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Anamachita Guilherme Chicuamba

Lídia Coriana Aly


Manana De Azevedo Canda
Marcia Atanasio Mondlane
Nelson Maló Júnior
Sónia Maria Dos Santos Zucula
Tricha Mahumana

Movimento Sindical

Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos

Universidade Pedagógica de Maputo

Faculdade de Economia e Gestão

Maputo, 2023
Anamachita Guilherme Chicuamba
Lídia Coriana Aly
Manana De Azevedo Canda
Marcia Atanasio Mondlane
Nelson Maló Júnior
Sónia Maria Dos Santos Zucula
Tricha Mahumana

Movimento Sindical

Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos

Trabalho de pesquisa a ser


apresentado na disciplina de
Relações Laborais, na
Faculdade de Economia e
Gestão, para avaliação parcial
em GRH
Docente: Arlindo Ricardo
Muando

Universidade Pedagógica de Maputo


Faculdade de Economia e Gestão
Maputo, 2023
Índice

1. Introdução.................................................................................................................................1

1.1. Objectivo Geral.................................................................................................................2

1.2. Objectivos Específicos......................................................................................................2

1.3. Metodologia......................................................................................................................2

2. Revisão Literatura....................................................................................................................3

2.2. História de movimento sindical no mundo.......................................................................3

2.2.1. História de Moçambique Pós- Independência...............................................................5

2.2.2. Movimento Sindical em Moçambique.......................................................................6

2.2.3. Desafios enfrentados pelo Movimento Sindical............................................................8

2.3. Principio de liberdade Sindical.........................................................................................8

2.4. Instrumentos de regulamentação colectiva.......................................................................9

2.5. Competências e composição do comité sindical.............................................................10

2.6. Adesão à organização sindical........................................................................................10

2.7. Tipos de sindicatos em Moçambique..............................................................................11

2.6. Exemplos de Sindicatos existentes em Moçambique.........................................................12

3. Conclusão...............................................................................................................................13

4. Referências Bibliográficas.....................................................................................................14

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Lista de abreviaturas

OTM – Organização dos Trabalhadores Moçambicanos

SINTIHOTS – Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Indústria Hoteleira, Turismo e Similares

SINTRAT – Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviarios Assistência

SINTRAVESP – Sindicato dos trabalhadores em sistemas electricos de Segurança.

SINTAF – Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Agricultura e Florestas.

SINTIQUIAF – Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Indústria Química, Borracha, Papel e


Gráfica

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1. Introdução
O presente trabalho visa abordar sobre o movimento sindical, desenvolvido por meio de uma
pesquisa bibliografica com o objectivo de avalição parcial em Gestão de Recursos Humanos.

Em periodos capitalistas o empregado não possuia direitos como os tem na actualidade, pelo que
houve uma revolução industrial inicial para que surgisse um movimento que podesse proteger
tanto o trabalhador quanto o empregador (Movimento Sindical), no desenvolver desta pesquisa
foi possivel debrucar sobre História de movimento sindical no mundo e em Moçambique,
Principio de liberdade sindical, Instrumentos de regulamentação colectiva, Competências do
comité sindical, Composição do comité sindical e Adesão à organização sindical e tipos de
sindicatos em Moçambique.

Contudo foi possivel verificar os direitos que o empregado possui de se afiliar a um movimento
sindical e de defender os seus direitos no trabalho.

1
1.1. Objectivo Geral

 Explicar sobre o movimento sindical no mundo e em Moçambique;

1.2. Objectivos Específicos

 Demonstrar a historia do sindicalimo no mundo e em Moçambique, e o principio de


Liberdade;

 Identificar os Instrumentos de regulamentação colectiva e as Competências do comité


sindical;

 Descrever a Composição do comité sindical e Adesão à organização sindical e tipos de


sindicatos em Moçambique.

1.3. Metodologia

Neste corrente trabalho usar-se-ao variáveis de estudo do tipo qualitativa, dessa forma, Marconi
e Lakatos (2010) explicam que a abordagem qualitativa se trata de uma pesquisa que tem como
premissa, analisar e interpretar aspectos mais profundos, descrevendo a complexidade do
comportamento humanos, e ainda fornecendo análises mais detalhadas sobre as instigações,
atitudes e tendências. Como método será usada a pesquisa Bibliográfica que para Gil (2002
pg.44), pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído
principalmente de livros e artigos científicos.

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2. Revisão Literatura

2.1. Movimento Sindical

O movimento sindical ou sindicalismo é um movimento existente em todo o mundo e que propõe


o fortalecimento dos sindicatos, para assim, fortalecer também a luta da classe trabalhadora e a
defesa por direitos básicos ligados às relações estabelecidas no mundo do trabalho e,
principalmente, entre empregadores e funcionários.

Por outras, Sindicalismo é o movimento e o sistema que permite a representação dos operários
através de uma instituição conhecida como sindicato (organização que reúne os trabalhadores
para a defesa dos seus interesses).

Um sindicato é uma união ou associação de pessoas que se organizam diante de uma entidade
para representar os trabalhadores.

2.2. História de movimento sindical no mundo

O movimento sindical está umbilicalmente ligado ao surgimento do próprio Direito de Trabalho.


Partindo da origem histórica do Direito do Trabalho, a partir da segunda metade do Séc. XVIII, a
doutrina associa a esta a evolução histórica da liberdade sindical. A liberdade sindical, tal como é
conhecida hoje, foi bastante influenciada por factos históricos ocorridos na França (a Revolução
Francesa de 1789, a loi Le Chapelier de 1791).

Segundo (Nelson NHACUONGUE, 2018), a revolução industrial e suas consequências fizeram


surgir muitos problemas sociais, o que fez nascer movimentos de reivindicação da classe
operária contra a injustiça social. É nesse contexto que, influenciada pelas ideias marxistas e
doutrina social da igreja, a classe operária francesa conquistou, com a chamada revolução social
de 1848, a possibilidade de reunir-se e depois, em 1884, com a lei Waldeck-Rousseau, a base
para a consagração do princípio da livre constituição das organizações sindicais.

Apesar de reconhecer que os fenómenos do associativismo ligados ao trabalho, que surgem como
reacção às péssimas condições de trabalho e de vida dos trabalhadores fabris da época, tenham
origem bastante remota, Palma Ramalho reconhece dignidade equiparável ao moderno
associativismo sindical aos movimentos surgidos após a Revolução Francesa porque, defende

3
ela, só a partir desta época se conjugaram os factores económicos e sócio-políticos que
viabilização a actual configuração destas associações. Segundo esta autora, do ponto de vista
económico, o associativismo laboral e, designadamente, o associativismo sindical, é viabilizado
por dois factores.

Por um lado, a massificação do trabalho subordinado fabril na Revolução Industrial que se veio
sobrepor ao trabalho artesanal e, por outro, o modelo de organização do trabalho nas fábricas,
caracterizado por ser muito rígido e compartimentado, conduziu à homogeneização do
proletariado, permitindo que a representação colectiva dos operários assumisse um perfil
classista, que se mantém hodiernamente.

Do ponto de vista sócio-político, o associativismo foi influenciado pela degradação das


condições de vida e de trabalho dos operários e pelo surgimento das ideologias marxistas e da
doutrina da igreja Católica na segunda metade do Séc. XIX, que lutavam contra o capitalismo
económico e o individualismo liberal. Do ponto de vista jurídico, o desenvolvimento das
associações passou por três fases: a fase da proibição, a fase da tolerância e a fase do
reconhecimento.

Neste momento, principalmente na Europa e especificamente na Inglaterra, a sociedade


capitalista se contituia de duas classes sociais, fundamentais e antogônicas:

 Fundamentais – Os capitalistas (Burgueses) que detem e sao donos dos meios de produção
como as fabricas, as maquinas e as matérias primas;

 Antagônicos – Os prolitarios (trabalhadores), a maioria da população que so possui a força


do trabalho que não detem nenhum meio de produção.

A venda da força ou trabalho dos prolitarios para os capitalistas se da a partir do pagamento de


salários que ao ser rebaixado passa a ser apenas o suficiente para a produção dos trabalhadores,
forcando-os a trabalhar cada vez mais.

Os trabalhadores não tinham os enumeros direitos trabalhistas que hoje possuímos. Foi
necessários para os trabalhadores a organização no sentido ou disporem de meio de resistência
contra a pressão pela baixa de salários.

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2.2.1. História de Moçambique Pós- Independência

A primeira fase da história de Moçambique é marcada pelo domínio colonial Português que
controlava o país como uma província ultramarina e estimulava a rivalidade entre tribos para
impedir o surgimento de qualquer sentimento nacionalista. Mesmo assim, existiam vários
movimentos que reclamavam a independência por meio de greves e manifestações.

Na década de 70, Portugal enfrentou um movimento nacionalista unificado, de resistência a


colonização, guiado pela Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique). Após uma guerra de
10 anos foi conquistada a independência de Moçambique, em 1975, na seqüência da Revolução
dos Cravos em Portugal.

Com o fim da colonização a Frelimo transformou-se em um partido político, de caráter


ideológico marxista-leninista, que objetivava restituir ao povo moçambicano os direitos que lhe
tinham sido negados pelas autoridades coloniais. Deste modo, o governo da Frelimo, traçou a
construção de uma economia socialista que procurou eliminar as estruturas de opressão e
exploração coloniais, construir uma economia independente e edificar uma democracia popular.

Para realizar essas transformações o governo interveio fortemente na economia, eliminando a


propriedade privada e nacionalizando os principais serviços (saúde, educação, habitação,
transportes, fábricas, etc). Essas medidas eram consideradas pelo governo de extrema
importância tanto por permitir o controlo direto do Estado das principais áreas econômicas e de
serviços como para promover o acesso amplo dos cidadãos aos mesmos.

Contudo, a independência e as nacionalizações ocasionaram o abandono do país de milhares de


cidadãos portugueses, em sua grande maioria proprietários de fábricas e comerciantes além de
profissionais qualificados.

De acordo com Hanlon (1984), esse êxodo provocou um grave problema econômico devido a
falta de preparo de grande parte dos trabalhadores Moçambicanos para gerenciar os seus locais
de trabalho. O êxodo dos portugueses provocou a paralisação de inúmeros comércios e fábricas
que ocasionou a perda de 10.000 postos de trabalho e, conseqüentemente gerou um rápido
declínio da economia (Egero, 1992).

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Diante deste cenário, o estado Moçambicano foi forçado a gerir desde uma pequena mercearia
até os estabelecimentos industriais de grandes proporções. Para isso organizou um sistema de
auto-gestão, na qual um comitê de produção constituído por trabalhadores gerenciava o
abandono das fábricas, assegurava a gestão das propriedades e prevenia as sabotagens dos
colonizadores aos equipamentos e edifícios das empresas. De acordo com Hanlon (1996)
inexistia qualquer separação entre os comitês de produção e o partido Frelimo, sendo este que se
encarregava da seleção dos membros. Essa relação intima dos comitês de trabalhadores com o
estado determinou significativamente o perfil do sindicalismo moçambicano e marca a sua ação
política até os dias atuais.

2.2.2. Movimento Sindical em Moçambique

Os Movimentos Sindicais surgem num contexto de transformações sociais, como instrumento na


mão da classe trabalhadora para fazer face à debilidade negocial que os operários encontravam
nas negociações contratuais de trabalho.

Segundo (Fernando RIBEIRO), o movimento sindical em Moçambique remonta do período


colonial. Em 1943 e 1944, constituíram-se o Sindicato Nacional dos Empregados do Comércio e
Indústria e o Sindicato Nacional dos Motoristas e Ferroviários de Moçambique. Todavia, a
génese dos sindicatos desta época era meramente corporativa, que consiste na característica da
constituição dos sindicatos por profissões, tal que, numa empresa poderia haver vários sindicatos
em função do número de profissões. Estes “sindicatos atuavam no sentido do enquadramento dos
trabalhadores brancos no sistema” e eram “estreitamente controlados pela administração
colonial”.

O estado no período do regime socialista considerava os sindicatos como um instrumento de


cooperação do Estado e da Frelimo. No bojo das reformas do ajuste estrutural o governo
converteu os conselhos de produção na Organização dos Trabalhadores Moçambicanos (OTM).
Os conselhos eram organizações de trabalhadores gerenciados pelos grupos dinamizadores.

A OTM era encarregada de elaborar os programas dos sindicatos, nomear os corpos diretivos. Já
as decisões sobre questões trabalhistas continuavam sendo unilateralmente pelo governo. Aos
representantes dos trabalhadores cabia a tarefa de receber e difundir as posições do governo.

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(Egero, 1992). Dessa forma, fica claro que a criação dos sindicatos não surge através de um
processo liderado pelos trabalhadores, mas como uma iniciativa estatal (Assis, 1997). Em
conseqüência, a ação dos sindicatos neste período apenas procurava colaborar com o Estado
socialista e nunca confrontá-lo.

Em 1990, a constituição moçambicana introduziu a democracia liberal, multipartidária, e


ampliou os direitos e liberdades sindicais. A nova conjuntura fez com que a OTM deixasse de ser
uma organização filiada á Frelimo, transformandose numa central sindical e, emergiu uma nova
central, embora pequena e composta por apenas tres sindicatos nacionais, a CONSILMO
(Confederação Nacional dos Sindicatos Livres de Moçambique). O atual número de
trabalhadores sindicalizados se situa em torno de 90.000.

Contudo, essa nova estrutura sindical moçambicana apresenta extrema dificuldade de enfrentar o
contexto neoliberal de insegurança no trabalho, pioras nas condições trabalhistas e altas taxas de
desemprego. A realidade é que no novo contexto político e econômico os sindicatos se
transformaram em órfãos do governo e do Estado, na qual a ação dos dirigentes sindicais é
ambígua, repartida entre o apoio as velhas alianças político-partidárias e a necessidade de
confrontar os patrões ou o próprio Estado. Essa incapacidade dos sindicatos em responder aos
problemas colocados com a liberalização é reveladora da dependência estatal existente no
período do regime socialista, que até o presente momento não foi superada. Assim as
organizações sindicais moçambicanas se encontram em uma verdadeira crise de identidade.

Além disso, os sindicatos enfrentam uma crise de legitimidade produto do distanciamento em


relação á base. O sintoma forte dessa crise é o fato dos trabalhadores decidirem organizar
determinadas ações à revelia dos organismos sindicais, como é o caso rotineiro no setor se
segurança privada e mais recentemente numa greve de trabalhadores de uma usina de açúcar.

As dificuldades dos sindicatos Moçambicanos também estão relacionadas com a natureza e


complexidade dos problemas. Por serem confrontados com situações de difícil compreensão e
sem instrumentos de controlar, como é o caso das reformas neoliberais. Para enfrentar estas
questões é necessário formular estratégias de luta e de mobilização social inovadoras, como a
democratização interna das organizações, articulação nacional e internacional, e envolvimento
em lutas sociais locais como a ampliação dos direitos a cidadania, etc.

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Além disso, os sindicatos de Moçambique precisam se libertar dos tentáculos do estado e
confrontar o governo quando necessário, como, por exemplo, para conquistar o reconhecimento
do sindicato dos servidores públicos. È fundamental as organizações sindicais de Moçambique
ampliarem suas atividades para abrangerem os setores trabalhistas mais relevantes que se
encontram na área rural e informal.

2.2.3. Desafios enfrentados pelo Movimento Sindical


O movimento Sindical em Moçambique tem enfrentado vários desafios, dos quais destacamos:

 A fraca sustentabilidade financeira ligado a um baixo nível de sindicalismo (estima-se


que menos de metade dos trabalhadores no sector formal são membros dos sindicatos);

 Comunicação interna deficiente e lenta;


 O fraco poder dos sindicatos nas negociações perante as empresas;
 A falta de acções concretas e visíveis para melhorar a imagem dos sindicatos na
sociedade geral; e
 A falta de estratégias para atrair jovens.

2.3. Principio de liberdade Sindical


O princípio de liberdade de associação na Lei do Trabalho, traduz-se de que aos trabalhadores e
empregadores é lhes assegurado, sem discriminação e sem qualquer autorização prévia, o direito
de se constituirem em organização de sua escolha e de se filiarem nelas para a defesa e promoção
dos seus direitos e interesses. Pelo que, a Lei do Trabalho concede a protecção da Liberdade
sindical (Art 142).

Segundo (Sérgio Pinto Martins), Liberdade sindical e o direito dos trabalhadores e empregadores
se organizarem e construirem livremente as associações que desejarem no número por eles
idealizados, sem que sofram qualquer interferência ou intervenção do estado, nem uns em
relação aos outros, visando a promoção de seus interesses ou dos grupos que irao representar.
Essa liberdade sindical tambem compreende o direito de ingressar e retirar-se dos sindicatos.

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 Liberdade Sindical Individual - Tem como titulares trabalhadores e empresas considerados
a partir de uma perspectiva da vontade individual.

 Liberdade Sindical Colectiva – Consiste num conjunto de actividades que compreendem


tanto o direito de fundação do sindicato como o exercicio da autonomia do proprio enti-
associativo, que nao se confunde com a vontade individual dos varios afiliados do
sindicato.

2.4. Instrumentos de regulamentação colectiva

Os instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho são uma fonte de direito específica do


contrato de trabalho em funções públicas.

Assim, as relações de trabalho constituídas por contrato são reguladas não apenas pela lei, mas
também pelos instrumentos de regulamentação colectiva que lhes sejam aplicáveis.

Os instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho negociais:

 Acordo colectivo de trabalho - é o convênio de caráter normativo pelo qual dois ou mais
sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições
que regerão as relações individuais de trabalho, no âmbito da respectiva representação.

 Acordo de adesão - é uma espécie de contrato celebrado entre duas partes, em que os
direitos, deveres e condições são estabelecidos pelo proponente, sem que o aderente
possa discutir ou modificar seu conteúdo ou que tem esse poder de forma bastante
limitada.

 Decisão de arbitragem voluntária - as partes, através de um acordo de vontades que se


denomina convenção de arbitragem, submetem a decisão do litígio que as opõe a árbitros
que, embora sendo pessoas independentes, imparciais e especialmente qualificadas, não
são magistrados.

Os não negociais são: Regulamento de extensão e a decisão de arbitragem necessária.

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2.5. Competências e composição do comité sindical

Segundo a Lei do Trabalho (Art 155, Nr 1), Na prossecução dos objectivos definidos no Art 139
da presente Lei, compete ao comité sindical, designadamente:

a) Representar os trabalhadores da empresa ou estabelecimento perante o empregador na


negociação e celebração de acordos de empresa, na discussao e solução dos problemas
socio-profissionais do seu local de trabalho;
b) Representar o Sindicato junto do empregador e dos trabalhadores da empresa ou
estabelecimento

De arcordo com a Lei de Trabalho (Art 155, Nr 2,3,4,5) o comité sindical é composto ou
constituido da seguinte forma:

 Os membros do comité sindical são eleitos em reunião dos trabalhadores membros do


respectivo sindicato, expressamente convocada para o efeito, de entre os trabalhadores
da empresa ou estabelecimento;

 O número de membros do comite sindical e a duração do seu mandato são determinados


pelos estatutos do respectivo sindicato;

 Os delegados sindicais têm as mesmas competências dos comités sindicais;

 O sindicato comunica ao empregador a idetificação dos membros do comité sindical


eleito.

2.6. Adesão à organização sindical

Todo trabalhador ou empregador têm o direito de se afiliar ou a aderir a um sindicato, Segundo a


Lei de Trabalho (Art 143, nr 1,2,3 Liberdade de adesão):

 E livre a adesão do trabalhador ou do empregador nos respectivos organismos


representativos, sendo proibida qualquer discriminação em virtude da falta de filiação;
 Na empresa so pode existir um único comité sindical;

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 Se os trabalhadores da empresa estiverem filiados em diferentes sindicatos, o comité
sindical deve ser constituído segundo critérios de representação proporcional, a regular
em instrumento de regulamentação colectiva de trabalho.

2.7. Tipos de sindicatos em Moçambique

A Confederação Nacional dos Sindicatos Independentes e Livres de Moçambique (CONSILMO)


é constituído por 4 sindicatos (SINTICIM, SINTIHOTS, SINTRAVESP e SINTRAT) que
representam os Ramos da Construção Civil, Madeiras, Minas, da Industria Hoteleira e Similares,
das empresas de Segurança Privada e dos Trabalhadores do ramo dos Transportes Rodoviário,
Assistência Técnica Similares, respectivamente.

 SINTICIM é uma associação sindical constituída pelos trabalhadores livremente filiados


nos Comités Sindicais das empresas pertencentes aos sectores da indústria de construção
civil, madeiras e minas.

 SINTIHOTS é uma associação sindical constituída pelos trabalhadores livremente filiados


nos Comités Sindicais das empresas pertencentes aos sectores de Indústria Hoteleira,
Turismo e Similares.

 SINTRAVESP – Sindicato dos trabalhadores em sistemas electricos de Segurança.

 SINTRAT é o Sindicato nacional dos trabalhadores dos transportes rodoviarios assistencia

2.6. Exemplos de Sindicatos existentes em Moçambique


1. Organização dos Trabalhadores de Moçambique - Central Sindical (OTM) A OTM-CS foi
criada no dia 13 de outubro de 1976 e transformada em central sindical em novembro de 1983. A
OTM é a maior e mais antiga organização sindical em Moçambique.

2. O SINTIQUIAF foi criado em 2007 através uma fusão dos dois sindicatos o Sindicato
Nacional dos Trabalhadores da Indústria Química, Borracha, Papel e Gráfica e o Sindicato

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Nacional dos Trabalhadores da Indústria Têxtil, Vestuário, Couro e Calçado. Tem cerca de 7.000
membros dum total de 13.000 trabalhadores nestes sectores. Neste momento a maioria dos
membros do SINTIQUIAF trabalham para pequenas empresas.

3. O SINTAF (Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Agricultura e Florestas) foi criado em


1987. Tem cerca de 33.000 associados (membros) dum total de 67.000 trabalhadores nestes
sectores.

Tabela 1: Trabalhadores nos sectores do SINTAF (2013)

Total % Mulheres
TRABALHADORES 67.269 13%
GERAL
Por Sector:
Agricultura 37.256 14%
Floresta 22.013 14%
Pecuário 8.000 2%

ASSOCIADOS
Por Sector:
Agrícola 25.153 16%
Florestal 8.141 2%
Pecuário 2.210 1%
ASSOCIADOS GERAL 35.504 12%

% SINDICALIZAÇÃO - 53%

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3. Conclusão

Feito o trabalho podemos concluir que, o sindicalismo nasce como reacção à situação dos
trabalhadores e trabalhadoras na indústria capitalista, mas, também, constitui uma força
transformadora de toda a sociedade, enquanto que em Moçambique o movimento sindical surgi
inicialmente no estado ou pelo Governo.

O Comité Sindical é a base da prestação de serviços aos membros. Sendo assim a capacidade
deles para realizar o seu trabalho é crucial.

Para completar, quanto aos instrumentos de regulamentação colectiva, percebe-se que a entidade
patronal deve afixar na empresa, em local apropriado, a indicação dos instrumentos de
regulamentação coletiva de trabalho aplicáveis.

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4. Referências Bibliográficas

ASSIS, A. (1997). Movimento sindical em Moçambique: evolução e perspectivas, Maputo: Fundação


Friedrich Ebert.

EGERO, B. (1992). Moçambique. Os Primeiros Dez Anos de Construção da Democracia. Maputo:


Arquivo Histórico de Moçambique (Estudos 8).

HANLON, J. (1984). Mozambique: the revolution under fire. London: Zed Books.

HANLON, J. (1996). Paz sem benefício. Como o FMI bloqueia a reconstrução de Moçambique. Maputo:
Imprensa Universitária, Universidade Eduardo Mondlane (colecção Nosso Chão).

NHACUONGUE, Nelson Jaime. O Princípio Constitucional da Liberdade Sindical e o


Sindicalismo da Função Pública em Moçambique. Dissertação (UEM). Maputo. Outbro.2018

MOÇAMBIQUE, Lei n.º 23/2007, de 1 de Agosto que aprova a Lei do Trabalho, publicada no
BR n.º 31, I Série, Imprensa Nacional de Moçambique.

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