Controle de Riscos e Sinistros
Controle de Riscos e Sinistros
Controle de Riscos e Sinistros
Coordenação de
Ensino Instituto IPB
CONTROLE DE RISCOS E
SINISTROS
SUMÁRIO
História do fogo
Fonte: http://pre-hist0ry.blogspot.com/2012/04/como-ocorreu-descoberta-do-fogo.html
Fonte:http://contandoerecontandohistoria.blogspot.com/2011/09/novidades-sobre-descoberta-do-fogo.html
Fonte: http://www.riscos-fogosflorestais.com/analise-e-investigacao-de-incendios
O que é o fogo?
Combustível
Comburente
Reação em cadeia
Ponto de fulgor
Ponto de combustão
Temperatura de ignição
Propagação do fogo
Convecção
Radiação
Fases do fogo
Fase inicial
Queima livre
Aqui vamos notar a diferença da fase anterior, pois agora o ar aquecido sobe
e vai para fora do ambiente. O ar fresco passa pelas aberturas dos pontos mais
baixos, como vãos das portas, e os gases aquecidos se espalham, preenchem o
local forçando o ar frio, de cima para baixo, a ficar próximo ao chão.
Repare que cada fase tem sua característica própria. Percebendo as diferen-
ças de uma fase para outra você entenderá, mais facilmente.
Flashover
Figura: Flashover
Fonte: http://www.local1259iaff.org/flashover.html
Queima lenta
Nesse tipo de queima o oxigênio continua a ser consumido pelo fogo, mas as
chamas podem se apagar se o ar for pouco. O calor da queima livre, como
permanece, o fogo se reduz a brasas, a fumaça torna-se densa ocupando todo o
ambiente e há expansão dos gases.
A pressão dentro do ambiente que está pegando fogo é maior que a externa e
isso provoca a saída dos gases por todos os espaços. Esses gases saem em forma
de rajadas de vento e podem ser vistos no ambiente que está incendiando.
Backdraft
Figura: Backdraft
Fonte: https://www.thechristianmail.com/god-is-preparing-a-spiritual-backdraft-for-the-ekklesia/
Além do que dissemos acima sobre a fumaça vamos lhe apresentar outros
indícios de backdraft:
a) fumaça escura, densa, mudando entre as cores cinza e amarelo, sai do
local em forma de rajadas de vento;
b) calor em alta temperatura (fato fácil de perceber, pois a temperatura da
porta também fica alta);
c) chamas pequenas ou sem chamas;
d) vidros das janelas com resíduos de fumaça;
e) pouco ruído no ambiente;
f) o ar se movimenta para dentro do local quando ocorre qualquer abertura
como uma pequena fresta, chegando a assobiar às vezes.
Extinção química
O método de extinção química tem como objetivo interromper a reação em
cadeia. Para isso, devemos lançar determinados agentes extintores sob o fogo, que
quando em contato com calor, têm suas moléculas dissociadas em átomos e
radicais livres. Estes átomos e radicais livres se combinam com a mistura inflamável
(resultante dos gases combustíveis com o oxigênio) e a tornam não inflamável,
interrompendo assim a reação em cadeia (BRENTANO, 2005).
Conforme vemos na figura abaixo, a extinção química neutraliza o elemento
reação em cadeia do tetraedro do fogo.
Classes de incêndio
Classe A
Classe B
Classe C
De acordo com Camillo Júnior (2008), o primeiro passo a ser dado, quando da
ocorrência de um incêndio classe C, é desligar o quadro de força. Assim, o incêndio
deixa de ser classe C e passa a ser classe A, não mais oferecendo risco de
descarga elétrica à pessoa que o está combatendo. Entretanto, é importante que
não se faça o corte de energia elétrica de todo o prédio, mas apenas do andar ou da
sala onde está ocorrendo o incêndio. O desligamento da corrente elétrica de todo o
prédio faz parar os elevadores (frequentemente com pessoas dentro) e deixa tudo às
escuras, dificultando o abandono da área. Então, o corte de energia elétrica deve ser
feito progressivamente, conforme a necessidade.
Classe D
Agentes extintores
Água
De acordo com Camillo Júnior (2008), a água, utilizada como agente extintor,
atua pelos métodos de resfriamento e/ou abafamento, conforme o seu estado físico
(líquido ou gasoso). No estado líquido, a água é empregada na forma de jato
compacto, chuveiro ou neblina, e no estado gasoso, ela é aplicada na forma de
vapor. Quando utilizada na forma de jato compacto e chuveiro, sua ação se dá,
exclusivamente, por resfriamento, já na forma de neblina, ela age tanto por
resfriamento quanto por abafamento. Por fim, na forma de vapor, ela atua,
unicamente, por abafamento.
Em virtude da sua alta capacidade de resfriamento e umidificação, este
agente é utilizado na extinção de incêndios classe A.
Lembre-se de que a água é condutora de eletricidade, logo este agente nunca
deve ser empregado na extinção de incêndios classe C, porque põe em risco a vida
da pessoa que opera o equipamento de incêndio, que pode receber uma descarga
elétrica.
Pós-químicos secos
Gases inertes
Os gases inertes mais comuns na composição dos agentes extintores são: o
gás carbônico, o nitrogênio e o argônio. O gás carbônico (CO2), também conhecido
por dióxido de carbono ou anidrido carbônico é, dentre os gases inertes, o mais
utilizado, pois além de ser mais barato é um dos mais efetivos. O argônio e o
nitrogênio, apesar de mais caros, são bastante empregados, principalmente na
composição do gás Inergen que é outro exemplo de agente extintor (BRENTANO,
2005).
O gás Inergen contém em sua composição apenas gases que se encontram
naturalmente na atmosfera, como o nitrogênio (52%), o argônio (40%) e o dióxido de
carbono (8%). Logo, ele não contribui para o aquecimento da atmosfera (efeito
estufa) e não apresenta risco para a camada de ozônio.
Agentes especiais
Extintores de incêndio I
Tipos e utilização
Você sabia que o extintor tem o nome do agente que está em seu interior?
Por exemplo, no extintor de pó químico, o agente pode ser bicarbonato de sódio,
sulfato de alumínio ou outro tipo de pó.
Agora vamos conhecer os tipos de extintores.
Extintores de incêndio II
Baixo 2–A 25
Médio 3–A 20
Alto 4–A 15
Até aqui, tudo bem? Então, vamos para o próximo passo que é apagar o fogo.
Aponte o jato para a base do fogo até formar uma camada de espuma que cubra a
base das chamas. Se conseguir, ande em volta do foco do fogo mantendo o jato
direcionado para a base. Assim, você terá uma cobertura de espuma maior
(BRENTANO, 2010).
Extintor de pó químico
O extintor de água pressurizada segue o mesmo princípio dos que vimos até
aqui. Lembre-se de que o primeiro passo é identificar o equipamento, isto é, saber
para qual classe de incêndio pode ser utilizado.
Dirija o jato d’água para a base do fogo com movimentos horizontais em
forma de ziguezague ou ao redor do fogo (BRENTANO, 2010).
Hidrantes
Definição de hidrantes
Hidrante subterrâneo
Como você deve ter percebido pelo nome, esse tipo de hidrante fica abaixo
do nível do solo, isto é, enterrado. Uma parte desse equipamento fica dentro de uma
caixa de alvenaria, também enterrada e coberta por uma tampa metálica. Essa parte
no interior da caixa é o dispositivo onde se conecta a mangueira.
A figura abaixo mostra um hidrante subterrâneo e suas partes componentes.
Hidrante de coluna
Hidrante de parede
Sistema de hidrantes
Sistema de mangotinhos
Mangueiras de hidrantes I
As mangueiras
Você sabia que o nylon é o material mais usado hoje como acabamento
externo das mangueiras de hidrantes? Isso porque ele resiste mais à umidade em
relação à fibra natural.
Figura: Mangueiras
Fonte: http://zonaderisco.blogspot.com.br/
Mangueiras de hidrantes II
Mangotinhos
Detectores de incêndio
Detectores automáticos
Esse primeiro tipo de detector deve ser instalado, de acordo com Brentano
(2010), em edificações nas quais seus ocupantes não têm como notar, rapidamente,
um princípio de incêndio ou onde há um grande número de pessoas a serem
retiradas: um hospital, uma escola, um hotel, por exemplo.
Devemos prestar muita atenção ao local determinado para instalação de um
detector. Geralmente, estão no teto porque é onde se concentra o ar quente.
Você sabia que esse detector é o mais antigo de todos? Se você estiver em
um ambiente em que haja um aumento de temperatura acima do normal, esse
detector vai acionar.
Tal qual o detector automático, o detector térmico deve ser colocado no teto
(BRENTANO, 2010).
Detectores de fumaça
Detectores de gás
Detectores de chama
Além desse nome, ele também é conhecido por detector óptico. Deve ser
instalado em locais onde as chamas são a primeira consequência do início do fogo.
E como aponta Brentano (2010), os detectores de chama ou ópticos reagem aos
raios ultravioletas e infravermelhos.
Alarmes manuais
Antes de tudo, devemos saber que esse tipo de alarme pode ser formado por
um conjunto composto de avisadores manuais, conforme Camillo Junior (2008),
localizados em pontos estratégicos. Eles podem ser do tipo quebra-vidro com
campainha e quando acionados disparam um sinal luminoso e sonoro.
Para funcionarem, os alarmes dependem da ação humana (BRENTANO,
2010). Para tanto, precisam ser instalados em locais visíveis e de acesso fácil. Eles
seguem as recomendações da NBR 17.240/2010. As instruções de funcionamento
vêm na própria caixa do alarme e são de fácil e simples entendimento.
Ampola de vidro
Quando ocorre um foco de incêndio, o calor do fogo sobe até o teto, onde
estão localizados os sprinklers. No momento em que o ar aquecido atinge a
temperatura de acionamento do sprinkler, o líquido do interior da ampola se dilata e
quebra o vidro, liberando a água do encanamento sob a forma de ducha.
No instante em que água começa a sair do sprinkler, a bomba da rede de
água entra em funcionamento e aciona, automaticamente, o alarme de incêndio
(BRENTANO, 2010).
Temperaturas de acionamento
Iluminação de emergência
Sinalização de segurança
Características da sinalização
E as cores de fundo que servem para contrastar com as cores das imagens
ou símbolos podem ser as que seguem:
• Cor branca – proibição, orientação e salvamento.
• Cor amarela – alerta.
Saídas de emergência
Escadas enclausuradas
Agora, vamos falar sobre porta resistente ao fogo. Essa porta é formada por
uma folha de madeira maciça ou em compensado maciço. Sua resistência ao fogo é
de trinta minutos. Deve ter espessura de 35 mm e nas duas faces é pintada com
tinta ou verniz ignífugo.
É muito importante que essas portas abram com um único movimento rápido
e num ângulo mínimo de 90o com um vão livre de 80 cm. As maçanetas devem ser
como alavancas e de fácil manuseio.
As portas resistentes ao fogo são usadas nos acessos e descargas de caixas
de escadas enclausuradas protegidas, e nos acessos de unidades autônomas, como
apartamentos e escritórios.
As portas corta-fogo e resistentes ao fogo são denominadas pela letra “P”
mais um número. Esse número significa qual o tempo de resistência mínima ao fogo.
Exemplo: P-60 resiste no mínimo 60 minutos à ação do fogo.
Manutenção
Plano de emergência
Independentemente do local em que estejamos saber onde se localizam os
extintores de incêndio, as saídas de emergência e conhecer as placas de
sinalização pode salvar vidas.
Vamos, então, definir plano de emergência de acordo com a NBR
15219/2005. Plano de emergência contra incêndio trata do planejamento prévio de
reconhecimento dos espaços, dos elementos construtivos da edificação e dos
equipamentos e sistemas de combate a incêndio, com o objetivo de facilitar as ações
que devem ser tomadas pelas equipes de emergência em caso de incêndio.
Quando se fala em plano de emergência, imediatamente, lembramos-nos da rota de
fuga que, segundo a NBR 15219/2005, define-se como caminhos e saídas
devidamente sinalizados e desobstruídos dotados de proteção contra incêndio, a
serem percorridos pelas pessoas para um rápido e seguro abandono de qualquer
local da planta até o ponto de encontro, previamente, determinado pelo plano de
emergência contra incêndio.
Para que, em uma situação de emergência, tudo corra bem, é necessário
elaborar um plano entre os ocupantes do local, brigada de incêndios e o Corpo de
Bombeiros. Se todos agirem como uma equipe, fica mais fácil manter a calma e sair.
Assim, o combate ao incêndio, também é mais seguro e eficiente.
Faz parte do plano de emergência, lembrar que o melhor é descer. Para isso,
os corredores, as escadas, as rampas e qualquer outra rota que leve à saída devem
estar sempre muito bem sinalizadas e sem impedimento nenhum para a passagem
das pessoas.
Devemos ter em mente, no momento em que elaboramos o plano de
intervenção, a segurança de todos e de tudo. É preciso pensar nas pessoas, nas
construções vizinhas e nos que prestam socorro evitando que o fogo se propague.
• Local da edificação;
• Material construtivo, exemplo: alvenaria, madeira etc;
• Ocupação, exemplo: indústria, comércio, residência etc;
• População, exemplo: morador local ou não etc;
• Funcionamento, exemplo: horário, turno de trabalho etc;
• Pessoas portadoras de deficiências;
• Brigada de incêndio ou grupos de apoio
• Equipamento de combate.
Procedimento de abandono
Brigadas de incêndio I
Para haver uma segurança contra incêndios eficiente, é preciso observar três
aspectos:
1. Seleção e instalação correta de equipamentos: deve ser realizada de
acordo com o risco da edificação, sua utilização, área e número de ocupantes.
2. Manutenção adequada dos equipamentos: de nada adianta termos
sistemas de prevenção a incêndios devidamente projetados para uma edificação, se
eles não estiverem em perfeito funcionamento e prontos para o seu uso imediato.
3. Pessoal treinado: equipamentos instalados e manutenção adequada
serão insignificantes se não possuirmos pessoal treinado para operacionalizá-los de
forma rápida e eficiente (CAMILLO JUNIOR, 2008).
Assim, podemos perceber o quão importante é formar e treinar as brigadas de
combate a incêndios, pois é impossível que os corpos de bombeiros profissionais
estejam presentes em todos os locais, como empresas, comércios e indústrias. A
legislação atual determina a existência de grupos treinados para o combate a
incêndios, abandono de local e situações de emergência (CAMILLO JUNIOR, 2008).
Tipos de brigadas
Brigadas de abandono
Como você já pôde imaginar uma das maiores preocupações durante uma
situação de emergência é retirar as pessoas do local sinistrado e alocá-las em um
local seguro, de maneira rápida e sem conflitos. Esse procedimento é chamado de
abandono do local e deve seguir algumas normas.
Nas empresas, as situações de abandono são denominadas coordenadas,
pois uma brigada é treinada para agir de acordo com um plano predeterminado
(plano de abandono), e cada um de seus membros possui uma função específica no
momento da evacuação do local. Então, o abandono é coordenado, pois as pessoas
que trabalham nas edificações são treinadas para saber o que fazer nas situações
de emergência (CAMILLO JUNIOR, 2008).
Brigadas de incêndio
Brigadas de incêndio II
Curso de formação
Composição da brigada
O GLP é um gás volátil e queima muito facilmente, por isso você deve ter
bastante cuidado ao lidar com ele. É mais pesado que o ar, portanto quando há
vazamento sua concentração se dá nos lugares baixos, onde a ventilação é
naturalmente mais difícil (CAMILLO JUNIOR, 2008). Por esse motivo o gás fica
acumulado e se mistura com o ar ficando suscetível à explosão ou a incêndio,
dependendo da concentração.
Os que correm risco de explodir são os liquinhos. São aqueles botijões com
capacidade de 2 kg e que não possuem válvula de segurança. Qualquer contato
com uma fonte de calor pode acabar gerando uma transmissão de calor indesejada,
causando a explosão. Outro detalhe que pode estar despertando sua curiosidade é
sobre as mortes que ocorrem por vazamento de gás de aquecedores, das quais
você, certamente, já ouviu falar. Mas, a causa não é o GLP e sim o monóxido de
carbono (CO), o mesmo liberado pelos escapes dos veículos, resultado da queima
incompleta da matéria orgânica dos aquecedores de água a gás.
Vazamento
O vazamento é mais perigoso devido aos riscos que oferece apesar do fogo
ser mais destruidor. Primeiro, sentimos o cheiro de gás, que você já sabe que é
causado por uma substância química. Apesar da vontade de sair o mais rápido
possível do local, não há necessidade, pois esse gás não é venenoso. Não acenda
as luzes, fósforos, isqueiros e abra todas as janelas para que o ar entre.
Feche os registros do fogão ou botijão.
Central de GLP
Legislações
Trabalhos a quente
Referências