Instrumentos e Técnicas de Coleta e Análise de Dados

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Instrumentos e Técnicas de Coleta e

Análise de Dados
6

UNIDADE
Caro estudante!
Você sabe quais são os instrumentos e as técnicas
para a coleta e análise de dados? Será que são
iguais para todo tipo de pesquisa? Pois bem! Nes-

ta Unidade, você vai conhecer, identificar e distin-
guir as técnicas e os instrumentos utilizados para
a coleta e análise de dados na pesquisa científica.
Especificamente, você terá oportunidade de iden-
tificar as diferenças entre eles e sua aplicabilidade
nas pesquisas em Administração. Bons estudos!

A
escolha das técnicas para coleta e análise dos dados decorre
do problema de pesquisa e dos objetivos. Você sabe que, numa
investigação científica, o pesquisador busca compreender e

v
examinar uma determinada situação e depende de informações. Ora,
as informações estão na cabeça das pessoas e em documentos [exter-
nos ou internos]. Para buscar essas informações que estão em diferen- Lembra da etapa de pla-
tes lugares, é preciso planejar quais são essas informações, onde elas se nejamento tratada na
Unidade 3?
encontram, de que forma obtê-las e como trabalhá-las, isto é, o que se
vai fazer com os dados: como serão agrupados, tratados e analisados.

Você também já viu que as técnicas são um meio


auxiliar da pesquisa, um instrumento específico na
coleta e na análise de dados. Assim, você pode
dispor de entrevistas, questionários, observações
e análise de documentos para a coleta de dados; e

para análise deles, você pode utilizar a estatística
descritiva, a análise de conteúdo ou a de discur-
sos, dentre outras. A seguir, vamos estudar cada
uma dessas técnicas.

Período 1 109
6 Questionário
UNIDADE

O questionário é um instrumento de coleta de dados constituí-


do por uma série ordenada de perguntas descritivas [perfis
socioeconômicos, como renda, idade, escolaridade, profissão e ou-
tros], comportamentais [padrões de consumo, de comportamento
social, econômico e pessoal, dentre outros] e preferenciais [opinião
e avaliação de alguma condição ou circunstância].
Essa técnica possibilita atingir um número grande de pessoas,
da mesma forma que uma área geográfica ampla, já que pode ser
enviado pelo correio e mesmo por e-mail. Apresenta também como van-
tagem o anonimato das respostas e consequentemente a liberdade do
respondente expor sua opinião dentro da sua disponibilidade de tempo.
Outro aspecto importante no questionário é o fato dele ser igual para
todos os respondentes. Essa uniformidade está garantida na pergunta e
nas respostas (GIL, 2007; RICHARDSON et al., 2007).
No entanto, tal instrumento exclui as pessoas que não sabem
ler, e, com isso, muitas vezes o percentual de respostas é reduzido.
Além dessas limitações, esse instrumento de coleta de dados pode apre-
sentar problemas de validade e confiabilidade, conforme salienta
Richardson et al. (2007), já que não é possível ter certeza sobre quem
realmente preencheu o questionário e se expôs a verdade.
O questionário é a técnica mais utilizada em pesquisas quanti-
tativas. É composto por uma série de perguntas a que o próprio
respondente deve responder. Tem como vantagem, dentre outras, ra-
pidez, maior alcance geográfico e em número de pessoas, reduzido
custo com profissionais para coleta de dados, liberdade nas respostas
e respostas uniformes. A maior desvantagem está no número reduzido
de questionários que retornam ao pesquisador. Da mesma for-
ma, existem dificuldades com respondentes analfabetos e com
Tô a fim de saber... a falta de compreensão de alguns participantes, já que não existe
entrevistador conduzindo o instrumento.
Para aprofundar a leitura so-
bre esse importante instrumen-
to de pesquisa, leia o Capítulo
12 – Questionário – do livro de
Richardson et al. (2007) e de
Gil (2007).

110 Curso de Graduação em Administração, modalidade a distância


A elaboração do questionário, segundo Rea e Parker (2002),
envolve: 6

UNIDADE
 a coleta de dados preliminares a respeito do tema e da po-
pulação alvo da pesquisa;
 uma discussão em grupo sobre as questões e informações
com os envolvidos ou interessados na pesquisa;
 a elaboração do rascunho do questionário;
 o pré-teste;
 a revisão do instrumento;
 o segundo pré-teste, se necessário; e
 o delineamento do questionário final.

Após a discussão inicial sobre o tema, população alvo e objeti-


vos a serem alcançados, é preciso elaborar o rascunho do questioná-
rio, que envolve decisões sobre o tipo de pergunta, o formato das per-
guntas, as possibilidades de respostas, conforme a população alvo e o
objetivo da pesquisa, a forma de aplicação do questionário e a abor-
dagem, entre outras.
É importante que o questionário tenha, inicialmente, um texto
explicando as razões e os objetivos do instrumento. Este texto é nor-
malmente chamado de introdução ou preâmbulo.

A Introdução do Questionário ou Preâmbulo

A introdução [ou preâmbulo] do questionário deve ser consti-


tuída por um texto informando a organização ou a instituição que
conduz o estudo, os objetivos e as metas do estudo, a base da seleção
da amostra, a importância do resultado, a valorização da participa-
ção do respondente, a confidencialidade [participação protegida] e a
garantia de que não há perguntas corretas ou incorretas. Veja exem-
plo no Quadro 13:

Período 1 111
6 Caro Senhor:

Precisamos de sua ajuda [valor participativo]. A Empresa


UNIDADE

Alfa [identificação da organização] está realizando uma pes-


quisa junto aos clientes [base de seleção da amostra], e as
informações que você fornecer serão úteis para ajudá-la a melho-
rar serviços e programas, buscando satisfazer as necessidades e os
desejos dos usuários [objetivos e metas].
Por favor, preencha o questionário em anexo. Não há respos-
tas corretas, nem incorretas, somente suas importantes opiniões.
Este formulário contém um número de identificação que será
usado somente para acompanhamento. Todas as respostas serão
tratadas confidencialmente [confidencialidade]. Por favor, co-
loque no correio seu envelope-resposta com porte pago até o dia
X [instrução para devolução].
Muito obrigado por sua ajuda. O que você pensa é importan-
te para nós.
Sinceramente.

João Pedro de Souza


Diretor de Marketing

Quadro 13: Modelo de introdução ou preâmbulo do questionário


Fonte: Elaborado pela autora

O Formato das Perguntas

O questionário pode ser construído de perguntas com respostas


abertas ou fechadas [dicotômicas, de escolha múltipla e de escala].
Nas perguntas com respostas abertas os entrevistados
expõem suas opiniões escrevendo ou falando:
Qual é seu sexo? ___________________________________
O que você entende por qualidade de vida no trabalho?

A pergunta aberta possibilita comentários e explicações impor-


tantes para a interpretação e não exige muito tempo na preparação
do instrumento. No entanto, provoca um volume de informações mui-
tas vezes repetitivas e irrelevantes, além de apresentar custos eleva-
dos, dificuldade de tabulação, problema de autopreenchimento para

112 Curso de Graduação em Administração, modalidade a distância


as pessoas que têm dificuldade de redação e, quando aplicada com a
técnica da entrevista, pode apresentar viés pela interferência da inter-
pretação do entrevistador.
6

UNIDADE
Nas perguntas com respostas fechadas o entrevistado es-
colhe respostas [verbalmente ou assinalando graficamente] dentre as
opções oferecidas. As perguntas fechadas podem ser:

 Dicotômicas: sim/não, concordo/discordo, faço/não faço,


aprovo/desaprovo, verdadeira/falsa, certo/errado.
 Tricotômicas: sim/não/não sabe, alto/médio/baixo, gos-
to/gosto mais ou menos/não gosto.
 De escolha múltipla: nas quais o respondente escolhe
uma alternativa por um número limitado de opções ou por
qualquer número de opções de respostas. As alternativas
de respostas devem incluir todas as possibilidades de re-
postas.
 De escala de intervalo: os números são qualificados e
ordenados em unidades constantes de medição: (1) con-
cordo totalmente (2) concordo em parte (3) indeciso (4)
discordo em parte (5) discordo totalmente.

Pré-teste

O pré-teste tem o objetivo de validar o instrumento, pois a uni-


formização é garantida com a testagem. Além de validar o instrumen-
to, quando você aplica o questionário [versão preliminar – pré-teste]
com pessoas que não fazem parte do universo e nem da amostra que
vai ser estudada, mas que apresentam características semelhantes às
do universo e de amostra, você pode identificar possíveis problemas
de entendimento tanto nas perguntas como nas respostas.

Formas de Aplicação do Questionário

Segundo Rea e Parker (2002), as informações podem ser


coletadas pelo correio, por telefone e por entrevistas pessoais.
A pesquisa pelo correio envolve a distribuição do instrumento
de coleta de dados a uma amostra de entrevistados em potencial pré-
selecionados. O processo de preenchimento é individual, com auxílio
de um entrevistador.

Período 1 113
6 A pesquisa por telefone possibilita coleta rápida de dados, cus-
to inferior ao da entrevista pessoal, anonimato, facilidade de acesso
em grande escala e garantia de que as instruções são seguidas. Toda-
UNIDADE

via, há menor controle sobre a situação do que numa entrevista pes-


soal, menor credibilidade e confiança do que teria uma entrevista pes-
soal, falta de material visual e limitação dos entrevistados, ampla ação
geográfica e garantia de que as instruções são seguidas.
As entrevistas pessoais são estruturadas com a presença do
entrevistador frente ao respondente. As vantagens são a flexibilidade
[mais detalhes e explicação das perguntas], maior complexidade, alto
índice de respostas e garantia de que as instruções são seguidas.

O Processo de Medição e as Escalas

Medir consiste em atribuir números a um objeto. O objeto não


é medido, mas sim suas características ou seus atributos. Segundo
Mattar (1999, p. 194), “nós não medimos uma pessoa, mas sua ren-
da, idade, sexo, nível de escolaridade, estado civil, número de filhos,
atitudes, comportamentos, etc.”.
As escalas mais utilizadas em pesquisas quantitativas são as
nominais, ordinais e por intervalo:

 Escala nominal: os números são utilizados para nomear,


identificar ou categorizar dados sobre pessoas, objetos ou
fatos, não estando contidas, portanto, a ordenação ou a
avaliação dos dados.
Exemplo:
Sexo: (1) masculino (2) feminino
Preferência política: (1) PT (2) PSDB (3) PMDB (4) PV, etc.
 Escala ordinal: os números servem para nomear, identi-
ficar, categorizar e ordenar, segundo um processo de com-
paração entre pessoas, objetos ou fatos, em relação a de-
terminada característica.
Exemplo:
Escolaridade: (1) 1º grau completo (2) 1º grau incompleto
(3) 2º grau completo (4) 2º grau incompleto
(5) curso superior completo (6) curso superior incompleto

114 Curso de Graduação em Administração, modalidade a distância


 Escala por intervalo: os números são qualificados e or-
denados em unidades constantes de medição.
Exemplo:
6

UNIDADE
(1) aprovo inteiramente (2) aprovo (3) indeciso (não aprovo
e nem desaprovo) (4) desaprovo (5) desaprovo inteiramente;
(1) concordo totalmente (2) concordo em parte (3) indeci-
so (4) discordo em parte (5) discordo totalmente;
(1) concordo totalmente (2) concordo (3) indeciso (4) dis-
cordo (5) discordo totalmente;
(1) muito favorável (2) um pouco favorável (3) indiferente
(4) um pouco desfavorável (5) muito desfavorável.

Nas perguntas com respostas em escala, os números mostram


a posição e o quanto pessoas, objetos ou fatos estão distantes entre si,
em relação a determinada característica. Os respondentes escolhem a
opção que tem melhor correspondência com sua opinião.

Entrevista

A entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que


uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto
(LAKATOS; MARCONI, 2007).
É a técnica mais utilizada nas pesquisas qualitativas. No en-
tanto, como coloca Minayo (1996), mediante essa técnica podem ser
obtidos dados de natureza quantitativa [censos, estatísticas etc.] e
qualitativa [opiniões, atitudes e significados]. Apresenta como vanta-
gem a possibilidade de ser realizada com todos os segmentos da po-
pulação, incluindo-se os analfabetos; permite analisar atitudes, com-
portamentos, reações e gestos; os dados podem ser analisados de for-
ma quantitativa e qualitativa; e dá maior flexibilidade ao entrevistador.
É importante ressaltar que essa técnica pode ser desenvolvida indivi-
dualmente ou em grupo.

Período 1 115
!
6 O termo entrevista é construído a partir de duas pala-
vras entre e vista
vista. Vista refere-se ao ato de ver, ter
preocupação com algo. Entre indica a relação de lu-
UNIDADE

gar ou estado no espaço que separa duas pessoas ou


coisas. Portanto, o termo entrevista refere-se ao ato
de perceber realizado entre duas pessoas
(RICHARDSON et al., 2007, p. 207, grifo do autor).

Segundo a forma como se organiza, a entrevista pode ser:


estruturada, não estruturada ou semiestruturada:

 Entrevista estruturada: também chamada de entrevista


padronizada por Lakatos e Marconi (2007), tem como ca-
racterística principal a utilização de um roteiro previamen-
te organizado. O entrevistador não é livre para desenvolver
“uma conversa” com o respondente, e sim deve seguir o
roteiro sem desvios, sem alterar a ordem ou fazer pergun-
tas que não estão incluídas no roteiro.
Exemplo:
1. Qual é seu nome e cargo na empresa?
2. Quais foram as primeiras dificuldades que vocês enfren-
taram no mercado?
3. Quais são os fatores que o levaram a sair da incubadora
de empresas?
 Entrevista não estruturada: é também chamada de aber-
ta, despadronizada por Lakatos e Marconi (2007) ou não
diretiva por Richardson et al. (2007). Nesse tipo de técni-
ca, o entrevistado fica livre para responder sobre o tema
proposto, sem estar condicionado a uma sequência pro-
gramada de perguntas. Assim, o entrevistado desenvolve o
tema conforme o desenrolar da conversa. O encontro dá-
se entre duas pessoas, sendo que o entrevistador tem clare-
za de seus objetivos, mas não tem roteiro determinado.
Segundo Maisonneuve e Margot-Duclot (apud
RICHARDSON et al., 2007, p. 210-211), algumas obser-
vações devem ser feitas na condução de uma entrevista
não diretiva:

116 Curso de Graduação em Administração, modalidade a distância


 não dirigir o entrevistado, apenas guiá-lo e manter-se
interessado no que ele fala;
 levar o entrevistado a precisar, desenvolver e aprofundar
6

UNIDADE
os pontos que ele coloca espontaneamente;
 facilitar o processo de entrevista; e
 esclarecer a importância do problema para o entre-
vistado.
 Semiestruturada: segue um roteiro ou “guia” criado pelo
entrevistador, mas sem se prender rigidamente à sequência
das perguntas. A conversa segue conforme os depo-
imentos do entrevistado, sem obedecer rigidamente Tô a fim de saber...
ao roteiro de entrevista. É chamada por Richardson
Leia em Richardson et al.
et al (2007, p. 212) de entrevista guiada, pois o
(2007) exemplos de entrevista
entrevistador conhece “previamente as aspectos que
guiada.
deseja pesquisar e, com base neles, formula alguns
pontos a tratar na entrevista”.

Além dessas três formas de entrevista, temos ainda a denominada


de sondagem de opinião, que é desenvolvida com uso de questionário
estruturado, com perguntas fechadas de múltipla escolha ou dicotômicas.
O entrevistador pergunta e anota a resposta do entrevistado. Assim, o
instrumento de coleta utilizado é o questionário, mas a técnica para a
coleta de dados é a entrevista do tipo sondagem de opinião.
Como você pode perceber, independentemente do tipo de en-
trevista, é preciso ter habilidade e sensibilidade para utilizar a técni-
ca, já que a interação entre pesquisador e participante da pesquisa é
intensa. O pesquisador precisa também ter clareza sobre qual é a in-
formação que ele precisa. Para isso, deve ter alguns cuidados:

 planejar a entrevista, definindo claramente qual é o objetivo;


 conhecer com antecedência o entrevistado e o campo de
pesquisa;
 agendar previamente a hora e o local do encontro;
 garantir o sigilo e a confiabilidade dos dados e da identida-
de do entrevistado; e
 no caso da entrevista semi e da estruturada, preparar o
roteiro com as informações a serem abordadas.

Período 1 117
6 Chizzotti (2001, p. 93) alerta também que:

O entrevistador deve manter-se na escuta ativa e com a aten-


UNIDADE

ção receptiva a todas as informações prestadas, quaisquer que


sejam elas, intervindo com discretas interrogações de conteú-
do ou com sugestões que estimulem a expressão mais circuns-
tanciada de questões que interessem à pesquisa.

O uso da técnica de entrevista exige do pesquisador um olhar


atento a todas as manifestações do entrevistado, desde a linguagem
oral até a linguagem gestual. Assim, uma expressão de desagrado [ex-
pressão de desgosto, agitação das mãos, mexer e remexer na cadeira,
por exemplo] ou de não concordância pode ter significado importante
para a pesquisa. No entanto, em momento algum o entrevistador deve
opinar ou emitir qualquer julgamento tanto sobre o tema que está sen-
do conversado como sobre a manifestação não verbal dele.
Minayo (1996, p. 109) chama a atenção para a “palavra como
símbolo de comunicação”, pois é por meio da palavra que o entrevis-
tado se comunica e expressa seus valores, sentimentos, suas opiniões,
dentre outras manifestações pessoais. É também uma forma de trans-
mitir, “através de um porta-voz, as representações de grupos determi-
nados, em condições históricas, socioeconômicas e culturais específi-
cas.” (MINAYO, 1996, p. 100).

Análise Documental

A análise documental, também chamada de pesquisa documen-


tal, envolve a investigação em documentos internos [da organização]
ou externos [governamentais, de organizações não-governamentais ou
instituições de pesquisa, dentre outras]. É uma técnica utilizada tanto
em pesquisa quantitativa como qualitativa.
Os documentos internos, como estatuto, regulamento, relatóri-
os e manuais, apresentam como vantagem a disponibilidade e o bai-
xo custo de utilização.
Documentos governamentais podem ser municipais, estaduais
e federais. Assim, portarias, relatórios e anuários são documentos ofi-
ciais que, dependendo do objeto de estudo, são de extrema relevância

118 Curso de Graduação em Administração, modalidade a distância


para a investigação. Publicações parlamentares e documentos jurídicos
são também exemplos de documentos governamentais. Mattar (1999)
chama a atenção para as publicações governamentais periódicas:
6

UNIDADE
 Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-
tística, que publica:
 Censo Demográfico Brasileiro: que contém in-
formações sobre a situação do domicílio, população
urbana e rural, idade, religião, estado conjugal e ren-
dimento mensal, dentre outras informações.
 Censo Industrial: estabelecimentos, constituição
jurídica, inversões de capital, número de funcionári-
os, valor da produção e distribuição da produção,
dentre outras informações.
 Censo Predial: prédios, unidades de ocupação, si-
tuação urbana e rural, número de pavimentos e for-
mas de utilização, dentre outras informações.
 Censo de Serviços: estabelecimentos, constituição
jurídica, número de empregados, despesas com sa-
lários e receitas, dentre outras informações.
 Censo Agropecuário: é o principal e mais comple-
to levantamento sobre a estrutura e a produção da
agricultura e da pesquisa brasileira.
 Instituto de Economia Agrícola e Secretaria da Agri-
cultura do Estado de São Paulo: publicam prognósti-
cos agrícolas.
 Fundação SEADE: [Sistema Estadual de Análise de Da-
dos], com inúmeras publicações.
 Banco do Brasil, Carteira de Comércio Exterior:
com a publicação da Revista do Comércio Exterior e do
Anuário do Comércio Exterior, dentre outras.

Outra fonte de documentos importantes para pesquisas científi-


cas são universidades, centros de pesquisa, associações de classe, sin-
dicatos patronais e de trabalhadores. Como exemplos, podemos citar:

 Fundação Instituto de Economia da FEA/USP [FIPE];

Período 1 119
6  Fundação Instituto de Administração da FEA/USP [FIA];
 Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e
de outros estados brasileiros;
UNIDADE

 Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas


[DIEESE];
 Associação Brasileira da Indústria Hoteleira [ABIH].

Em pesquisas que abordam o passado remoto, o pesquisador


tem como fonte de dados a iconografia, que abrange a documentação
por imagem. Nessa linha, Lakatos e Marconi (2007) incluem gravu-
ras, estampas, desenhos e pinturas, excluindo a fotografia que, na
Iconografia – [Do grego,
eikonographía, e do latin,
concepção das autoras, refere-se a um passado mais recente.
iconographia.] 1. Arte de Foster (apud ROESCH, 1999) expõe cinco passos para o uso
representar por meio da
de documentos em pesquisas científicas. O primeiro passo trata da
imagem. 2. Conhecimento e
descrição de imagens [gravu- negociação do acesso aos documentos. É preciso deixar claro o obje-
ras, fotografias, etc.]. 3. Do- tivo da investigação, pois muitos documentos podem ser sigilosos,
cumentação visual que cons-
outros podem ser examinados, mas não copiados, dentre outras situ-
titui ou completa obra de re-
ferência e/ou de caráter bi- ações com que o pesquisador pode se deparar. O segundo passo trata
ográfico, histórico, geográfico, da verificação da autenticidade do documento junto às pessoas que
etc. Fonte: Ferreira (2004).
os produziram ou estão ligadas a eles. No terceiro passo, o pesquisa-
dor busca a compreensão e identificação do assunto e tema de cada
documento. O processo de análise dos dados é o quarto passo e, por
último, vem a utilização dos dados na pesquisa.
Yin (2001) apresenta os pontos fortes e fracos da utilização da
análise documental, que podem ser visualizados no Quadro 15.

P ONTOS FORTES DA P ONTOS FRACOS DA


ANÁLISE DOCUMENTAL ANÁLISE DOCUMENTAL

Estável – pode ser revisado quantas Capacidade de recuperação pode ser


vezes forem necessárias baixa
Exato – contém nomes, referências, Seletividade tendenciosa, se a coleta
detalhes não estiver completa
Ampla cobertura – longo espaço de Relato de visões tendenciosas – reflete
tempo, muitos eventos e ambientes as idéias preconcebidas (desconheci-
distintos. das) do autor
Acesso – pode ser deliberadamente
negado

Quadro 15: Pontos fortes e fracos da análise documental


Fonte: Yin (2001, p. 108)

120 Curso de Graduação em Administração, modalidade a distância


A Observação
6

UNIDADE
A observação é uma técnica que utiliza os sentidos para obter
informações da realidade.
Como diz Triviños (1987), não é simplesmente olhar, mas des-
tacar de um conjunto, objetos, pessoas, animais, por exemplo, algo
específico, prestando atenção em suas características, como cor e ta-
manho, dentre outras.
Existem diversas formas de utilização da observação. Ander-
Egg (apud LAKATOS; MARCONI, 2007) classificam-nas do seguinte
modo:

 Quanto aos meios utilizados: pode ser estruturada e


não estruturada. Na estruturada, também chamada de pla-
nejada, sistemática e controlada, o observador sabe o que
procura, planeja essa busca e sistematiza as informações.
Na não estruturada, também denominada de assistemática,
espontânea, livre, ocasional e acidental, o pesquisador não
tem planejamento e controle previamente elaborados e ela
se dá de maneira ocasional. O fato ocorre e o observador
registra.
 Quanto à participação do observador: pode ser parti-
cipante e não participante. Na observação participante, o
observador faz parte do grupo observado e confunde-se com
ele, vivenciando diretamente a situação observada. Na ob-
servação não participante, o observador não faz parte da
realidade estudada e permanece nela durante o período de
investigação.
 Quanto ao número de observações: pode ser indivi-
dual ou em equipe. Como o nome indica, essa forma de
observar pressupõe a participação somente do pesquisa-
dor ou de uma equipe de observadores.
 Quanto ao lugar onde se realiza: pode ser na vida real
[trabalho de campo] ou em laboratório.

Richardson et al. (2007) classificam a observação em partici-


pante e não participante, assistemática e sistemática. Veja:

Período 1 121
6  Observação participante: o pesquisador “não é apenas
um espectador do fato que está sendo estudado, ele se colo-
ca na posição e ao nível dos outros elementos humanos que
UNIDADE

compõem o fenômeno a ser observado” (RICHARDSON et


al. 2007, p. 261), o que possibilita compreender com mais
clareza e profundidade a realidade que observa.
 Observação não participante: o pesquisador não faz
parte do objeto de estudo, atua como espectador temporá-
rio que, com base nos objetivos da pesquisa, elabora um
roteiro de observação e registra os fatos que interessam ao
seu trabalho.
 Observação assistemática: a observação é livre, sem ro-
teiro ou guia norteador, no entanto, o pesquisador deve sem-
pre ter em mente os objetivos da pesquisa, bem como o pro-
blema de pesquisa. Na observação sistemática segue “uma
estrutura determinada onde serão anotados os fatos ocorri-

!
dos e a sua freqüência” (RICHARDSON et al. 2007, p. 261).

É importante salientar que:


 a informação é obtida no momento em que ocorre o
fato;
 a presença do pesquisador na ocorrência do fato é a
forma mais direta de observar o comportamento hu-
mano; e
 é a técnica que menos exige do sujeito de pesquisa.

 As técnicas apresentadas são as mais usuais, no


entanto, além dessas, o pesquisador pode dispor
da triangulação de dados, história de vida, história
oral e técnicas projetivas, dentre outras.
Veja na seção Saiba mais, ao final desta Unidade,
onde encontrar referências sobre essas outras téc-
nicas.

122 Curso de Graduação em Administração, modalidade a distância


Técnicas de Análise de Dados
6

UNIDADE
O processo de análise de dados é definido por Kerlinger (1980,
p. 353) como “a categorização, ordenação, manipulação e
sumarização de dados”. Tem por objetivo reduzir grandes quantida-
des de dados brutos a uma forma interpretável e mensurável.
O método quantitativo de pesquisa utiliza o conhecimento es-
tatístico para duas finalidades: descrever e testar hipóteses. Na des-
crição utilizamos a estatística descritiva e para testar hipóteses usa-

!
mos a estatística inferencial.

A estatística é uma ciência e uma técnica que trabalha


dados quantitativos referentes às mais variadas áreas de
conhecimento. Trata-se, portanto de um instrumental.

A estatística descritiva representa “um conjunto de técnicas que


têm por finalidade descrever, resumir, totalizar e apresentar grafica-
mente dados de pesquisa” (APOLINÁRIO, 2006, p. 146), como, por
exemplo:

 Distribuição de frequência: é o conjunto das frequências


relativas observadas para um determinado fenômeno.
 Testes de aderência: são procedimentos para a identifica-
ção de uma distribuição de probabilidade a partir de um con-
junto de frequências usando a Lei dos Grandes Números.
 Medidas da tendência central: são ferramentas para
ajudar-nos a conhecer certas tendências, características da
amostra. São: média, modal, mediana.
 Medidas de dispersão: são medidas da variação de um
conjunto de dados em torno da média, ou seja, da maior
ou menor variabilidade dos resultados obtidos. Inclui: a am-
plitude, o desvio médio, a variância, o desvio padrão, o
erro padrão e o coeficiente de variação.

Da mesma forma que a estatística descritiva, a estatística


inferencial representa um conjunto de técnicas que são utilizadas para

Período 1 123
6 identificar e caracterizar relações entre variáveis. As principais ferra-
mentas são:
UNIDADE

 Teste de hipóteses: conjunto de procedimentos para se


calcular a probabilidade da diferença entre duas médias
[ou dois percentuais] ser devida ao acaso.
 Diagrama de dispersão: é a representação de duas ou
mais variáveis através de gráficos cartesianos no qual cada
eixo representa uma das variáveis.
 Coeficiente de correlação: é uma forma de se identifi-
car a existência ou não de uma relação entre duas variá-
veis e, caso ela exista, de quantificar tal relação.
 Análise de regressão: técnica estatística que busca ca-
racterizar a relação entre variáveis tomando uma dada va-
riável que se quer prever [variável dependente] e observan-
do a sua variação em função de uma ou mais variáveis
[variáveis independentes].
 Curvas de sobrevida: a análise do tempo que decorre
até a ocorrência de um evento, envolve a estimativa da pro-
babilidade de que um evento ocorrerá em diferentes perío-
dos. A análise de sobrevivência estima a probabilidade de
sobrevivência como uma função do tempo, a contar de um
ponto de partida, que pode ser, por exemplo, a data de um
diagnóstico ou de uma intervenção.
 Análises de séries temporais: conjunto de técnicas es-
tatísticas orientadas para a identificação das tendências
de uma ou mais variáveis em função do tempo.
 Análises multivariadas: são ferramentas analíticas que
permitem um insight bastante significativo acerca de fenô-
menos complexos envolvendo múltiplas dimensões, identi-
ficando certos padrões básicos que emergem de uma pro-
fusão de variáveis em interação.

 Estudo mais aprofundado sobre esse assunto você


terá na disciplina de Estatística Aplicada a Admi-
nistração.

124 Curso de Graduação em Administração, modalidade a distância


Análise de Conteúdo
6

UNIDADE
Para Roesch (1999, p. 156 e 157), a técnica de análise de con-
teúdo procura seguir os padrões da análise quantitativa e tem como
“propósito contar a freqüência de um fenômeno e procurar identificar
relações entre os fenômenos, sendo que a interpretação dos dados se
socorre de modelos conceituados definidos a priori”. A análise de con-
teúdo, para Richardson et al (2007), busca compreender melhor um
discurso, aprofundar suas características gramaticais, fonológicas,
cognitivas e ideológicas e extrair os momentos mais importantes.
De acordo com Chizzotti (2001, p. 98), a análise de conteúdo é

[...] um método de tratamento e análise de informações colhi-


das por meio de técnicas de coleta de dados, consubstanciadas
em um documento. A técnica se aplica à análise de textos
escritos ou de qualquer comunicação (oral, visual, gestual)
reduzida a um texto ou documento.

A organização da análise de conteúdo envolve três fases: pré-


análise; exploração do material, também chamada de descrição ana-
lítica; e análise e interpretação dos resultados. Veja:

 Pré-análise: nesta fase é feita a escolha e a organização


do material. A escolha do material depende do que o pes-
quisador procura e do que ele espera encontrar. Tem como
orientação a questão norteadora ou problema de pesquisa
e os objetivos. Com o resultado da coleta de dados, isto é,
com as informações obtidas nas entrevistas, nos documen-
tos e nas anotações resultantes das observações, o pesqui-
sador inicia o processo de análise com uma leitura geral
que Bardin (1985) chama de “leitura flutuante”. Des-
sa leitura, emergem as unidades de registro ou cate- Tô a fim de saber...
gorias de análise, que são palavras ou expressões, O capítulo 14 – Análise de con-
temas ou mesmo um acontecimento. Identificadas as teúdo – do livro de Richardson
unidades de registro, o pesquisador passa a localizá- et al. (2007) expõe com clare-
las no texto, iniciando assim a segunda fase. za essa técnica de análise.
 Exploração do material ou descrição analítica Compartilhe suas descobertas
do conteúdo: codificação, classificação e e dúvidas! Entre em contato
categorização são as atividades básicas dessa fase. conosco!

Período 1 125
6  Interpretação dos resultados: em que se correlaciona
o conteúdo do material analisado com a base teórica
referencial.
UNIDADE

Análise de Discurso

A análise de discurso tem como foco a linguagem utilizada nos


textos escritos ou falados. Assim, essa técnica pode ser utilizada tanto
para análise de documentos e textos teóricos como para análise dos
depoimentos e das falas dos entrevistados. Desse modo, o objeto da
análise de discurso é o discurso.
Essa técnica segue alguns passos, a saber: identificação do re-
pertório que envolve a transcrição das entrevistas, o isolamento das
similaridades ou diferenças nas respostas e a classificação das abor-
dagens por títulos. O passo seguinte é a análise e o exame dos reper-
tórios, isto é, o texto e o contexto.
A análise de discurso é mais utilizada no campo da linguística
e da comunicação especializada em analisar construções ideológicas
presentes num texto. É muito utilizada, por exemplo, para analisar tex-
tos da mídia e as ideologias que trazem em si.

Saiba mais

 Para complementar o conhecimento sobre os as-


suntos abordados nesta Unidade, indicamos a lei-
tura dos livros listados abaixo. Procure-os na Bibli-
oteca Universitária da UFSC [BU]. No Guia do es-
tudante você encontra informações sobre como pro-
ceder para solicitar livros na BU/UFSC. Aproveite!

BARBETTA, Pedro Alberto. Estatística aplicada às ciências sociais. 5. ed. rev.


Florianópolis: Editora da UFSC, 2005.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1985.

126 Curso de Graduação em Administração, modalidade a distância


DELLAGNELO, Eloise Helena Livramento; SILVA, Rosimeri Carvalho da.
Análise de conteúdo e sua aplicação em pesquisa em administração. In:
VIEIRA, Marcelo Milano Falcão; ZOUAIN, Deborah Moraes (Orgs). Pesquisa
6

UNIDADE
qualitativa em administração: teoria e prática. Rio de Janeiro: Editora FGV,
2005.

SELLTIZ, Claire; WRIGHTSMANN, Lawrence S.; COOK, Stuart Welldford.


Métodos de pesquisa nas relações sociais. São Paulo: Atlas, 1987.

Sobre história oral e história de vida consulte o livro: HAGUETTE,


Teresa Maria Frota. Metodologias qualitativas na sociologia. Petrópolis/RJ:
Vozes, 2001.

Sobre triangulação de dados consulte o livro: TRIVIÑOS, Augusto N.

r
S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em
educação. São Paulo: Atlas, 1987.

Resumindo
Esta Unidade abordou os diferentes tipos de coleta e de
análise de dados. O questionário, primeira técnica abordada, é
um instrumento utilizado na pesquisa quantitativa, constituído
por perguntas abertas e fechadas [dicotômicas, de escolha
múltipla e por intervalo]. A entrevista é um encontro entre duas
pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respei-
to de determinado assunto. É mais utilizada em pesquisas quali-
tativas. A análise documental envolve a investigação em docu-
mentos internos [da organização] ou externos [governamentais,
de organizações não-governamentais ou de instituições de pes-
quisa, dentre outros]. É uma técnica utilizada tanto em pesquisa
quantitativa como em qualitativa. A observação é uma técnica
que utiliza os sentidos para obter informações da realidade.
O método quantitativo de pesquisa utiliza o conhecimen-
to estatístico para coletar e analisar os dados através da estatís-
tica descritiva e da estatística inferencial.
E você viu que o método qualitativo de pesquisa se utili-
za basicamente da análise de conteúdo e da análise de discur-

Período 1 127
6 so. A análise de conteúdo aplica-se à análise de textos escritos
ou de qualquer comunicação [oral, visual, gestual] reduzida a
um texto ou documento. Finalmente, viu-se a análise de dis-
UNIDADE

curso, que tem como objeto de estudo o discurso, seja ele es-
crito ou falado.

Atividades de aprendizagem
aprendizagem

 Esta Unidade mostrou as técnicas de coleta e de


análise de dados. Se você realmente compreen-
deu seu conteúdo não terá dificuldade em respon-
der às questões abaixo.

1. A entrevista é uma técnica que possibilita analisar os da-


dos quantitativamente e qualitativamente.
Certo ( ) ou Errado ( )

2. É possível perceber o significado, as opiniões dos sujeitos


de pesquisa, em profundidade, a partir de um questioná-
rio.
Certo ( ) ou Errado ( )

3. O questionário é um instrumento de pesquisa que permite


abranger um grande número de pessoas.
Certo ( ) ou Errado ( )

128 Curso de Graduação em Administração, modalidade a distância


4. Procure no website da Biblioteca Universitária da UFSC.
[www.bu.ufsc.br.] um trabalho acadêmico [dissertação e/
ou tese] que utilizou a técnica de análise de conteúdo. Leia
6

UNIDADE
com atenção. Observe o problema de pesquisa, o objetivo
e a condução metodológica. Verifique as fases da análise
de conteúdo. Observe as unidades de análise e categorias
identificadas.
5. Procure no website da Biblioteca Universitária da UFSC.
[www.bu.ufsc.br.] um trabalho acadêmico (dissertação e/
ou tese) que utilizou a técnica de análise estatística. Leia
com atenção. Observe como o autor apresentou os resulta-
dos e compare-os com os objetivos do trabalho.

Período 1 129
6 ^
Referencias
¨
UNIDADE

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.


NBR 6023: Informação e documentação: referências: elaboração.
Rio de Janeiro, 2002a.

_____. NBR 10520: Informação e documentação: citações em


documentos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002b.

_______. NBR 6022: informação e documentação: artigo em


publicação periódica científica impressa: apresentação. Rio de
Janeiro, 2003a.

_____. NBR 6024: informação e documentação: numeração


progressiva de seções de um documento escrito: apresentação. Rio
de Janeiro, 2003b.

_____. NBR 6027: informação e documentação: sumário:


apresentação. Rio de Janeiro, 2003c.

_____. NBR 6028: informação e documentação: Resumo:


apresentação. Rio de Janeiro, 2003d.

_______. NBR 6034: informação e documentação: índice:


apresentação. Rio de Janeiro, 2004a.

_____. NBR 12225: informação e documentação: lombada:


apresentação. Rio de Janeiro, 2004b.

_____. NBR 14724: Informação e documentação: trabalhos


acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2005a.

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pesquisa: apresentação. Rio de Janeiro, 2005b.

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ASTI VERA, Armando. Metodologia da pesquisa científica. Porto


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130 Curso de Graduação em Administração, modalidade a distância


AZEVEDO, Israel Belo. O prazer da produção científica: descubra
como é fácil e agradável elaborar trabalhos acadêmicos. 10. ed. São
Paulo: Hagnos, 2001.
6

UNIDADE
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2. ed. rev. Florianópolis: Editora da UFSC, 1998.

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BUNGE, Mário. Epistemologia: curso de atualização. São Paulo:


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CASTRO, Cláudio de Moura. A prática da pesquisa. São Paulo:


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132 Curso de Graduação em Administração, modalidade a distância


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YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2. ed.


Porto Alegre: Bookman, 2001.

Período 1 133
MINICURRÍCULO
Liane Carly Her
Carly mes Zanella
Hermes
Docente da Universidade Federal de
Santa Catarina (UFSC) desde 1978 tem gra-
duação e mestrado em Administração pela
UFSC.
Há 30 anos na UFSC, atua na gradua-
ção e pós-graduação, coordenando projetos de ensino, pesqui-
sa e extensão.
Como docente permanente no Curso de Graduação em
Administração, de 1978 a 2008, ministrou disciplinas de
Metodologia da Pesquisa e Estruturação de Trabalhos de Con-
clusão de Curso em diferentes cursos de Especialização como
Desenvolvimento Gerencial, Gestão de Pessoas, Administração
de Recursos Humanos, Finanças para Executivos e Sistema de
Planejamento e Gestão Empresarial, na UFSC.
Além de professora na Graduação em Administração,
orientadora de Trabalhos de Conclusão de Curso, de projetos de
Extensão e da Ação Júnior – Consultoria dos Alunos do Centro
Sócio-Econômico da UFSC, foi Editora Executiva da Revista de
Ciências da Administração – RCA, revista científica do Depar-
tamento de Ciências da Administração da UFSC.
Desde 2008 atua em programas da Universidade Aberta
do Brasil como Professora das disciplinas de Metodologia da
Pesquisa em Administração e Metodologia de Estudo e Pesqui-
sa em Administração.

134 Curso de Graduação em Administração, modalidade a distância

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