2016 GlauberMouraGoncalves TCC
2016 GlauberMouraGoncalves TCC
2016 GlauberMouraGoncalves TCC
Faculdade de Tecnologia
Departamento de Engenharia de Produção
PROJETO DE GRADUAÇÃO
Brasília
Dezembro de 2016
GLAUBER MOURA GONÇALVES
Brasília
Dezembro de 2016
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo analisar o desempenho dos processos das
áreas de patrimônio e almoxarifado da Polícia Rodoviária Federal. A partir da definição
dos principais processos realizados por essas duas áreas do órgão, será realizado
mapeamento destes utilizando-se a notação BPMN. Após é feita análise dos processos
buscando dados que embasem uma proposta de melhoria, seguindo os princípios
da mentalidade enxuta. Por se tratar de áreas que dão suporte às atividades-meio e
fim da organização, a melhoria dos serviços prestados refletirá consequentemente na
melhoria do serviço prestado à população.
This work aims to analyze the performance of good and supply room‘s processes of
Polícia Rodoviária Federal. Beginning with the definition of the main business processes
of these areas, they will be mapped using BPMN. Then the processes will be analyzed
using the principles of lean thinking, seeking out proposals for improvements. Because
of the importance of theses areas to the performance of the organization, improving this
services will reflect directly on the service given to the population.
Quadro 1 – Classificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Quadro 2 – Recursos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Quadro 3 – Fluxo de Informação/Material . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Quadro 4 – Atores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Quadro 5 – Classificação Legal/Operacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Quadro 6 – Horizonte de Planejamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Quadro 7 – Classificação Diagrama de Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Quadro 8 – Desperdício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Quadro 9 – Classificação CBOK . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Lista de tabelas
Tabela 1 –
Classificação Diagrama de Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Tabela 2 –
Desperdícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Tabela 3 –
Classificação Legal/Operacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Tabela 4 –
Atividades de espera e verificação que são exigência legal ou nor-
mativa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Tabela 5 – Atividades com perda no próprio processamento e por espera que
são exigências legais ou normativas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Tabela 6 – Classificação Diagrama de Processo - Redesenho . . . . . . . . . . 38
Tabela 7 – Desperdícios - Redesenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Lista de abreviaturas e siglas
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3 OBJETIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.1 OBJETIVO GERAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.2 OBEJTIVOS ESPECÍFICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
4 REFERENCIAL TEÓRICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
4.1 PROCESSO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
4.1.1 TIPOS DE PROCESSOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
4.2 BUSINESS PROCESS MANAGEMENT (BPM) . . . . . . . . . . . . 16
4.3 MAPEAMENTO DE PROCESSOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
4.4 ANÁLISE DE PROCESSOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
4.5 A PRODUÇÃO ENXUTA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
4.5.1 PRINCÍPIOS DA PRODUÇÃO ENXUTA . . . . . . . . . . . . . . . . 19
4.5.2 MENTALIDADE ENXUTA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
4.5.3 TIPOS DE DESPERDÍCIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
5 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
5.1 ESTRUTURA METODOLÓGICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
5.2 MAPEAMENTO DOS PROCESSOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
5.3 TABELA DE ANÁLISE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
ANEXOS 42
ANEXO B – PROCESSOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
1 INTRODUÇÃO
Pode-se dizer que todo trabalho importante realizado em uma organização faz
parte de algum processo(GRAHAM; LEBARON, 1994). Os processos utilizam recursos,
os quais serão transformados em algum produto ou serviço e entregues a algum cliente.
Um processo nada mais é que um fluxo de trabalho em que se têm claramente entradas,
tarefas a serem executadas e uma saída.
Existem cinco modelos de processos (GONÇALVES, 2000), sendo eles: Fluxo
de Material; Fluxo de Trabalho; Série de Etapas; Atividades Coordenadas; e Mudança
de Estados. Entre esses modelos encontramos fluxos bem definidos, seja pela entrada
e saída bem definidas, pelo início e término bem definidos, ou ainda, fluxos que não
conseguimos enxergar claramente. Este trabalho se atentará apenas a processos com
fluxo de materiais e de trabalho bem definidos. Os processos executados pelos Núcleos
de Patrimônio e Almoxarifado enquadram-se na categoria de processo de apoio, dando
suporte aos processos de negócio da organização (HARRINGTON, 1991).
A Polícia Rodoviária Federal encontra-se em processo de reestruturação, bus-
cando aumentar sua eficiência, e com isso está buscando estruturar-se por processos.
A estrutura organizacional definida em lei ainda será tipicamente funcional, mas a ten-
tativa será de estruturá-la para melhor gerir os processos do órgão. Foi contratada uma
consultoria para mapear os principais processos do órgão e auxiliar essa transição para
gestão de processos. Por ser inviável contratar a consultoria para todos os processos,
foi definido um grupo de processos prioritários para serem trabalhados pela consultoria.
Os processos de patrimônio e almoxarifado não foram inclusos nesse grupo. Dessa
forma, esse trabalho contribuirá para o desenvolvimento da cultura de processos na
organização.
A modelagem de processos é definida como o grupo de atividades utilizadas
para representar graficamente os processos de negócio existentes ou propostos. Essa
representação pode mostrar o processo ponta a ponta ou apenas parte dele. Seu
objetivo é representar o processo por completo e de forma precisa em seu funcio-
namento(ABPMP, 2013). Após a definição dos principais processos relacionados às
áreas de patrimônio e almoxarifado, será feita utilização de modelos de processos para
analisar a eficiência da execução destes e melhor visualização do fluxo de trabalho e
de materiais.
Para o mapeamento, a modelagem e o redesenho dos processos escolhidos
será utilizada a metodologia BPM, amplamente utilizada no mundo dos negócios para
descrever processos.
Capítulo 1. INTRODUÇÃO 11
2.1 ORIGEM
A Polícia Rodoviária Federal - PRF foi oficialmente criada em 1928 e era subor-
dinada ao Departamento Nacional de Estradas e Rodagens, o extinto DNER. Com o
advento da nova constituição em 1988, a PRF passou a integrar o Ministério da Justiça,
fazendo parte do sistema de segurança pública nacional.
2.2 ATUAÇÃO
2.3 ESTRUTURA
3 OBJETIVOS
4 REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 PROCESSO
http://www.ufrrj.br/codep/materialcursos/projetomapeamento/MapeamentoProcessos.pdf
• Processo de suporte: Como o nome diz, servem para dar suporte a outros
processos, sejam eles primários, de gerenciamento ou ainda outros processos de
suporte. Esse tipo de processo agrega valor a outro processo, e não diretamente
ao cliente.
Capítulo 4. REFERENCIAL TEÓRICO 16
A Manufatura Enxuta teve seu início no Japão, na década de 1950, e foi desen-
volvido por Eiiji Toyoda e Taiichi Ohno quando trabalhavam na Toyota. Para conseguir
eliminar desperdícios na produção, utilizaram técnicas como produção em pequenos
lotes, redução de estoques e set up e alto foco na qualidade (FERNANDES; GODINHO,
2004).
O objetivo da produção enxuta é eliminar qualquer tipo de desperdício, e para
isso utiliza-se de técnicas para que o suprimento do processo seja feito no tempo
certo e com a quantidade correta (GHINATO, 1995). Atividades desnecessárias e
Capítulo 4. REFERENCIAL TEÓRICO 19
que não agregam valor não devem continuar fazendo parte do processo(MENEGON;
NAZARENO; RENTES, 2003).
Porém, cabe colocar que Hines e Taylor (2000) definem três tipos de atividades
presentes em uma organização: Atividades que agregam valor, o cliente final percebe o
valor agregado pela atividade; atividades desnecessárias que não agregam valor: fazem
parte do processo porém não agregam valor a ele, devem ser retiradas; e atividades
necessárias que não agregam valor: não agregam valor, porém se retiradas afetam a
entrega do processo.
Hines e Taylor (2000) citam ainda que a proporção de atividades desnecessárias
que não agregam valor é de 60% em empresas de manufatura, o que deixa claro que
os esforços para melhoria dos processs e redução dos desperdícios são realmente
cabíveis (MENEGON; NAZARENO; RENTES, 2003).
5 METODOLOGIA
Para a análise dos processos descritos acima será utilizada a seguinte metodo-
logia:
Para análise dos processos, foi utilizada tabela que busca descrever todas as
atividades existentes, classificando-as de acordo com o CBOK e o pensamento lean.
A tabela busca compilar as seguintes informações de cada etapa dos processos:
Classificação: indica se é uma atividade, um gateway ou apenas um evento.
Recurso/Sistema: indica os recursos ou sistemas utilizados.
Capítulo 5. METODOLOGIA 23
6.2 MACROPROCESSO
Figura 2 – Macroprocesso
Autor (2016)
6.3 PROCESSOS
Quadro 1 – Classificação
Autor (2016)
Quadro 2 – Recursos
Autor (2016)
Autor (2016)
A análise do Quadro 3 deixa claro que na maior parte da execução dos proces-
sos ocorre fluxo de informação. Assim torna-se evidente a necessidade de sistematiza-
ção para que as informações sejam trocadas rapidamente e com a menor quantidade
de erros possíveis.
Por serem processo de suporte, espera-se que o nível hierárquico dos atores
envolvidos seja operacional, o que é confirmado após análise dos resultados. 105
atividades são realizadas no nível operacional, enquanto apenas 2 são de nível tático,
fato que é explicado por serem atividades de validação.
O Quadro 4 fornece as informações acerca dos atores envolvidos nos proces-
sos. Os processos são realizados no nível operacional, com apenas duas atividades
realizadas por atores de nível tático, sendo elas atividades de validação.
Capítulo 6. ANÁLISE DOS PROCESSOS 29
Quadro 4 – Atores
Autor (2016)
Autor (2016)
apesar de apenas uma pequena parte ser exigência legal, essas atividade possuem
grande impacto durante o redesenho.
O horizonte de planejamento é predominantemente de curto prazo, pois são
atividades realizadas logo que são demandadas. Observou-se na análise 97 atividades
de curto prazo e 19 com horizonte de médio prazo.
Autor (2016)
Autor (2016)
Quadro 8 – Desperdício
Autor (2016)
Autor (2016)
Autor (2016)
Analisando para a Tabela 1 pode-se reparar uma grande disparidade nos valores
relativos das classificações “Agrega Valor”, “Verificação” e “Espera”. Não se deve atacar
atividades que agregam valor, pois o objetivo é melhorar o processo e não retirar
valor. Dessa forma, percebe-se que as atividades de Verificação e Espera são boas
candidatas a análise na proposta de melhoria, pois somam cerca de 50% das atividades.
Tabela 2 – Desperdícios
Autor (2016)
As atividades que são realizadas por exigência legal ou normativa dificilmente podem
ser retiradas dos processos, o que torna difícil a eliminação total dos desperdícios e
atividades que não agreguem valor ao processo.
A Tabela 3 mostra o quantitativo absoluto e relativo de etapas pela classificação
legal/operacional.
Autor (2016)
Autor (2016)
Os dados obtidos mostram que das 64 etapas pré-escolhidas para ataque pela
classificação diagrama de processo, 23 não podem ser alvo de análise, compreendo
35,94% do total.
A Tabela 5 apresenta a quantidade de etapas que são exigência legal ou
normativa entre aquelas classificadas como desperdício por espera ou no próprio
processamento.
Capítulo 6. ANÁLISE DOS PROCESSOS 36
Tabela 5 – Atividades com perda no próprio processamento e por espera que são exigências
legais ou normativas.
Autor (2016)
6.7 RECOMENDAÇÕES
Autor (2016)
Desperdício As is To be Variação
Perda no próprio processamento 15 10 -33,33%
Perda por Espera 17 15 -11,76%
Perda por estoque 1 1 0
Perda por fabricação de produtos defeituosos 7 7 0
Perda por movimentação 1 1 0
Perda por Produção Excessiva 6 5 -16,67%
Perda por Transporte 8 8 0
Total 55 47 -14,54%
Autor (2016)
7 CONCLUSÃO
Referências
CORRÊA, H.; GIANESI, I. Just in time, MRP II e OPT, Um enfoque estratégico. 2. ed.
São Paulo: Atlas, 1993.
HUNT, V. D. Process mapping: how to reengineer your business processes. John Wiley
& Sons, Inc., New York, 1996.
LEITE, H. dos R.; VIEIRA, G. E. Lean philosophy and its applications in the service
industry: a review of the current knowledge. Production, v. 25, n. 3, p. 529 – 541, jul/set
2015.
Referências 41
SANTOS, A. C. Gestão Participativa: Uma alternativa viável para o século XXI. XXII,
Encontro Nacional de Engenharia de Produção, 2002.
WOMACK, J.; JONES, D. A máquina que mudou o mundo. 1. ed. Rio de Janeiro:
Campus, 2004.
Anexos
43
ANEXO B – PROCESSOS
Autor (2016)
ANEXO B. PROCESSOS 45
Autor (2016)
ANEXO B. PROCESSOS 46
Autor (2016)
ANEXO B. PROCESSOS 47
Autor (2016)
ANEXO B. PROCESSOS 48
Autor (2016)
ANEXO B. PROCESSOS 49
Autor (2016)
ANEXO B. PROCESSOS 50
Autor (2016)
ANEXO B. PROCESSOS 51
Autor (2016)
52
Autor (2016)
ANEXO C. TABELA DE ANÁLISE 53
Autor (2016)
ANEXO C. TABELA DE ANÁLISE 54
Autor (2016)
ANEXO C. TABELA DE ANÁLISE 55
Autor (2016)
ANEXO C. TABELA DE ANÁLISE 56
Autor (2016)
ANEXO C. TABELA DE ANÁLISE 57
Autor (2016)
ANEXO C. TABELA DE ANÁLISE 58
Autor (2016)
ANEXO C. TABELA DE ANÁLISE 59
Autor (2016)
60
Autor (2016)
ANEXO D. SUGESTÕES DE REDESENHO 61
Autor (2016)
ANEXO D. SUGESTÕES DE REDESENHO 62
Autor (2016)
ANEXO D. SUGESTÕES DE REDESENHO 63
Autor (2016)
ANEXO D. SUGESTÕES DE REDESENHO 64
Autor (2016)
ANEXO D. SUGESTÕES DE REDESENHO 65
Autor (2016)