizar o alinhamento das válvulas
manuais para o recebimento de cada produto.
Apesar de necessitar de mão de obra humana, o sistema ainda possui sistemas de barreira
para evitar possíveis contaminações, como por exemplo, a presença de válvulas elétricas que se
fecham automaticamente ao notar qualquer anormalidade. Na imagem abaixo, segue a estrutura
de um skid de descarga.
39
3. Adotar as medidas de segurança, como desligar a chave geral e acionar o freio;
4. Aterrar o caminhão tanque;
5. Operador sobe no caminhão tanque, utilizando a plataforma e a escada pantográfica,
para abrir as escotilhas superiores, de forma a aliviar a pressão de carregamento;
6. Conectar os mangotes de descarga no bocal de saída do CT;
7. Inserir os dados da ordem de carregamento no preset e realizar o alinhamento de
válvulas, para iniciar a descarga;
8. Ao final da descarga, deve-se garantir que não produto remanescente nos mangotes e
compartimentos;
9. Desacoplar os mangotes e fechar a válvula manual de descarga;
10. Fechar as escotilhas e desconectar o cabo terra, estando assim liberado para a saída.
40
bombeio. Com o tanque preparado para o início do bombeio a empresa terceirizada realiza a
medição de altura e temperatura e coleta de amostra testemunha.
Essa medição é validada pelo operador e supervisor, que verifica se a medição está
dentro dos limites mensurados pelo Enraf e libera o tanque para o início do bombeio, após o
teste do alarme de nível, este equipamento é a última barreira para impedir derrames, caso ele
soe o bombeio precisa ser parado.
A partir desse momento, a empresa terceirizada fará a interface com a refinaria, que
informará que o tanque recebedor da base de distribuição está pronto para receber o bombeio.
Após o acionamento das bombas por parte da refinaria, o operador da terceirizada acompanha
todo o procedimento da base de distribuição, garantindo que o produto entregue está dentro das
especificações esperadas, coletando amostras e realizando testes a cada 15 minutos.
O processo de finalização é similar, quando a refinaria informa que as bombas foram
desligadas é feita uma nova medição para ser validada pelo operador e supervisor da base de
distribuição.
41
quais são as áreas mais importantes, para assim, definirmos a quantidade de estoque ideal para
ela.
4.2.1.1. Equipamentos
42
● Bomba: possui um conjunto motobomba é o equipamento responsável por
imprimir força a retirada de produto principal dos tanques e entregá-lo na
plataforma, através dos braços de carregamento;
● Bomba de aditivo: também possui um conjunto motobomba e tem a mesma
função do equipamento anterior, no entanto, agora o produto transportado é o
aditivo;
● Medidor de vazão: responsável pela contabilização do produto;
● Válvula elétrica: funciona como um equipamento de direcionamento de fluxo,
recebe o comando do danload para ser aberta quando inicia o carregamento e
fechada quando finaliza.
● Válvula pneumática: também funciona como um equipamento de
direcionamento de fluxo, no entanto, a resposta ao comando do danload é mais
rápida, por isso, ela está posicionada após a válvula elétrica, funcionando como
a última uma barreira para impedir que ocorram derrames.
● Retenção: é um equipamento utilizado nas linhas de tubulação para impedir que
haja retorno de produto para o tanque, funciona como um bloqueador que só
permite fluxo em apenas um sentido;
● Braço de carregamento: interliga as tubulações ao bocal de recebimento do
caminhão tanque, geralmente atende apenas a dois produtos que compõem a
mistura;
● Bloco injetor de aditivo: responsável pela injeção do aditivo no carregamento e
pela sua contabilização;
● Overfil: é um sensor que ao ser molhado envia uma informação para o danload
para interromper o carregamento, funcionando como uma barreira para impedir
derrames, é utilizado apenas na modalidade TOP;
● Civacom: é um sistema de aterramento unido a um sensor que que ao ser
molhado envia uma informação para o danload para interromper o
carregamento, funcionando como uma barreira para impedir derrames, é
utilizado apenas na modalidade BOTTOM;
● Escada pantográfica: é o equipamento que interliga a parte de cima do CT com
a plataforma de carregamento, o acesso a essa área só é permitido por esse
equipamento.
43
Para melhor entendimento do funcionamento dos equipamentos foi estruturado um
fluxograma que demonstra a dinâmica entre esses equipamentos, como podemos analisar
abaixo:
44
4.2.2.1. Combinação ABC e XYZ
Para aplicar esse método é necessário realizar a aplicação da Matriz ABC e da Matriz
XYZ de forma isolada, para que após essas execuções, possa-se alinhar os resultados e
combiná-los, dessa forma o resultado vai ser o mais próximo da realidade.
45
A aplicação da Matriz ABC informou que a maior concentração de investimento foi
destinada a apenas três equipamentos, que representam 27% da quantidade total de
equipamentos, são eles: Danload, Bloco Injetor Aditivo e Bomba de Produto Principal. Dessa
forma, pode-se extrair que esses são os equipamentos mais importantes da operação e são os
que demandam mais atenção, pois sua falta traria alto impacto financeiro.
Já o braço de carregamento, Válvula Elétrica e a Escada Pantográfica foram
classificados como B, compreendem cerca de 27% do investimento também, ou seja, são itens
intermediários, que causam médio impacto e que também precisam de atenção, no entanto não
são tão importantes quanto os itens de classe A. Já os equipamentos restantes, representam,
aproximadamente 46% do investimento total, eles foram classificados como C, são aqueles que
demandam menos atenção por representarem uma parte menos significativa do investimento
total da empresa, são eles: Bomba de Aditivo, Retenção, Válvula Pneumática, Overfil e
Civacom.
46
4.2.2.1.2. Matriz XYZ
A utilização do método ABC classificou os itens pela sua importância, já a proposta do
método XYZ é classificá-los quanto a sua criticidade. Esse método implica em uma avaliação
adicional do impacto que determinado equipamento causará nas operações de uma empresa,
avaliando o grau de criticidade e imprescindibilidade do item no desenvolvimento das
atividades realizadas.
O método também classifica os equipamentos em três áreas distintas: X, Y e Z. A
classificação Z implica em itens muito críticos, ou seja, aqueles que em sua ausência podem
paralisar a operação essencial, podendo colocar em risco as pessoas, o ambiente e o patrimônio.
Já os itens com classificação Y são os intermediários, embora sejam vitais a operação, podem
ser substituídos com determinada facilidade. Por fim, os itens X são os menos críticos, sua falta
não acarreta grande prejuízo para a companhia.
Para definir a criticidade de cada um dos equipamentos foi distribuído um formulário
com uma escala definida para cada setor operacional: supervisão, operação e manutenção. A
escala utilizada vai de 1 a 5, sendo o item mais alto o 5, que possui uma criticidade altíssima e
o 1 menos crítico equivalente a baixíssima, como é demonstrado na tabela 2.
Escala de Criticidade
Altíssima 5
Alta 4
Média 3
Baixa 2
Baixíssima 1
47
ou se vai apenas paralisar apenas um braço de carregamento comando por um
Danload.
● Necessidade de substituição: avalia se uma falha no equipamento pode ser
realizada por mão de obra interna ou se vai necessitar de mão de obra externa,
além de avaliar se haverá a necessidade de substituição total do equipamento ou
peça ou se será necessário apenas um reparo.
● Disponibilidade de fornecedores: avalia a quantidade de fornecedores
disponíveis e o nível de atendimento com a entrega, podendo variar em um
cenário ótimo de alta disponibilidade de fornecedores e rápida entrega até baixa
disponibilidade de fornecedores e entrega demorada.
A aplicação do questionário foi realizada de forma presencial e com a orientação dos
respondentes no preenchimento dos critérios. A tabela 3 foi apresentada a cada um dos
participantes para facilitar a explicação de cada um dos itens.
48
Fonte: Autor (2022)
Tabela 4 - Questionário XYZ aplicado a Supervisão
O segundo time a ser entrevistado foi a equipe de operadores, para eles o item mais
crítico continua sendo o Civacom, obtendo as notas mais altas nos critérios de Necessidade de
Substituição e Disponibilidade de Fornecedores. O item de menor criticidade também coincidiu
com o time de supervisão, obtendo a mesma nota nos dois questionários, a Válvula Pneumática.
49
Fonte: Autor (2022)
Tabela 6 - Questionário XYZ aplicado a Manutenção
Após a obtenção dos resultados de forma isolada, foi necessário realizar a integração
entre eles para obter-se um resultado de criticidade final. Para isso, foi realizada uma média das
notas finais obtidas por cada setor.
50
Fonte: Autor (2022)
Tabela 8 - Classificação XYZ
Com a aplicação do método pode-se concluir que os equipamentos mais críticos da
base de distribuição são o Civacom e a bomba de produto principal, ou seja, são os itens que
mais exigem esforços na sua manutenção.
4.2.2.1.3. Combinação
A Matriz ABC e a XYZ foram aplicadas isoladamente, neste ponto elas serão
entrelaçadas, tornando-se uma ferramenta mais eficiente, por possuírem categorias que se
aproximam da realidade. Esse método de combinação entre as matrizes classifica os
equipamentos em 9 quadrantes, como mostrado na Figura 4, no tópico 2.4.1.4.
Neste primeiro momento vamos retomar os resultados encontrados na matriz ABC e na
XYZ.
51
Fonte: Autor (2022)
Figura 11 - Cruzamento dos resultados obtidos isoladamente na matriz ABC e XYZ
Nota-se que a classificação possui apenas um item no cruzamento A x Z, este é a Bomba
de Produto Principal. Com isso podemos extrair que esse equipamento é o item que demanda
muita atenção e que sua manutenção deve ser priorizada, visto que é um equipamento com alto
valor agregado e possui uma criticidade alta.
Apesar de o item mais crítico ser a Bomba de Produto Principal, todos os equipamentos
que estão na coluna A e linha Z demandam atenção, uma vez que, eles são estrategicamente
importantes em relação a investimentos ou criticidade. Dessa forma suas manutenções também
devem ser priorizadas, encontramos nessa classificação o Bloco Injetor, o Danload e o
Civacom.
Os equipamentos em azul são intermediários, sua indisponibilidade ainda vai causar
bastante impacto a operação, seja em valores monetários ou em criticidade. Por isso, esses itens
ainda inspiram cuidados, e precisam ter suas demandas suportadas pelo estoque. Os itens nessa
classificação foram: Braço de Carregamento, Válvula Elétrica, Escada Pantográfica, Bomba de
Aditivo e Overfil.
A Retenção e a Válvula Pneumática foram classificadas como os itens de menor valor
investido e com baixa criticidade, dessa forma, pode-se se subentender que esses equipamentos
demandam menos atenção que os anteriores, pois sua falta irá gerar menos impacto à operação.
Para seguimento do projeto, será realizada uma análise de gestão de estoque para os
itens classificados em verde e azul. Uma vez que compreende-se que apesar de causar menos
52
impacto a operação que os vermelhos, esses ainda demandam atenção e precisam ter um bom
nível de estoque.
Caso haja a necessidade de priorização de estoque dos equipamentos, esse método
aplicado indica que os equipamentos na coluna A e linha Z da matriz devem ser priorizados em
detrimento dos outros. No entanto, para fins didáticos será realizada uma análise de gestão de
estoque para ambos os grupos, pois caso haja mais espaço e investimento para estocar
equipamentos, a análise já terá sido realizada.
Após a definição dos equipamentos que possuem maior valor estratégico para a
operação, realizada através da Matriz ABC XYZ, foram definidas as peças que se relacionam
com as falhas em cada um desses itens e suas especificidades que estão destacadas abaixo:
● necessidade de mão de obra externa para reparo;
● tempo de reparo das peças quando elas não possuem os seus itens em estoque;
● tempo de reparo quando elas possuem os itens em estoque;
● se o que precisa ser trocado na manutenção é uma peça ou todo o equipamento; e
● a ocorrência das falhas.
Essas informações estão apresentadas na tabela abaixo e foram coletadas internamente
no banco de dados da empresa
53
Tempo parado
Tempo parado por
Exige mão por manutenção
Tempo
de obra manutenção com peça de Peça ou Ocorrência
Quantidade Equipamento Funcionando Peças Falha
externa sem peça de reposição ou Equipamento? (ano)
(horas/ano)
para reparo reposição reposição do
(hora) equipamento
(hora)
Engrenagem Engrenagem emperrada Não 210 1 Peça 48
Transmissor de Pulso
Sensor de Pulso Não 210 1 Peça 5
queimado
Bloco Injetor de
96 2880 Fusível Fusível queimado Não 210 1 Peça 4
Aditivo
Placa de Aditivo Entrada desenergizada Sim 210 210 Peça 2
54
Tempo parado
por
Tempo parado
Exige mão manutenção
Tempo por
de obra com peça de Peça ou Ocorrência
Quantidade Equipamento Funcionando Peças Falha manutenção
externa reposição ou Equipamento? (ano)
(horas/ano) sem peça de
para reparo reposição do
reposição (hora)
equipamento
(hora)
Fonte Fonte queimada Não 210 2 Peça 4
Placa de Placa de Temperatura
Não 210 2 Peça 2
Temperatura queimada
55
Tempo parado por
Exige mão Tempo parado
Tempo manutenção com
de obra por manutenção Peça ou Ocorrência
Quantidade Equipamento Funcionando Peças Falha peça de reposição ou
externa sem peça de Equipamento? (ano)
(horas/ano) reposição do
para reparo reposição (hora)
equipamento (hora)
Agulha Desregulagem na agulha Não 1 1 Peça 60
40 Válvula Elétrica 3240
Junta Merejamento Não 28 1 Peça 60
Afastamento do acoplador
10 Bomba 2880 Não 420 1 Peça 1
do motor
Motor
Desalinhamento Sim 14 14 Peça 12
56
Essas informações foram coletadas para que fosse possível definir a disponibilidade dos
equipamentos de acordo com cada uma dessas falhas e, com isso, avaliar em quais dessas
manutenções seria interessante manter itens em estoque que melhorariam significativamente a
disponibilidade das máquinas.
Para realizar o cálculo da disponibilidade, primeiro foi necessário possuir os valores dos
indicadores MTTR e MTBF. O indicador MTTR foi disponibilizado pela empresa, que já
possuía o registo em horas tanto do tempo parado para manutenção quando havia estoque
quanto do tempo parado quando não havia. Essas informações foram coletadas com a
autorização da empresa que afirmou que os registros históricos eram atualizados.
Já para definição do MTBF, foram utilizados o parâmetro de horas por ano que a
máquina está em funcionamento e a quantidade média de ocorrências anuais das falhas, ambas
as informações também disponibilizadas pela empresa e apresentadas na tabela 5, e foi possível
calcular o tempo médio entre as falhas através da fórmula:
57
Tempo parado por
Tempo parado por manutenção com
Tempo
manutenção sem peça de reposição Peça ou
Equipamento Funcionando Peças Falha MTBF (dias)
peça de reposição ou reposição do Equipamento?
(horas/ano)
(hora) - MTTR equipamento
(hora) - MTTR
Engrenagem Engrenagem emperrada 210 1 Peça 60
Transmissor de Pulso
Sensor de Pulso 210 1 Peça 576
queimado
Bloco Injetor de Aditivo 2880 Fusível Fusível queimado 210 1 Peça 720
58
Tempo parado por
Tempo parado por manutenção com
Tempo Funcionando manutenção sem peça de reposição Peça ou
Equipamento Peças Falha MTBF (dias)
(horas/ano) peça de reposição ou reposição do Equipamento?
(hora) - MTTR equipamento
(hora) - MTTR
Fonte Fonte queimada 210 2 Peça 1260
Placa de Temperatura
Placa de Temperatura 210 2 Peça 2520
queimada
59
Tempo parado por Tempo parado por manutenção com
Tempo Funcionando Peça ou
Equipamento Peças Falha manutenção sem peça de peça de reposição ou reposição do MTBF (dias)
(horas/ano) Equipamento?
reposição (hora) - MTTR equipamento (hora) - MTTR
Agulha Desregulagem na agulha 1 1 Peça 54
Válvula Elétrica 3240
Junta Merejamento 28 1 Peça 54
Afastamento do acoplador
Bomba 2880 420 1 Peça 2880
do motor
Motor
Desalinhamento 14 14 Peça 240
60
Com ambos os indicadores à disposição, deu-se início ao cálculo da disponibilidade dos
equipamentos de acordo com a sua manutenção. A disponibilidade foi calculada segundo a
fórmula:
Disponibilidade (D) = (MTBF/ (MTBF+MTTR))*100
Para realizar a análise da disponibilidade foi necessário estabelecer alguns parâmetros
que auxiliaram os autores a definir quais os equipamentos precisam estar presentes no estoque.
É necessário afirmar que a gestão aqui proposta não pretende afirmar o que deve ou não estar
em estoque, mas sim, aquilo que, num cenário de limitação espacial, precisa, em ordem de
prioridade, estar disponível de imediato em estoque.
Os parâmetros para essa análise foram os níveis aceitáveis de disponibilidade de um
equipamento ou peça para a produção, que foram calculados quando havia o equipamento em
estoque e quando esse equipamento não estava presente. A seleção dos equipamentos se baseou
nos casos em que a falta do equipamento fazia com que o nível de disponibilidade ficasse abaixo
do nível mínimo aceitável e quando o mesmo estava em estoque esse equipamento atingisse ou
ultrapassasse esse nível.
Para obter esses parâmetros, foi realizada uma reunião com os supervisores da empresa
para que eles definissem os níveis de disponibilidade de acordo com cada tipo de classe
encontrada na matriz XYZ que, como explicado anteriormente, define a criticidade dos
equipamentos, sendo que quanto mais crítico o equipamento fosse para a empresa maior o seu
nível de disponibilidade. Vale ressaltar que o nível de disponibilidade definido foi baseado nos
equipamentos como um todo e apenas passado para as peças que os integram. Foram então
definidos três níveis de disponibilidade como aponta a tabela abaixo:
61
Definidos os níveis de disponibilidade foi realizado o cálculo da disponibilidade para a
seleção dos equipamentos que seriam avaliados na gestão de estoques para ter seu estoque
definido. O cálculo e a seleção estão demonstrados na tabela abaixo:
Disponibilidade Disponibilidade
Disponibilidade Disponibilidade
Equipam maior do que o maior do que o Seleção para
Peças sem peça de com peça de
ento nível aceitável nível aceitável análise
reposição (ano) reposição (ano)
definido definido
Engrenagem 22,22% NÃO 98,36% SIM Selecionado
Sensor de
73,28% SIM 99,83% SIM Não Selecionado
Pulso
Bloco
Injetor Fusível 77,42% SIM 99,86% SIM Não Selecionado
de
Aditivo Placa de
87,27% SIM 87,27% SIM Não Selecionado
Aditivo
Junta
65,85% NÃO 99,51% SIM Selecionado
Giratória
Junta
79,41% SIM 99,75% SIM Não Selecionado
Giratória
Fonte 85,71% SIM 99,84% SIM Não Selecionado
Placa de
92,31% SIM 99,92% SIM Não Selecionado
Temperatura
62
Tabela 13-a - Seleção pela Disponibilidade
Disponibilidade Disponibilidade
Disponibilidade Disponibilidade
maior do que o maior do que o Seleção para
Equipamento Peças sem peça de com peça de
nível aceitável nível aceitável análise
reposição (ano) reposição (ano)
definido definido
Não
Válvula Agulha 98,18% SIM 98,18% SIM
Selecionado
Elétrica
Junta 65,85% NÃO 98,18% SIM Selecionado
Não
94,49% SIM 98,97% SIM
Selecionado
Selo
Não
98,09% SIM 98,09% SIM
Selecionado
Não
Bomba 87,27% SIM 99,97% SIM
Selecionado
Motor
Não
94,49% SIM 94,49% SIM
Selecionado
Não
Alivio 94,49% SIM 94,49% SIM
Selecionado
Não
93,63% SIM 98,80% SIM
Selecionado
Selo
Não
97,17% SIM 97,17% SIM
Selecionado
Bomba de
63,16% NÃO 99,86% SIM Selecionado
aditivo
Motor
Não
95,36% SIM 95,36% SIM
Selecionado
Não
Alivio 95,36% SIM 95,36% SIM
Selecionado
Não
Pedal 89,55% SIM 89,55% SIM
Selecionado
Escada Não
69,57% NÃO 69,57% NÃO
Pantográfica Estrutu Selecionado
ra Não
77,42% SIM 77,42% SIM
Selecionado
63
4.4. Gestão de Estoques
64
Abaixo está a distribuição de Poisson aplicada a cada um dos itens a serem analisados
que foram realizadas utilizando como base a demanda diária e o lead time em dias. Nas tabelas,
o primeiro evento acima de 95% de nível de serviço está destacado com a cor verde para mostrar
que é a quantidade ótima, ou seja, atende o nível de serviço necessário com a menor quantidade
possível de itens em estoque.
Item 1
Demanda anual 48
LT 15
λ 1,97260274
Eventos Probabilidade Nível de serviço Risco de Falta
0 13,91% 13,91% 86,09%
1 27,44% 41,35% 58,65%
2 27,06% 68,41% 31,59%
3 17,79% 86,20% 13,80%
4 8,78% 94,98% 5,02%
5 3,46% 98,44% 1,56%
6 1,14% 99,58% 0,42%
7 0,32% 99,90% 0,10%
8 0,08% 99,98% 0,02%
9 0,02% 100,00% 0,00%
10 0,00% 100,00% 0,00%
Quantidade ótima (>95%) para o item 1 - 5 peças no estoque
Fonte: Autor (2022)
Tabela 15 - Aplicação da Distribuição de Poisson para o item 1
Item 2 Item 3 Item 4
Demanda Demanda Demanda
anual 8 anual 2 anual 12
LT 8,75 LT 60 LT 15
0,191780 0,32876 0,49315
λ*LT 8219 λ*LT 71233 λ*LT 06849
Probabilid Nível de Risco de Probabili Nível de Risco Probabili Nível de Risco de
Eventos Eventos Eventos
ade serviço Falta dade serviço de Falta dade serviço Falta
0 82,55% 82,55% 17,45% 0 71,98% 71,98% 28,02% 0 61,07% 61,07% 38,93%
1 15,83% 98,38% 1,62% 1 23,67% 95,65% 4,35% 1 30,12% 91,19% 8,81%
2 1,52% 99,90% 0,10% 2 3,89% 99,54% 0,46% 2 7,43% 98,61% 1,39%
3 0,10% 100,00% 0,00% 3 0,43% 99,96% 0,04% 3 1,22% 99,83% 0,17%
4 0,00% 100,00% 0,00% 4 0,04% 100,00% 0,00% 4 0,15% 99,98% 0,02%
5 0,00% 100,00% 0,00% 5 0,00% 100,00% 0,00% 5 0,01% 100,00% 0,00%
Quantidade ótima (>95%) para o item 2 e 3 - 1 peça; para o item 4 - 2 peças
Fonte: Autor (2022)
Tabela 16 - Aplicação da Distribuição de Poisson para o item 2, 3 e 4
65
Item 5
Demanda anual 36
LT 30
λ*LT 2,95890411
Risco de
Eventos Probabilidade Nível de serviço Falta
0 5,19% 5,19% 94,81%
1 15,35% 20,54% 79,46%
2 22,71% 43,25% 56,75%
3 22,40% 65,64% 34,36%
4 16,57% 82,21% 17,79%
5 9,80% 92,02% 7,98%
6 4,84% 96,85% 3,15%
7 2,04% 98,90% 1,10%
8 0,76% 99,65% 0,35%
9 0,25% 99,90% 0,10%
10 0,07% 99,97% 0,03%
11 0,02% 99,99% 0,01%
12 0,00% 100,00% 0,00%
Quantidade ótima (>95%) para o item 5 - 6 peças
Fonte: Autor (2022)
Tabela 17 - Aplicação da Distribuição de Poisson para o item 5
Item 6 Item 7
66
Item 8
Demanda anual 24
LT 60
λ*LT 3,945205479
Eventos Probabilidade Nível de serviço Risco de Falta
0 1,93% 1,93% 98,07%
1 7,63% 9,57% 90,43%
2 15,06% 24,62% 75,38%
3 19,80% 44,42% 55,58%
4 19,53% 63,95% 36,05%
5 15,41% 79,36% 20,64%
6 10,13% 89,50% 10,50%
7 5,71% 95,21% 4,79%
8 2,82% 98,02% 1,98%
9 1,23% 99,26% 0,74%
10 0,49% 99,74% 0,26%
11 0,17% 99,92% 0,08%
12 0,06% 99,98% 0,02%
13 0,02% 99,99% 0,01%
14 0,00% 100,00% 0,00%
Quantidade ótima (>95%) para o item 8 - 7 peças
Fonte: Autor (2022)
Tabela 19 - Aplicação da Distribuição de Poisson para o item 8
Item 9 Item 10
Demanda anual 3 Demanda anual 3
LT 90 LT 52,5
λ*LT 0,7397260274 λ*LT 0,4315068493
Nível de Risco de Nível de Risco de
Eventos Probabilidade serviço Falta Eventos Probabilidade serviço Falta
0 47,72% 47,72% 52,28% 0 64,95% 64,95% 35,05%
1 35,30% 83,03% 16,97% 1 28,03% 92,98% 7,02%
2 13,06% 96,08% 3,92% 2 6,05% 99,03% 0,97%
3 3,22% 99,30% 0,70% 3 0,87% 99,90% 0,10%
4 0,60% 99,90% 0,10% 4 0,09% 99,99% 0,01%
5 0,09% 99,99% 0,01% 5 0,01% 100,00% 0,00%
6 0,01% 100,00% 0,00% 6 0,00% 100,00% 0,00%
Quantidade ótima (>95%) para o item 9 e 10 - 2 equipamentos
Fonte: Autor (2022)
Tabela 20 - Aplicação da Distribuição de Poisson para o item 9 e 10
67
Item 11 Item 12 Item 13
Demanda Demanda Demanda
anual 1 anual 60 anual 4
LT 90 LT 2 LT 30
λ*LT 0,246575 λ*LT 0,32876 λ*LT 0,328767
Probabilid Nível de Risco de Probabili Nível de Risco de Probabilid Nível de Risco de
Eventos ade serviço Falta Eventos dade serviço Falta Eventos ade serviço Falta
0 71,98% 71,98% 28,02% 0 71,98% 71,98% 28,02% 0 71,98% 71,98% 28,02%
1 23,67% 95,65% 4,35% 1 23,67% 95,65% 4,35% 1 23,67% 95,65% 4,35%
2 3,89% 99,54% 0,46% 2 3,89% 99,54% 0,46% 2 3,89% 99,54% 0,46%
3 0,43% 99,96% 0,04% 3 0,43% 99,96% 0,04% 3 0,43% 99,96% 0,04%
4 0,04% 100,00% 0,00% 4 0,04% 100,00% 0,00% 4 0,04% 100,00% 0,00%
5 0,00% 100,00% 0,00% 5 0,00% 100,00% 0,00% 5 0,00% 100,00% 0,00%
6 0,00% 100,00% 0,00% 6 0,00% 100,00% 0,00% 6 0,00% 100,00% 0,00%
5 Resultados
Os resultados obtidos pela presente pesquisa podem ser divididos em três primordiais
segmentos:
● os equipamentos estratégicos da empresa - definidos pela combinação da Matriz ABC
com a Matriz XYZ;
● as peças que possuem maior impacto quando possuem peças ou equipamentos de
reposição - definidos pela análise da disponibilidade das peças; e
● a quantidade de estoques que cada uma das peças selecionadas com base nas duas partes
anteriores - definida pela distribuição de Poisson.
Em relação a Matriz ABC XYZ, tem-se que os equipamentos estratégicos da empresa
e, por esse motivo, os que demandam maior atenção em seu planejamento são os apontados
abaixo e que encontram-se detalhados:
● Bomba de Produto Principal - no quadrante A|Z;
● Danload - no quadrante A|Y;
68
● Bloco Injetor - no quadrante A|X;
● Civacom - no quadrante C|Z;
● Escada Pantográfica - no quadrante B|Y;
● Braço de Carregamento e Válvula Elétrica - no quadrante B|X; e
● Bomba de Aditivo e Overfil - no quadrante C|Y.
Na avaliação da disponibilidade usou-se das peças que compõem os equipamentos
indicados no segmento anterior para estudo. As peças selecionadas foram as que cumprem o
nível de serviço exigido (80% os equipamentos de classe Z, 75% os equipamentos de classe Y
e 70% os equipamentos de classe X) quando possuem peças de reposição em estoque, porém
que não alcançam essas exigências quando não possuem tais peças armazenadas. Após a análise
realizada, as peças selecionadas para a gestão de estoques foram as seguintes:
● Engrenagem do Bloco Injetor de Aditivo;
● Solenóide do Bloco Injetor de Aditivo;
● Acoplador do Braço;
● Flexível do Braço;
● Batente do Braço;
● Mola do Braço;
● Junta Giratória do Braço;
● Botão do Danload;
● Parte Elétrica do Overfil;
● Parte Elétrica do Civacom;
● Conector do Civacom;
● Junta da Valvula Elétrica;
● Motor da Bomba de Aditivo.
Com as peças selecionadas, foi realizada a distribuição de Poisson para cada uma delas
e com os resultados obtidos, chegou-se a quantidade ótima para cada um dos itens que devem
prioritariamente estar no estoque. Indica-se que essa quantidade esteja sempre disponível para
que o nível de serviço se mantenha acima de 95% evitando riscos de faltas inesperadas e ainda
assim, não ocupando um espaço inviável para a empresa, já que todos os itens necessitam de
pouca quantidade em estoque.
É importante destacar que a quantidade ótima, também chamada por Santos (2015) de
estoque “alvo”, não tem o mesmo sentido do “ponto de pedido” que é o momento do estoque
em que quando ele chega a esse nível deve ser pedido um novo lote de itens. A quantidade
ótima de estoque é o número de itens que idealmente se tem em estoque constantemente, ou
69
seja, sem ultrapassar esse valor para que o estoque não fique com uma quantidade maior do que
suporta e que quando um dos itens é utilizado outro deve ser pedido para o repor. O lead time
atua nesse sentido, segundo Santos (2015), para garantir que, durante esse tempo de
ressuprimento, o estoque não acabe deixando a máquina parada.
Os resultados obtidos foram compilados em uma tabela onde é possível ver quais são as
peças correspondentes a cada item, se há a necessidade de uma mão de obra externa para o
reparo (que no caso dos itens trabalhados nenhum exige), se a troca que deverá ocorrer será
apenas da peça defeituosa ou do equipamento inteiro e, por fim, qual é a quantidade ótima de
itens em estoque na empresa como apresenta a tabela abaixo:
Exige mão de obra Peça ou Quantidade ótima de
Item Peças
externa para reparo Equipamento? itens em estoque
Item 1 Engrenagem Não Peça 5
Item 2 Solenoide Não Peça 1
Item 3 Acoplador Não Peça 1
Item 4 Flexível Não Peça 2
Item 5 Batente Não Peça 6
Item 6 Mola Não Peça 2
Item 7 Junta Giratória Não Peça 1
Item 8 Botão Não Peça 7
Item 9 Parte Elétrica do Overfil Não Equipamento 2
Item 10 Parte Elétrica do Civacom Não Equipamento 2
Item 11 Conector do Civacom Não Equipamento 1
Item 12 Junta Não Peça 1
Item 13 Motor Não Peça 1
Fonte: Autor (2022)
Tabela 22 - Gestão de Estoque com Quantidade Ótima
Além dessa tabela, foi desenvolvido também um gráfico que permite uma visualização
mais rápida das quantidades necessárias, assim como mostra quais são os itens que precisam de
mais estoque e os que trabalham com o estoque mais limitado. Por fim, é importante destacar
que os itens 10 e 11 correspondem ao mesmo equipamento e no caso de falha ambos necessitam
de troca de equipamento, então para manter a segurança da operação é recomendado o estoque
de três Civacons.
70
Fonte: Autor (2022)
Figura 12 - Quantidade Ótima dos Itens
6 Conclusão
Buscou-se apresentar uma metodologia para tornar mais eficiente a priorização e gestão
de materiais. No projeto desenvolvido é importante destacar que os resultados não se resumem
a parte de gestão de estoques, mas sim a todo o caminho seguido pela metodologia apresentada.
Desde a análise de importância financeira feita na matriz ABC, passando pela criticidade de
cada um dos equipamentos na matriz XYZ e finalizando com a junção dessas duas partes para
definir os equipamentos estratégicos.
A análise realizada, utilizando a disponibilidade para avaliar o impacto de possuir peças
sobressalentes, auxiliará a equipe de gestão a identificar quais itens deve manter em estoque.
Além disso, a metodologia de gestão de estoque apresentada, auxilia na definição da quantidade
de peças que deve-se manter para atingir a disponibilidade esperada.
Entende-se que o objetivo proposto foi atingido e definiu-se o mínimo de estoque com
a maior eficiência, empregando diversos parâmetros para que o resultado fosse o mais próximo
da realidade. Espera-se que a empresa dê continuidade ao projeto desenvolvido colocando em
prática não só a gestão de estoques, mas passando a olhar estrategicamente para a sua operação.
71
Por fim, é importante salientar que a metodologia apresentada não é restrita apenas a
bases de distribuição, podendo ser utilizada em diversos modelos de operação que precisam
tornar mais eficiente a gestão dos itens de manutenção de baixíssimo giro em estoque.
As autoras entendem que esse projeto poderá ser utilizado no futuro como base para
qualquer empresa que possua estoques de baixo giro. No entanto, foram propostos
complementos ao que foi realizado que podem agregar valor diferente ao projeto e que podem
dar conta de outros objetivos. Para isso, podem ser acrescentados dados de custos de estoque
para que a empresa possa ter também uma avaliação de quanto esses estoques irão custar e até
que ponto é mais vantajoso possuir esses estoques para que os níveis de produção estejam altos.
Podem também ser utilizadas ferramentas de avaliação quantitativas que entreguem resultados
mais precisos do que a avaliação de funcionários sobre a criticidade dos equipamentos.
Além disso, com mais tempo e recursos, é possível realizar um trabalho mais amplo,
visando o tamanho total do estoque e colocando os custos não apenas para uma área ou para as
máquinas estratégicas, mas sim para toda a produção, fazendo com que esse estoque possa ser
melhorado. É possível ainda utilizar dados mais individualizados, como por exemplo, um nível
mínimo de disponibilidade para cada um dos equipamentos, instituindo dados ainda mais
exatos.
Espera-se que, dados os conhecimentos oferecidos neste trabalho, outros engenheiros
ou futuros engenheiros possam auxiliar as empresas a se aprimorarem na sua gestão de estoques
de itens de baixo giro.
72
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