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gradual, em que os sinais de alarme são mais
DENGUE facilmente detectados.
Flavivírus de RNA de sorotipos 1, 2, (1 e 2
mais prevalentes em SC) 3 e 4 (sorotipo 5
isolado em poucos casos na Ásia) → pegar
dengue de um sorotipo não te protege contra
os demais;
Endêmica no Brasil → Períodos quentes e
chuvosos
Aedes aegypti é o vetor (pode ser também
pelo Aedes albopctus);
• Os mosquitos se desenvolvem através
de metamorfose completa, e o ciclo de
vida do Aedes aegypti compreende
quatro fases: ovo, larva (quatro
estágios larvários), pupa e adulto.
• A transmissão ocorre quando a fêmea
da espécie vetora se contamina ao
picar um indivíduo infectado que se
encontra na fase virêmica da doença.
➔ Exantema que desaparece sob
Mosquito de hábito diurno.
pressão.
• Uma vez completado o
desenvolvimento embrionário, os ovos FASE CRÍTICA → Tem início com a
são capazes de resistir a longos defervescência (declínio) da febre, entre três
períodos de dessecação, que podem e sete dias do início da doença. A maioria dos
prolongar-se por mais de um ano. sinais de alarme é resultante do aumento da
Podem ser dispersados por longas permeabilidade vascular, que marca o início
distâncias (dispersão passiva). da deterioração clínica do paciente e sua
CASO SUSPEITO → Considera-se caso possível evolução para o choque por
suspeito de dengue todo paciente que extravasamento plasmático (o paciente
apresente doença febril aguda, com duração perde fluido pro terceiro espaço!!!)
máxima de sete dias, acompanhada de pelo
menos dois dos sinais ou sintomas como
cefaléia, dor retro orbitária, mialgia,
artralgia, prostração, exantema,
associados ou não a presença de
sangramentos ou hemorragias
historia epidemiológica positiva, tendo
estado nos últimos 15 dias em área com
transmissão de dengue ou que tenha a
presença do Aedes aegyti
Também pode ser considerado caso
suspeito a criança proveniente ou residente
em área endêmica que apresente quadro
febril, sem sinais de localização da doença ou
na ausência de sintomas respiratórios.
Plaquetopenia → Sangramento de mucosas;
Na criança, o inicio da doença pode passar
despercebido e o quadro grave ser DENGUE GRAVE
identificado como a primeira manifestação Dengue grave: As formas graves podem se
clinica. O agravamento, em geral, e súbito, manifestar como choque ou acúmulo de
diferente do que ocorre no adulto, que e líquidos com desconforto respiratório.
Sara Germann - 212
Choque: Ocorre quando um volume crítico de
plasma é perdido por meio do extravasamento
ou sangramento, o que geralmente ocorre
entre o quarto ou quinto dia de doença, com
intervalo entre o terceiro e sétimo, geralmente
precedido por sinais de alarme (é uma doença
que avisa que vai agravar!).
• O período de extravasamento
plasmático e choque leva de 24 a 48
horas. Rápida instalação e tem curta
duração.
• Pode levar o paciente ao óbito em um REINFECÇÃO → Pode não positivar IgM e há
intervalo de 12 a 24 horas ou à sua aumento normalmente de 4 vezes de IgG.
recuperação rápida, após terapia COLETA OBRIGATÓRIA → Casos suspeitos
antichoque apropriada. em municípios sem transmissão estabelecida
da doença (após a confirmação dos primeiros
casos, passa a ser aceito resultados dos
laboratórios privados e conforme o cenário de
transmissão o critério clínico-epidemiológico);
Casos em gestantes; Casos de dengue com
sinais de alarme independente do cenário de
Grave → TGI/SNC transmissão; Casos de dengue grave
DIAGNÓSTICO independente do cenário de transmissão;
• Pesquisa de vírus (isolamento viral por Óbitos suspeitos; 10% dos casos, por semana
inoculação em células); epidemiológica, das áreas com transmissão
• Pesquisa de genoma do vírus da estabelecida para o monitoramento viral e
dengue por transcrição reversa realização da sorotipagem.
seguida de reação em cadeia da
polimerase (RT-PCR);
• Pesquisa de anticorpos IgM por
testes sorológicos (ensaio
imunoenzimático –ELISA); após o 6
dia
• Teste de neutralização por redução de
placas (PRNT);
• Inibição da hemoaglutinação (IH);
• Pesquisa de antígeno NS1 (ensaio
imunoenzimático – ELISA):
primeiros 5 dias
Patologia: estudo anatomopatológico seguido GRUPO A → Ausência de sinais de alarme.
de pesquisa de antígenos virais por imuno- Prova do laco negativo e ausência de
histoquímica (IHQ). manifestações hemorrágicas espontâneas.
Sem comorbidades, grupo de risco ou
condições clinicas especiais.
TTO ambulatorial e reposição via oral,
sintomáticos, repouso, notificação, cartão,
repelente, retorno final febre ou sinais de
alarme – (melhora da febre (3-6 dia de
doença))
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Paciente com hematócrito normal:
Tratamento em regime ambulatorial com
reavaliação clínica diária.
• Repouso. Preencher cartão de
acompanhamento de dengue. Orientar
sinais de alarme. Repelentes
GRUPO C → Presença de algum sinal de
alarme. Manifestações hemorrágicas
presentes ou ausentes.
a) Exames inespecíficos: obrigatórios.
• Hemograma completo, albumina sérica,
GRUPO B → Ausência de sinais de alarme. transaminases, gasometria, TTPA, eletrólitos,
Com sangramento de pele espontâneo creatinina, uréia. Exames de imagem
(petéquias) ou induzido (prova do laco +). recomendados: radiografia de tórax e
Condições clinicas especiais e/ou de risco ultrassonografia de abdome.
social ou morbidades: lactentes (menores de b) Exames especificos (sorologia/isolamento
2 anos), gestantes, adultos com idade acima viral): obrigatório.
de 65 anos, com HAS ou outras doenças
cardiovasculares graves, DM, DPOC,
doenças hematológicas crônicas
(principalmente anemia falciforme e
purpuras), doença renal crônica, hepatopatias
e doenças autoimunes.
a) Exames específicos (sorologia/isolamento
viral): obrigatório.
b) Exames inespecíficos: Hemograma
completo, obrigatório para todos os
pacientes, devendo a coleta ser feita no
momento do atendimento, e a liberação do
resultado em até duas horas (máximo 4
horas); avaliar a hemoconcentração; GRUPO D → Presença de sinais de choque,
a) Acompanhamento: observação até desconforto respiratório ou disfunção
resultado de exames. grave de órgãos. UTI!!!
b) Hidratação oral conforme recomendado
para o grupo A, até o resultado do exame (
hemograma)
c) Sintomáticos (conforme recomendado para
o grupo A):
Seguir conduta conforme resultado do
hemograma: Reavaliação apos resultado de
exames:
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Prova do laço → caso suspeita sem
sangramento para avaliar a fragilidade capilar;
Serve para avaliar se no grupo A tem que fazer
hemograma e se vai pro B. Grupo B, C, D não
precisa de prova de laço.
ZIKA
• assintomática ou sintomática.
Sintomática: exantema de início precoce (Na
dengue o exantema demora uns dias pra
aparecer, na zika vem logo no início),
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maculopapular e pruriginoso; febre baixa ou CHIKV
ausente; hiperemia conjuntival não purulenta A chikungunya é uma arbovirose causada
e sem prurido; artralgia; edema periarticular; pelo vírus chikungunya (CHIKV), da família
mialgia; linfoadenomegalia; astenia; cefaléia. Togaviridae e do gênero Alphavirus. A viremia
(mais de 50% dos pacientes) persiste por até dez dias após o surgimento
• Evolução benigna, e os sintomas das manifestações clínicas.
geralmente desaparecem A transmissão se dá através da picada de
espontaneamente após 3 a 7 dias. fêmeas dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes
• Causada por um vírus do gênero albopictus infectadas pelo CHIKV.
Flavivirus O período de incubação intrínseco, que
• O período de viremia no ser humano ocorre no ser humano, é em média de três a
pode perdurar até o 5° dia da doença . sete dias (podendo variar de 1 a 12 dias). O
Gestantes infectadas, mesmo as
período de viremia no ser humano pode
assintomáticas, podem transmitir o vírus ao
perdurar por até dez dias e, geralmente, inicia-
feto e pode resultar em aborto espontâneo,
se dois dias antes da apresentação dos
óbito fetal ou malformações congênitas
sintomas, podendo perdurar por mais oito
Caso suspeito → Pacientes que apresentem dias.
exantema maculopapular pruriginoso,
Febre de início agudo, dores articulares e
acompanhado de pelo menos UM dos
musculares, cefaleia, náusea, fadiga e
seguintes sinais e sintomas:
exantema. A principal manifestação clínica
• Febre; Hiperemia conjuntival sem que a difere são as fortes dores nas
secreção e prurido; articulações, que muitas vezes podem estar
Artralgia/Poliartralgia; Edema acompanhadas de edema.
periarticular; Gestantes, que
A fase aguda da doença tem duração de 5
apresentem exantema, independente
a 14 dias. A fase pós-aguda tem um curso de
da idade gestacional.
até 3 meses. Após a fase inicial a doença pode
evoluir em duas etapas subsequentes: fase
subaguda e crônica.
FASE AGUDA
Febre de início súbito e surgimento de
intensa poliartralgia, geralmente
acompanhada de dores nas costas, rash
cutâneo (presente em mais de 50% dos
casos) cefaleia e fadiga, com duração média
de sete dias.
A febre pode ser contínua, intermitente ou
bifásica, possui curta duração, porém a queda
de temperatura não é associada à piora dos
sintomas como na dengue.
A poliartralgia tem sido descrita em mais
Não há tratamento antiviral específico. O de 90% dos pacientes com chikungunya na
tratamento sintomático recomendado é fase aguda. Poliarticular, bilateral e simétrica,
baseado no uso de paracetamol ou dipirona mas pode haver assimetria. Acomete grandes
para o controle da febre dor. No caso de e pequenas articulações e abrange com maior
erupções pruriginosas, os anti-histamínicos frequência as regiões mais distais. Pode haver
podem ser utilizados. edema, e este, quando presente,
Desaconselhável o uso ou indicação de normalmente está associado à tenossinovite.
AAS e outras drogas anti-inflamatórias, em Outros sinais e sintomas descritos na fase
função do risco aumentado de complicações aguda de chikungunya são dor retro-ocular,
hemorrágicas. calafrios, conjuntivite sem secreção
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(hiperemia da conjuntiva), faringite, náusea,
vômitos, diarreia, dor abdominal e neurite.
HEPATITES
CRÔNICA
As manifestações têm comportamento
flutuante.
Os principais fatores de risco para a
cronificação são: idade acima de 45 anos,
significativamente maior no sexo feminino,
desordem articular preexistente e maior
intensidade das lesões articulares na fase
aguda.
O sintoma mais comum nesta fase crônica
é o acometimento articular persistente ou
recidivante nas mesmas articulações
atingidas durante a fase aguda, caracterizado
por dor com ou sem edema, limitação de
movimento, deformidade e ausência de
eritema. Normalmente, o acometimento é
poliarticular e simétrico, mas pode ser
assimétrico e monoarticular.
O diagnóstico laboratorial da infecção
pelo CHIKV pode ser realizado de forma Fibrose : Formação de tecido fibroso como
direta, por meio do isolamento viral e da processo cicatricial - F1, F2, F3, F4 (Cirrose
pesquisa do RNA viral em diferentes amostras HEPATITE A
clínicas, ou de forma indireta por intermédio Mais frequente em crianças e
da pesquisa de anticorpos específicos. adolescentes. É a mais frequente causa de
hepatite viral aguda no mundo
Sara Germann - 212
Na rede privada: 1ª dose aos 12 meses
2ª dose aos 18 meses
O virus se encontra no sangue e nas
fezes 2 a 3 semanas antes do inicio dos
sintomas e nas fezes por cerca de 2
semanas após a infeccao.
Tratamento
Não existe tratamento especifico contra a
hepatite A. Os principais medicamentos
utilizados são para aliviar a dor e a febre,
através de analgésicos e também
medicamentos para enjoo. Repouso.
Alimentação leve. Não ingerir bebida alcoólica
• Período de incubação: 15-50d por até 6 meses após a cura.
(média=30d) HEPATITE E
• Doença autolimitada e benigna em - HEPATITE AGUDA DE CURTA
crianças DURAÇÃO E AUTOLIMITADA (2 A 6
SEMANAS)
- NA MAIORIA DOS CASOS CARATER
BENIGNO, PODENDO SER GRAVE
EM GESTANTES
- TRANSMISSÃO FECAL-ORAL 9
A gravidade costuma estar relacionada á (INCOMUM A TRANSMISSÃO
idade do paciente e tem a forma ictérica. INTERPESSOAL)
Muitos fazem a forma assintomatica da
doença
Complicações Hepatite fulminante (Até 1%
dos casos - percentual em maiores de 65
anos). Forma colestática prolongada. Forma
recorrente
Forma colestática: predominância de
manifestaçõs obstrutivas, com ictericia e
prurido intenso de longa duração
• Maioria dos surtos associados à
Forma recorrente: retorno das manifestações
contaminação fecal da água – pequena
clinicas e/ou laboratorias após a aparente cura
transmissão pessoa-pessoa
do processo
Alterações extra-hepáticas graves como
pancreatite e aplasia de medula
Não progride para cronicidade, mas
podem acarretar dificuldades de diagnostico
Doença imunoprevenível – vacina:
PROFILAXIA
- Pni: crianças – 15 meses.
- Hepatopatias crônicas; Distúrbios da
coagulação; Hsh; Drogadição;
Profissionais em contato com o vírus;
Viajantes
- são vacinas imunogênicas e seguras
que produzem 95 a 100% de
soroconversão em indivíduos
saudáveis.
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- HEPATOPROTETORES: COLINA
,METIONINA, LECITINA, SILIMARINA,
VITAMINA B12, VITAMINA E,
SELÊNIO
- APESAR DO CRESCENTE USO DE
TECNICAS LABORATORIAIS CADA
VEZ MAIS SENSIVEIS, CERCA DE 5-
20% DAS HEPATITES AGUDAS
PERMANECEM SEM DEFINIÇÃO
ETIOLÓGICA. NAS HEPATITES
FULMINANTES ESSA % TORNA-SE
MAIOR.
- O HBV possui elevado potencial de
causar infecções, superior em cerca de
10 vezes ao HCV e 100 vezes ao HIV,
quando considerado o risco de
transmissão por exposição percutânea
ocupacional.
- Além disso, o HBV pode se manter
infectante em superfícies por até 1
semana em sangue seco à
temperatura ambiente, o que contribui • Forte associação com
para a transmissão em ambientes hepatocarcinoma
relacionados à assistência à saúde,
como em serviços de hemodiálise.
- O risco de cronificação da infecção pelo
HBV é inversamente proporcional à
faixa etária de exposição ao vírus,
variando de 90% em recém-nascidos a
menos de 5% em adultos
imunocompetentes.
- Cronificação é mais frequente em
indivíduos imunocomprometidos.
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A recomendação do rastreio por meio da HBV : tratamento
solicitação conjunta de HBsAg e anti-HBc total • está indicado para indivíduos que
é justificada pela maior frequência de infecção apresentarem níveis de ALT superiores
oculta pelo HBV (HBV-DNA detectável em a 1,5x ao limite da normalidade.
pacientes HBsAg não reagente) e/ou pelo
risco de reativação viral nessas situações. A
testagem de doadores de sangue, tecidos,
órgãos ou sêmen com dois marcadores tem
como objetivo evitar a transmissão viral aos
receptores.
• HBsAg negativo : Pela permanência da
forma epissomal do DNA (cccDNA) no
fígado, essa fase não é considerada
cura virológica ou esterilizante. Por
essa razão, a imunossupressão
intensa pode levar à reativação nesses
pacientes, justificando o seu
seguimento regular
Avaliação para todos os pacientes
• — Fase da infecção
• — Grau da inflamação hepática
• — Estágio da fibrose hepática
• — Causas concomitantes de doença
hepática
• — Necessidade de tratamento
• — A presença de cofatores aumenta o
risco de progressão para cirrose ou
CHC: coinfecções de vírus da hepatite
D (VHD), hepatite C (VHC), e HIV;
comorbidades incluindo alcoolismo,
doença autoimune, ou doença hepática
metabólica.
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TRANSMISSÃO
• PRINCIPALMENTE PARENTERAL:
• Hemoterapia - hemofílicos
• UDI – 4x mais comum que HIV
• Hemodialisados
• Acidentes profissionais – risco de 1,8%
• TRANSMISSÃO SEXUAL →
OCORRE MAS É BAIXA
• prevalência entre parceiros estáveis
→ 1,5%
• HSH
• Mais comum H →M que M → H
HEPATITE C
• O HCV é um vírus da família
Flaviviridae.
• De modo geral, a hepatite viral C aguda
apresenta evolução subclínica: cerca
de 80% dos casos têm apresentação
assintomática e anictérica, o que
dificulta o diagnóstico.
• 6 genótipos
• A eliminação viral espontânea, após a
infecção aguda pelo HCV, ocorre em
25% a 50% dos casos.
• Alguns fatores do hospedeiro estão
associados à eliminação viral
espontânea, tais como idade inferior a
40 anos, sexo feminino, aparecimento
de icterícia e fatores genéticos como
polimorfismo CC da interleucina-28B
(IL28B)
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• Indica-se o HCV-RNA quantitativo nas
seguintes situações:
• › Confirmação do diagnóstico de
hepatite C;
• › Caracterização da transmissão
vertical;
• › Acidentes com materiais biológicos;
• › Quantificação do HCV-RNA com o
propósito de avaliar o tratamento.( pré-
tratamento)
• O tratamento da hepatite C é feito com
os chamados antivirais de ação direta
(DAA), que apresentam taxas de cura
de mais 95% e são realizados,
geralmente, por 12 ou 24 semanas.
• Os DAA revolucionaram o tratamento
da hepatite C, e possibilitam a • Não há profilaxia específica para
eliminação da infecção. superinfecção
• SOFOSBUVIR/VELPATASVIR • Ausência de vacinas ou imunoglobulina
• SOFOSBUVIR/DACLATASVIR contra HDV
• PROFILAXIA • Reduzir hábitos de risco
• Ausência de vacina
• Estratégia
TRATAMENTO - HEPATITES CRÔNICAS
• Seleção de doadores de sangue
(anti-HCV obrigatório) • Hepatites crônicas B, C (aguda), D
• Cuidados universais no • Elevação de transaminases
ambiente hospitalar • Alterações histológicas à biópsia
• Política de redução de danos hepática/elastografia hepática
para UDI • Ausência de contraindicação
PROTOCOLO DE TRANSMISSÃO VERTICAL
(2022)
➢ Toda gestante deve fazer o exame para
hepatite B e C no 1º , 2º e 3º trimestre
de gestação
➢ Toda gestante deve fazer a vacina da
hepatite B independente do mês de
gestação
➢ TRANSMISSÃO VERTICAL
➢ Na exposição perinatal, a transmissão
mãe/filho pode ocorrer pela exposição
HEPATITE D (Delta)
do RN ao sangue, durante a passagem
pelo canal vaginal (principal forma de
transmissão),e mais raramente por via
transplacentária.
➢ O vírus é excretado no leite materno,
porém não há contraindicação da
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amamentação. Diversos estudos ➢ A quantidade de RNA do HCV é
relevantes têm demonstrado que o leite demasiado pequena para infectar o
materno em mães portadoras de recém-nascido, e a pequena
hepatite B não representa risco quantidade de vírus é facilmente
adicional na transmissão, mesmo em inativada pelas secreções gástricas. A
crianças que não receberam a segurança da amamentação depende
imunoprofilaxia. da integridade dos mamilos (ausência
➢ O RN pode ser amamentado!!! de mamilos traumatizados, com
RN DE MÃE PORTADORA DE HEPATITE B fissuras ou com hemorragia), não
➢ Todo recém-nascido deve receber a havendo nesta situação aumento do
primeira dose da vacina (Hepatite B) e risco de transmissão perinatal do VHC.
da Imunoglobulina logo após o
nascimento, preferencialmente nas
primeiras 12 horas de vida, para evitar
a transmissão vertical. Completar as
outras doses da vacina na Unidade de
Saúde.
➢ O risco de transmissão reduz-se para
5% a 10%.
Acompanhamento do Bebê aos 9 meses
(Serviço Especializado)
Transmissão
➢ O maior risco para o recém nascido
(RN) ocorre principalmente no
momento do parto, particularmente na
gestante que apresenta elevada carga
viral para o VHC ou co-infecção com o
HIV.
RN DE MÃE PORTADORA DE HEPATITE C
➢ Não existe imunoprofilaxia ou
intervenção medicamentosa para
prevenir a transmissão vertical da
hepatite C.
➢ Medicamentos são teratogênicos,
portanto gestante com HCV não faz
tratamento.
➢ O risco de transmissão são de 1% a
4%,a depender da carga viral,
gravidade da doença, comorbidades
(HIV).
➢ Acompanhamento do Bebê aos 3 ,9 e
18 meses(Serviço Especializado)
Amamentação
➢ Quando a mulher possui somente
o vírus da hepatite C pode amamentar
seu bebê porque não existe
comprovação científica de que a
quantidade de vírus da hepatite C
presente no leite materno seja
suficiente para contaminar o bebê.
Sara Germann - 212
Resultado: Vasculite sistêmica mediada por
LESPTOSPIROSE citocinas e resposta inflamatória
Está nos rins de roedores e transmissão é Suscetibilidade e imunidade: A imunidade
por agua contaminada por contato prolongado adquirida pós-infecção é sorovar-específica
que adentra na pele;
Espiroqueta do gênero Leptospira; Aeróbia
obrigatória; Pode sobreviver no meio externo
por até 180 dias; Principalmente água doce e
solo úmido; Ampla variedade de animais
suscetíveis podem hospedar o microrganismo
• Alta incidência em aglomerados
urbanos. Infra-estrutura sanitária FORMA ANICTÉRICA
inadequada. Infestação de roedores. • Período de incubação: 3 a 14 dias
Estações chuvosas e inundações • Evolução geralmente bifásica
• Coeficiente de incidência média anual: (gravidade variável)
1,9/100.000 habitantes Fase de leptospirosemia: 3 a 7d. Febre,
• A letalidade das formas graves varia de calafrios, cefaléia, mialgia, artralgia, náuseas
10 a 50% e vômitos, tosse seca ou produtiva, exantema
Outros reservatórios de importância são: macular ou maculo-papular.
caninos,suínos, bovinos, equinos, ovinos, Defervescência em lise: 1 a 2d. Fase Imune: 4
caprinos, animais silvestres a 30 d. Febre, meningismo, uveíte anterior
Os seres humanos são apenas e/ou posterior, paralisia de nervos cranianos.
hospedeiros acidentais e terminais dentro da Detecção de anticorpos específicos,
cadeia de transmissão. leptospirúria. Duração: 1 a 4 semanas
Infecção humana FORMA NICTÉRICA
Exposição direta ou indireta à urina de Evolução monofásica → Gravidade é elevada.
animais infectados. Penetração do Sintomas descritos anteriormente;
microrganismo em pele lesada ou mucosa da Maior intensidade + Icterícia rubínica
boca, narinas e olhos. Pele íntegra quando (coloração alaranjada)
imersa em água por longo tempo. Contato Sinais de Gravidade comuns: Insuficiência
com sangue, tecidos e órgãos de animais renal; Manifestações hemorrágicas
infectados. Ingestão de água e alimentos Duração: 3 a 4 sem
contaminados. Transmissão acidental em
laboratórios
SÍNDROME DE WEIL – forma
icterohemorrágica; Icterícia rubínica
(colestase); IRA (nefrite tubulointersticial)
Fatores de virulência: Fenômenos hemorrágicos: Devido a vasculite
Produção de endotoxinas (LPS): sistêmica, agravada pela plaquetopenia;
Sistema imune inato reconhece mal LPS da Petéquias e equimoses em pele e mucosa;
Leptospira; Toxinas hemolíticas; Hemorragia pulmonar; Hemorragia TGI
Superantígenos – causa ativação de células T. alta/baixa; Hematêmese, melena,
Adesinas. Hialuronidase enterorragia
Hospedeiro: Fatores genéticos – HLA DQ6 Comprometimento cardíaco: Miocardite;
(susceptibilidade). Liberação de citocinas. Alterações eletrocardiográficas
Imunocomplexos
Sara Germann - 212
Tríade de icterícia, insuficiência renal e Detecta os sorovares. O aumento de 4
hemorragias (pulmonar vezes ou mais nos títulos de anticorpos
confirma o diagnóstico. Alta sensibilidade.
Títulos maiores que 1:800
Teste de Elisa IgM - Detecção a partir do 7º dia
de doença. Permanece positivo por 1
a 2 meses
PERFIL LABORATORIAL → Hemograma:
anemia, leucocitose com desvio a esquerda,
Plaquetopenia; Transaminases normais ou
elevadas; Aumento bilirrubinas (direta); CPK
elevada; Aumento de uréia e creatinina;
Potássio sérico normal ou diminuído
Reduzida reabsorção de sódio (perda de
Hidratação vigorosa EV (SF 0,9% ou Ringer);
canais de sódio no epitélio tubular proximal),
Furosemida se disfunção renal oligúrica;
aumento do aporte distal, perda de potássio
Reposição de K+ se hipocalemia; Terapia renal
• TP alargado, fibrinogênio elevado
substitutiva, se necessário; Assistência
Urina rotina: Leucocitúria, proteinúria,
ventilatória, se necessário; Transfusão de
cilindrúria;
hemácias e plaquetas, se
Gasometria arterial: acidose metabólica e
necessário
hipoxemia
PREVENÇÃO → Controle de reservatórios;
DIAGNÓSTICO
Melhora de infra-estrutura; Educação em
Suspeição clínica e epidemiológica; saúde; EPI para profissionais expostos;
Antecedente de contato com ratos; Exposição Vacinação de animais
a enchentes ou animais; Icterícia rubínica;
Profilaxia: Doxiciclina 200mg VO 1x/semana;
Mialgia na panturrilha; Petéquias conjuntivais
Exposição de risco
Exames gerais → Bilirrubina direta muito
VACINA
elevada e TGO/TGP pouco elevadas/normal;
Animais: Imunogenicidade limitada a alguns
Uréia e creatinina elevadas com K+ baixo;
meses (2 doses/ano); Previne a doença e não
Plaquetopenia; Leucocitose com desvio à
o estado de portador
esquerda; Tempo de protrombina alargado
Humanos: Imunidade serovar-específica
EXAMES CONFIRMATÓRIOS
dificulta o desenvolvimento de vacinas para
Fase precoce → Leptospiras podem ser
humanos
visualizadas no sangue por meio de exame
direto, cultura em meios apropriados, PCR
Fase tardia → Leptospiras podem ser
encontradas na urina, cultivadas ou
inoculadas;
Métodos sorológicos: melhor alternativa
Reação de microaglutinação - padrão-ouro
Sara Germann - 212
SÍFILIS definida e regular, base endurecida e fundo
limpo, que surge no local de entrada da
bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino,
ânus, boca ou outros locais do tegumento),
sendo denominada “cancro duro”.
A lesão primaria é acompanhada de
linfadenopatia regional (que acomete
linfonodos localizados próximos ao cancro
duro).
Sua duração costuma variar muito, em
geral de três a oito semanas, e seu
Gestante não se usa doxiciclina pois a doxi desaparecimento independe de tratamento.
não proteje o bebe; Secundária: ocorre em média entre seis
semanas e seis meses após a cicatrização do
cancro
SINTOMAS GENERALIZADOS
Sintomas constitucionais – Pacientes com
sífilis secundária podem desenvolver
sintomas sistêmicos, incluindo febre, cefaléia,
mal-estar, anorexia, dor de garganta, mialgias
e perda de peso. Essas manifestações
Infecção bacteriana sistêmica, crônica, clínicas provavelmente refletem a rápida
curável e exclusiva do ser humano. resposta imunológica resultante da ampla
disseminação do T. pallidum .
Não tratada: evolui para estágios de gravidade
variada, podendo acometer diversos órgãos e Adenopatia – A maioria dos pacientes com
sistemas do corpo. sífilis secundária apresenta linfonodomegalia
com linfonodos palpáveis presentes nas
• Agente etiológico é o Treponema
regiões cervical posterior, axilar, inguinal e
pallidum.
femoral .O achado de linfonodos
Transmissão se dá principalmente por
epitrocleares é particularmente sugestivo do
contato sexual e vertical. A maioria das
diagnóstico.
pessoas com sífilis são assintomáticas.
lesões de pele: mais comuns. Inicialmente,
Tendência ascendente na sífilis tardia
apresenta-se uma erupção macular
(incluindo a sífilis latente tardia)
eritematosa pouco visível (roséola),
Transmissibilidade da sífilis maior nos
principalmente no tronco e raiz dos membros.
estágios iniciais da doença (sífilis primária e
Nessa fase, são comuns as placas em
secundária), diminuindo gradualmente com o
mucosas, assim como lesões acinzentadas e
passar do tempo (sífilis latente recente ou
pouco visíveis nas mucosas.
tardia).
Habitualmente, acometem a região plantar
Cabe ressaltar que, no primeiro ano de
e palmar, com um colarinho de escamação
latência, 25% dos pacientes apresentam
característico, em geral não pruriginoso.
recrudescimento do secundarismo e,
A sintomatologia desaparece em algumas
portanto, pode haver a transmissão. Essa
semanas, independentemente de tratamento,
maior transmissibilidade explica-se pela
trazendo a falsa impressão de cura. Manchas
riqueza de treponemas nas lesões, comuns na
sifílicas nas mucosas. Alopecia por “comido
sífilis primaria (cancro duro) e secundaria
por traças”
(lesões muco-cutâneas e condiloma).
Sífilis Latente
Patogenia
Período em que não se observa nenhum
Incubação: dez a 90 dias (media de três
sinal ou sintoma. O diagnóstico faz-se
semanas). Úlcera rica em treponemas,
exclusivamente pela reatividade dos testes
geralmente única e indolor, com borda bem
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treponêmicos e não treponêmicos. A maioria • As manifestações mais comuns
dos diagnósticos ocorre nesse estágio. A incluem:
sífilis latente e dividida em latente recente (até • Sífilis cardiovascular (especialmente
um ano de infecção) e latente tardia (mais de aortite)
um ano de infecção). Aproximadamente 25% • Sífilis gomosa (lesões nodulares
dos pacientes não tratados intercalam lesões granulomatosas que são raras, podem
de secundarismo com períodos de latência. ocorrer em uma variedade de órgãos,
Latente precoce — um paciente geralmente pele e ossos)
assintomático apresenta evidência sorológica • Envolvimento do SNC (particularmente
de infecção por T. pallidum adquirida nos paresia geral e tabes dorsalis)
últimos 12 meses. A evidência sorológica de Transmissão
infecção inclui o seguinte: • Sífilis latente tardia não são
• Pacientes sem diagnóstico anterior de considerados infecciosos para seus
sífilis que apresentam um teste não contatos sexuais recentes, pois não
treponêmico reativo e um teste apresentam lesões que possam
treponêmico reativo. transmitir a doença.
• Pacientes com história prévia de sífilis • Sífilis latente precoce podem ter
que têm um título de teste não transmitido T. pallidum a seus
treponêmico atual que demonstra um parceiros sexuais por meio de lesões
aumento de quatro vezes ou mais em que estavam ativas recentemente, mas
relação ao último título de teste não não estão mais presentes ou não foram
treponêmico. visualizadas.
• Uma pessoa é considerada infectada • As mulheres grávidas com sífilis latente
nos 12 meses anteriores se seu único podem transmitir T. pallidum ao feto por
contato sexual ocorreu nos últimos 12 até quatro anos após a aquisição.
meses (ou seja, estreia sexual) ou pode Terciária
demonstrar: • Pacientes com sífilis tardia que
• Soroconversão documentada ou apresentam manifestações
aumento de quatro vezes ou mais no sintomáticas envolvendo o sistema
título de um teste não treponêmico cardiovascular ou doença gomosa
durante os 12 meses anteriores (doença granulomatosa da pele e
• História de sintomas consistentes com tecidos subcutâneos, ossos ou
sífilis primária ou secundária durante os vísceras).
12 meses anteriores • Lesões são pobres em treponemas -
• História de exposição sexual a um diversos órgãos e tecidos.
parceiro nos últimos 12 meses que teve • A inflamação causada pela sífilis nesse
sífilis primária, secundária ou latente estágio provoca destruição tecidual.
precoce • lesões cutâneo-mucosas: apresentam-
• Sífilis tardia – não há evidência de se como tubérculos ou gomas;
que a doença foi adquirida nos últimos • apresentações neurológicas : tabes
12 meses (ou seja, ausência dos dorsalis e demência;
critérios acima para infecção nos 12 • doença cardiovascular: aneurisma
meses anteriores). aórtico;
• Aproximadamente 25 a 40% dos manifestações ósseas e articulares:
pacientes com sífilis não tratada podem periostite, osteíte gomosa ou esclerosante,
desenvolver a doença tardiamente. Os artrites, sinovites, nódulos justa-articulares,
eventos clínicos podem aparecer a artropatia de Charcot
qualquer momento de 1 a 30 anos após
a infecção primária .
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• Algumas pessoas que são tratadas
durante a sífilis primária podem se
tornar soronegativas após dois a três
anos .
• Testes não treponêmicos:
• Esses testes detectam anticorpos
anticardiolipina não específicos para os
Métodos diagnósticos antígenos do T. pallidum. Permitem
• correlação entre dados clínicos, uma analise qualitativa e quantitativa.
resultados de testes laboratoriais, • Utilizados para o diagnóstico (como
histórico de infecções passadas e primeiro teste ou teste complementar)
investigação de exposição recente. e também para o monitoramento da
Apenas o conjunto de todas essas resposta ao tratamento e controle de
informações permitira a correta cura.
avaliação. • Os testes falso-positivos : gestantes,
• Duas categorias de exames doença febril aguda (endocardite,
laboratoriais: riquétsias) ou imunização recente.
exames diretos e testes imunológicos
Testes imunológicos
• Mais utilizados na pratica clinica.
• Caracterizam-se pela realização de
pesquisa de anticorpos em amostras
de sangue total, soro ou plasma.
• Treponêmicos e os não
treponêmicos.
• Testes treponêmicos: são testes que
detectam anticorpos específicos
produzidos contra os antígenos de T.
pallidum. O diagnóstico de neurossífilis continua a ser
• São os primeiros a se tornarem um desafio, pois não ha teste padrão ouro.
reagentes, podendo ser utilizados Consequentemente, o diagnostico é baseado
como primeiro teste ou teste em uma combinação de achados
complementar. clínicos, alterações do LCR e resultado do
• Em 85% dos casos, permanecem VDRL no LCR.
reagentes por toda vida, mesmo após o
tratamento e, por isso, não são
indicados para o monitoramento da
resposta ao tratamento.
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imunossupressão avançada (por
exemplo, pacientes com AIDS) e
acredita-se que reflita a falha das
células B durante o estágio avançado
da infecção pelo HIV.
• Durante a história natural da sífilis, um
teste não treponêmico positivo pode
se tornar não-reativo ao longo do
tempo, mesmo na ausência de
tratamento; no entanto, isso
VDRL negativo: precoce demais
geralmente evolui ao longo de muitos
• pacientes com sinais e sintomas
anos. Se houver suspeita de tal
clínicos de sífilis precoce (por exemplo,
situação, a triagem com o teste
úlcera, erupção cutânea) podem ter um
treponêmico pode ser útil, pois é mais
resultado de teste falso-negativo (
provável que esses testes
VDRL) . Para esses pacientes, um
permaneçam positivos por toda a vida.
teste falso-negativo é tipicamente o
Tratamento : Penicilina é preferencial
resultado de testes antes da formação
de anticorpos ou secundário a um
efeito prozona. Um teste falso-negativo
também pode ser observado naqueles
que receberam terapia empírica
precoce (por exemplo, contatos
sexuais de pacientes com sífilis
confirmada).
• VDRL negativo Reação à
prozona — A segunda causa
principal de um teste não treponêmico
falso-negativo é a "reação à Se um paciente assintomático com suspeita
prozona". Quando os títulos de de sífilis latente foi previamente tratado para
anticorpos são altos (como sífilis, mas o recebimento de um regime de
frequentemente observado na sífilis tratamento adequado não pode ser verificado,
secundária), uma superabundância de o regime completo de três doses de penicilina
anticorpos interfere na agregação dos recomendado para sífilis latente tardia deve
complexos antígeno-anticorpo. Assim, ser administrado
uma reação de prozona refere-se à
incapacidade de visualizar a
aglutinação, que normalmente ocorre
quando o antígeno e o anticorpo se
unem para formar um complexo. Esse
fenômeno ocorre em menos de 2% das
amostras de pacientes com sífilis e
geralmente está associado à gravidez,
co-infecção por HIV e neurossífilis.
• Teste não treponêmico negativo na
sífilis tardia — Em raras ocasiões, os
pacientes podem apresentar teste não
treponêmico negativo na presença de
sífilis ativa. Isso geralmente é
observado em pacientes com
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• Todas as parcerias devem ser
testadas. Quando o teste de sífilis for
reagente, recomenda-se tratamento de
Se o título diagnóstico for baixo (por exemplo, sífilis adquirida no adulto, de acordo
1:4), é comum que a taxa de declínio seja com o estágio clinico.
mais lenta do que se o título diagnóstico for
alto (por exemplo, 1:128). SÍFILIS CONGÊNITA E CRIANÇA EXPOSTA
A SÍFILIS
• A OMS estima que a ocorrência de
sífilis complique um milhão de
gestações por ano em todo o mundo
(WHO, 2014), levando a mais de 300
mil mortes fetais e neonatais e
colocando em risco de morte prematura
mais de 200 mil crianças.
Cicatriz sorológica
• No Brasil, nos últimos cinco anos, foi
A persistência de resultados reagentes em
observado um aumento constante no
testes não treponêmicos após o tratamento
número de casos de sífilis em
adequado e com queda previa da titulação em
gestantes, sífilis congênita e sífilis
pelo menos duas diluições ,quando
adquirida.
descartada nova exposição de risco durante o
período analisado, é chamada de“cicatriz • A sífilis congênita (SC) é o resultado da
sorologica” (serofast) e não caracteriza falha transmissão da espiroqueta do
terapêutica Treponema pallidum da corrente
sanguínea da gestante infectada para o
Critérios de retratamento de sífilis:
concepto por via transplacentária ou,
reativação ou reinfecção
ocasionalmente, por contato direto com
a lesão no momento do parto
(transmissão vertical)
• As manifestações clínicas da sífilis não
são afetadas pelo estado gravídico.
• O diagnóstico da sífilis deve ser
realizado utilizando testes
treponêmicos e não treponêmicos,
Parceira sexual preferencialmente iniciando-se a
• Um terço das parcerias sexuais de investigação com o teste treponêmico
pessoas com sífilis recente (teste rápido).
desenvolverão a infecção dentro de 30 • Em relação à parceria sexual da
dias da exposição. gestante com sífilis, tem se observado
• Portanto, além da avaliação clinica e do baixo percentual de tratamento
seguimento laboratorial, se houve prescrito nos três últimos anos.
exposição a pessoa com sífilis (até os • A benzilpenicilina benzatina é o único
90 dias anteriores), recomenda-se medicamento que evita a sífilis
oferta de tratamento presuntivo a esses congênita, pois atravessa a barreira
parceiros sexuais (independentemente transplacentária e trata o feto
do estagio clinico ou de sinais e intraútero.
sintomas), com dose única de
benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões,
UI, IM (1,2 milhão de UI em cada
glúteo).