Cópia de Formação Geral - 4
Cópia de Formação Geral - 4
Cópia de Formação Geral - 4
GERAL
4
CADERNO
PRIMEIRA
SÉRIE
ENSINO MÉDIO
CADERNO DO ALUNO
FORMAÇÃO
GERAL
4
CADERNO
PRIMEIRA
SÉRIE
ENSINO MÉDIO
CADERNO DO ALUNO
Presidência: Mario Ghio Júnior
Vice-presidência de educação digital: Camila Montero Vaz Cardoso
Direção executiva: Thiago Brentano Rodrigues
Direção editorial: Lidiane Vivaldini Olo
Direção pedagógica: Paulo Roberto Moraes
Coordenação pedagógica: Henrique Santos Braga
Gestão de projeto editorial: Flávio Matuguma (ger.),
Michelle Yara Urcci Gonçalves (coord.), Daniela Carvalho e
Eduarda Berteli Mario dos Santos (analistas)
Gerência de conteúdo e design educacional: Renata Galdino
Gerência editorial: Marcela Pontes
Coordenação editorial: Adriana Gabriel Cerello (Ciências Humanas),
Camila De Pieri Fernandes (Linguagens), Pietro Ferrari (Matemática e Física)
e Tatiana Leite Nunes (Biologia e Química)
Edição: Anelisa Zanetti Abud (Análise linguística), Fabiana Mioto (Literatura e Arte),
Rodrigo da Motta Dias (Produção de texto), Ana Carolina Rodrigues Pancera (Língua
Inglesa), Adriana Ayami Takimoto, Cintia Parente e Tadeu Nestor Neto (Matemática),
Gabriela Alves do Carmo e Vanessa Fernanda dos Ouros (História),
Raquel Vicentini e Bruno Rocha Nogueira (Geografia), Bianca von Müller Berneck,
Pâmella Simões Tavares de Oliveira e Priscylla Moll Nihei (Biologia),
Alexandre Braga D'Avila, Helder Santos e Lucas Rabello (Física), Angélica Alves
dos Santos e Giovana Pasqualini da Silva (Química)
Pesquisa iconográfica e elaboração de legendas (História): Eduardo
Henrique da Silva (Duíque)
Planejamento e controle de produção: Flávio Matuguma (ger.),
Juliana Batista (coord.), Anny Lima e Suelen Ramos (analistas)
Revisão: Letícia Pieroni (coord.), Aline Cristina Vieira, Anna Clara Razvickas,
Brenda T. M. Morais, Carla Bertinato, Daniela Lima, Danielle Modesto,
Diego Carbone, Kátia S. Lopes Godoi, Lilian M. Kumai, Malvina Tomáz,
Marília H. Lima, Paula Rubia Baltazar, Paula Teixeira, Raquel A. Taveira,
Ricardo Miyake, Shirley Figueiredo Ayres, Tayra Alfonso e Thaise Rodrigues
Arte: Fernanda Costa da Silva (ger.), Catherine Saori Ishihara (coord.),
Nicola Loi e Fábio Cavalcante (edição de arte)
Diagramação: Casa de Tipos
Iconografia e tratamento de imagem: Roberta Bento (ger.),
Claudia Bertolazzi (coord.), Célia Rosa, Evelyn Torrecilla, Fernanda Gomes,
Fernando Cambetas, Iron Mantovanello, Jad Silva, Lucas Maia Campos,
Mariana Valeiro, Paula Dias, Roberta Freire, Tempo Composto SA,
Thaisi Lima (pesquisa iconográfica) e Fernanda Crevin (tratamento de imagens)
Licenciamento de conteúdos de terceiros: Roberta Bento (ger.),
Jenis Oh (coord.), Liliane Rodrigues, Flávia Zambon e
Raísa Maris Reina (analistas de licenciamento)
Ilustrações: Luis Moura, Osni de Oliveira, R2 Editorial e Tate Diniz
Cartografia: Eric Fuzii (coord.) e Robson Rosendo da Rocha
Design: Erik Taketa (coord.) e Adilson Casarotti (proj. gráfico e capa)
Foto de capa: Brit Finucci/Getty Images
Composição de imagens de abertura: Arquivo do jornal O Estado de
S. Paulo/Agência Estado (Imagem Diretas Já), needpix.com, pexels.com,
pixabay.com, unsplash.com/Fotomontagem: Michel Ramalho
Vários autores
ISBN 978-85-4682-338-3
CDD 373
21-1343
2021
1a edição
1a impressão
De acordo com a BNCC.
Impressão e acabamento
Uma publicação
Sumário
janiecbros/E+/Getty Images
Matemática B ..................................................... 153
Gabarito - Extras!..................................................................... 180
Ciências Humanas
e Sociais Aplicadas
História ................................................................. 185
Gabarito - Extras!......................................................................212
PROFESSOR
Literatura e Arte
MÓDULO 08 (p. 61) TM TC TD MÓDULO 09 (p. 67) TM TC TD MÓDULO 10 (p. 74) TM TC TD
PROFESSOR
Produção de texto
MÓDULO 07 (p. 81) TM TC TD MÓDULO 08 (p. 88) TM TC TD
PROFESSOR
Língua Inglesa
MÓDULO 12 (p. 100) TM TC TD MÓDULO 13 (p. 107) TM TC TD MÓDULO 14 (p. 113) TM TC TD
PROFESSOR
PROFESSOR
Matemática B
MÓDULO 13 (p. 153) TM TC TD MÓDULO 14 (p. 159) TM TC TD MÓDULO 15 (p. 167) TM TC TD
PROFESSOR
4
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
História
MÓDULO 14 (p. 185) TM TC TD MÓDULO 15 (p. 188) TM TC TD MÓDULO 16 (p. 198) TM TC TD
PROFESSOR
Geografia
MÓDULO 16 (p. 215) TM TC TD MÓDULO 17 (p. 229) TM TC TD MÓDULO 18 (p. 249) TM TC TD
PROFESSOR
PROFESSOR
Biologia B
PROFESSOR
Física A
PROFESSOR
Física B
PROFESSOR
5
Química A
MÓDULO 17 (p. 450) TM TC TD MÓDULO 18 (p. 454) TM TC TD MÓDULO 19 (p. 458) TM TC TD
PROFESSOR
Química B
PROFESSOR
ANOTAÇÕES
6
Linguagens e suas
Vesnaandjic/E+/Getty Images
Tecnologias
ANÁLISE LINGUÍSTICA
Módulo 17 Classes de palavras nominais II:
pronomes ............................................................... 12
Módulo 18 Verbo:
formas e propriedades .................................... 25
Módulo 19 Advérbio:
valores e funções ............................................... 33
Módulo 20 Classes de conexão I:
causalidade e oposição .................................. 44
Módulo 21 Classes de conexão II:
implicações entre eventos .............................. 52
LITERATURA E ARTE
Módulo 8 A estética realista ............................................... 61
Módulo 9 Visão crítica da realidade:
Machado de Assis .............................................. 67
Módulo 10 Visão crítica da realidade:
o Naturalismo brasileiro .................................. 74
PRODUÇÃO DE TEXTO
Módulo 7 Rádio, TV, podcasts e YouTube ......................... 81
Módulo 8 Jornais e revistas: diagramação e
significado .................................................................................. 88
LÍNGUA INGLESA
Módulo 12 Text Comprehension;
Degrees of Adjectives................................... 100
Módulo 13 Text Comprehension;
urbazon/E+/Getty Images
Portuguesa
Fernando MARCÍLIO Lopes Couto
HENRIQUE Santos Braga
Luciana Migliaccio (LUCY)
MAURÍCIO Soares da Silva Filho
PAULO Giovani de Oliveira
Sérgio de Lima PAGANIM
17 ANÁLISE LINGUÍSTICA COMPETÊNCIAS GERAIS C2, C4, C5, C8, C9
M Ó D U L O
Classes de palavras
nominais II: pronomes
COMPETÊNCIAS
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICAS E
HABILIDADES DA
BNCC
. Objetivo 1: Relacionar as pessoas do discurso a estratégias persuasivas em diferentes gêneros
COMPETÊNCIA 1
textuais.
. Objetivo 2: Reconhecer como a referência dos pronomes se estabelece nos contextos de uso, iden-
EM13LGG102
EM13LP02
tificando o papel dessa classe de palavras na coesão textual e na interlocução.
EM13LP07
. Objetivo 3: Associar o uso de pronomes à expressão das categorias dêiticas pessoa, espaço e tempo
COMPETÊNCIA 2
em gêneros textuais variados.
E7
. Objetivo 4: Estabelecer progressão textual por meio de pronomes anafóricos e catafóricos, reconhe- EM13LP40
cendo os efeitos desses usos pronominais.
Neste módulo
1 Pessoas do discurso
Na comunicação, os interlocutores e o assunto do qual se fala compõem as três pessoas do discurso.
. 1ª pessoa: aquela que detém a palavra, ou seja, o enunciador.
Prostock-studio/Shutterstock
12
. 2ª pessoa: aquela com quem se fala, ou seja, o enunciatário.
Krakenimages.com/Shutterstock
. 3ª pessoa: aquilo de que se fala, ou seja, o assunto abordado pelo locutor.
Who is Danny/Shutterstock
13
Expressam uma das pessoas do Seu referente é fixo, ou seja, inde- Podem designar os participantes
discurso. pende do contexto de uso. da interação.
São sempre invariáveis, ou seja, Seu referente é identificado de São flexionados para expressar
não são flexionados. acordo com o contexto. tempo decorrido.
14
Os pronomes são dêiticos quando apontam para elementos externos ao texto. E, além de marcar as
pessoas do discurso, podem marcar o tempo ou o espaço – o que ocorre com o emprego de pronomes
demonstrativos, como mostra a tabela a seguir.
ANÁFORA
O pensamento científico
possibilita ampliar o É importante desenvolvê-lo
conhecimento sobre a para aprimorar o senso crítico.
realidade.
Pronomes
na coesão
textual
15
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
na história e na fauna brasileiras, porém o cachorro vira-lata 2 Releia a frase final do texto:
está mais relacionado ao cotidiano dos brasileiros e, além Nada melhor do que fazer uma bela homenagem a
disso, é presente em todas as regiões do país. eles imortalizando-os na nova nota, não acha?
Infelizmente, todo ano, milhares de animais domésti- a) Transcreva a expressão do texto a que os pronomes
cos sofrem maus-tratos. Há pesquisas que apontam que destacados fazem referência.
há cerca de 30 milhões de animais abandonados no Brasil.
Outra pesquisa mais recente, do instituto PetBrasil, mostra
3,9 milhões de animais domésticos em condições de vul-
nerabilidade.
A inclusão do vira-lata caramelo na cédula é incenti-
vo não só para a adoção, mas também para o controle da b) Explique por que os pronomes foram utilizados no plural.
espécie. Pode representar uma nova fase para o bem-estar
animal, visto que as notícias mais recentes são relaciona-
das aos sofrimentos deles.
O Sem raça definida é um símbolo da sociedade e da
cultura brasileira, é o animal mais popular do Brasil. Nada
melhor do que fazer uma bela homenagem a eles imortali-
zando-os na nova nota, não acha?
Change.org. Disponível em: https://www.change.org/p/conselho-monet%C3%A1rio-
nacional-vira-lata-caramelo-na-nota-de-r-200. Acesso em: 1º nov. 2020.
3 Leia o excerto para responder ao que se pede.
16
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
Considerando correlações entre o gênero discursivo do excerto e suas marcas de pessoalidade, pode-se afirmar que se
trata de:
b) uma entrevista, em que se alternam a 2ª pessoa, nos questionamentos, e a 3ª, nas respostas.
c) um artigo de opinião, no qual o predomínio da 3ª pessoa do discurso confere credibilidade aos argumentos de Brown.
d) uma reportagem, com o emprego da 3ª pessoa pelo repórter e da 1ª pessoa no trecho atribuído a Timothy Ray Brown.
e) um artigo de divulgação científica, em que os pronomes de 1ª pessoa atuam como recurso discursivo para deixar a men-
sagem mais acessível.
Considerando que o humor da tirinha se baseia em uma ambiguidade, responda ao que se pede.
a) Identifique o termo responsável pela ambiguidade.
b) Explique por que o termo identificado permite duas interpretações no contexto em que ocorre. MÓDULO 17 - CLASSES DE PALAVRAS NOMINAIS II: PRONOMES
ANÁLISE LINGUÍSTICA
17
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
5
André Dahmer/Acervo do Cartunista
DAHMER, André. Não há nada acontecendo. Folha de S.Paulo. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/cartum/cartunsdiarios/#19/8/2020. Acesso em: 27 nov. 2020.
Reprodução/ABRASCE
No contexto em que ocorrem, os pronomes você, seu e seus constroem uma interlocução em que a 2ª pessoa do dis-
curso são:
a) os consumidores interessados em moda, que ignoram a necessidade de participar da política partidária.
b) cidadãos que habitualmente escolhem seus candidatos com base apenas na propaganda eleitoral.
c) jovens consumistas desvinculadas de qualquer ideal político relacionado à realidade brasileira.
d) indivíduos sensíveis ao apelo nacionalista do anúncio que possam mudar seu comportamento.
e) eleitoras cujos hábitos de consumo possam servir de modelo para seu comportamento nas eleições.
18
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
7 Analise a capa de filme a seguir e o verbete sobre a mes- b) identifique outro sentido cabível ao pronome vós, caso
ma obra. tomado em uma perspectiva religiosa.
Reprodu•‹o/Riofilme
19
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
grupos políticos que defendiam os valores da família tradicional e eram contrários à reprodução independente. A produção de
ignorância parece aumentar sempre que há um desgaste histórico na parceria entre governantes e cientistas, pois isso compro-
mete a comunicação científica. A desinformação, portanto, não é uma consequência das redes sociais. A natureza do conteúdo
não mudou, mas as mídias digitais aceleraram sua disseminação e elevaram o patamar de alcance, possibilitando um impacto
muito maior.
TOLEDO, Karina. Agência Fapesp, 2 set. 2020. Disponível em: https://agencia.fapesp.br/negacionismo-cientifico-a-producao-politica-e-cultural-de-desinformacao/
34028/?fbclid=IwAR1IZrjD35lC-pnIsbNokb-r6QoRIP_0ViZ2vfyXf3GTobRU7gBZb_NH5dA. Acesso em: 19 nov. 2020.
20
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
— É.
Mergulhou o rosto nas duas mãos, soluçando:
— Então, como é que Arlete vai morrer nessa viagem besta?5 Como?!…
Várias pessoas vieram confortá-lo:
— Calma, Moacir, calma!
RODRIGUES, Nelson. Mausoléu. A vida como ela é …. O Homem Fiel e outros contos. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. p. 7.
11 Em certos enunciados, o vocábulo que assume valor anafórico, desempenhando papel de pronome relativo. É o que
ocorre em:
a) “achava que sentar, em pleno velório da esposa, seria uma desconsideração à morta” (ref. 1).
b) “A dor do viúvo, que estava provisoriamente amortecida, reagiu” (ref. 2).
c) “É que, do Rio para São Paulo ou vice-versa, não cai avião nenhum, ninguém morre” (ref. 4).
d) “— Sabem o que é que me dana?” (ref. 3).
e) “como é que Arlete vai morrer nessa viagem besta?” (ref. 5).
12 Leia o excerto.
Entre as coisas que me surpreendem e humilham, figura esta, fundamental, que é a cultura de meus amigos e conhecidos.
Não só a cultura no sentido clássico, mas também o conhecimento imediato das coisas e fatos que lhe estão sob os olhos no dia
a dia da existência. Quem está a meu lado sempre leu mais livros do que eu, conhece mais política do que eu, já esteve em mais
países do que eu, já teve mais casos sentimentais do que eu, estudou mais do que eu, praticou e pratica mais esportes. Paro e me
pergunto que fiz dos meus anos de vida. Já fui atropelado e sofri alguns acidentes, como explosão, queda e afogamento. Mas
entre os acidentados não estou na primeira fila.
FERNANDES, Millôr. Notas de um ignorante. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. p. 170.
Entre os termos destacados, o único que se refere a um termo que lhe é posterior está em:
a) “Entre as coisas que me surpreendem e humilham, figura esta”.
b) “o conhecimento imediato das coisas e fatos que lhe estão sob os olhos”.
c) “o conhecimento imediato das coisas e fatos que lhe estão sob os olhos”.
21
Orientação de estudo
Material de consulta: Caderno de Estudos 4 / Análise linguística / Capítulo 17: Classes de palavras nominais II:
pronomes
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
• Leia o item 1 da seção Neste • Leia o item 1 do Capítulo 17. • Faça as questões 7 e 8 do
módulo. • Faça as questões 4 a 6 do Capítulo 17.
1
• Faça as questões 1 a 3 do Capítulo 17.
Capítulo 17.
• Leia o item 3 da seção Neste • Leia o item 3 do Capítulo 17. • Faça as questões 21 e 22 do
módulo. • Faça as questões 18 a 20 do Capítulo 17.
3
• Faça as questões 15 a 17 do Capítulo 17.
Capítulo 17.
• Leia o item 4 da seção Neste • Leia o item 4 do Capítulo 17. • Faça as questões 29 e 30 do
módulo. • Faça as questões 26 a 28 do Capítulo 17.
4
• Faça as questões 23 a 25 do Capítulo 17.
Capítulo 17.
PREPARE-SE
Na aula seguinte, estudaremos a classe dos verbos. Pensando nisso, leia esta tirinha e reflita sobre as duas questões seguintes:
. A fala do personagem remete a uma definição dos verbos. Que definição é essa?
. Essa definição de fato se aplica a todos os verbos? Por quê?
Para se aprofundar nessa reflexão, leia o item 1 do Capítulo 18 (“A expressão dos eventos”).
EX TRAS!
22
EXTRAS!
a) as rimas entre Niciga e nicotina. Olhos nos olhos, quero ver o que você faz
b) o uso de metáforas como “força de vontade”. Ao sentir que sem você eu passo bem demais
E que venho até remoçando
c) a repetição enfática de termos semelhantes como fácil
e facilidade. me pego cantando
Sem mais nem porquê
d) a utilização dos pronomes de 2ª pessoa, que fazem um
E tantas águas rolaram
apelo direto ao leitor.
Quantos homens me amaram
e) a informação sobre as consequências do consumo do
Bem mais e melhor que você
cigarro para amedrontar o leitor.
Reprodução/ENEM, 2009.
E a vergonha
É a herança maior que meu pai me deixou;
Mas, enquanto houver voz no meu peito
Eu não quero mais nada
De p’ra todos os santos vingança,
Vingança clamar,
Ela há de rolar qual as pedras
23
EXTRAS!
Os principais recursos utilizados para envolvimento e adesão do leitor à campanha institucional incluem:
a) o emprego de enumeração de itens e apresentação de títulos expressivos.
b) o uso de orações subordinadas condicionais e temporais.
c) o emprego de pronomes como você e sua e o uso do imperativo.
d) a construção de figuras metafóricas e o uso de repetição.
e) o fornecimento de número de telefone gratuito para contato.
Fazer 70 anos
Fazer 70 anos não é simples.
A vida exige, para o conseguirmos,
perdas e perdas no íntimo do ser,
como, em volta do ser, mil outras perdas.
[...]
Ó José Carlos, irmão-em-Escorpião!
Nós o conseguimos...
E sorrimos
de uma vitória comprada por que preço?
Quem jamais o saberá?
ANDRADE, C. D. Amar se aprende amando. São Paulo: Círculo do Livro, 1992 (fragmento).
O pronome oblíquo o, nos versos “A vida exige, para o conseguirmos” e “Nós o conseguimos”, garante a progressão temá-
tica e o encadeamento textual, recuperando o segmento:
a) “Ó José Carlos”.
b) “perdas e perdas”.
c) “A vida exige”.
d) “Fazer 70 anos”.
e) “irmão-sem-Escorpião”.
ANOTAÇÕES
24
18 ANÁLISE LINGUÍSTICA
M Ó D U L O
COMPETÊNCIAS
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICAS E
HABILIDADES DA
BNCC
. Objetivo 1: Reconhecer o efeito das categorias verbais pessoa, número e tempo na textualidade,
COMPETÊNCIA 1
analisando interlocução e progressão textual.
. Objetivo 2: Associar os diferentes modos verbais à atitude do enunciador sobre o tema abordado.
EM13LGG102
EM13LGG103
EM13LP02
EM13LP07
Neste módulo
COMPETÊNCIA 2
EM13LGG203
1 Pessoa e número COMPETÊNCIA 3
EM13LGG302
As desinências dos verbos podem indicar a que pessoa do discurso cada forma verbal se refere, expressan-
do ainda número (singular ou plural).
2 Tempo verbal
As flexões verbais situam o evento em determinado momento, que pode ser anterior, posterior ou simultâneo
ANÁLISE LINGUÍSTICA
25
Momento da
enunciação
Com a forma “fo- Com a forma trouxe, o Trata-se do tempo A forma “vou
ram condenados”, personagem pergunta no qual os perso- soltar” indica que
o personagem se já aconteceu o evento nagens enunciam o evento da liber-
situa o evento “trazer o habeas corpus”. suas falas. tação dos leões
em um momento será posterior à
anterior à sua enunciação.
enunciação.
3 Modo verbal
A propriedade modo verbal reflete a atitude do enunciador sobre o evento enunciado, que pode ser tratado
como real, possível ou necessário/desejável.
O indicativo expressa evento tido como real pelo enunciador, que se compromete com o valor de verdade
do que enuncia.
No anúncio, são feitas duas declarações taxativas. Em ambas, o verbo ser é conjugado no modo indi-
cativo (“é cultivar a paz” e “é crime”).
26
Reprodução/Projeto Plurais
Nesse texto, o verbo ser se refere a algo irreal: a possibilidade de o enunciatário não ser quem real-
mente é.
O imperativo assume valor diretivo, expressando um comando (ordem, pedido, conselho ou súplica) ao
enunciatário.
Reprodução/Vandal
No exemplo, a flexão do verbo ser veicula um conselho ao receptor da mensagem: “seja você”.
ANÁLISE LINGUÍSTICA
27
DESEN V OLV ENDO H A BIL ID A DE S
1 Tendo em mente que o eu lírico do soneto busca estabelecer um diálogo, responda ao que se pede.
a) Explique como as formas verbais contribuem para construção do diálogo.
b) Identifique o tipo de relação vivido entre o eu lírico e a outra pessoa, justificando sua resposta com eventos mencionados
na segunda estrofe.
b) Explique como a flexão das formas verbais contribui para estabelecer esse contraste.
Traduzir
Link
BILAC, Olavo. "No meio do caminho".
+ Novo Comentário
28
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
No texto seguinte, você terá contato com uma variedade europeia da língua portuguesa. Ao lê-lo, busque identificar usos
linguísticos diferentes dos que são comuns na variedade que você adota.
#cultura_digital
ANÁLISE LINGUÍSTICA
Nos vídeos da campanha publicitária citada, os modos verbais são utilizados de forma variada para obter diferentes efeitos. Você
pode observar isso comparando duas letras: a do rapper Ace (sobre xenofobia e racismo) e a da rapper M7 (sobre transfobia).
Para acessar esses conteúdos, pesquise pelo slogan da campanha (“Combate o ódio com respeito”) em sites de busca.
29
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
b) é recorrente o modo verbal subjuntivo, expressando a incerteza do enunciador sobre os efeitos da publicidade.
c) ocorrem formas do modo imperativo, como recurso para persuadir o público-leitor a valorizar as “batalhas entre rappers”.
d) predominam formas do modo verbal indicativo, expressando o comprometimento do enunciador com a veracidade dos
eventos.
e) há alternância entre formas do modo indicativo e do modo imperativo, embora ambas tenham a finalidade comum de
expressar os eventos ocorridos.
5 Analise as formas verbais do slogan da campanha publicitária (“Combate o ódio com respeito”) e do seguinte
verso da rapper M7: “acredita em ti, em ti tudo é perfeito, nasceste assim para pôr fim ao preconceito”. Sobre elas, é
correto afirmar que:
a) combate e acredita são formas verbais indicativas que veiculam, respectivamente, um pedido e um incentivo.
b) combate e acredita constituem declarações, indicando ações realizadas por diferentes agentes implícitos no contexto.
c) combate e nasceste expressam, em momentos passados, eventos que se complementam na valorização da diversidade.
d) combate e acredita se referem à 2ª pessoa do discurso, ordenando que o enunciatário abandone seus antigos pre-
conceitos.
e) combate e acredita são formas imperativas, sendo a primeira menos comum em publicidades brasileiras do que a forma
combata.
6 Em diferentes redes sociais, a página Autolembrete publica mensagens de alerta a seus seguidores. Entre textos
motivacionais e orientações de comportamento, os responsáveis pela página publicaram este post:
Reprodução/Autolembrete
Nessa mensagem, infere-se uma visão de mundo segundo a qual opiniões polêmicas:
30
Orientação de estudo
Material de consulta: Caderno de Estudos 4 / Análise linguística / Capítulo 18: Verbo: formas e propriedades
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
• Leia o item 3 da seção Neste • Leia o item 4 do Capítulo 18. • Faça as questões 16 e 17 do
módulo. • Faça as questões 13 a 15 do Capítulo 18.
2
• Faça as questões 10 a 12 do Capítulo 18.
Capítulo 18.
EX TRAS!
1
Toca a sirene na fábrica,
e o apito como um chicote
bate na manhã nascente
e bate na tua cama
no sono da madrugada.
Ternuras da áspera lona
pelo corpo adolescente.
É o trabalho que te chama.
Às pressas tomas o banho,
tomas teu café com pão,
tomas teu lugar no bote
no cais do Capibaribe.
Deixas chorando na esteira
teu filho de mãe solteira.
Levas ao lado a marmita,
contendo a mesma ração
do meio de todo o dia,
a carne-seca e o feijão.
De tudo quanto ele pede
dás só bom-dia ao patrão,
e recomeças a luta
31
EXTRAS!
Reprodução/ENEM, 2018.
Nesse texto, busca-se convencer o leitor a mudar seu comportamento por meio da associação de verbos no modo impera-
tivo à:
a) indicação de diversos canais de atendimento.
b) divulgação do Centro de Defesa da Mulher.
c) informação sobre a duração da campanha.
d) apresentação dos diversos apoiadores.
e) utilização da imagem das três mulheres.
ANOTAÇÕES
32
19 ANÁLISE LINGUÍSTICA
M Ó D U L O
COMPETÊNCIAS
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICAS E
HABILIDADES DA
BNCC
. Objetivo 1: Analisar os arranjos sintáticos do advérbio, vinculando-o a outros termos da frase ou à
COMPETÊNCIA 1
opinião do enunciador e descrevendo sentidos resultantes de sua posição na frase.
. Objetivo 2: Correlacionar advérbios e partes do texto quando empregados em função coesiva, de-
EM13LGG103
EM13LP02
terminando seus referentes fóricos ou dêiticos.
EM13LP06
. Objetivo 3: Descrever aspectos semânticos de advérbios, apontando circunstâncias, explicitando EM13LP07
pressupostos e explicando efeitos de sentido em textos.
COMPETÊNCIAS
1E7
Neste módulo EM13LP44
33
2 Texto: advérbios e coesão
CONTEXTO
TEXTO
Referente
anafórico
LÁ Referente
dêitico
Referente
catafórico
MEIO
por vontade CAUSA PREÇO por R$ 1.000
estudar
34
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
O papel dominante dos militares vai 12aos poucos se enraizando, e eles passam a ser atores políticos fundamentais, 13em
particular 14nos períodos de crise política ou econômica. 15No Paquistão de hoje, por exemplo, o exército paira sobre o siste-
ma político, e os líderes políticos precisam se assegurar de que contam com o apoio militar se 16não quiserem ser derrubados.
Um exemplo 17ainda 18mais impressionante é o da Bolívia, onde ocorreram inacreditáveis 193 golpes de Estado 19desde a
independência, em 1825.
O pretorianismo é 20mais evidente no mundo em desenvolvimento, sendo citado 21com maior frequência em regiões como
América Latina, Sudeste Asiático e África Subsaariana. 22Em muitos países, os militares eram a instituição política 23mais forte
24
no momento da independência, portanto, eles continuaram a mediar os conflitos políticos civis 25bem 26depois do período
pós-independência.
TAYLOR, Steven L. Política: 50 conceitos e teorias fundamentais explicados de forma clara e rápida. São Paulo: Publifolha, 2016. p. 48.
As diversas circunstâncias expressas pelos advérbios são fundamentais para lapidar as ideias em um texto, conferindo-lhes
mais detalhamento e precisão. Analise os advérbios e as locuções adverbiais destacados no texto e identifique o termo ao
qual se associam e sua respectiva classe gramatical.
4 No contexto atual
5 frequentemente
6 por vezes
7 totalmente
8 discretamente
9 intrinsecamente
10 mais
11 claramente
12 aos poucos
13 em particular
15 No Paquistão de hoje
16 não
17 ainda
18 mais
20 mais
22 Em muitos países
23 mais
24 no momento da independência
ANÁLISE LINGUÍSTICA
25 bem
35
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
Laerte/Acervo da Cartunista
Há advérbios que não se associam a termos específicos da frase, mas projetam nela o estado de espírito ou a opinião do
enunciador – são chamados de advérbios de enunciação, como os da tirinha de Laerte. Com base nisso, avalie os termos
destacados nos textos abaixo e assinale a alternativa em que o advérbio seja de enunciação:
a) Ainda tímidas e sem apoio estatal, as cooperativas de trabalho formadas por mulheres encarceradas aceleram a ressocializa-
ção. As detentas aprendem o ofício, montam um negócio, encontram compradores e repartem o lucro.
A cooperativa não é somente uma fonte de renda, mas um passaporte de ressocialização. Quando saem da prisão, podem
seguir no projeto ou vender individualmente.
Desde 2014, essa é a experiência de detentas do Centro de Reeducação Feminino de Ananindeua, em Belém (PA), palco da
Coostafe (Cooperativa Social de Trabalho Arte Feminina Empreendedora). No projeto, idealizado pela ex-diretora do CRF Car-
men Botelho, as mulheres confeccionam artesanatos e roupas.
PAIXÃO, Mayara. Cooperativas de trabalho ajudam a ressocializar presas. Folha de S.Paulo, 20 out. 2020. Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2020/10/cooperativas-de-trabalho-ajudam-a-ressocializar-presas.shtml. Acesso em: 30 out. 2020.
b) Os constantes e agressivos ataques às nossas instituições democráticas têm provocado, felizmente, reações de resistência
na sociedade brasileira. [...] Além das importantes e necessárias ações de resistência, temos a oportunidade, e a necessidade,
de avançar numa agenda propositiva de aprofundamento e aperfeiçoamento de nossa democracia.
GRAJEW, Oded. Uma agenda pela democracia. Folha de S.Paulo, 12 ago. 2020. Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2020/08/uma-agenda-pela-democracia.shtml. Acesso em: 30 out. 2020.
c) As máscaras faciais se tornaram um item obrigatório para proteger a própria saúde e a dos outros, em meio à pandemia do
novo coronavírus. É difícil, atualmente, imaginar sair de casa sem a peça. E se a máscara está no guarda-roupa de todos,
naturalmente aqueles que se interessam pelo universo fashion a tratam como mais um artigo de moda.
GONÇALVES, Ana Beatriz. De uso obrigatório e essencial, máscaras ganham cores e estampas e viram peças de moda. Folha de S.Paulo, 30 ago. 2020. Disponível em:
https://f5.folha.uol.com.br/estilo/2020/08/de-uso-obrigatorio-e-essencial-mascaras-ganham-cores-e-estampas-e-viram-pecas-de-moda.shtml. Acesso em: 30 out. 2020.
d) [...] Nelson Rodrigues, com seu delicioso exagero, dizia que a maior qualidade de Pelé era a “imodéstia absoluta”, a certeza de
ser muito superior a todos. Nelson dizia ainda que a bola o procurava, com a humildade de uma cadelinha.
Pelé sabia que era o melhor, mas também que precisava dos companheiros para brilhar intensamente. Escutava também
opiniões. [...]
[...] Messi não tem as virtudes físicas e emocionais de Pelé, e Cristiano Ronaldo não possui a fantasia, a inventividade, e não
dá tantos passes decisivos quanto o Rei. A perfeição existe? Seria Pelé perfeito?
TOSTÃO [Eduardo Gonçalves de Andrade]. Pelé possuía virtudes que Messi e Cristiano Ronaldo nunca tiveram. Folha de S.Paulo, 20 out. 2020. Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/tostao/2020/10/pele-possuia-virtudes-que-messi-e-cristiano-ronaldo-nunca-tiveram.shtml?origin=folha. Acesso em: 30 out. 2020.
e) Os EUA estão em chamas. Não são somente os prédios que ardem ali. Nas ruas de Nova York, Minneapolis, Atlanta e tantas
outras cidades construídas, literalmente, sobre os ossos de escravizados, negros e negras queimam o mito fundante de um
país livre e igual.
“Os ideais fundadores da nossa democracia eram falsos quando foram escritos. Foram os negros americanos que lutaram
para torná-los realidade”, escreveu no ano passado Nikole Hannah-Jones.
AMPARO, Thiago. Negros queimam mito da democracia americana. Folha de S.Paulo, 31 maio 2020. Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/thiago-amparo/2020/05/negros-queimam-mito-da-democracia-americana.shtml. Acesso em: 30 out. 2020.
36
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
3 Leia os textos abaixo para responder à questão. a) Na manchete do Texto I, a posição que a locução ad-
verbial ocupa na frase permite que ela seja associada
Texto I
a dois termos. Transcreva esses termos e explique o
Human Rights Watch oferece bolsa de pesquisa sentido resultante de cada combinação.
Texto II
37
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
38
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
Analise os advérbios destacados em “Canção do exílio” e em “Vou-me embora pra Pasárgada”, texto-base da questão an-
terior. Ambos os poemas estabelecem oposição entre aqui/cá e lá. Considerando seus respectivos contextos, assinale a al-
ternativa correta:
a) Em “Canção do exílio”, não há referente explícito do advérbio lá.
b) Em “Canção do exílio”, aqui se refere à terra que tem palmeiras.
c) Em “Canção do exílio”, há uma oposição entre aqui, lá e cá.
d) Em “Vou-me embora pra Pasárgada”, aqui representa um lugar de infelicidade.
e) Em “Vou-me embora pra Pasárgada”, o advérbio aqui faz referência à Espanha.
6 Sob o ponto de vista do sentido, os advérbios acrescentam aos termos com que se relacionam informações específicas,
chamadas de circunstâncias, como tempo, lugar, modo, etc. Nas tirinhas a seguir, identifique os advérbios ou as locuções
adverbiais e aponte a circunstância que expressam.
a)
39
40
c)
e)
d)
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
Real Life Adventures, Gary Wise and Lance Aldrich © 2009 GarLanCo/
Dist. by Andrews McMeel Syndication
7 Vacinações em massa costumam encontrar resistências de algumas parcelas da população, que, por isso, precisam ser per-
suadidas dos benefícios da imunização. Analise os elementos que compõem a peça publicitária abaixo para responder às
questões a seguir.
b) Os recursos gráficos que compõem a propaganda têm uma função decorativa e não contribuem com o processo de
persuasão. Você concorda com essa afirmação? Justifique sua resposta.
c) Explique como a oposição entre os advérbios amanhã e hoje se constitui como o principal argumento em favor da vaci- MîDULO 19 - ADVƒRBIO: VALORES E FUN‚ÍES
nação de meninas contra o HPV.
ANÁLISE LINGUÍSTICA
41
Orientação de estudo
Material de consulta: Caderno de Estudos 4 / Análise linguística / Capítulo 19: Advérbio: valores e funções
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
EX TRAS!
2 (Unicamp-SP)
Reprodução/UNICAMP, 2018.
42
EXTRAS!
Slow food
A favor da alimentação com prazer e da responsabilidade socioambiental, o slow food é um movimento que vai contra o
ritmo acelerado de vida da maioria das pessoas hoje: o ritmo fast-food, que valoriza a rapidez e não a qualidade. Traduzido na
alimentação, o fast-food está nos produtos artificiais, que, apesar de práticos, são péssimos à saúde: muito processados e muito
distantes da sua natureza – como os lanches cheios de gorduras, os salgadinhos e biscoitos convencionais etc. etc.
Agora, vamos deixar de lado o fast e entender melhor o slow food. Segundo esse movimento, o alimento deve ser:
• bom: tão gostoso que merece ser saboreado com calma, fazendo de cada refeição uma pausa especial do dia;
• limpo: bom à saúde do consumidor e dos produtores, sem prejudicar o meio ambiente nem os animais;
• justo: produzido com transparência e honestidade social e, de preferência, de produtores locais.
Deu pra ver que o slow food traz muita coisa interessante para o nosso dia a dia. Ele resgata valores tão importantes, mas
que muitas vezes passam despercebidos. Não é à toa que ele já está contagiando o mundo todo, inclusive o nosso país.
Disponível em: www.maeterra.com.br. Acesso em: 5 ago. 2017.
Algumas palavras funcionam como marcadores textuais, atuando na organização dos textos e fazendo-os progredir. No
segundo parágrafo desse texto, o marcador agora:
a) define o momento em que se realiza o fato descrito na frase.
b) sinaliza a mudança de foco no tema que se vinha discutindo.
c) promove uma comparação que se dá entre dois elementos do texto.
d) indica uma oposição que se verifica entre o trecho anterior e o seguinte.
e) delimita o resultado de uma ação que foi apresentada no trecho anterior.
Considerando o pressuposto estabelecido pelo advérbio agora e o contexto geral dessa propaganda, é coerente inferir que:
a) a montadora não estava vendendo o modelo sem vidros laterais e traseiro.
b) o envidraçamento tem o objetivo de diminuir agressões ao meio ambiente.
ANÁLISE LINGUÍSTICA
43
20 ANÁLISE LINGUÍSTICA
M Ó D U L O
Classes de conexão I:
causalidade e oposição
COMPETÊNCIA
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICA E
HABILIDADES DA
BNCC
. Objetivo 1: Reconhecer relações semânticas de causa, efeito e explicação, marcadas ou não por co-
COMPETÊNCIA 1
nectores, analisando os sentidos e efeitos de sentido delas decorrentes.
. Objetivo 2: Identificar relações semânticas de oposição expressas por meio de conectores adversa-
EM13LGG103
EM13LP02
tivos e concessivos, analisando os sentidos e efeitos de sentido delas decorrentes.
EM13LP06
EM13LP07
Neste módulo
44
2 Relações de oposição: adversidade e concessão
cia uma grande quantidade de materiais, e assim por ANDERSON, Chris. TED Talks: o guia oficial do TED para falar em público.
Rio de Janeiro: Intrínseca, 2016. p. 210.
diante.
A economia do conhecimento requer algo dife- Em relação ao último período do texto, formado por dois
rente. Cada vez mais, o conhecimento especializado, enunciados delimitados por ponto e vírgula, responda:
45
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
Texto II
Enchantagem
de tanto não fazer nada
acabo de ser culpado de tudo
esperanças, cheguei
tarde demais como uma lágrima
O pato
Lá vem o pato
Pata aqui, pata acolá
Lá vem o pato
Para ver o que é que há
O pato pateta
Pintou o caneco
b) Reescreva os dois últimos versos de “O pato”, usando
Surrou a galinha outro tipo de conector, sem alterar a relação de sentido
Bateu no marreco original.
Pulou do poleiro
No pé do cavalo
Levou um coice
Criou um galo
Comeu um pedaço
46
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
c) No Texto II, há duas ocorrências da expressão “de tan- encontrasse pela frente para usar de matéria-prima para
to”. É possível afirmar que elas estabelecem o mesmo a autorreplicação. [...]
tipo de nexo de sentido dos versos finais do Texto I? Atualmente, até ele acha que esse é um cenário impro-
Justifique.
vável, uma vez que um dispositivo desses, capaz apenas
de produzir réplicas de si mesmo, seria completamente
inútil. A não ser, é claro, que o objetivo seja mesmo o de
destruir a vida na Terra. Só um louco faria isso, é verdade.
Mas os loucos existem. Para a nossa sorte, eles não costu-
mam ser exímios nanocientistas.
[...]
NOGUEIRA, Salvador. A nanotecnologia e o fim da vida na Terra. Dossiê
Superinteressante – Ciência Proibida, ed. 416-A, jun. 2020, p. 59-60.
responsável por colher esses materiais e construir répli- significar o fim da raça humana”.
cas de si mesma. Agora pense no que aconteceria se essa [...]
pequena maravilha escapasse do laboratório e se multi- Essa preocupação não nasceu ontem. Em 1965, Gordon
plicasse descontroladamente por aí, “comendo” tudo que Moore, cofundador da Intel, notou que a capacidade dos
47
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
computadores dobrava a cada dois anos, aproximada- c) Reescreva a declaração do físico britânico, substituindo
mente. Agora, pense comigo: como o efeito é exponen- a conjunção adversativa mas pela concessiva embora.
cial, em pouco tempo conseguimos sair de modestas Faça as adaptações necessárias à manutenção do sen-
máquinas de calcular a supercomputadores capazes de tido original.
simular a evolução do Universo. Não é pouca coisa. E a
chamada “Lei de Moore” não está nem perto de ser revo-
gada. Na verdade, a expectativa é de que ela continue a
valer pelo menos nos próximos 20 ou 30 anos – isso se
não surgirem outras inovações tecnológicas, saídas da
nanotecnologia, que permitam empurrar ainda mais
adiante o limite máximo de informação que se consegue
processar num único chip.
[...]
NOGUEIRA, Salvador. O lado sinistro da inteligência artificial. Dossiê
Superinteressante – Ciência Proibida, ed. 416-A, jun. 2020, p. 62.
Som de preto
[...]
O nosso som não tem idade,
Não tem raça e nem vê cor.
b) Considerando o papel argumentativo das conjunções Mas a sociedade pra gente não dá valor.
adversativas, é correto afirmar que Stephen Hawking Só querem nos criticar, pensam que somos animais.
era mais otimista em relação ao desenvolvimento da
Se existia o lado ruim, hoje não existe mais,
inteligência artificial?
Porque o funkeiro de hoje em dia caiu na real.
Essa história de porrada, isto é coisa banal.
Agora pare e pense, se liga na responsa:
Se ontem foi a tempestade, hoje vira a bonança.
É som de preto, de favelado,
Mas quando toca ninguém fica parado.
MC AMILCKA (Amilcar Rosa Filho); MC CHOCOLATE (Antonio Carlos Gouveia Cunha).
Som de preto. In: DJ MARLBORO. Funk Brasil, Bem funk.
Rio de Janeiro: Som Livre, 2005.
48
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
49
Orientação de estudo
Material de consulta: Caderno de Estudos 4 / Análise linguística / Capítulo 20: Classes de conexão I:
causalidade e oposição
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
• Leia o item 2 da seção Neste • Leia o item 3 do Capítulo 20. • Faça as questões 18 e 19 do
módulo. • Faça as questões 14 a 17 do Capítulo 20.
2
• Faça as questões 10 a 13 do Capítulo 20.
Capítulo 20.
EX TRAS!
1
Cidade grande
Que beleza, Montes Claros. ficou urbe tão notória,
Como cresceu Montes Claros. prima-rica do Rio de Janeiro,
Quanta indústria em Montes Claros. que já tem cinco favelas
Montes Claros cresceu tanto, por enquanto, e mais promete.
ANDRADE, Carlos Drummond de.
No trecho “Montes Claros cresceu tanto, / [...],/ que já tem cinco favelas”, a palavra que contribui para estabelecer uma re-
lação de consequência. Dos seguintes versos, todos de Carlos Drummond de Andrade, apresentam esse mesmo tipo de
relação:
a) “Meu Deus, por que me abandonaste / se sabias que eu não era Deus / se sabias que eu era fraco.”
b) “No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu / a ninar nos longes da senzala – e nunca se esqueceu / chamava para
o café.”
c) “Teus ombros suportam o mundo / e ele não pesa mais que a mão de uma criança.”
d) “A ausência é um estar em mim. / E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, / que rio e danço e in-
vento exclamações alegres.”
e) “Penetra surdamente no reino das palavras. / Lá estão os poemas que esperam ser escritos.”
a) Mantendo-se a relação de sentido existente entre os segmentos “não nos deixeis cair em tentação” / “mas livrai-nos do
mal”, a conjunção mas poderia ser substituída pela conjunção e, de modo a dissipar o “mistério” a que se refere a autora?
Justifique.
b) Sem alterar seu sentido, reescreva o trecho da oração citado pela autora, colocando os verbos deixeis e livrai na 3ª pes-
soa do singular.
50
EXTRAS!
Argumento
Tá legal
Eu aceito o argumento
Mas não me altere o samba tanto assim
Olha que a rapaziada está sentindo a falta
De um cavaco, de um pandeiro e de um tamborim
Sem preconceito
Ou mania de passado
Sem querer ficar do lado
De quem não quer navegar
Faça como o velho marinheiro
Que durante o nevoeiro
Leva o barco devagar.
PAULINHO DA VIOLA. Disponível em: www.paulinhodaviola.com.br. Acesso em: 6 dez. 2012.
Na letra da canção, percebe-se uma interlocução. A posição do emissor é conciliatória entre as tradições do samba e os
movimentos inovadores desse ritmo. A estratégia argumentativa de concessão, nesse cenário, é marcada no trecho:
a) “Mas não me altere o samba tanto assim”.
b) “Olha que a rapaziada está sentindo a falta”.
c) “Sem preconceito / Ou mania de passado”.
d) “Sem querer ficar do lado / De quem não quer navegar”.
e) “Leva o barco devagar”.
ANOTAÇÕES
51
21 ANÁLISE LINGUÍSTICA
M Ó D U L O
Neste módulo
Um evento depende de outro para Se, caso, desde que, contanto que, a
Condição
ocorrer. menos que, a não ser que.
Um evento é realizado com a intenção Para, a fim de, com o intuito de, com
Finalidade
de gerar outro. o objetivo de.
52
DESEN V OLV ENDO H A BIL ID A DE S
c) A opção pela oração condicional está associada a um riscos diretos do próprio aumento da temperatura sobre a
posicionamento acerca da necessidade de distancia- saúde humana. Ondas de calor podem ser fatais.
mento social durante a pandemia. Explique a relação [...]
entre a conjunção se e uma postura de precaução em Se o planeta aquecer 1,5 °C até o fim do século (ou
relação à transmissão da doença. mais ou menos 0,5 °C de agora até 2100, o que é muito
pouco), os impactos já existem, mas ainda são relativa-
mente manejáveis. Se o aumento for de 2 °C, a situação
já fica mais dramática. Lembrando que limitar o aqueci-
mento em 1,5 °C é a meta desejada do Acordo de Paris.
ANÁLISE LINGUÍSTICA
53
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
um plano do que considera ser capaz de cumprir. Mas já 3 Leia os textos a seguir para responder ao que se pede.
se sabe que os compromissos estabelecidos por cada país
Texto I
não fecham a conta.
[...]
[...]
Evidencia-se, portanto, que a manipulação advinda
GIRARDI, Giovana. Quanto mais quente, pior. Estadão, 29 ago. 2020. Disponível em:
https://www.estadao.com.br/infograficos/ciencia,quanto-mais-quente-pior,1116187. do controle de dados na internet é um obstáculo para
Acesso em: 12 nov. 2020.
a consolidação de uma educação libertadora. Por con-
Em ambos os textos, estão destacados enunciados con- seguinte, cabe ao Ministério da Educação investir em
dicionais introduzidos pela conjunção se. Analise os con- educação digital nas escolas, 1por meio da inclusão de
textos de cada um e responda: disciplinas facultativas, as quais orientarão aos alunos
a) Explique se as probabilidades de conversão da hipóte- sobre as informações pessoais publicadas na internet,
2
se em realidade são semelhantes nos dois textos. Jus- a fim de mitigar a influência exercida pelos algoritmos
tifique sua resposta. e, consequentemente, fomentar o uso mais consciente
das plataformas digitais. Além disso, é necessário que o
Ministério da Justiça, em parceria com empresas de tecno-
logia, crie canais de denúncia de “fake news”, 3mediante
a implementação de indicadores de confiabilidade nas
notícias veiculadas – como o projeto “The Trust Project”
nos Estados Unidos – 4com o intuito de minimizar o com-
partilhamento de informações falsas e o impacto destas
na sociedade. Feito isso, a sociedade brasileira poderá se
proteger contra a manipulação e a desinformação.
SILVA, Natália Cristina Patrício. A utilização dos meios de comunicação para manipular
comportamentos [...]. In: BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (INEP). A redação no Enem 2019: cartilha do participante. Brasília:
Inep/MEC, 2019. p. 39.
Texto II
[...]
b) Explique a função argumentativa dos enunciados con- Infere-se, portanto, que assegurar a privacidade e a
dicionais em cada texto.
liberdade de escolha na internet é um grande desafio no
Brasil. Sendo assim, o Governo Federal, como instância
máxima de administração executiva, deve atuar em favor
da população, 5através da criação de leis que proíbam a
venda de dados dos usuários, 6a fim de que empresas
que utilizam essa prática sejam punidas e a privacidade
dos usuários seja assegurada. Além disso, a sociedade,
como conjunto de indivíduos que compartilham valores
culturais e sociais, deve atuar em conjunto e combater a
manipulação e o controle de informações, 7por meio de
boicotes e campanhas de mobilização, 8para que os em-
presários sintam-se pressionados pela população e se-
jam obrigados a abandonar a prática.
[...]
CARDOSO, Mattheus Martins Wengenroth. O advento da internet possibilitou um
avanço das formas de comunicação [...]. In: BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). A redação no Enem 2019: cartilha do
participante. Brasília: Inep/MEC, 2019. p. 33.
54
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
desse exame de redação é a obrigatoriedade de apresen- problema dos muito pobres é a falta de renda, o dos in-
tar uma proposta de intervenção que respeite os direitos formais é a oscilação da renda.
humanos. Considerando os dois textos, analise as afirma- [...]
ções a seguir:
BOTELHO, Vinícius et al. Redesenho de programas reduziria pobreza em até 24% sem
I. Em cada parágrafo, a proposta de intervenção apre- gasto novo, estimam pesquisadores. Folha de S.Paulo, 13 set. 2020. Ilustríssima, p. B15.
São corretas:
a) II e III.
b) I e II.
c) II e IV.
d) II, III e IV.
b) Explique a função, no texto, da conjunção conclusiva
e) I, II, III e IV. portanto.
55
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
b) Com base na relação de sentido que o conector “à medida que” estabelece, explique como os enunciados proporcionais
contribuem para um texto que aborda as transformações no mercado de petróleo.
c) Reescreva as duas frases iniciadas pela locução conjuntiva “à medida que”, empregando outros conectores proporcionais
e fazendo apenas as adaptações que forem necessárias.
56
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
NOAA/Datawrapper
Com base nos dados disponíveis no gráfico (que originalmente acompanha o Texto II da questão 2) e em seus conhecimen-
tos de mundo, especialmente sobre a organização social do final do século XX até hoje, assinale a alternativa que faça uma
inferência incorreta:
a) À medida que o crescimento da população mundial se acentuou, o aquecimento global acelerou sua velocidade.
b) Quanto mais intensas são a industrialização, o consumo e a poluição do meio ambiente, mais calor faz.
c) Quanto menos ações governamentais contra o aquecimento são elaboradas e implantadas, mais quente fica o planeta.
d) A temperatura aumenta rapidamente à proporção que as calotas polares se derretem, em um círculo vicioso.
e) O planeta sofre um aumento de temperatura na medida em que a medicina avança e cresce a expectativa de vida.
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
57
EX TRAS!
1 (ITA-SP) Os trechos abaixo foram baseados em “Retratos do entardecer”, de Marcos Pivetta, publicado na revista Pesquisa
Fapesp, maio/2003. Neles, foram feitas alterações para a formação de períodos distintos. Leia-os com atenção, buscando
observar se o último período de cada trecho estabelece uma relação de conclusão ou consequência com os anteriores do
mesmo trecho.
I. Os preocupantes índices de deterioração cognitiva em idosos [...] são um indício de que uma série de problemas devem
aparecer num futuro próximo, em especial demências como o mal de Alzheimer, e perda de autonomia para a realização
das tarefas cotidianas. Esses idosos, se a deterioração mental avançar, terão de ser assistidos por alguém diuturnamen-
te. (p. 37-8)
II. [...] o nível de escolaridade dos idosos parece se comportar como um marcador de sua condição geral de saúde, sobre-
tudo de seus aspectos cognitivos. Aparentemente, quanto maior o grau de educação formal do entrevistado, menor seu
desconforto físico e mental. (p. 36)
III. Embora a relação entre escolaridade e distúrbios cognitivos realmente exista, ela deve ser um pouco relativizada. Os
idosos sem estudo têm mais dificuldade de responder ao questionário dos pesquisadores. Muita gente com pouca ou
nenhuma escolaridade acaba sendo rotulada, erroneamente, de demente ou portadora de problemas mentais. (p. 38)
Pode-se afirmar que o último período do mesmo trecho constitui uma conclusão ou consequência em
a) I e II. b) I e III. c) apenas II. d) II e III. e) todas.
2 (Uerj)
Reprodução/UERJ, 2016.
No último quadrinho, formula-se uma analogia moral, quando se sugere que não é possível ver tudo o que acontece à fren-
te dos olhos.
58
EXTRAS!
aumenta a capacidade cerebral. Com 20% ela consegue Nelson Torro: Nesse caso, é mais fácil quantificar: 0%.
controlar as células do corpo. Com 50% ela controla a ma- (risos)
téria e com 60% ela pode controlar pessoas. O que há de Em sua opinião, o que poderemos fazer ao alcançar-
verdade nisso e o que há de exagero? mos 100% da nossa capacidade cerebral?
59
EXTRAS!
Nelson Torro: Sempre vale a pena investirmos no aprendizado de novas habilidades e conhecimentos. Torna a vida mais
mental, mais rica.
ALVES, Nelson Torro. Entrevista. Disponível em: http://www.fiqueligado.com.br/single-noticias/. Acesso em: 16 de agosto de 2014.
“Lucy vai ganhando novas habilidades à medida que aumenta a capacidade cerebral.”
Podemos substituir a expressão “à medida que”, sem alteração de sentido da frase, por:
a) porque. c) à proporção que. e) entretanto.
b) quando. d) de modo que.
GABARITO – EXTRAS!
b) Embora em desacordo com as normas da gramáti- 4 a) É próprio das conjunções adversativas introduzirem
ca do padrão culto, é muito comum a troca dos pro- os dados de maior peso argumentativo em uma frase.
nomes pessoais o/a pelo pronome lhe. Mas esse uso Por isso, infere-se no enunciado que a oração introdu-
se verifica normalmente quando se trata de recuperar zida pelo conector mas, embora implícita, refere-se a
as formas de tratamento você, o senhor e a senhora, algo visto pelo enunciador como mais relevante do
e não o pronome pessoal de 3ª pessoa ela. É nesse que o fato de mais uma criança ter sido baleada. Na
tipo de observação que, provavelmente, se apoiam os imagem, o tamanho enorme ocupado pela conjunção
editores para trocar o ela da segunda estrofe, nas mas busca representar seu efeito argumentativo. Com
suas duas ocorrências, pelo pronome de tratamento isso, a charge explicita e condena o discurso, por ve-
você, por ser mais compatível com o lhe da primeira zes adotado por autoridades públicas, que minimiza o
estrofe. efeito da violência urbana sobre cidadãos indefesos.
60
8 L I T ER AT UR A E A R T E COMPETÊNCIAS GERAIS C3.C4
M Ó D U L O
A estética realista
COMPETÊNCIAS
ESPECÍFICAS
Objetivos de aprendizagem E HABILIDADES
DA BNCC
. Objetivo 1: identificar e compreender os principais recursos da estética realista e suas manifestações
COMPETÊNCIA 1
na contemporaneidade.
EM13LGG101
. Objetivo 2: identificar os principais efeitos de sentido acionados por Eça de Queiroz em sua obra. EM13LP03
EM13LP04
COMPETÊNCIA 6
EM13LGG604
Máscara II (2001-2002),
de Ron Mueck.
Fatores sociais e
Postura crítica
psicológicos
LITERATURA E ARTE
Busca da Verdade
CIÊNCIA RAZÃO
61
Alamy/Fotoarena
Desvio para o vermelho: Impregnação, Entorno, Desvio (1967-1984), de Cildo
Meireles.
A estética realista entrou em vigor a partir da segunda metade do século XIX.
Mas é um erro imaginar que ela tenha desaparecido logo no século seguinte.
Na verdade, conceitos realistas continuam presentes em muitas obras de
arte contemporâneas. Na imagem, temos uma das partes da obra Desvio para
o vermelho, de Cildo Meireles, constituída por um cenário doméstico
convencional, de dimensões realistas. No entanto, o fato de haver mobiliário e
ornamentos em uma única cor amplia as fronteiras estéticas estabelecidas,
levando à reflexão sobre os limites do realismo na arte.
2 Eça de Queiroz
Crítica à Retrato da
EÇA DE
influência sociedade
QUEIROZ
romântica portuguesa
Denúncia da
Retomada crítica
hipocrisia
da tradição
religiosa
Principais obras:
62
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de que
o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma
ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas. [...] Aparentemente, há nada mais contris-
tador que uma dessas terríveis pestes que devastam um ponto do globo? E, todavia, esse suposto mal é um benefício, não só por-
que elimina os organismos fracos, incapazes de resistência, como porque dá lugar à observação, à descoberta da droga curativa.
A higiene é filha de podridões seculares; devemo-la a milhões de corrompidos e infectos. Nada se perde, tudo é ganho.
(Quincas Borba, 2016.)
1 (Unesp-SP) Considerando o contexto histórico de produção, verifica-se no trecho uma alusão irônica:
a) à teoria darwiniana. c) à ideologia capitalista. e) à ideologia socialista.
b) à filosofia idealista. d) à filosofia iluminista.
Reprodução/Cosac Naify
Capa e páginas do livro Passaporte (2001), de Fernando Bonassi.
As imagens mostram a capa e duas páginas de Passaporte, de Fernando Bonassi. O livro é constituído de pequenos relatos
de viagens. O relato de número 132 é este:
paisagem suburbana
Sob a luz amarela que o boteco manda, tá lá um corpo estendido no chão. Mal-ajambrado sobre a calçada, dedilha porcarias
na valeta. Há muito tempo, um RG amarfanhado identifica uma data de coisas, como pais ausentes e a terra natal aonde nunca
voltará. Boa coisa não era. Bom motivo não há. Um sangue gosmento que enxurradas vindouras lavarão de vez pra boca dos
lobos. Quase sorrindo, é certo que foi dessa pra melhor. Aos mais vivos (ou preguiçosos), restará não soltar pios que sejam, en-
quanto fardas varejarem em torno, procurando cápsulas & perfurações.
(São Paulo – Brasil – 1997)
BONASSI, Fernando. Passaporte. São Paulo: Cosac Naify, 2001.
Mesmo tendo sido escrito mais de cem anos após a vigência do Realismo no Brasil, o livro de Fernando Bonassi apresenta
alguns traços dessa escola literária. Com base na observação das imagens e na leitura do texto, aponte esses traços. MÓDULO 8 - A ESTÉTICA REALISTA
LITERATURA E ARTE
63
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
3 No romance O primo Bas’lio, Luísa vive harmoniosamente com o marido Jorge até a chegada de Basílio, um primo que não
via há muito tempo. Basílio se aproveita da ausência de Jorge para seduzir a prima. Luísa se deixa levar, convencida de que
estava apaixonada e viveria as aventuras amorosas que acompanhava nos romances que lia. O trecho a seguir trata dessas
leituras.
[...] Em solteira, aos dezoito anos entusiasmara-se por Walter Scott e pela Escócia; desejara então viver num daqueles caste-
los escoceses, que têm sobre as ogivas os brasões do clã, mobiliados com arcas góticas e troféus de armas, forrados de largas
tapeçarias, onde estão bordadas legendas heroicas, que o vento do lago agita e faz viver; e amara Ervandalo, Morton e lvanhoé,
ternos e graves, tendo sobre o gorro a pena de águia, presa ao lado pelo cardo de Escócia de esmeraldas e diamantes. Mas agora
era o moderno que a cativava: Paris, as suas mobílias, as suas sentimentalidades. Ria-se dos trovadores, exaltara-se por Mr. de
Camors; e os homens ideais apareciam-lhe de gravata branca, nas ombreiras das salas de baile, com um magnetismo no olhar,
devorados de paixão, tendo palavras sublimes. Havia uma semana que se interessava por Margarida Gautier; o seu amor infeliz
dava-lhe uma melancolia enevoada; via-a alta e magra, com o seu longo xale de caxemira, os olhos negros cheios de avidez da
paixão e dos ardores da tísica; nos nomes mesmo do livro — Júlia Duprat, Armando, Prudência, achava o sabor poético de uma
vida intensamente amorosa; e todo aquele destino se agitava, como numa música triste, com ceias, noites delirantes, aflições
de dinheiro, e dias de melancolia no fundo de um cupê quando nas avenidas do Bois, sob um céu pardo e elegante, silenciosa-
mente caem as primeiras neves.
QUEIROZ, Eça de. O primo Basílio. Cotia: Ateliê Editorial, 1998. p. 60-61.
Discuta com os colegas a seguinte questão: a leitura tem o poder de influenciar a conduta das pessoas?
No texto, o emprego de artigos definidos e a omissão de artigos indefinidos têm como efeito, respectivamente,
a) atribuir às personagens traços negativos de caráter; apontar Oliveira como cidade onde tudo acontece.
b) acentuar a exclusividade do comportamento típico das personagens; marcar a generalidade das situações que são
objeto de seus comentários.
c) definir a conduta das duas irmãs como criticável; colocá-las como responsáveis pela maioria dos acontecimentos na cidade.
d) particularizar a maneira de ser das manas Lousadas; situá-las numa cidade onde são famosas pela maledicência.
e) associar as ações das duas irmãs; enfatizar seu livre acesso a qualquer ambiente na cidade.
64
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
PREPARE-SE
Na próxima aula, vamos começar a estudar Machado de Assis. Acesse nosso vídeo para introduzir o assunto.
EX TRAS!
d) Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezes- a) caracterização pejorativa do comportamento da mu-
seis anos... lher solteira.
e) ... o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins se- b) concepção irônica acerca dos valores morais inerentes
cretos da criação. à vida conjugal.
65
EXTRAS!
c) contraposição entre a idealização do amor e as impo- b) no rebaixamento de Portugal em relação a outras na-
sições do trabalho. ções europeias.
d) expressão caricatural do casamento pelo viés do sen- c) na visão contrastante que o narrador oferece entre
timentalismo burguês. Portugal e França.
enterrar esses mortos, e a vivermos nós, os vivos!... Irra! São Marechala: tipo de essência perfumada.
cinco de Abril!... é o bom tempo da serra!
[...] No trecho, a convivência de elementos românticos e rea-
[...] E recolhemos sem que Jacinto emergisse do silên- listas é notável:
cio enrugado em que se abismara, com os braços rigida- a) na distância entre a expressão amorosa e o evento re-
mente cruzados, como remoendo pensamentos decisivos latado, desprovido de sentimentos.
e forte. Depois, em frente ao Arco do Triunfo, moveu a ca- b) no tom contido da narração ao se referir a uma expe-
beça, murmurou: riência amorosa vivida com intensidade.
Um dos recursos de estilo utilizados por Eça de Queiroz d) nas oscilações da voz narrativa, dividida entre a emo-
em sua obra é a ironia, presente no trecho: tividade da vivência e a objetividade do relato.
a) na maneira como o narrador descreve o entusiasmo do e) no contraste entre o arrebatamento sentimental e o
amigo. esforço no sentido do autocontrole das emoções.
66
9 L I T ER AT UR A E A R T E
M Ó D U L O
COMPETÊNCIAS
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICAS
E HABILIDADES
DA BNCC
. Objetivo 1: conhecer a biografia e as características gerais da obra do escritor Machado de Assis.
. Objetivo 2: reconhecer as principais características de estilo do escritor, como a elegância linguís-
COMPETÊNCIA 1
EM13LGG101
tica, o diálogo com o leitor e a metalinguagem.
COMPETÊNCIA 2
. Objetivo 3: reconhecer a dimensão social representada na obra do autor, bem como o posicionamento EM13LGG201
crítico em relação a comportamentos morais da sociedade brasileira. EM13LGG202
EM13LGG204
COMPETÊNCIA 3
EM13LP50
Dramaturgo
venho visitar-te; e me recebes
na sala trajestada com simplicidade
onde pensamentos idos e vividos
Poeta
perdem o amarelo
de novo interrogando o céu e a noite.
Romancista
[...]
[...]
ANDRADE, Carlos Drummond de. In: ANDRADE, Carlos Drummond de. Nova reuni‹o:
23 livros de poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p. 311-313.
67
2 Os romances da maturidade de Machado de Assis
ROMANCES DA MATURIDADE
Memórias póstumas
Quincas Borba (1891) Dom Casmurro (1899) Esaú e Jacó (1904) Memorial de Aires (1908)
de Brás Cubas (1881)
Reprodução/Ateliê Editorial
Metalinguagem
Reprodução/Ateliê Editorial
(reflexões sobre a própria obra)
Digressão
Reprodução/Ateliê Editorial
(interrupção momentânea da narrativa)
. Pessimismo
. Humor e ironia
. Intertextualidade
. Diálogo com o leitor
. Elegância de estilo
. Complexidade psicológica
Reprodução/L&PM
Reprodução/Editora Saraiva
COLETÂNEAS DE CONTOS
68
DESEN V OLV ENDO H A BIL ID A DE S
69
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
70
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
públicas, com os sinais do fugido” (4o parágrafo). O fragmento do conto “O segredo do Bonzo”, de Machado
b) argumenta contra a escravidão e contra o preconceito de Assis, revela:
racial, como fica claro no trecho “Sucedia ocasional- a) uma censura aos médicos que, por não conhecerem o
mente apanharem pancada, e nem todos gostavam de verdadeiro diagnóstico de uma patologia, inventam
apanhar pancada” (3o parágrafo). soluções terapêuticas absurdas e arriscadas.
e) descreve a escravidão como uma organização econô- e) o desdém manifesto por uma sociedade que está mais
mico-social, tal como se percebe no trecho “A escravi- preocupada com a aparência do que com a essência a
dão levou consigo ofícios e aparelhos, como terá suce- ponto de se convencer da eficácia do remédio propos-
dido a outras instituições sociais” (1o parágrafo). to por Diogo Meireles.
71
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
Reprodução/guiadoestudante.abril.com.br
Wikipedia/Wikimedia Commons
9 As imagens a seguir são fotografias de Machado de Assis.
A primeira é original e a segunda foi colorida pela Faculdade
Zumbi dos Palmares para uma campanha de reivindicação
de reconhecimento da negritude do autor.
Nos últimos anos, no Brasil, uma série de movimentos e or-
ganizações sociais tem se mobilizado pelo reconhecimento
de artistas e outras figuras importantes da sociedade que
foram historicamente embranquecidos (expressão que indi-
ca uma figura negra tida como branca pela história oficial).
Um exemplo é Nilo Peçanha, o primeiro presidente do Brasil
(1909-1910) descendente de negros, condição que ele mes-
mo negou algumas vezes em vida.
a) Realize uma pesquisa para encontrar duas personalidades negras que passaram por processos similares.
b) Compartilhe com os colegas as personalidades e um pequeno texto apresentando sua importância histórica.
Orientação de estudo
Material de consulta: Caderno de Estudos 4 – Literatura e Arte – Capítulo 9 – Visão crítica da realidade:
Machado de Assis
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
72
PREPARE-SE
O próximo módulo encerrará o seu trabalho com Literatura neste ano. Nele serão abordados os aspectos
fundamentais do Naturalismo. Para compreender melhor as diferenças entre Realismo e Naturalismo, acesse
o vídeo.
EX TRAS!
73
10 L I T ER AT UR A E A R T E
M Ó D U L O
COMPETÊNCIAS
ESPECÍFICAS
Objetivos de aprendizagem E HABILIDADES
DA BNCC
. Objetivo 1: identificar e compreender os principais recursos da estética naturalista.
COMPETÊNCIA 2
. Objetivo 2: identificar e compreender as especificidades da ocorrência do Naturalismo na literatura EM13LGG203
brasileira, com especial atenção à obra de Aluísio Azevedo. COMPETÊNCIA 3
EM13LGG302
Neste módulo EM13LGG303
1 A estética naturalista
Expressão artística Obras de tese
do Cientificismo
Exagero do
NATURALISMO
Realismo . Reação ao Romantismo
. Sexualização dos enredos
. Animalização dos personagens
Romance . Descrições detalhadas
experimental . Sensorialidade nas descrições
Émile Zola
(1840-1902) . Ênfase na hereditariedade
. Determinismo
. Status de prova científica
2 Naturalismo no Brasil
. 1881: publicação de O Mulato, de Aluísio Azevedo.
.
Rafael Neves/Arquivo da editora
Aluísio Azevedo
(1857-1913)
74
Rafael Neves/Arquivo da editora
. Romancista, contista, poeta, escritor e jornalista
. Também foi integrante da Marinha de Guerra e funcionário público
. Obra repleta de episódios de perversões e crimes
. Muito criticado por sua abordagem da homossexualidade em
Bom-Crioulo
. Morreu prematuramente de tuberculose aos 29 anos de idade
. Principal obra:
- Bom-Crioulo (1895)
. Outras obras publicadas pelo autor:
- A normalista (1893)
- No país dos ianques (1894)
Adolfo Caminha - Tentação (1896)
(1867-1897)
.
Rafael Neves/Arquivo da editora
O Mulato
Ana Rosa cresceu; aprendera de cor a gramática do Sotero dos Reis; lera alguma coisa; sabia rudimentos de francês e tocava
modinhas sentimentais ao violão e ao piano. Não era estúpida; tinha a intuição perfeita da virtude, um modo bonito, e por vezes
lamentara não ser mais instruída. Conhecia muitos trabalhos de agulha; bordava como poucas, e dispunha de uma gargantazi-
nha de contralto que fazia gosto de ouvir.
Uma só palavra boiava à superfície dos seus pensamentos: “Mulato”. E crescia, crescia, transformando-se em tenebrosa
O texto de Aluísio Azevedo é representativo do Naturalismo, vigente no final do século XIX. Nesse fragmento, o narrador
expressa fidelidade ao discurso naturalista, pois:
a) relaciona a posição social a padrões de comportamento e à condição de raça.
b) apresenta os homens e as mulheres melhores do que eram no século XIX.
LITERATURA E ARTE
75
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
76
Orientação de estudo
Material de consulta: Caderno de Estudos 4 – Literatura e Arte – Capítulo 10 – Visão crítica da realidade:
o Naturalismo brasileiro
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
EX TRAS!
1 (ESPM-SP)
A zoomorfização na Literatura, a despeito de qualquer outra característica estilística, sempre esteve presente, no entanto,
aparece principalmente nas obras com características realistas que, em contraponto àquelas com aspectos mais românticos,
têm o intento de retratar as mazelas da sociedade como espelho. [...]
Fez-se necessário uma Literatura condizente com o real e, para tanto, a zoomorfização de personagens foi utilizada com
maior ênfase. Paralelo ao Realismo, o Naturalismo é o momento em que mais se verifica este fenômeno. (Uesla Lima Soares,
O Animal Humano: Os paradigmas da zoomorfização social e sua representação literária, Anais do Festival Literário de Paulo
Afonso, 2017)
[O zoomorfismo] ocorre quando “o que é próprio do homem se estende ao animal e permite, por simetria, que o que é pró-
prio do animal se estenda ao homem.”
(Antonio Candido, De Cortiço a Cortiço, Novos Estudos CEBRAP, 1991).
2 (Fuvest-SP)
Texto I
Desde que a febre de possuir se apoderou dele totalmente, todos os seus atos, todos, fosse o mais simples, visavam um
interesse pecuniário. Só tinha uma preocupação: aumentar os bens. Das suas hortas recolhia para si e para a companheira os
piores legumes, aqueles que, por maus, ninguém compraria; as suas galinhas produziam muito e ele não comia um ovo, do que
no entanto gostava imenso; vendia-os todos e contentava-se com os restos da comida dos trabalhadores. Aquilo já não era am-
bição, era uma moléstia nervosa, uma loucura, um desespero de acumular, de reduzir tudo a moeda. E seu tipo baixote, socado,
LITERATURA E ARTE
de cabelos à escovinha, a barba sempre por fazer, ia e vinha da pedreira para a venda, da venda às hortas e ao capinzal, sempre
em mangas de camisa, de tamancos, sem meias, olhando para todos os lados, com o seu eterno ar de cobiça, apoderando-se,
com os olhos, de tudo aquilo de que ele não podia apoderar-se logo com as unhas.
Aluísio Azevedo, O cortiço.
77
EXTRAS!
Texto II
[...] Rubião é sócio do marido de Sofia, em uma casa de importação, à Rua da Alfândega, sob a firma Palha & Cia. Era o ne-
gócio que este ia propor-lhe, naquela noite, em que achou o Dr. Camacho na casa de Botafogo. Apesar de fácil, Rubião recuou
algum tempo. Pediam-lhe uns bons pares de contos de réis, não entendia de comércio, não lhe tinha inclinação. Demais, os gas-
tos particulares eram já grandes; o capital precisava do regime do bom juro e alguma poupança, a ver se recobrava as cores e as
carnes primitivas. O regime que lhe indicavam não era claro; Rubião não podia compreender os algarismos do Palha, cálculos
de lucros, tabelas de preço, direitos da alfândega, nada; mas, a linguagem falada supria a escrita. Palha dizia coisas extraordiná-
rias, aconselhava o amigo que aproveitasse a ocasião para pôr o dinheiro a caminho, multiplicá-lo.
Machado de Assis, Quincas Borba.
a) Como o contraste entre os trechos “já não era ambição, era uma moléstia nervosa, uma loucura, um desespero de acu-
mular” e “não entendia de comércio, não lhe tinha inclinação”, respectivamente sobre os personagens João Romão e
Rubião, reflete distintas linhas estéticas na prosa brasileira do fim do século XIX?
b) A partir das diferentes esferas sociais e práticas econômicas referidas nos fragmentos, trace um breve paralelo entre as
trajetórias dos protagonistas nos dois romances.
3 (Fuvest-SP) Os trechos seguintes foram extraídos do texto “Casas de cômodos”, que consiste em um apanhado de impres-
sões recolhidas pelo escritor Aluísio Azevedo. Leia-os para responder às questões.
I. Há no Rio de Janeiro, entre os que não trabalham e conseguem sem base pecuniária fazer pecúlio e até enriquecer, um
tipo digno de estudo – é o “dono de casa de cômodos”; mais curioso e mais completo no gênero que o “dono de casa de jogo”,
pois este ao menos representa o capital da sua banca, suscetível de ir à glória, ao passo que o outro nenhum capital representa,
nem arrisca, ficando, além de tudo, isento da pecha de mal procedido.
Quase sempre forasteiro, exercia dantes um ofício na pátria que deixou para vir tentar fortuna no Brasil; mas, percebendo
que aqui a especulação velhaca produz muito mais do que o trabalho honesto, tratou logo de esconder as ferramentas do ofício
e de fariscar os meios de, sem nada fazer, fazer dinheiro.
II. [...] há sempre uma quitandeira de quem o dono da casa de cômodos, começando por merecer a simpatia, acaba por
conquistar a confiança e o amor. Juntam-se e, quando ela dá por si, está cozinhando e lavando para todos os hóspedes do eleito
do seu coração, sem outros vencimentos além das carícias, que lhe dá o amado sócio.
Assim chega a empresa ao seu completo desenvolvimento, e o dono da casa de pensão começa a ganhar em grosso, acu-
mulando forte, sem trabalhar nunca, nem empregar capital próprio, até que um dia, farto de aturar o Brasil, passa com luvas o
estabelecimento e retira-se para a pátria, deixando, naturalmente também com luvas, a preciosa quitandeira ao seu substituto.
Aluísio Azevedo, Casas de cômodos.
a) Que recurso da estética naturalista surge já no início das notas, feitas em razão do cotidiano nacional da época? Justifique.
b) Para o leitor de O corti•o, salta à vista o aproveitamento que Aluísio Azevedo fez de parte dessas impressões ao conceber
a relação entre João Romão e Bertoleza. Há também, contudo, diferenças relevantes. Qual fator central na sociedade
brasileira do século XIX que acentua o tom perverso do final do romance? Justifique com base no enredo.
ANOTAÇÕES
78
GABARITO - EXTRAS!
2 a) Sim, a afirmação é correta. Brás Cubas, ao narrar a 4 a) Brás Cubas era um membro da elite escravocrata que
nunca trabalhou na vida. Sua existência foi toda entre-
própria trajetória de vida, reforça a ideia de que o traba-
gue a ocupações fúteis ou a projetos megalômanos e
lho é algo sem sentido, exaustivo e enfadonho. Essa
egocêntricos. Essa postura pode ser associada à atitude
postura é reforçada, no último capítulo do livro, pela
de “matar o tempo”, referida na máxima. Por mais que
satisfação que demonstra pelo fato de nunca ter traba-
essa existência pareça prazerosa, ela também está inse-
lhado. A vida da personagem D. Plácida é marcada pela
rida na natural evolução do tempo e é submetida à inar-
precariedade de condições financeiras, obrigando-a a
redável presença da morte. Daí a noção de que “o tem-
assumir uma existência de trabalho árduo, que não lhe
po nos enterra” – perspectiva melancólica que marca
garantiu nenhum tipo de ascensão ou reconhecimento
toda a obra.
social. No trecho, tal visão do trabalho é associada a
imagens ligadas ao rebaixamento e à deterioração de b) A máxima de Brás Cubas está perfeitamente adequa-
sua saúde, como “queimar os dedos nos tachos”, “co- da à teoria do Humanitismo, pois essa filosofia é a ex-
mer mal, ou não comer”, “andar de um lado para outro, pressão de um individualismo que afirma explicitamente
na faina, adoecendo e sarando” e “triste agora, logo a necessidade de “adorar-se a si próprio” e que exalta a
desesperada, amanhã resignada”. chamada “lei do mais forte”. Dessa forma, desde que o
prazer subjetivo seja mantido, pouco importa a dor do
b) A vida de D. Plácida é caracterizada pelo trabalho
próximo. Quincas Borba, autor da filosofia, chega a afir-
árduo, cotidiano e repetitivo, marcado exclusivamente
mar que a dor “é uma pura ilusão”.
pela sobrevivência e sem nenhum tipo de perspectiva
de ascensão social. O ritmo do texto reforça essa con-
Módulo 10 – Visão crítica da realidade:
cepção sobre a personagem ao apresentar um período
o Naturalismo brasileiro
longo, marcado por muitas vírgulas, que denotam uma
sequência de imagens ligadas à exaustão física, social e 1 c
moral.
2 a) Os trechos transcritos dos romances são exemplos
3 a) O Humanitismo é uma teoria desenvolvida e apre- das duas principais estéticas da prosa brasileira do final
LITERATURA E ARTE
sentada pelo personagem Quincas Borba, em que a “lei do século XIX: o Realismo e o Naturalismo. O corti•o é
do mais forte” é que rege o mundo. Segundo o filósofo, uma obra do movimento naturalista, escola literária em
GABARITO
aqueles que vencem merecem recompensas por isso. O que o Cientificismo e o retrato de patologias individuais
comportamento do personagem Rubião, no primeiro e sociais norteiam o desenvolvimento dos romances. No
79
trecho citado, João Romão é apresentado de maneira dinheiro, ao ser roubado por Cristiano Palha, enlouquece
caricatural, com destaque para sua “febre de possuir” e e morre sozinho, sem os bajuladores que o cercavam.
para a “loucura” que é tomado em nome do enriqueci- Seu fim no romance é, portanto, decadente. João Romão
mento. Quincas Borba, por sua vez, é um romance rea- termina o romance ascendendo socialmente, mas à cus-
lista da fase mais madura de Machado de Assis. Entre ta de um alto preço moral, o suicídio de Bertoleza. Trata-
suas principais características, nota-se a ênfase no cará- -se, portanto, de uma decadência moral e ética.
ter psicológico na construção dos personagens e a críti- 3 a) O recurso da estética naturalista presente no início de
ca social, sobretudo no que diz respeito aos valores ambas as notas é a observação da realidade contempo-
burgueses, marcados pela hipocrisia e pela exploração. rânea ao autor. Essa observação assume um ponto de
Isso se nota por meio da sutileza com que o autor suge- vista crítico, pois expõe um evento comum ao cotidiano
re a ingenuidade de Rubião diante da exploração de nacional do final do século XIX: a exploração dos brasi-
Cristiano Palha, como se observa em “não entendia de leiros pelos portugueses. Além disso, nota-se a visão
comércio, não lhe tinha inclinação”. pessimista a respeito do ser humano – característica
b) Rubião e João Romão são homens pobres que enri- comum no Naturalismo.
quecem ao longo da narrativa. Rubião enriquece pela b) O fator central na sociedade brasileira do período é
sorte, ao receber a herança de Quincas Borba, e passa a a escravidão. Esse elemento acentua a perversidade
viver em Botafogo, mesmo bairro em que a história do dos eventos narrados em O cortiço. No final do roman-
romance O cortiço se desenvolve. João Romão, por sua ce, João Romão, o dono da habitação coletiva, recebe
vez, enriquece explorando trabalhadores braçais, ao utili- uma honraria oferecida por uma sociedade de abolicio-
zar-se de práticas ilícitas, e aproveitando-se de sua com- nistas no mesmo momento em que ocorre o suicídio de
panheira, Bertoleza. Ambos os personagens terminam Bertoleza, a companheira cuja carta de alforria fora
evidenciando algum tipo de decadência: Rubião perde o falsificada pelo português.
ANOTAÇÕES
80
7 PRODUÇÃO DE TEXTO C OMP E T Ê NC I A S GE R A IS C 4 . C 5 . C 7. C 9 .
M Ó D U L O
escolar. COMPETÊNCIA 7
EM13LGG701
EM13LGG703
Neste módulo
COMPETÊNCIAS
1E3
Momentum Fotograh/Shutterstock
EM13LP15
COMPETÊNCIAS
1E4
EM13LP16
COMPETÊNCIAS
3E7
EM13LP17
81
Podcasts
. portabilidade
RÁDIO . simplicidade
. grandes corporações
. liberdade e independência
PODCASTS
. consumo sob demanda
. maior alcance
. menor custo
. elementos de oralidade
TELEVISÃO
. relações entre imagem e som
. grandes corporações
Podcasts
Não sei como eu aguentava minha vida.
Eu era infeliz – e sabia. Havia momentos alegres, é claro, mas as viagens entre uma alegria e outra eram longas e tediosas.
Parado na 23 de Maio, via os galhos ressequidos do que há tão pouco tempo tinha sido um orgulhoso jardim vertical e pensava:
sou eu envelhecendo no trânsito.
No restaurante, esperando a comida chegar, arrastando-me pelo Instagram entre fotos de celebridades gatas e gatos de
celebridades, balbuciava: a vida deve ser mais do que isso. No supermercado, empilhava as latas de atum na esteira do caixa e
me sentia empilhando os minutos a irem pro saco – os sacos são recicláveis, os minutos, infelizmente, não. Então eu descobri os
podcasts. Hoje sou feliz – e sei.
Embora os podcasts existam há quinze anos, foi só lá por 2017 que me viciei e passei a andar pela rua com fones no ouvi-
do – hábito que havia perdido no fim da adolescência, quando os fones eram plugados a um trambolhudo e “water resistant”
walk-man amarelo.
82
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
Agora, se o trânsito para já não tem mais problema: não estou na 23 de Maio e sim ouvindo o Phillip Roth falar ao programa
de entrevistas Fresh Air (obrigado, Daniella!) sobre a morte, Deus e os usos heterodoxos do bife de fígado; estou ouvindo Jerry
Seinfeld e Larry David contarem sobre os primórdios da melhor sitcom de todos os tempos; estou acompanhando uma entre-
vista com o cientista encarregado de um celeiro gigante no fundo de uma caverna high-tech e gelada no Círculo Polar Ártico,
onde um convênio internacional está estocando todas as sementes de todos os vegetais comestíveis cultivados pelo homem
para que, no caso de uma hecatombe, nós possamos começar tudo de novo.
Agora, no restaurante, enquanto a comida não chega, ouço em Radiolab (valeu, Chico!) um astronauta direto da Estação
Espacial Internacional, orbitando a Terra a quase 28 mil quilômetros por hora, descrever a visão do sol nascendo, dourando o
Atlântico e acendendo as nuvens.
Enquanto empilho atuns na esteira do supermercado, ouço o depoimento de Sean, um assento do metrô de Nova York, ao
Everything is Alive (grande dica, Sérgio!), entrevistas de ficção em que, além do assento do metrô, um travesseiro, uma lata de
refrigerante, um poste e outros objetos dividem conosco um pouquinho de suas vidas. (Atenção: a entrevista de Tara, a barra
de sabonete, não é aconselhável para menores ou pessoas sensíveis aos pensamentos de uma barra de sabonete enquanto
percorre certos rincões de nossa anatomia).
No último semestre, ouvindo o brilhante Presidente da Semana, aqui da Folha, aprendi sobre todos os presidentes brasilei-
ros, de Deodoro da Fonseca ao general Mourão, ops, perdão, ao Jair Bolsonaro.
Compreendo melhor as notícias da semana com os debates ao mesmo tempo embasados e hilários do Foro de Teresina, da
revista Piauí. Em Invention, tive uma aula de 52 minutos sobre a história dos óculos escuros. Em Primeiro Tratamento, descubro
o que pensam meus colegas roteiristas e outros profissionais do audiovisual brasileiro.
Até o ano passado havia 550 mil podcasts ativos, com mais de 18 bilhões de episódios. São programas em todas as línguas,
sobre todos os assuntos, para todos os gostos. De história a pasta de dentes, passando por bondage e sadomasoquismo. Não
sei como eu aguentava a minha vida até descobrir os podcasts. Só lembro que era infeliz – e sabia.
PRATA, Antonio. Podcasts. Folha de S.Paulo. Disponível em: www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2019/02/podcasts.shtml. Acesso em: 15 nov. 2020.
1 Na crônica em questão, o tema sobre o qual o narrador discorre é explicitado apenas no final do segundo parágrafo do
texto. Qual é esse tema e qual o efeito de sentido provocado pela demora em apresentá-lo?
2 Entre as afirmações “Eu era infeliz – e sabia”, “Hoje sou feliz – e sei” e “Só lembro que era infeliz – e sabia”, há uma transfor-
mação dos sentimentos em relação aos mesmos atos cotidianos. Que mudança é essa? Retire do texto trechos que exem-
plifiquem esse fato.
83
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
3 Considerando a charge de Duke a seguir e a crônica de Antonio Prata, cite ao menos duas qualidades do podcast.
Duke/Acervo do cartunista
4 Veja com atenção o gráfico a seguir.
Qual é o perfil dos ouvintes brasileiros de podcast? Considerando esses números, a que conclusão se pode chegar? E quais
são as perspectivas de mudança?
84
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
5 (Ucpel-RS) Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos adquiridos em sua formação, redija um texto
dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema Os novos formadores de opinião
para a juventude, apresentando uma proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e rela-
cione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto I
Texto II
Negócio rentável?
Uma pesquisa encomendada pelo Google, no segundo semestre de 2014, revelou que somos 70 milhões de espectadores
de vídeo online no Brasil, consumindo, em média, oito horas semanais de vídeos na Web, o que pode representar um bom negó-
cio para os canais mais populares. Os vídeos são monetizados de acordo com as visualizações das publicidades que aparecem.
Porém, o dono de um canal só ganha se um usuário realmente assistir à publicidade – que geralmente é evitada por muitos,
quando aparece no início de um vídeo como opção –, o que torna difícil o cálculo. Uma pessoa que possui entre 500 mil e um
milhão de inscritos, por exemplo, pode chegar a ganhar de 6.000 reais a 50.000 por mês.
Disponível em: http://exame.abril.com.br/marketing/os-15-youtubers-mais-populares-do-mundo/l. Acesso em: 30 out. 2016 (adaptado).
Texto III
Produtores de vídeos contam com milhões de fãs e disputam espaço com a TV
Kéfera não grava suas histórias dentro de um estúdio, faz quase tudo a partir de uma estrutura básica, dentro de sua casa,
há quase cinco anos. Simplesmente liga a câmera e começa a falar com humor sobre algum tema que lhe interesse e adiciona
alguns toques de edição. Apesar disso, possui uma audiência digna de um programa de TV. Ela faz parte do fenômeno dos
youtubers, uma geração de jovens que gosta de se comunicar através de vídeos na internet, seja para falar sobre música, para
mostrar como se joga um game, ensinar uma receita ou fazer um tutorial de maquiagem.
Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2015/05/09/politica/1431125088_588323.html. Acesso em: 30 out. 2016 (adaptado).
PREPARE-SE
Como visto no texto de Antonio Prata na aula anterior, há um enorme número de podcasts disponíveis para os mais variados gostos
e propósitos. Na próxima aula, veremos a função, a forma de composição e a linguagem explorada em cada um deles para que você
possa fazer o próprio podcast.
85
#cultura_digital
Para ouvir episódios dos podcasts citados, você pode acessá-los em:
. “Posse de bola”. Disponível em: https://www.uol.com.br/esporte/podcast/posse-de-bola/. Acesso em:
17 nov. 2020.
. “Não salvo”. Disponível em: https://www.naosalvo.com.br/. Acesso em: 24 nov. 2020.
. “Café da manhã”. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/especial/2019/cafe-da-manha/. Aces-
so em: 17 nov. 2020.
. “Vai Passar – Anglo Vestibulares”. Disponível em: https://open.spotify.com/show/0QS1VqpzPRFerH5ny-
4jdxa#:~:text=Vai%20Passar%20%C3%A9%20o%20podcast,aos%20principais%20vestibulares%20
do%20pa%C3%ADs. Acesso em: 17 nov. 2020.
Agora é a sua vez de criar podcasts na sua escola! O trabalho será dividido em seis etapas:
. Etapa 1: Escolha dos participantes do grupo
. Etapa 2: Escolha do tipo de podcast
. Etapa 3: Pesquisa sobre o assunto e elaboração do roteiro
. Etapa 4: Definição sobre quem fará a narração
. Etapa 5: Gravação do podcast
. Etapa 6: Publicação do podcast e divulgação para a escola
Orientação de estudo
Material de consulta: Caderno de Estudos 4 – Produção de Texto – Capítulo 7 – Rádio, TV, podcasts e YouTube
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
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EX TRAS!
Disquete, celular tijolão, máquina de escrever… bateu saudade? Confira as versões mais recentes dessas
e de outras tecnologias antigas
Se pararmos para pensar, ficamos chocados com a velocidade com que a tecnologia avança. Vários recursos usados em
nossa infância, por exemplo, hoje são tecnologias antigas (e obsoletas) e foram substituídas por algo mais moderno e eficiente.
Para matar a saudade, reunimos algumas delas neste texto.
Antes de passar para a lista que pode te fazer ter várias recordações, é bom definir o que é exatamente a obsolescência: algo
obsoleto é aquilo que deixa de ter utilidade. Há vários tipos de obsolescência.
Ela pode ser programada (quando o aparelho é programado para deixar de funcionar em um determinado período), per-
ceptiva (quando o consumidor é induzido a trocar para ter algo mais moderno) ou funcional (quando o objeto é substituído por
algo mais moderno, quando não compensa mais arrumá-lo ou quando você já não encontra mais peças para o conserto). Neste
texto, a maior parte das tecnologias obsoletas citadas será por motivo funcional.
• Disquete
• Máquina de escrever (máquina de datilografia)
• Discman, MPs e iPod
• Fita cassete
• Videocassete/VHS
• Máquina fotográfica de filme
• Celular tijolão
• Televisão e monitores com tubo de raios catódicos
• Pager
• Tamagotchi e Gameboy
[...]
FEREGUETTI, Larissa. Conheça 10 tecnologias antigas e suas atuais substitutas. Showmetech. Disponível em: https://www.showmetech.com.br/
10-tecnologias-antigas-e-suas-substitutas/. Acesso em: 22 nov. 2020.
1 Uma das características do mundo das novas tecnologias da comunicação é a velocidade. Ferramentas envelhecem rápido,
modas passam, redes sociais são substituídas a todo momento. O texto faz referência a tecnologias que ficaram no passado.
Aponte duas delas, tentando mostrar o que está no seu lugar nos dias de hoje. Tente justificar essas mudanças.
2 (UFG-GO)
O conto fantástico é um gênero que segue a mesma estrutura do gênero conto – apresentação, complicação, clímax e des-
fecho. A narrativa do conto fantástico se estrutura de forma a criar expectativa e suspense, suscitando no leitor um estra-
nhamento provocado pela oposição entre o natural e o sobrenatural, mediante acontecimentos estranhos, bizarros e fora do
comum.
Tendo em vista essas explicações, escreva um conto fantástico no qual o protagonista seja um usuário do Second Life (uma
pessoa que assume uma outra identidade no mundo virtual) e que resolve fazer uma viagem pelo espaço virtual. A história
que você vai criar deve apresentar o estranhamento da personagem (ou personagens) nascendo diante de um novo mundo,
que tem seus encantos e problemas. A trama deve ser construída por meio de aventuras que girem em torno da construção
da nova identidade e da convivência com outros habitantes desse universo. Conte como as relações sociais são estabeleci-
das nesse mundo virtual, considerando-se os papéis assumidos pelas personagens. Elabore motivações convincentes para
a situação fantástica construída e para as ações das personagens, evidenciando suas convicções, desejos e crenças. MîDULO 7 - RÁDIO, TV, PODCASTS E YOUTUBE
PRODUÇÃO DE TEXTO
87
8 PRODUÇÃO DE TEXTO
M Ó D U L O
Jornais e revistas:
diagramação e significado
COMPETÊNCIAS
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICAS
E HABILIDADES
DA BNCC
. Objetivo 1: Compreender a importância das formas impressas de comunicação, com destaque para COMPETÊNCIA 1
jornais e revistas. EM13LGG103
. Objetivo 2: Refletir sobre as diferenças e semelhanças entre o jornalismo impresso e digital. COMPETÊNCIA 2
. Objetivo 3: Produzir uma carta de leitor para mostrar a importância dos debates no universo contem- EM13LP37
industryviews/Shutterstock
EM13LP15
O fato mais importante da civilização da escrita no Ocidente foi o aperfeiçoamento da imprensa por
Gutenberg, que permitiu que os textos fossem reproduzidos em grande escala. O primeiro objeto impres-
so foi o livro; em seguida, surgiram os jornais, que passaram a ter um papel fundamental para a formação
da opinião pública. A partir desse momento, a liberdade de publicar, de opinar e de investigar passou a ser
uma reivindicação e um valor humano.
88
JORNAIS E REVISTAS
JORNALISMO IMPRESSO
. mais tempo de apuração e redação
. limites rígidos de espaço
. custo elevado de impressão
JORNALISMO DIGITAL
. instantaneidade de comunicação
. sincretismos: vídeos, áudios, animações
. estrutura de hipertexto
Ao tecer considerações sobre as tecnologias da contemporaneidade e os meios de comunicação do passado, esse texto
concebe que a escrita contribui para uma evolução das novas tecnologias por:
a) se desenvolver paralelamente nos meios tradicionais de comunicação e informação.
PRODUÇÃO DE TEXTO
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D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
Reprodu•‹o/Editora Abril
a) Indique o duplo sentido presente na manchete de capa da revista, explicitando os elementos linguísticos utilizados.
90
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
Reprodução/Enem, 2016.
RIC. Disponível em: www.nanquim.com.br. Acesso em: 8 dez. 2012.
O texto faz referência aos sistemas de comunicação e informação. A crítica feita a uma das ferramentas midiáticas se fun-
damenta na falta de
a) opinião dos leitores nas redes sociais. d) credibilidade das informações veiculadas nos blogs.
b) recursos tecnológicos nas empresas jornalísticas. e) adequação da linguagem jornalística ao público jovem.
c) instantaneidade na divulgação da notícia impressa.
4
Dronalismo: notas sobre o uso de drones na produção de conteúdo jornalístico
A utilização das aeronaves remotamente pilotadas em coberturas jornalísticas tem sido discutida tanto do ponto de vista
dos veículos de comunicação quanto do jornalismo cidadão, uma vez que o público encontra-se em uma posição de produção
de conteúdos, podendo muitas vezes contestar o discurso da mídia tradicional. Uma questão que consideramos central no
jornalismo drone é: quando utilizar esse recurso? O baixo custo da operação e a possibilidade de se obterem informações de
diferentes ângulos é um grande atrativo, ainda mais em uma época em que diversos veículos encontram dificuldades em en-
gajar uma audiência dispersa e relutante a pagar pelo conteúdo disponível na web. É importante ter-se em mente que, apesar
das características extremamente favoráveis ao uso de drones no jornalismo, existe uma preocupação bastante séria com a
privacidade das pessoas, e a possibilidade de se confundir reportagem com invasão e coberturas informativas com vigilância,
inquietações reveladas com o surgimento das primeiras reportagens que utilizaram o recurso das aeronaves não tripuladas.
PASE, A. F.; GOSS, B. M. Disponível em: www.revistageminis.ufscar.br. Acesso em: 30 out. 2015 (adaptado).
Ao abordar os impactos do uso de drones sobre a produção de informações, o texto destaca o (a)
a) impasse ético de sua utilização no jornalismo.
5 (Unicamp-SP)
A sobrevivência dos meios de comunicação tradicionais demanda foco absoluto na qualidade de seu conteúdo. A internet
é um fenômeno de desintermediação. E que futuro aguardam os meios de comunicação, assim como os partidos políticos e os
sindicatos, num mundo desintermediado? Só nos resta uma saída: produzir informação de alta qualidade técnica e ética. Ou
PRODU‚ÌO DE TEXTO
fazemos jornalismo de verdade, fiel à verdade dos fatos, verdadeiramente fiscalizador dos poderes públicos e com excelência
na prestação de serviços, ou seremos descartados por um consumidor cada vez mais fascinado pelo aparente autocontrole da
informação na plataforma virtual.
(Carlos Alberto di Franco, Democracia demanda jornalismo independente. O Estado de São Paulo, São Paulo, 14/10/2013, p. A2.)
91
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
a) “Desintermediação” é um termo técnico do campo da comunicação. Ele se refere ao fato de que os meios de comunicação
tradicionais não mais detêm o monopólio da produção e distribuição de mensagens. Considerando esse “mundo desinter-
mediado”, identifique duas críticas ao jornalismo atual formuladas pelo autor.
b) Os processos de formação de palavras envolvidos no vocábulo “desintermediação” não ocorrem simultaneamente. Tendo
isso em mente, descreva como ocorre a formação da palavra “desintermediação”.
PREPARE-SE
Na próxima aula, você fará uma atividade de criação de texto sobre o uso e o abuso de álcool na adolescência, tema sempre relevan-
te, sobretudo com alunos e alunas que estão iniciando o Ensino Médio. A fim de se preparar para essa discussão, sugerimos a leitura
do artigo intitulado “Os riscos do consumo de álcool na adolescência” disponível no link a seguir, publicado no site da Faculdade de
Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo: https://fcmsantacasasp.edu.br/os-riscos-do-consumo-de-alcool-na-adolescencia/.
Acesso em: 17 nov. 2020.
6 (Unicamp-SP) Imagine que, ao ler a matéria “Cães vão tomar uma ‘gelada’ com cerveja pet”, você se sente incomodado por
não haver nela nenhuma alusão aos possíveis efeitos que esse tipo de produto pode ter sobre o consumo de álcool, espe-
cialmente por adolescentes. Como leitor assíduo, você vem acompanhando o debate sobre o álcool na adolescência e
decide escrever uma carta para a seção Leitor do jornal, criticando a matéria por não mencionar o problema do aumento do
consumo de álcool.
Nessa carta, dirigida aos redatores do jornal, você deverá:
. fazer menção à matéria publicada, de modo que mesmo quem não a tenha lido entenda a importância da crítica que
você faz;
. fundamentar a sua crítica com dados apresentados na matéria “Vergonha Nacional”, reproduzidos adiante.
Atenção: ao assinar a carta, use apenas as iniciais do remetente.
Texto I
92
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
Desenvolvida pelo centro de tecnologia e formação de cervejeiros do Senai, no Rio de Janeiro, a bebida canina é feita à base
de malte e extrato de carne; não tem álcool, lúpulo, nem gás carbônico.
O dono da empresa promete uma linha completa de “petiscos líquidos”, que inclui suco, vinho e champanhe.
A lista de produtos humanos em versões animais não para de crescer.
Já existem molhos, tempero para ração e até patê.
O sorvete Ice Pet é uma boa opção para o verão. A sobremesa tem menos lactose, não tem gorduras nem açúcar.
(Adaptado de Ricardo Bunduky, Folha de São Paulo, São Paulo, 22 jul. 2012, Cotidiano.)
Texto II
Vergonha Nacional
As décadas de descumprimento da lei [...] contribuíram para que os adultos se habituassem a ver o consumo de bebidas
entre adolescentes como “mal menor”, comparado aos perigos do mundo. [...] Um estudo publicado pela revista Drugs and
Alcohol Dependence ouviu 15.000 jovens nas 27 capitais brasileiras. O cenário que emerge do estudo é alarmante. Ao longo de
um ano, um em cada três jovens brasileiros de 14 a 17 anos se embebedou ao menos uma vez. Em 54% dos casos mais recentes,
isso ocorreu na sua casa ou na de amigos ou parentes. Os números confirmam também a leniência com que os adultos encaram
a transgressão. Em 17% dos episódios, os menores estavam acompanhados dos próprios pais ou de tios.
Resultados da pesquisa realizada com 15.000 jovens de 14 a 17 anos nas 27 capitais brasileiras
Uma vez na vida 35% Casa de amigos 30% Irmãos e primos 26%
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
2
• Leia o item 2 do Capítulo 8.
93
EX TRAS!
Linotipos
O Museu da Imprensa exibe duas linotipos. Trata-se de um tipo de máquina de composição de tipos de chumbo, inventada
em 1884 em Baltimore, nos Estados Unidos, pelo alemão Ottmar Mergenthaler. O invento foi de grande importância por ter sig-
nificado um novo e fundamental avanço na história das artes gráficas. A linotipia provocou, na verdade, uma revolução porque
venceu a lentidão da composição dos textos executada na tipografia tradicional, em que o texto era composto à mão, juntando
tipos móveis um por um. Constituía-se, assim, no principal meio de composição tipográfica até 1950. A linotipo, a partir do final
do século XIX, passou a produzir impressos a baixo custo, o que levou informação às massas, democratizou a informação. Pro-
moveu uma revolução na educação. Antes da linotipo, os jornais e revistas eram escassos, com poucas páginas e caros. Os livros
didáticos eram também caros, pouco acessíveis.
Disponível em: http://portal.in.gov.br. Acesso em: 23 fev. 2013 (adaptado).
O texto apresenta um histórico da linotipo, uma máquina tipográfica inventada no século XIX e responsável pela dinamização
da imprensa. Em termos sociais, a contribuição da linotipo teve impacto direto na
a) produção vagarosa de materiais didáticos.
b) composição aprimorada de tipos de chumbo.
c) montagem acelerada de textos para impressão.
d) produção acessível de materiais informacionais.
e) impressão dinamizada de imagens em revistas.
Reprodução/Enem, 2012.
Disponível em: www.assine.abril.com.br. Acesso em: 29 fev. 2012 (adaptado).
Com o advento da internet, as versões de revistas e livros também se adaptaram às novas tecnologias. A análise do texto
publicitário apresentado revela que o surgimento das novas tecnologias
a) proporcionou mudanças no paradigma de consumo e oferta de revistas e livros.
b) incentivou a desvalorização das revistas e livros impressos.
c) viabilizou a aquisição de novos equipamentos digitais.
d) aqueceu o mercado de venda de computadores.
e) diminuiu os incentivos à compra de eletrônicos.
94
PROPOSTA DE VESTIBUL AR
seu próprio processo de individuação, que condicio- receu um vídeo no YouTube, sob a alegação de que
na sua maneira de interpretar e agir sobre o mundo. seriam imagens do circuito fechado de televisão
Todos nós, ao entrarmos em contato com o mundo (CCTV), mostrando uma explosão no aeroporto Za-
exterior, construímos representações sobre a realida- ventem, da cidade. As imagens rapidamente se espa-
95
lharam pelas redes sociais e foram divulgadas por alguns dos principais sites de notícias. Depois desse, surgiu outro
vídeo, supostamente mostrando uma explosão na estação de metrô Maelbeek, próxima ao Parlamento Europeu, e
ainda um outro, alegando ser do aeroporto.
Entretanto, nenhum dos vídeos era o que alegava ser. Os três vídeos eram gravações de 2011, dois de um aten-
tado ao aeroporto Domodedovo, de Moscou, e um de uma bomba que explodiu numa estação de metrô de Minsk,
capital da Belarus.
As imagens distorcidas dos clipes do circuito fechado de televisão foram convertidas de cor em preto e branco,
horizontalmente invertidas, novamente etiquetadas e postadas como se tivessem surgido dos acontecimentos do
dia. Embora a conta do YouTube que compartilhou as imagens com falsos objetivos tenha sido rapidamente tirada
do ar, outros veículos as reproduziram dizendo que eram de Bruxelas.
Os vídeos ilusórios são exemplos de um fenômeno que vem se tornando cada vez mais comum em quase todas
as matérias importantes que tratam de acontecimentos violentos e que ocorrem rapidamente. Reportagens falsas ou
ilusórias espalham-se rapidamente pelas redes sociais e são acessadas por organizações jornalísticas respeitáveis,
confundindo ainda mais um quadro já incrivelmente confuso.
A disseminação e divulgação de falsas informações não têm nada de novo, mas a internet tornou mais fácil plan-
tar matérias e provas falsas e ilusórias, que serão amplamente compartilhadas pelo Twitter e pelo Facebook.
Alastair Reid, editor administrativo do site First Draft, que é uma coalizão de organizações que se especializam
em checar informações e conta com o apoio do Google, disse que parte do problema é que qualquer pessoa que
publique em plataformas como o Facebook tem a capacidade de atingir uma audiência tão ampla quanto aquelas
que são atingidas por uma organização jornalística. “Pode tratar-se de alguém tentando desviar propositalmente a
pauta jornalística por motivos políticos, ou muitas vezes são apenas pessoas que querem os números, os cliques e os
compartilhamentos porque querem fazer parte da conversa ou da validade da informação”, disse ele. “Eles não têm
quaisquer padrões de ética, mas têm o mesmo tipo de distribuição.
Nesse meio tempo, a rápida divulgação das notícias online e a concorrência com as redes sociais também au-
mentaram a pressão sobre as organizações jornalísticas para serem as primeiras a divulgar cada avanço, ao mesmo
tempo em que eliminam alguns dos obstáculos que permitem informações equivocadas.
Uma página na web não só pode ser atualizada de maneira a eliminar qualquer vestígio de uma mensagem falsa,
mas, quando muitas pessoas apenas se limitam a registrar qual o website em que estão lendo uma reportagem, a
ameaça à reputação é significativamente menor que no jornal impresso. Em muitos casos, um fragmento de informa-
ção, uma fotografia ou um vídeo são simplesmente bons demais para checar.
Alastair Reid disse: “Agora talvez haja mais pressão junto a algumas organizações para agirem rapidamente, para
clicar, para ser a primeira... E há, evidentemente, uma pressão comercial para ter aquele vídeo fantástico, aquela foto fan-
tástica, para ser de maior interesse jornalístico, mais compartilhável e tudo isso pode se sobrepor ao desejo de ser certo.”
Adaptado de: http://observatoriodaimprensa.com.br/terrorismo/videos-falsos-confundem-o-publico-e-a-imprensa/. (Publicado originalmente no jornal The Guardian
em 23/3/2016. Acesso em 30/03/2016.)
Texto III
Reprodução/ITA, 2017.
96
Texto IV
Reprodução/ITA, 2017.
http://4.bp.blogspot.com/-20adcvrO4Kw/U_4ga8Ic56I/AAAAAAAAAzQ/hq2oxMLA7yY/s1600/mafalda-1.jpg (Acesso em 12/05/2016)
Encaminhamentos possíveis
As redações poderiam partir, entre outras, das seguintes reflexões:
. A mídia manipula as pessoas por meio da distorção dos fatos que noticia e das opiniões que expressa, uma vez
que é comandada por uma elite aristocrática sustentada pelo poder econômico. Esse poder, por sua vez, é exer-
cido por uma elite endinheirada. Para que o ciclo de consumo que alimenta esse poder se mantenha, a comuni-
cação deve se voltar aos interesses financeiros dessas elites, o que afastaria o jornalismo de sua real vocação:
PRODUÇÃO DE TEXTO
vigiar os Poderes para que os interesses coletivos fossem atendidos. Essa tese encontra guarida nas ideias dos
teóricos da indústria cultural, como Adorno e Horkheimer, e do psicólogo social Gustav Le Bon, todos citados no
artigo de Francisco Ladeira.
97
. Não é novidade que a mídia manipula o conteúdo que transmite, mas o público se deixa manipular. O sensacio-
nalismo – ou “shownalismo” – pauta, por exemplo, programas policialescos em TVs do mundo todo, e isso acon-
tece porque esse tipo de notícia se transforma em entretenimento. Grandes escândalos de corrupção que não
raro envolvem políticos e empresários não costumam ser o foco dessas reportagens; a intenção seria manter a
população em suspense – assustada e maniqueísta –, como uma novela da vida real das classes desfavorecidas.
As tiras de Calvin e de Mafalda fundamentam esse raciocínio.
. A mídia, ainda que tente, não manipula tanta gente quanto se pensa. A maioria das pessoas tem suas crenças e
adapta a informação de acordo com elas, ou seja, com a “bolha ideológica” de que faz parte. Essa tese é a mesma
de Ladeira: segundo ele, uma variedade de referências, desde comunidades religiosas a trajetórias familiares, in-
fluencia o comportamento de uma sociedade livre e interfere nas suas opiniões. A eleição de Donald Trump em
2016 é um valioso exemplo: todas as pesquisas apontavam a adversária democrata Hillary Clinton como a grande
vencedora; todos os jornais e revistas pintavam o candidato republicano como sinônimo do caos e da desgraça.
Tal evento culminou na escolha de pós-verdade como “palavra do ano” pelo dicionário Oxford. A provocação que
o significado desse termo suscita é justamente revelar que “a verdade” proposta pela mídia não é tão verdadeira
assim.
. A manipulação de informações fugiu ao controle da mídia tradicional e agora está nas mãos da internet. O aces-
so fácil às redes sociais, um público desacostumado a checar informações e uma imprensa acuada pelo enxuga-
mento das redações mundo afora são os ingredientes do que ocorre diariamente na web: a divulgação de falsas
notícias, seja por meio de vídeos com conteúdo fraudulento, seja pela descontextualização de afirmações polê-
micas. Segundo o artigo de J. Jackson, Facebook e Twitter seriam as grandes fontes de disseminação dessas
mentiras, consumidas pelo internauta e pela imprensa, que parece ter demitido das corporações a tradicional
operação de checagem das informações.
GABARITO - EX TRAS!
1 Há algumas respostas possíveis, entre elas: o disquete foi substituído pelo CD e, hoje, pelo USB; a máquina de escrever
pelos computadores, tablets e celulares atuais. Curiosidade nostálgica: o Tamagotchi foi relançado em 2019.
2 Resposta pessoal.
1 d
2 a
98
Língua
Inglesa Mauricio PIERUCCI
PATRÍCIA Helena Costa Senne dos
Santos
99
12 LÍNGUA INGLESA COMPETÊNCIAS GERAIS C1.C4
M Ó D U L O
Text Comprehension;
Degrees of Adjectives
COMPETÊNCIAS
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICAS
E HABILIDADES
. Objetivo 1: Conhecer, compreender e interpretar textos e adquirir vocabulário.
DA BNCC
. Objetivo 2: Retomar e aplicar as diversas formas dos graus dos adjetivos. COMPETÊNCIA 1
EM13LGG101
EM13LGG103
Neste módulo
COMPETÊNCIA 4
Neste módulo, você terá a oportunidade de reconhecer a forma dos comparativos e superlativos em
EM13LGG401
inglês. Além disso, você vai assistir a um vídeo, fazer leituras e refletir criticamente a respeito do Cerrado
EM13LGG402
brasileiro.
EM13LGG403
Lembre-se de ativar seu conhecimento prévio (que são os saberes ou as informações que temos guar-
dados em nossa mente e que podemos acionar quando precisamos) e fazer inferências com base nas suas
aulas de Geografia.
Leia a seguir as explicações e os exemplos sobre comparativos e superlativos. Em seguida, faça as
atividades usando o que aprendeu.
Além disso, você terá a oportunidade de reconhecer e aplicar os diversos graus dos adjetivos.
so ... as
Comparativo de inferioridade
less large than
Comparativo de superioridade
-er than ... (adjetivo de 1 sílaba ou 2 sílabas terminados em -y)
100
The annual rainfall in the Cerrado is lower than in the Amazon rain forest.
The Caatinga is drier than the Amazon.
The core areas of the Cerrado biome are on higher lands.
There has been a more rapid deforestation in the Cerrado than in some other biomes in Brazil.
Superlativo
the -est (adjetivo de 1 sílaba ou 2 sílabas terminadas em -y)
The looser the environmental policy, the bigger the damage to the biomes.
• duplo comparativo
Average temperatures have been higher and higher in the summer in many parts of the world.
Formas irregulares
good better (than) the best
bad worse (than) the worst
much more (than) the most
little less (than) the least
far farther (than) the farthest
further furthest
In regard to legal protection of original vegetation, the Cerrado is the worst example among Brazilian biomes.
#cultura_digital
Assista ao vídeo “Get to know the Cerrado”, produzido pela WWF, disponível em: www.youtube.com/
watch?v=kYm3fuHq6eM. Acesso em: 15 out. 2020.
Complete, em português, o quadro a seguir com informações extraídas do vídeo e explique as referências.
Size
Definition
LÍNGUA INGLESA
States it encompasses
101
Connecting link
Endangered biome
Importance
102
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
103
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
6 (Vunesp) The excerpt from the second paragraph “Despite 13 August 8 was day last summer.
its environmental importance, it is one of the least protected a) hotter than
regions in Brazil.” is reflected in the following item from b) the hottest
Facts & Figures:
c) the most hot
a) “Only 20% of the Cerrado’s original vegetation remains
intact; less than 3% of the area is currently guarded d) less hot as
by law.” e) the more hot
b) “The capital of Brazil, Brasilia, is located in the heart of 14 The winter in California is in New York.
the Cerrado.” a) more mild than
c) “More than 1 600 species of mammals, birds and reptiles b) least mild than
have been identified in the Cerrado.”
c) milder than
d) “Annual rainfall is around 800 to 1 600 mm.”
d) the mildest
e) “Covering 2 million km2, or 21% of the country’s territory,
e) the most mild
the Cerrado is the second largest vegetation type in
Brazil.” 15 The situation was getting each day.
a) worse and worse
7 In paragraph 2, “… continue to pose a major threat to the
b) worst and worst
Cerrado’s biodiversity.”, the word threat means the same as:
a) root c) shade e) menace c) the best and the best
b) soil d) evidence d) better as
e) the more better the more better
8 (Vunesp) The first item from Facts & Figures states that the
Cerrado is the second largest vegetation type in Brazil. Which 16 (ITA-SP) I study your suggestions, I like
is the first largest vegetation type depicted in Map 1? them.
to depict(ed): retratar a) The longer – the less
b) Longer – less
a) Chaco. d) Subtropical grassland.
c) Longest – least
b) Atlantic Forest. e) Rain forest.
d) The longest – the least
c) Caatinga.
e) The more long – the more little
9 In the fragment “… the second largest vegetation type in
Brazil.”, the word type means the same as: 17 (Uece) People are not so honest as they once were. They
are honest.
a) sort c) crowd e) approach
a) as d) fewer
b) search d) touch
b) less e) least
10 (Vunesp) By comparing maps 1 and 2, one can say that c) so
the Brazilian administrative area totally covered by the
Cerrado is 18 (ITA-SP) He ran and finally won the race.
a) Bahia. d) Distrito Federal. a) fast and faster
104
PREPARE-SE
Para se preparar para o próximo módulo, leia e conheça um pouco mais sobre as preposições na Língua
Inglesa acessando a página https://dictionary.cambridge.org/grammar/british-grammar/prepositions (aces-
so em: 16 out. 2020).
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
EX TRAS!
Our currency
Australia was the first country in the world to have a complete system of bank notes made from
plastic (polymer). These notes provide much greater security against counterfeiting. They also last four
times as long as conventional paper (fibrous) notes.
The innovative technology with which Australian bank notes are produced — developed entirely
in Australia — offers artists brilliant scope for the creation of images that reflect the history and natural
environment of Australia. At the same time, the polymer notes are cleaner than paper notes and easily
recyclable. Australia’s currency comprises coins of 5, 10, 20 and 50 cent and one and two dollar
denominations; and notes of 5, 10, 20, 50 and 100 dollar denominations.
AUSTRALIA GOVERNMENT. About Australia. Disponível em: www.newzealand.com. Acesso em: 7 dez. 2011.
estimate that only ~9.16% of these habitats have any kind of protection, and legislative changes threaten
to further weaken or remove this protection. Here we present the status of knowledge concerning the
biodiversity of the Cerrado of Amapá, its conservation status, and the main threats to the conservation of
105
EXTRAS!
this Amazonian savanna. To secure the future of these unique and imperilled habitats, we suggest urgent
expansion of protected areas, as well as measures that would promote less-damaging land uses to
support the local population.
Available at: https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1078258/biodiversity-threats-and-conservation-challenges-in-
the-cerrado-of-amapa-an-amazonian-savanna. Accessed on: November 18th 2020.
2 Cerrado é o nome dado às savanas brasileiras caracterizadas por árvores baixas, arbustos espaçados
e gramíneas, e pode ser classificado como cerradão, cerrado típico, campo cerrado, campo sujo de
cerrado ou campo limpo, sendo que o cerradão é o único que apresenta formação florestal. De acordo
com o texto anterior, marque a alternativa que NÃO representa uma ameaça ao Cerrado.
a) expansão urgente de áreas protegidas.
b) mau planejamento do uso da terra.
c) expansão da agricultura em grande escala.
d) pressões antropogênicas.
e) mudanças legislativas.
Randall Munroe/xkcd.com
https://xkcd.com/621/
3 O cartum acima traz a frase, no último quadrinho, “He is the least interesting man in the world”. O ter-
mo the least é a forma de superlativo, em inglês, de:
a) last
b) late
c) little
d) few
e) less
ANOTAÇÕES
106
13 LÍNGUA INGLESA
M Ó D U L O
Text Comprehension;
Prepositions
COMPETÊNCIAS
ESPECÍFICAS
Objetivos de aprendizagem E HABILIDADES
DA BNCC
. Objetivo 1: Conhecer, compreender e interpretar textos e adquirir vocabulário. COMPETÊNCIA 1
. Objetivo 2: Reconhecer e utilizar as diversas formas das preposições. EM13LGG101
EM13LGG102
Neste módulo
COMPETÊNCIA 4
Neste módulo, você terá a oportunidade de reconhecer os diferentes tipos de preposições. Além disso, EM13LGG401
você vai refletir criticamente a respeito da Revolução Industrial e construir um infográfico em inglês a par- EM13LGG402
tir de um vídeo. Você também fará leituras relacionadas a esse tema. EM13LGG403
Lembre-se de ativar seu conhecimento prévio adquirido nas aulas de História e fazer inferências.
Leia as explicações e exemplos sobre as preposições. Em seguida, faça as atividades usando o que aprendeu.
Prepositions
Place
In (dentro de; em) 3 out (of) (de; para fora de)
The money is in the drawer.
Take the milk out of the fridge, please.
Mr. Dawson lives in Colorado, in the US.
At (em; junto a)
A: John’s waiting for you at the bus stop.
B: Oh, I thought he was at work already.
On
• dias
She was born on May 24, 1976.
They work hard on weekdays, but on weekends they like to go out.
Expressões:
on time: na hora certa; pontualmente on one’s way: a caminho
in time: a tempo de fazer algo in one’s way: atrapalhando
At
• horas
• momentos
• época
• idade
We usually have lunch at 12:00.
At Christmas, the whole family gets together.
* On Christmas Day, we all go to Mass.
Outras preposi•›es
between (entre 2)/among (entre vários)
What are you going to do between Christmas and Easter?
We’ll stay at home among our relatives.
under/over
• sob; embaixo
• sobre; por cima de; mais de
• de; inferior a
The cat is lying under the sofa.
The horse jumped over the fence.
across/through
• de um lado a outro; cruzando
• através de; por meio de
• no lado oposto a
We can see the church across the park.
The train should go through the tunnel in a few minutes.
for/against
• por; a favor de; em lugar de
• contra; em oposição a (direção)
They were fighting for freedom.
Are you for or against the current government?
108
from/to
• proveniente de
• para; até
He drove from Miami to Orlando with his family last year.
by
• via; por
• até; não mais tarde que
In that part of the country people sell bananas by the dozen.
If you want to talk to the principal, you must be at school by 9 o’clock.
Place
near = close to/far from
• perto de
• longe de
Do you live near City Hall?
Actually, I live far from downtown.
#cultura_digital
Para se debruçar ainda mais sobre o tema que está sendo abordado neste módulo e também nas aulas
de História, assista, no YouTube, ao vídeo “The Industrial Revolution (18th to 19th century)”, publicado no
canal Simple History (disponível em: www.youtube.com/watch?v=xLhNP0qp38Q&ab_channel=Simple
History. Acesso em: 21 out. 2020). Aproveite a oportunidade para praticar suas habilidades linguísticas
assistindo ao vídeo com legendas em inglês.
Pre-Reading
Levando em consideração seu conhecimento prévio sobre a Revolução Industrial, faça uma leitura rápida do texto
(skimming) sublinhando as palavras cognatas e conhecidas.
Reading
LêNGUA INGLESA
109
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
1 According to the text, mark the following statements as correct (C) or not correct (X).
a) The possessive adjective its in “its politics and ideology were formed mainly…”, refers to “the
nineteenth-century world”. ( )
b) In the first paragraph “… and European (or indeed world) politics between 1789 and 1917…” the word
indeed indicates emphasis. ( )
c) The blanks in the sentence “The French Revolution broke out 1789” should be filled with on. ( )
d) The preposition between, as used in “… between 1789 and 1917” (l. 5) could also be used in “The
pandemic is causing concern scientists”. ( )
Post-Reading
Read the following infographic:
monicaodo/Shutterstock
110
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
• Faça as questões 1 a 4 do • Faça as questões 5 a 9 • Faça a questão 13 do
1
Capítulo 13. do Capítulo 13. Capítulo 13.
• Leia o texto teórico do
LÍNGUA INGLESA
111
EX TRAS!
1 Get their names in a free report from The Motley Fool called,
“The Two Words Bill Gates Doesn’t Want You to Hear…”
LETTER TO THE EDITOR: Sugar fear-mongering Click here for instant access to this FREE report!
unhelpful BROUGHT TO YOU BY THE MOTLEY FOOL
By The Washington Times Tuesday, June 25, 2013 Disponível em: http://www.fool.com. Acesso em: 21 jul. 2010.
In his recent piece “Is obesity a disease?” (Web, June 19), 2 Ao optar por ler a reportagem completa sobre o
assunto anunciado, tem-se acesso a duas palavras que Bill
Dr. Peter Lind refers to high-fructose corn syrup and other
Gates não quer que o leitor conheça e que se referem
“manufactured sugars” as “poison” that will “guarantee
a) aos responsáveis pela divulgação desta informação na
storage of fat in the body.” Current scientific research strongly
internet.
indicates that obesity results from excessive calorie intake
b) às marcas mais importantes de microcomputadores do
combined with a sedentary lifestyle. The fact is Americans
mercado.
are consuming more total calories now than ever before.
c) aos nomes dos americanos que inventaram a suposta
According to the U.S. Department of Agriculture, our total
tecnologia.
per-capita daily caloric intake increased by 22 percent
from 2,076 calories per day in 1970 to 2,534 calories per d) aos sites da internet pelos quais o produto já pode ser
conhecido.
day in 2010 – an additional 458 calories, only 34 of which
come from increased added sugar intake. A vast majority of e) às empresas que levam vantagem para serem suas
these calories come from increased fats and flour/cereals. concorrentes.
Surprisingly, the amount of caloric sweeteners (i.e. sugar, Texto para a questão 3.
high-fructose corn syrup, honey, etc.) Americans consume
Masters of War
has actually decreased over the past decade. We need to
Come you masters of war You put a gun in my hand
continue to study the obesity epidemic to see what more
You that build all the guns And you hide from my eyes
can be done, but demonizing one specific ingredient
You that build the death And you turn and run farther
accomplishes nothing and raises unnecessary fears that get
planes When the fast bullets fly.
in the way of real solutions.
You that build all the bombs
JAMES M. RIPPE.
You that hide behind walls Like Judas of old
Shrewsbury, Mass.
You that hide behind desks You lie and deceive
Disponível em: www.washingtontimes.com. Acesso em: 29 jul. 2013 (adaptado).
I just want you to know A world war can be won
Ao abordar o assunto “obesidade”, em uma seção de jor- I can see through your masks. You want me to believe
nal, o autor But I see through your eyes
a) defende o consumo liberado de açúcar. You that never done nothin’ And I see through your brain
But build to destroy Like I see through the water
b) aponta a gordura como o grande vilão da saúde.
You play with my world That runs down my drain.
c) demonstra acreditar que a obesidade não é preocu-
Like it’s your little toy
pante.
BOB DYLAN. The Freewheelin’ Bob Dylan. Nova York: Columbia Records, 1963
d) indica a necessidade de mais pesquisas sobre o assunto. (fragmento).
e) enfatiza a redução de ingestão de calorias pelos 3 Na letra da canção Masters of War, há questio-
americanos. namentos e reflexões que aparecem na forma de pro-
testo contra
Texto para a questão 2.
a) o envio de jovens à guerra para promover a expansão
The death of the pc territorial dos Estados Unidos.
The days of paying for costly software upgrades are b) o comportamento dos soldados norte-americanos nas
numbered. The PC will soon be obsolete. And Business guerras de que participaram.
Week reports 70% of Americans are already using the c) o sistema que recruta soldados para guerras motivadas
technology that will replace it. Merrill Lynch calls it “a $160 por interesses econômicos.
billion tsunami”. Computing giants including IBM, Yahoo!, d) o desinteresse do governo pelas famílias dos soldados
and Amazon are racing to be the first to cash in on this mortos em campos de batalha.
PC-killing revolution. e) as Forças Armadas norte-americanas, que enviavam
Yet, two little-known companies have a huge head start. homens despreparados para as guerras.
112
14 LÍNGUA INGLESA
M Ó D U L O
Text Comprehension;
Modal Verbs
COMPETÊNCIA
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICA
E HABILIDADES
. Objetivo 1: Conhecer, compreender e interpretar textos e adquirir vocabulário. DA BNCC
. Objetivo 2: Reconhecer e aplicar as diversas formas dos Modal Verbs. COMPETÊNCIA 4
EM13LGG401
Neste módulo EM13LGG402
EM13LGG403
Neste módulo, você terá a oportunidade de reconhecer e aplicar os Modal verbs. Além disso, você vai
refletir criticamente a respeito dos diferentes tipos de energias renováveis. Você assistirá a um vídeo e lerá
textos relacionados a esse tema. Lembre-se de ativar seu conhecimento prévio adquirido nas aulas de
Geografia e fazer inferências. Você aplicará também as estratégias de skimming (leitura rápida para reco-
nhecer palavras cognatas e conhecidas) e scanning (leitura mais cuidadosa com o objetivo de responder
às questões).
Leia as explicações e os exemplos sobre os Modal verbs. Em seguida, faça as atividades usando o que
aprendeu.
Modal verbs
can
may + infinitive sem to
must
should
ought + infinitive com to
Mrs Thompson can help you with Math.
Scott may not have enough money for the new car.
His granddaughter can ride a bike very well. By the time she was two years old, she could swim too. I’m
sure she’ll be able to read and write when she’s 5.
(permissão)
113
Show down, the traffic light may turn red in a second.
might
(possibilidade/probabilidade)
can
could
may
might 1 have 1 Past Participle (para ações que podem/
poderiam/deveriam ter ocorrido no passado)
must
should
ought to
Sue was late this morning. She may have missed the first bus.
When I got to the office, the work had been done. They must have finished it last night.
Can
(ter/dar) permissão (informal)
Could –
May –
Might –
Must
Should
114
DESEN V OLV ENDO H A BIL ID A DE S
1 Complete, em português, as frases a seguir, tendo como Brazil’s energy industry seems to be caught in a moment
base o vídeo “Renewable Energy”. of ambivalence – on the one hand, they are breaking records
a) “Energia renovável” é um termo que descreve: in terms of renewable resources and green energy; on the
other, they are pushing hard to revive fossil fuels and bring
hundreds of thousands of jobs back to the struggling oil
and gas industry.
In August, the Brazilian Ministry of Mines and Energy
b) As vantagens das fontes renováveis de energia incluem:
released astonishing figures that put Brazil right at the
forefront of the green energy movement. The Boletim
de Monitoramento do Sistema Elétrico (Electric System
Monitoring Report) shows that renewable energy sources
made up 81.9 percent of the country’s installed capacity
for energy production (which is 160,381 megawatts in
total), and a whopping 87.8 percent of total Brazilian
c) Entre os desafios da utilização de fontes renováveis de energy production in the month of June.
energia estão: The vast majority of Brazil’s energy production is
hydropower, clocking in at 63.7 percent of the total energy
generated in June. The second biggest source of renewable
energy comes from biofuels produced at biomass plants,
which use materials such as sugarcane bagasse, rice husk,
and wood waste to make organic fuels. Wind farms
Pre-Reading accounted for another 8.1 percent of the energy produced
in June, and solar clocked in at just one percent (although
1. Use seu conhecimento adquirido na atividade de vídeo e
faça inferências. the solar sector is already showing signs of growth).
2. Observe a imagem. Levante hipóteses a respeito da imagem Despite these amazing figures, Brazil is not leaning
e do texto que você vai ler. into their success in the field of green energy. The nation’s
3. Faça uma rápida leitura do texto (skimming) sublinhando oil and gas industry is finally showing signs that it may
as palavras cognatas e conhecidas e reveja suas hipóteses. come out of an economic crisis brought on by recession,
4. Sublinhe as palavras do glossário no texto. low oil prices, and reduced investment.
5. Dê seus equivalentes em português de acordo com o con- https://oilprice.com/Alternative-Energy/Solar-Energy/Brazils-Opposing-
texto. Energy-Views.html. (Adaptado)
c) óleo e gás.
d) energia renovável e combustíveis fósseis.
e) petróleo e combustíveis fósseis.
115
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
3 (FTT-SP) De acordo com o segundo parágrafo, 9 (FTT-SP) According to the fourth paragraph, the economic
a) ainda falta muito para o Brasil chegar a 100% de crisis in the oil and gas sector
energia renovável. a) made the amazing solar energy figures happen.
b) a capacidade instalada para produção de energia no b) will ensure Brazilian success in the field of green energy.
Brasil é de 160 381 megawatts. c) does not seem to stop in the near future.
c) o Ministério de Minas e Energia participa do movimen- d) affected deeply both the hydropower and oil and gas
to mundial para preservação de áreas verdes. sectors.
d) dados mostram que o Brasil está aderindo lentamente e) was caused by recession, low oil prices, and reduced
ao movimento de energia limpa. investment.
e) 160 381 megawatts equivalem a 87,8% da produção de
10 In the 4th paragraph “… showing signs that it may come
energia no Brasil. out of an economic crisis…”, the verb form may indicates:
a) obligation c) possibility e) permission
4 (FTT-SP) De acordo com o terceiro parágrafo, a principal
fonte de energia, no Brasil, é b) necessity d) suggestion
a) o gás. d) a biomassa.
11 Among the following expressions from the text, identify
b) a eólica. e) o biocombustível. the one that’s being used as an adjective.
c) a hidrelétrica. a) breaking c) struggling e) showing
b) pushing d) clocking in
5 (FTT-SP) No trecho do terceiro parágrafo – The second
biggest source of renewable energy comes from biofuels –,
o termo destacado pode ser substituído, sem alteração
de sentido, por
Post-Reading
a) most prominent. d) as prominent as. Using all the information you got from the video and the text,
write a short paragraph about the renewable energy in Brazil.
b) least prominent. e) less prominent.
Read the following infographic
c) more prominent.
Eletricity supply in 2018
6 (FTT-SP) No trecho do terceiro parágrafo – biofuels
produced at biomass plants, which use materials –, o termo Nuclear 2,5%
Oil 2,4% Coal 3,2%
destacado refere-se a
Natural Gas 8,6%
a) renewable energy. d) materials.
PV 0,5%
b) biofuels. e) organic fuels.
Wind 7,6%
c) biomass plants.
Hydraulic 66,6%
Biomass 8,5%
7 (FTT-SP) No trecho do terceiro parágrafo – materials such
as sugarcane bagasse –, a expressão destacada pode ser
substituída, sem alteração de sentido, por
a) that.
b) unless.
c) better.
Installed generation capacity - 2019
d) mainly.
e) like.
á165
GW Total
8 (FTT-SP) No trecho do quarto parágrafo – Despite these
amazing figures, Brazil is not leaning into their success in
the field of green energy –, o termo destacado indica
a) concordância.
b) ênfase. á17 GW
á110 GW á35 GW
PV 1
Hydro Thermal
c) resultado. Wind
d) contraste.
Source: IVANOSKI, Thiago at EPE: Brazilian Energy Balance 2019.
e) condição.
116
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
12 According to the infographic and based on what you’ve 15 (Faap-SP) Do I have to do it again?
learned so far, write C for the correct statements and I for Yes, you .
the incorrect ones.
a) had c) were e) would
a) One can say that the vast majority of electrical power
in Brazil comes from renewable energy sources. ( ) b) did d) must
b) Hydropower accounted for two thirds of electricity 16 Bob was late for class. He .
supply in Brazil in 2018. ( ) a) must overslept d) ought oversleep
c) Oil, gas and coal are known as renewable energy b) could have oversleep e) must have overslept
sources. ( )
c) may overslept
d) About 16,7% of electrical power supply came from
non-renewable energy sources in Brazil in 2018. ( ) 17 You with me if you don’t want to.
a) mustn’t come d) don’t have to come
e) Of the total installed generation capacity in Brazil in
2019 less than eighty percent came from renewable b) may not came e) can
energy sources. ( ) c) might come
13 Complete with the most common modal verbs. Follow 18 People park their cars on this side of the road.
the hints in parentheses. you see the sign?
You speak English. a) should – Must d) couldn’t – May
b) ought not – Can e) might have – Don’t
a) You speak English. (You know how to
speak English) c) mustn’t – Can’t
g) You speak English. (You need to do it for GLASBERGEN. Disponível em: http://glasbergen.com. Acesso em: set. 2019.
communicate purposes)
19 (Bahiana-BA) The man in this cartoon
h) You speak English. (Since you’ve been li- a) is complaining about sore muscles.
ving in the US for so long) b) can’t wait to go back to the gym.
Escolha a alternativa correta para os exercícios 14 a 18. e) needs a prescription for muscle strain relief.
14 She was born in the beginning of last century. She _______ 20 A frase “your muscles need plenty of restÉ” poderia ser
much of the story pass before her eyes. reescrita, sem mudança de sentido, da seguinte maneira:
a) may have seen a) your muscles may have plenty of rest…
b) could have see b) your muscles ought have plenty of rest…
LÍNGUA INGLESA
117
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
Reprodução/UVV, 2021
Disponível em: www.gocomics.com. Acesso em: 25/09/2020.
21 (UVV-ES) In the statement: “What do you suppose Phoebe would be.....” the girl is referring to
a) her friend.
b) nobody.
c) themselves.
d) himself.
e) herself
22 (UVV-ES) In the statement: “I am concerned about your weird behavior, but I am also recording it to
laugh about it later.”, the girl thinks her friend is
a) sad.
b) running late.
c) eccentric.
d) smart.
e) athletic.
23 Na frase “… to prove I can be a suitable Phoebe Howell”, a forma verbal can dá ideia de:
a) obrigação
b) capacidade
c) necessidade
d) proibição
e) recomendação
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
• Faça as questões 1 a 4 do • Faça as questões 7 a 10 do • Faça as questões 13 e 14 do
1
Capítulo 14. Capítulo 14. Capítulo 14.
• Leia o texto teórico do
Capítulo 14. • Faça as questões 11 e 12 do • Faça a questão 15 do
2
• Faça as questões 5 e 6 do Capítulo 14. Capítulo 14.
Capítulo 14.
118
EX TRAS!
1 Ao tratar dos problemas psicossociais dos portadores do vírus HIV/AIDS, o texto argumenta que
a) as crianças em ambiente familiar enfrentam melhor a doença.
b) o suporte das instituições traz mais benefícios que o familiar.
c) as famílias dos portadores do HIV aprendem umas com as outras.
d) a recuperação dos portadores do vírus HIV exige internamento.
e) o tratamento dos pacientes depende de financiamento externo.
Available at: http://joyreactor.com/tag/comics/all/55. Accessed on: November 19th 2020. MîDULO 14 - TEXT COMPREHENSION; MODAL VERBS
2 A discussão sobre o desaparecimento da mídia impressa por conta do crescimento da digital é tema
corriqueiro entre escritores e jornalistas. O meme acima mostra uma pessoa que acredita que jornais
e revistas impressos sempre terão seus espaços. Ao dizer “Fads like computers may come and go”,
ele indica:
LÍNGUA INGLESA
a) capacidade d) dever
b) funcionalidade e) dedução
c) possibilidade
119
Texto para a questão 3. Energy generation
We are the largest Brazilian electrical energy
Reprodução/ENEM, 2015.
generation company. We produced 185 million MWh
in 2019, enough to supply more than 1/3 of the annual
electricity consumption in the country.
Our installed capacity reached 51,143 MW in 2019,
which represents 30% of the total installed capacity in
Brazil. Of our total installed capacity, about 96% comes
from clean sources, with low greenhouse gas emissions.
Among our 48 hydroelectric plants, 12 natural gas,
oil and coal thermoelectric plants, two thermonuclear
plants, 62 wind power plants and one solar plant, owned
or maintained in partnerships, distributed throughout
Brazil, we have some of the largest enterprises in
Disponível em: www.globalwarming.org. Acesso em: 31 jul. 2012 (adaptado).
Brazil and in the entire world, besides structuring and
3 A emissão de gases tóxicos na atmosfera traz pioneering projects in the country.
diversas consequências para nosso planeta. De acordo Disponível em: https://eletrobras.com/en/Paginas/Energy-
com o gráfico, retirado do texto Global warming is an Generation.aspx. Acesso em: 23 out. 2020.
Hyperlink
Pre-Reading
1. Observe a imagem a seguir.
2. Com base nela, escreva um comentário, levando em consi-
deração o vídeo e os textos deste módulo. Compartilhe
com um colega.
3. Faça uma leitura rápida do texto (skimming) sublinhando 2 Segundo o princípio de Lavoisier, a energia não pode sur-
as palavras cognatas e as conhecidas. gir do nada nem pode ser destruída. A única possibilidade
que existe é a transformação de um tipo de energia em
Leia o texto a seguir e responda em português. outro. Cite um exemplo dessa transformação nas usinas
hidrelétricas.
ESOlex/Shutterstock
120
GABARITO – EXTRAS!
1 b
2 a
3 e
1 d
2 e
3 c
1 a
2 c
3 e
LêNGUA INGLESA
GABARITO
121
Matemática e suas
Tecnologias
Nikada/E+/Getty Images
SETOR A
Módulo 14 Equação e função logarítmica .................. 126
Módulo 15 Modelagem exponencial de problemas 133
Módulo 16 Sequências: Progressão aritmética ......... 138
Módulo 17 Sequências: Progressão geométrica ...... 146
SETOR B
Módulo 13 Polígonos regulares e circunferência ..... 153
Módulo 14 Área de polígonos ......................................... 159
Módulo 15 Área do círculo e de suas partes ............. 167
Módulo 16 Áreas e razão entre figuras planas .......... 172
122
tendo gráficos e interpretação das medidas de tendência central e
A área de Matemática das medidas de dispersão (amplitude e desvio padrão), utilizando
ou não recursos tecnológicos.
e suas Tecnologias (EM13MAT203) Aplicar conceitos matemáticos no planejamento, na
execução e na análise de ações envolvendo a utilização de aplicati-
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 1
vos e a criação de planilhas (para o controle de orçamento familiar,
Utilizar estratégias, conceitos e procedimentos matemáti- simuladores de cálculos de juros simples e compostos, entre outros),
cos para interpretar situações em diversos contextos, sejam para tomar decisões.
atividades cotidianas, sejam fatos das Ciências da Nature-
za e Humanas, das questões socioeconômicas ou tecnoló- COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 3
gicas, divulgados por diferentes meios, de modo a contri- Utilizar estratégias, conceitos, definições e procedimentos
buir para uma formação geral. matemáticos para interpretar, construir modelos e resolver
problemas em diversos contextos, analisando a plausibili-
Habilidades
dade dos resultados e a adequação das soluções propostas,
(EM13MAT101) Interpretar criticamente situações econômicas, sociais de modo a construir argumentação consistente.
e fatos relativos às Ciências da Natureza que envolvam a variação de
grandezas, pela análise dos gráficos das funções representadas e das Habilidades
taxas de variação, com ou sem apoio de tecnologias digitais.
(EM13MAT301) Resolver e elaborar problemas do cotidiano, da Ma-
(EM13MAT102) Analisar tabelas, gráficos e amostras de pesquisas temática e de outras áreas do conhecimento, que envolvem equações
estatísticas apresentadas em relatórios divulgados por diferentes lineares simultâneas, usando técnicas algébricas e gráficas, com ou
meios de comunicação, identificando, quando for o caso, inadequa- sem apoio de tecnologias digitais.
ções que possam induzir a erros de interpretação, como escalas e
amostras não apropriadas. (EM13MAT302) Construir modelos empregando as funções polino-
miais de 1º ou 2º graus, para resolver problemas em contextos diver-
(EM13MAT103) Interpretar e compreender textos científicos ou
sos, com ou sem apoio de tecnologias digitais.
divulgados pelas mídias, que empregam unidades de medida de
diferentes grandezas e as conversões possíveis entre elas, adotadas (EM13MAT303) Interpretar e comparar situações que envolvam
ou não pelo Sistema Internacional (SI), como as de armazenamen- juros simples com as que envolvem juros compostos, por meio de
to e velocidade de transferência de dados, ligadas aos avanços representações gráficas ou análise de planilhas, destacando o cres-
tecnológicos. cimento linear ou exponencial de cada caso.
(EM13MAT104) Interpretar taxas e índices de natureza socioeconô- (EM13MAT304) Resolver e elaborar problemas com funções expo-
mica (índice de desenvolvimento humano, taxas de inflação, entre nenciais nos quais seja necessário compreender e interpretar a va-
outros), investigando os processos de cálculo desses números, para riação das grandezas envolvidas, em contextos como o da Matemá-
analisar criticamente a realidade e produzir argumentos. tica Financeira, entre outros.
(EM13MAT105) Utilizar as noções de transformações isométricas (EM13MAT305) Resolver e elaborar problemas com funções loga-
(translação, reflexão, rotação e composições destas) e transforma- rítmicas nos quais seja necessário compreender e interpretar a va-
ções homotéticas para construir figuras e analisar elementos da riação das grandezas envolvidas, em contextos como os de abalos
natureza e diferentes produções humanas (fractais, construções sísmicos, pH, radioatividade, Matemática Financeira, entre outros.
civis, obras de arte, entre outras).
(EM13MAT306) Resolver e elaborar problemas em contextos que
(EM13MAT106) Identificar situações da vida cotidiana nas quais seja
envolvem fenômenos periódicos reais (ondas sonoras, fases da lua,
necessário fazer escolhas levando-se em conta os riscos probabilís-
movimentos cíclicos, entre outros) e comparar suas representações
ticos (usar este ou aquele método contraceptivo, optar por um tra-
com as funções seno e cosseno, no plano cartesiano, com ou sem
tamento médico em detrimento de outro etc.).
apoio de aplicativos de álgebra e geometria.
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 2 (EM13MAT307) Empregar diferentes métodos para a obtenção da
Propor ou participar de ações para investigar desafios do medida da área de uma superfície (reconfigurações, aproximação
mundo contemporâneo e tomar decisões éticas e social- por cortes etc.) e deduzir expressões de cálculo para aplicá-las em
situações reais (como o remanejamento e a distribuição de planta-
mente responsáveis, com base na análise de problemas
ções, entre outros), com ou sem apoio de tecnologias digitais.
sociais, como os voltados a situações de saúde, sustenta-
bilidade, das implicações da tecnologia no mundo do tra- (EM13MAT308) Aplicar as relações métricas, incluindo as leis do
balho, entre outros, mobilizando e articulando conceitos, seno e do cosseno ou as noções de congruência e semelhança, para
procedimentos e linguagens próprios da Matemática. resolver e elaborar problemas que envolvem triângulos, em variados
contextos.
Habilidades
MÓDULO 14 - GRANDEZAS FÍSICAS
tões relevantes, usando dados coletados diretamente ou em dife- (EM13MAT310) Resolver e elaborar problemas de contagem envol-
rentes fontes, e comunicar os resultados por meio de relatório con- vendo agrupamentos ordenáveis ou não de elementos, por meio
123
dos princípios multiplicativo e aditivo, recorrendo a estratégias di- (EM13MAT407) Interpretar e comparar conjuntos de dados estatís-
versas, como o diagrama de árvore. ticos por meio de diferentes diagramas e gráficos (histograma, de
caixa (box-plot), de ramos e folhas, entre outros), reconhecendo os
(EM13MAT311) Identificar e descrever o espaço amostral de eventos
aleatórios, realizando contagem das possibilidades, para resolver e mais eficientes para sua análise.
elaborar problemas que envolvem o cálculo da probabilidade.
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 5
(EM13MAT312) Resolver e elaborar problemas que envolvem o
Investigar e estabelecer conjecturas a respeito de diferen-
cálculo de probabilidade de eventos em experimentos aleatórios
sucessivos. tes conceitos e propriedades matemáticas, empregando
estratégias e recursos, como observação de padrões, ex-
(EM13MAT313) Utilizar, quando necessário, a notação científica para
perimentações e diferentes tecnologias, identificando a
expressar uma medida, compreendendo as noções de algarismos
significativos e algarismos duvidosos, e reconhecendo que toda
necessidade, ou não, de uma demonstração cada vez mais
medida é inevitavelmente acompanhada de erro. formal na validação das referidas conjecturas.
124
Matemática Antonio Carlos ROSSO Junior
Fábio PELICANO Borges Vieira
Roberto Teixeira Cardoso (ROBBY)
RODNEY Brasil Luzio
THIAGO Dutra de Araújo
125
14 M AT EM ÁT IC A A COMPETÊNCIAS GERAIS C2.C4.C5
M Ó D U L O
Equação e
função logarítmica
COMPETÊNCIAS
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICAS
E HABILIDADES
. Objetivo 1: resolver equações logarítmicas com base na definição e nas propriedades dos logaritmos. DA BNCC
. Objetivo 2: resolver problemas que façam uso de funções logarítmicas. COMPETÊNCIA 3
EM13MAT305
Neste módulo COMPETÊNCIA 4
EM13MAT403
1 Equação logarítmica
Denominamos equação logarítmica toda equação na incógnita real x que pode ser escrita na forma
logb x 5 a,
em que a e b são números reais, com b > 0 e b = 1.
A resolução da equação pode ser feita a partir da definição de logaritmo:
x 1 1 > 0
x 2 1 > 0
126
O gráfico da função f é uma curva definida de acordo com o valor de b.
1
1 x x
127
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
d) 1 1 log6 (x 2 1) 5 log6 x
2 O nível de intensidade sonora é uma medida de como percebemos o que, muitas vezes, é conhecido
como “volume”. Um fato curioso é que nossa percepção do que ocorre muda em função do estímulo.
O nível de intensidade sonora é definido em escala logarítmica e é dado por:
I
N 5 10 ? log
I0
Dado que:
. N é o nível de intensidade sonora, medido em decibéis (dB);
. I é a intensidade sonora (W/m2);
. I0 é a intensidade do som mais baixo que um ser humano é capaz de ouvir, que é cerca de W/m2.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), diferentes níveis de intensidade sonora provocam
variadas reações ao corpo quando exposto prolongadamente a um nível de som.
128
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
a) Calcule a menor e a maior intensidade sonora que provoca estado de alerta no corpo humano.
c) Explique como você organizaria o nível de intensidade sonora e seus efeitos sobre o corpo das seguintes situações: trân-
sito em avenida movimentada; cochicho; britadeira; biblioteca; música baixa; avião decolando; escritório; conversa alta;
motor de caminhão em funcionamento; buzina; show de rock.
129
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
3 Em um mesmo plano, esboce os gráficos das funções f(x) 5 log2 x e g (x ) 5 log 1 x, considerando que os domínios das duas
funções é *+. 2
4,5
3,5
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 x
20,5
21
21,5
22
22,5
23
23,5
24
24,5
4 Manuela precisa modelar um certo fenômeno físico por meio de uma expressão matemática. Após a análise inicial das duas
grandezas x e y envolvidas, ela observou que:
. para x 5 2, obtém-se o valor de y 5 3;
. à medida que os valores de x aumentam, os valores de y também aumentam, porém cada vez mais lentamente.
Para criar o modelo que representa a lei da função y 5 f(x), ela dispõe das três opções a seguir.
I. f(x) 5 5 2 0,5 ? 2x II. f(x) 5 0,5x 1 2 III. f(x) 5 log2 (3x 1 2)
y y y
4,5 4,5 4,5
4 4 4
3,5 3,5 3,5
3 3 3
2,5 2,5 2,5
2 2 2
1,5 1,5 1,5
1 1 1
0,5 0,5 0,5
20,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 x 20,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 x 20,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 x
20,5 20,5 20,5
21 21 21
21,5 21,5 21,5
130
b) De acordo com as observações de Manuela, qual opção é a mais adequada para modelar o fenômeno? Explique por que
você escolheu essa opção.
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
• Leia o item 1 da seção Neste • Faça as questões 9 a 12. • Faça as questões 17 e 18.
1 módulo. • Leia os itens 1 e 2.
• Faça as questões 1 a 4.
• Leia o item 2 da seção Neste • Faça as questões 13 a 16. • Faça as questões 19 e 20.
2 módulo. • Leia o item 3.
• Faça as questões 5 a 8.
EX TRAS!
131
EXTRAS!
2 Com o avanço em ciência da computação, estamos próximos do momento em que o número de transistores no
processador de um computador pessoal será da mesma ordem de grandeza que o número de neurônios em um cérebro
humano, que é da ordem de 100 bilhões.
Uma das grandezas determinantes para o desempenho de um processador é a densidade de transistores, que é o número
de transistores por centímetro quadrado. Em 1986, uma empresa fabricava um processador contendo 100 000 transistores
distribuídos em 0,25 cm2 de área. Desde então, o número de transistores por centímetro quadrado que se pode colocar em
um processador dobra a cada dois anos (Lei de Moore).
Disponível em: www.pocket-lint.com. Acesso em: 1 dez. 2017 (adaptado).
3 (FGV-RJ) Um aluno precisava estimar a área S da região sob o gráfico da função S (logaritmo decimal de x) entre as abs-
cissas x 5 3 e x 5 6 que se vê na figura a seguir.
Reprodução/FGV-RJ, 2017.
Para obter um valor aproximado de S, o aluno pensou na estratégia que as figuras abaixo mostram. Ele calculou a área S1
dos três retângulos da figura da esquerda, e calculou a área S2 dos três retângulos da figura da direita.
Reprodução/FGV-RJ, 2017.
Ele imaginou que uma boa aproximação para a área que deseja obter é
S1 1 S2
S5 .
2
Dados log 2 5 0,301 e log 3 5 0,477, obtenha um valor para S, usando a estratégia descrita acima.
4 Como você viu, a intensidade sonora pode ser representada por uma função logarítmica. Pesquise outros fenômenos que
também podem ser representados por essa função e, com esse contexto, elabore um exercício. Para enriquecer seu exercício,
tente trabalhar com gráficos e tabelas.
132
15 M AT EM ÁT IC A A
M Ó D U L O
Modelagem exponencial
de problemas
COMPETÊNCIAS
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICAS
E HABILIDADES
. Objetivo 1: resolver problemas que recaem em funções exponenciais, dada a lei da função. DA BNCC
. Objetivo 2: resolver problemas que recaem em funções exponenciais, sem o conhecimento da lei da COMPETÊNCIA 1
função. EM13MAT101
EM13MAT102
Exemplo: Considere que, durante a fase inicial de uma pandemia, o número total de infectados
cresça a uma taxa de 5% ao dia. Isso significa que, a cada dia, o número de infectados é multiplicado
por 1,05 (100% 1 5% 5 105% 5 1,05), de modo que, após n dias, o número inicial de infectados é multi-
plicado por 1,05n.
Assim, se o número de infectados no início das observações for igual a 100, a quantidade I(n) de in-
fectados após n dias será
Para responder à segunda pergunta, precisamos determinar o valor de n tal que I(n) 5 20:
_ n 5 log1,05 2 ã 14,2
Dessa forma, podemos concluir que o número de infectados dobrará em algum momento do 15º dia
após as observações. Veja que n 5 14 indica 14 dias completos, de modo que um valor de n entre 14 e 15
indica que o 15º dia de observações já se iniciou.
MATEMÁTICA A
133
DESEN V OLV ENDO H A BIL ID A DE S
1 Considere a função f: ñ dada por f(x) 5 10 ? 2x. Dado que log 2 5 0,3, responda aos itens a seguir.
a) Obtenha x tal que f(x) 5 100.
b) Se g(x) 5 log [f(x)], obtenha a lei de g(x) e identifique se g pode ser associada a uma função afim, quadrática, exponen-
cial ou logarítmica, justificando sua resposta.
c) Complete o quadro a seguir e esboce, nos planos cartesianos apresentados abaixo, os gráficos das funções f e g.
x 0 1 2 3 4
f(x)
g(x)
y y
x x
134
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
135
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
a) Escreva uma expressão algébrica que relacione a po- b) Considere que o gerente de um banco ofereça a seus
pulação brasileira, em milhões de habitantes, a partir clientes uma opção de investimento com base em um
de 2020, com o respectivo tempo. valor inicial investido a certa taxa mensal de juros. O
gráfico a seguir mostra, para essa opção de investimen-
to, o capital obtido (em reais) em função do tempo t:
log (c)
4,32
4,30
4,28
4,26
4,24
4,22
b) Estime em qual ano a população brasileira atingirá 4,20
250 milhões de habitantes. Se necessário, utilize as apro- 4,18
4,16
ximações ln (1,0077) 5 0,008, ln (2) 5 0,69, ln (5) 5 1,61
4,14
e ln (53) 5 3,97.
4,12
4,10
4,08
4,06
4,04
4,02
4,00
3,98
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 t (meses)
136
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
• Leia a seção Neste módulo. • Faça as questões 9 a 12. • Faça a questão 17.
1 • Faça as questões 1 a 5.
EX TRAS!
1 Um contrato de empréstimo prevê que quando Considerando que a perspectiva de crescimento continue
uma parcela é paga de forma antecipada, conceder-se-á dobrando a cada três anos, calcule o ano em que o Brasil
uma redução de juros de acordo com o período de ante- atingirá 64% da utilização do seu potencial eólico. Em
cipação. Nesse caso, paga-se o valor presente, que é o seguida, calcule o ano aproximado em que o Brasil atin-
valor, naquele momento, de uma quantia que deveria ser girá 100% da utilização do seu potencial eólico, empre-
paga em uma data futura. Um valor presente P submetido gando um modelo exponencial de base 2 e adotando
a juros compostos com taxa i, por um período de tempo log 2 ã 0,3 no cálculo final.
n, produz um valor futuro V determinado pela fórmula
V 5 P(1 1 i)n
3 (Unifesp) Em um jogo disputado em várias rodadas con-
secutivas, um jogador ganhou metade do dinheiro que
Em um contrato de empréstimo com sessenta parcelas tinha a cada rodada ímpar e perdeu metade do dinheiro
fixas mensais, de R$ 820,00, a uma taxa de juros de 1,32% que tinha a cada rodada par.
ao mês, junto com a trigésima parcela será paga anteci- a) Sabendo que o jogador saiu do jogo ao término da
padamente uma outra parcela, desde que o desconto seja 4ª rodada com R$ 202,50, calcule com quanto dinhei-
superior a 25% do valor da parcela. ro ele entrou na 1ª rodada do jogo.
4
Utilize 0,2877 como aproximação para ln e 0,0131 b) Suponha que o jogador tenha entrado na 1ª rodada
3
como aproximação para ln (1,0132). do jogo com R$ 1.000,00, terminando, portanto, essa
A primeira das parcelas que poderá ser antecipada junto rodada com R$ 1.500,00, e que tenha saído do jogo
com a 30ª é a ao término da 20ª rodada. Utilizando log 2 ã 0,301,
log 3 ã 0,477 e os dados da tabela, calcule com quan-
a) 56ª. d) 51ª.
to dinheiro, aproximadamente, ele saiu do jogo.
b) 55ª. e) 45ª.
c) 52ª. Valor aproximado
x
de 10x
2 (Unesp-SP) Leia a matéria publicada em junho de 2016.
137
16 M AT EM ÁT IC A A
M Ó D U L O
Sequências: Progressão
aritmética
COMPETÊNCIAS
ESPECÍFICAS
Objetivos de aprendizagem E HABILIDADES
DA BNCC
. Objetivo 1: reconhecer padrões em sequências numéricas.
COMPETÊNCIA 2
. Objetivo 2: reconhecer uma progressão aritmética e trabalhar com suas representações especiais. EM13MAT203
. Objetivo 3: resolver situações-problema que envolvam progressões aritméticas e suas propriedades. COMPETÊNCIA 5
EM13MAT507
. Objetivo 4: explorar a soma dos termos de uma progressão aritmética.
Neste módulo
1 Sequência
Definimos sequência numérica qualquer ordenação de números de acordo com algum critério e de-
notamos por (a1, a2, a3, ...). Por exemplo, a sequência dos números naturais pares pode ser dada por (0, 2,
4, 6, ...); já a sequência dos números ímpares de 1 a 5 é dada por (1, 3, 5).
Uma sequência pode ser finita ou infinita. Ela é finita quando podemos definir o primeiro e o último
termo, e infinita quando isso não é possível. Nos exemplos anteriores, a primeira sequência apresentada é
infinita, enquanto a segunda é finita.
2 Progressão aritmética
Classificamos uma sequência (a1, a2, ..., an, ...) como uma progressão aritmética (PA) de razão r se, e
somente se, a seguinte relação é válida para todo número natural n, com n . 2.
an 5 an 2 1 1 r
an 5 a1 1 (n 2 1) ? r
2.1 Propriedade
Três números, a, b e c, são, nesta ordem, termos consecutivos de uma progressão aritmética, se, e
somente se,
a1c
b5
2
138
3 Soma dos n primeiros termos de uma progressão
aritmética
A soma dos n primeiros termos (Sn) de uma PA (a1, a2, ..., an) é dada por:
Sn 5
(a 1 a ) ? n
1 n
1 Analisar a evolução de populações é fundamental para estabelecer políticas públicas como fornecimento de água, eletrici-
dade, saúde, moradia, educação, etc. O interesse nessas análises sempre existiu, e um exemplo é o modelo proposto no livro
Liber Abaci (Livro dos Ábacos) pelo matemático Leonardo de Pisa, conhecido como Fibonacci, que viveu nos séculos XII-XIII.
Nesse modelo, ele descreve como se dá o crescimento de uma população de coelhos. Com base em suas observações, ele
propôs um cenário com as seguintes condições hipotéticas e ideais para que o crescimento ocorresse:
. No primeiro mês, temos um casal de coelhos recém-nascidos.
. Após um mês, eles se tornam adultos e começam a se acasalar.
. O período de gestação é de um mês.
. A partir do momento em que é adulta, a fêmea é fecundada a cada mês e gera um casal de filhotes.
1o mês
2o mês
3o mês
4o mês
5o mês
MATEMÁTICA A
Nessa representação do modelo de crescimento de coelhos, as setas azuis indicam a repetição do mesmo coelho, enquanto as
setas vermelhas indicam novos filhotes.
139
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
A sequência numérica que representa o total de casais a cada mês é conhecida como sequência de Fibonacci.
a) Preencha o quadro a seguir indicando a quantidade de casais, considerando o início do mês.
Número de casais
Número de casais adultos Total de casais
recém-nascidos
1º mês
2º mês
3º mês
4º mês
5º mês
6º mês
7º mês
b) Escreva os 7 primeiros termos da sequência de Fibonacci (a1, a2, a3, …, a7), representando por ai o total de casais de coelhos
no início do i-ésimo mês.
d) Observe a sequência e as somas obtidas nos itens anteriores e responda: você reconhece algum padrão nos resultados
obtidos? Como você poderia descrevê-lo?
e) Escreva uma lei que represente a sequência de Fibonacci. Note que a lei pode ser formada por mais de uma sentença.
f) Seguindo o padrão, qual seria a população de coelhos ao final de um ano (início do décimo terceiro mês)?
a) Considere que o padrão se mantenha nas próximas figuras e determine o número de quadrados azuis da Figura 5.
140
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
3 O slogan “Se beber não dirija”, muito utilizado em campanhas publicitárias no Brasil, chama a atenção para o grave
problema da ingestão de bebida alcoólica por motoristas e suas consequências para o trânsito. A gravidade desse problema
pode ser percebida observando como o assunto é tratado pelo Código de Trânsito Brasileiro. Em 2013, a quantidade máxima
de álcool permitida no sangue do condutor de um veículo, que já era pequena, foi reduzida, e o valor da multa para moto-
ristas alcoolizados foi aumentado. Em consequência dessas mudanças, observou-se queda no número de acidentes regis-
trados em uma suposta rodovia nos anos que se seguiram às mudanças implantadas em 2013, conforme dados no quadro.
Suponha que a tendência de redução no número de acidentes nessa rodovia para os anos subsequentes seja igual à redução
absoluta observada de 2014 para 2015.
Com base na situação apresentada, o número de acidentes esperados nessa rodovia em 2018 foi de
a) 150.
b) 450.
c) 550.
d) 700.
e) 800.
4 Obtenha o décimo quarto termo de uma PA cujo quinto termo vale 8 e o oitavo termo vale –4.
5 Escreva todas as progressões aritméticas de três termos cuja soma dos termos vale 27 e cujo produto vale 693.
6 Uma curiosidade sobre calendários é o fato de que, em qualquer ano, exceto os bissextos, os dias 1o de janeiro e 31 de de-
141
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
7 Quantos números múltiplos de 6 estão entre 100 e 1 000? Usando esse procedimento, dê como resposta o valor
total pago na compra do computador.
142
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
c) Obtenha o valor total utilizando a expressão da soma de uma PA. Com base no item anterior e no cálculo feito aqui, o que
você pode concluir?
10 Sabendo que a soma dos n primeiros termos de uma PA é dada por Sn 5 2n2 1 4n, obtenha o primeiro termo e a razão dessa
progressão.
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
• Leia o item 1 da seção Neste • Faça as questões 17 a 20. • Faça as questões 33 e 34.
1 módulo.
• Leia o item 2 da seção Neste • Faça as questões 21 a 24. • Faça as questões 35 e 36.
2 módulo. • Leia os itens 2.1 e 2.2.
• Faça as questões 5 a 8.
• Leia o item 3 da seção Neste • Leia o item 2.4. • Faça as questões 39 e 40.
4 módulo. • Faça as questões 29 a 32.
• Faça as questões 13 a 16.
143
EX TRAS!
1 Em um trabalho escolar, João foi convidado a calcular as áreas de vários quadrados diferentes, dispostos em se-
quência, da esquerda para a direita, como mostra a figura.
Reprodução/Enem, 2016.
O primeiro quadrado da sequência tem lado medindo 1 cm, o segundo quadrado tem lado medindo 2 cm, o terceiro, 3 cm e
assim por diante. O objetivo do trabalho é identificar em quanto a área de cada quadrado da sequência excede a área do
quadrado anterior. A área do quadrado que ocupa a posição n, na sequência, foi representada por An.
2 O triângulo de Sierpinski, uma das figuras estudadas na teoria dos fractais, é obtido do seguinte modo:
. A partir de um triângulo equilátero (figura 1), construa três novos triângulos equiláteros congruentes cujas medidas dos
lados sejam metade da medida do lado do triângulo anterior e posicione esses triângulos de maneira que cada triângu-
lo tenha um vértice comum com um dos vértices de cada um dos outros dois triângulos, conforme ilustra a figura 2.
. Repita esse processo para obter a figura 3 a partir da figura 2.
Caso esse procedimento seja repetido “infinitamente”, obtemos o triângulo de Sierpinski.
Represente a próxima figura na formação do triângulo de Sierpinski e calcule a área da parte escura supondo que o lado do
triângulo original mede 1 unidade.
3 Em uma determinada estrada existem dois telefones instalados no acostamento: um no quilômetro 30 e outro no
quilômetro 480. Entre eles serão colocados mais 8 telefones, mantendo-se entre dois telefones consecutivos sempre a mes-
ma distância.
Qual é a sequência numérica que corresponde à quilometragem em que os novos telefones serão instalados?
a) 30, 90, 150, 210, 270, 330, 390, 450
b) 75, 120, 165, 210, 255, 300, 345, 390
c) 78, 126, 174, 222, 270, 318, 366, 414
d) 80, 130, 180, 230, 330, 380,430
e) 81, 132, 183, 234, 285, 336, 387, 438
144
EXTRAS!
Reprodução/
Enem, 2010.
Após avaliar o esboço, cada um dos funcionários esboçou sua resposta:
. FUNCIONÁRIO I: aproximadamente 200 estrelas.
. FUNCIONÁRIO II: aproximadamente 6 000 estrelas.
. FUNCIONÁRIO III: aproximadamente 12 000 estrelas.
. FUNCIONÁRIO IV: aproximadamente 22 500 estrelas.
. FUNCIONÁRIO V: aproximadamente 22 800 estrelas.
Qual funcionário apresentou um resultado mais próximo da quantidade de estrelas necessária?
a) I
b) II
c) III
d) IV
e) V
6 (FGV–SP)
a) Gnomos são representações geométricas de números como pontos nos lados de um ângulo reto. Acrescentando gnomos,
os babilônios descobriam muitas conexões entre os números.
Qual é a soma dos 100 primeiros termos da sequência de gnomos da figura abaixo?
Reprodução/FGV-SP, 2016.
b) Qual é a diferença de gnomos entre o centésimo primeiro e o centésimo termos da sequência da figura abaixo?
Reprodução/FGV-SP, 2016.
145
17 M AT EM ÁT IC A A
M Ó D U L O
Sequências: Progressão
geométrica
COMPETÊNCIAS
ESPECÍFICAS
Objetivos de aprendizagem E HABILIDADES
DA BNCC
. Objetivo 1: reconhecer uma progressão geométrica e trabalhar com suas representações especiais.
COMPETÊNCIA 2
. Objetivo 2: explorar a soma dos n primeiros termos de uma progressão geométrica. EM13MAT203
. Objetivo 3: trabalhar com a soma dos termos de uma progressão geométrica infinita. COMPETÊNCIA 3
EM13MAT303
. Objetivo 4: resolver situações-problema que envolvam progressões aritméticas e progressões geo-
COMPETÊNCIA 5
métricas. EM13MAT508
Neste módulo
1 Progressão geométrica
Na sequência (a1, a2, ..., an, ...), os termos an formam uma progressão geométrica (PG) de razão q se, e
somente se, a seguinte relação for válida para todo natural n, n . 2. Assim:
an 5 an 2 1 ? q
an 5 a1 ? qn 2 1
Propriedade: Três números não nulos a, b e c são, nesta ordem, termos consecutivos de uma progres-
são geométrica se, e somente se,
b2 5 a ? c
Algumas representações:
x
. PG de três termos: , x , x ⋅ q e razão q (q = 0)
q
x x
. PG de cinco termos: 2 , , x , x ⋅ q , x ⋅ q2 e razão q (q = 0)
q q
x x
. PG de quatro termos: , , x ⋅ q , x ⋅ q3 e razão q2 (q = 0)
q 3 q
146
2 Soma dos n primeiros termos de uma PG
A soma dos n primeiros termos de uma PG (a1, a2, ..., an, ...) de razão q é dada por:
S = 1 ( )
a ⋅ qn − 1
, se q ≠ 1
n q−1
Sn = n ⋅ a1 , se q = 1
a1
S=
1− q
1 Um dos temas importantes da atualidade é a sustentabi- c) Explique por que essa sequência é uma PG.
lidade. Com o aumento da população mundial e, conse-
quentemente, da produção de lixo, cada vez mais as pes-
soas se conscientizam do significado da expressão: “Na
Terra não existe jogar fora”.
Uma organização não governamental (ONG) desenvolveu
uma iniciativa de coleta e reciclagem de plásticos que vem
2 Calcule o valor do décimo terceiro termo de uma PG, cujos
elementos são números reais positivos, sabendo que o
sendo um sucesso.
quinto termo vale 400 e o nono termo vale 80.
Embora no primeiro mês tenham sido reciclados apenas
2 kg de material, a expectativa dos organizadores da ONG
é de que, no primeiro ano, a quantidade mensal de plás-
tico reciclado triplique em relação ao mês anterior.
147
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
3 (Udesc) O objetivo de um concurso era criar o ser vivo matemático mais curioso. O vencedor, batizado por seus criadores
de Punctorum Grande, possuía as seguintes características: no seu nascimento ele era composto apenas por um ponto, e
após 40 minutos duas hastes saíam deste ponto com um novo ponto. Após mais 40 minutos, outras duas hastes, com um
novo ponto em cada, saíam de cada um dos pontos existentes e assim sucessivamente a cada 40 minutos.
O número de pontos que esse ser vivo tinha após cinco horas e vinte minutos do seu nascimento, era:
a) 6 561. b) 255. c) 2 187. d) 4 347. e) 64.
4 Obtenha todas as PGs com três termos reais cuja soma vale 21 e o produto vale 216.
5 Volte à questão 1 e calcule o total de material reciclado, em kg, ao longo do primeiro ano de funcionamento da ONG. Use
uma calculadora para auxiliar nos cálculos.
7 De um quadrado de 2 cm de lado é construído um segundo quadrado, unindo-se os pontos médios dos lados do primeiro
quadrado. Desse segundo quadrado, obtém-se um terceiro, unindo-se os pontos médios dos seus lados. Considere que essa
operação é repetida indefinidamente, de modo que o enésimo quadrado é obtido unindo-se os pontos médios do quadrado
anterior.
Nessas condições:
a) represente os três primeiros quadrados obtidos e calcule suas áreas e seus perímetros;
148
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
b) calcule a soma das áreas dos infinitos quadrados; 9 Considere as funções definidas por f(x) 5 2x 1 3 e
g(x) 5 3 ? 2x e faça o que se pede.
a) Escreva as sequências (f(1), f(2); f(3); …) e
(g(1), g(2); g(3); …).
c) calcule a soma dos perímetros dos infinitos quadrados. b) Estabeleça uma relação entre f, g, progressões aritmé-
ticas e progressões geométricas.
10 Seja (a1, a2, ...) uma PG cujo quinto termo vale 1 e cuja razão
vale 2.
a) O que podemos afirmar sobre a sequência
8 Sabendo que (a, b 2 1, 7a) é uma PA e que (a 2 1, 2a, b) é (log2 a1, log2 a2, ...)?
uma PG, calcule os valores de a e de b.
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
• Leia o item 1 da seção Neste • Faça as questões 17 a 20. • Faça as questões 33 e 34.
1 módulo. • Leia os itens 1 a 2.3.
• Leia o item 2 da seção Neste • Faça as questões 21 a 24. • Faça as questões 35 e 36.
2 módulo. • Leia o item 2.5.
• Faça as questões 5 a 8.
• Leia o item 3 da seção Neste • Faça as questões 25 a 28. • Faça as questões 37 e 38.
3 módulo. • Leia o item 2.6.
• Faça as questões 9 a 12.
MATEMÁTICA A
149
EX TRAS!
Preto Perola/Shutterstock
século V a.C. na acrópole de Atenas, na Grécia Antiga, e foi
ornado com o melhor da arquitetura grega. É um dos mais
belos edifícios já construídos até hoje. Sua beleza e elegância
influenciaram gerações a aproximar a engenharia da arte. Sua
fachada foi projetada de modo que a razão entre a altura e a
largura correspondesse à chamada “divina proporção”, isto é,
5+1
fosse igual a , também conhecido como número de ouro.
2
Inspirado nessa construção e na proporção de suas dimensões,
um arquiteto decidiu criar um galpão com o formato de um
paralelepípedo, em que a altura, a largura e o comprimento
formassem, nessa ordem, uma PG.
a) Determine a razão dessa PG.
b) Determine quanto medem, aproximadamente, a altura e o Templo do Partenon na acrópole em Atenas, Grécia.
comprimento desse galpão, sabendo que sua largura mede
10 metros.
2 Uma empresa teve, no mês de janeiro, um lucro de R$ 15.000,00 na venda de determinado produto. Além disso, ela projetou,
para esse ano, ampliar esse lucro em 10% a cada mês em relação ao mês anterior.
A sequência formada pelos lucros mensais citados, de acordo com os meses do ano, é uma
a) PA de razão 1,1.
b) PA de razão 0,1.
c) PG de razão 0,1.
d) PG de razão 1,1.
e) PG de razão 1,5.
3 Torneios de tênis, em geral, são disputados em sistema de eliminatória simples. Nesse sistema, são disputadas par-
tidas entre dois competidores, com a eliminação do perdedor e promoção do vencedor para a fase seguinte. Dessa forma,
se na 1a fase o torneio conta com 2n competidores, então na 2ª fase restarão n competidores, e assim sucessivamente até a
partida final.
Em um torneio de tênis, disputado nesse sistema, participam 128 tenistas.
Para se definir o campeão desse torneio, o número de partidas necessárias é dado por
a) 2 ? 128
b) 64 1 32 1 16 1 8 1 4 1 2
c) 128 1 64 1 32 1 16 1 8 1 4 1 2 1 1
d) 128 1 64 1 32 1 16 1 8 1 4 1 2
e) 64 1 32 1 16 1 8 1 4 1 2 1 1
4 Uma pessoa fez um depósito inicial de R$ 200,00 em um Fundo de Investimentos que possui rendimento constan-
te sob juros compostos de 5% ao mês. Esse Fundo possui cinco planos de carência (tempo mínimo necessário de rendimen-
to do Fundo sem movimentação do cliente). Os planos são:
. Plano A: carência de 10 meses;
. Plano B: carência de 15 meses;
. Plano C: carência de 20 meses;
. Plano D: carência de 28 meses;
. Plano E: carência de 40 meses.
150
EXTRAS!
O objetivo dessa pessoa é deixar essa aplicação rendendo até que o valor inicialmente aplicado duplique, quando somado
aos juros do fundo. Considere as aproximações: log 2 = 0,30 e log 1,05 = 0,02.
Para que essa pessoa atinja seu objetivo apenas no período de carência, mas com a menor carência possível, deverá optar
pelo plano
a) A.
b) B.
c) C.
d) D.
e) E.
( ) ( )
kn = 3 ⋅ 3 ⋅ 3 ⋅ … ⋅ 3 − 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ … ⋅ 2 .
n vezes n vezes
ANOTAÇÕES
151
GABARITO - EXTRAS!
Módulo 14
1 01 1 16 5 17
2 c
3 1,93 unidades de área
4 Resposta pessoal. Alguns dos fenômenos que podem ser trabalhados são a magnitude de um tremor de terra ou o cálculo
do pH (potencial hidrogeniônico) de solução aquosa.
Módulo 15
1 c
2 2031 e 2033, respectivamente.
3 a) R$ 360,00.
b) R$ 56,00.
Módulo 16
1 a
2
27 3
S=
256
3 d
4 599
5 c
6 a) 10 000
b) 202
Módulo 17
1 a) 6,18 m
b) 16,18 m
2 d
3 e
4 b
5 1
152
13 M AT EM ÁT IC A B COMPETÊNCIAS GERAIS C2.C4
M Ó D U L O
Polígonos regulares
e circunferência
COMPETÊNCIA
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICA
E HABILIDADE
DA BNCC
. Objetivo 1: identificar e resolver situações-problema que envolvam relações métricas em polígonos
COMPETÊNCIA 3
regulares inscritos e circunscritos a uma circunferência. EM13MAT308
. Objetivo 2: resolver situações-problema que envolvam o comprimento de uma circunferência e de
um arco de circunferência.
Neste módulo
c
60°
L3
R
O L3 L3 5 R 3
a3 60° 30°
R
R
60° 30° a3 5
2
B L3 M L3 C
2 2
O L4 L4 5 R 2
R a4 R R 2
a4 5
2
45°
MATEMÁTICA B
A M L4 B
2
153
Polígono inscrito em uma circunferência
Relações métricas
de centro O e raio R
E
L6
L6 D
F L6
L6 5 R
O
L6 60° R 3
R C a6 5
a6 R 2
L6
A
L6 M
B
C
5 p ⇒ C 5 2 pr
2r
Usando uma regra de três simples, podemos calcular o comprimento L de um arco de circunferência
de raio r e ângulo central a.
Medida do ângulo Comprimento
360° 2pr
a L
apr
L 5
180°
a
L
154
DESEN V OLV ENDO H A BIL ID A DE S
1 Determine as medidas do apótema e do lado de cada po- 2 Considere um polígono regular com n lados inscrito e ou-
lígono regular inscrito em uma circunferência de centro O: 1
tro circunscrito a uma circunferência cujo raio mede cm.
a) triângulo equilátero; 2
6 cm
0
b) quadrado;
0
8 cm
c) hexágono regular.
10 cm
155
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
b) Complete a tabela a seguir, com o auxílio de uma d) Caso exista, faça uma estimativa para o menor valor de
calculadora, sendo pn e Pn os perímetros do polígono n, tal que pn > Pn.
inscrito e circunscrito, respectivamente. Anote esses
valores com precisão de 5 casas decimais.
10
3 Uma circunferência tem diâmetro medindo 5,4 cm.
100
Determine:
1 000 a) o comprimento dessa circunferência;
10 000
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
• Leia o item 1 da seção Neste • Faça as questões 8 a 11. • Faça as questões 17 e 18.
1 módulo. • Leia os itens 1 a 4.
• Faça as questões 1 a 4.
• Leia o item 2 da seção Neste • Faça as questões 12 a 16. • Faça as questões 19 e 20.
2 módulo. • Leia o item 5.
• Faça as questões 5 a 7.
156
EX TRAS!
1 Um vitral possui no seu desenho um triângulo equilátero de 120 cm de perímetro inscrito numa circunferência. Determine o
raio dessa circunferência.
2 Um hexágono de lado 6 cm está inscrito em uma circunferência. Determine o apótema do quadrado inscrito na mesma
circunferência.
3 (ITA-SP) Seis circunferências de raio 5 cm são tangentes entre si duas a duas e seus centros são vértices de um hexágono
regular, conforme a figura abaixo.
Reprodução/Ita, 2017.
O comprimento de uma correia tensionada que envolve externamente as seis circunferências mede, em cm,
a) 18 1 3π.
b) 30 1 10π.
c) 18 1 6π.
d) 60 1 10π.
e) 36 1 6π.
4 (IFRJ) O esquema a seguir representa uma roda-gigante em construção que terá 120 m de diâmetro. Cada ponto
representa uma das 24 cabines igualmente espaçadas entre si.
Reprodução/Cefet, 2019.
O ponto C representa o centro da roda-gigante e os pontos A e B são, respectivamente, os pontos mais altos e mais baixo
da roda-gigante.
a) Qual o comprimento, em metros, do arco AD?
b) Qual a altura, em metros, do ponto D em relação ao chão?
MATEMÁTICA B
157
EXTRAS!
5 Os polígonos regulares são observados em diversas decorações, principalmente no formato dos azulejos de parede e piso.
AVAtem/Shutterstock
Um polígono regular pode ser decomposto, utilizando seus vértices e o ponto central, em triângulos congruentes. A partir
disso e, com base nos conceitos estudados neste módulo, elabore um exercício que envolva um polígono, que pode ser
decomposto em triângulos, além de trabalhar o conteúdo desenvolvido neste módulo. Tente contextualizar seu exercício
com formatos poligonais observados em seu cotidiano.
ANOTAÇÕES
158
14 M AT EM ÁT IC A B
M Ó D U L O
Áreas de polígonos
COMPETÊNCIAS
ESPECÍFICAS
Objetivos de aprendizagem E HABILIDADES
DA BNCC
. Objetivo 1: entender o cálculo e resolver problemas usando a área de quadriláteros.
COMPETÊNCIA 3
. Objetivo 2: reconhecer e resolver situações-problema que utilizem a área de quadriláteros. EM13MAT307
. Objetivo 3: entender o cálculo e resolver problemas usando a área do triângulo. COMPETÊNCIA 5
EM13MAT505
. Objetivo 4: reconhecer e resolver situações-problema que utilizem a área do triângulo.
Neste módulo
A 5 L2 L L
h
MÓDULO 14 - ÁREAS DE POLÍGONOS
A5b?h
b
MATEMÁTICA B
159
1.3 Área de um paralelogramo
A área de um paralelogramo cujos lados paralelos medem b (base) e h (altura) é dada por:
A5b?h
A=
( B + b) ⋅ h
2
D⋅d
A=
2
160
2 Áreas do triângulo
A área de um triângulo de lado b e altura h correspondente a esse lado é dada por:
b⋅h
A= h
2
1
A= ⋅ a ⋅ b ⋅ sen a
2
L L
l2 3
A=
4
1 Um terreno retangular foi dividido em lotes (A, B e C), como mostra a figura a seguir.
300 dm 500 dm
B 2 000 dm
MîDULO 14 - ÁREAS DE POLÍGONOS
400 dm A
MATEMÁTICA B
150 dm
161
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
5 cm
60¡
4 cm
c) trapézio.
Use 3 ‹ 1 ,7.
4m
2 2m
60° 45°
162
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
3 Um terreno tem a forma indicada na figura a seguir. 4 A área total de um sólido é dada pela soma das áreas dos
Sandra deseja colocar grama em uma parte dessa super- polígonos que compõem suas faces. Um prisma trapezoi-
fície. Se a grama custa R$ 10,00 por metro quadrado e dal deve ser colorido em toda sua estrutura externa. Sa-
Sandra pretende gastar R$ 20.000,00, qual é a porcen- be-se que a altura do prisma é 10 m, a altura do trapézio
tagem da área do terreno em que a grama será colocada? é 8 m e suas bases medem, respectivamente, 8 m e 20 m.
D Quantas latas de tinta, no mínimo, serão necessárias para
efetuar a pintura, sabendo que uma lata cobre uma su-
perfície de 55 m2?
8m
60 m
120¡
A 100 m B
20 m
163
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
6 Considere um triângulo ABC, inscrito em uma circunfe- b) Repita o cálculo anterior, deduzindo a expressão en-
rência de raio medindo R. Mostre que a área do triângulo b⋅h
contrada da área, utilizando a expressão A = .
a⋅b⋅c 2
ABC é dada por A = .
4R
164
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
EX TRAS!
1 (CMRJ) “A área de um trapézio corresponde ao produto de sua altura pela semissoma de suas bases.”
Um quarteirão próximo ao CMRJ é delimitado por trechos das ruas São Francisco Xavier, Paula Souza e Eurico Rabelo, assim
como da avenida Maracanã, como se pode ver no mapa.
Reprodução/CMRJ, 2019.
Esse quarteirão, cuja área mede 8 330 m2 pode ser representado pelo trapézio retângulo ilustrado ao lado do mapa. O trecho
da avenida Maracanã é o mais longo de todos e possui 40 m a mais que o trecho da rua Paula Souza.
Viviane se encontra na esquina das ruas Paula Souza e São Francisco Xavier (Ponto A) e precisa caminhar até a esquina da
avenida Maracanã com a rua São Francisco Xavier (Ponto D) pelo caminho mais longo, sempre em linhas retas, de A até B,
de B até C e de C até D, nessa ordem, percorrendo, ao todo, 308 m.
MÓDULO 14 - ÁREAS DE POLÍGONOS
O comprimento do trecho da rua São Francisco Xavier que compõe esse trapézio mede
a) 10 55 m.
b) 80 m.
MATEMÁTICA B
c) 10 65 m.
d) 81 m.
e) 10 67 m.
165
EXTRAS!
Reprodução/Unicamp, 2020.
retas tangentes a S nesses pontos formam um trapézio
ABCD, como na figura;
. ( · 3
sen BAW = e CD 5 15.
5 )
Reprodução/Fuvest, 2020.
a) h2.
b) 2 h2 .
Determine c) 3 h2.
a) a medida de AB; d) 2h2.
b) a medida de AW e AX ;
5 (UFPR) Considere o círculo de centro C e raio 4 cm e o
c) a área da região delimitada pelo trapézio ABCD.
triângulo ABD representados na figura abaixo.
3 (UFRGS-RS) Considere
uuuur o hexágono regular ABCDEF de
lado 1. Sobre o lado AF do hexágono, constrói-se o qua-
drado AGHF, como mostra a figura abaixo. Sendo M o
ponto médio de GH, constrói-se o triângulo CDM.
D
Reprodução/UFRGS, 2020.
Reprodução/UFPR, 2019.
C
A B
A área do triângulo CDM é Sabendo que o ângulo α mede 120o e que o segmento AD
passa pelo centro do círculo e mede 7 cm, calcule:
a) 3 − 1. c) 3 + 1. e) 3
. a) A área do setor circular delimitado pelos segmentos
2 2
3−1 3 CA e CB.
b) . d) .
2 4 b) O tamanho dos lados AB e BD do triângulo ABD.
166
15 M AT EM ÁT IC A B
M Ó D U L O
Neste módulo
1 Área do círculo
O círculo é definido pelos pontos pertencentes à circunferência e pelos pontos internos a ela.
A 5 p ? r2
r R
A área da coroa circular é dada pela diferença entre a área do círculo de raio maior e a área do círculo
de raio menor. Assim:
MATEMÁTICA B
A 5 p ? (R2 2 r2)
167
3 Área do setor circular
A região de um círculo delimitada por dois raios e o arco correspondente é chamado de setor circular.
A A
r r
O a O L
B B
A área do setor circular pode ser determinada com relação à abertura do ângulo central, que pode ser
medido em graus ou radianos, ou do comprimento de arco, além do raio da circunferência. Assim, são
válidas as seguintes relações:
. A=
a ⋅ p ⋅ r2
para a medido em graus
360
. A=
a ⋅ r2
para a medido em radianos
2
. A=
L⋅r
, em função do comprimento L do arco
2
a rad
O
r
B
Considerando a figura acima, a área do segmento circular pode ser calculada pela diferença entre o
setor circular e o triângulo delimitado pelos raios da circunferência e a corda AB, que delimita o segmento
circular. Assim:
r2
A5
2
(
a 2 sen a )
168
DESEN V OLV ENDO H A BIL ID A DE S
1 Leia o texto a seguir: c) Houve cobrança de multa? Em caso afirmativo, qual foi
o valor?
Cálculos de lotação e escoamento para eventos
temporários
[...]
O dimensionamento da lotação em face de área
disponível para circulação do público é calculado pela
equação a seguir, onde a densidade de público por me- 2 O logotipo de uma empresa (região colorida) é formado
tro quadrado (m²/pessoa) calculado deve ser menor pela sobreposição de dois triângulos equiláteros congruen-
que 2,5 pessoas/ m². tes, invertidos, constituindo assim um hexágono regular cir-
cunscrito a uma circunferência, originando 6 triângulos equi-
P láteros menores.
D5
A
Onde:
D 5 Densidade de público calculada, em m²/pessoa;
A 5 Área útil para circulação de pessoas, em m²;
P 5 população ou lotação desejada;
[...]
Disponível em: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/
licenciamentos/CALCULO_LOTACAO_ESCOAMENTO_EVENTOS_setembro2017.pdf.
Acesso em: 19. fev. 2021.
169
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
3 Leia o texto a seguir: Considere que os anéis sejam circulares. Qual é a área
compreendida entre o anel da Divisão Keeler e o anel da
Os anéis de Saturno Divisão Maxwell? Use π = 3. Dê a resposta em notação
[...] científica.
Os anéis de Saturno são constituídos essencialmente
por uma mistura de gelo, poeiras e material rochoso e em-
bora possam atingir algumas centenas de milhares de qui-
lômetros de diâmetro, não ultrapassam 1,5 km de espessura.
[...]
#cultura_digital
Podemos observar a “transformação” de um polígono regular em uma circunferência, de maneira aproximada.
Para isso, acesse a animação interativa, no aplicativo GeoGebra, disponível em: https://www.geogebra.org/m/bnb26btr
(acesso em: 19 fev. 2021).
Inicie arrastando a primeira barra, em que é possível modificar o valor de n, referente à quantidade de lados do polígono.
Arraste totalmente para indicar n 5 3 e varie até 20. Observe que, quanto maior é o valor de n, mais o polígono se aproxima de
uma circunferência.
170
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
EX TRAS!
1 (Uerj) Um valor aproximado da área do círculo pode ser 3 (Epcar-MG) Um artista plástico providenciou uma peça
8 de decoração com características matemáticas conforme
obtido elevando-se ao quadrado do seu diâmetro. Fazer
9 representado no croqui a seguir.
esse cálculo corresponde a substituir, na fórmula da área
do círculo, o valor de p por um número racional.
Esse número é igual a
Reprodução/Epcar, 2019.
9 9 81 81
2 Em um condomínio, uma área pavimentada, que
tem a forma de um círculo com diâmetro medindo 6 m, é
cercado por grama. A administração do condomínio de-
seja ampliar essa área, mantendo seu formato circular, e
aumentando, em 8 m, o diâmetro dessa região, mantendo
o revestimento da parte já existente. O condomínio dispõe,
em estoque, de material suficiente para pavimentar mais
100 m2 de área. O síndico do condomínio irá avaliar se esse
material disponível será suficiente para pavimentar a re-
gião a ser ampliada. Considere que:
171
16 M AT EM ÁT IC A B
M Ó D U L O
. Objetivo 2: resolver situações-problema que envolvam razão entre áreas de figuras planas. COMPETÊNCIA 2
. Objetivo 3: resolver situações-problema que envolvam razão entre áreas de figuras semelhantes.
EM13MAT201
h L L
b L
b⋅h l2 3
A= A=
2 4
1 A 5 p ? r,
A= ⋅ a ⋅ b ⋅ sen a
2 em que p é o semiperímetro do triângulo
172
1.2 Quadriláteros notáveis
A área de um quadrilátero pode ser determinada com relação às medidas de seus lados, sua altura e
sua diagonal. Veja:
L h
L b
A 5 L2 A5b?h
h h d
b B
D
A5b?h A=
( B + b) ⋅ h A=
D⋅d
2 2
A
r r
O L
O
B
a ? p ? r2
A5 , com a medido em graus
A 5 p ? r2 360
a ? r2
A5 , com a medido em radianos
2
AB 5 BC 5 AC 5 k
DE EF DF
A C D F
173
2.2 Polígonos semelhantes
Dados dois polígonos A e B, dizemos que eles são semelhantes se a razão da medida dos respectivos
lados é sempre a mesma. Isto é, A e B são semelhantes se, e somente se,
A1 A2 An− 1 An An A1
5…5 5 5 k e m(A1 ) 5 m(B1 ),…,m(An ) 5 m(Bn )
B1 B2 Bn− 1 Bn Bn B1
Polígono A Polígono B
A2
A1 B2
B1
A3
An B3
A4 Bn
B4
1 Ana está projetando um novo tipo de lacre para latas com um formato um pouco diferente do que existe atualmente (Figura 1).
Ajintai/Shutterstock
6 10
(em milímetros)
12
Figura 1 Figura 2
Partindo da junção de um retângulo com dois semicírculos, o lacre terá dois furos, um com o formato de um círculo e outro
com o formato de um semicírculo, ambos centralizados, como sugere a Figura 2. Além disso, um dos lados será da cor verde.
2 (Fuvest-SP) Um objeto é formado por 4 hastes rígidas conectadas em seus extremos por articulações, cujos centros são os
vértices de um paralelogramo. As hastes movimentam-se de tal forma que o paralelogramo permanece sempre no mesmo
plano. A cada configuração desse objeto, associa-se u, a medida do menor ângulo interno do paralelogramo. A área da região
delimitada pelo paralelogramo quando u 5 90° é A.
Reprodução/
Fuvest,
2020.
A
Para que a área da região delimitada pelo paralelogramo seja , o valor de u é, necessariamente, igual a
2
a) 90°. b) 22,5°. c) 30°. d) 45°. e) 60°.
174
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
3 Usando telas quadradas, um artista decidiu criar uma obra chamada equilíbrio. A ideia era que, na obra, quatro telas fossem
pintadas sempre com duas cores, de modo que, em cada tela, as áreas pintadas de cada cor fossem iguais.
Na tela composta de quatro triângulos, três deles são retângulos e um deles é um triângulo isósceles de lados 40 dm, 40 dm
e 4 2 dm, dispostos conforme o esquema a seguir.
45°
45°
a) Verifique se o artista conseguiu cumprir o que determinou fazer. Justifique sua resposta.
4 O símbolo de material radioativo ao lado foi produzido a partir de dois círculos concêntricos em que um
Janek Sergejev/Shutterstock
raio tem o quádruplo do outro. Os três setores circulares parcialmente vistos no raio maior, em preto, são
idênticos e simétricos. Do mesmo modo, os três setores em amarelo são idênticos e simétricos.
Calcule a razão entre a área em preto e a área em amarelo.
175
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
5 Para economizar energia elétrica, Marcos decidiu ampliar a) Calcule as áreas dos círculos que representam as tortas.
o sistema de aquecimento solar que tem atualmente em
casa.
Seu sistema atual utiliza 4 placas coletoras retangulares,
e ele pretende substituí-las por 4 novas placas com o
mesmo formato, mas com lados medindo o triplo dos
lados das placas atuais.
Herr.Stock/Shutterstock
176
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
8 Para descobrir a escala que representa uma região de preservação ambiental em um mapa, um ambientalista observou que
a região estava representada por um triângulo retângulo de catetos medindo 3 cm e 4 cm. Sabendo que a área da região é
de 3 072 km2, obtenha
a) a escala do mapa.
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
• Leia o item 1 da seção Neste • Faça as questões 9 a 12. • Faça as questões 17 e 18.
• Leia o item 2 da seção Neste • Faça as questões 29 a 32. • Faça as questões 37 e 38.
3 módulo.
• Faça as questões 21 a 24.
MATEMÁTICA B
177
EX TRAS!
1 Um brinquedo chamado pula-pula, quando visto de cima, consiste de uma cama elástica com contorno em formato
de um hexágono regular.
Reprodução/Enem, 2018.
Se a área do círculo inscrito no hexágono é 3p metros quadrados, então a área do hexágono, em metro quadrado, é
a) 9 c) 9 2 e) 12 3
b) 6 3 d) 12
2 O tangram é um jogo oriental antigo, uma espécie de quebra-cabeça, constituído de sete peças: 5 triângulos retân-
gulos e isósceles, 1 paralelogramo e 1 quadrado. Essas peças são obtidas recortando-se um quadrado de acordo com o es-
quema da figura 1. Utilizando-se todas as sete peças, é possível representar uma grande diversidade de formas, como as
exemplificadas nas figuras 2 e 3.
Reprodução/Enem, 2008.
Se o lado AB do hexágono mostrado na figura 2 mede 2 cm, então a área da figura 3, que representa uma “casinha”, é igual a
a) 4 cm2. b) 8 cm2. c) 12 cm2. d) 14 cm2. e) 16 cm2.
3 O governo cedeu terrenos para que famílias construíssem suas residências com a condição de que no mínimo 94%
da área do terreno fosse mantida como área de preservação ambiental. Ao receber o terreno retangular ABCD, em que
BC
AB = , Antônio demarcou uma área quadrada no vértice A, para a construção de sua residência, de acordo com o dese-
2 AB
nho, no qual AE = é lado do quadrado.
5
Reprodução/Enem, 2009.
Nesse caso, a área definida por Antônio atingiria exatamente o limite determinado pela condição se ele
a) duplicasse a medida do lado do quadrado. d) ampliasse a medida do lado do quadrado em 4%.
b) triplicasse a medida do lado do quadrado. e) ampliasse a área do quadrado em 4%.
c) triplicasse a área do quadrado.
178
EXTRAS!
4 A figura apresenta dois mapas, em que o estado 6 A figura mostra uma praça circular que contém
do Rio de Janeiro é visto em diferentes escalas. um chafariz em seu centro e, em seu entorno, um pas-
seio. Os círculos que definem a praça e o chafariz são
Reprodução/Enem, 2013.
concêntricos.
Reprodução/Enem, 2018.
Há interesse em estimar o número de vezes que foi am-
pliada a área correspondente a esse estado no mapa do
Brasil. Esse número é
a) menor que 10.
b) maior que 10 e menor que 20. O passeio terá seu piso revestido com ladrilhos. Sem con-
dições de calcular os raios, pois o chafariz está cheio, um
c) maior que 20 e menor que 30.
engenheiro fez a seguinte medição: esticou uma trena
d) maior que 30 e menor que 40. tangente ao chafariz, medindo a distância entre dois pon-
e) maior que 40. tos A e B, conforme a figura. Com isso, obteve a medida
do segmento de reta AB: 16 m.
5 Um artista deseja pintar em um quadro uma figu-
ra na forma de triângulo equilátero ABC de lado 1 metro.
Com o objetivo de dar um efeito diferente em sua obra, o
artista traça segmentos que unem os pontos médios D, E
e F dos lados BC, AC e AB, respectivamente, colorindo um
Reprodução/Enem, 2018.
dos quatro triângulos menores, como mostra a figura.
Reprodução/Enem, 2014.
3
e) e) 192p
4
179
GABARITO - EXTRAS!
Módulo 13
40 3
1 cm
3
2 3 2 cm
3 d
4 a) 62 m
b) 98 m
5 Resposta pessoal.
Módulo 14
1 c
2 a) 50
3
b) AW = AX = 15
475
c)
4
3 b
4 a
16p
5 a) cm2
3
b) AB = 4 3 cm e BD = 13 cm
Módulo 15
1 d
2 e
3 b
Módulo 16
1 b
2 b
3 c
4 d
5 b
6 d
180
Ciências Humanas e
Sociais aplicadas
Thepalmer/E+/Getty Images
HISTÓRIA
Módulo 14 Independência dos Estados Unidos ..... 185
Módulo 15 A criação da ordem liberal ......................... 188
Módulo 16 Independências da América Latina ......... 198
Módulo 17 Formação do Estado brasileiro:
Primeiro Reinado e Período Regencial .... 207
GEOGRAFIA
Módulo 16 Elementos da hidrografia ............................. 215
Módulo 17 Bacias hidrográficas mundiais
e do Brasil ............................................................................... 229
Módulo 18 Domínios morfoclimáticos ......................... 249
Módulo 19 Fontes energéticas ....................................... 258
Módulo 20 Combustíveis fósseis no Brasil ....................... 271
Módulo 21 Energia elétrica no Brasil ........................... 279
haoliang/E+/Getty Images
181
das mercadorias e do capital nos diversos continentes, com desta-
A área de Ciências Humanas que para a mobilidade e a fixação de pessoas, grupos humanos e
povos, em função de eventos naturais, políticos, econômicos, sociais,
e Sociais Aplicadas religiosos e culturais, de modo a compreender e posicionar-se cri-
ticamente em relação a esses processos e às possíveis relações
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 1 entre eles.
Analisar processos políticos, econômicos, sociais, (EM13CHS202) Analisar e avaliar os impactos das tecnologias na
ambientais e culturais nos âmbitos local, regional, estruturação e nas dinâmicas de grupos, povos e sociedades con-
temporâneos (fluxos populacionais, financeiros, de mercadorias, de
nacional e mundial em diferentes tempos, a partir
informações, de valores éticos e culturais etc.), bem como suas
da pluralidade de procedimentos epistemológicos, interferências nas decisões políticas, sociais, ambientais, econômi-
científicos e tecnológicos, de modo a compreender cas e culturais.
e posicionar-se criticamente em relação a eles, (EM13CHS203) Comparar os significados de território, fronteiras e
considerando diferentes pontos de vista e toman- vazio (espacial, temporal e cultural) em diferentes sociedades, con-
do decisões baseadas em argumentos e fontes de textualizando e relativizando visões dualistas (civilização/barbárie,
natureza científica. nomadismo/sedentarismo, esclarecimento/obscurantismo, cidade/
campo, entre outras).
Habilidades (EM13CHS204) Comparar e avaliar os processos de ocupação do
espaço e a formação de territórios, territorialidades e fronteiras,
(EM13CHS101) Identificar, analisar e comparar diferentes fontes e identificando o papel de diferentes agentes (como grupos sociais
narrativas expressas em diversas linguagens, com vistas à compre- e culturais, impérios, Estados Nacionais e organismos internacionais)
ensão de ideias filosóficas e de processos e eventos históricos, e considerando os conflitos populacionais (internos e externos), a
geográficos, políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais. diversidade étnico-cultural e as características socioeconômicas,
(EM13CHS102) Identificar, analisar e discutir as circunstâncias his- políticas e tecnológicas.
tóricas, geográficas, políticas, econômicas, sociais, ambientais e (EM13CHS205) Analisar a produção de diferentes territorialidades
culturais de matrizes conceituais (etnocentrismo, racismo, evolução, em suas dimensões culturais, econômicas, ambientais, políticas e
modernidade, cooperativismo/desenvolvimento etc.), avaliando cri- sociais, no Brasil e no mundo contemporâneo, com destaque para
ticamente seu significado histórico e comparando-as a narrativas as culturas juvenis.
que contemplem outros agentes e discursos.
(EM13CHS206) Analisar a ocupação humana e a produção do es-
(EM13CHS103) Elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor paço em diferentes tempos, aplicando os princípios de localização,
argumentos relativos a processos políticos, econômicos, sociais, distribuição, ordem, extensão, conexão, arranjos, casualidade, entre
ambientais, culturais e epistemológicos, com base na sistematização outros que contribuem para o raciocínio geográfico.
de dados e informações de diversas naturezas (expressões artísticas,
textos filosóficos e sociológicos, documentos históricos e geográfi- COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 3
cos, gráficos, mapas, tabelas, tradições orais, entre outros).
Analisar e avaliar criticamente as relações de dife-
(EM13CHS104) Analisar objetos e vestígios da cultura material e rentes grupos, povos e sociedades com a nature-
imaterial de modo a identificar conhecimentos, valores, crenças e
za (produção, distribuição e consumo) e seus im-
práticas que caracterizam a identidade e a diversidade cultural de
diferentes sociedades inseridas no tempo e no espaço. pactos econômicos e socioambientais, com vistas
à proposição de alternativas que respeitem e pro-
(EM13CHS105) Identificar, contextualizar e criticar tipologias evolu-
movam a consciência, a ética socioambiental e o
tivas (populações nômades e sedentárias, entre outras) e oposições
dicotômicas (cidade/campo, cultura/ natureza, civilizados/bárbaros, consumo responsável em âmbito local, regional,
razão/emoção, material/virtual etc.), explicitando suas ambiguidades. nacional e global.
(EM13CHS106) Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e icono-
gráfica, diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de infor-
Habilidades
mação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e éti- (EM13CHS301) Problematizar hábitos e práticas individuais e cole-
ca nas diversas práticas sociais, incluindo as escolares, para se tivos de produção, reaproveitamento e descarte de resíduos em
comunicar, acessar e difundir informações, produzir conhecimentos, metrópoles, áreas urbanas e rurais, e comunidades com diferentes
resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pes- características socioeconômicas, e elaborar e/ou selecionar propos-
soal e coletiva. tas de ação que promovam a sustentabilidade socioambiental, o
combate à poluição sistêmica e o consumo responsável.
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 2
(EM13CHS302) Analisar e avaliar criticamente os impactos econô-
Analisar a formação de territórios e fronteiras em micos e socioambientais de cadeias produtivas ligadas à exploração
diferentes tempos e espaços, mediante a compre- de recursos naturais e às atividades agropecuárias em diferentes
ensão das relações de poder que determinam as ambientes e escalas de análise, considerando o modo de vida das
territorialidades e o papel geopolítico dos Esta- populações locais – entre elas as indígenas, quilombolas e demais
comunidades tradicionais –, suas práticas agroextrativistas e o com-
dos-nações. promisso com a sustentabilidade.
(EM13CHS402) Analisar e comparar indicadores de emprego, (EM13CHS602) Identificar e caracterizar a presença do paternalis-
trabalho e renda em diferentes espaços, escalas e tempos, asso- mo, do autoritarismo e do populismo na política, na sociedade e
ciando-os a processos de estratificação e desigualdade socioe- nas culturas brasileira e latino-americana, em períodos ditatoriais e
conômica. democráticos, relacionando-os com as formas de organização e de
articulação das sociedades em defesa da autonomia, da liberdade,
(EM13CHS403) Caracterizar e analisar os impactos das transfor-
do diálogo e da promoção da democracia, da cidadania e dos di-
mações tecnológicas nas relações sociais e de trabalho próprias da
reitos humanos na sociedade atual.
contemporaneidade, promovendo ações voltadas à superação das
desigualdades sociais, da opressão e da violação dos Direitos (EM13CHS603) Analisar a formação de diferentes países, povos e
Humanos. nações e de suas experiências políticas e de exercício da cidadania,
aplicando conceitos políticos básicos (Estado, poder, formas, siste-
(EM13CHS404) Identificar e discutir os múltiplos aspectos do tra-
mas e regimes de governo, soberania etc.).
balho em diferentes circunstâncias e contextos históricos e/ou ge-
ográficos e seus efeitos sobre as gerações, em especial, os jovens, (EM13CHS604) Discutir o papel dos organismos internacionais no
levando em consideração, na atualidade, as transformações técnicas, contexto mundial, com vistas à elaboração de uma visão crítica
tecnológicas e informacionais. sobre seus limites e suas formas de atuação nos países, conside-
rando os aspectos positivos e negativos dessa atuação para as
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 5 populações locais.
Identificar e combater as diversas formas de injus- (EM13CHS605) Analisar os princípios da declaração dos Direitos
tiça, preconceito e violência, adotando princípios Humanos, recorrendo às noções de justiça, igualdade e fraternida-
éticos, democráticos, inclusivos e solidários, e res- de, identificar os progressos e entraves à concretização desses
peitando os Direitos Humanos. direitos nas diversas sociedades contemporâneas e promover ações
concretas diante da desigualdade e das violações desses direitos
em diferentes espaços de vivência, respeitando a identidade de
Habilidades
cada grupo e de cada indivíduo.
(EM13CHS501) Analisar os fundamentos da ética em diferentes
(EM13CHS606) Analisar as características socioeconômicas da so-
culturas, tempos e espaços, identificando processos que contribuem
ciedade brasileira – com base na análise de documentos (dados,
para a formação de sujeitos éticos que valorizem a liberdade, a
tabelas, mapas etc.) de diferentes fontes – e propor medidas para
cooperação, a autonomia, o empreendedorismo, a convivência de-
enfrentar os problemas identificados e construir uma sociedade
mocrática e a solidariedade.
mais próspera, justa e inclusiva, que valorize o protagonismo de
(EM13CHS502) Analisar situações da vida cotidiana, estilos de vida, seus cidadãos e promova o autoconhecimento, a autoestima, a
valores, condutas etc., desnaturalizando e problematizando formas autoconfiança e a empatia.
Gianpaolo Dorigo (GIAN)
Hist—ria
Raphael Amaral (TIM)
RENAN Garcia Miranda
14 HISTÓRIA COMPETÊNCIAS GERAIS C1.C2.C4.C5.C6
M Ó D U L O
Independência dos
Estados Unidos
COMPETÊNCIAS
Objetivo de aprendizagem ESPECÍFICAS
E HABILIDADES
. Objetivo 1: compreender os significados da independência dos Estados Unidos na afirmação da
DA BNCC
COMPETÊNCIA 2
1 Os confrontos com a metrópole EM13CHS201
EM13CHS204
COMPETÊNCIA 5
Ameaças à autonomia • Pretexto: a vitória inglesa na Guerra dos Sete EM13CHS501
das Treze Colônias Anos teria beneficiado os colonos
EM13CHS502
• Política tributária agressiva:
compensar os gastos decorrentes da guerra EM13CHS504
Inglaterra busca
reforçar os laços COMPETÊNCIA 6
coloniais EM13CHS603
185
2 O nascimento dos Estados Unidos
• Exigia que o governo inglês respeitasse os direitos das colônias
Primeiro Congresso
• Repúdio às Leis Intoleráveis
Continental (Filadélfia)
• Conflitos entre colonos e tropas britânicas
• Declaração de independência
• Influência do pensamento de John Locke: direito de rebelião contra
Segundo Congresso
o Estado inglês e de escolher livremente um novo governo
Continental
• Reconhecimento da Independência das Treze Colônias em 1783
pela Inglaterra
• Influências iluministas
• Republicanismo
Constituição
• Federalismo: estados-membros tinham ampla dose de autonomia
• Manutenção da escravidão
1 O texto a seguir trata dos significados da independência A luta dos Estados Unidos contra a Inglaterra foi ape-
dos Estados Unidos: nas uma “guerra de independência” ou foi uma revolução?
[…] A independência e a construção do novo regime […] Alguns têm procurado ver, na guerra de independên-
republicano foi um projeto levado adiante pelas elites cia americana, uma revolução […], outros negam que essa
das colônias. Escravos, mulheres e pobres não são os líde- guerra tenha trazido às antigas colônias inglesas profun-
res desse movimento. A independência norte-americana das modificações econômicas e sociais.
(EUA) é um fenômeno branco, predominantemente mas- GODECHOT, Jacques. As revoluções: 1770-1799. São Paulo: Pioneira, 1976. p. 19.
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
186
EXTRA!
1 (Uerj)
Por que os direitos devem ser apresentados numa declaração? Por que os países e os cidadãos sen-
tem a necessidade dessa afirmação formal? Em 1776, as palavras “carta”, “petição” pareciam inadequadas
para a tarefa de garantir os direitos. “Petição” implicava um pedido ou apelo a um poder superior, e “carta”
significava frequentemente um antigo documento ou escritura. “Declaração” tinha um ar menos submis-
so. Jefferson, portanto, começou a Declaração de Independência com a seguinte explicação da necessi-
dade de declará-la: “Quando, no curso dos acontecimentos humanos, torna-se necessário que um povo
dissolva os laços políticos que o ligam a outro e assuma entre as potências da terra a posição separada e
A Declaração Unânime de Independência dos Treze Estados Unidos da América representou, à época,
uma mudança quanto ao entendimento dos direitos dos habitantes das colônias.
Identifique, também, dois movimentos políticos, ocorridos no mundo ocidental, associados às reper-
HISTÓRIA
187
15 HISTÓRIA
M Ó D U L O
COMPETÊNCIAS
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICAS
E HABILIDADES
. Objetivo 1: analisar a formação do capitalismo industrial e suas implicações no mundo do trabalho. DA BNCC
. Objetivo 2: compreender as rupturas da Revolução Francesa em relação à sociedade do Antigo Regime. COMPETÊNCIA 1
. Objetivo 3: analisar os significados da radicalização revolucionária francesa e seus desdobramentos EM13CHS101
EM13CHS102
na formação do mundo contemporâneo.
EM13CHS103
. Objetivo 4: compreender as relações entre o período napoleônico e o liberalismo e os significados EM13CHS104
do Congresso de Viena na desestruturação da ordem liberal. COMPETÊNCIA 2
EM13CHS201
Neste módulo EM13CHS202
EM13CHS203
EM13CHS204
1 A Revolução Industrial COMPETÊNCIA 4
EM13CHS401
EM13CHS402
A industrialização na Inglaterra Fatores • Acúmulo de capital para investimentos na produção
EM13CHS404
• Cercamentos: liberação de mão de obra para as
fábricas COMPETÊNCIA 6
• Revolução Gloriosa: ascensão da burguesia ao poder
Investimento de EM13CHS603
através do Parlamento
capitais em
• Matéria-prima abundante: reservas de ferro e carvão EM13CHS604
tecnologia
• Mecanização da produção metalúrgica
EM13CHS605
SUÉCIA
enwic
HOLANDA
Irlanda Mar
Báltico
de Gre
RÚSSIA
• Subordinação das
atividades comerciais e
iano
-primas à produção
industrial em larga Ilhas Anglo- ALEMANHA
-Normandas
escala
• Ampliação dos
45° N FRANÇA FLANDRES
mercados
• Busca do livre-comércio PORTUGAL
Mar Negro
ESPANHA ITÁLIA
IMPÉRIO TURCO
N
LEVANTE
0 545 Mar Mediterrâneo
Fonte: VIDAL-NAQUET, Pierre. Atlas hist—rico. km Gibraltar
Lisboa: Círculo de Leitores, 1987. p. 203. 0°
188
Sistema doméstico de produção artesanal
• Artesão proprietário dos equipamentos necessários à produção
• Produção em pequena escala
• Trabalhador envolvido em diversas etapas da produção
• Trabalhador tem maior controle sobre seu tempo
Transformação
no mundo do
trabalho
Sistema de fábrica
• Trabalhador vende horas de seu dia ao proprietário dos meios de produção
• Produção em larga escala
• Especialização da mão de obra: divisão das tarefas necessárias à produção
• Simplificação das tarefas
• Construção de um modelo disciplinador
Tensões e
confrontos
189
• Ocupava as melhores posições na Igreja, no
Segundo estado: exército e no governo
nobreza • Isento da maior parte dos impostos
• Atuava para manter seus privilégios
Dissolução do poder
Assembleia Nacional
absolutista do rei
• Influências iluministas
• Garantir as liberdades pessoais
• Liberdade de pensamento
• Igualdade de tratamento
perante a lei
Declaração
dos Direitos do • Resistência à opressão:
Homem e do governo não pertence a
Cidadão nenhum governante, mas
(1789) ao povo
• Objetivo dos governantes:
preservação dos direitos
naturais do indivíduo
• Referência na formação da
democracia contemporânea
190
3 Revolução Francesa: da República à ascensão de
Napoleão Bonaparte
Convenção • República
Nacional (1792-1795) • Voto universal masculino
• Girondinos: representavam os
interesses da alta burguesia/Exerciam
o poder no início da Convenção
Agrupamentos
Nacional
políticos
• Jacobinos: representavam interesses
da pequena burguesia/Associados aos
interesses dos sans-culottes
Radicalização
favorece jacobinos:
prosseguimento da
guerra e execução
de Luís XVI
• Enfrentamento da crise através da
regulamentação da economia
• Lei do maximum: limites para preços
Convenção e salários
Jacobina • Reforma agrária
• Abolição da escravidão nas colônias
• Terror (governo de Robespierre):
Enfraquecimento execuções e tribunais revolucionários
jacobino
• Dificuldades econômicas
• Isolamento político
• Reação liderada pela
burguesia
• 1794: Robespierre
deposto e executado
• Nova Constituição
• Retorno do voto censitário
• Alta burguesia no poder
Diretório • Dificuldades econômicas e instabilidade
(1795-1799) política
• Revolta dos Iguais (liderada por
Graco Babeuf): abolição da
propriedade privada
Reprodução/Museu do Exército, Paris, França.
191
4 Do período napoleônico ao Congresso de Viena
Implementação de • Restrição de liberdades
A organização do Estado uma ditadura • Censura à imprensa
Consolidação da
ordem liberal
Rio
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dos ideais da
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OCEANO
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GRÃO-DUCADO Revolução Francesa
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ATLÂNTICO Conquistas
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• Formação de um vasto
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ESPANHA NÁPOLES
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Egeu
Mar Mediterrâneo Bloqueio • Proibição do comércio
Continental de países europeus
com a Inglaterra
h
reenwic
• Invasão francesa na
A França em 1789 Principais países adversários
península Ibérica
Conquistas da Convenção desde 1792 Limites do Império Napoleônico
no de G
N • Transferência da
Anexado ao Império Confederação do Reno família real portuguesa
0 420 Países e Estados dominados por Napoleão Bloqueio Continental para o Brasil
Meridia
km
Estados independentes aliados de Napoleão Base naval britânica • Derrubada do rei
da Espanha:
Fonte: DUBY, Georges. Atlas historique mondial. Paris: Larousse, 2003. p. 84-85. resistência popular
• Enfraquecimento do
• Campanha russa: fragilização militar pacto colonial
• Aliança militar dos países inimigos
Fim do período
• Batalha de Waterloo: derrota final
napoleônico
• Exílio de Napoleão em Santa Helena
• Restauração da monarquia absolutista
• Avanço da industrialização: nobreza e clero não tiveram força para impedir o avanço da burguesia
• Cresceram movimentos populares influenciados pelos ideais da Revolução Francesa
#cultura_digital
O site Google Art Project apresenta, em detalhes, obras de arte de diversos museus do mundo. As imagens, em alta resolução,
permitem uma experiência de observação muito interessante. Recomendamos aqui um passeio virtual pelo quadro de
Jacques-Louis David (1748-1825), A consagração do Imperador Napoleão I e a coroação da Imperatriz Josephine.
192
DESEN V OLV ENDO H A BIL ID A DE S
a) as semelhanças com o trabalho artesanal. 5 Leia o texto a seguir sobre o novo calendário instituído
b) O desequilíbrio dos lucros entre operários e capitalistas. pela Revolução Francesa:
Ao instituir outra convenção para a divisão dos meses MîDULO 15 - A CRIAÇÃO DA ORDEM LIBERAL
c) A submissão do operário ao ritmo da fábrica.
e dos dias, o calendário republicano tentou romper com o
d) A tecnologia como o fator preponderante na cultura
modelo do calendário cristão e com as datas comemora-
da fábrica.
tivas das festas santas. Os nomes dos meses estavam as-
e) O tempo de trabalho como justificativa para a supres-
sociados à natureza e às estações: vindemário (setembro,
são do artesanato.
que no hemisfério Norte é o mês das colheitas ou vindima)
3 […], frimário (novembro e dezembro, período em que, no
HISTÓRIA
O Estado sou eu. hemisfério Norte, ocorrem as geadas e o tempo esfria) etc.
Frase atribuída a Luis XIV, Rei Sol (1638-1712). Disponível em http://www. VOVELLE, M. A Revolução Francesa explicada à minha neta. São Paulo:
portaldoprofessor.mec.gov.br. Acesso em 30 nov. 2011. Editora Unesp, 2007. p. 79.
193
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
A adoção do novo calendário traz indícios do quanto a Revolução Francesa desejava afastar-se dos
valores do(a):
a) Renascimento. c) Iluminismo. e) Democracia.
b) Antigo Regime. d) Bonapartismo.
6
Em nosso país queremos substituir o egoísmo pela moral, a honra pela probidade, os usos pelos
princípios, as conveniências pelos deveres, a tirania da moda pelo império da razão, o desprezo à desgra-
ça pelo desprezo ao vício, a insolência pelo orgulho, a vaidade pela grandeza de alma, o amor ao dinheiro
pelo amor à glória, a boa companhia pelas boas pessoas, a intriga pelo mérito, o espirituoso pelo gênio,
o brilho pela verdade, o tédio da volúpia pelo encanto da felicidade, a mesquinharia dos grandes pela
grandeza do homem.
HUNT, L. Revolução Francesa e Vida Privada. In: PERROT, M. (Org.) História da Vida Privada: da Revolução Francesa à Primeira Guerra.
Vol. 4. São Paulo: Companhia das Letras, 1991 (adaptado).
7 A consagração de Napoleão como imperador na catedral de Notre Dame foi um espetáculo montado e
dirigido pelo pintor Jacques-Louis David. Tradicionalmente os governantes iam a Roma para serem con-
sagrados pelo papa, mas foi o papa Pio VII que foi a Paris para a cerimônia. Quatro anos após a coroação,
David concluiu a pintura cujo detalhe aparece à direita. O pintor afirmou que, para executar a obra, pro-
curou se fixar no momento em que Napoleão estava prestes a coroar a si mesmo. Napoleão, usando o
manto do imperador medieval Carlos Magno, aparece em primeiro plano com a coroa erguida, de frente
para o público e de costas para o Papa. Na cabeça de Napoleão, uma coroa de louros dourados, símbolo
de poder e vitória desde a Antiguidade. O Papa, de branco, sentado atrás, aponta para Napoleão.
Reprodução/Museu do Louvre, Paris, França.
Reprodução/Museu do Louvre, Paris, França.
194
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
Explique, a partir dos acontecimentos históricos da época, a posição de Napoleão perante o papa.
8 Após a derrota de Napoleão, ganhou corpo o Congresso de Viena, em que a religião cristã foi usada como
argumento para a criação da Santa Aliança. Leia, a seguir, um trecho do tratado da Santa Aliança de 1815:
Art. 1o De acordo com as palavras das Santas Escrituras que ordenam a todos os homens olharem-se
como irmãos, os três monarcas [Áustria, Prússia e Rússia] contratantes permanecerão unidos pelos laços
de uma fraternidade verdadeira e indissolúvel e, considerando-se como compatriotas, se prestarão, em
qualquer ocasião ou lugar, assistência, ajuda e socorro; julgando-se, em relação aos seus súditos e exérci-
tos, como pais de família, eles os dirigirão no mesmo espírito de fraternidade de que se acham animados
para proteger a religião, a paz e a justiça.
Disponível em: http://www.fafich.ufmg.br/hist_discip_grad/staalnc.pdf .
Acesso em: 15 jan. 2021.
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
195
EX TRAS!
Os problemas levantados pelo texto, no processo da Revolução Industrial, estão diretamente relacionados:
a) ao uso de ferrovias e ao trabalho feminino.
b) ao cercamentos e ao uso da mão de obra infantil.
c) à utilização de máquinas e à produção em larga escala.
d) ao surgimento do operariado e à urbanização caótica.
e) à utilização de mão de obra barata e à formação de cortiços.
Reprodução/UNICAMP, 2013.
a) Relacione os dados apresentados com as condições vividas pelos camponeses na França do final
do Século XVIII.
b) Por quais motivos a questão econômica foi um elemento importante para o Terceiro Estado duran-
te a Revolução Francesa?
196
EXTRAS!
Texto 2
Oh! Aquela alegria me deu náuseas. Sentia-me ao mesmo tempo satisfeito e descontente. E eu disse,
tanto melhor e tanto pior. Eu entendia que o povo comum estava tomando a justiça em suas mãos. Apro-
vo essa justiça […] mas poderia não ser cruel? Castigos de todos os tipos, arrastamento e esquartejamen-
to, tortura, a roda, o cavalete, a fogueira, verdugos proliferando por toda parte trouxeram tanto prejuízo
aos nossos costumes! Nossos senhores […] colherão o que semearam.
Graco Babeuf apud Robert Darnton. O beijo de Lamourette: mídia, cultura e revolução, 1990.
a) Cite o evento histórico a que o texto 1 se refere e a situação sociopolítica e econômica a que esse
evento se opôs.
b) Identifique o elemento comum aos dois textos e explique a última frase do texto 2.
4 (Unesp-SP) Durante o império de Napoleão Bonaparte (1804-1814), foi instituído um Catecismo, que
orientava a relação dos indivíduos com o Estado.
O cristão deve aos príncipes que o governam, e nós devemos particularmente a Napoleão 1o, nosso
imperador, amor, respeito, obediência, fidelidade, serviço militar, os impostos exigidos para a conserva-
ção e defesa do império e de seu trono; nós lhe devemos ainda orações fervorosas pela sua salvação, e
pela prosperidade espiritual e material do Estado.
Catecismo Imperial de 1806.
ANOTAÇÕES
197
16 HISTÓRIA
M Ó D U L O
Independências da
América Latina
COMPETÊNCIAS
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICAS
E HABILIDADES
. Objetivo 1: compreender o processo de independência da América espanhola e suas relações com o DA BNCC
contexto das revoluções burguesas. COMPETÊNCIA 1
. Objetivo 2: analisar a formação dos Estados nacionais na América espanhola. EM13CHS101
. Objetivo 3: analisar o período joanino tendo em vista a ocorrência de rupturas e permanências na EM13CHS102
EM13CHS103
ordem econômica e social do Brasil.
EM13CHS104
. Objetivo 4: caracterizar o processo de independência do Brasil analisando a motivação dos diversos EM13CHS106
atores sociais e suas contradições. COMPETÊNCIA 2
EM13CHS201
Neste módulo EM13CHS203
EM13CHS204
COMPETÊNCIA 3
1 O contexto das independências da América espanhola EM13CHS302
COMPETÊNCIA 5
• Propagação das ideias iluministas EM13CHS501
• Independência dos Estados Unidos e Revolução
EM13CHS502
Francesa: forneceu o vocabulário dos
movimentos de independência COMPETÊNCIA 6
Contexto • Revolução Industrial: interesse inglês EM13CHS603
internacional em ampliar os vínculos comerciais
• Guerras napoleônicas: desarticulação do pacto
colonial
• Espanha: desejo de restabelecer o pacto colonial
(após a derrota de Bonaparte)
198
Independências na América Latina
ESTADOS
UNIDOS REPÚBLICA
DOMINICANA
CUBA (1844)
Trópico de Câncer
(1898)
MÉXICO
(1821) HAITI
Belize
(1804) OCEANO
(ING)
ATLÂNTICO
GUATEMALA VENEZUELA
(1838) (1819) Guianas
COLÔMBIA
EL SALVADOR (1819)
• Independência como forma de promover
Equador
(1838)
EQUADOR
0° mudanças sociais e econômicas
(1822) A revolução
HONDURAS • Movimento popular pela emancipação
(1838)
haitiana
• Revolta de escravizados resultou em uma
PERU BRASIL
NICARÁGUA (1824) precoce independência (1804)
(1822)
(1838)
BOLÍVIA
COSTA RICA (1825)
(1838) Trópico de Capricórnio
PANAMÁ PARAGUAI
(1903) ARGENTINA (1811)
(1816)
OCEANO CHILE
PACÍFICO (1818) URUGUAI
(1828)
0 1 225
km
80° O
arcos e flechas
Bolívar, de Pedro
José Figueroa. . Trajes europeus: pérolas, joias e vestido
199
• Fragmentação: a luta pela emancipação expôs as divergências entre as elites
regionais
• Surgimento de diversas repúblicas
• Manutenção do modelo exportador de matérias-primas
Nascimento dos • Confrontos entre facções centralizadoras (unitaristas) e descentralizadoras
Estados nacionais (federalistas)
• Instabilidade política
• Elites criollas: limitavam o alcance da igualdade aos membros das classes
dominantes
• Exclusão da maioria da população da vida política
PAZ, Octavio. O labirinto da solid‹o. São Paulo: Paz e Terra, 1992. p. 82.
200
4 Independência do Brasil: regência de dom Pedro I
Transformações
Abertura dos Posição central do
econômicas
Portos (1808) Rio de Janeiro
(século XVIII)
• Subordinação do rei às
3
Cortes (Congresso
Participação política, Constituinte)
Manutenção da propriedade Centralização e
descentralização, tendência a
escravista e da abertura dos portos autonomia perante Lisboa • Reestabelecimento da
separatismo/republicanismo
supremacia europeia
sobre o Império
medo
Independ•ncia Constitucionalismo
2 (FGV-SP)
A luta pela independência na América espanhola implicou uma passagem de todo poder político
HISTÓRIA
201
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
A partir do fragmento, é correto afirmar que o processo c) Simón Bolívar foi o grande artífice das independências
de independência da América espanhola da América espanhola. Seu carisma e poder de mando
a) decorreu de uma série de contradições políticas e so- permitiram unir todos os movimentos em uma grande
ciais, como a questão do espaço social a ser ocupado frente libertadora, que começou na Argentina em 1816
pelos povos indígenas e os negros, e não teve qualquer e chegou até a Colômbia em 1821.
influência decisiva da conjuntura europeia do início do d) O projeto de Simón Bolívar era tornar as colônias go-
século XVIII. vernadas pela Espanha em uma grande confederação
b) foi produto de uma longa negociação entre os interes- de estados nos moldes das colônias americanas do
ses absolutistas espanhóis, sob o comando do rei Fer- Norte, porém as diferenças entre alguns líderes no in-
nando VII, e as classes médias espalhadas pelos vice- terior do movimento anticolonial não viam com bons
-reinos, que possibilitou a ruptura dos vínculos políticos olhos esse projeto.
sem a quebra dos econômicos. e) A Carta de Jamaica foi a primeira declaração de inde-
c) contou com o importante apoio das forças diplomáticas pendência das colônias espanholas. Escrita no formato
e militares portuguesas, interessadas no rompimento da declaração de independência haitiana, declarava o
dos vínculos coloniais entre a Espanha e a América, fim da escravidão nas colônias e a expulsão dos penin-
com o objetivo maior de atender aos anseios ingleses. sulares das terras americanas.
d) foi, em geral, comandado pelos criollos, a elite colonial, 4 (UFJF/Pism-MG) No processo de Independência e ao lon-
que se sentiam prejudicados pela centralização admi- go do século XIX muitas nações latino-americanas foram
nistrativa e pelos privilégios oferecidos aos chapetones, marcadas pelo fenômeno político conhecido como
a elite nascida na Espanha. Caudilhismo.
e) permitiu, inicialmente, que os interesses ingleses fossem Documento 1
atendidos, porém a dinâmica das emancipações nacio-
Reprodução/UFJF, 2018.
nais estabeleceu a fragmentação dos vice-reinados, o
que gerou revoluções escravas pelo continente.
202
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
5
A transferência da corte trouxe para a América portuguesa a família real e o governo da Metrópole.
Trouxe também, e sobretudo, boa parte do aparato administrativo português. Personalidades diversas e
funcionários régios continuaram embarcando para o Brasil atrás da corte, dos seus empregos e dos seus
parentes após o ano de 1808.
NOVAIS, F. A.; ALENCASTRO, L. F. (Org.). História da vida privada no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.
6
A vinda da família real deslocou definitivamente o eixo da vida administrativa da Colônia para o Rio
de Janeiro, mudando também a fisionomia da cidade. A presença da Corte implicava uma alteração do
acanhado cenário urbano da Colônia, mas a marca do absolutismo acompanharia a alteração.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1995 (fragmento).
7
A liderança política do processo de independência das colônias foi decisiva para os rumos que as
novas nações tomaram, pois as elites evitaram que as reivindicações mais radicais fossem atendidas,
HISTÓRIA
marginalizando, assim, política e socialmente, a maioria. A ruptura dos laços coloniais não significou o
surgimento de uma sociedade democrática e autônoma.
203
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
#cultura_digital
Em 2020, já como preparação para a celebração dos duzentos anos da independência, o Museu Paulista da Universidade de São
Paulo (também conhecido como Museu do Ipiranga) lançou o site Ecos do Ipiranga, com diversos recursos que permitem desde
uma visita virtual ao museu até novos filtros para o Instagram baseados em pinturas históricas. O podcast “Como a independên-
cia foi contada pela história” é um dos inúmeros conteúdos significativos do site. Acesse: http://www.ecosdoipiranga.com.br.
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
204
EX TRAS!
a) Interprete a forma como o autor da imagem relaciona Bolívar com mulatos e indígenas.
b) À luz das condições em que ocorreu o processo de independência, analise o quanto a gravura traz
aproximações e distanciamentos da realidade histórica.
3 Leia a poesia abaixo, escrita na primeira metade do século XIX, após a criação da Intendência-Geral de
Polícia, para responder às questões.
Baranco dize-preto fruta
Preto fruta co razão
Sinhô baranco também fruta
Quando panha ocasião
Nosso preto fruta garinha
Fruta saco de feijão;
205
EXTRAS!
Extraído de MAMIGONIAN, Beatriz Gallotti. A proibição do tráfico atlântico e a manutenção da escravidão. In: GRINBERG, K.; SALLES,
R. O Brasil Imperial, volume I: 1808-1821. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014. p. 213.
PREPARE-SE
No próximo módulo, vamos estudar a formação do Estado brasileiro, durante o Primeiro Reinado (de 1822 a 1831, o governo de
dom Pedro I) e o Período Regencial (período que vai da abdicação de dom Pedro I em 1831 até a ascensão de seu filho dom Pedro II
em 1840). Leia o texto abaixo, que já delineia algumas características do período:
A emancipação política de 1822 consolidou-se em torno da corte, isto é, do Rio de Janeiro, privilegiando a instituição monárquica
e a unidade nacional. O sentimento autonomista era, porém, forte nas províncias: desfeita a unidade do império luso-brasileiro como
consequência da ruptura com Lisboa, o debate girava ao redor de dois programas políticos decididamente antagônicos: o centralismo
da corte, de um lado, e o autogoverno provincial, de outro.
Estava em jogo, assim, onde residiria o centro de nossa soberania: nas províncias (e isso implicaria negociar um novo pacto consti-
tucional) ou no Rio de Janeiro. Vale lembrar que a adesão das províncias ao grupo vitorioso não foi pacífica, Pernambuco e Bahia esta-
vam em condições de articular de forma consistente o autogoverno provincial. É certo que vingou o projeto unitário construído em tor-
no da figura simbólica do rei e da crença na vocação do país para a unidade nacional – aquilo que José Bonifácio dizia ser o Brasil, “esta
peça majestosa e inteiriça de arquitetura social desde o Prata até o Amazonas”. Mas é certo também que a inspiração federalista que iria
sacudir o Brasil ao longo do período regencial e consequências desse debate apareceriam durante todo o processo de independência.
SCHWARCZ, Lilia M.; STARLING, Heloisa M. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p. 243.
Identifique os dois projetos em jogo na construção do Estado brasileiro. Qual foi o projeto vencedor? Por quê?
206
17 HISTÓRIA
M Ó D U L O
Formação do Estado
brasileiro: Primeiro
Reinado e Período
Regencial
COMPETÊNCIAS
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICAS
E HABILIDADES
. Objetivo 1: examinar os diferentes aspectos da construção da cidadania durante a formação do Es- DA BNCC
tado brasileiro, analisando as limitações impostas pelo quadro institucional determinado pela Consti- COMPETÊNCIA 2
tuição de 1824. EM13CHS204
. Objetivo 2: caracterizar iniciativas liberais e liberalizantes no processo de formação do Estado brasi- EM13CHS205
EM13CHS206
leiro, bem como suas relações com o quadro social da época.
. Objetivo 3: relacionar o fortalecimento do conservadorismo político no processo de formação do
COMPETÊNCIA 6
EM13CHS603
Estado brasileiro, em uma sociedade marcada por particularismos regionais e pela africanidade.
Neste módulo
Imperador
Senado
nomeia Juízes
Renda mínima anual: 800 mil-réis
Ministros
Partido Liberal
Regressistas
(saquaremas)
Proprietários rurais,
Liberais No poder
comerciantes, traficantes,
moderados
grandes empreendedores,
(chimangos)
primeiros cafeicultores
208
Carrancas 1833 Minas Gerais escrava
Revolta do povo e da tropa 1833 Pará exaltada
Conspiração do Paço 1833 corte caramuru
Rusga Cuiabana 1834 Mato Grosso exaltada
Carneiradas 1834-1835 Pernambuco escrava
Malês 1835 Bahia exaltada
Cabanagem 1835-1840 Pará “exaltada”
Rio Grande do Sul e
Revolução Farroupilha 1835-1845 exaltada
Santa Catarina
Sabinada 1837-1838 Bahia exaltada
Rebelião de Manuel Congo 1838 Rio de Janeiro escrava
Balaiada 1838-1841 Maranhão e Piauí “exaltada”
209
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
210
EX TRAS!
211
GABARITO - EXTRAS!
Módulo 14 – Independência dos Estados Unidos mencionar alguns exemplos específicos da situação so-
ciopolítica e econômica francesa às vésperas da Revolu-
1 Um dos aspectos:
ção, como a distribuição dos impostos que privilegiava
- Defesa do direito à liberdade dos povos estamentos superiores (clero e nobreza), a repressão
- Utilização de uma declaração como estratégia de luta
política, muitas vezes, violenta aos opositores da monar-
política
quia (como os presos da Bastilha), o elevado preço do
- Defesa do direito ao estabelecimento de governos au-
pão, as manifestações públicas de descontentamento, ou
tônomos
- Repúdio às políticas alfandegárias e tributárias associa- outras, desde que de forma objetiva e sucinta, como exi-
das à dominação metropolitana giu o comando “cite” da questão.
Dois dos movimentos: b) Os dois textos têm em comum o fato de serem docu-
- Defesa do liberalismo político mentos históricos na forma de relatos em primeira pessoa
- Revoltas de colonos, na América espanhola e descreverem a violência praticada pelos revolucionários
- Inconfidência Mineira, na América portuguesa populares contra os representantes da monarquia fran-
- Críticas ao absolutismo real, em sociedades europeias cesa. A frase “Nossos senhores […] colherão o que se-
Resposta disponível em: https://www.vestibular.uerj.br/wp-content/ mearam” pode ser explicada como uma justificativa para
uploads/2019/02/2019_ED_PR_Historia.pdf. Acesso em 15 jan. 2021. a violência perpetrada pelos revolucionários, visto que
essa seria uma resposta aos abusos, à opressão e à ex-
Módulo 15 – A criação da ordem liberal ploração a que estavam submetidos.
1 c 4 e
2 a) A leitura do gráfico indica que os custos com a pro-
dução e com os impostos representavam 65% da Módulo 16 – Independências da América Latina
colheita realizada pelos camponeses. Dessa forma, o
1 a) Na perspectiva das elites criollas, a Independência dos
usufruto do menor percentual da colheita disponível
Estados Unidos serviu de parâmetro para a ruptura do
às pessoas do campo significava a existência de pacto colonial. Além disso, seu modelo republicano e
precárias condições de vida para as famílias numero- federalista, que manteve a escravidão, inspirou inúme-
sas, sendo que a miséria e a fome eram riscos cons- ras lideranças hispano-americanas. Era, portanto, um
tantes no período pré-revolucionário. processo carregado de referências importantes na
b) A questão solicitava o estabelecimento da relação entre condução da ruptura com a metrópole.
a crise econômica e o Terceiro Estado (burgueses, cam- b) A Revolução Francesa fora marcada por uma intensa
poneses, sans-culottes e profissionais liberais) durante participação popular e pela implementação da igual-
a Revolução Francesa. Os custos dos impostos e a ma- dade jurídica para todos os setores da sociedade. Essa
nutenção de um grupo de privilegiados (nobreza e cle- ruptura radical com a ordem do Antigo Regime assus-
ro) uniram o Terceiro Estado em sua insatisfação contra tava as elites coloniais, que temiam as pressões da
o regime vigente. A conjuntura de endividamento pú- população empobrecida (mestiços, negros escraviza-
blico e a ineficiência de medidas contra a crise levaram dos e indígenas).
à convocação dos Estados Gerais e fizeram com que as
2 a) Na gravura, o libertador é apresentado “emoldurado”,
reivindicações do Terceiro Estado entrassem na pauta distante do convívio com a realidade da população mais
política francesa. A pobreza foi instrumentalizada pela pobre. A família do mestiço, em posição de subserviên-
burguesia, que se incomodava com a ausência de mo- cia (atente para a criança de joelhos diante da pintura),
bilidade social e exigia o fim do sistema de privilégios e recebe a imagem do libertador como sinal de novos
o estabelecimento de igualdade jurídica. tempos. Os indígenas, atrás de uma Igreja católica, pa-
Resposta disponível em: http://www.comvest.unicamp.br/vest2013/F2/
provas/charesp.pdf. Acesso em: 15 jan. 2021. recem engajar-se no discurso da independência como
um indício de satisfação da separação da metrópole.
3 a) O texto 1 refere-se ao ataque e à queda da fortaleza
b) A gravura dialoga com o fato de a independência ter
prisão da Bastilha no contexto da Revolução Francesa.
contado com participação popular, mas tal processo
Simbolicamente, o ataque à Bastilha demonstrou a opo-
atendeu diretamente aos interesses das elites criollas.
sição popular ao regime monárquico absolutista francês
O distanciamento da gravura pode ser considerado
e à sociedade baseada em privilégios estamentais, além pelas evidências do quanto a população indígena e
da insatisfação generalizada causada pela crise econô- mestiça manteve-se marginalizada nos âmbitos sociais,
mica e desigualdade social. O aluno pode, também, econômicos e políticos.
212
3 a) Há o crime do preto (roubo de pequenos objetos, incluindo alimentos) e o crime do “baranco” (di-
nheiro, riquezas).
b) O autor lamenta que o preto é detido e o branco não: pelo contrário, “vira barão”.
4 a) Vieram da África Centro-Ocidental.
b)
OCEANO
ÍNDICO
OCEANO
ATLÂNTICO
África
Centro-Ocidental
África Oriental
N
1 a) Características de 1823:
- caracterização do indígena “bravo”, passível de perseguição
- identificação de indígenas como bárbaros
- interesse em subordinar os indígenas a interesses econômicos (terra para agricultura, criação e
extração), indivíduos como mão de obra
- aculturação do indígena como única forma de reconhecer seus direitos
Características de 1988:
- reconhecimento de direitos indígenas conforme sua cultura e organização social
- valorização de questões ambientais
- defesa da demarcação de terras indígenas
- combate ao preconceito e valorização da identidade indígena
b) O aluno pode citar um dos fatores abaixo:
- contexto democrático na promulgação da Carta de 1988
- mobilização da população indígena
- superação da visão da sociedade indígena como “inferior”.
2 O aluno pode citar quatro dentre os itens abaixo:
- bom governo (contra ladrões/corrupção)
- alternância no poder ou punição dos maus governantes
- prevalência da Justiça
- progresso econômico
- avanços sociais
3 a) O lundu é dança de origem africana, o homem sentado à direita usa um instrumento europeu
(violão ou bandolim).
b) Apesar da aparente união de brancos e negros, há grandes símbolos de diferenças sociais: brancos
bem-vestidos, enquanto o menino negro está nu; casa rica (com colunas) ao lado de construções
GABARITO
HISTîRIA
213
Geografia HELIO Carlos Garcia
HUGO Anselmo
PABLO López Silva
Paulo Roberto MORAES
Vagner AUGUSTO da Silva
16 GEOGRAFIA COMPETÊNCIA GERAL C1
M Ó D U L O
Elementos da hidrografia
COMPETÊNCIAS
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICAS
E HABILIDADES
. Objetivo 1: analisar a distribuição de água na superfície terrestre, assim como a importância do aces-
DA BNCC
O ciclo hidrológico
Ciclo da água
Condensação
Chuva Formação
Evapotranspiração Evaporação de nuvens
na queda
Evapotranspiração
Enxu
rrada
Evaporação
MÓDULO 16 - ELEMENTOS DA HIDROGRAFIA
do solo
Evaporação
de rio e lagos Infiltração Evaporação
dos oceanos
Água retida
no solo
Rio
Lençol freático
Rocha impermeável Oceanos
GEOGRAFIA
Fonte: LEPSCH, Igo F. Solos: formação e conservação. São Paulo: Melhoramentos, 1967. p. 50-51.
215
1.2 A distribuição espacial da água doce superficial no mundo
. 71% da superfície terrestre é formada por água.
Howard Perlman, USGS/Jack Cook, Woods Hole Oceanographic Institution/Adam Nieman/NASA
2,5%
Água doce
68,9%
Calotas polares
e geleiras
29,9%
97,5% Água subterrânea
Água salgada
0,3% 0,9%
Rios e lagos Outros
reservatórios
A maior parte dos mananciais de água doce que se apresenta no estado líquido encontra-se no subsolo da Terra, na forma de
águas subterrâneas.
216
1.3 A distribuição e o acesso ˆ água no mundo
Mundo: total de água doce disponível per capita – 2017
0° OCEANO GLACIAL ÁRTICO
Trópico de Câncer
OCEANO OCEANO
PACÍFICO PACÍFICO
Equador
Recursos hídricos totais por 0°
OCEANO
habitante (m3/ano) OCEANO
ÍNDICO
Sem dados ATLÂNTICO
Trópico de Capricórnio
< 500 (escassez absoluta
Meridiano de Greenwich
de água)
500-1 000 (escassez crônica
de água)
1 000-1 700 (estresse hídrico)
1 700-5 000 (estresse hídrico
ocasional ou local) OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO N Círculo Polar Antártico
> 5 000 (recursos hídricos
abundantes a nível nacional, 0 2 620
estresse localmente possível) km
Fonte: FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS (FAO). AQUASTAT – FAO’s Global Information System
on Water and Agriculture. Disponível em: http://www.fao.org/aquastat/en/geospatial-information/maps. Acesso em: 23 out. 2020.
Países da América do Sul, América do Norte, parte da África, Europa e Ásia apresentam boa disponibilidade de água doce per capita. Por outro lado,
regiões com alta densidade populacional, como na Europa ou em áreas com climas áridos e semiáridos, possuem baixa disponibilidade de água
doce per capita.
OCEANO
ATLÂNTICO
Trópico de Câncer
OCEANO OCEANO
PACÍFICO PACÍFICO
Equador
0º
Meridiano de Greenwich
OCEANO
Percentual da
população com acesso ÍNDICO
à água potável Trópico de
< 50% Capricórnio MîDULO 16 - ELEMENTOS DA HIDROGRAFIA
50-75%
76-90% N
91-100%
0 2 650
Sem dados
km
Fonte: ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). The Global Health Observatory. Disponível em: https://www.who.int/images/
default-source/maps/global_water_2015.png?sfvrsn=56b1eb48_0. Acesso em: 23 out. 2020.
GEOGRAFIA
O acesso à água potável depende não apenas das condições naturais do país, mas da disponibilidade de infraestrutura de saneamento básico.
O baixo índice de acesso à água potável na África Subsaariana revela a precariedade da infraestrutura de saneamento básico.
217
1.4 Problemas relacionados ao déficit de infraestrutura e saneamento
básico
. Impactos sociais e econômicos do déficit de saneamento básico.
. Mortes ocasionadas pela inadequada infraestrutura de saneamento básico.
A cada 2 minutos uma criança morre por doenças O acesso à água é uma questão de saúde pública.
relacionadas ao consumo de água de má qualidade. Isso significa redução das taxas de mortalidade
1 milhão de pessoas morrem por ano devido a infantil e materna e também a redução de lesões
doenças relacionadas a água, saneamento e físicas causadas pelo levantamento constante de
higiene. cargas pesadas de água e durante seu transporte.
Sharad Raval/Shutterstock
Mulheres de Ahmedabad (Índia) recolhendo água de um poço próximo a suas casas. Foto de 2017.
218
. Desafios no combate à covid-19 devido ao déficit de infraestrutura de saneamento e higiene nas
escolas.
Mundo: proporção de escolas com acesso à água potável – 2019 Mundo: número de crianças* sem
água potável na escola – 2019
África
Subsaariana
154
Sul da Ásia
584 milh›es e Ásia Central
225
22
de crianças sem Norte da África
4 acesso à e Ásia Ocidental
3
23 água potável Outras
regiões**
Em %
0 a 50 Dados
51 a 75 insuficientes
N 178
76 a 90
> 90 0 3 300
Sem dados
km * Em milhões.
** Oceania, Europa e América do Norte, Austrália e Nova Zelândia.
Mundo: proporção de escolas com acesso a saneamento básico – 2019 Mundo: número de crianças* sem
saneamento básico na escola – 2019
África
Subsaariana
Sul da Ásia
213 e Ásia Central
26
226
698 milh›es América Latina
de crianças sem e Caribe
acesso a Norte da África
saneamento e Ásia Ocidental
básico
Em % 4 Outras
17 38 regiões**
0 a 50
51 a 75 N 200 Dados
76 a 90 insuficientes
> 90 0 3 300
Sem dados km * Em milhões.
** Oceania, Europa e América do Norte, Austrália e Nova Zelândia.
Mundo: proporção de escolas com acesso a serviços Mundo: número de crianças* sem serviços
básicos de higiene – 2019 básicos de higiene na escola – 2019
África
Subsaariana
163
Sul da Ásia
e Ásia Central
7 818 milh›es 295
29 América Latina
8
28 de crianças sem e Caribe
acesso a
611 serviços básicos Norte da África
de higiene e Ásia Ocidental
Em % Outras
regiões*
0 a 50 MîDULO 16 - ELEMENTOS DA HIDROGRAFIA
51 a 75 N 264 Dados
76 a 90 insuficientes
> 90 0 3 400
Sem dados km * Em milhões.
** Oceania, Europa e América do Norte, Austrália e Nova Zelândia.
Fonte: OMS; Fundo de emergência Internacional das Nações Unidas (Unicef). Progress on drinking water, sanitation and hygiene in
schools: special focus on COVID-19. p. 7, 8 e 9. Disponível em: https://washdata.org/sites/default/files/2020-09/JMP-2020-WASH-schools.
pdf/. Acesso em: 23 out. 2020.
GEOGRAFIA
Os mapas demonstram a proporção de escolas no mundo com acesso à água potável, saneamento básico e serviços básicos de higiene, como pias
e sabão para a lavagem das mãos.
219
1.5 Disponibilidade de água doce no Brasil
. A maior concentração de água doce no Brasil ocorre na Floresta Amazônica, o que está relaciona-
do ao clima Equatorial e à densa rede hidrográfica. Já a menor disponibilidade está próximo ao li-
toral, onde há maior concentração populacional.
Equador
0°
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
RORAIMA ATLÂNTICO
AMAPÁ
Equador 0º
DISTRITO
FEDERAL
GOIÁS
Sistema Aquífero Grande
Amazônia MATO MINAS
Extensão: 1,3 milhão de km2 GROSSO GERAIS ESPÍRITO SANTO
Volume de água: 162 520 km3 DO SUL
SÃO
Sistema Aquífero Guarani PAULO RIO DE JANEIRO
Extensão: 1,2 milhão de km2 Trópico d
(840 000 km2 no Brasil) e Capricó
PARANÁ rn io
Volume de água: 39 000 km3
SANTA
CATARINA
Fonte: SILVEIRA, Evanildo da. Governo poderia
OCEANO N privatizar Aquífero Guarani como sugerem
PACÍFICO RIO GRANDE mensagens nas redes? BBC News Brasil,
DO SUL 0 440 11 mar. 2018. Disponível em: https://www.bbc.
km com/portuguese/brasil-43164069. Acesso em:
18 nov. 2020.
220
2 Cursos fluviais
2.1 As redes e bacias hidrográficas
. Bacia hidrográfica: área drenada por uma rede formada por um rio principal e seus afluentes.
Bacia hidrográfica
Nascente Afluente
Rio principal
rtico
lar Á
lo Po
Círcu
10
7
3 8 9
2 OCEANO 16 OCEANO
4 18
ATLÂNTICO 15 17 PACÍFICO
Trópico de Câncer
14
OCEANO 13
PACÍFICO 11
Equador
0°
Meridiano de Greenwich
12
5 OCEANO
ÍNDICO
Trópico de Capricórnio 6
0 3 530
OCEANO GLACIAL
ANTÁRTICO Círculo Polar Antártico km
América Anglo-Saxônica América Latina Europa África Ásia Fonte: AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS E
1 - Mackenzie 5 - Amazonas 7 - Reno 11 - Nilo 14 - Ganges SANEAMENTO BÁSICO (ANA). Disponível em:
2 - Mississípi-Missouri 6 - Paraná 8 - Ródano 12 - Congo 15 - Indo https://arquivos.ana.gov.br/institucional/sge/
3 - São Lourenço 9 - Danúbio 13 - Níger 16 - Huang-ho (Amarelo)
CEDOC/Catalogo/2014/AAguaNosContinentes
GEOGRAFIA
A maior parte das duas principais bacias hidrográficas da América do Sul, a Amazônica e a Platina (como se denomina a área
ocupada pelas bacias hidrográficas do Paraná, Paraguai e Uruguai nesse subcontinente), situa-se no território brasileiro. 221
2.3 Regimes fluviais
. O regime de um rio, ou regime fluvial, corresponde ao sistema de suas cheias e vazantes.
Perfis transversais
Altitude
(m)
2 500
2 000
Vale de caleira Vale em V aberto Vale em V fechado
aluvial ou normal ou garganta
1 500 O alto curso ou curso
superior do rio
corresponde à área
1 000 próxima à nascente. O
or médio curso corresponde
p eri
su ao seu trecho
rso 500
Cu intermediário, onde o
Nível do mar volume de água aumenta,
Curso médio 0 pois o rio principal recebe
Curso inferior água de seus afluentes. Já
0 100 200 300 400 500 600 700
o baixo curso ou curso
inferior é a região próximo
Perfil longitudinal
à sua foz.
Fontes: Elaborado com base em PETERSEN, James F. et al. Fundamentos da Geografia física. São Paulo: Cengage
Learning, 2014. p. 340; GUERRA, Antônio T.; GUERRA, Antônio J. T. Novo dicionário geológico-geomorfológico.
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011. p. 628.
222
2.5 Tipos de foz
. Foz em estuário
Oc
ea
no Predomina em rios planálticos.
Estuário
Reprodução/NASA
Continente
223
2.6 Tipos de canais
. Canal retilíneo
224
. Canal anastomosado
. Canal entrelaçado
225
DESEN V OLV ENDO H A BIL ID A DE S
1 (Famerp-SP)
Reprodução/FAMERP, 2018
www.ana.gov.br
2 (Uerj)
Índice de Pobreza em Água (IPA)
Reprodução/UERJ, 2013.
O Índice de Pobreza em Água é um indicador criado com a finalidade de estabelecer relações entre o acesso à água potável
e as características do meio natural e de cada sociedade.
Com base no mapa, a maior presença de países em situação crítica quanto ao acesso à água potável está no subcontinente
denominado:
a) Oriente Médio b) Ásia Meridional c) América Andina d) África Subsaariana
3 (Fuvest-SP) Várias cidades europeias sofreram inundações em 2016. A inundação do rio Sena, em Paris, França, excedeu o
leito do rio em mais de 6 metros, mas não ultrapassou a inundação histórica de 1910, quando o rio extravasou 8 metros.
As figuras mostram as transformações do curso do rio Sena e de seu entorno, ocupado pelo homem, desde o passado no
Neolítico até os dias atuais.
226
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
Reprodução/Fuvest, 2017.
Muséum National d’Histoire Naturelle. www.grandegaleriedelevolution.fr/fr/visitez/espaces/transformation-paysages.
Acessado em julho de 2016.
4 (UPE) O desenho esquemático a seguir foi utilizado por um professor de Geografia do Ensino Médio numa determinada
turma, para abordar aspectos relacionados ao relevo originado em áreas costeiras. O professor apresentou uma sequência
evolutiva do relevo que vai de 1 a 3. Sabendo-se que as áreas pontilhadas são sedimentos modernos, basicamente fluviais,
conclui-se que o professor estava explicando mais especificamente
Reprodução/UPE, 2012.
227
Orientação de estudo
Objetivos de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
• Leia o item 2 da seção Neste • Faça as questões 10 e 11. • Faça a questão 12.
3 módulo. • Leia o item 2.
• Faça as questões 7 a 9.
EX TRAS!
1
Os antigos filósofos, observando o grande volume de água de rios como o Nilo, Reno e outros, imaginavam que as
chuvas eram insuficientes para alimentar tão consideráveis massas de água. Foi no século XVIII que Pierre Pernault mediu a
quantidade de chuva durante três anos na cabeceira do rio Sena. Também mediu o volume de água do referido rio e chegou
à conclusão de que apenas a sexta parte se escoava e o restante era evaporado.
LEINZ, V. Geologia geral. São Paulo: Editora Nacional, 1989 (adaptado).
A investigação feita por Pierre Pernault contribuiu diretamente para a explicação científica sobre
a) intemperismo químico.
b) rede de drenagem.
c) degelo de altitude.
d) erosão pluvial.
e) ciclo hidrológico.
2
A renaturalização de rios e córregos é, há muito tempo, uma realidade na Europa, no Japão, na Coreia do Sul, nos Estados
Unidos e em outros países. No Brasil ainda são muito tímidas as iniciativas, mas algumas poucas cidades estão adotando essa
importante prática.
Disponível em: http://sosriosdobrasil.blogspot.com.br. Acesso em: 10 dez. 2012 (adaptado).
A legislação brasileira avançou ao estabelecer como unidade territorial para a gestão desse recurso
a) os biomas.
b) as reservas ecológicas.
c) as unidades do relevo.
d) as bacias hidrografias.
e) as áreas de preservação ambiental.
228
17 GEOGRAFIA
M Ó D U L O
Bacias hidrográficas
mundiais e do Brasil
COMPETÊNCIAS
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICAS
E HABILIDADES
. Objetivo 1: identificar as principais bacias hidrográficas mundiais, assim como a importância econô-
DA BNCC
mica e para o abastecimento humano das regiões onde estão localizadas. COMPETÊNCIA 1
. Objetivo 2: identificar e analisar as principais bacias hidrográficas do Brasil: Bacia Amazônica e Bacia
EM13CHS106
Platina. COMPETÊNCIA 3
. Objetivo 3: identificar e analisar as principais bacias hidrográficas do Brasil: Bacia do São Francisco EM13CHS301
EM13CHS302
e Tocantins-Araguaia.
EM13CHS304
EM13CHS305
Neste módulo
Zembla
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
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. Os rios europeus Ba
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GEOGRAFIA
I. Maiorca
TI C I. Ibiza (2 457 m) 200
. BÉ I. Sicília
r
229
. Bacia do rio Reno
• O rio Reno nasce nos Alpes Suíços, atravessa a Alemanha e deságua no litoral dos Países Baixos.
• Em sua foz está o porto de Roterdã.
• No vale do rio Ruhr, um de seus afluentes, está um dos principais polos industriais da Alemanha
e da Europa.
. Bacia do rio Ródano
• O rio Ródano nasce na Suíça, atravessa a França e deságua no mar Mediterrâneo.
• Utilizado para geração de eletricidade e navegação.
. Bacia do rio Danúbio
• O rio Danúbio nasce na Floresta Negra (Alemanha) e atravessa diversos países europeus até
desaguar no mar Negro.
• Amplamente utilizado para navegação.
. Bacia do rio Volga
• O rio Volga nasce nas colinas de Valdai (Rússia) e deságua no mar Cáspio.
• Principal rio da Rússia e maior rio europeu.
• Utilizado para geração de eletricidade e navegação.
1.2 çsia
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100° L
I. Lourenço
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OCEANO
0 0 1 210 ÍNDICO I. Java Fonte: CALDINI, Vera; ÍSOLA,
–28
km
I. Timor Leda. Atlas geográfico Saraiva. São
Paulo: Saraiva, 2013. p. 132.
230
1.2.1 Hidrografia do Sul e Sudeste Asiático
Bacias hidrográficas dos rios Ganges e Indo
80° L
at
Su
Rio
AFEGANISTÃO Ri o C Ri
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CHINA
PAQUISTÃO ab 30° N
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Son
Trópico
d e C ân c e r ÍNDIA Rio
Baía de
Rio
Bengala
Bacia hidrográfica do rio Indo N
Fonte: WOODS HOLE OCEANOGRAPHIC INSTITUTION. Changing the Course of Rivers and History. Disponível em: https://
www.whoi.edu/oceanus/feature/changing-the-course-of-rivers-and-history/. Acesso em: 11 nov. 2020.
• A maior usina hidrelétrica do mundo está nesse rio: usina de Três Gargantas.
231
• Projeto de Transferência de Água Sul-Norte: projeto de transposição de água do rio Yang-tse (Azul)
em direção a rios da porção norte do país.
COREIA
arelo) Pequim DO NORTE
m
A
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Tianjin
Deserto de Gobi COREIA
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Rotas Rota do Mar
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30° N
ARÁBIA KUWAIT
SAUDITA
Golfo
Pérsico
N
232
1.3 África
. O continente africano possui uma extensa hidrografia, principalmente na porção Subsaariana, de-
vido aos climas com maiores índices de pluviosidade.
Rios da África
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Estreito r
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Fonte: CALDINI, Vera; ÍSOLA, Leda. Atlas geográfico Saraiva. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 150.
GEOGRAFIA
233
. Bacia do rio Nilo Mar
Mediterrâneo
30° L
ISRAEL
• O rio Nilo é o segundo maior rio do mundo.
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• Possui duas grandes nascentes, uma no lago Vitória (Nilo Branco)
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e outra no planalto da Etiópia (Nilo Azul).
• Atravessa o deserto do Saara e deságua no mar Mediterrâneo.
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• Elevado aproveitamento econômico para hidreletricidade, LÍBIA SAUDITA
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Os cruzeiros pelo Nilo são uma importante atividade turística no Egito. CENTRO-AFRICANA
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Fonte: CALDINI, Vera; ÍSOLA, Leda. Bacia hidrográfica RUANDA 0 315
Atlas geográfico Saraiva. Limite de país TANZÂNIA
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São Paulo: Saraiva, 2013. p. 148.
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• Elevado potencial hidrelétrico, mas GUINÉ Ri
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Bacia hidrográfica
Fonte: CALDINI, Vera; ÍSOLA, Leda.
Atlas geográfico Saraiva. Limite de país
ZÂMBIA
20° L
São Paulo: Saraiva, 2013. p. 150.
234
. Bacia do rio N’ger 0°
• O rio Níger nasce no
maciço de Futa Djallon, MALI
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países como Guiné, GUINÉ-BISSAU FASSO
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intensificar o estresse
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Bacia hidrográfica
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Fonte dos mapas: CALDINI, Vera; ÍSOLA, Leda. Atlas geográfico Saraiva. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 105.
GEOGRAFIA
235
1.4.1 Vertente do oceano Glacial Ártico Mar de Beaufort
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Fonte: Geology Page. Disponível em: 0 230
Limite de país
PACÍFICO
http://www.geologypage.com/2014/05/mackenzie-river. Limite de estado
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html. Acesso em: 11 nov. 2020. 120° O
95° O
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Fonte: CALDINI, Vera; ÍSOLA, Leda. Atlas geográfico Saraiva. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 104.
• O rio São Lourenço interliga a região dos Grandes Lagos ao oceano Atlântico.
• Possui um sistema de canais, diques e comportas que permite a navegação.
• Drena uma das regiões industriais mais importantes do mundo, entre Estados Unidos e Canadá.
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237
2 Bacias hidrográficas do Brasil
2.1 Hidrografia brasileira
. Brasil possui a maior rede hidrográfica do planeta.
. Predomínio de regime pluvial tropical.
. Predomínio de rios perenes, com exceção do Semiárido nordestino, onde há rios intermitentes.
. Drenagem predominantemente exorreica.
. Rios predominantemente planálticos, o que favorece a geração de hidreletricidade e dificulta a
navegação.
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km
Fonte: Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Disponível em: www3.ana.gov.br.
Acesso em: 11 nov. 2020.
238
2.2.1 Bacia Amazônica
Bacia Amazônica: grandes rios
60° O
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Fonte: CALDINI, Vera; ÍSOLA, Leda. Atlas geográfico Saraiva. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 73.
. Ocorrência da pororoca: elevação súbita das águas junto à foz de rios volumosos, como o Amazo-
nas, provocada pelo encontro das águas do mar com as águas fluviais.
239
2.2.2 Bacia Platina
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Fonte: UNEP. Annual Report for 2002. p. 166; WWF. Relatório Anual, 2007. p. 14.
. Formada pelas bacias do Paraguai, Paraná e Uruguai.
. Bacia do Paraná
• Ocupa porções do território do Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai.
• Rio Paraná é formado pela união do rio Paranaíba e rio Grande, que nascem em Minas Gerais.
Deságua no estuário do rio da Prata, entre a Argentina e o Uruguai.
• Principais afluentes: rios Tietê, Paranapanema e Iguaçu.
• Elevado potencial e aproveitamento hidrelétrico, com destaque para a Usina Hidrelétrica de Itaipu.
• Utilizado para a irrigação e a navegação, com destaque para a Hidrovia Tietê-Paraná.
Cesar Diniz/Pulsar Imagens
240
2.2.3 Bacia do São Francisco Bacia do São Francisco: regiões fisiográficas
. O rio São Francisco nasce na serra da Canastra 42° O CE PB
(MG), percorre os estados da Bahia e Pernambuco,
PI Serra Talhada
e deságua entre Alagoas e Sergipe.
Represa de PE
. Possui regime tropical, com cheias no verão e va- Itaparica
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zantes no inverno. Afonso
Represa Juazeiro
. Aproveitamento econômico: geração de eletrici- de Sobradinho Pão de Açúcar
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GEOGRAFIA
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Capital de estado Fonte: CALDINI, Vera; ÍSOLA, Leda. Atlas geográfico
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Saraiva. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 72.
241
2.2.4 Bacia do Tocantins-Araguaia
. Maior bacia totalmente em território brasileiro.
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. Banha parte das regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil.
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GO Tocantins-Araguaia
km
50° O
Usina de Tucuruí, no estado do Pará. Fonte: BARRETO, Maurício. Atlas escolar geogr‡fico. São Paulo:
Escala Educacional, 2005.
Quando chove,
a água leva a terra
para dentro do rio e
ele começa a ficar
soterrado
E o rio flui!
As raízes A vegetação
Fonte: Juntos Pela Água. Disponível em:
mantêm a filtra a água
https://www.juntospelaagua.com.br/
terra firme da chuva.
2016/12/08/relacao-arvore-e-agua/.
Acesso em: 12 nov. 2020.
242
. Atividades antrópicas, como a agricultura e a indústria, e as zonas urbanas podem afetar a quali-
dade da água dos rios.
. Principais problemas:
• Desmatamento das matas ciliares, que intensifica a erosão e o assoreamento de cursos fluviais.
• A impermeabilização de suas margens, que reduz a infiltração de água no solo e intensifica o
escoamento superficial das águas das chuvas.
• A impermeabilização do solo, associado ao assoreamento dos rios, tende a originar e agravar as
enchentes.
• Poluição por resíduos domésticos, comerciais e industriais.
• Contaminação por insumos agrícolas.
Acima, rio Tietê na década de 1930, com atividades de lazer, e abaixo, em 2005, completamente poluído.
243
DESEN V OLV ENDO H A BIL ID A DE S
Assinale a alternativa correta sobre fatores que podem estar relacionados à retração da linha de praia do delta do Rio Nilo.
a) Urbanização, desmatamento e aumento de áreas úmidas costeiras, como fatores de alteração do escoamento fluvial na
bacia hidrográfica.
b) Aumento médio dos níveis dos mares pelo efeito estufa como única causa da erosão costeira.
c) Construção de barragens e de canais artificiais para o aumento do sistema distributário natural do rio.
d) Esforços de recuperação da dinâmica fluvial com a ampliação da retirada de areia do leito.
e) Manutenção das áreas úmidas costeiras e manguezais.
2 (Fuvest-SP) A partir das imagens a seguir, pode-se inferir a progressão do delta do rio Huang Ho (Rio Amarelo), na costa leste
da China, famoso pelo transporte de sedimentos conhecidos por loess. De 1979 a 2000, alterou-se consideravelmente a morfo-
logia do delta, com o aparecimento de feições recentes sobrepostas a outras, que levaram milhões de anos para se formar.
Reprodução/Fuvest, 2016.
Terra Fr‡gil: O que está acontecendo com o nosso planeta? São Paulo: Editora Senac, 2009. Adaptado.
Com base na comparação entre as imagens de satélite e em seus conhecimentos, assinale a afirmação correta.
a) A situação verificada deve-se aos efeitos das ondas e marés que comandam a deposição de sedimentos no delta,
sem haver influência continental no processo, já que a topografia costeira permite que o oceano alcance o interior
do continente.
b) A modificação na morfologia deve-se às grandes chuvas que ocorrem a montante desse delta e, por tratar-se de dre-
nagem endorreica, o rio carrega considerável volume de sedimentos grosseiros e blocos rochosos, que, aos poucos,
depositam-se ao longo da costa.
c) Além de haver nesse sistema deltaico uma característica carga detrítica fina que, praticamente, excede a capacidade do
rio de transportar material erodido e carregado, a modificação verificada foi ampliada pela ocupação antrópica, influen-
ciando o regime deposicional.
d) O delta é resultante de mudanças climáticas provocadas pela ação humana na exploração de recursos no golfo chinês,
nas estações mais quentes e chuvosas, ocasionando a retração da foz e o rebaixamento dos níveis das marés, com o
aparecimento dos bancos de areia sobressalentes.
e) As modificações no delta devem-se ao fato de essa região caracterizar-se como um sistema lacustre, onde há acumulação de
matéria orgânica decorrente das inundações provocadas pela construção da barragem da usina hidrelétrica de Três Gargantas.
244
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
3 (Imed-RS) Assinale a alternativa que aponta, correta e b) O que explica a grande quantidade de ilhas no canal do
respectivamente, as bacias hidrográficas identificadas pe- rio? Por que parte dessas ilhas é coberta de floresta?
los números 1, 2 e 3 no mapa apresentado na figura abaixo.
Reprodução/Imed, 2015.
5 (Uece) A Bacia do São Francisco é uma das mais impor-
tantes do Brasil. Quanto ao seu regime hidroclimático, é
correto dizer que essa bacia
a) apresenta um regime tropical perene na nascente e nos
afluentes da margem esquerda, e em outros setores
apresenta regime semiárido intermitente.
b) tem como característica um sistema perene, com ten-
a) 1 – São Francisco; 2 – Atlântico Sul; 3 – Tocantins-Araguaia.
dências de enchentes no inverno e vazantes no verão.
b) 1 – Paraguai; 2 – Tocantins-Araguaia; 3 – Paraná.
c) apresenta características idênticas ao regime fluvial equa-
c) 1 – São Francisco; 2 – Atlântico Sul; 3 – Parnaíba. torial, com precipitações médias de 2.900 mm/ano.
d) 1 – São Francisco; 2 – Tocantins-Araguaia; 3 – Paraguai. d) se caracteriza pelo regime temperado perene, com
e) 1 – Parnaíba; 2 – São Francisco; 3 – Tocantins-Araguaia. precipitações anuais de até 1.400mm em suas nascen-
tes, na região de um dos seus afluentes que é o rio
4 (Unicamp-SP) A imagem abaixo mostra o Arquipélago de
Urubupungá.
Anavilhanas, no Rio Negro, Estado do Amazonas. Obser-
ve a imagem e responda às questões. 6 (Fuvest-SP) Observe a imagem e leia o texto.
Reprodução/Unicamp, 2013.
Reprodução/Fuvest, 2013.
claras. Por que este rio apresenta cores escuras? Por muitos anos, as várzeas paulistanas foram uma
espécie de quintal geral dos bairros encarapitados nas
colinas. Serviram de pastos para os animais das antigas
carroças que povoaram as ruas da cidade. Serviram de ter-
reno baldio para o esporte dos humildes, tendo assistido
a uma proliferação incrível de campos de futebol. Durante
as cheias, tais campos improvisados ficam com o nível das
GEOGRAFIA
245
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
Considere a imagem e a citação do geógrafo Aziz Ab’Sáber na análise das afirmações abaixo:
I. O processo de verticalização e a impermeabilização dos solos nas proximidades das vias marginais ao rio Tietê aumentam
a sua susceptibilidade a enchentes.
II. A retificação de um trecho urbano do rio Tietê e a construção de marginais sobre a várzea do rio potencializaram o
problema das enchentes na região.
III. A extinção da Mata Atlântica na região da nascente do rio Tietê, no passado, contribui, até hoje, para agravar o problema
com enchentes nas vias marginais.
IV. A várzea do rio Tietê é um ambiente susceptível à inundação, pois constitui espaço de ocupação natural do rio durante
períodos de cheias.
Está correto o que se afirma em
a) I, II e III, apenas.
b) I, II e IV, apenas.
c) I, III e IV, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
• Leia os itens 2.2.3 a 2.2.5 da • Faça as questões 17 e 18. • Faça as questões 19 e 20.
3 seção Neste módulo. • Leia os itens 2.2.3 a 2.2.5.
• Faça as questões 14 a 16.
PREPARE-SE
Na próxima aula, vamos estudar sobre o conceito de Domínios Morfoclimáticos do Brasil, que foi elaborado pelo geógrafo Aziz
Ab’Sáber. Trata-se de uma forma de classificação dos aspectos naturais do Brasil que tem como critérios o clima, o relevo, o solo e
a vegetação dos diferentes domínios morfoclimáticos. Sobre o assunto, elabore um mapa mental destacando as características dos
domínios morfoclimáticos e, para isso, utilize as informações que já estudou sobre os aspectos naturais do Brasil, com destaque
para: clima, relevo, solos e vegetação.
246
EX TRAS!
1
As águas das precipitações atmosféricas sobre os continentes nas regiões não geladas podem tomar três caminhos: evapo-
ração imediata, infiltração ou escoamento. A relação entre essas três possibilidades, assim como das suas respectivas intensi-
dades quando ocorrem em conjunto, o que é mais frequente, depende de vários fatores, tais como clima, morfologia do terreno,
cobertura vegetal e constituição litológica.
LEINZ, V. Geologia geral. São Paulo: Editora Nacional, 1989 (adaptado).
2
As intervenções da urbanização, com a modificação das formas ou substituição de materiais superficiais, alternam de ma-
neira radical e irreversível os processos hidrodinâmicos nos sistemas geomorfológicos, sobretudo no meio tropical úmido, em
que a dinâmica de circulação de água desempenha papel fundamental.
GUERRA, A. J. T.; JORGE, M. C. O. Processos erosivos e recuperação de áreas degradadas. São Paulo: Oficina de Textos, 2013 (adaptado).
Nesse contexto, a influência da urbanização, por meio das intervenções técnicas nesse ambiente, favorece o
a) abastecimento do lençol freático. d) movimento de água em subsuperfície.
b) escoamento superficial concentrado. e) armazenamento das bacias hidrográficas.
c) acontecimento da evapotranspiração.
3
As modificações naturais e artificiais na cobertura vegetal das bacias hidrográficas influenciam o seu comportamento hi-
drológico. A alteração da superfície da bacia tem impactos significativos sobre o escoamento. Esse impacto normalmente é
caracterizado quanto ao efeito que provoca no comportamento das enchentes, nas vazões mínimas e na vazão média.
TUCCI, C.E.M.; CLARKE, R.T. Impacto das mudanças da cobertura vegetal no escoamento: erosão. Revista Brasileira de Recursos Hídricos. V. 2, no. 1 jan./jun. 1997 (fragmento).
Ao analisar três rios com coberturas vegetais distintas – agrícola, floresta regenerada e floresta natural – de uma mesma
bacia hidrográfica, após uma mesma precipitação, conclui-se que a vegetação é fundamental no comportamento da vazão
dos rios, uma vez que a
a) cobertura mais densa no ambiente agrícola proporciona o menor pico de vazão.
b) cobertura mais espaçada na floresta natural ocasiona o maior pico de vazão.
c) floresta regenerada, por possuir mais densidade de biomassa, possui o menor pico de vazão.
d) vegetação agrícola proporciona o mais demorado e o segundo maior pico de vazão.
e) vegetação de floresta natural possui o menor pico de vazão.
247
ANOTAÇÕES
248
18 GEOGRAFIA
M Ó D U L O
Domínios
morfoclimáticos
COMPETÊNCIAS
Objetivo de aprendizagem ESPECÍFICAS
E HABILIDADES
. Objetivo 1: analisar as características dos domínios morfoclimáticos do Brasil.
DA BNCC
COMPETÊNCIA 1
Neste módulo EM13CHS106
COMPETÊNCIA 3
EM13CHS306
OCEANO
ATLÂNTICO
Equador
0º
OCEANO
PACÍFICO
Trópico de
Capricór
nio
MÓDULO 18 - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS
Amazônico Entre as faixas de transição
Cerrado morfoclimática existentes no
Mares de Morros território brasileiro, destacam-se
Caatinga a planície do Pantanal, onde se
verifica a presença de mais de um
Araucária N
domínio morfoclimático ou
Pradaria
0 390
paisagístico, e a Mata dos Cocais,
Faixas de transição entre o Cerrado, o Caatinga e a
km
Floresta Amazônica.
GEOGRAFIA
249
1.1 Domínio morfoclimático Amazônico
. Localizado principalmente na região Norte.
. Clima Equatorial, com elevadas temperaturas e índices pluviométricos.
. Predomínio de terrenos baixos (depressões).
. Solos de baixa fertilidade natural.
. Maior bacia hidrográfica do planeta.
. Floresta Equatorial latifoliada, densa, perene e higrófita.
350
300 30
250
200 20
150
100 10
50
0 0
J F M A M J J A S O N D
Fonte: MENDONÇA, Francisco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. Vista aérea da Floresta Amazônica em Jutaí (AM), 2020.
São Paulo: Oficina de Textos, 2007. p. 153.
Clima Equatorial, com níveis elevados de temperatura e de pluviosidade durante o ano.
Rondonópolis (MT)
Pluviosidade Temperatura
(mm) (°C)
400 40
350
300 30
250
200 20
150
100 10
50
250
Sandra Moraes/Shutterstock
Andre Dib/Pulsar Imagens
Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso. Foto de 2019. Vegetação do Cerrado, no Parque Nacional da Chapada das Mesas (MA). Foto de 2019.
Salgueiro (PE)
Pluviosidade Temperatura
(mm) (°C)
400 40
350
300 30
250
200 20
150
100 10
50
Clima Semiárido, com elevadas
0 0 temperaturas e baixos índices MÓDULO 18 - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS
J F M A M J J A S O N D
pluviométricos durante o ano.
Fonte: INMET. Disponível em: www.inmet.gov.br/. Acesso em: 12 nov. 2020.
GEOGRAFIA
251
Mauricio Simonetti/Tyba
350
300 30
250
200 20
150
100 10
50
O clima Tropical de Altitude se destaca por
0 0
J F M A M J J A S O N D possuir temperaturas mais baixas devido à
maior altitude.
Fontes: MENDONÇA, Francisco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil.
São Paulo: Oficina de Textos, 2007. p. 175; Climate-data.org.
Disponível em: https://pt.climate-data.org. Acesso em: 12 nov. 2020.
252
Mauricio Simonetti/Pulsar Imagens
Vista de drone da região das Terras Altas da Mantiqueira, em Pouso Alto (MG). O domínio dos Mares de Morros ocupa vastas extensões da faixa
litorânea do Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil. Foto de 2019.
250 250
200 20 200 20
100 10 100 10
50 50
0 0 0 0
J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D
O clima Subtropical possui chuvas distribuídas durante o ano, verões brandos e invernos frios. Em regiões mais altas, como em São Joaquim (Santa Catarina), as
temperaturas são mais baixas e há nevascas esporádicas.
253
Gerson Gerloff/Pulsar Imagens
200 20
150
100 10
50
0 0
J F M A M J J A S O N D
Clima Subtropical.
Fonte: INMET. Disponível em: www.inmet.gov.br/. Acesso em: 12 nov. 2020.
Gerson Gerloff/Pulsar Imagens
Domínio morfoclimático das Pradarias, uma das áreas mais importantes de pecuária Vista de drone de local onde houve tentativas frustradas de recuperação com a
bovina no país. Na imagem, paisagem característica dos Pampas Gaúchos, em São introdução de espécies vegetais primárias para conter a arenização, em Manoel Viana
Martinho da Serra (RS), 2016. (RS), 2020.
254
DESEN V OLV ENDO H A BIL ID A DE S
1 (UEL-PR) Aziz Ab’Sáber identificou seis domínios morfo- e) Um conjunto espacial de certa ordem de grandeza
climáticos e fitogeográficos no Brasil – Amazônico, Cer- territorial – de centenas de milhares de quilômetros
rado, Mares de Morros, Caatingas, Araucárias e Pradarias quadrados de área – caracterizado por um esquema
– que apresentam fortes processos de atuação humana, coerente de feições de relevo, tipos de solos, formas
modificando o espaço e inserindo outras práticas, princi- de vegetação e condições climático-hidrológicas.
palmente a agrícola, nessas áreas, quebrando a harmonia
2 (Falbe-SP) A classificação do território brasileiro em dife-
presente. O mapa a seguir apresenta a localização desses
rentes domínios morfoclimáticos foi elaborada pelo geó-
domínios.
grafo Aziz Ab’Sáber (1924-2012). Ele identificou seis gran-
des domínios: o amazônico, o do cerrado, o dos mares de
Reprodução/UEL, 2016.
Reprodução/Einstein, 2017.
AB’SÁBER, A. N. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísti
cas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. p. 17.
do ambiente físico, químico, onde há exploração huma- nho e julho. É marcada por relevo de planície e rede
na progressiva e regressiva. hidrográfica pobre.
255
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
PREPARE-SE
Na próxima aula, vamos estudar a matriz energética mundial e analisar quais são as principais fontes utilizadas no mundo. Um dos
temas mais discutidos é o futuro das fontes energéticas. Sobre o assunto, leia o texto abaixo.
Projeções de mercado já mostram o momento em que fontes renováveis vão se tornar mais baratas que as
fósseis e superá-las. Como isso muda os negócios
Berço da Revolução Industrial, a Inglaterra terá em 2019, pela primeira vez na história, mais energia elétrica de fontes renováveis
(solar, eólica e hídrica) do que de derivados de petróleo. Também pela primeira vez, em abril, nos Estados Unidos, a geração por fontes
limpas ultrapassou a do carvão. Pouco adiantou o governo Donald Trump ter criado a lei Affordable Clean Energy (ACE), mais compla-
cente com a poluição do que a antiga Clean Power Plan (CPP), de Barack Obama. Uma lei ainda mais poderosa está a favor da energia
verde: a lei do mercado. O avanço de geradores solares, geradores eólicos e baterias de grande porte está tornando os combustíveis
fósseis comparativamente caros. “Por volta de 2030, essas três tecnologias vão oferecer menor custo de geração do que usinas a gás ou
carvão em quase qualquer lugar no mundo”, diz Matthias Kimmel, analista-chefe do relatório 2019 da BloombergNEF (BNEF). A consul-
toria britânica Wood Mackenzie prevê que em 2035 vai ocorrer o ponto de virada, a partir do qual, pelas condições de mercado, fontes
limpas vão se tornar a escolha óbvia de qualquer tipo de projeto – em transporte, construção, indústria, comércio, o que for. O prazo é
longo demais diante da ameaça das mudanças climáticas, mas tornou-se próximo o bastante para afetar planos de negócios. No Brasil,
a nova matriz energética, mais flexível e ainda mais verde, abre oportunidades e conduz a uma outra mudança. Num país tão extenso
e ensolarado, com painéis solares cada vez mais baratos e eficientes, a geração de energia vai acontecer em todo lugar. O fenômeno
já era esperado, mas sua iminência o faz ganhar peso na estratégia das companhias do setor. “Empresas e até residências deixam de
depender das distribuidoras, passando a produzir sua própria eletricidade”, diz Miguel Setas, CEO da EDP no Brasil, que fatura com
distribuição. “Isso muda o papel do consumidor e também o das distribuidoras de energia.” […]
MOURA, Marcelo. Até 2030, fontes de energia limpa devem substituir as fósseis. Época Negócios, 12 jul. 2019. Disponível em: https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/
noticia/2019/07/ate-2030-fontes-de-energia-limpa-devem-substituir-fosseis.html. Acesso em: 22 nov. 2020.
. A partir da leitura do texto, explique quais são os fatores que justificam a previsão de que as fontes renováveis serão as mais
utilizadas a partir da década de 2030.
EX TRAS!
1
A topografia predominante no Planalto Central é a de uma região horizontal, chata, que me fez recordar muito do Planalto
Central da África do Sul: o mesmo horizonte circular, a mesma vegetação baixa e rala, que permite à vista varrer extensões infinitas.
WEIBEL, L. Capítulos de geografia tropical e do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 1979.
256
EXTRAS!
Reprodução/Enem, 2011.
Disponível em: http://www.ra-bugio.org.br. Acesso em: 28 jul. 2010.
A imagem retrata a araucária, árvore que faz parte de um importante bioma brasileiro que, no entanto, já foi bastante de-
gradado pela ocupação humana. Uma das formas de intervenção humana relacionada à degradação desse bioma foi
a) o avanço do extrativismo de minerais metálicos voltados para a exportação na região Sudeste.
b) a contínua ocupação agrícola intensiva de grãos na região Centro-Oeste do Brasil.
c) o processo de desmatamento motivado pela expansão da atividade canavieira no Nordeste brasileiro.
d) o avanço da indústria de papel e celulose a partir da exploração da madeira, extraída principalmente no Sul do Brasil.
e) o adensamento do processo de favelização sobre áreas da Serra do Mar na região Sudeste.
ANOTAÇÕES
257
19 GEOGRAFIA
M Ó D U L O
Fontes energéticas
COMPETÊNCIA
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICA
E HABILIDADES
. Objetivo 1: analisar a matriz energética mundial e o consumo de carvão mineral.
DA BNCC
COMPETÊNCIA 3
. Objetivo 2: analisar a produção e consumo de petróleo e gás natural no mundo. EM13CHS302
EM13CHS304
Neste módulo EM13CHS305
EM13CHS306
. Renováveis: renováveis na escala de tempo humana e, em geral, menos impactantes para o meio
ambiente:
• Eólica.
• Solar.
• Biomassa.
• Geotérmica.
• Maremotriz.
258
1.3 Matriz energética mundial
. Os combustíveis fósseis (petróleo, gás natural e carvão mineral) correspondem às principais fontes
energéticas utilizadas no mundo, e a tendência é que continuem importantes mesmo com o maior
uso de fontes renováveis.
2,0%
2,5%
4,9%
Petróleo
Carvão
9,3%
31,6%
Gás natutal
Fornecimento total Biocombustíveis e resíduos
de energia
mundial: 14 Mtep* Nuclear
22,8% Hidráulica A matriz energética mundial
representa o conjunto de fontes
Outros
energéticas utilizadas por diversas
26,9% atividades antrópicas, como os
transportes, comércios, indústrias e
residências.
* Mtep = milhões de tonelada equivalente de petróleo.
Fonte: INTERNATIONAL ENERGY AGENCY. Global share of total energy supply by
source, 2018. Disponível em: https://www.iea.org/data-and-statistics/charts/
global-share-of-total-energy-supply-by-source-2018. Acesso em: 12 nov. 2020.
1 000
térmicas britânicas (BTU)*
300
térmicas britânicas (BTU)*
Quatrilhão de unidades
100 carvão
50 nuclear
Fonte: EIA projects nearly 50% increase
in world energy usage by 2050, led by
0 growth in Asia.U.S. Energy Information
GEOGRAFIA
2010 2020 2030 2040 2050 Administration, 24 set. 2019. Disponível em:
https://www.eia.gov/todayinenergy/detail.
php?id=41433. Acesso em: 12 nov. 2020.
* Unidade de medida de energia.
259
1.4 Produção e consumo do carvão mineral no mundo
. Origem geológica do carvão mineral: soterramento de antigas coberturas florestais, principalmen-
te na Era Paleozoica.
. Diferentes tipos de carvão de acordo com a concentração de carbono.
. A China é a maior produtora e consumidora mundial.
. Altamente poluente.
Ambiente úmido,
Tipo de carvão Porcentagem
vegetação abundante mineral de carbono
Turfa 60%
Linhito 70%
Hulha 80%
50 m 50 m Turfa
Turfa Antracito 98%
10 m Linhito
5m Hulha 5m Antracito
A turfa e o linhito são
característicos de
ambientes mais rasos,
nos quais as condições
1 A matéria vegetal 2 O soterramento 3 O aumento do 4 A continuação do de temperatura e
soterrada em pouco profundo soterramento soterramento e a pressão são menores.
pântano, que transforma a turfa transforma o deformação estrutural, Diferentemente dos
é parcialmente em linhito. linhito em carvão mais calor, metamorfizam locais mais profundos
decomposta e macio (hulha). o carvão macio em carvão em que são
comprimida, duro (antracito).
encontrados a hulha e
forma a turfa.
o antracito.
Fonte: GROTZINGER, John; JORDAN, Tom. Para entender a Terra. Porto Alegre: Bookman, 2013. p. 665.
Fonte: COAL and lignite production. Global Energy Statistical Yearbook 2020. Disponível em: https://yearbook.enerdata.net/
coal-lignite/coal-production-data.html. Acesso em: 12 nov. 2020.
260
Mundo: maiores consumidores de carvão mineral – 2019
Meridiano de Greenwich
OCEANO Indonésia 136
Trópico de Capricórnio ÍNDICO Coreia do Sul 132
Turquia 121
Consumo (em Mt)
Abaixo de 20 Polônia 113
20 a 100 Austrália 101
100 a 500 OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO
Círculo Polar Antártico N 0 500 1 500 2 500 3 500
500 a 3 000
Acima de 3 000 Milh›es de toneladas
0 3 000
Sem dados
km
Fonte: COAL and lignite production. Global Energy Statistical Yearbook 2020. Disponível em: https://yearbook.enerdata.net/coal-lignite/coal-world-consumption-data.html.
Acesso em: 12 nov. 2020.
Observe que, em geral, os maiores produtores de carvão também são os maiores consumidores. No caso do Brasil, que possui reservas pouco expressivas, o consumo de carvão é pequeno.
Oceano
Pequenos
organismos
marinhos
Oceano
Sedimentos
300 a 400 milhões e rochas
de anos atrás Rocha
impermeável
Rocha
sedimentar
porosa
Sedimento
e rocha
Organismos transformados
em gás natural e óleo
50 a 100 milhões Rocha
impermeável
de anos atrás
Rocha
Óleo preso sedimentar
porosa
Gás natural
preso
Dias atuais
Sergei Vorsin/Shutterstock
. Principais setores produtivos que depen-
dem do petróleo:
• Transporte: automóveis, caminhões e
aviões.
• Agrícola: tratores e sistemas de irrigação
movidos a diesel.
• Indústrias: aquecimento de caldeiras e
uso de derivados para a produção de
plásticos, borrachas, tintas e diversos
outros materiais.
Refinaria de petróleo em
Tuapse (Rússia). Foto de 2020.
262
. Maiores reservas: destaque para a Venezuela, países do Oriente Médio, Canadá e Rússia.
. Maiores consumidores: destaque para Estados Unidos, China, Índia, Japão e países da Europa Ocidental.
Mundo: maiores consumidores de petróleo e gás natural liquefeito (mil barris/dia) – 2019
1º EUA 19 400
2º China 14 056
3º Índia 5 271
20% EUA
4º Japão 3 812
5º Arábia Saudita 3 788 China
6º Rússia 3 317
Consumo Índia
7º Coreia do Sul 2 760
mundiais total Japão
8º Canadá 2 403 48%
99,8 milh›es 14%
9º Brasil 2 398 Arábia Saudita
barris/dia
10º Alemanha 2 281 Rússia
MÓDULO 19 - FONTES ENERGÉTICAS
Os maiores consumidores de petróleo, como os Estados Unidos e a China, geralmente não são autossuficientes em energia e dependem da
importação para suprir as demandas internas.
263
2.2 Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep)
. Concentra aproximadamente 80% das reservas comprovadas de petróleo.
. Possui forte influência na produção, na distribuição e na determinação do preço do barril de petró-
leo no mercado mundial.
0,2%
0,6% 0,2%
1%
3% 0,1% Em bilhões de barris
Venezuela – 303,81
3,9%
Arábia Saudita – 258,6
Irã – 208,2
Fonte: OPEP. Annual Statistical Bulletin 2020. In: Oil data: upstream. Disponível em:
https://asb.opec.org/ASB_Charts.html?chapter=10. Acesso em: 4 out. 2020.
172
19
302
28
Trópico de Câncer
73 OCEANO
334
146 26
7
OCEANO PACÍFICO
Venezuela
666
PACÍFICO
46
Equador
0°
328
Trópico de Capricórnio 28
2
75
Meridiano de Greenwich
OCEANO
1
ÍNDICO
OCEANO
ATLÂNTICO
Angola
Petróleo exportado Argélia
OCEANO GLACIAL Congo
a partir da/do:
ANTÁRTICO Gabão
Círculo Polar Antártico
América Latina N
Guiné Equatorial
Oriente Médio Líbia
0 1950
África Nigéria
km
Fonte: OPEP. OPEC Members’ crude oil exports by destination, 2019. OPEC Annual Statistical Bulletin 2020. p. 60.
Os países da Opep exportam petróleo para diversas regiões e países do mundo, como os Estados Unidos, Europa Ocidental e Ásia.
264
2.3 Produ•‹o e consumo de gás natural no mundo
. Formação associada ao petróleo.
. Menos poluente do que outros combustíveis fósseis.
. Maiores reservas: Rússia e Irã.
Mundo: maiores reservas provadas de gás natural (em trilhões de m3) – 2019
1º Rússia 38
2º Irã 32 Rússia
3º Catar 24,7 Irã
4º Turcomenistão 19,5 Catar
5º EUA 12,9
Turcomenistão
6º China 8,4
7º Venezuela 6,3 19,8% 19,1% EUA
8º Arábia Saudita 6 China
0,2%
9º EAU 5,9
2,7% Venezuela
10º Nigéria 5,4 Reservas
3,0% mundiais totais Arábia Saudita
11º Argélia 4,3 16,1%
3,0% 198,8 trilhões m3
12º Iraque 3,5 EAU
13º Azerbaijão 2,8 3,2%
Nigéria
14º Casaquistão 2,7 4,2% 6,5% Brasil
15º Austrália 2,4 12,4%
9,8% Outros
32º Brasil 0,4
1º EUA 921
EUA
2º Rússia 679
3º Irã 244 Rússia
4º Catar 178 Irã
5º China 178
Canadá
6º Canadá 173
28% 23%
7º Austrália 153 Catar
8º Noruega 114 China
9º Árabia Saudita 114 Produção
Austrália
10º Argélia 86 mundial total
3 989 bilhões m3 Noruega
11º Malásia 79 1%
17% Arábia Saudita
12º Indonésia 68 2% 3%
13º Egito 65 3% Argélia
4%
14º Turcomenistão 63
4% 6% Brasil
15º Emirados Árabes Unidos 63 4% 4%
Outros
31º Brasil 26
265
. Maiores consumidores: Estados Unidos e Rússia.
. Países da Europa Ocidental são dependentes do gás natural da Rússia e por isso buscam alterna-
tivas para reduzir essa dependência, como a importação de gás natural de países do Oriente Médio.
m
Gasoduto em construção Ya
reen
ou em planejamento
Mer
am
50 Stre
No
°N Teesside
rd
Mar do
No
Norte
Shannon
Mar
Báltico Klaipeda
Wilhelmshaven
Dragon
Świnoujście
South Hook Roterdã Yamal-Europa
Isle of Grain Zeebrugge
Dunquerque
OCEANO
ATLÂNTICO
Montoir d
erhoo
Broth
Mugardos
Porto
Bilbao Levante Odessa
Panigaglia Koper
Mar Negro
am
Fos Adria h Stre
Toscana Turkis
Sines Barcelona
Sagunto Marmara-Iriglesi
Huelva
Cartagena
Izmir
N
Mar Mediterrâneo
Revithoussa
0 290
Porto
km Empedocle
Fonte: WETTENGEL, Julian. Gas pipeline Nord Stream 2 links Germany to Russia, but splits Europe. Clean Energy Wire, 7 set. 2020.
Disponível em: https://www.cleanenergywire.org/factsheets/gas-pipeline-nord-stream-2-links-germany-russia-splits-europe.
Acesso em: 16 nov. 2020.
266
. Recentemente, China e Rússia construíram um novo gasoduto, denominado Força da Sibéria, e está
prevista a construção do gasoduto Força da Sibéria 2.
Urengoy
RÚSSIA
Chayandinskoye
Tomsk Fo
rça Mar de
For
Tyumen da ça Okhotsk
Omsk Si da
Novosibirsk bé Sibé
ria ria
2 Kovyktinskoye Okha
Novokuznetsk Irkutsk Komsomolsk-Amur Sakhalin II
Barnaul
Lago Baikal
CASAQUISTÃO Gorno-Altaisk Blagoveshchensk Amur GPP Sakhalin III
50° N
Para Khabarovsk
China
Birobidzhan
MONGÓLIA Yuzhno-Sakhalinsk
O mapa mostra o gasoduto
Gasodutos em operação N CHINA Força da Sibéria, concluído
JAPÃO
Prospecção de gasodutos OCEANO em 2019, e a previsão do
0 695 Vladivostok
Centros de produção de gás PACÍFICO Força da Sibéria 2,
km
anunciado em 2020.
Fonte: PALLARDY, Diane. GIF Inside Story: Power of Siberia 2’s new route makes Russian gas supplies to China more feasible.
Independent Commodity Intelligence Services, 30 abr. 2020. Disponível em: https://www.icis.com/explore/resources/
news/2020/04/30/10503185/gif-inside-story-power-of-siberia-2-s-new-route-makes-russian-gas-supplies-to-china-
more-feasible. Acesso em: 16 nov. 2020.
1 (Fuvest-SP) O gráfico abaixo exibe a distribuição percen- no setor aeroviário e, também, à sua substituição pela
tual do consumo de energia mundial por tipo de fonte. energia das marés.
b) O aumento relativo do consumo de carvão mineral, a
Reprodução/Fuvest, 2014.
1970, é devida à acentuada diminuição de sua utilização forme estabelecido no Protocolo de Cartagena.
267
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
2 (Mackenzie-SP)
“O carvão mineral é uma rocha sedimentar combustível, formada a partir do soterramento, compactação e elevação de tempera-
tura em depósitos orgânicos de vegetais (celulose)”.
Fonte: <https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/carvao-mineral-a-fonteenergetica-mais-utilizada-depois-do-petroleo.htm>. Acesso em 06 abr. 2019.
Com base nas informações acima e em seus conhecimentos a respeito do carvão mineral, julgue as afirmações que seguem.
I. A principal diferença entre os tipos existentes na natureza está na porcentagem de carbono.
II. É resultado de um processo de milhões de anos que teve início no Paleozoico, quando formações florestais foram soterradas.
III. Apesar de ser extremamente poluente, é um combustível muito eficiente, pois tem alto poder calorífico e, ao queimar,
libera grande quantidade de energia.
IV. No Brasil, as principais bacias carboníferas estão localizadas na região Sul.
3 (Unesp-SP)
Grandes movimentos comerciais de petróleo (milhões de toneladas), 2015
Reprodução/Unesp, 2017.
www.bp.com. Adaptado.
4 (Fuvest-SP) Contemporaneamente, pode-se definir a sociedade mundial como a do petróleo, devido à participação desta
matéria-prima em inúmeros produtos e atividades humanas. A utilização deste recurso natural data de muitos séculos, mas
sua exploração e beneficiamento se expandiram somente a partir do século XX.
268
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
• Leia o item 2 da seção Neste • Faça as questões 10 e 11. • Faça a questão 12.
2 módulo. • Leia o item 2.
• Faça as questões 7 a 9.
PREPARE-SE
Na próxima aula, vamos estudar a matriz energética brasileira, com destaque para a produção e o consumo de petróleo no país.
Sobre o assunto, leia o texto abaixo.
tos não são os mesmos” [diz Paulo Couto, professor da Escola Politécnica da UFRJ].
GRAGNANI, Juliana. Se o Brasil é autossuficiente em petróleo, por que ainda importa o recurso? BBC News Brasil, 6 nov. 2019.
Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-50316414. Acesso em: 22 nov. 2020.
. A partir da leitura do texto, explique o que significa um país ser autossuficiente em energia, como o petróleo, e qual a impor-
GEOGRAFIA
tância disso para sua economia. Em sua resposta, explique também por que o Brasil ainda continua importando petróleo,
mesmo sendo um país teoricamente autossuficiente em relação a esse tipo de energia.
269
EX TRAS!
Reprodução/Enem, 2015.
BRASIL. Atlas da energia elŽtrica do Brasil. Brasília: Agência Nacional de Energia Elétrica, 2008 (adaptado).
Reprodução/Enem, 2017.
270
20 GEOGRAFIA
M Ó D U L O
Combustíveis fósseis
no Brasil
COMPETÊNCIAS
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICAS
E HABILIDADES
. Objetivo 1: analisar o histórico e a produção do petróleo no Brasil.
DA BNCC
COMPETÊNCIA 1
. Objetivo 2: analisar a produção de gás natural e de carvão mineral no Brasil. EM13CHS106
COMPETÊNCIA 3
Neste módulo EM13CHS304
EM13CHS305
Fonte dos gr‡ficos: EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA (EPE). Balan•o EnergŽtico Nacional 2020 – ano
base 2019. Relatório Final. p. 24. Disponível em: https://www.epe.gov.br/pt/publicacoes-dados-abertos/
publicacoes/balanco-energetico-nacional-2020. Acesso em: 16 nov. 2020.
271
1.1 A história do petróleo no Brasil
. Em 1939, a primeira reserva de petróleo no Brasil foi descoberta no município de Lobato (BA).
. Na década de 1940, foi organizada a campanha “O petróleo é nosso”, a favor do monopólio estatal
do petróleo.
. Em 1953, foi criada a Petrobras, que deteve o monopólio das pesquisas, lavra, transporte do petró-
leo bruto e refino até 1997.
. Nas décadas de 1960 e 1970, a Petrobras recebeu investimentos governamentais que permitiram o
pioneirismo nas pesquisas e produção de petróleo no oceano.
. Em 1997, encerrou-se o monopólio da Petrobras e foi criada a Agência Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis (ANP), para regulamentar as empresas do setor.
Distribuição da produção de petróleo por bacia Distribuição da produção de petróleo por estado
1% 1% 1%
1% 1% 1% 1%
Fonte: ANP. Boletim da Produção de Petróleo e Gás Natural – Agosto 2020. p. 9. Disponível em:
http://www.anp.gov.br/publicacoes/boletins-anp/2395-boletim-mensal-da-producao-de-petroleo-e-gas-natural. Acesso em: 16 nov. 2020.
renatopmeireles/Shutterstock
272
. A camada prŽ-sal:
• Petróleo e gás natural em áreas ultraprofundas.
• Em 2020, o pré-sal foi responsável por aproximadamente 70% do petróleo extraído no Brasil.
cerca de 2 km
RJ Camada em área
Leito do ultraprofunda, que
oceano fica entre 7 000 e
8 000 metros
Rio de Janeiro
abaixo do leito do
SP
mar, depois de uma
Blocos do pré-sal camada de sal.
BRASIL Camada
pós-sal
ES
SP RJ
de 7 km a 8 km
PR
BM-S-42 SC
BM-S-17 GÁS
Caramba BM-S-22
Fonte: FOLHA Online. Entenda o que é a camada pré-sal, 31 ago. 2009. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: jun. 2018.
4 500
3 973 4 041
3 950 3 898 3 927
4 000 3 828 3 792 3 783 3 821
3 738 3 739 3 738
3 485
3 500
3 000
Em Mboe/d*
2 739 2 776
2 655 2 682 2 598 2 671
2 588 2 498 2 494
2 427 2 394 2 363
2 500 2 289
2 000
19
19
19
19
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
profundas) e a produção
/2
/2
/2
8/
9/
1/
2/
3/
4/
5/
6/
7/
8/
10
11
12
0
pré-sal correspondem a
0
0
0
0
0
aproximadamente 97% de
Produção terra Produção pós-sal mar Produção pré-sal Produção Brasil todo o petróleo explorado
no Brasil em 2020.
* Mboe/d 5 mil barris de óleo equivalente por dia.
GEOGRAFIA
Fonte: ANP. Boletim da Produção de Petróleo e Gás Natural – Agosto 2020. p. 8. Disponível em: http://www.
anp.gov.br/publicacoes/boletins-anp/2395-boletim-mensal-da-producao-de-petroleo-e-gas-natural.
Acesso em: 16 nov. 2020.
273
1.3 O refino do petróleo no Brasil
. Maior concentração na região Sudeste, onde a demanda por derivados é maior.
OCEANO
RR ATLÂNTICO
AP
Equador 0º
DF
MG
GO
REGAP
(Betim, MG)
RLAM – Refinaria Landulpho Alves ES
OCEANO MS REPLAN
RPBC – Refinaria Presidente Bernardes
PACÍFICO REVAP (São José dos Campos, SP)
(Paulínia, SP)
REDUC – Refinaria Duque de Caxias
SP REDUC (Campos Elíseos, RJ)
REGAP – Refinaria Gabriel Passos RJ
REFAP – Refinaria Alberto Pasqualini PR Trópico
RECAP (Mauá, SP) de Cap
ricórn
REPLAN – Refinaria de Paulínia REPAR io
RPBC (Cubatão, SP)
REMAN – Refinaria Isaac Sabbá (Araucária, PR)
RECAP – Refinaria de Capuava SC
REPAR – Refinaria Presidente Getúlio Vargas
REVAP – Refinaria Henrique Lage RS REFAP (Canoas, RS)
LUBNOR – Refinaria Lubrificantes e N Fonte: ANP. Infraestrutura de
Derivados do Nordeste
produção. Disponível em: www.anp.
RPCC – Refinaria Potiguar Clara Camarão 0 385 gov.br/brasil-rounds/round2/pdocs/
RNEST – Refinaria Abreu e Lima pinfra/Pproducao.htm. Acesso em: 16
km
nov. 2020.
4%
5% Rio de Janeiro
São Paulo
10%
Amazonas
Espírito Santo
13% Bahia
Fonte: ANP. Boletim da Produção de
65% Maranhão Petróleo e Gás Natural – Agosto 2020.
p. 10. Disponível em: http://www.anp.
Outros
gov.br/publicacoes/boletins-anp/
2395-boletim-mensal-da-producao-
de-petroleo-e-gas-natural.
Acesso em: 16 nov. 2020.
274
. O Brasil não é autossuficiente em gás natural, e sua importação tem como destaque o Gasoduto
Bolívia-Brasil.
Gasoduto Bolívia-Brasil
50° O
DF
MT
Rio Grande
GO
Porto Soares
MS Três MG
Lagoas
BOLÍVIA
SP
Paulínia
PARAGUAI RJ
Trópico de Capricórnio Campinas
PR Guararema
Curitiba
Joinville
ARGENTINA SC Itajaí
Florianópolis
RS
Criciúma
Área produtora Porto Alegre OCEANO
de gás natural ATLÂNTICO Fonte: Transportadora brasileira
N Gasoduto Bolívia-Brasil S.A. O
Centros
consumidores URUGUAI gasoduto. Disponível em: www.
0 305 tbg.com.br/pt_br/o-gasoduto/
Gasodutos tracado.htm. Acesso em:
km
16 nov. 2020.
Ponta SP
PR Grossa
PARAGUAI Curitiba
Mafra
Lages Florianópolis
Lauro Müller
ARGENTINA Siderópolis
275
DESEN V OLV ENDO H A BIL ID A DE S
1 (Unicamp-SP) O petróleo continua sendo a fonte de energia mais importante do mundo. A posse de reservas, o transporte
e a capacidade de refino figuram como elementos de soberania nacional e estratégicos em um mundo extremamente com-
petitivo. Em relação ao petróleo no Brasil, é correto afirmar:
a) As descobertas das reservas nacionais ocorreram a partir dos anos 1980 e a Bacia de Campos (RJ) é hoje a principal
produtora do país.
b) A extração nacional é cada dia maior, mas a inexistência de oleodutos exige que o transporte seja realizado por meio
rodoviário.
c) A maior produção em terra provém do Estado do Rio Grande do Norte e, em mar, do pré-sal situado entre os Estados de
São Paulo e Rio de Janeiro.
d) Apesar de possuir grandes reservas, especialmente com as descobertas do pré-sal, não há refino no país, por isso os
derivados são importados.
2 (UEL-PR) Em novembro de 2007, foi anunciada a existência de extensos campos de petróleo na camada pré-sal brasileira,
como o de Tupi. Atualmente, estima-se que, em toda a sua extensão, a camada pré-sal abrigue um total de 100 bilhões de
barris de petróleo em reservas, o que coloca o país no grupo dos maiores produtores mundiais.
Sobre o pré-sal, assinale a alternativa correta.
a) A produção petrolífera no Brasil é insuficiente para o consumo interno e, mesmo com a descoberta do pré-sal, o país
depende da importação de petróleo pesado.
b) O petróleo encontrado no pré-sal localiza-se em bacias sedimentares, sendo as três principais a do Espírito Santo (ES),
a de Campos (RJ) e a de Santos (SP).
c) As formações do pré-sal no Brasil datam do período Quaternário da Era Mesozoica, mesmo período em que surgem os
peixes e a vegetação nos continentes.
d) A extração de petróleo do pré-sal tem se mostrado ineficiente, sendo pequeno o volume extraído, em função das limita-
ções técnicas e do elevado custo de exploração.
e) A profundidade em que se encontram as reservas do pré-sal impossibilita o risco de vazamentos e desastres ambientais,
evitando prejuízos à biodiversidade.
276
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
Orientação de estudo
Objetivos de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
#cultura_digital
277
EX TRAS!
1
A instalação de uma refinaria obedece a diversos fatores técnicos. Um dos mais importantes é a localização, que deve ser
próxima tanto dos centros de consumo como das áreas de produção. A Petrobras possui refinarias estrategicamente distribuí-
das pelo país. Elas são responsáveis pelo processamento de milhões de barris de petróleo por dia, suprindo o mercado com
derivados que podem ser obtidos a partir de petróleo nacional ou importado.
MURTA, A. L. S. Energia: o vício da civilização; crise energética e alternativas sustentáveis. Rio de Janeiro: Garamond, 2011.
A territorialização de uma unidade produtiva depende de diversos fatores locacionais. A partir da leitura do texto, o fator
determinante para a instalação das refinarias de petróleo é a proximidade a
a) sedes de empresas petroquímicas. d) áreas de aglomerações de mão de obra.
b) zonas de importação de derivados. e) espaços com infraestrutura de circulação.
c) polos de desenvolvimento tecnológico.
2
O Decreto Federal n. 7.390/2010, que regulamenta a Lei da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) no Brasil,
projeta que as emissões nacionais de gases de efeito estufa (GEE) em 2020 serão de 3,236 milhões. Esse mesmo decreto define
o compromisso nacional voluntário do Brasil em reduzir as emissões de GEE projetadas para 2020 entre 38,6% e 38,9%.
BRASIL. Decreto n. 7.390, de 9 de dezembro de 2010. Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 2 jun. 2014 (adaptado).
ANOTAÇÕES
278
21 GEOGRAFIA
M Ó D U L O
COMPETÊNCIAS
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICAS
E HABILIDADES
. Objetivo 1: analisar a matriz elétrica do Brasil.
DA BNCC
COMPETÊNCIA 1
. Objetivo 2: identificar e analisar o aproveitamento hidrelétrico das principais bacias hidrográficas do EM13CHS106
Brasil. COMPETÊNCIA 3
EM13CHS302
Neste módulo EM13CHS304
EM13CHS305
2018 2019
Hidráulica Hidráulica
2,5% 2,5%
Biomassa Biomassa
0,5% Eólica 1,0% Eólica
8,6% 9,3%
Solar Solar
MÓDULO 21 - ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL
7,6% Gás natural 8,6% Gás natural
8,5% 66,6% Derivados de petróleo 8,4% 64,9% Derivados de petróleo
Nuclear Nuclear
Carvão e derivados Carvão e derivados
GEOGRAFIA
Fonte: EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA (EPE). Balanço Energético Nacional 2020 – Relatório Síntese. p. 35. Disponível em:
https://www.epe.gov.br/pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/balanco-energetico-nacional-2020. Acesso em: 17 nov. 2020.
279
. Fontes energéticas renováveis são responsáveis por mais de 80% da geração de eletricidade no Brasil.
Não renováveis
Mundo (2017) 22%
Equador Macapá
0°
Belém
São Luís
Manaus Fortaleza
Teresina Natal
João
Porto Pessoa
Rio Velho
Recife
Branco Palmas
Maceió
Aracaju
PERU
Salvador
Goiânia
Brasília
BOLÍVIA Cuiabá OCEANO
ATLÂNTICO
Belo
OCEANO Campo Horizonte
PACÍFICO Grande
Vitória
Existente
CHILE Futuro Fonte: ORGANIZADOR
138 kV
PARAGUAI NACIONAL DO SISTEMA
230 kV Rio de Janeiro ELÉTRICO. Disponível em:
São Paulo Trópico
345 kV de Capri http://www.ons.org.br/
Itaipu córnio
440 kV paginas/sobre-o-sin/mapas.
ARGENTINA Curitiba Acesso em: 17 nov. 2020.
500 kV
750 kV Florianópolis * As conversoras são
Garabi: 2000 MW
± 600 kV cc subestações responsáveis
Uruguaiana: pela interligação elétrica
± 800 kV cc
50 MW N entre países fronteiriços.
Fornecimento de energia Rivera: 70 MW Porto Alegre No Brasil há conversoras
estrangeiro para o Brasil Melo: 500 MW 0 340 que realizam interligações
Conversora* km elétricas com a Argentina e
URUGUAI
o Uruguai.
280
1.3 A gera•‹o termelŽtrica e termonuclear no Brasil
. As termelétricas geram aproximadamente 26% da energia elétrica no Brasil.
2018 2019
26,7% 26,5%
2010 2019
Fonte: EPE. Balanço Energético Nacional 2020 – Relatório Síntese. p. 39. Disponível em: https://www.
epe.gov.br/pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/balanco-energetico-nacional-2020.
Acesso em: 17 nov. 2020.
. As usinas de Angra I e II são responsáveis por gerar 2,5% do total de eletricidade no Brasil. Quando
analisamos apenas a geração térmica, as usinas nucleares produzem 9,7%.
Usinas de Angra I (esquerda) e II (direita). Ao fundo, local onde está em implantação a Angra III.
281
1.4 Energia e—lica no Brasil
. Maior potencial na região Nordeste.
Brasil: capacidade instalada e número de parques por estado – 2018
. Recente expansão de geração no Brasil 50° O
devido à construção de novos parques
eólicos.
Equador
0°
edubudas/Shutterstock
PR 2,5 1 0 445
Total 16 040 637 km
Trecho do Complexo Eólico de Osório (RS). Foto de 2019.
24 228
23 100
21 158
18 909
17 323
15 481
14 736
12 795
10 768
Nova
Acumulada 8 727
5 973
3 894
2 518
1 524
601 928
22 230 241 341
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024
Fonte: NORDESTE gera 85% da energia eólica do Brasil. Letras Ambientais, 11 ago. 2018. Disponível em: https://letrasambientais.org.br/
posts/nordeste-gera-85-da-energia-eolica-do-brasil. Acesso em: 17 nov. 2020.
A expansão de energia eólica no Brasil foi expressiva nas últimas décadas, e as previsões da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é que o crescimento deve se manter
nos próximos anos.
282
2 Hidreletricidade no Brasil
2.1 O potencial hidrelétrico
Maior potencial hidrelétrico Bacia Amazônica
Equador
0°
23% 24%
35%
28%
7%
48%
42% 49%
44%
7%
48% OCEANO
45% ATLÂNTICO
10%
8% 38%
52%
OCEANO 22%
PACÍFICO Bacia Amazônica
70%
Bacia Tocantins-Araguaia
icórnio Bacias do Parnaíba e do
de Capr
Trópico Atlântico Nordeste MîDULO 21 - ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL
Ocidental e Oriental
4% Bacia do São Francisco
Bacias do Atlântico Leste Fontes: FERREIRA, Graça M. L.
e Sudeste
41% 55% Atlas geográfico: espaço mundial.
20% Bacias do Paraná e do
37% N São Paulo: Moderna, 2013. p.127;
Operação Paraguai
43% ELETROBRAS. Potencial Hidrelétrico
Potencial estimado* Bacia do Uruguai
0 415 Brasileiro (Sipot), 2017. Disponível em:
Potencial inventariado** Bacia do Atlântico Sul http://eletrobras.com. Acesso em:
km
17 nov. 2020.
GEOGRAFIA
* Resultado da estimativa realizada a partir de dados já disponíveis, sem considerar o local adequado para a
instalação da usina.
** Composto por inventário, viabilidade e projeto básico, e considera o potencial real de implantação de usinas,
incluindo locais adequados para as obras.
283
2.2 Bacia do Paraná
. Abrange a região mais urbanizada e industrializada no Brasil, onde a demanda energética é elevada.
MT
DF
á
u ia b
oC
Ri
GO
aíba MG
BOLÍVIA ran
Pa
Itumbiara
o
Ri
São Simão
Ri o
G rande
Ilha Solteira
uai
Rio
MS
Rio Parag
Jupiá Três Ti
e Furnas
Irmãos
tê
Porto
Primavera SP
á
an
Rio Pa RJ
ar
ranap
Trópico de Capricórnio anem
oP
a Barra
Ri
Bonita
PARAGUAI
PR
Rio Iguaçu
Itaipu
SC OCEANO
ARGENTINA
ATLÂNTICO
ai
gu
RS
ru
U
o
Ri
Bacia do Paraguai
N Bacia do Paraná
Bacia do Uruguai
0 160 URUGUAI
Usina hidroelétrica
km
Fontes: Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2016. p. 142; BERMANN, Célio; GALVÃO, Jucilene. Crise hídrica e energia:
conflitos no uso múltiplo das águas. Estudos Avançados, São Paulo, v. 29, n. 84, maio-ago. 2015. Disponível em: www.scielo.br.
Acesso em: 17 nov. 2020.
284
2.3 Bacia do São Francisco
. Gera eletricidade principalmente para a região Nordeste.
Bacia do São Francisco: principais
. Há nove usinas hidrelétricas no rio São Francisco: usinas hidrelétricas – 2018
• Três Marias 40º O
• Sobradinho
• Luiz Gonzaga (antiga Itaparica) PA
• Xingó
MA
• Complexo Paulo Afonso: CE
RN
– Paulo Afonso I, II, III e IV
PI
– Apolônio Sales PB
Luiz Gonzaga
(Itaparica) PE
Sobradinho Complexo Paulo Afonso
AL
TO Xingó 10º S
SE
isco
BA
Franc
OCEANO
São
ATLÂNTICO
Rio
DF
GO
Rio
das
Três Marias N
MG
Vel
A bacia do São Francisco se localiza inteiramente
has
0 230
no território brasileiro, tem uma área total de km
639 219 km2 e abrange os estados de Minas ES
Gerais, Bahia, Pernambuco, Goiás, Alagoas, Usina hidrelétrica
Sergipe e o Distrito Federal.
Fonte: Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2016. p. 142.
.
ran
RR AP
Apenas 23% do potencial está instalado.
Rio B
Rio
Equador
0º
Nh
Rio
Negro m
a
Rio Japurá un
dá
Rio Içá Balbina
as
Ri zon
oS
o li m õ e s A ma PA Belo Monte
ri Ri o
va AM ós
á
Ja
j
ru
pa
Rio
Ju
ira
Ta
e
Rio
o
ad
o
Ri
Ri
Ri i n g u
M
Irir
oX
us
Rio
Pur
i
Rio
Santo Antônio
AC
re
Ri Guajará-Mirim
o
RO MT
Ri
o
Guap
oré
N
A bacia Amazônica é a maior DF
Usinas em operação
do mundo e possui o maior rio do 0 270 GO
Usina prevista
GEOGRAFIA
285
2.4.1 Usina hidrelétrica de Balbina
. Construída no rio Uatumã.
. Baixo potencial hidroelétrico e elevados impactos ambientais.
1 Vertedouros
Servem para regular a vazão. Santo Antônio é uma
usina de fio de água, ou seja, toda água que chega sai.
3 1
2
km
2,1
rio
do
o
zã
Va
3 A turbina
1 movimenta o
2 gerador, produzindo
energia.
8,15 m 2 3
Fonte: CARVALHO, Pedro. Brasil inaugura nova era de geração hidrelétrica na Amazônia. iG, 21 dez. 2011.
Disponível em: http://economia.ig.com.br. Acesso em: jun. 2018.
286
2.4.3 Usina hidrelétrica de Usina de Belo Monte
Belo Monte 51° 57’ O
Usina de Belo Monte
Ro
Obras iniciadas em 2011 e inau- Altamira Diques
d
.T
ra
gurada em 2019.
ns
Reservatório
a
.
m
az
Terceira maior hidrelétrica do
ôn
ic
a
mundo, mas a geração de ener-
gia depende da vazão por utili- 3° 21’ S
zar tecnologia de fio d’água.
u
ng
Barragem
Xi
de Pimentel
o
Terra Indígena
Ri
Paquiçamba
Projeto N
Belo Sun Terra Indígena
Arara da
Volta Grande 0 10
km
A barragem principal desvia a água do Barragem Trecho com vazão reduzida Atual leito do rio Intervenções
rio Xingu por canais artificiais até Cidade Rodovia Transamazônica Futuro leito do rio do projeto
atingir a casa de força principal.
Fonte: TUDO sobre Belo Monte. Folha de S.Paulo, 2013. Disponível em:
<http://arte.folha.uol.com.br/>. Acesso em: jun. 2018.
Tucuruí
MA
PA Estreito
tins
PI
Tocan
ia
ua
ag
TO Lajeado
Ar
Rio
Peixe
Rio
Angical
São
MT Salvador
BA
Serra da MîDULO 21 - ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL
Mesa
N
GO
DF
A bacia do Tocantins-Araguaia abrange parte 0 210
287
DESEN V OLV ENDO H A BIL ID A DE S
1 (FMP-RS) Observe a imagem de regiões brasileiras com 3 (Unesp-SP) A construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu
elevado potencial energético. durante os anos 1970 e 1980
a) contribuiu para a queda do regime cívico-militar brasi-
Reprodução/FMP, 2020.
288
Orientação de estudo
Objetivos de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
• Leia o item 2 da seção Neste • Faça as questões 10 e 11. • Faça a questão 12.
2 módulo. • Leia o item 2.
• Faça as questões 7 a 9.
EX TRAS!
1
Energia de Noronha virá da força das águas
A energia de Fernando de Noronha virá do mar, do ar, do sol e até do lixo produzido por seus moradores e visitantes. É o
que promete o projeto de substituição da matriz energética da ilha, que prevê a troca dos geradores atuais, que consomem
310 mil litros de diesel por mês.
GUIBU, F. Folha de S.Paulo, 19 ago. 2012 (adaptado).
No texto, está apresentada a nova matriz energética do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha. A escolha por
essa nova matriz prioriza o(a)
a) expansão da oferta de energia, para aumento da atividade turística.
b) uso de fontes limpas, para manutenção das condições ecológicas da região.
c) barateamento dos custos energéticos, para estímulo da ocupação permanente.
d) desenvolvimento de unidades complementares, para solução da carência energética local.
e) diminuição dos gastos operacionais de transporte, para superação da distância do continente.
Reprodução/Enem, 2017
Fonte: Aneel, Furnas, Eletronorte, Itaipu Binacional, Chesf, Norte Energia, Energia Sustentável e Santo Antonio Energia. Tudo sobre a batalha de Belo Monte.
Disponível em: http://arte.folha.uol.com.br. Acesso em: 10 jan. 2014.
289
EXTRAS!
Comparando os dados das hidrelétricas, uma característica territorial positiva de Belo Monte é o(a)
a) reduzido espaço relativo inundado.
b) acentuado desnível do relevo local.
c) elevado índice de urbanização nacional.
d) presença dos grandes parques industriais.
e) proximidade de fronteiras internacionais estratégicas.
GABARITO - EXTRAS!
diversas atividades antrópicas, como a agricultura, a do Brasil é o Cerrado, enquanto no Planalto Central da
África do Sul é a Savana.
pecuária, a indústria e também o consumo humano.
2 d 2 d
A bacia hidrográfica é uma área drenada por um con- O desmatamento da Mata de Araucária se deve, princi-
junto de rios ligados a um rio principal e pode ser anali- palmente, ao avanço da agropecuária, à exploração de
sada como uma unidade territorial, o que favorece sua madeira para a produção de móveis, papel e celulose, e
gestão e preservação. à construção de cidades e rodovias.
e várzeas de rios.
Módulo 20 – Combustíveis fósseis no Brasil
3 e
A vegetação de floresta natural, em geral, oferece maior 1 e
dificuldade para o escoamento superficial da água, e A indústria de base ou pesada, como as petroquímicas,
assim favorece a infiltração de água no solo. Como o tem como um dos principais fatores locacionais a infra-
volume que escoa diretamente para os rios é menor, a estrutura de transporte. As refinarias dependem da
290
chegada de matéria-prima, o petróleo, para que pos- manutenção de suas condições ecológicas, como em
sam produzir os derivados que vão abastecer o merca- Fernando de Noronha.
do consumidor.
2 a
2 d
A imagem demonstra que a usina de Belo Monte apre-
A queima de combustíveis fósseis, como petróleo, gás senta o segundo maior potencial de geração de energia
natural e carvão mineral, emite gases de efeito estufa entre as maiores hidrelétricas do país, enquanto a área
para a atmosfera, como o CO2. O maior investimento e inundada é relativamente pequena, com 500 km2 de
uso de energias renováveis e sustentáveis, como a eóli- extensão. Com isso, uma característica positiva da usina
ca e a solar, podem contribuir para a redução desses é o reduzido espaço inundado em relação ao seu poten-
gases e o cumprimento da meta estabelecida pela Lei
cial energético.
da Política Nacional sobre Mudança do Clima.
Vale destacar que a diferença de potencial de geração
ANOTAÇÕES
GABARITO - EXTRAS!
GEOGRAFIA
291
Ciências da Natureza e
suas Tecnologias
James Cawley/500px Prime/
Getty Images
BIOLOGIA A
Módulo 19 Angiospermas: diversidade biológica.................................. 295
Módulo 20 Órgãos vegetais, crescimento e nutrição inorgânica..... 304
Módulo 21 Trocas gasosas e transporte de seivas ................................. 316
Módulo 22 Hormônios vegetais .................................................................... 332
Módulo 23 Fitogeografia do Brasil .............................................................. 345
BIOLOGIA B
Módulo 10 Bioenergética: fermentação ..................................................... 361
Módulo 11 Bioenergética: respiração celular .......................................... 367
Módulo 12 Bioenergética: fotossíntese e quimiossíntese ................... 374
FÍSICA A
Módulo 13 Pressão em diferentes pontos de um fluido ...................... 389
Módulo 14 Equilíbrio de corpos imersos em um fluido ....................... 402
Módulo 15 Movimento de um corpo antes, durante e
depois de uma interação ......................................................... 408
Módulo 16 Conservação da quantidade de movimento ...................... 413
FÍSICA B
Módulo 11 Potência ........................................................................................... 424
Módulo 12 Movimentos verticais de corpos próximos
à superfície da Terra.................................................................... 429
Módulo 13 Lançamentos horizontais e oblíquos de
corpos próximos à superfície da Terra ................................ 436
QUÍMICA A
Módulo 17 Concentração de soluções: ppm e ppb ............................. 450
Módulo 18 Concentração de soluções: mol/L......................................... 454
Módulo 19 Relações entre unidades de concentração ........................ 458
Módulo 20 Manipulando soluções: diluição............................................... 461
Módulo 21 Manipulando soluções: mistura de soluções ..................... 465
Módulo 22 Manipulando soluções: titulação............................................ 472
Módulo 23 Pressão de vapor ......................................................................... 476
QUÍMICA B
Módulo 11 Sais .................................................................................................... 484
Módulo 12 Óxidos .............................................................................................. 489
Módulo 13 Algumas reações inorgânicas ................................................. 495
(EM13CNT206) Discutir a importância da preservação e conservação da biodiver-
A área de Ciências da Natureza sidade, considerando parâmetros qualitativos e quantitativos, e avaliar os efeitos
e suas Tecnologias da ação humana e das políticas ambientais para a garantia da sustentabilidade do
planeta.
(EM13CNT207) Identificar, analisar e discutir vulnerabilidades vinculadas às vivên-
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 1 cias e aos desafios contemporâneos aos quais as juventudes estão expostas, con-
Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas siderando os aspectos físico, psicoemocional e social, a fim de desenvolver e divul-
interações e relações entre matéria e energia, para propor ações indi- gar ações de prevenção e de promoção da saúde e do bem-estar.
viduais e coletivas que aperfeiçoem processos produtivos, minimizem (EM13CNT208) Aplicar os princípios da evolução biológica para analisar a história
impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âm- humana, considerando sua origem, diversificação, dispersão pelo planeta e diferen-
bito local, regional e global. tes formas de interação com a natureza, valorizando e respeitando a diversidade
étnica e cultural humana.
Habilidades
(EM13CNT209) Analisar a evolução estelar associando-a aos modelos de origem
(EM13CNT101) Analisar e representar, com ou sem o uso de dispositivos e de apli-
e distribuição dos elementos químicos no Universo, compreendendo suas relações
cativos digitais específicos, as transformações e conservações em sistemas que
com as condições necessárias ao surgimento de sistemas solares e planetários, suas
envolvam quantidade de matéria, de energia e de movimento para realizar previsões
sobre seus comportamentos em situações cotidianas e em processos produtivos estruturas e composições e as possibilidades de existência de vida, utilizando re-
que priorizem o desenvolvimento sustentável, o uso consciente dos recursos na- presentações e simulações, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais
turais e a preservação da vida em todas as suas formas. (como softwares de simulação e de realidade virtual, entre outros).
(EM13CNT102) Realizar previsões, avaliar intervenções e/ou construir protótipos
de sistemas térmicos que visem à sustentabilidade, considerando sua composição COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 3
e os efeitos das variáveis termodinâmicas sobre seu funcionamento, considerando
Investigar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento
também o uso de tecnologias digitais que auxiliem no cálculo de estimativas e no
apoio à construção dos protótipos. científico e tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando pro-
(EM13CNT103) Utilizar o conhecimento sobre as radiações e suas origens para cedimentos e linguagens próprios das Ciências da Natureza, para pro-
avaliar as potencialidades e os riscos de sua aplicação em equipamentos de uso por soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais,
cotidiano, na saúde, no ambiente, na indústria, na agricultura e na geração de e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em
energia elétrica.
diversos contextos e por meio de diferentes mídias e tecnologias digi-
(EM13CNT104) Avaliar os benefícios e os riscos à saúde e ao ambiente, conside-
tais de informação e comunicação (TDIC).
rando a composição, a toxicidade e a reatividade de diferentes materiais e produ-
tos, como também o nível de exposição a eles, posicionando-se criticamente e
Habilidades
propondo soluções individuais e/ou coletivas para seus usos e descartes respon-
sáveis. (EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas,
(EM13CNT105) Analisar os ciclos biogeoquímicos e interpretar os efeitos de fenô- empregar instrumentos de medição e representar e interpretar modelos explicati-
menos naturais e da interferência humana sobre esses ciclos, para promover ações vos, dados e/ou resultados experimentais para construir, avaliar e justificar conclu-
individuais e/ou coletivas que minimizem consequências nocivas à vida. sões no enfrentamento de situações-problema sob uma perspectiva científica.
(EM13CNT106) Avaliar, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais, (EM13CNT302) Comunicar, para públicos variados, em diversos contextos, resul-
tecnologias e possíveis soluções para as demandas que envolvem a geração, o tados de análises, pesquisas e/ou experimentos, elaborando e/ou interpretando
transporte, a distribuição e o consumo de energia elétrica, considerando a dispo- textos, gráficos, tabelas, símbolos, códigos, sistemas de classificação e equações,
nibilidade de recursos, a eficiência energética, a relação custo/benefício, as carac-
por meio de diferentes linguagens, mídias, tecnologias digitais de informação e
terísticas geográficas e ambientais, a produção de resíduos e os impactos socio-
comunicação (TDIC), de modo a participar e/ou promover debates em torno de
ambientais e culturais.
temas científicos e/ou tecnológicos de relevância sociocultural e ambiental.
(EM13CNT107) Realizar previsões qualitativas e quantitativas sobre o funcionamen-
to de geradores, motores elétricos e seus componentes, bobinas, transformadores, (EM13CNT303) Interpretar textos de divulgação científica que tratem de temáticas
pilhas, baterias e dispositivos eletrônicos, com base na análise dos processos de das Ciências da Natureza, disponíveis em diferentes mídias, considerando a apre-
transformação e condução de energia envolvidos – com ou sem o uso de disposi- sentação dos dados, tanto na forma de textos como em equações, gráficos e/ou
tivos e aplicativos digitais –, para propor ações que visem a sustentabilidade. tabelas, a consistência dos argumentos e a coerência das conclusões, visando
construir estratégias de seleção de fontes confiáveis de informações.
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 2 (EM13CNT304) Analisar e debater situações controversas sobre a aplicação de
Analisar e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e conhecimentos da área de Ciências da Natureza (tais como tecnologias do DNA,
do Cosmos para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o fun- tratamentos com células-tronco, neurotecnologias, produção de tecnologias de
cionamento e a evolução dos seres vivos e do Universo, e fundamentar defesa, estratégias de controle de pragas, entre outros), com base em argumentos
e defender decisões éticas e responsáveis. consistentes, legais, éticos e responsáveis, distinguindo diferentes pontos de vista.
(EM13CNT305) Investigar e discutir o uso indevido de conhecimentos das Ciências
Habilidades
da Natureza na justificativa de processos de discriminação, segregação e privação
(EM13CNT201) Analisar e discutir modelos, teorias e leis propostos em diferentes de direitos individuais e coletivos, em diferentes contextos sociais e históricos, para
épocas e culturas para comparar distintas explicações sobre o surgimento e a promover a equidade e o respeito à diversidade.
evolução da Vida, da Terra e do Universo com as teorias científicas aceitas atual-
mente. (EM13CNT306) Avaliar os riscos envolvidos em atividades cotidianas, aplicando
conhecimentos das Ciências da Natureza, para justificar o uso de equipamentos e
(EM13CNT202) Analisar as diversas formas de manifestação da vida em seus dife-
recursos, bem como comportamentos de segurança, visando à integridade física,
rentes níveis de organização, bem como as condições ambientais favoráveis e os
fatores limitantes a elas, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais individual e coletiva, e socioambiental, podendo fazer uso de dispositivos e aplica-
(como softwares de simulação e de realidade virtual, entre outros). tivos digitais que viabilizem a estruturação de simulações de tais riscos.
(EM13CNT203) Avaliar e prever efeitos de intervenções nos ecossistemas, e seus (EM13CNT307) Analisar as propriedades dos materiais para avaliar a adequação
impactos nos seres vivos e no corpo humano, com base nos mecanismos de ma- de seu uso em diferentes aplicações (industriais, cotidianas, arquitetônicas ou
nutenção da vida, nos ciclos da matéria e nas transformações e transferências de tecnológicas) e/ou propor soluções seguras e sustentáveis considerando seu con-
energia, utilizando representações e simulações sobre tais fatores, com ou sem o texto local e cotidiano.
uso de dispositivos e aplicativos digitais (como softwares de simulação e de reali-
dade virtual, entre outros). (EM13CNT308) Investigar e analisar o funcionamento de equipamentos elétricos
e/ou eletrônicos e sistemas de automação para compreender as tecnologias con-
(EM13CNT204) Elaborar explicações, previsões e cálculos a respeito dos movimen-
temporâneas e avaliar seus impactos sociais, culturais e ambientais.
tos de objetos na Terra, no Sistema Solar e no Universo com base na análise das
interações gravitacionais, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais (EM13CNT309) Analisar questões socioambientais, políticas e econômicas relativas
(como softwares de simulação e de realidade virtual, entre outros). à dependência do mundo atual em relação aos recursos não renováveis e discutir
(EM13CNT205) Interpretar resultados e realizar previsões sobre atividades experi- a necessidade de introdução de alternativas e novas tecnologias energéticas e de
mentais, fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas noções de materiais, comparando diferentes tipos de motores e processos de produção de
probabilidade e incerteza, reconhecendo os limites explicativos das ciências. novos materiais.
GABRIEL Antonini
Biologia
JOÃO CARLOS R. Coelho
Marcelo PERRENOUD
NELSON Henrique Carvalho de Castro
RENATO Corrêa Filho
19 BIOLOGIA A COMPETÊNCIAS GERAIS C1, C2, C3
M Ó D U L O
Angiospermas:
diversidade biológica
COMPETÊNCIA
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICA
E HABILIDADE
DA BNCC
. Objetivo 1: conhecer alguns tipos de fruto e entender a formação de frutos partenocárpicos e pseu-
COMPETÊNCIA 2
dofrutos (frutos acessórios).
EM13CNT202
. Objetivo 2: conhecer alguns agentes dispersores e as adaptações dos frutos relacionadas a eles.
. Objetivo 3: relacionar a dispersão das angiospermas com a variabilidade genética.
. Objetivo 4: entender o processo de germinação de angiospermas.
. Objetivo 5: conhecer as características de monocotiledôneas e eudicotiledôneas.
Neste módulo
2 Formação do fruto
Fruto originado de
ovário formado por
Representação esquemática da
Ratana Prongjai/Shutterstock
3 Fruto partenocárpico
. É originado do ovário, sem que haja fecundação, e geralmente não apresenta sementes.
. Exemplos de frutos partenocárpicos comercializados: banana domesticada, laranja-baía, alguns
caquis e limão-taiti.
A B
Swapan Photography/
Shutterstock
Hong Vo/Shutterstock
Comparação entre banana
selvagem (A) e banana
domesticada (B). O fruto
Óvulos não partenocárpico não tem
fecundados sementes.
Sementes
seltsev/Shu
S t aro tte
ex r st Frutos com
Al oc
sementes
k
Irina oxilixo Danilova/
Shutterstock
Pseudofruto
(fruto acessório)
. A parte carnosa do caju corresponde ao pedúnculo floral desenvolvido. O fruto com a semente
(castanha) encontra-se na parte superior.
Pedúnculo desenvolvido
(pseudofruto)
Mang Kelin/Shutterstock
Vinicius Tupinamba/Shutterstock
Carpelo
Elementos fora
de propor•‹o
296
. A parte comestível da maçã e da pera é o hipanto desenvolvido (pseudofruto). Hipanto: região da flor
formada pela fusão
Pistilo (carpelo) das bases das pétalas,
Estame Elementos fora das sépalas e dos
de proporção
Cores fantasia estames.
Designua/Shutterstock
Pétala
Sépalas secas Ovário desenvolvido
com sementes
Nataly Studio/Shutterstock
Ovário
Sépala
Óvulo
Representação
Hipanto
esquemática da flor da
Pedúnculo macieira e da maçã
floral desenvolvida.
A Frutos plumosos B
Frutos alados Elementos fora
Bess Hamitii/Shutterstock
de proporção
JIANG HONGYAN/Shutterstock
EugeneEdge/Shutterstock
Agentes dispersores de
Adaptações dos frutos e das sementes
sementes de angiospermas
297
Nicu Baicu/Shutterstock
Jasmijn Fotografeert/Shutterstock
Alex Berger/Shutterstock
A B C
Elementos fora
de proporção
Armazena nutrientes no
Monocotiledônea
endosperma (3n).
Apresenta embrião
Exemplos: coco, milho,
com um cotilédone.
arroz, trigo e cana-de-açúcar.
Angiosperma
Frequentemente os
Eudicotiledônea cotilédones (2n) armazenam
Apresenta embrião nutrientes.
com dois cotilédones. Exemplos: soja, feijão,
amendoim.
Monocotiledônea Eudicotiledônea
Endosperma Embrião
Elementos fora
de proporção
Cores fantasia
Número de
cotilédones
Embrião
Um
cotilédone Dois cotilédones
Representações esquemáticas mostrando grãos de milho e de feijão. O feijão aberto evidencia dois grandes cotilédones,
que armazenam nutrientes, como amido, proteína e óleo.
298
7 Germinação e características de monocotiledôneas e
eudicotiledôneas
Condições favoráveis Nutrientes orgânicos
Raiz fixa a jovem
para a germinação são provenientes Folhas realizam
planta no solo e
(água líquida, das reservas do fotossíntese e a
absorve água e sais
temperatura, gás endosperma ou dos planta se desenvolve.
minerais.
oxigênio, etc.). cotilédones.
Cotilédones
Charles Brutlag/Shutterstock
Charles Brutlag/Shutterstock
Etapas sequenciais da
Charles Brutlag/Shutterstock
germinação de sementes
de milho (monocotiledônea)
(A) e feijão
(eudicotiledônea) (B).
Muitas eudicotiledôneas
armazenam nutrientes nos
cotilédones, que murcham
Raiz e caem depois que o
Raiz embrião os consome.
Monocotiledônea Eudicotiledônea
LAURA_VN/Shutterstock
Paul Daniels/Shutterstock
nat.s/Shutterstock
Elementos fora
de proporção
Tipos florais
Paralela Reticulada
Ngukiaw/Shutterstock
Lekali Studio/Shutterstock
Características de
monocotiledôneas e
eudicotiledôneas após a
Raiz germinação. As
eudicotiledôneas e as
monocotiledôneas
299
DESEN V OLV ENDO H A BIL ID A DE S
1 (Udesc) Originalmente, ao longo da evolução das plantas, d) Frutos com polpa suculenta que fornecem energia aos
o principal papel dos frutos é dar proteção às sementes. dispersores.
Posteriormente, ocorreram adaptações que conferiram e) Leveza e tamanho reduzido das sementes, que favore-
aos frutos a função de auxiliarem na dispersão das semen- cem a flutuação.
tes. Para desempenhar estes papéis os frutos desenvol-
veram uma série de modificações e adaptações em suas 3 (UENP-PR) O site Mega Curioso (www.megacurioso.com.
estruturas (pericarpo; mesocarpo e endocarpo). Estas br) apresentou uma matéria com curiosidades sobre ani-
modificações servem como meio de classificação para os mais. Uma das curiosidades é que centenas de árvores
frutos. crescem devido às sementes que os esquilos perdem pelo
caminho. A imagem a seguir representa hipoteticamente
Coluna I Coluna II a distribuição geográfica de sementes de uma única ár-
1. Frutos carnosos A. Abacate vore que foram perdidas pelos esquilos.
2. Frutos secos B. Abacaxi Na imagem, cada número representa uma semente.
3. Frutos deiscentes C. Caju
8
4. Frutos indeiscentes D. Azeitona
5. Pseudofrutos E. Laranja
1 16
6. Infrutescência F. Feijão
11
7
7. Não é fruto G. Milho
4 12 2 9
15
Assinale a alternativa que indica a associação correta en- 10
3
tre a Coluna I e a II, na tabela. 5 6 13
Árvore
a) 1 – C; 5 – A; 7 – G
b) 2 – D; 4 – F; 6 – E 14
c) 2 – G; 6 – B; 7 – F
d) 4 – F; 4 – G; 2 – F
e) 3 – F; 2 – F; 1 – D A partir da análise dessa imagem, considere as afirmativas
a seguir.
2
I. A semente 16 terá menor chance de se desenvolver,
Os frutos são exclusivos das angiospermas, e a disper- crescer e se transformar em uma árvore.
são das sementes dessas plantas é muito importante para II. A competição intraespecífica é maior entre as semen-
garantir seu sucesso reprodutivo, pois permite a conquista tes 13 e 15 do que entre as sementes 13 e 7.
de novos territórios. A dispersão é favorecida por certas ca- III. A predação dos esquilos diminuiria a dispersão de
racterísticas dos frutos (ex.: cores fortes e vibrantes, gosto sementes dentro desse ambiente.
e odor agradáveis, polpa suculenta) e das sementes (ex.: IV. As sementes 1, 8, 14 e 16 podem aumentar o fluxo gê-
presença de ganchos e outras estruturas fixadoras que se nico interpopulacional.
aderem às penas e pelos de animais, tamanho reduzido,
Assinale a alternativa correta.
leveza e presença de expansões semelhantes a asas). Nas
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
matas brasileiras, os animais da fauna silvestre têm uma
importante contribuição na dispersão de sementes e, por- b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
tanto, na manutenção da diversidade da flora. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
CHIARADIA, A. Mini-manual de pesquisa: Biologia. Jun. 2004 (adaptado). d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
Das características de frutos e sementes apresentadas,
quais estão diretamente associadas a um mecanismo de 4 (Unicamp-SP)
atração de aves e mamíferos? Relatório publicado em 2019 alertou que um núme-
a) Ganchos que permitem a adesão aos pelos e penas. ro crescente de espécies de animais polinizadores está
b) Expansões semelhantes a asas que favorecem a flu- ameaçado de extinção em todo o mundo em decorrência
tuação. de fatores como desmatamento, uso indiscriminado de
c) Estruturas fixadoras que se aderem às asas das aves. agrotóxicos e alterações climáticas. Importantes medidas
300
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
devem ser adotadas para prevenir as consequências eco- a) por insetos que transportam o pólen da antera para o
nômicas, a redução na produção de alimentos e o dese- estigma nas eudicotiledôneas mencionadas.
quilíbrio dos ecossistemas. Entre as espécies cultivadas no b) por pequenos vertebrados que transferem pólen do
Brasil que dependem de polinização animal, destacam-se estigma para o estame nas monocotiledôneas men-
o maracujá, a maçã, a acerola e a castanha-do-brasil. cionadas.
(Fonte: Marina Wolowski e outros, Relatório temático sobre polinização, polinizadores e c) por insetos que transferem pólen do estigma para o
produção de alimentos no Brasil. BPBES e REBIPP, 2019. Acessado em 23/05/2019.)
estame nas eudicotiledôneas mencionadas.
Considerando as informações fornecidas no texto e os d) por pequenos mamíferos que transportam o pólen da
conhecimentos sobre botânica e ecologia, é correto afir- antera para o estigma nas monocotiledôneas mencio-
mar que a polinização pode ser beneficiada nadas.
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
• Leia os itens 1 a 4 da seção • Leia os itens 1 a 5. • Faça a questão 7.
1 Neste módulo. • Faça a questão 4.
• Faça a questão 1.
• Leia o item 5 da seção Neste • Leia os itens 6 e 7. • Faça a questão 8.
2 módulo. • Faça as questões 5 e 6.
• Faça as questões 2 e 3.
• Leia o item 6 da seção Neste • Leia o item 8. • Faça a questão 15.
3 módulo. • Faça a questão 12.
• Faça a questão 9.
• Leia os itens 7 e 8 da seção • Leia os itens 9 e 10.
4e5 Neste módulo. • Faça as questões 13 e 14. –
• Faça as questões 10 e 11.
PREPARE-SE
Para se preparar para a próxima aula, leia os itens 1 a 4 do capítulo 1 da unidade Fisiologia vegetal do Cader-
no de Estudos 4 e identifique as características das células responsáveis pela geração de todos os tecidos
de uma planta e dos tecidos vegetais que exercem a função de sustentação e armazenamento.
e) frutos partenocárpicos.
301
EXTRAS!
2 (Fuvest-SP) No morango, os frutos verdadeiros são as estruturas escuras e rígidas que se encontram sobre a parte vermelha
e suculenta. Cada uma dessas estruturas resulta, diretamente,
a) da fecundação do óvulo pelo núcleo espermático do grão de pólen.
b) do desenvolvimento do ovário, que contém a semente com o embrião.
c) da fecundação de várias flores de uma mesma inflorescência.
d) da dupla fecundação, que é exclusiva das angiospermas.
e) do desenvolvimento do endosperma que nutrirá o embrião.
Reprodução/Uepb, 2012.
por seus inúmeros personagens em programas humorísticos, dentre os quais destacaremos
Valdevino “Bento Carneiro”, vampiro nascido no Brasil. Com um sotaque caipira, ele se apre-
senta como “aquele que vem do aquém do além, adonde que véve os mortos”. Mora em seu
castelo junto de seu assistente corcunda Calunga. Não consegue assustar ninguém, ao con-
trário, é um vampiro medroso e desnutrido.
Como se percebe na figura ao lado, herdamos da cultura europeia a ideia de vincularmos os
morcegos à figura lendária dos vampiros. Sobre esses seres é correto afirmar:
I. Os morcegos são os únicos representantes da ordem Chiroptera; são mamíferos voadores,
apresentando os membros anteriores transformados em asas; têm hábitos noturnos e
orientam-se principalmente por ecolocalização.
II. A dieta dos Chiropteros é bastante variada, incluindo frutos, sementes, folhas, néctar, pólen, artrópodes, pequenos ver-
tebrados, peixes e sangue.
III. Os morcegos têm uma importância fundamental na dinâmica dos ecossistemas, pois atuam como polinizadores, disper-
sores de sementes, predadores, fornecedores de nutrientes em cavernas (guano), vetores de doenças silvestres, dentre
outras.
Ordem Chiroptera:
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): classificação biológica
a) I e III, apenas. d) III, apenas. dos mamíferos
b) I, apenas. e) I e II, apenas. voadores, como os
morcegos.
c) I, II e III, apenas.
4 (Unicamp-SP) Na Região Sudeste do Brasil as paineiras frutificam em pleno inverno, liberando suas sementes envoltas por
material lanoso, como mostram as figuras abaixo. Tal fato está relacionado com o mecanismo de dispersão das sementes.
Reprodução/Unicamp, 2013.
a) Explique como ocorre a dispersão das sementes das paineiras e qual a importância da frutificação ocorrer no inverno da
Região Sudeste.
b) Diferentemente das paineiras, existem plantas que investem na produção de frutos carnosos e vistosos. De que maneira
tal estratégia pode estar relacionada à dispersão das sementes dessas plantas? Explique.
302
EXTRAS!
5 (Unesp-SP)
Construa dois novos trechos que possam substituir as lacunas do texto. No trecho 1 você deve citar duas vantagens adap-
tativas das sementes em comparação aos esporos, e no trecho 2 você deve citar uma característica exclusiva das angios-
permas e explicar como essa característica contribuiu para sua maior diversidade.
6 Um pesquisador observou um pássaro alimentando-se dos frutos de uma espécie de arbusto e perguntou-se qual
seria o efeito na germinação das sementes do fruto após passarem pelo trato digestório do pássaro. Para responder à per-
gunta, o pesquisador pensou em desenvolver um experimento de germinação com sementes de diferentes origens.
Para realizar esse experimento, as sementes devem ser coletadas
a) aleatoriamente do chão da mata.
b) de redes de coleta embaixo dos arbustos.
c) diretamente dos frutos de arbustos diferentes.
d) das fezes dos pássaros de lugares diferentes.
e) das fezes dos pássaros e dos frutos coletados dos arbustos.
7 (Uerj) A entrada de água nas sementes é essencial para desencadear sua germinação. Essa hidratação, reativando tanto
enzimas que hidrolisam moléculas de carboidratos como enzimas envolvidas no ciclo de Krebs e na cadeia de transporte de
elétrons, ocasiona um nítido aumento do consumo de O2 e da produção de ATP.
Aponte as duas principais funções dos carboidratos hidrolisados para o desenvolvimento do embrião.
Indique, ainda, a organela reativada responsável pelo aumento do consumo de O2 e da produção de ATP com o processo de
hidratação.
8 (Udesc) Um aluno precisava organizar a coleção botânica da sua escola, e separar as plantas em monocotiledôneas e dico-
tiledôneas. Assim selecionou plantas de arroz, trigo e milho, as quais foram corretamente colocadas em um grupo; enquan-
to as de feijão, soja e ervilha foram colocadas em outro grupo.
Analise as proposições em relação às características de plantas monocotiledôneas e de dicotiledôneas, e assinale (V) para
verdadeira e (F) para falsa.
( ) As raízes das monocotiledôneas são fasciculadas (cabeleira) e encontradas nas plantas de arroz, trigo e milho.
b) V – V – F – F – F. d) F – V – F – V – F.
303
20 BIOLOGIA A
M Ó D U L O
1 Meristemas primários
. O crescimento vegetal deve-se à atividade de células indiferenciadas que compõem os tecidos
denominados meristemas.
. As células dos meristemas são pequenas, indiferenciadas e totipotentes.
. Os meristemas primários ocorrem nos ápices de caule e raiz e são responsáveis pelo crescimento
longitudinal da planta.
. Eles também são conhecidos como gemas, as quais estão localizadas na região dos ápices dos
caules, abaixo da coifa, na raiz e na região da inserção das folhas no caule; nesse caso, são chama-
das de gemas axilares.
Novas folhas em
A Folha B formação a partir do
meristema apical
Folha
Meristema primário
Ápice do na gema apical
Jr./Science Source/
Elementos fora
Joseph F. Gennaro
caule de proporção
Cores fantasia
Gema axilar:
Fotoarena
meristema primário
formado a partir de
células da gema apical
Cotilédones
M. I. Walker/Science
Source/Fotoarena
Representação esquemática da
Meristema primário localização dos meristemas primários no
da extremidade embrião de feijão e na planta na fase
Ápice da raiz da raiz final da germinação (A). Fotomicrografia
dos meristemas apicais do caule (B) e da
Coifa raiz (C). As gemas axilares originam
novos ramos.
304
. Crescimento longitudinal da planta a partir dos meristemas primários:
1. Células indiferenciadas dos meristemas primários realizam mitoses.
2. Algumas células-filhas crescem (alongamento) e empurram as outras para as extremidades de
caule e raiz.
3. Células dos meristemas sofrem mitoses nos ápices continuamente.
4. Algumas das novas células-filhas se alongam empurrando sucessivamente células meristemáti-
cas; outras sofrem diferenciação.
5. As extremidades do caule e da raiz crescem longitudinalmente em um processo contínuo.
Ápice é deslocado para cima Elementos fora
de proporção
Crescimento
Cores fantasia
das células
Mitoses
Gema apical Crescimento
do caule das células
Mitoses
Célula do
meristema Diferenciação
das células
1 2 3 4 5
Diferenciação
Mitoses Representação
das células
esquemática do
Célula do crescimento
meristema longitudinal de uma
Crescimento planta, mostrando as
das células células das gemas
apicais. Somente as
Mitoses extremidades
Crescimento promovem
das células crescimento.
Ápice é deslocado para baixo
Meristemas primários
Após a germinação, Células-filhas alon-
nos ápices do caule Surgem outros
a jovem planta inicia gam-se e sofrem
e da raiz realizam tecidos vegetais.
seu crescimento. diferenciação.
mitoses.
Epiderme
Richard J. Green/Science
Source/Fotoarena
305
Súber
Ted Kinsman/Science
Source/Fotoarena
Xilema
(lenho é o xilema secun-
dário, que surge no cresci-
mento em espessura das Condução de seiva xilêmica
Células mortas, ocas, com parede
eudicotiledôneas) (seiva bruta) constituída
celular espessa, com impregnação
principalmente de água e
Biophoto Associates/
Science Source/
Fotoarena
Floema (líber)
Biophoto Associates/
Science Source/
Fotoarena
Parênquima
Biophoto Associates/
Science Source/
Fotoarena
Armazenamento de água,
Células vivas, sem ou com Caule, raiz, folhas, flores, frutos
amido, ar, preenchimento de
cloroplastos. e sementes (cotilédones).
espaços e fotossíntese.
Colênquima
Biophoto Associates/
Science Source/
Fotoarena
306
Elementos fora
de proporção
Cores fantasia
Feijão Folha
Câmbio
Ápice do
vascular
caule
Caule
Câmbio
Cotilédones vascular
Ápice da raiz
Representação esquemática da distribuição dos meristemas primários e secundários em uma planta de feijão. O felogênio
localiza-se externamente ao câmbio vascular.
– acessibilidade;
– inclusão social.
. A escolha das árvores que serão plantadas em vias urbanas exige estudos, planejamento e conhe-
BIOLOGIA A
307
Wagner Campelo/Shutterstock
Roman Zaiets/Shutterstock
Árvores com raízes superficiais
e com crescimento em
espessura danificam calçadas, o
que gera muitos acidentes
anualmente no Brasil,
prejudicando a acessibilidade e
a inclusão social.
. Sob a fiação elétrica, é importante que sejam plantadas apenas espécies que não atinjam grandes
alturas, para evitar acidentes e problemas no fornecimento de energia elétrica para a população.
Alf Ribeiro/Shutterstock
O crescimento de
espécies adequadas
próximo a fios elétricos
evita acidentes e a
necessidade de podas
frequentes.
5 Órgãos vegetativos
. São responsáveis pela sobrevivência das plantas e correspondem a folhas, caules e raízes.
Elementos fora
de proporção
Cores fantasia
Folhas
Caule
Raízes Representação
esquemática de uma
planta, mostrando os
órgãos vegetativos, que
não realizam a reprodução
sexuada da planta.
308
. Folhas:
– realizam fotossíntese;
– proporcionam nutriente orgânico (açúcar) rico em energia para os outros órgãos;
– armazenam amido nos cloroplastos (em plantas suculentas armazenam água).
. Caules:
– fazem a ligação entre folhas e raízes;
– transportam e armazenam seivas por meio do xilema e do floema;
– armazenam substâncias (água, açúcar, amido);
– podem realizar fotossíntese (caules jovens ou adultos, como os do cacto).
. Tipos de caule:
– caules aéreos crescem acima do solo;
A B C D
Elementos fora
de proporção
Pornsawan Baipakdee/Shutterstock
Panda Vector/Shutterstock
Kazakova Maryia/Shutterstock
hussainniyaz/Shutterstock
Alguns tipos de caules aéreos. Colmo: apresenta zonas de nós (onde folhas se ligam ao caule) e entrenós bem evidentes (A); tronco: possui
ramos (B); rastejante: cresce sobre o solo, onde enraíza e realiza propagação vegetativa (reprodução assexuada) (C); e estipe: não tem gemas
laterais (D).
Folha
FotoMalle/Shutterstock
DimaBerlin/Shutterstock
Inflorescência
Bainha
Caule das folhas
tubérculo Caule
rizoma
Raiz
O caule tubérculo da batata armazena amido no parênquima (A). A parte aérea da bananeira é um pseudocaule, porque é constituída de folhas; o
caule cresce e se ramifica sob o solo (B). O caule submerso da vitória-régia está no fundo de rios e lagos, fixos por suas raízes (C).
. Raízes:
– fixam a planta no substrato (geralmente o solo);
BIOLOGIA A
309
Elementos fora
de proporção
Cores fantasia
Zona Pelo absorvente
pilífera da epiderme
Zona de ramificação
(zona suberosa)
Zona lisa
(zona de alongamento) Meristema
. Raízes tuberosas (acumulam nos parênquimas reservas de nutrientes, como amido, sacarose, gli-
cose e sais minerais).
istetiana/Shutterstock
Os nutrientes
armazenados nas raízes
tuberosas, como
beterraba e cenoura, são
destinados à produção de
frutos e sementes dessas
plantas.
6 Macronutrientes e micronutrientes
. Uma nutrição inorgânica adequada proporciona o bom desenvolvimento das plantas.
. A carência nutricional ocasiona deficiência e problemas no metabolismo vegetal.
Necessários em
Macronutrientes grandes N, P, K, Ca, Mg e S
quantidades
Necessários em
Micronutrientes pequenas Fe, Mn, Na, Ni
quantidades
310
7 Fertilizantes e o combate à fome
. A população mundial é crescente; as estimativas sugerem que seremos 9 bilhões em três décadas.
. Quase todas as áreas próprias para a agricultura estão sendo utilizadas. Assim, restam áreas de
ambientes naturais, como florestas, fundamentais à estabilidade climática, à biodiversidade e ao
estoque de carbono. Nesse contexto, a maximização da produção de alimentos por unidade de área
cultivada é fundamental para saciar as necessidades humanas, levando em consideração o desen-
volvimento sustentável.
. Problemas a solucionar:
– Quantidades consideráveis de fertilizantes são escoadas para os meios aquáticos.
– Grande quantidade de fertilizantes com nitrogênio, como o nitrato de amônio, acaba sendo trans-
formada em óxido nitroso, um potente gás de efeito estufa.
– Fertilizantes como o fosfato e o potássio são extraídos de rochas e são recursos esgotáveis.
– A produção industrial de fertilizantes com nitrogênio demanda alto consumo de energia e encare-
ce os alimentos.
. Principais diretrizes para otimizar o uso dos fertilizantes minerais:
– Aumentar a produtividade agrícola, usando técnicas de melhoramento genético.
– Utilizar técnicas eficientes de adubação, como aplicação de fertilizantes em quantidades adequa-
das em cada unidade de área das fazendas.
– Reciclar nutrientes por meio de adubação orgânica.
Alf Ribeiro/Shutterstock
311
DESEN V OLV ENDO H A BIL ID A DE S
1 (UFU-MG) Considere o quadro a seguir em que os algarismos romanos de I a IV representam os principais tecidos vegetais,
e os algarismos arábicos de 1 a 4 indicam algumas características, a constituição e as funções desses tecidos.
Assinale a alternativa que associa, corretamente, esses tecidos vegetais, com suas respectivas características, constituição
e funções.
a) I-3, II-1, III-4 e IV-2. b) I-1, II-2, III-3 e IV-4. c) I-3, II-4, III-1 e IV-2. d) I-4, II-3, III-1 e IV-2.
2 (Unicamp-SP) Um grande incêndio consumiu uma floresta inteira e deixou apenas os troncos das árvores em pé. Algumas
plantas conseguiram rebrotar e produzir uma folhagem exuberante após alguns meses. Considerando a relação entre
estrutura e função dos tecidos vegetais, as plantas mencionadas tiveram um bom desempenho logo após a queimada
por serem dotadas de
a) tecido esclerenquimático desenvolvido, capaz de promover alta atividade fotossintética.
b) periderme pluriestratificada, capaz de isolar termicamente os feixes vasculares.
c) aerênquimas, capazes de promover a difusão interna de gases e o metabolismo das raízes.
d) epiderme foliar espessa, com cutícula rica em ceras capazes de reduzir a temperatura da planta.
Reprodução/UFRGS, 2014.
Assinale a alternativa que apresenta a afirmação correta sobre os vegetais citados na tira.
a) Os dois apresentam amido como substância de reserva. d) A parte comestível da batata-inglesa é a raiz.
b) O grão de milho é um fruto deiscente. e) O milho apresenta crescimento secundário no caule.
c) Os dois apresentam folhas com nervação paralelinérvea.
4 (UEG-GO) Atualmente, vários agricultores utilizam-se da técnica de cultivar plantas em soluções aeradas em sais minerais
quimicamente definidos, popularmente conhecida como hidroponia. Inicialmente, os agricultores viram na hidroponia um
modo de cultivar plantas para o consumo humano, como alfaces, em locais onde o solo é pobre ou não disponível. Essa
técnica no cultivo de determinadas espécies é vantajosa porque
a) a planta cultivada não necessita da absorção de macronutrientes, como o Nitrogênio, e nem da utilização do processo de
adubação orgânica.
b) a planta cultivada não desenvolve o seu sistema radicular, uma vez que não há a necessidade de absorção de micronutrientes.
c) promove o crescimento de plantas em áreas onde o patógeno e as pragas agrícolas estão ausentes e a colheita não é
exposta aos herbicidas.
d) promove o desenvolvimento de plantas sem aquecimento e iluminação, uma vez que nelas a realização da fotossíntese é
esporádica.
312
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
• Leia os itens 1 e 2 da seção • Leia os itens 1 e 2.
1 Neste módulo. • Faça a questão 4. –
• Faça as questões 1 e 2.
• Leia os itens 3 e 4 da seção • Leia o item 3. • Faça a questão 7.
2 Neste módulo. • Faça as questões 5 e 6.
• Faça a questão 3.
• Leia o item 5 da seção Neste • Leia o item 7.
3 módulo. • Faça a questão 11. –
• Faça a questão 8.
• Leia os itens 6 e 7 da seção • Leia os itens 8 e 9. • Faça a questão 13.
4 Neste módulo. • Faça a questão 12.
• Faça as questões 9 e 10.
EX TRAS!
1 Quando o assunto é o paisagismo urbano, a escolha das espécies vegetais a serem utilizadas depende também do
local a ser arborizado. Em cidades em que o clima é frio, é importante que se escolham espécies caducifólias, ou seja, que
perdem as folhas em determinada época do ano. Esse tipo de adaptação favorece o aproveitamento da energia solar nos
dias mais frios.
Além disso, as dimensões da planta devem estar de acordo com o espaço disponível, permitindo o livre trânsito de veículos
e pedestres. Nas calçadas, o ideal é plantar vegetais com sistema radicular pivotante profundo o suficiente para evitar o
levantamento e a destruição de calçadas e vias.
Um exemplo de árvore do grupo indicado no trecho destacado no parágrafo I e o tecido responsável pelo crescimento re-
lacionado à situação indicada no trecho grifado no parágrafo II são, respectivamente:
a) I – pinheiro, II – parênquima. d) I – palmeira, II – esclerênquima.
b) I – pinheiro, II – meristema apical. e) I – coqueiro, II – câmbio.
c) I – abacateiro, II – câmbio.
a) 3, 2, 1, 4. b) 2, 3, 1, 4. c) 4, 2, 1, 3. d) 2, 3, 4, 1.
313
EXTRAS!
Reprodução/UFJF, 2020.
a) Observando a figura central, representando o surgimento de uma nova planta, espera-se que o Baby Groot possa se de-
senvolver num Groot adulto. Nas plantas, como denominam-se os tecidos que dão origem a novos tecidos e onde encon-
tramos esses tecidos nas raízes e caules em crescimento primário?
b) Os personagens representam árvores com crescimento secundário e, portanto, desenvolvimento de lenho (madeira) e,
além disso, têm um revestimento que os tornam resistentes ao fogo e podem aumentar de tamanhos. Considerando que
os criadores e roteiristas dos personagens tenham lembrado das aulas de desenvolvimento das plantas e dos tecidos
vegetais, RESPONDA:
I. quais tecidos meristemáticos são responsáveis pelo crescimento secundário das árvores?
II. qual tecido originado a partir desse crescimento teria a capacidade de impermeabilizar a superfície das árvores e, por-
tanto, proteger de altas temperaturas quando expostas ao fogo?
4 (Unicamp-SP) Ao observar uma célula, um pesquisador visualizou uma estrutura delimitada por uma dupla camada de
membrana fosfolipídica, contendo um sistema complexo de endomembranas repleto de proteínas integrais e periféricas.
Verificou também que, além de conter seu próprio material genético, essa estrutura ocorria em abundância em todas as
regiões meristemáticas de plantas.
Qual seria essa estrutura celular?
a) Cloroplasto.
b) Mitocôndria.
c) Núcleo.
d) Retículo endoplasmático.
6 Na técnica de plantio conhecida por hidroponia, os vegetais são cultivados em uma solução de nutrientes no lugar
do solo, rica em nitrato e ureia.
Nesse caso, ao fornecer esses nutrientes na forma aproveitável pela planta, a técnica dispensa o trabalho das bactérias fixa-
doras do solo, que, na natureza, participam do ciclo do(a)
a) água. c) nitrogênio. e) fósforo.
b) carbono. d) oxigênio.
314
EXTRAS!
7 (Fuvest-SP) Dez copos de vidro transparente, tendo no fundo algodão molhado em água, foram mantidos em local ilumina-
do e arejado. Em cada um deles, foi colocada uma semente de feijão. Alguns dias depois, todas as sementes germinaram e
produziram raízes, caules e folhas.
Cinco plantas foram, então, transferidas para cinco vasos com terra e as outras cinco foram mantidas nos copos com algodão.
Todas permaneceram no mesmo local iluminado, arejado e foram regadas regularmente com água destilada.
Mantendo-se as plantas por várias semanas nessas condições, o resultado esperado e a explicação correta para ele são:
a) Todas as plantas crescerão até produzir frutos, pois são capazes de obter, por meio da fotossíntese, os micronutrientes
necessários para sua manutenção até a reprodução.
b) Somente as plantas em vaso crescerão até produzir frutos, pois, além das substâncias obtidas por meio da fotossíntese,
podem absorver, do solo, os micronutrientes necessários para sua manutenção até a reprodução.
c) Todas as plantas crescerão até produzir frutos, pois, além das substâncias obtidas por meio da fotossíntese, podem ab-
sorver, da água, os micronutrientes necessários para sua manutenção até a reprodução.
d) Somente as plantas em vaso crescerão até produzir frutos, pois apenas elas são capazes de obter, por meio da fotossín-
tese, os micronutrientes necessários para sua manutenção até a reprodução.
e) Somente as plantas em vaso crescerão até produzir frutos, pois o solo fornece todas as substâncias de que a planta ne-
cessita para seu crescimento e manutenção até a reprodução.
8 Ana Maria Primavesi (1920-2020), precursora da pesquisa em agroecologia no Brasil, foi reconhecida por ser uma
das pioneiras nos estudos sobre preservação de solo e recuperação de áreas degradadas. Durante 70 anos desenvolveu
pesquisas na Universidade de Santa Maria (RS), priorizando a atividade biológica por meio do acúmulo de matéria orgânica,
evitando o revolvimento do solo, para aprimorar a produção agrícola, cujo reconhecimento lhe proporcionou, em 2012, o
prêmio One World Award.
De acordo com Ana Maria, a matéria orgânica deve ser fornecida ao solo periodicamente, uma vez que sua função principal
não é fornecer nutrientes, mas agregar o solo e formar poros. Sem os poros, a água da chuva escorre e não é absorvida.
A água das chuvas escorrendo no solo das fazendas é prejudicial porque promove:
a) o apodrecimento das raízes e a perda de fertilizantes para os riachos e lagos.
b) a erosão do solo e a perda do gás carbônico necessário à atividade das raízes.
c) o deslocamento de bactérias do solo e de frutos e sementes para os meios aquáticos.
d) a perda de nutrientes para os rios e a falta de reposição dos lençóis freáticos.
e) a morte de raízes por afogamento e a decomposição de restos orgânicos.
ANOTAÇÕES
315
21 BIOLOGIA A
M Ó D U L O
Trocas gasosas e
transporte de seivas
COMPETÊNCIAS
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICAS E
HABILIDADES
DA BNCC
. Objetivo 1: conhecer as estruturas das folhas e seus papéis.
COMPETÊNCIA 1
. Objetivo 2: entender o funcionamento estomático e sua relação com trocas gasosas e transpiração
EM13CNT104
das plantas. EM13CNT105
. Objetivo 3: conhecer as células que compõem o xilema.
COMPETÊNCIA 2
. Objetivo 4: aprender a teoria da tensão-coesão-adesão e a pressão da raiz.
EM13CNT203
. Objetivo 5: conhecer as células do floema e a teoria do fluxo de massa.
COMPETÊNCIA 3
. Objetivo 6: entender o anel de Malpighi e suas consequências para as plantas eudicotiledôneas.
EM13CNT304
Neste módulo
Parênquima
paliçádico
Xilema
Floema
Parênquima Bainha
lacunoso
(esponjoso)
Estômato
Representação esquemática de corte transversal de uma folha de angiosperma, responsável pela produção de
açúcar, nutriente orgânico e fonte de energia para o metabolismo.
316
Tecidos da folha Funções realizadas
Trocas gasosas; produz e secreta cera e cutina, componentes da
Epiderme cutícula cerosa, que reduz a transpiração e atua como barreira
protetora contra fungos, bactérias e insetos.
Parênquimas paliçádico e lacunoso Fotossíntese e armazenamento de amido nos cloroplastos.
Condução de água e sais minerais (seiva bruta ou mineral) e sus-
Xilema
tentação.
Floema Condução de seiva elaborada (orgânica), que é rica em sacarose.
Transpiração Transpiração
Luz atravessa a Luz atravessa a H 2O
H2O cuticular cuticular Elementos fora
cutícula e a cutícula e a (vapor)
(vapor) de proporção
epiderme epiderme
Cores fantasia
BlueRingMedia/Shutterstock
CO2
O2 e
H2O (vapor)
Transpiração
estomática
Representação do processo de regulação de trocas gasosas e transpiração por meio da abertura e do fechamento dos estômatos de
uma folha. O gás carbônico necessário à fotossíntese entra na folha pelas aberturas dos estômatos (ostíolos) quando estão abertos.
317
3 Abertura e fechamento dos estômatos
. A abertura dos estômatos é fundamental para a entrada de CO2 nas plantas, mas também permite
a transpiração estomática.
. O fechamento dos estômatos regula a perda de água.
Células-guarda
Células-guarda flácidas
túrgidas
Fecha
Aldona Griskeviciene/Shutterstock
K1
K1
H2O
H2O
Abre
K1 Elementos fora
K1 de proporção
H2O Cores fantasia
H2O
Células da epiderme
(subsidiárias)
318
4 Redução da absorção de CO2 na Amazônia
. Segundo o Laboratório de Gases de Efeito Estufa (LaGEE), do Instituto Nacional de Pesquisas Es-
paciais (INPE), entre os anos 2010 e 2017 a Amazônia liberou mais gás carbônico do que absorveu.
. Principais causas: queimadas e alterações climáticas.
. Como as alterações climáticas afetam a Amazônia:
Resultando:
Resulta na redução • na redução da absorção
Redução do índice de absorção de de CO2 do ar;
de chuvas e elevação água pelas plantas e • no aumento da
de temperatura. aumento da taxa de liberação de CO2;
respiração. • na morte de árvores.
5 Células do xilema
. As células condutoras do xilema são mortas e ocas, e as paredes celulares são rígidas devido à
presença de lignina.
. Há dois tipos de célula:
– Traqueíde: fina e longa.
– Elemento de vaso: mais curta e com diâmetro maior.
Elementos fora
de proporção
Cores fantasia
K
en
Ew
ard
cien
oar
ce Source/Fot
Syred/SPL/Fot
oar
A nd
en
a
r
we
Po
Representação esquemática de células do xilema. As traqueídes surgiram em pteridófitas. Os elementos de vaso ocorrem em angiospermas e
BIOLOGIA A
319
6 Transporte de água no xilema
. O transporte de água no xilema ocorre segundo a teoria da tensão-coesão-adesão (teoria de Dixon)
na qual:
– Tensão: moléculas de água movem-se e, por estarem em coesão, é estabelecido o estado de tensão
entre elas.
– Coesão: ligação entre as moléculas de água.
1 1
2
H Coesão 1 H
O H
H
2
1
– Adesão: moléculas de água são atraídas pelas de celulose e de lignina do xilema, o que facilita sua
ascensão ao longo do xilema.
Aldona Griskeviciene/Shutterstock
Substâncias poluentes também entram nas plantas, atravessando os estômatos e as raízes. Elas são con-
duzidas pelas seivas e fazem parte de folhas e frutos.
320
7 Rios voadores e as chuvas no Brasil
. A alta taxa de transpiração das árvores da Amazônia proporciona a formação de nuvens.
. Os ventos transportam as nuvens para vários estados do Brasil, onde ocorrem precipitações.
. Etapas do deslocamento de água da Amazônia para outros estados:
8 Pressão da raiz
. A pressão da raiz colabora com a ascensão de seiva bruta (xilêmica) em muitas plantas.
. Ocorre devido à entrada de sais minerais por transporte ativo na raiz e de água por osmose.
. Mecanismo de pressão da raiz:
Raízes transportam
Ocorre aumento da
ativamente sais mi- Raiz ganha água por Ocorre fluxo de água
concentração das
nerais do solo para o osmose. e sais para o xilema.
células da raiz.
interior das células.
. A gutação, liberação de gotas de água por hidatódios nas folhas de algumas plantas de pequeno
Hidat—dios:
porte, é uma consequência da pressão da raiz. Ocorre geralmente em noites frescas de atmosfera
modificações de
úmida.
estômatos que nunca
se fecham.
Gerry Bishop/Shutterstock
modesmos, que são pequenas pontes citoplasmáticas por onde são transferidas substâncias, como
carboidratos e enzimas.
321
Elementos fora
de proporção
Cores fantasia
Célula-companheira
Placa crivada
Núcleo
Comunicação citoplasmática
Representação esquemática
de células do floema.
. Observe o transporte de seivas e sua relação com a fotossíntese nos tecidos de uma folha:
1
Xilema
Parênquima (água e sais)
clorofiliano
2
VectorMine/Shutterstock
Parênquima
clorofiliano
Nervura com
xilema e floema
Estômato
4
Floema
(seiva rica em
sacarose)
3
CO2
A seiva elaborada transportada contém outras substâncias orgânicas, como aminoácidos, que são
produzidos a partir da transformação da glicose.
322
11 Transporte de sacarose pelo floema
. O transporte de sacarose (açúcar) é explicado pela hipótese do fluxo por pressão (fluxo de massa)
proposto por Ernst Münch (1876-1946).
Xilema Floema
2
Célula-companheira Elementos fora 1. Parênquima clorofiliano produz
de proporção sacarose, que é transportada
3 1 ativamente para as
Cores fantasia
células-companheiras.
Água
2. Células-companheiras
transferem sacarose para os
elementos de tubo crivado.
Sacarose
Folha 3. Ganho de água por osmose a
partir do xilema. Elementos de
tubo crivado ficam túrgidos,
com alta pressão interna.
4. Fluxo de seiva elaborada para
Elemento de as regiões da planta que
tubo crivado consomem ou armazenam
4 carboidratos.
5. Sacarose é transferida para as
células-companheiras.
5 6
6. Células vivas consomem ou
armazenam carboidratos
(sacarose, amido).
7. Retorno de água para o xilema.
Raiz
(ou outras estruturas
vegetais com células vivas)
Água
7
Célula-companheira
Representação esquemática do transporte da seiva elaborada de acordo com a hipótese do fluxo de massa, que ocorre do meio
com maior concentração de açúcar para o de menor concentração nos tecidos consumidores ou armazenadores de carboidratos.
As setas vermelhas indicam o trajeto das moléculas de sacarose e as azuis, de água.
. Modelo de Münch demonstra essa hipótese.
Tubo de vidro 1
Osmômetro
Floema Osmômetro
Frasco A Frasco B
Folha Raiz
BIOLOGIA A
Representação esquemática do modelo de Münch, que demonstra o fluxo em massa pelo floema (tubo de vidro 1) e o
transporte de água pelo xilema (tubo de vidro 2).
323
12 Anel de Malpighi
. A prática do anelamento consiste na retirada de um anel da casca do caule de eudicotiledôneas.
Fluxo do floema é
Retirada de anel da Raízes não recebem
interrompido na
casca de caule de carboidratos e Morte da árvore.
região do anel devido
eudicotiledônea. morrem.
à retirada do floema.
. A árvore não morrerá se rebrotarem novos ramos abaixo da região do anel de Malpighi.
Elementos fora
de proporção
Cores fantasia
Acúmulo de seiva
orgânica por
interrupção do
florema
Xilema
Representação esquemática do processo de anelamento. A retirada do anel da casca mantém o xilema intacto, conduzindo seiva inorgânica para
as folhas, porém a seiva orgânica se acumula acima da região do anel.
. Observe a disposição dos tecidos do tronco de uma eudicotiledônea:
Elementos fora
Aldona Griskeviciene/Shutterstock
de proporção
Cores fantasia
Súber
Periderme Felogênio
Feloderme
Floema Casca
Câmbio
Xilema
324
Feixes condutores Feixe condutor
dispersos (xilema e floema)
Floema
Panda Vector/Shutterstock
Xilema
Aldona Griskeviciene/Shutterstock
o ck
rs t
te
ut
Sh
u/
hy
m
g du
hon
R attiya T
Representação esquemática mostrando a distribuição dos tecidos condutores em um caule de monocotiledônea. Monocotiledôneas não possuem câmbio entre xilema e floema.
Observa-se na imagem parte do tecido proveniente de uma árvore do grupo angiosperma, contendo duas estruturas em
evidência. Em uma árvore adulta, tais estruturas são encontradas
a) principalmente nas folhas, e sua função é realizar a transpiração.
b) principalmente no caule, e sua função é reter a água.
c) principalmente na raiz e no caule, e sua função é secretar hormônios.
BIOLOGIA A
325
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
Indique a soma das alternativas corretas sária para manter esse movimento ascendente de água
e nutrientes até as grandes alturas de árvores da flores-
2 (UEPG-PR) Abaixo estão representados esquematica-
ta provém:
mente cortes transversais de estômatos em duas situa-
a) do consumo de ATP produzido durante a fotossíntese.
ções distintas.
b) das reservas de carboidratos consumidos durante a
Reprodução/Uepg, 2016.
respiração celular.
c) da energia solar, sem gasto de energia pela planta.
d) do transporte ativo de água realizado pelas raízes.
e) da energia luminosa absorvida pela molécula de clo-
rofila.
Modificado de: Lopes, S., Rosso, S. BIO. 2a ed. Volume 3. 4 (Unesp-SP) A figura mostra duas propriedades da molé-
Editora Saraiva. São Paulo, 2010. cula de água, fundamentadas na polaridade da molécula
Sobre o assunto, assinale o que for correto. e na ocorrência de pontes de hidrogênio.
01) Durante a noite, ocorre a situação (A). Os estômatos
Reprodução/Unesp, 2017.
se abrem por meio da ação do ácido abscísico, per-
mitindo a saída de água por transpiração.
02) Quando há falta de água na planta (B), o ácido abscí-
sico chega até as células estomáticas e estimula a saída
de íons potássio, diminuindo a concentração osmótica
destas células, as quais perdem água por osmose para
as células vizinhas, levando ao fechamento do ostíolo.
04) Podemos observar a ocorrência da situação (B) na
ausência de luz ou sob alta concentração de CO2,
quando as células estomáticas perdem potássio e,
consequentemente, água, e murcham. Essas duas propriedades da molécula de água são essen-
08) Em (A), as plantas estão com suprimento adequado ciais para o fluxo de
de água, as células estomáticas permanecerão túrgi- a) seiva bruta no interior dos vasos xilemáticos em plantas.
das, mantendo o ostíolo aberto. b) sangue nos vasos do sistema circulatório fechado em
animais.
c) água no interior do intestino delgado de animais.
3 (UFRR) d) urina no interior da uretra durante a micção dos animais.
Rios aéreos são imensas massas de vapor d’água que, e) seiva elaborada no interior dos vasos floemáticos em
levadas por correntes de ar, viajam pelo céu e respondem plantas.
por grande parte da chuva que cai em várias partes do
5 (Unifenas-MG) Sobre a Teoria de Münch, indique a alter-
mundo. Estima-se em 200 milhões de litros por segundo
nativa INCORRETA.
o volume de vapor de água que evapora da Floresta Ama-
zônica e é transportado pelos rios aéreos da região. Esse
Reprodução/Unifenas, 2019.
Fluxo em massa de água e açúcar
volume de água, embora invisível, tem a mesma ordem
de grandeza da vazão do rio Amazonas. Estudos promovi-
Osômetro 1 Osômetro 2
dos pelo INPA já mostraram que uma árvore com copa de Tubo de vidro 1
326
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
a) O tubo de vidro 1 corresponde ao lenho e o tubo de vidro 2 ao líber; enquanto o osmômetro 1 corresponde a uma célula
do parênquima foliar e o osmômetro 2, a uma célula da raiz;
b) As células do parênquima foliar realizam fotossíntese e produzem glicose. A concentração dessas células aumenta, o que
faz com que absorvam água do xilema. O excesso de água absorvida é deslocado para o floema, arrastando moléculas
de açúcar em direção aos centros consumidores ou de reserva.
c) Observando a figura, conclui-se que haverá ingresso de água por osmose, do frasco A para o osmômetro 1, e do frasco B
para o osmômetro 2. No entanto, como a solução do osmômetro 1 é mais concentrada, a velocidade de passagem de água
do frasco A para o osmômetro 1 é maior.
d) Como o osmômetro 2 passa a receber mais água, esta passa para o frasco B. Do frasco B, a água passa para o tubo de
vidro 2, em direção ao frasco A.
e) Por essa teoria, o transporte de compostos orgânicos seria devido a um deslocamento rápido de moléculas de água que
arrastariam, no seu movimento, as moléculas em solução. É a teoria do arrastamento mecânico da solução, também cha-
mada de teoria do fluxo em massa da solução.
6 (Fuvest-SP) A prática conhecida como Anel de Malpighi consiste na retirada de um anel contendo alguns tecidos do caule
ou dos ramos de uma angiosperma. Essa prática leva à morte da planta nas seguintes condições:
Tipo(s) de planta Partes retiradas no anel Órgão do qual o anel foi retirado
a) Eudicotiledônea Periderme, parênquima e floema Caule
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
• Leia os itens 1 e 2 da seção • Leia o item 1.
1 Neste módulo. –
• Faça a questão 4.
• Faça a questão 1.
• Leia os itens 3 e 4 da seção • Leia os itens 2 a 4. • Faça a questão 7.
2 Neste módulo. • Faça as questões 5 e 6.
• Faça as questões 2 e 3.
6 módulo. –
• Faça a questão 20.
• Faça a questão 17.
327
EX TRAS!
1 (Uerj) Desde o início da colonização do ambiente terrestre, d) fechados na condição 1, pois há intenso bombeamento
houve grande diversificação das plantas, graças ao surgi- de íons K1 das células acessórias para o interior das
mento de características vantajosas à adaptação, que células-guarda, resultando na perda de água e flacidez
permitiram a sobrevivência e a reprodução em terra firme. destas últimas.
As estruturas correspondentes a adaptações evolutivas e) abertos na condição 2, pois há intenso bombeamento
exclusivas das plantas, que contribuíram para seu desen- de íons K1 das células acessórias para o interior das
volvimento e diversificação no habitat terrestre, estão células-guarda, resultando na turgidez destas últimas.
indicadas em:
3 (Unifesp)
a) fruto, semente e mitocôndria Os estômatos constituem uma das principais rotas de
b) vaso condutor, cutícula e estômato entrada de patógenos em plantas. O hormônio vegetal áci-
c) membrana celular, cloroplasto e raiz do abscísico (ABA) regula muitos processos envolvidos no
d) meristema apical, parede celular e flor desenvolvimento da planta e na sua adaptação a estresses
bióticos e abióticos. Recentemente, vários estudos têm de-
2 (Unesp-SP) Analise as imagens de uma mesma planta sob monstrado que o ABA tem importante função na resposta
as mesmas condições de luminosidade e sob condições
do vegetal ao ataque de vários agentes patogênicos que
hídricas distintas.
entram pelos estômatos, tais como bactérias, fungos e ví-
Reprodução/Unesp, 2018.
18
Taxa relativa (g/h)
10
Os estômatos desta planta estão I
a) abertos na condição 1, pois há intenso bombeamento
de íons K1 das células-guarda para as células acessó-
rias, resultando na perda de água e flacidez destas II
2
últimas.
b) fechados na condição 2, pois há redução na troca de 0
8 10 12 14 16 18 20
íons K1 entre as células acessórias e as células-guarda,
Hora do dia
mantendo a turgidez de ambas.
c) abertos na condição 2, pois há intenso bombeamento a) Considerando que, em uma planta terrestre, a transpi-
de íons K1 das células-guarda para as células acessó- ração é realizada majoritariamente pelos estômatos,
rias, resultando na perda de água e flacidez destas identifique a curva que representa a transpiração e a
últimas. que representa a absorção de água.
328
EXTRAS!
Reprodução/Unesp, 2020.
Vapor de água
Vaso xilêmico
(www.agencia.cnptia.embrapa.br)
b) gravidade. e) transpiração.
c) respiração. (www.forumdaconstrucao.com.br. Adaptado.)
329
EXTRAS!
8 (UFRGS-RS) Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, sobre os mecanismos através dos quais água e
solutos são transportados dentro da planta.
( ) A água e os sais minerais podem passar entre as paredes celulares ou podem atravessar o citoplasma, nas células do
córtex da raiz.
( ) O movimento ascendente da seiva pelo floema ocorre devido à pressão positiva na raiz.
( ) O transporte de água para dentro do xilema ocorre por osmose, já os sais minerais são transportados por processo
ativo, no cilindro central.
( ) A tensão provocada pela transpiração é responsável pelo transporte de sacarose.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
a) V – V – F – F. c) F – F – F – V. e) F – V – V – F.
b) V – F – V – F. d) V – V – F – V.
Reprodução/Uepg, 2018.
Adaptado de: Lopes, S., Rosso, S. BIO. 2a ed. Volume 3. Editora Saraiva. São Paulo. 2010.
01) A e B: Transpiração – corresponde à perda de água pelas folhas, sob forma de vapor, e pode ocorrer de duas maneiras
distintas (transpiração cuticular e transpiração estomática).
02) A e E: Gutação – entrada de água pela epiderme da folha (realizada pelos hidatódios) e posterior condução por osmo-
se para outras partes da planta.
330
EXTRAS!
Reprodu•‹o/Uel, 2020.
08) D e A: Condução de seiva elaborada, realizada pelos
traqueídes e elementos de vaso, que formam longos
tubos cilíndricos desde a raiz até as folhas.
16) A e E: Condução da seiva elaborada, rica em açúcares
produzidos por fotossíntese, é conduzida das folhas
para as diversas partes da planta através dos elemen-
tos crivados do floema ou líber.
10 (UFRGS-RS) Assinale a alternativa correta em relação à a) Qual a função dos tecidos representados pelos núme-
condução da seiva bruta em angiospermas. ros 1 e 2 em A? Em C, o que ocorrerá com a planta após
a) O fluxo da seiva bruta ocorre das folhas para outras algum tempo e por quê?
partes da planta através do floema.
b) O anel de Malpighi interfere no fluxo em massa de so-
b) A explicação para a seiva bruta mover-se pela planta é lutos. Como ocorre esse fluxo em massa?
dada pela hipótese do fluxo por pressão.
c) A transpiração aumenta a pressão osmótica e promo- 12 (UFJF-MG) Em 1675, o biólogo italiano Marcello Malpighi
ve o fluxo da água desde as raízes até as folhas, no (1628-1694) realizou uma experiência básica e fundamen-
interior do xilema. tal para que ocorresse uma elucidação posterior sobre o
fluxo de seivas bruta e elaborada nas plantas vasculares.
d) A absorção de CO2 na fotossíntese pode aumentar o
Nos três casos abaixo desconsidere proliferação de doen-
fluxo da seiva bruta para as folhas.
ças e/ou ataque de pragas e responda:
e) Ao retirarmos um anel ao redor do caule (anel de a) Caso ocorra uma retirada de casca em torno de todo
Malpighi), é possível verificar a morte da planta pela o tronco principal de uma arbórea na altura do peito
interrupção do fluxo da seiva bruta. (cerca de 1,5 metros do solo), processo denominado
11 (UEL-PR) As figuras a seguir ilustram a prática conhecida anelamento, o que acontece em termos de condução
como Anel de Malpighi. de seivas e manutenção da vida desta planta?
Essa prática consiste na retirada de um anel contendo b) Caso, nessa mesma árvore, esse anelamento ocorra
alguns tecidos do caule ou dos ramos de uma árvore. Em apenas em um ramo lateral e não no tronco principal,
A, está representado o movimento da condução de seiva, responda às mesmas questões.
em B, o caule principal da planta após a retirada do anel c) Caso estipulemos um anelamento de 3 cm de profun-
e, em C, o aspecto apresentado pelo caule principal após didade à altura do peito em um estipe (caule de pal-
algumas semanas. Com base nas figuras, responda aos meira) com 20 cm de diâmetro, responda às mesmas
itens a seguir. questões.
ANOTAÇÕES
331
22 BIOLOGIA A
M Ó D U L O
Hormônios vegetais
COMPETÊNCIAS
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICAS
E HABILIDADES
DA BNCC
. Objetivo 1: identificar o AIA (auxina) como um hormônio e as concentrações que estimulam ou inibem
COMPETÊNCIA 2
o desenvolvimento da raiz, da gema axilar e do caule.
EM13CNT206
. Objetivo 2: entender fototropismo e geotropismo.
. Objetivo 3: conhecer a dominância apical e as utilizações de auxinas sintéticas na produção de frutos COMPETÊNCIA 3
Neste módulo
1 Auxinas
. Hormônios: substâncias orgânicas que regulam o metabolismo. São hidrossolúveis e transportados
pelas células.
. A auxina AIA (ácido indolilacético) foi o primeiro hormônio vegetal descoberto.
. O AIA é produzido nos ápices caulinares, folhas, frutos, flores e sementes.
Auxinas produzidas e
transportadas para baixo Elementos fora
de proporção
Cores fantasia
Ágar com
Auxinas auxinas
Auxinas
Representação esquemática
de experimento com
coleóptilos de aveia e ágar.
Coleóptilos são estruturas dos
2. Auxinas são depositadas embriões nas sementes de
no bloco de ágar. monocotiledôneas que
emergem do solo, protegendo
3. Bloco de ágar com o caule. Coloides, como o ágar,
1. Remoção do ápice. 4. Auxinas transportadas para
auxinas é depositado são ricos em água, o que
baixo do bloco de ágar estimulam
no coleóptilo o alongamento das células. facilita a diluição dos
seccionado. hormônios.
332
. A auxina promove alongamento celular em todos os órgãos vegetais. Além disso, também estimula
a divisão celular no câmbio vascular.
Elementos fora
de proporção
J. Marini/Shutterstock
Cores fantasia
Mitose Alongamento
Representação esquemática dos efeitos da auxina nas células vegetais. Hormônios influenciam a atividade genética das células,
atuando no comando metabólico.
Caule
200
Gema
100 axilar
% de
estímulo Raiz
0
MÓDULO 22 - HORMÔNIOS VEGETAIS
% de
inibição
2100
10212 10211 10210 1029 1028 1027 1026 1025 1024
Fonte: https://plantcellbiology.masters.grkraj.org/html/Plant_Growth_And_Development3-Plant_Hormones-Auxins.htm.
Acesso em: 23 mar. 2021.
333
3 Tropismos
. Tropismos são movimentos vegetais, sem deslocamento, no sentido a favor de um estímulo ou
contrário a ele.
. Estão relacionados com a concentração de auxinas no caule e na raiz.
. Fototropismo: o estímulo é a luz.
Elementos fora
de proporção
Cores fantasia
Fonte de luz
Caule
Fototropismo positivo: no caule, este
e
lado recebe mais auxina,
xina,,
favorecendo seu desenvolvimento.
ento..
Fonte de luz
Raiz Representação esquemática de
Fototropismo negativo: na raiz, uma raiz que inicialmente se
este lado recebe mais auxina; desenvolveu em um vaso de vidro
no entanto,o crescimento com revestimento opaco. Após a
é inibido. retirada do revestimento, a raiz
passou a ser iluminada
unilateralmente.
. Mecanismo do fototropismo após exposição à luz de um lado da planta:
Caule
Fototropismo positivo
Elementos fora
o
de proporção
la nt
Moléculas de
lu e
Cores fantasia
ce am
r
Caule auxina
ng
lo
A
Raiz
o
Moléculas de
la nt
Representação esquemática
lu e
auxina
ce am
r
Escuro e na raiz.
334
. Geotropismo (gravitropismo): o estímulo é a gravidade.
Representação esquemática
do crescimento de uma
planta, que cresceu na
posição vertical e depois foi
deitada sobre uma
superfície.
4 Dominância apical
. Fenômeno no qual a alta concentração de auxina produzida pelo ápice do caule inibe o desen-
volvimento das gemas axilares.
. A poda (retirada do ápice produtor de auxina) quebra a dominância apical.
Meristema apical Meristema apical
A B retirado (poda)
(produção de auxinas)
Ramos
Gemas crescendo a
axilares partir das
dormentes gemas axilares
Gema axilar
MÓDULO 22 - HORMÔNIOS VEGETAIS
originando
novo ramo
BIOLOGIA A
Representação esquemática da quebra da dominância apical do meristema (A). Com a retirada do ápice do caule (B), são removidas as células
produtoras de auxina.
335
. A poda consiste na remoção de ramos das plantas e pode trazer benefícios econômicos e sociais,
como:
– Originar novos ramos produtores de flores e frutos.
– Eliminar galhos que proporcionam riscos à rede elétrica, às residências e às pessoas.
– Proporcionar a forma mais adequada às árvores frutíferas relacionadas à absorção de luz e ade-
quação à colheita manual ou mecânica.
Fique atento à legislação de seu município. Podas de árvores são regulamentadas por leis municipais e devem
ser realizadas de forma planejada.
Elementos fora
de proporção
Cores fantasia
Ovário
Tomate
B com sementes
AIA
Representação esquemática
do processo de
Estames Ovário transformação de ovário em
removidos Tomate fruto (A) e fruto
sem sementes partenocárpico (B).
Ramo (estaca)
Representação esquemática
dos efeitos de auxina
sintética AIB (ácido
indolbutírico) quando
aplicada nas estacas, onde
é convertida em AIA e
promove o enraizamento.
Aplicação de
auxina Enraizamento em recipiente Plantio no solo
com terra fértil e areia
336
. A estaquia é empregada em diversos cultivos, como os da mandioca (aipim, macaxeira) e cana-de-
-açúcar.
. Vantagens da estaquia:
– Proporciona grande quantidade de mudas mais rapidamente do que a reprodução sexuada.
– As plantas clonadas apresentam características das matrizes selecionadas, como adaptações ao clima
e solo, resistência às doenças e pragas, produtividade, cores de flores, qualidades de frutos e raízes.
. Produção de plantas clonadas originadas por estaquia:
Fragmentos de
ramos de plantas Novas mudas
adultas selecionadas geneticamente id•nticas
photosthai/Shutterstock
Shanjaya/Shutterstock
Produção de plantas
clonadas originadas por
estaquia.
Plantio direto
BIOLOGIA A
Manutenção dos restos vegetais dos cultivos anteriores, que apresentam e secretam substâncias que inibem a germinação e o
desenvolvimento de plantas daninhas.
337
7 Etileno
. O hormônio etileno (C2H4) é gasoso e promove o amadurecimento de frutos, a senescência e a
queda das folhas.
. Um fruto maduro libera etileno no ar e influencia o amadurecimento dos frutos próximos.
Natali Tikhonova/Shutterstock
Embrulhar frutos em papel ou colocá-los em sacolas, além de protegê-los, também auxilia na
retenção de etileno, o que promove o amadurecimento mais rápido do fruto.
. Para que as frutas não amadureçam durante o transporte e o armazenamento, a respiração e outras
atividades metabólicas dos frutos devem ser reduzidas em contêineres e câmaras refrigeradas com
atmosfera controlada (oxigenação reduzida e altos níveis de gás carbônico).
. Etileno e queda das folhas:
– A redução da concentração de auxina nas folhas promove a sua manutenção.
– O aumento na produção de etileno pelas folhas promove a senescência e a queda das folhas.
– Enzimas, como a celulase, causam o desprendimento das células na inserção da bainha da folha
com o caule (zona de abscisão).
Elementos fora
de proporção
kpboonjit/Shutterstock
Cores fantasia
Representação esquemática da queda de folhas da Tabebuia rosea (ipê-rosa), que é promovida pelo etileno e evidencia a floração, que atrai
animais polinizadores.
8 Fotoperiodismo
. Muitas plantas florescem em função do tempo de exposição à luz e ao escuro.
. Nas folhas há moléculas chamadas fitocromos, que são fotossensíveis.
. Plantas de dia curto (PDC): florescem após serem iluminadas por um tempo igual ou menor ao
fotoperíodo crítico.
. Plantas de dia longo (PDL): florescem após serem iluminadas por tempo maior que o fotoperíodo
crítico.
338
. O tempo de exposição contínua ao escuro influencia a floração.
Planta de dia curto (PDC) Planta de dia longo (PDL) Elementos fora
(Planta de noite longa) (Planta de noite curta) de proporção
Cores fantasia
Iluminação
Fotoperíodo
24 horas
crítico
Flash de luz
Escuridão
Fl
Flassh
la
Flashhdde luz
Representação esquemática do
comportamento de plantas PDC e PDL
em relação ao tempo contínuo de
escuro. A planta PDC não floresceu
A B C D E F devido à exposição à luz no período de
escuridão, enquanto a PDL floresceu.
1 (Fameca-SP) As auxinas são um grupo de hormônios b) aumenta a concentração de auxinas no caule, o que
vegetais que regulam diversos mecanismos fisiológicos. contribui para o crescimento vertical da planta.
A técnica de poda usada em jardinagem está diretamen- c) aumenta a concentração de auxinas nas raízes, o que
te relacionada ao controle de produção de auxinas. O contribui para o enraizamento da planta no solo.
gráfico mostra como a variação desse hormônio pode
d) mantém a concentração adequada de auxinas para o
influenciar no desenvolvimento das raízes, gemas e caule.
desenvolvimento das raízes, caule e gemas.
e) diminui a concentração de auxina nas gemas, que se
desenvolvem em ramos laterais mais longos.
Gemas
pelo organismo são fortemente influenciadas por fatores
Raiz ambientais. Diversos são os estudos que buscam com-
preender melhor essas influências. O experimento seguin-
te integra um desses estudos.
Reprodução/Enem, 2010.
Inibição
(http://documents.tips. Adaptado)
a) diminui a concentração de auxinas no caule, o que ini- horizontal, e não na vertical, pode ser explicado pelo
be o desenvolvimento das gemas e raízes. argumento de que o giro faz com que a auxina se
339
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
a) distribua uniformemente nas faces do caule, estimulan- Para se obter uma cerca-viva de altura controlada, que
do o crescimento de todas elas de forma igual. crie uma barreira física e visual, deve-se
b) acumule na face inferior do caule e, por isso, determine a) estimular a produção de auxinas pelas gemas laterais
um crescimento maior dessa parte. das plantas, podando periodicamente a gema apical.
c) concentre na extremidade do caule e, por isso, iniba o b) estimular a produção de auxinas pela gema apical das
crescimento nessa parte. plantas, podando periodicamente as gemas laterais.
d) distribua uniformemente nas faces do caule e, por isso, c) inibir a produção de auxinas pela gema apical e pelas
iniba o crescimento de todas elas. gemas laterais das plantas, podando periodicamente
as gemas laterais e a gema apical.
e) concentre na face inferior do caule e, por isso, iniba a
atividade das gemas laterais. d) inibir a produção de auxinas pela gema apical das plan-
tas, podando periodicamente as gemas laterais.
3 (Fuvest-SP) As plantas podem reproduzir-se sexuada ou e) inibir a produção de auxinas pelas gemas laterais das
assexuadamente, e cada um desses modos de reprodução plantas, podando periodicamente a gema apical.
tem impacto diferente sobre a variabilidade genética ge-
rada. Analise as seguintes situações: 5
I. plantação de feijão para subsistência, em agricultura O Brasil tem investido em inovações tecnológicas
familiar; para a produção e comercialização de maçãs. Um exem-
II. plantação de variedade de cana-de-açúcar adequada plo é a aplicação do composto volátil 1-metilciclopropeno,
à região, em escala industrial; que compete pelos sítios de ligação do hormônio vegetal
etileno nas células desse fruto.
III. recuperação de área degradada, com o repovoamen-
Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br. Acesso em: 16 ago. 2012 (adaptado).
to por espécies de plantas nativas.
Com base nos conhecimentos sobre o efeito desse hor-
Com base na adequação de maior ou menor variabilidade
mônio, o 1-metilciclopropeno age retardando o(a)
genética para cada situação, a escolha da reprodução
a) formação do fruto.
assexuada é a indicada para
b) crescimento do fruto.
a) I, apenas.
c) amadurecimento do fruto.
b) II, apenas.
d) germinação das sementes.
c) III, apenas.
e) formação de sementes no fruto.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III. Indique a soma das alternativas corretas
6 (UEPG-PR) Fotoperiodismo são respostas biológicas re-
4 (Unesp-SP) Uma gimnosperma conhecida como cedrinho lacionadas com a duração do dia e da noite, duração essa
(Cupressus lusitanica) é uma opção de cerca-viva para
que varia ao longo das estações do ano. As plantas con-
quem deseja delimitar o espaço de uma propriedade. Para
seguem perceber essas variações. Com relação ao foto-
isso, mudas dessa espécie são plantadas a intervalos re- periodismo das plantas, assinale o que for correto.
gulares. Podas periódicas garantem que o espaço entre 01) As plantas de dias curtos florescem quando subme-
as mudas seja preenchido, resultando em uma cerca como tidas a períodos de escuro igual ou maior que o foto-
a ilustrada na imagem. período crítico.
Reprodução/Unesp, 2017.
(www.mariplantas.com.br)
340
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
• Leia os itens 1 a 3 da seção • Leia os itens 1 a 4. • Faça a questão 7.
1e2 Neste módulo. • Faça as questões 4 a 6.
• Faça as questões 1 a 3.
• Leia os itens 4 e 5 da seção • Leia os itens 5 a 7. • Faça a questão 13.
3 Neste módulo. • Faça a questão 11.
• Faça as questões 8 e 9.
• Leia o item 6 da seção Neste • Leia o item 8.
4 módulo. –
• Faça a questão 12.
• Faça a questão 10.
• Leia o item 7 da seção Neste • Leia os itens 9 e 10.
5 módulo. –
• Faça a questão 17.
• Faça a questão 14.
• Leia o item 8 da seção Neste • Leia os itens 11 e 12. • Faça as questões 19 e 20.
6 módulo. • Faça a questão 18.
• Faça as questões 15 e 16.
PREPARE-SE
Para se preparar para a próxima aula, leia os itens 1 a 4 do Capítulo 4 da unidade Fisiologia vegetal do
Caderno de Estudos 4.
EX TRAS!
e) independem da ação dos genes para serem sinteti- III. A planta cresce voltando-se na direção da luz porque
zados. esta estimula a produção das auxinas.
341
EXTRAS!
Reprodu•‹o/Unicamp, 2020.
3 Uma planta saudável em desenvolvimento foi co-
locada no interior de uma caixa de paredes opacas onde
uma fenda permitia a passagem de luz. Por alguns dias,
um motor manteve o eixo girando o vaso lentamente na
seguinte situação:
Emre Terim/Shutterstock
342
EXTRAS!
7 (Famema-SP) Um pesquisador realizou um experimento com flores de uma espécie de tomateiro. Ele dividiu as plantas em
dois lotes. No lote 1, as flores ficaram expostas, sem nenhuma cobertura. No lote 2, cada flor foi coberta com gaze porosa e
opaca, de forma que as abelhas podiam pousar sobre a gaze, mas nunca sobre a flor. O número de abelhas que visitaram as
flores dos dois lotes foi contabilizado durante um determinado período de tempo. As flores continuaram cobertas até o
início da formação dos frutos. Como resultado do experimento, obteve-se que o número de abelhas que visitou as flores do
lote 1 foi significativamente maior do que o número de abelhas que visitou as do lote 2. O pesquisador notou, ainda, que no
lote 2 foram formados poucos frutos e que estes eram menores e com menor número de sementes quando comparados aos
frutos das plantas do lote 1.
Reprodução/Famema, 2020.
(www.semabelhasemalimento.com.br)
a) Qual o papel das abelhas na formação dos tomates? O que provavelmente atraiu as abelhas até as flores do lote 2, que
estavam cobertas?
b) Explique o mecanismo fisiológico que relaciona a formação de frutos maiores à formação de um maior número de se-
mentes.
8 (UFSJ-MG) O glifosato é um herbicida amplamente utilizado na agricultura e jardinagem. Este herbicida não é seletivo, sen-
do necessário borrifá-lo diretamente sobre a planta daninha. O glifosato penetra pela superfície da planta, se espalha pelos
tecidos condutores e se acumula nas partes em crescimento. As plantas expostas ao glifosato apresentam estagnação no
crescimento, perda da coloração verde, enrugamento das folhas, acarretando em morte após alguns dias.
Ao analisar o texto acima podemos afirmar que a única hipótese coerente em relação a ação do glifosato é que
a) pode ligar-se a algum gene do metabolismo vegetal, impedindo que ocorra a síntese de uma importante proteína pelo
processo de duplicação do DNA.
b) pode ligar-se a uma enzima traduzida para uma via essencial do metabolismo da planta, impedindo que essa enzima
catalise uma reação importante, levando a planta à morte.
c) pode agir sobre os ribossomos, impedindo que estes possam sintetizar o RNA no processo de transcrição.
d) pode impedir no interior do núcleo celular a tradução de alguma importante proteína para o metabolismo do vegetal.
9 (Cefet-MG) Em uma situação específica, uma prática comum consiste em envolver frutos em folhas de jornal durante alguns
dias com o objetivo de
a) evitar a eliminação de odores desagradáveis.
b) impedir a postura de ovos por moscas da fruta. MîDULO 22 - HORMÔNIOS VEGETAIS
10 (UFPR) Produtores de frutas utilizam permanganato de potássio para desencadear a reação representada pela seguinte
equação:
BIOLOGIA A
343
EXTRAS!
11 (Ufla-MG) Um pesquisador verificou que plantas presentes ao lado da estrada pela qual ele passava diariamente floresciam
em uma determinada época do ano. Diante dessa observação, ele notou que a planta (Flora forinea) florescia quando ex-
posta a um fotoperíodo crítico de 16 horas. Indique qual a alternativa que classifica a planta em relação ao fotoperíodo e em
qual estação do ano ela florescia.
a) PDL (Planta Dia Longo), verão.
b) PDC (Planta Dia Curto), verão.
c) PDC, inverno.
d) PDL, inverno.
12 O esquema a seguir apresenta diferentes situações em que as plantas foram expostas. Quais dos regimes induzirão
as plantas a florescerem?
Período de luz
24 horas
Período de escuro
crítico
Período escuro
Período de luz
a) B, C, D e F. c) C e F. e) B, D e F.
b) A, C, D e E. d) B e D.
ANOTAÇÕES
344
23 BIOLOGIA A
M Ó D U L O
Fitogeografia do Brasil
COMPETÊNCIAS
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICAS
E HABILIDADES
DA BNCC
. Objetivo 1: conhecer a distribuição dos biomas continentais do Brasil e as características ambientais
COMPETÊNCIA 1
e da vegetação da Amazônia.
EM13CNT105
. Objetivo 2: entender as causas da alta diversidade biológica da Mata Atlântica e suas semelhanças
com a mata de terra firme da Amazônia. COMPETÊNCIA 2
. Objetivo 3: conhecer as características ambientais e da vegetação dos Manguezais e sua importância EM13CNT202
Neste módulo
Biomas continentais do
Brasil
Floresta Amazônica Trópico de
Mata Atlântica Capricórnio
Caatinga
N Fonte: BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e
BIOLOGIA A
Cerrado
Pantanal
Estatística. Mapa de Biomas do Brasil. Disponível em:
0 580 https://geoftp.ibge.gov.br/informacoes_ambientais/
Pampa estudos_ambientais/biomas/mapas/biomas_5000mil.pdf.
km
Acesso em: 22 set. 2019.
345
2 Amazônia
. Ocupa extensas regiões de terreno plano, com leves declives próximos aos rios.
. Constituída de três regiões:
– Terra firme: não sofre inundações.
– Várzea: inundada por alguns meses do ano.
– Igapó: inundada por muitos meses anualmente.
. As epífitas apresentam adaptações, que possibilitam a absorção de água das chuvas e minerais
trazidos pelo ar.
. As raízes das orquídeas apresentam tecido externo com grande capacidade de absorção e arma-
zenamento de água, chamado velame.
BlackstarRedbuff/Shutterstock
ppppk14/Shutterstock
Raiz de orquídea
com velame.
346
. Nas bromélias, há tricomas absorventes nas folhas.
Matyas Rehak/Shutterstock
Epífitas como as bromélias não
parasitam árvores, somente se
fixam nelas, sem perfurá-las.
Caule de erva-de-passarinho
Haustório no xilema da
Pascal Goetgheluck/SPL/Fotoarena
planta hospedeira
Erva-de-passarinho realiza
fotossíntese e extrai somente
seiva bruta da planta hospedeira.
. O cipó-chumbo absorve seiva bruta do xilema e seiva elaborada do floema da planta hospedeira.
Evgeiia/Shutterstock
347
Matas alagadas
Solo
• Pobre em gás oxigênio nos períodos de alagamento.
• Solo de igapó é arenoso e pobre em nutrientes.
• Solo de várzea é rico em nutrientes minerais.
Vegeta•‹o
• Raízes adventícias escoras (surgem do caule).
• Súber de caules e raízes-escoras com grandes lenticelas, que captam gás oxigênio do ar.
• Plantas aquáticas com parênquima aerífero (aerênquima).
Laszlo Mates/Shutterstock
Vegetação permanece submersa
ou parcialmente submersa
durante mais meses no igapó do
que na várzea.
kabakcicansu/Shutterstock
Lenticelas
Raízes adventícias escoras auxiliam na fixação da planta ao solo (A). Lenticelas são regiões porosas do súber de caules e raízes que facilitam a
entrada de O2 do ar (B).
348
3 Mata Atlântica
Mata Atlântica
Características gerais
• Presente do nordeste ao sul do Brasil, da costa leste a regiões interioranas.
• Temperaturas médias variam entre 14 °C e 21 °C, dependendo da região do país.
• Índice pluviométrico anual varia entre 4 000 mm ao ano próximo ao mar e 1 000 mm em regiões
interioranas do planalto Paulista.
• Apresenta grande biodiversidade.
lucianospagnolribeiro/Shutterstock
A Mata Atlântica ocupa áreas
com diferentes relevos.
Solo
• Profundo, rico em sais minerais variável, camada superficial com grande quantidade de restos
vegetais em decomposição.
• Presença de fungos e bactérias decompositores.
• Muitas espécies de artrópodes se alimentam de restos vegetais (detritívoros).
Vegetação
• Semelhante à mata de terra firme da Amazônia.
• Árvores de grande porte, raízes superficiais com micorrizas.
• Muitas espécies de ambiente sombrio.
• Presença de plantas trepadeiras e plantas epífitas.
• Grande número de interações com animais polinizadores e dispersores de sementes (aves, maca-
cos, morcegos).
• Inclui a Mata de Araucárias.
Richard Whitcombe/Shutterstock
resultantes da decomposição
na camada superior do solo.
349
. A alta biodiversidade está relacionada à diversidade de ambientes:
– Relevo com altitudes variáveis.
– Variações climáticas bastante pronunciadas.
– Influência dos ventos úmidos do oceano Atlântico.
– Barreiras montanhosas, provocando altas taxas de precipitação.
– Áreas interioranas com menores índices de chuvas.
– Massas de ar mais frio no inverno no sul e no sudeste.
3.1 Manguezal
Manguezal
Características gerais
• Ecossistema entre o ambiente marinho e o terrestre, localizado na desembocadura de rios.
• Recebe água de rios e do mar.
Damsea/Shutterstock
Damsea/Shutterstock
Solo
• Lodoso.
• Alta salinidade.
• Rico em matéria orgânica em decomposição.
• Pobre em gás oxigênio.
Vegetação
• Rizóforos: ramos de caule que brotam e crescem para baixo, proporcionando sustentação.
• Raízes pneumatóforas: obtêm gás oxigênio do ar acima do solo.
• Glândulas de sal nas folhas secretam sais, ou as plantas acumulam o excesso em vacúolos das
células.
Olga Koroleva/Shutterstock
K Reem Studios/Shutterstock
A B
350
O ecossistema manguezal
Para complementar seus estudos sobre os manguezais e saber mais sobre fauna, impactos ambientais e
utilização sustentável, consulte o material disponível em: http://ecologia.ib.usp.br/portal/index.php?
option=com_content&view=article&id=70&Itemid=409. Acesso em: 28 jan. 2021.
4 Cerrado
Cerrado
Características gerais
• Localizado predominantemente em relevos planos, com leves declives.
• Clima com inverno seco e chuvas concentradas na primavera e no verão.
• Precipitação média anual entre 1 000 mm e 1 800 mm.
• Temperaturas médias anuais que variam entre 20 °C e 26 °C.
Kleyton Kamogawa/Shutterstock
Solo
• Pobre em nutrientes minerais (oligotrófico), ácido.
• Desseca no inverno até 1 a 2 metros de profundidade, porém nas camadas mais profundas há
bastante umidade o ano todo.
Vegetação
• Árvores baixas e arbustos com caules tortuosos, súber espesso (proteção contra incêndios) e
com raízes longas (atingem grandes profundidades, até os lençóis freáticos).
• Árvores e arbustos com folhas grossas e rígidas (escleromorfismo), com cutícula espessa.
• Tricomas que refletem luz (reduzem aquecimento e transpiração).
• Estômatos em depressões da epiderme.
• Folhas de herbáceas secam na estiagem.
• Herbáceas com caules subterrâneos (proteção contra incêndios).
• Floração, brotamento ou germinação após incêndios.
Dado Photos/Shutterstock
351
. Corte transversal de folha com adaptações à redução da transpiração:
Cutícula
Science Stock Photography/Science Source/Fotoarena
Epiderme pluriestratificada
Parênquima paliçádico
Parênquima lacunoso
Tricoma
Estômatos em cavidades, cercados de tricomas,
Célula-guarda que reduzem a ventilação e, consequentemente, a
(estômato)
transpiração estomática. Assim como a cutícula
Epiderme inferior espessa e a epiderme pluriestratificada, os
pluriestratificada estômatos reduzem a transpiração cuticular.
Liberação de nu-
Em 3 a 4 anos, os
trientes minerais das
Raios iniciam os Queimam as folhas nutrientes trazidos
plantas nas cinzas
incêndios naturais. secas. pelos ventos repõem
sobre o solo e perda
os nutrientes levados
com as cinzas leva-
pela fumaça.
das pela fumaça.
Rodrigo S Coelho/Shutterstock
352
5 Caatinga
Caatinga
Características gerais
• É um tipo de savana semiárida, xerofítica (ambiente seco) e decídua (folhas caem na estação seca).
• A perda das folhas expõe os ramos das plantas, dando um aspecto esbranquiçado.
• Clima tropical estacional semiárido, com distribuição irregular das chuvas, e temperaturas médias
elevadas. Apresenta desde áreas com pequenos cactos e bromélias de solo até regiões com mui-
tos arbustos e árvores.
• A vegetação arbustiva predomina na paisagem.
Solo
• Rico em nutrientes minerais.
• Pouco profundo; em muitas áreas é pedregoso.
• Drenagem variável, com áreas bem drenadas e áreas com escoamento deficiente.
Vegetação
• Adaptada ao ambiente seco (xerófitas), com folhas pequenas, grande quantidade de pequenos
estômatos na epiderme inferior, cutícula espessa, folhas modificadas em espinhos.
• Raízes superficiais nos cactos absorvem rapidamente as águas das chuvas.
• Algumas árvores têm raízes profundas.
• Queda das folhas na estação seca.
• As plantas armazenam água no caule, no interior das folhas ou nas raízes (parênquima aquífero).
• Plantas herbáceas têm caules subterrâneos, que rebrotam após o período da seca.
• Cactos abrem estômatos à noite e absorvem e armazenam CO2 no caule.
Alf Ribeiro/Shutterstock
Kleber Cordeiro/Shutterstock
A B
Áreas de Caatinga com folhas (A) e após a queda delas (B), evidenciando os galhos de tons claros.
353
6 Pantanal
Pantanal
Características gerais
• Clima com inverno seco e chuvas concentradas no verão, que causam o ciclo anual de inundação.
• O relevo apresenta áreas mais altas, não inundáveis, e áreas mais baixas, inundáveis.
• A diversidade de ambientes favorece a alta biodiversidade.
Solo
• Apresenta rápida ciclagem de nutrientes nas áreas inundáveis.
Vegetação
• Plantas arbóreas e arbustivas nas partes mais elevadas.
• Nas áreas inundáveis: plantas herbáceas, aquáticas submersas, aquáticas flutuantes livres ou
enraizadas no fundo.
• Parênquima aerífero (aerênquima) possibilita a flutuação e a oxigenação dos órgãos submersos.
• Estômatos ficam na face superior das folhas flutuantes.
• Espécies aquáticas liberam sementes antes de morrer na seca ou têm caules subterrâneos, que
brotam novamente no período das cheias.
AJancso/Shutterstock
Vegetação de área alagada
cercada de vegetação
florestal de área não
alagável no Pantanal.
7 Pampa
Pampa
Características gerais
• Clima com verões quentes e invernos frios, com geadas e temperaturas negativas.
• O relevo é baixo, com suaves ondulações.
• Sofre forte influência antrópica com incêndios frequentes e pastejo.
Solo
• Fértil e pouco espesso.
Vegetação
• Predominância de plantas herbáceas, destacadamente as gramíneas.
• As queimadas e o pastejo pelo gado contribuíram para a constituição atual. Sem esses fatores,
haveria o desenvolvimento de muitas gramíneas de touceiras, arbustos e até árvores.
Lisandro Luis Trarbach/Shutterstock
Paisagem do Pampa.
354
DESEN V OLV ENDO H A BIL ID A DE S
1 (UEA-AM) As lianas, cipós e trepadeiras são plantas enraizadas no solo, cujo caule se desenvolve sobre troncos de árvores,
visando sustentação e maior obtenção de luz. Diversas orquídeas e bromélias fixam suas raízes nos troncos das árvores, de
onde extraem superficialmente, muitas vezes por meio de associações com micorrizas, água e nutrientes originados da de-
composição da matéria orgânica. Tendo em vista as relações ecológicas citadas no texto, é correto afirmar que
a) as micorrizas são comensais das orquídeas e bromélias.
b) as orquídeas e as bromélias são parasitas das árvores.
c) as lianas, os cipós e as trepadeiras são mutualísticas das árvores.
d) as orquídeas e as bromélias são epífitas das árvores.
e) as micorrizas são parasitas das árvores.
2
A Mata Atlântica caracteriza-se por uma grande diversidade de epífitas, como as bromélias. Essas plantas estão adaptadas
a esse ecossistema e conseguem captar luz, água e nutrientes mesmo vivendo sobre as árvores.
Disponível em: www.ib.usp.br. Acesso em: 23 fev. 2013 (adaptado).
3 Dentre outras características, uma determinada vegetação apresenta folhas durante três a quatro meses ao ano, com
limbo reduzido, mecanismo rápido de abertura e fechamento dos estômatos e caule suculento. Essas são algumas caracte-
rísticas adaptativas das plantas ao bioma onde se encontram.
Que fator ambiental é o responsável pela ocorrência dessas características adaptativas?
a) Escassez de nutrientes no solo. d) Baixo pH do solo.
b) Estratificação da vegetação. e) Escassez de água.
c) Elevada insolação.
4 (UFGRS-RS)
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), as queimadas constatadas em julho de 2016 saltaram
de 104 para 864, ano em que as geadas secaram os pastos antes do previsto. O uso do fogo, no manejo de propriedades rurais,
gera polêmicas, e técnicos advertem que essa prática, além de ser ilegal, degrada a vegetação e o solo. O IBAMA fiscaliza quei-
madas principalmente no Centro-Oeste e na Amazônia.
Campos ardentes. Correio do Povo. 07 ago. 2016.
A Coluna 1 lista dois biomas que ocorrem nessas regiões fiscalizadas; a Coluna 2, características que os distinguem.
Associe adequadamente a Coluna 2 à Coluna 1.
Coluna 1
1. Amazônia
2. Cerrado
Coluna 2
( ) Vegetação arbórea esparsa com raízes profundas.
MîDULO 23 - FITOGEOGRAFIA DO BRASIL
( ) Árvores e arbustos com cascas grossas.
( ) Vegetação arbórea densa disposta em diferentes estratos.
( ) Predomínio de gramíneas recobrindo o solo.
( ) Árvores altas com raízes tabulares.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
BIOLOGIA A
a) 2 – 1 – 1 – 2 – 2. c) 1 – 2 – 1 – 1 – 1. e) 2 – 2 – 1 – 2 – 1.
b) 1 – 1 – 2 – 1 – 2. d) 2 – 1 – 2 – 1 – 2.
355
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
• Leia os itens 1 a 3 da seção • Leia os itens 1 a 3.
1e2 Neste módulo. –
• Faça as questões 4 e 5.
• Faça as questões 1 e 2.
• Leia o item 3.1 da seção • Leia o item 3.3. • Faça a questão 7.
3 Neste módulo. • Faça a questão 6.
• Faça a questão 3.
• Leia os itens 4 e 5 da seção • Leia os itens 4 e 5. • Faça as questões 15 e 16.
4 Neste módulo. • Faça as questões 11 a 13.
• Faça as questões 8 e 9.
• Leia os itens 6 e 7 da seção • Leia os itens 6 e 7.
5 Neste módulo. –
• Faça a questão 14.
• Faça a questão 10.
EX TRAS!
1 A vegetação apresenta adaptações ao ambiente, como plantas arbóreas e arbustivas com raízes que se expandem
horizontalmente, permitindo forte ancoragem no substrato lamacento; raízes que se expandem verticalmente, por causa da
baixa oxigenação do substrato; folhas que têm glândulas para eliminar o excesso de sais; folhas que podem apresentar cutícula
espessa para reduzir a perda de água por evaporação. As características descritas referem-se a plantas adaptadas ao bioma:
a) Cerrado. c) Pantanal. e) Mata de Cocais.
b) Pampas. d) Manguezal.
2 (UFRGS-RS) A planta denominada erva-de-passarinho é uma hemiparasita. Nesse caso, o tecido vegetal da árvore hospe-
deira, onde os elementos nutritivos são absorvidos, é o
a) colênquima. c) esclerênquima. e) xilema.
b) floema. d) parênquima.
3 Plantas de manguezal são adaptadas a absorver água em meios de alta concentração salina, no entanto, essa ativi-
dade acaba aumentando demasiadamente a quantidade de sais em seus organismos, que entram nas raízes devido ao
transporte chamado:
a) difusão. c) fagocitose. e) difusão facilitada.
b) transporte ativo. d) osmose.
4
O manguezal é um dos mais ricos ambientes do planeta, possui uma grande concentração de vida, sustentada por nutrien-
tes trazidos dos rios e das folhas que caem das árvores. Por causa da quantidade de sedimentos — restos de plantas e outros
organismos — misturados à água salgada, o solo dos manguezais tem aparência de lama, mas dele resulta uma floresta exube-
rante capaz de sobreviver naquele solo lodoso e salgado.
NASCIMENTO, M. S. V. Disponível em: http://chc.cienciahoje.uol.com.br. Acesso em: 3 ago. 2011.
Para viverem em ambiente tão peculiar, as plantas dos manguezais apresentam adaptações, tais como
a) folhas substituídas por espinhos, a fim de reduzir a perda de água para o ambiente.
b) folhas grossas, que caem em períodos frios, a fim de reduzir a atividade metabólica.
c) caules modificados, que armazenam água, a fim de suprir as plantas em períodos de seca.
d) raízes desenvolvidas, que penetram profundamente no solo, em busca de água.
e) raízes respiratórias ou pneumatóforos, que afloram do solo e absorvem o oxigênio diretamente do ar.
356
EXTRAS!
(www.ecodebate.com.br) (www.paraibatotal.com.br)
(www.bluechanel24.com)
Plantas xeromórficas e com folhas modificadas que diminuem a evapotranspiração; plantas com rizóforos e pneumatóforos
(eficientes na sustentação da planta e na captação do oxigênio); e plantas epífitas (que vivem sobre outras plantas, aumen-
tando a eficiência na captação de luz) são típicas dos biomas identificados, respectivamente, pelos números
a) 1, 2 e 4. b) 4, 5 e 2. c) 3, 1 e 5. d) 2, 5 e 3. e) 4, 1 e 3.
6 Uma região de Cerrado possui lençol freático profundo, estação seca bem marcada, grande insolação e recorrência
de incêndios naturais. Cinco espécies de árvores nativas, com as características apresentadas no quadro, foram avaliadas MîDULO 23 - FITOGEOGRAFIA DO BRASIL
Superfície Coberta por Coberta por Coberta por Coberta por Coberta por
foliar tricomas cera cera espinhos espinhos
BIOLOGIA A
Profundidade das
Baixa Alta Baixa Baixa Alta
raízes
357
EXTRAS!
7 Muitas espécies de plantas lenhosas são encontradas no Cerrado brasileiro. Para a sobrevivência nas condições de
longos períodos de seca e queimadas periódicas, próprias desse ecossistema, essas plantas desenvolveram estruturas mui-
to peculiares.
As estruturas adaptativas mais apropriadas para a sobrevivência desse grupo de plantas nas condições ambientais do refe-
rido ecossistema são:
a) Cascas finas e sem sulcos ou fendas. d) Gemas apicais com densa pilosidade.
b) Caules estreitos e retilíneos. e) Raízes superficiais, em geral, aéreas.
c) Folhas estreitas e membranosas.
Com base na análise dos dados constantes nos gráficos acima e nos conhecimentos acerca dos biomas típicos do Brasil, é
correto afirmar que:
01) nas quatro regiões, os índices pluviométricos não apresentam grandes variações ao longo do ano.
02) Bagé apresenta a distribuição pluviométrica mais irregular durante o ano.
04) nas quatro regiões, os meses com os maiores índices pluviométricos são aqueles em que ocorrem as temperaturas
mais baixas.
08) no bioma com o maior índice pluviométrico em um único mês, as monocotiledôneas de grande porte são seus exem-
plares típicos.
16) as plantas da região de Goiânia devem apresentar adaptações para períodos de estiagem e para sobreviverem ao fogo.
32) a floresta de Araucárias apresenta um índice pluviométrico de cerca de 3 000 mm anuais.
358
GABARITO - EXTRAS!
GABARITO
1 c 6 c
2 d 7 d
359
8 b gão vegetal em resposta à ação da gravidade, o que
b) O açúcar produzido nas folhas é transportado ao des rígidas, reforçadas com lignina, o que confere
floema, que recebe água por osmose; consequente- rigidez, e o colênquima, que é constituído de células
mente, ocorre um fluxo de água e açúcar (seiva orgâ- vivas, com parede reforçada de celulose, que confere
nica) até as raízes. flexibilidade ao órgão em que se encontra.
12 a) Na região acima do corte ocorrerá a remoção do b) A perda dos ápices quebra a dominância apical, o
tecido condutor de seiva elaborada (orgânica) cha- que promove o estímulo da atividade dos meristemas
mado floema, impedindo seu transporte para regiões das gemas axilares, que desenvolvem novos ramos.
abaixo do anel; no entanto, o transporte de seiva
7 a) As abelhas realizaram a polinização das flores, o que
inorgânica pelo xilema continua a ocorrer. Posterior-
possibilitou a reprodução sexuada, com a formação
mente, a planta morre devido à falta de carboidratos
de tomates com sementes. As abelhas do lote 2 fo-
ricos em energia para o metabolismo das raízes.
ram atraídas por substâncias químicas no ar que pro-
b) A seiva elaborada não passará para as outras regiões porcionam aromas às flores.
além do anel retirado, acumulando-se no ramo, nas
b) As sementes produzem auxinas, que são hormônios
folhas e nos frutos, que ficarão maiores e com maior
promotores do crescimento; sendo assim, quanto
teor de carboidratos. O transporte pelo xilema continu-
maior o número de sementes, maior é a quantidade
ará normalmente. A planta não morrerá, porque os
outros ramos continuarão fornecendo açúcares para os de auxinas que promovem o crescimento dos frutos.
órgãos vegetais. 8 b
c) Por se tratar de uma monocotiledônea, o transporte 9 d
de seiva elaborada não será afetado, pois o floema
10 b
está disperso em feixes condutores no caule.
11 a
Módulo 22 – Hormônios vegetais 12 e
360
10 BIOLOGIA B COMPETÊNCIAS GERAIS C1, C2
M Ó D U L O
Bioenergética:
fermentação
COMPETÊNCIAS
ESPECÍFICAS
Objetivos de aprendizagem E HABILIDADES
DA BNCC
. Objetivo 1: entender os mecanismos básicos que permitem o fluxo de energia na célula. COMPETÊNCIA 1
. Objetivo 2: conhecer o processo básico de fermentação e seus principais tipos. EM13CNT101
COMPETÊNCIA 2
Neste módulo
EM13CNT202
EM13CNT207
1 Reações energéticas
. Metabolismo: conjunto de reações celulares que engloba o anabolismo e o catabolismo.
– Anabolismo: abarca reações de síntese de moléculas, como a síntese proteica e a fotossíntese. As
reações anabólicas são endergônicas – consomem energia.
– Catabolismo: reúne reações de quebra de moléculas, como a fermentação e a respiração celular.
As reações catabólicas são exergônicas – liberam energia.
Cores fantasia
Energia de Energia de
ativação ativação
Produtos
Energia liberada
Reagentes Reagentes
Produtos
Endergônica Exergônica
Representação esquemática das reações endergônicas do anabolismo, que consomem energia, e das reações MÓDULO 10 - BIOENERGÉTICA: FERMENTAÇÃO
exergônicas do catabolismo, que, após sua ativação, liberam energia.
BIOLOGIA B
361
. O trifosfato de adenosina (ATP) é um nucleotídeo trifosfatado, que realiza a transferência de energia
entre as reações do catabolismo e do anabolismo.
O2 O2 O2
Adenina
2
O P O P O P O CH2
O O O
Ribose
O2 O2 O2
Adenina
2
O P O2 1 2
O P O P O CH2
O O O
Fosfato Ribose
inorgânico (Pi) ADP
Representação esquemática da transformação de ADP em ATP, e vice-versa. A reação de quebra da ligação fosfato do ATP libera energia
para a atividade celular. A regeneração do ATP armazena energia na ligação terminal fosfato.
Elementos fora
Molécula
energética
2 de proporção
Cores fantasia
H
H
NAD1 NAD H
H
1
NAD1
O hidrogênio é transferido para
o NAD, formando o NADH
NAD1
3
Uma enzima desidrogenase
liga-se a uma molécula
energética com H e com a
coenzima NAD
NAD H
Representação esquemática de mecanismo de ação de um aceptor. O aceptor de hidrogênio funciona como coenzima, e um de
seus componentes é uma vitamina do grupo B: niacina (B5) no NAD ou flavina (B2) no FAD.
362
. Os principais aceptores de hidrogênio são o NAD1 (nicotinamida adenina dinucleotídeo), o NADP1
(nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato) e o FAD (flavina adenina dinucleotídeo).
ADP
NAD
FAD
Anabolismo
Catabolismo
ATP
NADH
FADH2
Energia
química
Produtos Moléculas
pobres em precursoras
energia
. A glicólise é comum a todas as células e é um processo anaeróbio, isto é, não utiliza oxigênio.
Elementos fora
de proporção
NADH
P P 2 ADP 2 ATP Cores fantasia
Glicose
NAD1
Ácido
pirúvico
2 ATP 2 ADP
P
P
Ácido
pirúvico
NAD1
2 ADP 2 ATP
P
NADH
BIOLOGIA B
Representação esquemática da glicólise. Para iniciar o processo, a glicose deve ser ativada, com o gasto de 2 ATP.
Na sequência, ocorre a formação de 4 ATP, com um rendimento líquido de 2 ATP.
363
3 Fermentação: tipos e importância
. Em condições anaeróbias, o NAD1 deve ser regenerado a partir do NADH, no fim da glicólise.
. A regeneração do NAD1 no citosol é feita no processo de fermentação, utilizando o piruvato para
captar o hidrogênio.
. Existem dois tipos básicos de fermentação: a lática e a alcoólica.
. A fermentação lática é realizada pelas bactérias lactobacilos, importantes para a produção de laticí-
nios, e pelas células musculares, quando submetidas a exercícios físicos intensos.
Elementos fora
Glicose de proporção
Cores fantasia
ADP NAD1
Glicólise
O O2 O O2
C Regeneração C
de NAD1
C O H C OH Representação esquemática
da fermentação lática.
CH3 CH3 Observe que o piruvato e o
lactato têm o mesmo número
Piruvato Lactato de carbonos.
. A fermentação alcoólica é realizada por fungos unicelulares, as leveduras (ou lêvedos). Tem grande
importância econômica, pela produção de álcool combustível, de bebidas alcoólicas e pela panificação.
ATP
ATP NADH 1 H1 NAD1
O O2
H1
C Regeneração
de NAD1
Representação esquemática
C O H2C OH da fermentação alcoólica,
na qual ocorre formação de
CH3 CH3 CO2, o responsável pelo
CO2
crescimento da massa
Piruvato Etanol de pão.
1
Reprodução/UNESP-Peruíbe, 2019.
2 (Udesc) A glicólise é um processo que compreende dez reações químicas, cada uma delas com a participação de uma en-
zima específica. Assinale a alternativa correta em relação à glicólise anaeróbica.
a) É o processo responsável pela quebra da glicose, transformando-a em piruvato ou ácido pirúvico.
b) É realizada apenas em células animais e procariontes heterotróficos.
c) Promove a quebra da glicose no interior da mitocôndria.
d) Libera energia na forma de 38 ATPs.
e) Transforma ácido lático em ácido pirúvico.
3 (Uespi) O metabolismo celular fermentativo é um processo de degradação de moléculas orgânicas com liberação de energia
usada para formar ATP. A fermentação lática, um dos processos fermentativos:
a) é resultado do anabolismo de carboidratos, cuja regeneração do NAD gera um produto final oxidado.
b) produz quatro moléculas de ácido lático e gás carbônico por molécula de glicose.
c) quando realizada por bactérias no leite, provoca a coagulação de proteínas.
d) na presença de oxigênio, produz saldo energético superior à respiração aeróbica.
e) gera 4 ATPs de saldo energético a partir da degradação do ácido pirúvico.
4 (Fuvest-SP) A levedura Saccharomyces cerevisiae pode obter energia na ausência de oxigênio, de acordo com a equação
C6H12O6 ñ 2 CO2 1 2 CH3CH2OH 1 2 ATP
Produtos desse processo são utilizados na indústria de alimentos e bebidas. Esse processo ocorre _____________ da leve-
dura e seus produtos são utilizados na produção de _____________.
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
No próximo módulo, será estudada a respiração celular. Para se preparar, assista ao vídeo sobre o assunto e
busque responder às seguintes questões a respeito do tema:
• Por que a mitocôndria pode ser considerada um exemplo de sucesso da associação entre procariontes e
eucariontes?
BIOLOGIA B
• Por que existem doenças mitocondriais que podem ser herdadas pela via paterna?
• Por que a respiração é um processo energético muito mais eficiente do que a fermentação?
365
EX TRAS!
1 Um dos processos biotecnológicos mais antigos é a utilização de microrganismos para a produção de alimentos.
Num desses processos, certos tipos de bactérias anaeróbicas utilizam os açúcares presentes nos alimentos e realizam sua
oxidação parcial, gerando como produto final da reação o ácido lático.
Qual produto destinado ao consumo humano tem sua produção baseada nesse processo?
a) Pão. d) Vinagre.
b) Vinho. e) Cachaça.
c) Iogurte.
2
A fabricação de cerveja envolve a atuação de enzimas amilases sobre as moléculas de amido da cevada. Sob temperatura
de cerca de 65 °C, ocorre a conversão do amido em maltose e glicose. O caldo obtido (mosto) é fervido para a inativação das
enzimas. Após o resfriamento e a filtração, são adicionados o lúpulo e a levedura para que ocorra a fermentação. A cerveja sofre
maturação de 4 a 40 dias, para ser engarrafada e pasteurizada.
PANEK, A. D. Ciência Hoje, São Paulo, v. 47, n. 279
3 Há milhares de anos o homem faz uso da biotecnologia para a produção de alimentos como pães, cervejas e vinhos.
Na fabricação de pães, por exemplo, são usados fungos unicelulares, chamados de leveduras, que são comercializados como
fermento biológico. Eles são usados para promover o crescimento da massa, deixando-a leve e macia.
O crescimento da massa do pão pelo processo citado é resultante da
a) liberação de gás carbônico. d) produção de ATP.
b) formação de ácido lático. e) liberação de calor.
c) formação de água.
4 O esquema representa, de maneira simplificada, o processo de produção de etanol utilizando milho como
matéria-prima.
Reprodução/Enem, 2016.
Levedura
CO2
Milho Etanol
366
11 BIOLOGIA B
M Ó D U L O
Bioenergética: respiração
celular
COMPETÊNCIAS
ESPECÍFICAS
Objetivos de aprendizagem E HABILIDADES
DA BNCC
. Objetivo 1: compreender a estrutura e a origem da mitocôndria. COMPETÊNCIA 1
. Objetivo 2: reconhecer a glicólise como componente da respiração celular. EM13CNT101
. Objetivo 3: entender as principais etapas mitocondriais da respiração celular. COMPETÊNCIA 2
. Objetivo 4: identificar as diferenças entre a fermentação e a respiração celular. EM13CNT202
Neste módulo
Membrana externa
Espaço intermembranas
Ribossomos
Membrana interna
Cristas
Matriz
DNA mitocondrial
BIOLOGIA B
Elementos fora
de proporção
DNA Cores fantasia
mitocondrial
(origem materna)
DNA Representação
genômico esquemática mostrando
(origem materna que as mitocôndrias têm
e paterna) origem materna em
todos os animais.
. A diferença em relação à fermentação é o destino dos piruvatos e dos hidrogênios do NADH, que
serão transferidos para a mitocôndria, onde ocorrem as etapas seguintes da respiração.
Elementos fora
de proporção Elétrons
Elétrons carregados
Cores fantasia
carregados via NADH e
via NADH FADH2
Glicólise Ciclo
Glicose Piruvato de Cadeia
Krebs respiratória
Citosol
Mitocôndria
ATP ATP
ATP
368
3 Respiração celular: ciclo de Krebs
. O ciclo de Krebs ou ciclo do citrato é um conjunto de reações de desidrogenação (perda de hidro-
gênios) e descarboxilação (perda de CO2) que ocorrem na matriz mitocondrial.
. Esse ciclo tem um papel importante no fornecimento de hidrogênios para o funcionamento da etapa
seguinte, a cadeia respiratória.
. O piruvato perde CO2 e hidrogênio (formação de 1 NADH), originando acetil-coenzima A, um com-
posto de 2 carbonos (2 C) que inicia o ciclo, reagindo com o oxaloacetato, com 4 carbonos (4 C), e
formando citrato, com 6 carbonos (6 C). As reações do ciclo regeneram o oxaloacetato, com liberação
de CO2 e hidrogênios, captados pelo NAD e pelo FAD.
Elementos fora
(2 C) Acetil-CoA
de proporção
Cores fantasia
Citrato (6 C)
(4 C) Oxaloacetato
Isocitrato (6 C)
NADH
CO2 NADH
(4 C) Malato
a-cetoglutarato (5 C)
CO2
(4 C) Fumarato NADH
FADH2 Succinil-CoA (4 C)
Succininato
(4 C) ATP
Representação esquemática do ciclo de Krebs. Ao longo das reações, é formado 1 ATP para cada acetil-CoA
que inicia as reações; todo o CO2 liberado na respiração vem das reações associadas ao ciclo.
1 H1 Acetil-CoA
Ciclo de CO22
2 CO
Krebs
FADH2 3 NAD1
FAD 3 NADH
ADP 1 Pi
ATP 13 H1
ATP
BIOLOGIA B
369
4 Respiração celular: cadeia respiratória e rendimento
. A cadeia respiratória é um processo de transferência de elétrons feito por proteínas da membrana
interna mitocondrial, denominadas citocromos.
. Os elétrons são obtidos dos hidrogênios do NADH e do FADH2, e sua energia é utilizada para bom-
bear prótons H1 para o espaço intermembranas.
. Os prótons H1 retornam para a matriz mitocondrial através de uma enzima, a ATP sintase, que utiliza
a energia da passagem dos prótons para produzir ATP, em um processo de fosforilação oxidativa.
Elementos fora
de proporção
Cores fantasia
Espaço
H1
intermembranas H1 H1 H1
1
H
H1 H1
H1
H1 H1
H1 H 1
Membrana
interna
ATP sintase
Transportador
de elétrons Fluxo de
elétrons 1 O
2 1 2 H
1 H2O
NADH 2
1
NAD
H1 H1 H1 ADP 1 P H1
ATP
Representação esquemática da cadeia respiratória, em que o transporte de elétrons e prótons do hidrogênio permite a produção de ATP pela
ATP sintase.
. No fim do processo, os prótons e elétrons transportados são captados pelo oxigênio, com a formação
de uma molécula de água.
. O rendimento final da respiração celular é de 30 a 32 ATP, dos quais 2 são formados na glicólise e 28
a 30, nas reações na mitocôndria.
370
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
léculas de ATP, para tornar-se disponível para as atividades com saldo de duas moléculas de ATP.
371
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
PREPARE-SE
No próximo módulo, será estudada a fotossíntese. Para se preparar, assista ao vídeo sobre o assunto.
EX TRAS!
372
EXTRAS!
5 (Uerj) O ciclo de Krebs, que ocorre no interior das mito- 7 Normalmente, as células do organismo humano
côndrias, é um conjunto de reações químicas aeróbias realizam a respiração aeróbica, na qual o consumo de uma
fundamental no processo de produção de energia para a molécula de glicose gera 38 moléculas de ATP. Contudo,
célula eucarionte. Ele pode ser representado pelo seguin- em condições anaeróbicas, o consumo de uma molécula
te esquema: de glicose pelas células é capaz de gerar apenas duas
moléculas de ATP.
Reprodução/UERJ, 2016.
Reprodução/Enem, 2015.
Admita um ciclo de Krebs que, após a entrada de uma
única molécula de acetil-CoA, ocorra normalmente até a
etapa de produção do fumarato. Ao final da passagem Qual curva representa o perfil de consumo de glicose,
dos produtos desse ciclo pela cadeia respiratória, a quan- para manutenção da homeostase de uma célula que
tidade total de energia produzida, expressa em adenosinas inicialmente está em uma condição anaeróbica e é sub-
trifosfato (ATP), será igual a: metida a um aumento gradual da concentração de
a) 3 b) 4 c) 9 d) 12 oxigênio?
a) 1
6 As proteínas de uma célula eucariótica possuem
peptídeos sinais, que são sequências de aminoácidos res- b) 2
ponsáveis pelo seu endereçamento para as diferentes c) 3
organelas, de acordo com suas funções. Um pesquisador
d) 4
desenvolveu uma nanopartícula capaz de carregar pro-
teínas para dentro de tipos celulares específicos. Agora e) 5
ele quer saber se uma nanopartícula carregada com uma
8 (Unifesp) Obter energia é vital para todos os seres vivos,
proteína bloqueadora do ciclo de Krebs in vitro é capaz
tais como as bactérias, os protozoários, as algas, os
de exercer sua atividade em uma célula cancerosa, po-
fungos, as plantas e os animais. Nesse processo, a ener-
dendo cortar o aporte energético e destruir essas células.
gia é armazenada na forma de ATP, a partir de doado-
Ao escolher essa proteína bloqueadora para carregar as
res e de aceptores de elétrons. Em certos casos, orga-
nanopartículas, o pesquisador deve levar em conta um
nelas como as mitocôndrias são fundamentais para o
peptídeo sinal de endereçamento para qual organela?
processo.
373
12 BIOLOGIA B
M Ó D U L O
Bioenergética: fotossíntese
e quimiossíntese
COMPETÊNCIAS
ESPECÍFICAS
Objetivos de aprendizagem E HABILIDADES
DA BNCC
. Objetivo 1: conhecer a origem e a estrutura dos cloroplastos e sua importância para a atividade celular. COMPETÊNCIA 1
. Objetivo 2: reconhecer a equação geral da fotossíntese, a origem do oxigênio e o papel da clorofila EM13CNT101
e dos pigmentos acessórios.
COMPETÊNCIA 2
. Objetivo 3: compreender a fase fotoquímica e entender a importância da fase química da fotossíntese. EM13CNT202
. Objetivo 4: identificar os fatores limitantes e o ponto de compensação fótico.
. Objetivo 5: analisar o processo da quimiossíntese.
Neste módulo
Fotomicrografia óptica de célula vegetal com destaque para os cloroplastos. Aumento de 500 vezes.
374
. São formados por duas membranas lipoproteicas. Junto à membrana interna, existe uma terceira
membrana que forma sacos discoidais denominados tilacoides.
. Os tilacoides se interligam, formando pilhas chamadas grana. O material de preenchimento entre os
tilacoides é o estroma.
Elementos fora 2 mm
de proporção
Cores fantasia Cloroplasto
Estroma
Tilacoides
Folha
Epiderme superior
Granum
Membrana
tilacoide Espaço
Epiderme inferior
tilacoide
Membrana Membrana
externa interna
Espaço intermembranas
Representação esquemática dos tilacoides, dentro dos quais se encontram clorofilas. Os tilacoides se interligam dentro dos cloroplastos, presentes
em grandes quantidades nas células foliares.
. Estudos com isótopos radioativos demonstraram que todo o oxigênio liberado vem da água. Por essa
razão, a equação fica:
Clorofila
CO2 1 2 H2O 1 luz CH2O 1 O2 1 H2O
Clorofila
6 CO2 1 12 H2O* 1 luz C6H12O6 1 6 O2* 1 6 H2O
375
. A fotossíntese ocorre nos cloroplastos.
Elementos fora
de proporção
Cores fantasia
Luz
Glicose
Gás carbônico
Fotossíntese
Gás oxigênio
Água Água
5 átomos de C
átomos de O
5 átomos de H
Energia
luminosa
Calor
376
. A estrutura da clorofila é semelhante à do grupo heme da hemoglobina, proteína que transporta
oxigênio no sangue.
CH2 CH2 Elementos fora
de proporção
CH3 CH2 CH3 CH2
CH CH Cores fantasia
H3C CH H3C CH
N N N N
Mg Fe
N N N N
O OH OH
R O CH3
CLOROFILA HEMOGLOBINA
Bactérias aeróbias
Cloroplasto
Prisma
377
4 O papel dos pigmentos acessórios
. Existem vários pigmentos fotossensíveis nos vegetais, mas somente a clorofila a é capaz de liberar
elétrons ricos em energia. Os demais pigmentos, chamados acessórios, absorvem a luz e transferem
a energia para a clorofila a por um processo de ressonância.
. A clorofila b é um pigmento acessório, que atua na mesma faixa de absorção da clorofila a.
. Os carotenoides são pigmentos acessórios de origem lipídica que absorvem comprimentos de onda
nos quais a absorção pela clorofila é mínima ou nula. Eles incluem o b-caroteno, responsável pela cor
da cenoura e precursor da vitamina A, e a xantofila, que provoca a cor amarela das folhas envelhecidas.
Taxa de absorção da luz pelos
pigmentos fotossintetizantes
Clorofila a
Clorofila b
Carotenoides
Elementos fora
de proporção
Receptor de
elétrons Cores fantasia
e2
e2
Energia solar
Pigmentos
fotossintéticos
378
5 Fase fotoquímica da fotossíntese
. A fotossíntese tem duas fases de reações: uma fase inicial de conversão de energia – fase fotoquímica –
e uma fase final de armazenamento de energia – fase química.
Elementos fora CO2
de proporção
H2O Representação
ADP 1 Pi esquemática mostrando
Cores fantasia
que as reações da
ATP fotossíntese necessitam
Energia Fase fotoquímica Fase química de H2O, CO2, NADP e ATP
luminosa (reações de claro) (reações de escuro) Carboidrato
NADPH e formam ATP, NADPH,
carboidrato e O2,
utilizando a energia
luminosa, na presença
O2 NADP de clorofila.
. A fase fotoquímica (luminosa ou reação de claro) ocorre nos tilacoides, com dois processos associa-
dos: a fotofosforilação e a fotólise da água.
. Na fotofosforilação, os elétrons excitados da clorofila são utilizados para a síntese de ATP e produção
de NADPH.
Cadeia de
Cadeia de ATP transporte ATP
transporte de elétrons
Luz de elétrons Luz
Elétrons Energia para
Elétrons Energia para produção
excitados
excitados produção de ATP
(2 e2)
(2 e2) de ATP
NADP1
NADPH
Transportador de elétrons
Clorofila Clorofila
(2 e2)
Elementos fora
de proporção
Cores fantasia H2O H 1 1 H1
. A água é quebrada no processo da fotólise, fornecendo elétrons para a clorofila, prótons H1 para o
NADPH e liberando o oxigênio.
luz Molécula Início do ciclo
2 H2O O2 1 4 H2O1 1 4 e2 CO2
aceptora 5C
Elementos fora
Exportação
A carboxilação é a captação do CO2; a redução permite a
produção da triose (3C), que é o produto do ciclo; a
regeneração refaz a pentose (5C), que inicia o ciclo. Sacarose, amido
379
7 Fatores limitantes da fotossíntese
. Os principais fatores do ambiente que limitam a intensidade da fotossíntese são: a luz, o CO2 e a
temperatura.
. A disponibilidade de água e de nutrientes minerais também é limitante, mas tem um efeito indireto,
pois regula processos que afetam a fotossíntese, influenciando toda atividade metabólica do vegetal.
Taxa fotossintética
Taxa fotossintética
Desnaturação
enzimática
A saturação luminosa indica que os fotossistemas estão captando o máximo de luz (A); a saturação de CO2 ocorre pela saturação da enzima rubisco, que faz a captação inicial
(B); a temperatura influencia a atividade das enzimas da fase química (C).
Fotossíntese
Respiração
celular
PCF Intensidade
luminosa
. Para crescer, armazenar reservas e se reproduzir, o vegetal necessita de um nível elevado de nutrien-
tes. Por isso, deve ser iluminado por intensidade maior do que seu PCF durante a maior parte do dia.
. Plantas que vivem em lugares sombreados, como a violeta e o cacaueiro, têm PCF baixo e são deno-
minadas umbrófilas (plantas de sombra). Plantas que vivem em lugares com iluminação intensa, como
o girassol e o cacto, têm PCF elevado e são chamadas heliófilas (plantas de sol).
9 Quimiossíntese
. Certas bactérias e arqueas autotróficas produzem carboidratos a partir de CO2, utilizando energia
obtida de compostos minerais, por meio da quimiossíntese.
. As nitrobactérias, as ferrobactérias e as sulfobactérias realizam a quimiossíntese, oxidando compos-
tos nitrogenados, ferrosos e de enxofre, respectivamente.
. Em uma primeira fase, os compostos minerais são utilizados como doadores de elétrons e hidrogênio,
para formar ATP e NADPH.
. Na segunda fase, ocorre o ciclo de Calvin, que utiliza CO2, ATP e NADPH para formar carboidratos.
380
. Em fendas vulcânicas submarinas, são encontradas comunidades mantidas por sulfobactérias qui-
miossintetizantes, que utilizam os compostos de enxofre liberados nas fendas.
1 (Uerj) Uma amostra de mitocôndrias e outra de cloroplastos foram colocadas em meios de incubação adequados ao meta-
bolismo normal de cada organela. As amostras, preparadas na ausência de luz, foram iluminadas do início até o final do
experimento. Os gráficos abaixo indicam os resultados obtidos, para cada uma das organelas, nos quatro parâmetros medi-
dos no experimento.
Taxa de produção Taxa de consumo
de O2 de O2
1
3 5
2 4
0 Tempo de 0 Tempo de
incubação incubação
Taxa de produção Taxa de produção
de CO2 de ATP
7
3 5
6
Tempo de Tempo de
incubação incubação
Identifique, por seus números, as curvas que correspondem às amostras de mitocôndrias e as que correspondem às amos-
tras de cloroplastos, justificando sua resposta.
BIOLOGIA B
381
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
Reprodução/UERJ, 2015.
tese, assinale a afirmativa correta.
a) Somente seres eucariontes como Euglenas, Diatomá-
ceas, Algas pardas, Algas vermelhas, Algas verdes e
Plantas são capazes de realizar a fotossíntese.
b) O oxigênio produzido na fotossíntese é proveniente da
quebra da molécula de CO2 absorvido pelas plantas.
c) Os pigmentos fotossintéticos, representados principal-
mente pelas clorofilas, ficam imersos na membrana dos
tilacoides, formando os chamados complexos antena,
responsáveis por capturar a energia luminosa.
d) No processo de fotossíntese são produzidos glicídios
que são transportados por meio do xilema para todas
as partes da planta que não realizam fotossíntese.
e) A clorofila necessita absorver o máximo de energia
luminosa, por isso absorve com maior eficiência os
Após o experimento, o tubo no qual a cor da solução se
comprimentos de onda das luzes verde e amarela, nas
modificou mais rapidamente de vermelha para roxa é o
quais a fotossíntese é mais intensa.
representado pelo seguinte número:
3 (Uerj) Em um experimento, os tubos I, II, III e IV, cujas a) I
aberturas estão totalmente vedadas, são iluminados por
b) II
luzes de mesma potência, durante o mesmo intervalo de
c) III
tempo, mas com cores diferentes. Além da mesma solução
aquosa, cada tubo possui os seguintes conteúdos: d) IV
382
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
a) No processo realizado pela “folha artificial”, são forma- 7 (Unicamp-SP) O crescimento das plantas é afetado pelo
dos átomos de hidrogênio e de oxigênio. Cite os pro- balanço entre a fotossíntese e a respiração. O padrão de
dutos formados ao final da fase fotoquímica (fase cla- resposta desses dois importantes processos fisiológicos
ra) da fotossíntese vegetal. em função da temperatura é apresentado nos gráficos
abaixo, relativos a duas espécies de plantas.
Espécie X
Processos
(mmol m22s21) fotossíntese
25 respiração
b) O principal objetivo do desenvolvimento da “folha ar-
tificial” é a produção de energia elétrica. Qual a princi- 20
pal utilização da energia armazenada ao final da fase
fotoquímica, no caso da fotossíntese vegetal? 15
10
0
15 20 25 30 35 40 45 Temperatura (°C)
Espécie Y
6 (Unicid-SP) A fotossíntese é o principal processo meta- Processos
(mmol m22s21) fotossíntese
bólico que fornece matéria orgânica e energia aos orga- respiração
25
nismos produtores que sustentam as inúmeras cadeias
alimentares nos ecossistemas. 20
a) Como são denominados os organismos que realizam a
fotossíntese? De que fonte ambiental esses organismos 15
retiram energia para realizar a fotossíntese?
10
0
b) Explique a etapa química da fotossíntese, citando os 15 20 25 30 35 40 45 Temperatura (°C)
produtos dela obtidos.
Sobre as espécies X e Y, é correto afirmar:
a) A espécie Y não apresenta ganho líquido de carbono
a 15 °C.
b) As duas espécies têm perda líquida de carbono a 45 °C.
c) A espécie Y crescerá menos do que a espécie X a 25 °C.
383
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
às plantas dos tubos 1, 2, 3 e 4 receberem maior quanti- b) Qual a relação quantitativa entre a taxa de fotossíntese
dade de luz de comprimento de onda equivalente ao ama- e a taxa de respiração celular no tubo 2? Em relação
relo, vermelho, verde e violeta, respectivamente. A marca ao ponto de compensação fótico, o que se pode afirmar
de óleo em cada pipeta indicava o nível de O2 produzido a respeito da intensidade luminosa projetada sobre a
pelas plantas em cada tubo, conforme a ilustração. planta do tubo 4?
Reprosução/Fameca-SP, 2019.
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
384
EX TRAS!
d) Lisossomos e peroxissomos, organelas exclusivas de a) clorofila, que utiliza a energia do carbono para produzir
células vegetais. glicose.
e) Parede celular e cloroplastos, estruturas características b) citocromo, que utiliza a energia da água para formar
de células vegetais. oxigênio.
c) clorofila, que doa elétrons para converter gás carbôni-
2 A fotossíntese é importante para a vida na Ter-
co em oxigênio.
ra. Nos cloroplastos dos organismos fotossintetizantes,
a energia solar é convertida em energia química que, d) citocromo, que doa elétrons da energia luminosa para
juntamente com água e gás carbônico (CO2), é utilizada produzir glicose.
para a síntese de compostos orgânicos (carboidratos). e) clorofila, que transfere a energia da luz para compostos
A fotossíntese é o único processo de importância bioló- orgânicos.
gica capaz de realizar essa conversão. Todos os orga-
4 A fotossíntese é um processo físico-químico rea-
nismos, incluindo os produtores, aproveitam a energia
lizado por organismos clorofilados. Nos vegetais, é divi-
armazenada nos carboidratos para impulsionar os pro-
dido em duas fases complementares: uma responsável
cessos celulares, liberando CO2 para a atmosfera e água
pela síntese de ATP e pela redução do NADP1 e a outra
para a célula por meio da respiração celular. Além disso,
pela fixação de carbono.
grande fração dos recursos energéticos do planeta, pro-
duzidos tanto no presente (biomassa) como em tempos Para que a etapa produtora de ATP e NADPH ocorra, são
remotos (combustível fóssil), é resultante da atividade essenciais
fotossintética. a) água e oxigênio.
As informações sobre obtenção e transformação dos re- b) glicose e oxigênio.
cursos naturais por meio dos processos vitais de fotossín- c) radiação luminosa e água.
tese e respiração, descritas no texto, permitem concluir
d) glicose e radiação luminosa.
que
385
EXTRAS!
386
GABARITO - EXTRAS!
1 c
2 d
3 a
4 d
1 c
2 d
3 e
4 a
5 c
6 b
7 e
8 a) Protozoários, algas, fungos, plantas e animais.
b) Não. Na respiração e na fermentação, o doador inicial é a glicose, uma substância orgânica. Na fermentação, o aceptor
final dos elétrons é o piruvato, uma substância orgânica; enquanto, na respiração, o aceptor final é o oxigênio, uma
substância inorgânica.
1 e
2 c
3 e
4 c
5 d
6 c
7 b
8 a
9 a) Na intensidade n, que corresponde ao ponto de compensação fótico (PCF).
b) A planta estará gastando suas reservas no intervalo l-n, quando está iluminada abaixo do seu PCF.
c) Sim, porque, como ela está iluminada acima do seu PCF, a taxa de fotossíntese é maior do que a taxa de respiração, e a
produção de alimento é maior do que o consumo, o que fornece matéria orgânica para o crescimento.
BIOLOGIA B
GABARITO
387
Física Carlos N. Marmo (CARLINHOS)
HARLEY Sato
MADSON Molina
Márcio MIRANDA
Ronaldo CARRILHO
13 FÍSICA A COMPETÊNCIA GERAL C4
M Ó D U L O
Pressão em diferentes
pontos de um fluido
COMPETÊNCIAS
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICAS E
HABILIDADES DA
BNCC
. Objetivo 1: Utilizar o teorema de Stevin para determinar a pressão em um ponto de um fluido, com-
preendendo o significado das diferentes unidades de medida de pressão. COMPETÊNCIA 2
. Objetivo 2: Aplicar o teorema de Stevin para analisar os experimentos de Torricelli, compreendendo EM13CNT204
Neste módulo
1 Teorema de Stevin
psuperf 5 patm
pA
A
FÍSICA A
389
Teorema de Stevin:
I. Dois pontos situados no mesmo plano horizontal, no interior de um mesmo líquido em equilíbrio,
terão sempre a mesma pressão.
II. A pressão pA em um ponto A, no interior de um líquido em equilíbrio, é a soma da pressão na su-
perfície, que na maior parte das vezes é a atmosférica, com a pressão hidrostática.
pA 5 patm 1 d ? g ? hA
Nessa expressão:
. patm é a pressão que a atmosfera exerce sobre a superfície do líquido, em N/m2 5 Pa (pascal).
. d é a densidade do líquido, em kg/m3;
. g é a aceleração gravitacional local, em m/s2;
. hA é a profundidade do ponto A, em m.
Outras unidades de pressão:
Nota: A pressão hidrostática em um ponto de um líquido em equilíbrio não depende da extensão ho-
rizontal nem da forma do reservatório em que se encontra.
2 Experimentos de Torricelli
Irrigação dos jardins reais da Toscana
Atmosfera
Vácuo
A B
Lençol freático
Poço
Atmosfera
Emborcar sem hHg 5 76 cm
patm pB
deixar entrar ar
patm ‹ 76 cmHg
A B
Mercúrio
390
3 Vasos comunicantes
Dois pontos na mesma horizontal, no mesmo líquido em equilíbrio, estão submetidos à mesma pressão
(teorema de Stevin).
pA 5 pB ~
A B
dóleo ? hóleo 5 dágua ? hágua
Água
4 Princípio de Pascal
Em um líquido em equilíbrio, a variação de pressão em um ponto é transmitida integralmente a todos
os outros pontos.
Compress‹o
Prensa hidr‡ulica
Funções da prensa hidráulica:
. multiplicar forças
FB
AA AB
FA FB
pA 5 pB ~ 5
AA AB
FÍSICA A
391
. reduzir deslocamentos
FB
FA
hB
AA AB
hA
VA 5 VB ~ AA ? hA 5 AB ? hB
#cultura_digital
Confira os simuladores a seguir (acessos em: 17 dez. 2020).
- Princípio de Pascal. Disponível em:
https://www.vascak.cz/data/android/physicsatschool/template.php?s5mech_pascal&l5en
- Prensa hidráulica. Disponível em:
https://www.edumedia-sciences.com/en/media/442
- Vasos comunicantes. Disponível em:
https://www.edumedia-sciences.com/fr/media/62-vases-communicants
- Funcionamento de uma bomba-d’água como a dos jardins do palácio do grão-duque da Toscana. Dispo-
nível em:
https://www.edumedia-sciences.com/en/media/513-water-pump
1 Em 1996, o engenheiro civil e mergulhador John Beernaerts teve a ideia de construir, na Bélgica, uma piscina que simulasse
o mar de Bora Bora, ilha no oceano Pacífico famosa pelas águas cristalinas. Seu objetivo era oferecer um ambiente de mer-
gulho seguro para o treinamento de mergulhadores iniciantes e profissionais (biólogos, bombeiros, etc.). Em 2004,
Beernaerts inaugurou, a um custo de 11 milhões de dólares, a Nemo 33. Seu principal poço, de formato cilíndrico, tem
33 m de profundidade (equivalente à altura de um edifício de 11 andares!) e 6 m de diâmetro.
Wikipedia/Wikimedia Commons
392
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
Calcule as pressões hidrostática e total, em N/m2, no fun- 2 (Unesp-SP) O relevo submarino de determinada região
do do poço. Considere que a pressão atmosférica local está representado pelas curvas de nível mostradas na fi-
seja igual a patm 5 105 N/m2, que a densidade da água seja gura, na qual os valores em metros representam as alturas
d 5 1 000 kg/m3 e que g 5 10 m/s2. O esquema seguinte verticais medidas em relação ao nível de referência mais
pode facilitar a resolução desta questão. profundo, mostrado pela linha vermelha.
Reprodução/Unesp,2013.
d
h
g
D2
S5p?
4
393
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
3 Por volta de 1630, os jardineiros de Fernando II de Médici (1610-1670), o grão-duque da Toscana, se depararam com o se-
guinte problema: por mais que eles se esforçassem e por melhor que fosse a bomba de água dos jardins do palácio, a colu-
na de água dentro da tubulação de recalque nunca atingia uma altura superior a 10,3 m.
Atmosfera
Vácuo
hágua 5 10,3 m
Lençol freático
Poço
Inconformado por não conseguir obter água de seus poços, Fernando procurou Galileu Galilei (1564-1642), solicitando-lhe
que resolvesse aquele problema. Segundo consta, ele teria respondido apenas que “a natureza realmente tem horror ao
vácuo”, como dizia Aristóteles, “mas só até certo limite”.
a) Você concorda com o argumento utilizado por Galileu? Qual foi a hipótese proposta por Evangelista Torricelli (1608-1647),
discípulo de Galileu, para explicar cientificamente esse fato?
b) Utilize o teorema de Stevin para verificar quantitativamente a explicação de Torricelli. Para isso, considere que a pressão
atmosférica local seja patm 5 1,03 ? 105 N/m2, que a densidade da água seja dágua 5 1 000 kg/m3 e que g 5 10 m/s2.
394
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
c) Torricelli era um fiel seguidor do método científico, cujo precursor teórico foi seu mestre, Galileu Galilei. Sendo assim,
Torricelli, auxiliado pelo seu colega Benedetto Castelli (1577-1644), fez o seguinte experimento: usou um tubo de vidro
de 4 pés de comprimento (cerca de 1,2 m), enchendo-o com mercúrio. Depois de tampar a extremidade do tubo, toman-
do cuidado para não entrar ar, ele o emborcou em uma grande cuba cheia de mercúrio. Ao destampar a extremidade do
tubo, verificou que o mercúrio no interior do tubo desceu até que a diferença entre os níveis interior e exterior fosse de
76 cm, conforme a ilustração.
Vácuo
Atmosfera
Emborcar sem hHg 5 76 cm
deixar entrar ar
Mercúrio
De fato, esse experimento confirmou a hipótese de Torricelli: se o mercúrio era 13,6 vezes mais denso que a água, a altura
da coluna de mercúrio deveria ser 13,6 vezes menor do que a de água (10,3 m).
Utilize o teorema de Stevin para verificar essa hipótese. Considere que a pressão atmosférica local seja patm 5 1,03 ? 105 N/m2,
que a densidade do mercúrio seja dHg 5 13 600 kg/m3 e que g 5 10 m/s2.
395
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
Reprodução/Unesp,2011.
0,1 ? 105 Pa ou 0,1 atm. Assim, mesmo com a ajuda de um snorkel
(respiradouro), um mergulhador não pode ultrapassar uma pro-
fundidade máxima, já que a pressão sobre os pulmões aumen-
ta à medida que ele mergulha mais fundo, impedindo-os de
inflarem.
Considerando a densidade da água r ã 103 kg/m3 e a aceleração
da gravidade g ã 10 m/s2, a profundidade máxima estimada,
representada por h, a que uma pessoa pode mergulhar respi-
rando com a ajuda de um snorkel é igual a
a) 1,1 ? 102 m. d) 1,0 ? 101 m.
b) 1,0 ? 102 m. e) 1,0 ? 100 m.
c) 1,1 ? 10 m.
1
Reprodução/UFRGS,2019.
em uma de suas extremidades, uma dada quantidade de um líquido não miscível
em água. Considere a densidade da água igual a 1 g/cm3. A figura ao lado mostra
a forma como ficaram distribuídos a água e o líquido (em cinza) após o equilíbrio.
Qual é, aproximadamente, o valor da densidade do líquido, em g/cm3?
a) 1,5 c) 0,9 e) 0,5
b) 1,0 d) 0,7
396
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
6 O esquema seguinte mostra, simplificadamente, os dois momentos mais importantes de um ciclo cardíaco humano (vista
frontal do corte de um coração):
Sístole Diástole
Válvula
mitral
Válvula
Válvula tricúspide
aórtica
Válvula
pulmonar
BLACKDAY/Shutterstock
Normalmente, o sangue bombeado pelo coração exerce cer-
ta pressão contra a parede das artérias. Quando essa pres-
são é sistematicamente alta, o indivíduo é considerado hi-
pertenso. Se não tratada, a hipertensão pode ocasionar
diversos problemas de saúde, por exemplo, derrames cere-
brais, infarto, aumento do coração, insuficiência renal e ce-
gueira. Por esses motivos, um dos principais parâmetros de
controle de saúde de um indivíduo é a medição da pressão
arterial, que sempre deve ser realizada por um profissional
especializado.
Simplificadamente, o procedimento utilizado para medir a
pressão arterial de um indivíduo pode ser resumido da se-
guinte maneira:
1º) Posicionar o paciente em uma cadeira e de modo que seu braço esteja apoiado em um suporte, como uma mesa.
É importante que o paciente esteja calmo.
2º) Enrolar o manguito no braço do paciente, posicionando-o na altura do seu coração. Desse modo, é possível garantir
que as pressões medidas pelo esfigmomanômetro (manômetro de tubo fechado) sejam aproximadamente iguais às da
artéria aorta. O fato de existir apenas um osso no braço torna mais fácil comprimir a artéria branquial lá localizada.
3º) Posicionar o estetoscópio sobre a artéria braquial (ela é encontrada apalpando a parte do braço que ficou por
397
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
Esfigmomanômetro
(manômetro de mercúrio –
unidade de medida: mmHg)
Bolsa inflável
(manguito)
Estetoscópio
Artéria branquial (equipamento para
auscultação)
Válvula
Bomba de ar
(pera insufladora)
A pressão arterial de um indivíduo é considerada “normal” quando a pressão sistólica é igual a 120 mmHg (acima da pressão
atmosférica) e a pressão diastólica é igual a 80 mmHg (acima da pressão atmosférica). Esses valores de pressão correspon-
dem ao que é vulgarmente chamado de “pressão 12 por 8”.
a) Qual é a pressão absoluta que as artérias de um indivíduo com “pressão 12 por 8” estão suportando, em mmHg? Consi-
dere que a pressão atmosférica local seja igual a 760 mmHg.
b) A pressão média em uma veia é 5 mmHg (varia entre 3 mmHg e 7 mmHg), ou seja, seu valor é muito inferior à pressão
arterial. Suponha que um médico precise administrar uma medicação intravenosa em um paciente e que o nível interno da
bolsa de soro se encontre a 68 cm de altura em relação à ponta da agulha. Qual é a pressão do soro ao entrar na veia, em
mmHg? Despreze a pressão do ar no interior da bolsa de plasma, que dsoro 5 1,0 g/cm3, dHg 5 13,6 g/cm3 e g 5 10 m/s2.
Anatta_Tan/Shutterstock
398
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
7 (Unesp-SP) Utilizando-se a balança hidráulica da figura, composta por um tubo preenchido por um fluido e lacrado por dois
êmbolos de áreas diferentes, pode-se determinar a massa de um homem de 70 kg, ao colocá-lo sobre a plataforma S2 de
1 m2 e colocando-se um pequeno objeto sobre a plataforma S1 de 10 cm2.
Reprodução/Unesp,2008.
Determine o valor da massa do objeto colocado em S1, a fim de manter o sistema em equilíbrio estático.
8 (UFSC) Considere a prensa hidráulica dada na figura abaixo, com as seguintes características: área da face 1 (A1 5 5 m2), área
da face 2 (A2 5 1 m2), massa m1 5 10 kg, densidade do fluido r 5 1 kg/m3. Calcule a massa m2 de tal forma que o êmbolo de
área maior fique situado a 1 m acima do êmbolo de área menor. Considere g 5 10 m/s2.
Observação: o desenho não está em escala.
Reprodução/UFSC,2013.
399
Orientação de estudo
Material de consulta: Caderno de Estudos 4 – Estática dos sólidos e dos líquidos – Capítulo 3
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
• Leia o item 2 da seção Neste • Faça as questões 15 a 18. • Faça as questões 19 e 20.
2 módulo. • Leia os itens 3.3 a 3.5.
• Faça as questões 11 a 14.
• Leia o item 3 da seção Neste • Faça as questões 25 a 28. • Faça as questões 29 e 30.
3 módulo. • Leia o item 3.6.
• Faça as questões 21 a 24.
• Leia o item 4 da seção Neste • Faça as questões 35 a 38. • Faça as questões 39 e 40.
4 módulo. • Leia o item 4.
• Faça as questões 31 a 34.
PREPARE-SE
EX TRAS!
1 No manual de uma torneira elétrica são fornecidas instruções básicas de instalação para que o produto funcione
corretamente:
- Se a torneira for conectada à caixa-d’água domiciliar, a pressão da água na entrada da torneira deve ser no mínimo 18 kPa
e no máximo 38 kPa.
Reprodução/Enem,2015.
- Para pressões da água entre 38 kPa e 75 kPa ou água proveniente direta-
mente da rede pública, é necessário utilizar o redutor de pressão que acom-
panha o produto.
- Essa torneira elétrica pode ser instalada em um prédio ou em uma casa.
Considere a massa específica da água 1 000 kg/m3 e a aceleração da gravida-
de 10 m/s2.
400
EXTRAS!
2 Talvez você já tenha bebido suco usando dois canudinhos iguais. Entretanto, pode-se verificar que, se colocar um
canudo imerso no suco e outro do lado de fora do líquido, fazendo a sucção simultaneamente em ambos, você terá dificul-
dade em bebê-lo. Essa dificuldade ocorre porque o (a)
a) força necessária para a sucção do ar e do suco simultaneamente dobra de valor.
b) densidade do ar é menor que a do suco, portanto, o volume de ar aspirado é muito maior que o volume de suco.
c) velocidade com que o suco sobe deve ser constante nos dois canudos, o que é impossível com um dos canudos de fora.
d) peso da coluna de suco é consideravelmente maior que o peso da coluna de ar, o que dificulta a sucção do líquido.
e) pressão no interior da boca assume praticamente o mesmo valor daquela que atua sobre o suco.
3 (Unesp-SP) O sifão é um dispositivo que permite transferir um líquido de um recipiente mais alto para outro mais baixo, por
meio, por exemplo, de uma mangueira cheia do mesmo líquido. Na figura, que representa, esquematicamente, um sifão uti-
lizado para transferir água de um recipiente sobre uma mesa para outro no piso, R é um registro que, quando fechado, im-
pede o movimento da água. Quando o registro é aberto, a diferença de pressão entre os pontos A e B provoca o escoamen-
to da água para o recipiente de baixo.
Reprodução/Unesp,2013.
Considere que os dois recipientes estejam abertos para a atmosfera, que a densidade da água seja igual a 103 kg/m3 e que
g 5 10 m/s2. De acordo com as medidas indicadas na figura, com o registro R fechado, a diferença de pressão PA – PB, entre
os pontos A e B, em pascal, é igual a
4 Para oferecer acessibilidade aos portadores de dificuldade de locomoção, é utilizado, em ônibus e automóveis, o
elevador hidráulico. Nesse dispositivo é usada uma bomba elétrica, para forçar um fluido a passar de uma tubulação estrei-
ta para outra mais larga, e dessa forma acionar um pistão que movimenta a plataforma. Considere um elevador hidráulico
cuja área da cabeça do pistão seja cinco vezes maior do que a área da tubulação que sai da bomba. Desprezando o atrito e
considerando uma aceleração gravitacional de 10 m/s2, deseja-se elevar uma pessoa de 65 kg em uma cadeira de rodas de
15 kg sobre a plataforma de 20 kg. Qual deve ser a força exercida pelo motor da bomba sobre o fluido, para que o cadeiran-
te seja elevado com velocidade constante?
a) 20 N c) 200 N e) 5 000 N
FÍSICA A
b) 100 N d) 1 000 N
401
14 FÍSICA A
M Ó D U L O
Equilíbrio de corpos
imersos em um fluido
COMPETÊNCIAS
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICAS E
HABILIDADES DA
BNCC
. Objetivo 1: Utilizar o teorema de Arquimedes para resolver situações-problema envolvendo empuxo
e equilíbrio de corpos flutuantes. COMPETÊNCIA 2
. Objetivo 2: Aplicar o teorema de Arquimedes na compreensão de fenômenos naturais e em aplicações EM13CNT204
Líquido
E deslocado
Intensidade: E 5 dl ? VId ? g
Corpo E Direção: vertical
PLd
Líquido Sentido: para cima
E
. dC > dl ~ PC > E ~ o corpo afunda;
. dC < dl ~ PC < E ~ o corpo flutua;
. dC 5 dl ~ PC 5 E ~ o corpo permanece em equilíbrio, onde
Corpo
quer que seja abandonado.
PC
Líquido
402
3 Corpos parcialmente imersos
E
Ve
E 5 PC
Corpo VLd
Vld dC
PC VC
5
dl
(fração imersa)
Líquido
#cultura_digital
No site do Departamento de Física da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, encontra-se uma si-
mulação interativa muito simples, porém bastante eficiente sobre o equilíbrio de corpos flutuantes. Dispo-
nível em: http://physics.bu.edu/~duffy/HTML5/fluid_buoyant_force.html. Acesso em: 17 dez. 2020.
Outra interessante simulação (chamada Impulsão nos líquidos) está no site do professor Walter Fendt, onde
você poderá encontrar outra simulação, igualmente simples e eficiente, que possibilita explorar as diversas
grandezas relacionadas a um corpo flutuante pendurado em um dinamômetro. Disponível em: https://www.
walter-fendt.de/html5/phpt/buoyantforce_pt.htm. Acesso em: 17 dez. 2020.
1 Digamos que você esteja segurando uma lata de refrige- como a soma das pressões atmosférica e hidrostática.
rante fechada, debaixo da água, como mostra a figura Obtenha também Dp 5 pinf 2 psup, em N/m2.
seguinte.
patm
40 cm
psuper
60 cm
20 cm
403
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
c) A intensidade do empuxo E na lata. Suponha que Arquimedes tenha entrado em sua banhei-
ra, que estava completamente cheia de água, como mos-
tra a figura.
50 L
404
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
3 A geleira Perito Moreno é um gigantesco glaciar localiza- c) Apesar do derretimento, muitos desses blocos acabam
do no sul da Patagônia argentina, próximo à divisa com o alcançando o mar. Sabe-se que a densidade da água
Chile. Possui 5 km de largura e 60 m de altura. Seu nome do mar é maior do que a da água doce. A fração imer-
é uma homenagem ao cientista, naturalista e explorador sa desses blocos é alterada quando eles estiverem flu-
argentino Francisco Pascasio Moreno, conhecido como tuando no mar? Justifique.
Perito Moreno (1852-1919). Esse glaciar é considerado uma
das mais importantes reservas de água doce do mundo.
Sua beleza e imponência são realmente admiráveis, como
ilustrado a seguir.
Jixin YU/Shutterstock
405
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
4 (Fuvest-SP) Um recipiente cilíndrico vazio flutua em um tanque de água com parte de seu volume submerso, como na figura.
Reprodução/Fuvest,2006.
Note e adote:
. O recipiente possui marcas graduadas igualmente
espaçadas, paredes laterais de volume desprezível
e um fundo grosso e pesado.
Quando o recipiente começa a ser preenchido, lentamente, com água, a altura máxima que a água pode atingir em seu in-
terior, sem que ele afunde totalmente, é melhor representada por
a) c) e)
Reprodução/Fuvest,2006.
Reprodução/Fuvest,2006.
Reprodução/Fuvest,2006.
b) d)
Reprodução/Fuvest,2006.
Reprodução/Fuvest,2006.
Orientação de estudo
Material de consulta: Caderno de Estudos 4 – Estática dos sólidos e dos líquidos – Capítulo 4
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
• Leia o item 3 da seção Neste • Faça as questões 15 a 18. • Faça as questões 19 e 20.
2 módulo. • Leia o item 2.2.
• Faça as questões 11 a 14.
PREPARE-SE
No próximo módulo, vamos estudar o teorema do Impulso e aplicar essa lei ao estudo das interações entre corpos e entre corpos
e obstáculos.
Assim, é interessante iniciar previamente o estudo do próximo assunto, para que seu aprendizado seja mais fácil. Para isso, veja o
vídeo “Teorema do impulso” no Plurall e traga suas dúvidas para a próxima aula.
406
EX TRAS!
1 Um brinquedo chamado ludião consiste em um pequeno frasco de vidro, parcialmente preenchido com água, que
é emborcado (virado com a boca para baixo) dentro de uma garrafa PET cheia de água e tampada. Nessa situação, o frasco
fica na parte superior da garrafa conforme mostra a FIGURA 1.
Reprodução/Enem,2010.
Quando a garrafa é pressionada, o frasco se desloca para baixo, como mostrado na FIGURA 2.
Reprodução/Enem,2010.
2 Um consumidor desconfia que a balança do supermercado não está aferindo corretamente a massa dos produtos.
b) 0,167 kg d) 0,375 kg
407
15 FÍSICA A
M Ó D U L O
Movimento de um corpo
antes, durante e depois
de uma interação
COMPETÊNCIAS
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICAS E
HABILIDADES DA
BNCC
. Objetivo 1: Conceituar impulso de uma força e quantidade de movimento de um corpo, relacionando
esses conceitos por meio do teorema do impulso. COMPETÊNCIA 2
. Objetivo 2: Aplicar o teorema do impulso para estudar o movimento de um corpo antes, durante e EM13CNT204
r r
I 5 F ? ∆t
Nessa expressão:
Intensidade: I = F ? Dt
F
r
IF Direção: a mesma da força
Sentido: o mesmo da força, visto que Dt > 0
No SI, IF 5 N ? s.
Se a força for variável, seu impulso deverá ser obtido por meio da área do gráfico F 3 t:
F (N)
IF
0 t t 8 5 t 1 Dt t (s)
408
1.2 Quantidade de movimento (ou momento linear) de um corpo
v
r r
Q5m?v
Nessa expressão:
Intensidade: Q 5 m ? v
r
Q Direção: a mesma da velocidade
Sentido: o mesmo da velocidade, visto que m > 0
m
No SI, Q 5 kg ? m/s. Note que N ? s 5 kg ? .
s
2 Teorema do impulso
De acordo com o teorema do impulso:
r r
IR 5 ∆Q
r r
Nessa expressão, IR é o impulso da resultante (em N ? s) e ∆Q é a variação da quantidade de movimen-
to (em kg ? m/s).
#cultura_digital
No site do professor Joe McCullough, encontram-se diversos textos e animações que mostram a conser-
vação de movimento e o teorema do impulso.
Disponível em: http://joe-mccullough.com/physics/Physics/Impulse_and_Momentum.html. Acesso em:
10 maio 2021.
r
1 O jogo de bilhar proporciona diversas verificações expe- Determine a intensidade da velocidade v da bola após
rimentais das leis da Dinâmica impulsiva. a tacada, em m/s, sabendo que a intensidade média da
a) A figura seguinte mostra a colisão frontal da extremi- força aplicada pelo taco na bola é Ftaco 5 300 N, que
dade de um taco de bilhar com uma bola inicialmente o intervalo de tempo de interação entre o taco e a bola
em repouso, em vista lateral. é Dt 5 0 ,001 s e que a massa da bola é m 5 150 g.
Antes da colisão
Repouso
Depois da colisão
v
FÍSICA A
409
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
b) Pouco tempo depois da tacada, a bola colide perpen- d) Em determinado momento do jogo, uma bola é lança-
dicularmente à tabela da mesa, retornando, pela mesma da obliquamente em direção à tabela, como mostra a
trajetória, como mostra a figura seguinte, em vista la- figura seguinte, em vista superior.
teral.
Antes da colisão
m vi
Depois da colisão v
vf8 m
a
Sabendo que |v8| 5|v| (colisão perfeitamente elástica) e que
o intervalo de tempo de interação entre a bola e a tabela
da mesa é Dt 5 0,01 s, determine a intensidade da força
Tabela
média aplicada pela tabela na bola durante o impacto.
Determine a intensidade da força média do impacto da
bola sobre a tabela da mesa, sabendo que a velocidade
da bola com a mesa antes da colisão é v 5 2 m/s, a 5 60°,
que o intervalo de tempo de colisão é de Dt 5 0,02 s e
que a colisão é perfeitamente elástica.
Ftabela (N)
Fm‡x
Note e adote:
. Em todos os itens, considere que a mesa de bilhar seja perfeitamente plana
e horizontal. Despreze a resistência do ar, os atritos entre as bolas e a mesa,
os atritos entre as bolas e a tabela e o efeito de rotação das bolas.
410
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
2 (Unicamp-SP) Muitos carros possuem um sistema de segurança para os passageiros chamado airbag. Este sistema consiste
em uma bolsa de plástico que é rapidamente inflada quando o carro sofre uma desaceleração brusca, interpondo-se entre
o passageiro e o painel do veículo. Em uma colisão, a função do airbag é
a) aumentar o intervalo de tempo de colisão entre o passageiro e o carro, reduzindo assim a força recebida pelo passageiro.
b) aumentar a variação de momento linear do passageiro durante a colisão, reduzindo assim a força recebida pelo passageiro.
c) diminuir o intervalo de tempo de colisão entre o passageiro e o carro, reduzindo assim a força recebida pelo passageiro.
d) diminuir o impulso recebido pelo passageiro devido ao choque, reduzindo assim a força recebida pelo passageiro.
3 (Fuvest-SP) Compare as colisões de uma bola de vôlei e de uma bola de golfe com o tórax de uma pessoa, parada e em pé.
A bola de vôlei, com massa de 270 g, tem velocidade de 30 m/s quando atinge a pessoa, e a de golfe, com 45 g, tem velo-
cidade de 60 m/s ao atingir a mesma pessoa, nas mesmas condições. Considere ambas as colisões totalmente inelásticas.
É correto apenas o que se afirma em:
a) Antes das colisões, a quantidade de movimento da bola de golfe é maior que a da bola de vôlei.
b) Antes das colisões, a energia cinética da bola de golfe é maior que a da bola de vôlei.
c) Após as colisões, a velocidade da bola de golfe é maior que a da bola de vôlei.
d) Durante as colisões, a força média exercida pela bola de golfe sobre o tórax da pessoa é maior que a exercida pela bola
de vôlei.
e) Durante as colisões, a pressão média exercida pela bola de golfe sobre o tórax da pessoa é maior que a exercida pela bola
de vôlei.
Note e adote:
. A massa da pessoa é muito maior que a massa das bolas.
. As colisões são frontais.
. O tempo de interação da bola de vôlei com o tórax da pessoa é o dobro do tempo de interação da bola de golfe.
. A área média de contato da bola de vôlei com o tórax é 10 vezes maior que a área média de contato da bola de golfe.
411
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
PREPARE-SE
No próximo módulo, vamos estudar o teorema da conservação da quantidade de movimento, aplicando essa teoria ao estudo de
diversas interações entre os corpos de um sistema, como propulsão de foguetes, colisões e explosões.
1) É importante retomar os conceitos fundamentais do teorema do impulso. Para isso, assista ao vídeo “Teorema do impulso” no Plurall.
2) Também é interessante iniciar previamente o estudo do próximo assunto, para que seu aprendizado seja mais fácil. Para isso, veja
o vídeo "Conservação da quantidade de movimento" no Plurall e traga suas dúvidas para a próxima aula.
EX TRAS!
1 Para entender os movimentos dos corpos, Galileu discutiu o movimento de uma esfera de metal em dois planos
inclinados sem atritos e com a possibilidade de se alterarem os ângulos de inclinação, conforme mostra a figura. Na descri-
ção do experimento, quando a esfera de metal é abandonada para descer um plano inclinado de um determinado nível, ela
sempre atinge, no plano ascendente, no máximo, um nível igual àquele em que foi abandonada.
Reprodução/Enem,2014.
Galileu e o plano inclinado. Disponível em: www.fisica.ufpb.br. Acesso em: 21 ago. 2012 (adaptado).
2 Em qualquer obra de construção civil é fundamental a utilização de equipamentos de proteção individual, tal como
capacetes. Por exemplo, a queda livre de um tijolo de massa 2,5 kg de uma altura de 5 m, cujo impacto contra um capacete
pode durar até 0,5 s, resulta em uma força impulsiva média maior do que o peso do tijolo. Suponha que a aceleração gravi-
tacional seja 10 m/s2 e que o efeito de resistência do ar seja desprezível.
A força impulsiva média gerada por esse impacto equivale ao peso de quantos tijolos iguais?
a) 2 b) 5 c) 10 d) 20 e) 50
412
16 FÍSICA A
M Ó D U L O
Conservação da
quantidade de movimento
COMPETÊNCIAS
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICAS E
HABILIDADES DA
BNCC
. Objetivo 1: Utilizar o teorema da conservação da quantidade de movimento para analisar sistemas meca-
nicamente isolados nos quais os corpos se movimentam em uma mesma direção. COMPETÊNCIA 2
. Objetivo 2: Aplicar o teorema da conservação da quantidade de movimento aos sistemas mecanica- EM13CNT204
FB/A FA/B
NA NB
FB/A A B FA/B
horizontal, a quantidade de
movimento do sistema formado
PA por eles se conserva.
PB
413
. Quando, em interações muito rápidas, as forças externas são desprezíveis em relação às forças
internas.
FB/A
A B
PA PB
rf ri
Qsistema 5 Qsistema
r r r r r r
QAf 1 QBf 1...1 Qfn 5 QAi 1 QBi 1...1 Q ni
3 Colisões
3.1 Colis‹o frontal (ou choque mec‰nico unidirecional)
É aquela que ocorre quando os corpos envolvidos não mudam as suas direções de movimento. Por
exemplo:
Antes da colisão
A
vA
mA
B vB
mB
(1)
Depois da colisão
A
v'A
mA
B v'B Representação de uma colisão entre duas
mB bolas de bilhar. Note que, antes da colisão, a
(1) velocidade da bola A é maior que a
velocidade da bola B; após a colisão, a bola B
fica com velocidade maior que a da bola A.
414
3.2 Conservação da quantidade de movimento
Quando dois corpos colidem frontalmente, há conservação de quantidade de movimento. Como não há
mudança de direção nos movimentos, o tratamento algébrico é suficiente para o estudo desse tipo de colisão:
Nota: quando um corpo colide frontalmente com um anteparo fixo, não há conservação da quantida-
de de movimento do corpo, pois o sistema não é mecanicamente isolado.
Note que o coeficiente de restituição é um número adimensional e não pode ser negativo.
Caso especial: se mA 5 mB, então vBf 5 vAi e vAf 5 vBi (permuta de velocidades).
. Parcialmente elásticas
São aquelas em que parte da energia cinética é dissipada durante a colisão. A restituição é parcial, ou
seja, 0 < e < 1.
. Inelásticas (ou plásticas)
São aquelas em que toda a energia cinética consumida na deformação dos corpos é dissipada. Não
há restituição, ou seja, e 5 0 (os corpos permanecem unidos após a colisão).
#cultura_digital
No site da Universidade de Colorado, você poderá encontrar a animação interativa Collision Lab, que simu-
la colisões em uma, duas ou três dimensões. Disponível em: https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/
legacy/collision-lab. Acesso em: 4 fev. 2021.
FÍSICA A
415
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
a) Sabendo que a massa do núcleo de cério é 35 vezes maior que a massa da partícula alfa, calcule o módulo da velocidade,
em m/s, do núcleo de cério após a emissão da partícula alfa. Represente a direção e o sentido dessa velocidade, em relação
r
à va , por meio de um vetor.
b) Considerando que a massa de um próton e a massa de um nêutron tenham, cada uma delas, valor igual a 1,7 ? 10227 kg e
sabendo que a partícula alfa é formada por dois prótons e dois nêutrons, calcule a intensidade do impulso, em N ? s, re-
cebido pela partícula alfa durante sua emissão pelo núcleo de neodímio.
2 Desenhos animados e tirinhas são um prato cheio para discutir conceitos físicos. Muitas vezes, inclusive, servem como pre-
texto para analisar se determinada cena ou ação é impossível no mundo real. Um dos desenhos apropriados para isso é o
do personagem Papa-léguas. Observe a seguir, duas cenas dessa famosa produção.
Reprodução/Warner Bros
Reprodução/Warner Bros
A B
Cena A: mostra o instante em que o Coiote será lançado por uma mola comprimida e fixa a uma parede de pedra.
Cena B: mostra o Coiote instantes antes de ser lançado por um foguete apoiado sobre o solo horizontal por meio de rodinhas.
Note e adote:
. Considere que o peso do Coiote e a resistência do ar
sejam desprezíveis em relação às forças propulsoras.
416
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
c) O sistema ilustrado pela cena A é não conservativo e b) A energia mecânica dissipada durante a colisão.
isolado, e o sistema ilustrado pela cena B é conserva-
tivo e não isolado.
d) O sistema ilustrado pela cena A é conservativo e não
isolado, e o sistema ilustrado pela cena B é conserva-
tivo e isolado.
e) O sistema ilustrado pela cena A é conservativo e não
isolado, e o sistema ilustrado pela cena B é não conser-
vativo e isolado.
He3 60¡
H3 a
417
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
5 (UEL-PR) Na Copa do Mundo de 2018, observou-se que, 6 (Unicamp-SP) Lótus é uma planta conhecida por uma
para a maioria dos torcedores, um dos fatores que en- característica muito interessante: apesar de crescer em
cantou foi o jogo bem jogado, ao passo que o desen- regiões de lodo, suas folhas estão sempre secas e limpas.
canto ficou por conta de partidas com colisões violen- Isto decorre de sua propriedade hidrofóbica. Gotas de
tas. Muitas dessas colisões travavam as jogadas e, não água na folha de lótus tomam forma aproximadamente
raramente, causavam lesões nos atletas. A charge a esférica e se deslocam quase sem atrito até caírem da
seguir ilustra a narração de um suposto jogo da Copa, folha. Ao se moverem pela folha, as gotas de água captu-
feita por físicos: ram e carregam consigo a sujeira para fora da folha.
a) Quando uma gota de água cai sobre uma folha de lótus,
Reprodução/Uel,2019.
418
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
b) Considere uma gota de água com velocidade inicial vi 5 3 mm/s deslocando-se e limpando a superfície de uma folha de
lótus plana e na horizontal. Antes de cair da folha, essa gota captura o lodo de uma área de 2 cm2. Suponha que a densi-
dade superficial média de lodo na folha é de 2,5 ? 1023 gramas/cm2. Estime a massa da gota de água e calcule sua veloci-
dade no instante em que ela deixa a folha.
7 Um especialista em armas antigas foi convidado por um grupo multidisciplinar de estudos para avaliar a capacidade de tiro
de um arcabuz (um tipo de espingarda) que foi utilizado na guerra franco-espanhola (1635-1659). Para avaliar esse antigo
arcabuz, o especialista disparou horizontalmente um projétil contra um pêndulo balístico ideal em repouso, conforme ilus-
trado a seguir:
Projétil 15 cm
Arcabuz + carrinho
r
De acordo com a figura, o disparo do projétil com velocidade vp em sentido ao pêndulo provoca a movimentação do con-
r
junto arcabuz 1 carrinho, que inicialmente estava em repouso, no sentido oposto, com velocidade va 1 c de módulo 0,25 m/s.
FÍSICA A
Perceba ainda que, depois da colisão, o projétil se aloja no centro de massa do bloco do pêndulo, provocando a rotação do
conjunto até uma altura máxima h.
419
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
Determine:
Note e adote:
. As massas do arcabuz (sem munição), do projétil, do carrinho e do pêndulo são respectivamente iguais a 5 kg, 50 g, 75 kg e 19,95 kg.
. A ação da resistência do ar é desprezível em quaisquer movimentos.
. A trajetória do projétil entre o arcabuz e o pêndulo é considerada retilínea.
. A colisão entre o projétil e o pêndulo é considerada praticamente instantânea.
r
a) O módulo da velocidade vp do projétil após o disparo, em m/s.
b) A altura máxima H atingida pelo centro de massa do conjunto bloco 1 projétil, em centímetros.
420
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
• Leia o item 3 da seção Neste • Faça as questões 25 a 28. • Faça as questões 29 e 30.
3 módulo. • Leia o item 7.
• Faça as questões 21 a 24.
EX TRAS!
1 O trilho de ar é um dispositivo utilizado em laboratórios de física para analisar movimentos em que corpos de prova
(carrinhos) podem se mover com atrito desprezível. A figura ilustra um trilho horizontal com dois carrinhos (1 e 2) em que
se realiza um experimento para obter a massa do carrinho 2. No instante em que o carrinho 1, de massa 150,0 g passa a se
mover com velocidade escalar constante, o carrinho 2 está em repouso. No momento em que o carrinho 1 se choca com o
carrinho 2, ambos passam a se movimentar juntos com velocidade escalar constante. Os sensores eletrônicos distribuídos
ao longo do trilho determinam as posições e registram os instantes associados à passagem de cada carrinho, gerando os
dados do quadro.
Reprodução/Enem,2016.
Carrinho 1 Carrinho 2
b) 250,0 g. d) 450,0 g.
421
EXTRAS!
2 Em desenhos animados é comum vermos a per- O movimento dos pêndulos após a primeira colisão está
sonagem tentando impulsionar um barco soprando ar representado em:
contra a vela para compensar a falta de vento. Algumas a)
vezes usam o próprio fôlego, foles ou ventiladores. Estu-
dantes de um laboratório didático resolveram investigar
essa possibilidade. Para isso, usaram dois pequenos carros
de plástico, A e B, instalaram sobre estes pequenas ven-
toinhas e fixaram verticalmente uma cartolina de curva-
tura parabólica para desempenhar uma função análoga à
b)
vela de um barco. No carro B inverteu-se o sentido da
ventoinha e manteve-se a vela, a fim de manter as carac-
terísticas físicas do barco, massa e formato da cartolina.
As figuras representam os carros produzidos. A montagem
do carro A busca simular a situação dos desenhos anima-
dos, pois a ventoinha está direcionada para a vela.
Reprodução/Enem,2016.
c)
d)
422
GABARITO - EXTRAS!
1 a
2 e
3 d
4 c
1 c
2 d
1 a
2 a
1 c
2 b
3 c
4 e
GABARITO - EXTRAS!
FÍSICA A
423
11 FÍSICA B COMPETÊNCIAS GERAIS C1.C2.C4
M Ó D U L O
Potência
COMPETÊNCIA
ESPECÍFICA
Objetivo de aprendizagem E HABILIDADE
DA BNCC
. Objetivo 1: Analisar e determinar a taxa de transferência em contextos de transformação de energia.
COMPETÊNCIA 1
EM13CNT101
Neste módulo
1 Conceito de máquina
Energia luminosa
Televisor
Energia elétrica Energia sonora
(m‡quina)
Energia térmica
Como transforma energia, um televisor pode ser considerado uma máquina. Nesse tipo de
dispositivo, uma modalidade de energia pode ser transformada em diversas outras
modalidades.
∆E J
P = = = W (watt) 5 J/s 5 W (watt)
∆t s
3 Rendimento (h)
Eútil Pútil
h= =
Etotal Ptotal
0 , h < 100%
424
DESEN V OLV ENDO H A BIL ID A DE S
Daniel Cymbalista/Fotoarena
Daniel Cymbalista/Fotoarena
Esse dispositivo é capaz de transformar energia de modo a aquecer a água utilizada no banho. No chuveiro elétrico há uma
chave que possibilita a escolha de seu funcionamento em duas “estações” (inverno/verão).
b) O que justifica haver dois valores de potência? Relacione os diferentes valores de potência com a chave nas posições
“inverno” e “verão”.
c) Sabendo-se que uma lâmpada LED tem potência de 10 W, um chuveiro funcionando com a chave na posição “inver-
no” corresponde à potência de quantas dessas lâmpadas acesas simultaneamente?
MîDULO 11 - POTÊNCIA
FÍSICA B
425
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
2 A quantidade de energia elétrica consumida por uma residência é medida por um dispositivo conhecido como “relógio de luz”.
Para fazer a medição do consumo mensal, um funcionário da concessionária de energia faz a leitura desse aparelho. Em se-
guida, pela diferença entre os valores indicados na leitura atual e na do mês anterior, é possível determinar a quantidade de
energia elétrica consumida pela residência no último mês.
Em 2020, devido à pandemia causada pelo novo coronavírus (covid-19), algumas concessionárias de energia optaram por
não fazer a leitura dos relógios de luz para preservar o isolamento social de seus funcionários. A quantidade de energia
consumida foi calculada, então, pela média de consumo dos últimos 12 meses, em função do histórico de faturamento.
Celio Coscia/Fotoarena
Exemplo de conta de
Dispositivo medidor de consumo de energia elétrica. luz de uma
concessionária de
energia. O histórico de
faturamento
(destaque) registra o
consumo de energia da
residência nos últimos
12 meses.
b) Debata com os colegas como propor ações que possam diminuir o consumo de energia elétrica de uma residência.
426
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
c) Nas duas imagens apresentadas, pode-se notar que a 3 (Famerp-SP) Em uma competição automobilística, deter-
unidade de energia utilizada é o quilowatt-hora (kWh). minado piloto realiza 20 voltas na pista em 30 minutos.
Diferentemente de joule (J), que é a unidade de energia a) Sabendo que o comprimento da pista é de 6,0 km cal-
do Sistema Internacional de Unidades, o kWh é uma cule a distância, em quilômetros, percorrida por esse
unidade de energia empregada no contexto da eletrici- piloto em 5,0 minutos, considerando que sua velocida-
dade e pode ser definido por meio da expressão da de escalar média nesse intervalo de tempo seja igual à
potência, como mostrado a seguir. velocidade escalar média nas 20 voltas.
∆E
P= ⇒ ∆E = P ⋅ ∆t
∆t
Sistema Internacional: J W s
DE 5 P ? Dt
MîDULO 11 - POTÊNCIA
FÍSICA B
427
Reprodução/UNESP, 2017.
4 (Unesp-SP) As pás de um gerador eólico de pequeno porte realizam 300 rotações
por minuto. A transformação da energia cinética das pás em energia elétrica pelo
gerador tem rendimento de 60%, o que resulta na obtenção de 1 500 W de potência
elétrica.
Considerando p 5 3 calcule o módulo da velocidade angular, em rad/s, e da velocida-
de escalar, em m/s, de um ponto P situado na extremidade de uma das pás, a 1,2 m do
centro de rotação. Determine a quantidade de energia cinética, em joules, transferida
do vento para as pás do gerador em um minuto. Apresente os cálculos.
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
EX TRAS!
1 Durante a primeira fase do projeto de uma usina Para atender essa determinação, o valor mínimo do fluxo
de geração de energia elétrica, os engenheiros da equipe de água, em kg/s, para a refrigeração da usina deve ser
de avaliação de impactos ambientais procuram saber se mais próximo de
esse projeto está de acordo com as normas ambientais. a) 42. b) 84. c) 167. d) 250. e) 500.
A nova planta estará localizada à beira de um rio, cuja
temperatura média da água é de 25 °C e usará a sua água 2 Para irrigar sua plantação, um produtor rural cons-
truiu um reservatório a 20 metros de altura a partir da
somente para refrigeração. O projeto pretende que a usi-
barragem de onde será bombeada a água. Para alimentar
na opere com 1,0 MW de potência elétrica e, em razão de
o motor elétrico das bombas, ele instalou um painel foto-
restrições técnicas, o dobro dessa potência será dissipada
voltaico. A potência do painel varia de acordo com a in-
por seu sistema de arrefecimento, na forma de calor. Para
cidência solar, chegando a um valor de pico de 80 W ao
atender a resolução número 430, de 13 de maio de 2011,
meio-dia. Porém, entre as 11 horas e 30 minutos e as
do Conselho Nacional do Meio Ambiente, com uma ampla
12 horas e 30 minutos, disponibiliza uma potência média
margem de segurança, os engenheiros determinaram que
de 50 W. Considere a aceleração da gravidade igual a
a água só poderá ser devolvida ao rio com um aumento
10 m/s2 e uma eficiência de transferência energética de 100%.
de temperatura de, no máximo, 3 °C em relação à tempe-
ratura da água do rio captada pelo sistema de arrefeci- Qual é o volume de água, em litros, bombeado para o
mento. Considere o calor específico da água igual a reservatório no intervalo de tempo citado?
( )
4 kJ / kg ⋅ °C . a) 150 b) 250 c) 450 d) 900 e) 1 440
428
12 FÍSICA B
M Ó D U L O
Movimentos verticais de
corpos próximos à
superfície da Terra
COMPETÊNCIAS
ESPECÍFICAS
Objetivos de aprendizagem E HABILIDADES
DA BNCC
. Objetivo 1: Descrever o movimento de queda livre de um corpo caracterizando posição, velocidade
COMPETÊNCIA 2
e aceleração como funções do tempo. EM13CNT204
. Objetivo 2: Calcular o tempo de queda e a velocidade final de um corpo em queda livre. COMPETÊNCIA 3
. Objetivo 3: Descrever o movimento de um corpo submetido a um lançamento vertical caracterizando EM13CNT301
Neste módulo
s0 5 0 v0 5 0 a5g
v 5 v0 1 a ? t vy = g ⋅ t
FÍSICA B
v 2 5 v02 1 2 ? a ? Ds v y2 = 2 ⋅ g ⋅ ∆y
y
429
y
1.3 Equações do lançamento vertical
Orientando o eixo verticalmente para cima e adotando a origem no ponto em que
o corpo foi lançado verticalmente para cima com velocidade inicial v0:
s0 5 0 v0 5 vo a 5 2g
y
v = v0 + a ⋅t vy = v0 − g ⋅ t
y
v0
v 2 = v02 + 2 ⋅ a ⋅ ∆s vy2 = v0 2
− 2 ⋅ g ⋅ ∆y
y
s0 5 0 t0 5 0
1 Em uma sala de aula, o professor pergunta aos alunos: “Se fosse possível abandonar simulta-
neamente, e da mesma altura, duas garrafas plásticas idênticas, uma contendo água e a outra
vazia (isto é, contendo apenas ar), posicionadas verticalmente (como mostra a imagem), qual
delas chegaria primeiro ao chão?”
Enquanto uma parte dos alunos responde que a garrafa mais pesada (que está cheia de
água) chega primeiro, outros dizem que ambas chegam juntas.
a) O que você pensa que aconteceria? Explique sua resposta.
b) Admitindo que o módulo da força de resistência do ar que age sobre a(s) garrafa(s) seja muito menor que o módulo da
força gravitacional, qual é a aceleração da(s) garrafa(s) e que tipo de movimento ela(s) executa(m) durante a queda?
430
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
c) Supondo que a base das garrafas esteja a uma altura h do solo, determine o tempo de queda e a velocidade com que elas
atingem o solo. Dê sua resposta em função de h e do módulo do campo gravitacional g.
t3 5 0,3 s
v3 5
t4 5 0,4 s
0,80
a 2 g v 5 v0 + a ? t ⇒ v y 5 g ? t
y 5 s0 1 v0 ? t 1 ?t ⇒ y 5 ? t2
2 2
t1 5 0,1 s
t2 5 0,2 s
t3 5 0,3 s
FÍSICA B
t4 5 0,4 s
431
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
2 (UEL-PR) Nas origens do estudo sobre o movimento, o 3 (Unesp-SP) Em um dia de calmaria, um garoto sobre uma
filósofo grego Aristóteles (384/383-322 a.C.) dizia que ponte deixa cair, verticalmente e a partir do repouso, uma
tudo o que havia no mundo pertencia ao seu lugar natural. bola no instante t0 5 0 s. A bola atinge, no instante t4, um
De acordo com esse modelo, a terra apresenta-se em seu ponto localizado no nível das águas do rio e à distância h
lugar natural abaixo da água, a água abaixo do ar, e o ar, do ponto de lançamento. A figura apresenta, fora de es-
por sua vez, abaixo do fogo, e acima de tudo um local cala, cinco posições da bola, relativas aos instantes t0, t1,
perfeito constituído pelo manto de estrelas, pela Lua, pelo t2, t3 e t4. Sabe-se que entre os instantes t2 e t3 a bola
Sol e pelos demais planetas. Dessa forma, o modelo aris- percorre 6,25 m e que g 5 10 m/s2.
totélico explicava o motivo pelo qual a chama da vela
tenta escapar do pavio, para cima, a areia cai de nossas
Reprodução/UNESP, 2013.
mãos ao chão, e o rio corre para o mar, que se encontra
acima da terra. A mecânica aristotélica também defendia
que um corpo de maior quantidade de massa cai mais
rápido que um corpo de menor massa, conhecimento que
foi contrariado séculos depois, principalmente pelos es-
tudos realizados por Galileu, Kepler e Newton.
Com o avanço do conhecimento científico acerca da que-
da livre dos corpos, assinale a alternativa que indica, cor-
retamente, o gráfico de deslocamento versus tempo que
melhor representa esse movimento em regiões onde a
resistência do ar é desprezível.
a)
c)
d)
Reprodução/UEL, 2015.
e)
432
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
4 (Cefet-MG) Uma garota lança uma pedra verticalmente (A) posição inicial: o atleta está deixando o trampolim
para cima. Sendo a o módulo da aceleração e v o módulo com velocidade vertical v0 = 4,5 m/s;
da velocidade da mesma, no ponto mais alto de sua tra-
(B) ponto mais elevado: o atleta inverte o sentido de mo-
jetória, é correto afirmar que v é ___________ a (de) zero,
vimento;
se a for ___________ a (de) zero.
(C) mesma altura: o atleta passa pela posição inicial em
Os termos que completam de forma correta e, respecti-
sentido contrário;
vamente, as lacunas são
a) igual, igual c) diferente, igual (D) fim do salto: o centro de massa do atleta completa o
percurso chegando à água.
b) igual, diferente d) diferente, diferente
Embora o atleta não execute um movimento exclusiva-
5 (Cefet-MG) Um foguete de brinquedo é lançado vertical-
mente vertical, é possível considerá-lo um lançamento
mente para cima devido à ação de uma força propulsora.
vertical, pois o deslocamento horizontal é muito pequeno
Desprezando-se a resistência do ar, no instante em que o
quando comparado ao vertical. Além disso, despreze a
combustível acaba, esse foguete ____________ em mo-
altura do centro de massa do atleta, em relação ao tram-
vimento retilíneo ______________.
polim, e as resistências oferecidas pelos fluidos (ar e água).
Os termos que preenchem, corretamente, as lacunas são Nessas condições, responda aos itens abaixo:
a) sobe, acelerado. c) desce, uniforme.
Note e adote:
b) sobe, retardado. d) desce, acelerado. g 5 10 m/s2; 4,52 à 20; 80 à 9
6 Nos Jogos Olímpicos existem seis tipos de salto ornamen- a) Qual é o instante tB em que o atleta atinge a altura
tal em piscinas, que são definidos pela posição em que o máxima?
atleta deve iniciar e concluir o seu salto. No salto para trás,
realizado no trampolim de 3 m de altura (em relação à
superfície da água), o atleta começa de costas para a
piscina e a queda deve se dar no mesmo sentido. Na figu-
ra abaixo, o atleta está representado (com destaque para
o seu centro de massa) em quatro posições distintas:
(B)
b) Qual é a altura máxima, ymáx, em relação à superfície da
água da piscina?
0 Superfície
FÍSICA B
(D)
da água
433
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
7 (FMP-SP) Em um certo planeta, um corpo é atirado verticalmente para cima, no vácuo, de um ponto acima do solo horizontal.
A altura, em metros, atingida pelo corpo é dada pela função h(t ) 5 A ? t 2 1 B ? t 1 C, em que t está em segundos. Decorridos 4
segundos do lançamento, o corpo atinge a altura máxima de 9 metros e, 10 segundos após o lançamento, o corpo toca o solo.
A altura do ponto de lançamento, em metros, é
a) 0.
b) 2.
c) 3.
d) 5.
e) 6.
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
• Leia o item 1.3 da seção • Leia os itens 3 e 4.2. • Faça a questão 14.
3 Neste módulo.
• Faça as questões 8 e 9.
434
EX TRAS!
1
Ao soltar um martelo e uma pena na Lua em 1973, o astronauta David Scott confirmou que ambos atingiram juntos a super-
fície. O cientista italiano Galileu Galilei (1564-1642), um dos maiores pensadores de todos os tempos, previu que, se minimizar-
mos a resistência do ar, os corpos chegariam juntos à superfície.
OLIVEIRA, A. A influência do olhar. Disponível em: www.cienciahoje.org.br. Acesso em: 15 ago. 2016 (adaptado).
Na demonstração, o astronauta deixou cair em um mesmo instante e de uma mesma altura um martelo de 1,32 kg e uma
pena de 30 g. Durante a queda no vácuo, esses objetos apresentam iguais
a) inércias.
b) impulsos.
c) trabalhos.
d) acelerações.
e) energias potenciais.
2 (Unicamp-SP) Considerando que a massa e as dimensões dessa estrela são comparáveis às da Terra, espera-se que a ace-
leração da gravidade que atua em corpos próximos à superfície de ambos os astros seja constante e de valor não muito
diferente. Suponha que um corpo abandonado, a partir do repouso, de uma altura h = 54 m da superfície da estrela, apre-
sente um tempo de queda t = 3,0 s. Desta forma, pode-se afirmar que a aceleração da gravidade na estrela é de
a) 8,0 m/s2.
b) 10 m/s2.
c) 12 m/s2.
d) 18 m/s2.
3 (Udesc) Deixa-se cair um objeto de massa 500 g de uma altura de 5 m acima do solo. Assinale a alternativa que representa
a velocidade do objeto, imediatamente, antes de tocar o solo, desprezando-se a resistência do ar.
a) 10 m/s
b) 7,0 m/s
c) 5,0 m/s
d) 15 m/s
e) 2,5 m/s
4 Em uma experiência didática, cinco esferas de metal foram presas em um barbante, de forma que a distância entre
esferas consecutivas aumentava em progressão aritmética. O barbante foi suspenso e a primeira esfera ficou em contato
435
13 FÍSICA B
M Ó D U L O
Lançamentos horizontais e
oblíquos de corpos próximos
à superfície da Terra
COMPETÊNCIAS
ESPECÍFICAS
Objetivos de aprendizagem E HABILIDADES
DA BNCC
. Objetivo 1: Descrever o movimento de um corpo lançado horizontalmente a partir de uma altura, em
COMPETÊNCIA 2
relação ao solo, caracterizando as posições projetadas horizontal e verticalmente no plano cartesiano EM13CNT204
e a velocidade, a partir das suas componentes horizontal e vertical, como funções do tempo. COMPETÊNCIA 3
. Objetivo 2: Descrever o movimento de um corpo lançado obliquamente, caracterizando as posições EM13CNT301
projetadas horizontal e verticalmente no plano cartesiano e a velocidade, a partir das suas compo- EM13CNT302
nentes horizontal e vertical, como funções do tempo. EM13CNT303
Neste módulo
r r r
γ = g = a
Ep 1 Ec 5 Em 5 constante
436
1.3 Equações do lançamento horizontal
Orientando o eixo vertical para baixo e o eixo horizontal para a direita (no sentido de movimento do
corpo) e adotando a origem no ponto onde o corpo foi lançado horizontalmente com velocidade v0:
t0 5 0
0 v0 x
Posição Velocidade
Direção Aceleração
inicial inicial
Horizontal x0 5 0 v0 5 v0 ax 5 0
x
Vertical y0 5 0 v0 5 0 ay 5 g
y
vy = g ⋅ t
g 2
Vertical y= ⋅t
2 vy2 = 2 ⋅ g ⋅ ∆y
y
y
Direção Direção
vy 5 0
horizontal vertical ymáx 5 H vx 5 v0 ? cos u
g 2
x = v0 ⋅ cos θ ⋅ t y = v0 ⋅ sen θ ⋅ t − ⋅t
2
v02
(v )
2
xmáx = D = ⋅ sen 2θ 0
⋅ sen θ
g ymáx =H= vy v
2⋅ g
vy = v0 ⋅ sen θ − g ⋅ t
vx = v0 ⋅ cos θ v0 vx
( ) v0 5 v0 ? sen u
2
vy = v0 ⋅ sen θ
2
− 2 ⋅ g ⋅ ∆y y
u
t0 5 0
0 v0 5 v0 ? cos u x
x
D 5 xmáx
FÍSICA B
437
DESEN V OLV ENDO H A BIL ID A DE S
1 (Unesp-SP) A fotografia mostra um avião bombardeiro 2 (Acafe-SC) Em um parque de diversões, João tenta ganhar
norte-americano B52 despejando bombas sobre determi- um prêmio no jogo dos dardos. Para isso, deve acertar um
nada cidade no Vietnã do Norte, em dezembro de 1972. ponto situado na periferia do disco do alvo. O disco gira
em MCU com a velocidade de 4,5 m/s e possui um raio de
Reprodução/UNESP, 2015.
45 cm.
João lança o dardo horizontalmente na direção do centro
do alvo, distante 6 m quando o ponto está passando na
extremidade superior do disco, como mostra a figura abaixo.
Reprodução/ACAFE, 2020.
R 6m
Durante essa operação, o avião bombardeiro sobrevoou,
horizontalmente e com velocidade vetorial constante, a
região atacada, enquanto abandonava as bombas que, na
fotografia tirada de outro avião em repouso em relação
ao bombardeiro, aparecem alinhadas verticalmente sob
ele, durante a queda. Desprezando a resistência do ar e a
atuação de forças horizontais sobre as bombas, é correto Com base no exposto, marque a alternativa que indica o
afirmar que: módulo da velocidade de lançamento horizontal do dardo,
a) no referencial em repouso sobre a superfície da Terra, cada em m/s, para que João acerte o ponto na extremidade
bomba percorreu uma trajetória parabólica diferente. inferior do disco do alvo.
438
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
Reprodução/UFRGS, 2018.
plano e horizontal no ponto B. Na figura, o helicóptero e o
objeto são representados em quatro instantes diferentes.
Reprodução/FAMEMA, 2017.
d)
Reprodução/UFRGS, 2018.
e)
FÍSICA B
439
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
5 (UCS-RS) Quando um jogador de futebol é muito veloz, uma forma divertida de se referir a essa qualidade é dizer que ele é
capaz de cobrar escanteio para a área adversária e ele mesmo correr e conseguir chutar a bola antes de ela tocar o chão. Su-
ponha um jogador ficcional que seja capaz de fazer isso. Se ele cobrar o escanteio para dentro da área fornecendo à bola uma
velocidade inicial de 20 m/s fazendo um ângulo de 60° com a horizontal, qual distância o jogador precisa correr, em linha reta,
saindo praticamente de forma simultânea à cobrança de escanteio, para chutar no gol sem deixar a bola tocar no chão? Para
fins de simplificação, considere que a altura do chute ao gol seja desprezível, que sen 60° 5 0,8, cos 60° 5 0,5 e que a acelera-
ção da gravidade seja 10 m/s2.
a) 6 m.
b) 12 m.
c) 24 m.
d) 32 m.
e) 44 m.
6 (FAE-SP) Um garoto, em cima de uma plataforma para saltos ornamentais, a 6 m de altura em relação ao nível da água da
piscina, chuta uma bola com velocidade inicial de 8 m/s inclinada em 45° com a horizontal. A intenção do garoto era a de
que a bola caísse nas mãos de seu amigo, parado dentro da piscina, mas o chute não foi suficientemente forte, e a bola
atingiu a água antes da posição pretendida.
2
Adotando g 5 10 m/s2, sen 45° 5 cos 45° 5 e desprezando a resistência do ar, calcule:
2
a) a altura máxima H, em m, em relação ao nível da água, atingida pela bola nesse chute.
440
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
b) o módulo da velocidade inicial, em m/s, com que a bola deveria ter sido chutada, mantida a inclinação de 45° com a ho-
rizontal, para que tivesse caído nas mãos do garoto parado dentro da piscina.
FÍSICA B
441
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
Os gráficos a seguir mostram, respectivamente, as po- 8 (UFPR) Um objeto de massa igual a 50 kg é solto de um
sições verticais y como função do tempo t, as posições helicóptero que voa horizontalmente a uma velocidade de
horizontais x como função do tempo t e as posições 200 km/h. Considere que o helicóptero, no momento em
verticais y como função das posições horizontais x, dos que soltou o objeto, estava a uma altura de 250 m em
dois projéteis. relação ao solo e que a aceleração da gravidade no local
era igual a 10 m/s2. Desprezando os efeitos da resistência
Reprodução/UFRGS, 2020.
do ar, calcule:
a) A energia cinética do objeto ao atingir o solo.
442
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
Indique como resposta a soma das alternativas 10 (UFPR) Nas Paralimpíadas recentemente realizadas no
corretas Brasil, uma das modalidades esportivas disputadas foi o
basquetebol. Em um determinado jogo, foi observado que
9 (UEM-PR) A pólvora, um explosivo desenvolvido na China um jogador, para fazer a cesta, arremessou a bola quando
no século 9 d.C., consiste de uma mistura de espécies
o centro de massa dessa bola estava a uma altura de
químicas combustíveis e de agentes oxidantes. Com a sua
1,4 m. O tempo transcorrido desde o instante em que a
descoberta, uma nova classe de dispositivos bélicos (ar-
bola deixou a mão do jogador até ter o seu centro de
mas de fogo) foi desenvolvida. Nesses dispositivos a ener-
massa coincidindo com o centro do aro foi de 1,1 s. No
gia liberada na explosão da pólvora é parcialmente con-
momento do lançamento, o centro de massa da bola
vertida em energia cinética para um corpo inicialmente
em repouso, chamado projétil. Um exemplo é um canhão, estava a uma distância horizontal de 4,4 m do centro do
que usa pólvora para arremessar uma esfera de ferro. Con- aro da cesta, estando esse aro a uma altura de 3,05 m
sidere um canhão em que 10% da energia liberada pela conforme pode ser observado na figura a seguir.
Reprodução/UFPR, 2017.
explosão da pólvora são convertidos em energia cinética
para um projétil de 8 kg.
Considere que, ao ser detonada, 4 kJ de energia são libe-
rados para cada grama de pólvora e que 49 g de pólvora
são utilizados a cada disparo. Despreze o efeito da resis-
tência do ar e as dimensões do canhão, que se encontra
em uma planície. Considere g 5 10 m/s2.
FÍSICA B
443
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
c) A energia cinética da bola no momento do lançamento (considerando o exato instante em que a bola deixa a mão do
atleta).
#cultura_digital
No site da Universidade do Colorado há uma simulação bem interessante sobre lançamentos de projéteis. Disponível em: https://
phet.colorado.edu/sims/html/projectile-motion/latest/projectile-motion_pt_BR.html. Acesso em: 17 fev. 2021.
Reprodução/https://phet.colorado.edu
D
A
B
E
C
Essa simulação permite experimentar arremessos de diferentes objetos, escolhendo distintas condições iniciais, como altura de
lançamento (A), ângulo de disparo (B) e velocidade inicial (C). Além desses controles, são relevantes o medidor de tempo, alcan-
ce e altura (D) e os botões de lançamento e apagador de trajetória (E). Depois do lançamento, o medidor pode ser colocado sobre
a trajetória para indicar os resultados.
444
Reprodução/https://phet.colorado.edu
Experimente comparar, na ausência da resistência do ar, os alcances de projéteis em diferentes condições iniciais. Para auxiliá-lo,
organize as tabelas abaixo:
Caso 1 – altura de 5 m e ângulo de disparo nulo
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
• Leia os itens 1.1 a 1.3 da • Leia os itens 5, 5.1 e 5.2. • Faça a questão 24.
1 seção Neste módulo. • Faça as questões 20 a 23.
• Faça as questões 16 a 19.
• Leia o item 1.4 da seção • Leia os itens 5.3 a 5.5. • Faça a questão 33.
2 Neste módulo. • Faça as questões 29 a 32.
• Faça as questões 25 a 28.
445
EX TRAS!
1 Para um salto no Grand Canyon usando motos, dois paraquedistas vão utilizar uma moto cada, sendo que uma
delas possui massa três vezes maior. Foram construídas duas pistas idênticas até a beira do precipício, de forma que no
momento do salto as motos deixem a pista horizontalmente e ao mesmo tempo. No instante em que saltam, os paraquedis-
tas abandonam suas motos e elas caem praticamente sem resistência do ar.
As motos atingem o solo simultaneamente porque
a) possuem a mesma inércia.
b) estão sujeitas à mesma força resultante.
c) têm a mesma quantidade de movimento inicial.
d) adquirem a mesma aceleração durante a queda.
e) são lançadas com a mesma velocidade horizontal.
2 Na Antiguidade, algumas pessoas acreditavam que, no lançamento oblíquo de um objeto, a resultante das forças
que atuavam sobre ele tinha o mesmo sentido da velocidade em todos os instantes do movimento. Isso não está de acordo
com as interpretações científicas atualmente utilizadas para explicar esse fenômeno.
Desprezando a resistência do ar, qual é a direção e o sentido do vetor força resultante que atua sobre o objeto no ponto
mais alto da trajetória?
a) Indefinido, pois ele é nulo, assim como a velocidade vertical nesse ponto.
b) Vertical para baixo, pois somente o peso está presente durante o movimento.
c) Horizontal no sentido do movimento, pois devido à inércia o objeto mantém seu movimento.
d) Inclinado na direção do lançamento, pois a força inicial que atua sobre o objeto é constante.
e) Inclinado para baixo e no sentido do movimento, pois aponta para o ponto onde o objeto cairá.
3 (Famerp-SP) No interior de um vagão hermeticamente fechado que se move horizontalmente em trajetória retilínea com
velocidade 4,0 m/s em relação ao solo, uma pessoa arremessa uma pequena esfera verticalmente para cima, com velocida-
de 3,0 m/s em relação ao vagão.
Reprodução/Famerp, 2018.
Desprezando o atrito com o ar, os módulos das velocidades da esfera, em relação ao solo, no ponto mais alto de sua traje-
tória e no instante em que retorna à mão da pessoa são, respectivamente,
a) 4,0 m/s e 3,0 m/s.
b) zero e 5,0 m/s.
c) 4,0 m/s e 5,0 m/s.
d) zero e 3,0 m/s.
e) 5,0 m/s e zero.
446
EXTRAS!
4 (EsPCEx-SP) Um projétil é lançado obliquamente, a partir de um solo plano e horizontal, com uma velocidade que forma
com a horizontal um ângulo α e atinge a altura máxima de 8,45 m.
Sabendo que, no ponto mais alto da trajetória, a velocidade escalar do projétil é 9,0 m/s, pode-se afirmar que o alcance
horizontal do lançamento é:
Dados:
Intensidade da aceleração da gravidade g = 10,0 m/s2.
Despreze a resistência do ar.
a) 11,7 m.
b) 17,5 m.
c) 19,4 m.
d) 23,4 m.
e) 30,4 m.
5 Um garoto foi à loja comprar um estilingue e encontrou dois modelos: um com borracha mais “dura” e outro com
borracha mais “mole”. O garoto concluiu que o mais adequado seria o que proporcionasse maior alcance horizontal, D, para
as mesmas condições de arremesso, quando submetidos à mesma força aplicada. Sabe-se que a constante elástica kd (do
estilingue mais “duro”) é o dobro da constante elástica km (do estilingue mais “mole”).
D
A razão entre os alcances d , referentes aos estilingues com borrachas “dura” e “mole”, respectivamente, é igual a
Dm
1
a) . c) 1.
4
d) 2.
1
b) . e) 4.
2
6 (Cefet-MG) A figura abaixo exibe uma bola que é abandonada de uma rampa curva de 1,25 m de altura que está sobre uma
mesa nas proximidades da Terra. Após liberada, a bola desce pela rampa, passa pelo plano horizontal da mesa e toca o solo
1,00 s após passar pela borda.
Desprezando-se qualquer tipo de atrito, avalie as afirmações a seguir e assinale (V) para as verdadeiras ou (F) para as falsas.
( ) Abandonando-se a bola a partir do repouso da borda da mesa, o tempo de queda até o solo é também de 1,00 segundo.
( ) Para se calcular o tempo de queda da bola a partir da saída da mesa, é necessário conhecer a massa da bola.
( ) Para se calcular o alcance da bola a partir da saída da mesa, é necessário conhecer a altura da mesa.
d) V, F, V, F.
447
GABARITO - EXTRAS!
Módulo 11 – Potência
1 c
2 d
1 d
2 c
3 a
4 b
1 d
2 b
3 c
4 d
5 b
6 b
448
Química João USBERCO
Philippe Spitaleri Kaufmann (PH)
Reinaldo Putvinskis JUNIOR
ROBSON Groto
RODRIGO Machado Martins
Rodrigo Putvinskis (ALEMÃO)
449
17 QUÍMICA A COMPETÊNCIAS GERAIS C2.C4.C7
M Ó D U L O
Concentração de
soluções: ppm e ppb
COMPETÊNCIA
Objetivo de aprendizagem ESPECÍFICA
E HABILIDADES
DA BNCC
. Objetivo 1: calcular e compreender relações de concentração em ppm e ppb, de forma a analisar
quantitativamente a composição dos materiais e avaliar seus benefícios e riscos nas atividades do COMPETÊNCIA 3
cotidiano, para a saúde e o ambiente. EM13CNT304
EM13CNT306
Neste módulo
Rótulo da embalagem
de um creme dental.
O flúor auxilia a
prevenir a formação
de cárie.
450
ppmv: parte por milhão em volume (sistemas gasosos)
Essa unidade indica o volume de soluto, em litros, disperso em cada milhão de litros de solução.
Tirachard Kumtanom/Pexels
Consultando essas informações, pode-se afirmar que a massa de flúor presente no interior do tubo é
igual a
a) 30 g. b) 3 g. c) 0,3 g. d) 15 g. e) 1,5 g.
2 Em estudos sobre qualidade da água, amostras de águas dos rios são analisadas em laboratório. Para
determinar o teor de substâncias tóxicas presentes nessas águas, são realizados testes que necessitam
de soluções-padrão, ou seja, soluções de concentrações conhecidas que são usadas como referência
para que se faça a comparação com a água analisada. No preparo de uma dessas soluções, uma
massa de 0,08 g de íon ferro(III), Fe31, foi dissolvida em água suficiente para preparar 10 L de uma so-
lução-padrão. Pode-se afirmar que a concentração dessa solução-padrão, expressa em ppm, é de
a) 0,08. b) 0,8. c) 8. d) 80. e) 800.
Dica dos autores: Como a solução é diluída, considerar a densidade da solução preparada igual à da
água, a 25 °C, que é 1 g/mL.
451
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
3 A tabela a seguir mostra o valor máximo permitido (VMP) para alguns metais na água potável.
Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 2 914, de 12 de dezembro de 2011. Dispõe sobre os
procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu
padrão de potabilidade. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/
gm/2011/prt2914_12_12_2011.html. Acesso em: 9 nov. 2020.
a) De acordo com essa tabela, qual é o metal mais tóxico? Explique sua resposta.
b) Considere que uma amostra de água analisada apresenta uma concentração de cobre igual à má-
xima permitida. Se evaporássemos um volume de 1 L dessa água, qual massa de cobre seria obtida
ao final do processo?
4 (Unesp-SP) De acordo com o Relatório Anual de 2016 da Qualidade da Água, publicado pela Sabesp,
a concentração de cloro na água potável da rede de distribuição deve estar entre 0,2 mg/L limite mí-
nimo, e 5,0 mg/L limite máximo. Considerando que a densidade da água potável seja igual à da água
pura, calcula-se que o valor médio desses limites, expresso em partes por milhão, seja
a) 5,2 ppm. d) 26 ppm.
b) 18 ppm. e) 1,8 ppm.
c) 2,6 ppm.
452
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
PREPARE-SE
Na próxima aula, vamos estudar a concentração em mol/L. Para aprimorar o aprendizado, é importante retomar os conceitos de
mol e quantidade de matéria. Acesse nosso vídeo para relembrar o assunto.
EX TRAS!
1 (Ufscar-SP) O flúor tem um papel importante na prevenção e controle da cárie dentária. Estudos demonstram que, após a
fluoretação da água, os índices de cáries nas populações têm diminuído. O flúor também é adicionado a produtos e materiais
odontológicos. Suponha que o teor de flúor em determinada água de consumo seja 0,9 ppm (partes por milhão) em massa.
Considerando a densidade da água 1 g/mL, a quantidade, em miligramas, de flúor que um adulto ingere ao tomar 2 litros
dessa água, durante um dia, é igual a
a) 0,09.
b) 0,18.
c) 0,90.
d) 1,80.
e) 18,0
2 Diesel é uma mistura de hidrocarbonetos que também apresenta enxofre em sua composição. Esse enxofre é um com-
ponente indesejável, pois o trióxido de enxofre gerado é um dos grandes causadores da chuva ácida. Nos anos 1980, não havia
regulamentação e era utilizado óleo diesel com 13 000 ppm de enxofre. Em 2009, o diesel passou a ter 1 800 ppm de enxofre
(S1800) e, em seguida, foi inserido no mercado o diesel S500 (500 ppm). Em 2012, foi difundido o diesel S50, com 50 ppm de
enxofre em sua composição. Atualmente, é produzido um diesel com teores de enxofre ainda menores.
Os impactos da má qualidade do óleo diesel brasileiro. Disponível em: www.cnt.org.br.
Acesso em: 20 dez. 2012 (adaptado).
A substituição do diesel usado nos anos 1980 por aquele difundido em 2012 permitiu uma redução percentual de emissão
de SO3 de
a) 86,2%.
453
18 QUÍMICA A
M Ó D U L O
Concentração de
soluções: mol/L
COMPETÊNCIA
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICA
E HABILIDADE
DA BNCC
. Objetivo 1: calcular e compreender relações de proporção envolvendo a concentração em mol/L.
. Objetivo 2: determinar a concentração em mol/L de compostos moleculares e iônicos presentes em
COMPETÊNCIA 1
EM13CNT104
sistemas aquosos.
Neste módulo
1 Concentração em mol/L
1.1 Cálculo e conceito
A concentração em mol/L (M) indica a quantidade
de soluto (n), em mol, que está dissolvida em cada 1 L n1 (soluto em mol)
M5
de solução (V). V (solução em L)
n1 m1
M5 5
V M1 ⋅ V
Volume V
(solução) Representação do preparo de uma solução.
Em que:
M é a concentração em mol/L do soluto na solução;
n1 é a quantidade de soluto em mol;
m1 é a massa do soluto em gramas;
M1 é a massa molar do soluto em g/mol;
V é o volume da solução em litros.
n 1 mol 1 mol
M 0,2 mol/L 0,2 mol/L
Concentração total de partículas (moléculas)
na solução: 0,2 mol/L
[C12H22O11] 5 0,2 mol/L A dissolução da sacarose em água forma uma solução molecular.
454
Cloreto de sódio (NaCL) é um soluto que se dissocia ao dissolver:
H2 O
Elementos fora Solução de 1 NaCL(s) 1 Na1(aq) 1 1 CL2(aq)
de proporção cloreto de sódio
Cores fantasia n 1 mol 1 mol 1 1 mol
M 0,2 mol/L 0,2 mol/L 1 0,2 mol/L
Concentração total de partículas (íons) na
solução: 0,4 mol/L
[NaCL] 5 0,2 mol/L A dissociação do cloreto de sódio em água forma uma solução iônica.
1 No preparo de uma solução básica que será usada em um 3 A tabela de informações nutricionais presente na emba-
experimento de neutralização, 20 gramas de hidróxido de lagem de um suco de laranja é reproduzida a seguir:
sódio (NaOH) foram dissolvidos em água suficiente para
produzir 100 mL de solução. Considerando que a solubi- INFORMAÇÃO NUTRICIONAL
lidade dessa base é de 110 g NaOH/100 mL de água, res- Porção de 200 mL (1 copo) %VD*
ponda às questões a seguir. valor energético 70 kcal 5 296 kJ 3,5
a) A solução preparada é saturada ou insaturada? Justi-
carboidratos 18 g 6,5
fique sua resposta.
proteínas 1,5 g 2
455
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
4 (Unioeste-PR) Segundo a resolução número 430 do CON- 6 O sangue é um líquido fundamental para os seres huma-
SELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA), a nos, pois nele ocorrem muitas reações e trocas gasosas
quantidade permitida para lançamento de chumbo em indispensáveis para o bom funcionamento do organismo.
efluente é de 0,5 mg ? L21. Sabendo que a concentração A acidez sanguínea é muito bem controlada por um me-
encontrada desse metal em uma fábrica que o utiliza foi canismo específico, chamado tampão sanguíneo. Altera-
de 0,005 mmol ? L21, quantas vezes esta quantidade de ções bruscas na acidez sanguínea podem levar um indi-
chumbo está, aproximadamente, acima ou abaixo do per- víduo rapidamente à morte. Em determinados casos de
mitido pelo CONAMA? acidose sanguínea (acidez acima do desejável), pode ser
a) 100 b) 10 c) 6 d) 4 e) 2 necessária a injeção de uma solução contendo íons bi-
carbonatos diretamente na veia do paciente. Normalmen-
te a solução utilizada apresenta concentração de
0,6 mol/L de íons bicarbonato, HCO32.
Caso esse íon fosse proveniente de uma solução de bicar-
bonato de cálcio, Ca(HCO3)2, a concentração do sal nessa
solução para que o íon bicarbonato estivesse na concen-
tração correta deveria ser igual a
a) 0,1 mol/L. d) 0,4 mol/L.
b) 0,2 mol/L. e) 0,6 mol/L.
5 Considere três soluções aquosas cujos solutos e concen-
trações são indicados na figura a seguir. c) 0,3 mol/L.
456
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
• Leia o item 2 da seção Neste • Faça as questões 14 a 16. • Faça as questões 17 e 18.
2 módulo. • Leia o item 2.
• Faça as questões 10 a 13.
EX TRAS!
1 A cafeína é um alcaloide, identificado como 0,07 g de ácido ascórbico para cada 200 mL de suco. O
1,3,7-trimetilxantina (massa molar igual a 194 g/mol), cuja número de litros de suco de laranja que corresponde à
estrutura química contém uma unidade de purina, con- quantidade de ácido ascórbico presente em um compri-
forme representado. Esse alcaloide é encontrado em mido efervescente é mais próximo de
grande quantidade nas sementes de café e nas folhas de a) 0,0002. d) 1.
chá-verde. Uma xícara de café contém, em média, 80 mg b) 0,03. e) 3.
de cafeína.
c) 0,3.
O CH3
3 Em um caso de anemia, a quantidade de sulfato
H3C
N de ferro(Il) (FeSO4, massa molar igual a 152 g/mol) reco-
N
mendada como suplemento de ferro foi de 300 mg/dia.
O N N Acima desse valor, a mucosa intestinal atua como barrei-
ra, impedindo a absorção de ferro. Foram analisados cin-
CH3 co frascos de suplemento, contendo solução aquosa de
MARIA, C. A. B.; MOREIRA, R. F. A. Cafeína: revisão sobre FeSO4 cujos resultados encontram-se no quadro.
métodos de análise. Química nova, n.1, 2007 (adaptado).
Concentração de sulfato de ferro(II)
Considerando que a xícara descrita contém um volume Frasco
(mol/L)
de 200 mL de café, a concentração, em mol/L, de cafeína
1 0,02
nessa xícara é mais próxima de
2 0,20
a) 0,0004. d) 2.
3 0,30
b) 0,002. e) 4.
4 1,97
c) 0,4.
5 5,01
2 A ingestão de vitamina C (ou ácido ascórbico;
457
19 QUÍMICA A
M Ó D U L O
COMPETÊNCIA
Objetivo de aprendizagem ESPECÍFICA
E HABILIDADE
DA BNCC
. Objetivo 1: relacionar as diferentes unidades de concentração compreendendo que elas indicam uma
proporção entre as quantidades de soluto e de solução em um sistema químico para avaliar os riscos COMPETÊNCIA 3
nas atividades cotidianas que envolvem a exposição às substâncias. EM13CNT306
Neste módulo
Concentração em mol/L
Indica quantos mols de soluto estão dissolvidos em 1 L x mol 1L n1
M5
de solução. V
Título ou % (m/m) m1
xg 100 g t(m /m) 5
Indica a porcentagem em massa do soluto na solução. m
458
DESEN V OLV ENDO H A BIL ID A DE S
Consulte a tabela periódica
sempre que necessário.
NaOH concentrado
20% em massa
Densidade (20 °C) 5 1,2 g/mL
459
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
PREPARE-SE
Na próxima aula, vamos estudar o conceito de diluição. Para aprimorar o aprendizado, é importante retomar o conceito de grande-
zas diretamente e inversamente proporcionais. Acesse nosso vídeo para relembrar o assunto.
EX TRAS!
1 O vinagre vem sendo usado desde a Antiguidade como conservante de alimentos, bem como
agente de limpeza e condimento. Um dos principais componentes do vinagre é o ácido acético (mas-
sa molar 60 g/mol) cuja faixa de concentração deve se situar entre 4% a 6% (m/v). Em um teste de
controle de qualidade foram analisadas cinco marcas de diferentes vinagres, e as concentrações de
ácido acético, em mol/L, se encontram no quadro.
1 0,007
2 0,070
3 0,150
4 0,400
5 0,700
RIZZON, L. A. Sistema de produção de vinagre.
Disponível em: www.sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br. Acesso em: 14 ago. 2012 (adaptado).
Considerando apenas o quesito preço por kg de cloro ativo e desprezando outras variáveis, para cada
bombona de 50 kg haverá uma economia de
a) R$ 4,00. d) R$ 30,00.
b) R$ 6,00. e) R$ 45,00.
c) R$ 10,00.
460
20 QUÍMICA A
M Ó D U L O
Manipulando soluções:
diluição
COMPETÊNCIAS
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICAS
E HABILIDADES
DA BNCC
. Objetivo 1: relacionar a concentração de uma solução antes e depois do processo de diluição consi-
derando as concentrações volumétricas. COMPETÊNCIA 2
. Objetivo 2: relacionar a concentração de uma solução antes e depois do processo de diluição consi-
EM13CNT205
Neste módulo
Elementos fora
de proporção
Cores fantasia
t: porcentagem em massa
ti ? mi 5 tf ? mf
m: massa total da solução
461
DESEN V OLV ENDO H A BIL ID A DE S
Consulte a tabela periódica
sempre que necessário.
1 No rótulo de um suco de frutas concentrado, consta a 3 Em um laboratório de Química, uma solução estoque de
seguinte instrução de preparo. ácido sulfúrico apresenta concentração de 10 mol/L. Para
um experimento, um técnico necessita preparar 100 mL
de uma solução desse mesmo ácido, porém na concen-
tração de 0,1 mol/L. O volume da solução estoque que
deve ser usado na diluição para se preparar a solução
desejada é de
a) 99 mL. d) 9 mL.
b) 90 mL. e) 1 mL.
c) 10 mL.
462
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
b) imprópria para o consumo, pois apresenta 2 ppb de a) a concentração inicial da solução, expressa em porcen-
mercúrio. tagem, em massa.
Orientação de estudo
• Leia o item 3 da seção Neste • Faça as questões 14 a 16. • Faça as questões 17 e 18.
2 módulo. • Leia o item 4.
• Faça as questões 10 a 13.
QUÍMICA A
463
PREPARE-SE
Na próxima aula, vamos estudar misturas de soluções com e sem reação química.
Pensando em mistura de soluções envolvendo reações químicas, o caso mais clássico é o de reações envol-
vendo ácidos e bases, embora existam muitos outros casos de reações envolvendo compostos inorgânicos.
Por exemplo, você já ouviu falar que a chuva ácida corrói objetos de mármore? Do ponto de vista químico,
pesquise qual é o principal componente do mármore.
EX TRAS!
2 A hidroponia pode ser definida como uma técnica de produção de vegetais sem necessaria-
mente a presença de solo. Uma das formas de implementação é manter as plantas com suas raízes
suspensas em meio líquido, de onde retiram os nutrientes essenciais. Suponha que um produtor de
rúcula hidropônica precise ajustar a concentração de íon nitrato (NO32) para 0,009 mol/L em um tan-
que de 5 000 litros e, para tanto, tem em mãos uma solução comercial nutritiva de nitrato de cálcio
90 g/L. As massas molares dos elementos N, O e Ca são iguais a 14 g/mol, 16 g/mol e 40 g/mol, res-
pectivamente. Qual o valor mais próximo do volume da solução nutritiva, em litros, que o produtor
deve adicionar ao tanque?
a) 26 b) 41 c) 45 d) 51 e) 82
3 (Unicamp-SP) Um dos grandes problemas das navegações do século XVI referia-se à limitação de água
potável que era possível transportar numa embarcação. Imagine uma situação de emergência em que
restaram apenas 300 litros (L) de água potável (considere-a completamente isenta de eletrólitos). A
água do mar não é apropriada para o consumo devido à grande concentração de NaCL (25g/L), porém
o soro fisiológico (10 g NaCL/L) é. Se os navegantes tivessem conhecimento da composição do soro
fisiológico, poderiam usar água potável para diluir água do mar de modo a obter o soro e assim teriam
um volume maior de líquido para beber.
a) Que volume total de soro seria obtido com a diluição se todos os 300 litros de água potável fossem
usados para este fim?
b) Considerando-se a presença de 50 pessoas na embarcação e admitindo-se uma distribuição equi-
tativa do soro, quantos gramas de NaCL teriam sido ingeridos por cada pessoa?
c) Uma maneira que os navegadores usavam para obter água potável adicional era recolher água de
chuva. Considerando-se que a água da chuva é originária, em grande parte, da água do mar, como
se explica que ela possa ser usada como água potável?
ANOTAÇÕES
464
21 QUÍMICA A
M Ó D U L O
Manipulando soluções:
mistura de soluções
COMPETÊNCIA
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICA
E HABILIDADE
DA BNCC
. Objetivo 1: calcular a concentração das soluções preparadas pela mistura de outras, sem a ocorrência
de reação química entre elas. COMPETÊNCIA 2
. Objetivo 2: realizar cálculos quantitativos das transformações químicas envolvendo o uso de soluções
EM13CNT205
Neste módulo
C1 C2 Cf
V1 V2 Vf 5 V1 1 V2
Representação esquemática da mistura de duas soluções de mesmo soluto e concentrações diferentes (as esferas
A concentração final (Cf) será a média ponderada das concentrações das soluções misturadas.
. Para concentrações em volume (g/L, mol/L), tem-se:
C1 ? V1 1 C2 ? V2 5 Cf ? Vf
M1 ? V1 1 M2 ? V2 5 Mf ? Vf
465
2 Concentração de mistura de soluções de solutos
diferentes que não reagem
Nesses casos, a concentração dos solutos é alterada da mesma forma que ocorre na diluição das
soluções.
Elementos fora
de proporção
Cores fantasia
C1 C2 Cf Cf
V1 V2 Vf 5 V1 1 V2
Para Para
C1 ? V1 5 Cf ? Vf C1 ? V1 5 Cf ? Vf
M1 ? V1 5 Mf ? Vf M1 ? V1 5 Mf ? Vf
t1 ? m (solução 1) 5 tf ? m (solução f) t1 ? m (solução 1) 5 tf ? m (solução f)
Elementos fora
de proporção
Cores fantasia
Representação esquemática da mistura de duas soluções de solutos e concentrações diferentes que reagem entre si.
466
DESEN V OLV ENDO H A BIL ID A DE S
Consulte a tabela periódica
sempre que necessário.
1 Durante uma refeição em família, uma pessoa abriu uma a) 900 mL e 100 mL. d) 200 mL e 800 mL.
garrafa de 2 L de refrigerante. Ao término do almoço, b) 800 mL e 200 mL. e) 100 mL e 900 mL.
sobraram 500 mL na garrafa, que foi fechada e colocada
c) 400 mL e 600 mL.
na geladeira. Depois de alguns dias, o refrigerante dessa
garrafa estava com menos gás. O filho dessa pessoa, re-
solvendo usar seus conhecimentos sobre mistura de so-
luções, teve uma ideia:
. Vamos misturar o conteúdo de uma garrafa nova des-
se mesmo refrigerante com o que está na geladeira,
assim teremos um volume maior para tomar!
Do ponto de vista químico, pode-se afirmar:
I. A mistura não ficará tão boa quanto o refrigerante
recém-aberto, mas também não ficará tão ruim quan-
to aquele que estava na geladeira.
II. A mistura conterá uma quantidade de gás que estará
entre aquela existente no refrigerante da geladeira e
o recém-aberto.
4 A figura a seguir mostra o esquema do processo de mis-
III. Quanto maior o volume do refrigerante recém-aberto tura de duas soluções eletrolíticas.
usado na mistura, mais parecido com ele ficará o sis-
tema final.
1 21 CL Na
Na CL
2 Ca 2
CL
2
CL
2
b) Apenas I e II. CL
c) Apenas I e III.
C(NaCL) 5 0,25 mol/L C(CaCL ) 5 0,10 mol/L
2
d) Apenas II e III. V1 5 200 mL V2 5 300 mL Vf 5 500 mL
e) Todas. a) Calcule a concentração final de íons Na . 1
467
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
5 Um dos grandes problemas associados à chuva ácida é a b) Qual o volume de CO2 produzido na reação a 25 °C e
corrosão de sólidos diversos, como estruturas metálicas 1 atm?
de pontes e edifícios, e dos carbonatos presentes, por
exemplo, no mármore.
A reação entre o ácido nítrico presente na chuva ácida de
grandes centros urbanos e o mármore é representada pela
equação química a seguir:
2 HNO3(aq) 1 CaCO3(s) ñ Ca(NO3)2(aq) 1 H2O(L) 1
1 CO2(g)
Em um teste de laboratório, para se determinar a extensão
dessa reação, uma amostra de 40 gramas de carbonato
de cálcio foi submetida ao ataque ácido. Caso a reação
seja completa, o volume da solução 1 mol/L de HNO3 uti-
lizado para consumir todo o CaCO3 será igual a
Dado: massa molar do carbonato de cálcio: 100 g/mol.
a) 200 mL. c) 400 mL. e) 800 mL.
b) 300 mL. d) 600 mL. 7 Quando soluções de ácido clorídrico e nitrato de prata
são misturadas, ocorre uma reação visualmente percep-
tível devido à precipitação de um sólido branco, de acor-
do com a equação química a seguir.
HCL(aq) 1 AgNO3(aq) ñ AgCL(s) 1 HNO3(aq)
Ao se misturar 100 mL de solução ácida na concentração
de 2 mol/L com 300 mL da solução de AgNO3 1 mol/L, a
massa de precipitado produzido será igual a
468
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
8 Em lojas de materiais de construção são vendidas soluções 10 Muitos desodorantes apresentam em sua constituição o
ácidas de limpeza para pisos e superfícies metálicas. Um hidróxido de alumínio, AL(OH)3, como princípio ativo.
desses produtos apresenta estas informações sobre sua Mesmo sendo fraca, essa base pode ser irritante para
composição: peles mais sensíveis. Desse modo, sua concentração não
“Princípio ativo: ácido clorídrico 145 g/L, o que equivale a pode ultrapassar determinados valores. Para controle de
4 mol/L.” qualidade de um desodorante de certo fabricante, foi
Para investigar se o rótulo trazia informações verdadeiras, analisada uma amostra de 10 mL do produto. Para a com-
uma amostra de 100 mL desse produto foi colocada para pleta neutralização dessa amostra, foram gastos 30 mL
reagir com hidróxido de sódio (NaOH) 2 mol/L. O volume de uma solução de HCL na concentração de 0,01 mol/L.
de base utilizado para a completa neutralização foi igual
a 150 mL. A informação do rótulo é correta? Justifique De acordo com os padrões de produção desse fabricante,
apresentando o cálculo da concentração de ácido clorí- a concentração de AL(OH)3 deve se situar entre os limites
drico encontrada no produto. mostrados na tabela a seguir.
469
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
PREPARE-SE
Na próxima aula, discutiremos uma técnica experimental muito usada em laboratórios para determinar as quantidades ou concen-
trações de solutos em sistemas diversos, que vão desde o controle de qualidade nas indústrias até a determinação de poluentes.
Essa técnica é chamada de titulação. Para apresentar os conceitos relacionados a essa técnica, acesse o vídeo introdutório
sobre o assunto.
EX TRAS!
1 (Uerj) A produção e a transmissão do impulso nervoso nos neurônios têm origem no mecanismo da bomba de sódio-
-potássio. Esse mecanismo é responsável pelo transporte de íons Na1 para o meio extracelular e K1 para o interior da
célula, gerando o sinal elétrico. A ilustração abaixo representa esse processo.
K1
K1
Adaptado de researchgate.net.
Para um estudo sobre transmissão de impulsos nervosos pela bomba de sódio-potássio, preparou-se uma mistura contendo
os cátions Na1 e K1 formada pelas soluções aquosas A e B com solutos diferentes. Considere a tabela a seguir:
Volume Concentração
Solução Soluto
(mL) (mol/L)
Admitindo a completa dissociação dos solutos, a concentração de íons cloreto na mistura, em mol/L, corresponde a
a) 0,04. c) 0,12.
b) 0,08. d) 0,16.
470
EXTRAS!
2 Laboratórios de química geram como subprodutos substâncias ou misturas que, quando não têm mais utilidade
nesses locais, são consideradas resíduos químicos. Para o descarte na rede de esgoto, o resíduo deve ser neutro, livre de
solventes inflamáveis e elementos tóxicos como Pb, Cr e Hg. Uma possibilidade é fazer uma mistura de dois resíduos
para obter um material que apresente as características necessárias para o descarte. Considere que um laboratório dis-
ponha de frascos de volumes iguais cheios dos resíduos, listados no quadro.
Tipos de res’duos
I. Solução de H2CrO4 0,1 mol/L
II. Solução de NaOH 0,2 mol/L
III. Solução de HCL 0,1 mol/L
IV. Solução de H2SO4 0,1 mol/L
V. Solução de CH3COOH 0,2 mol/L
VI. Solução de NaHCO3 0,1 mol/L
3 O vinagre é um produto alimentício resultante da fermentação do vinho que, de acordo com a legislação nacional,
deve apresentar um teor mínimo de ácido acético (CH3COOH) de 4% (v/v). Uma empresa está desenvolvendo um kit para
que a inspeção sanitária seja capaz de determinar se alíquotas de 1 mL de amostras de vinagre estão de acordo com a le-
gislação. Esse kit é composto por uma ampola que contém uma solução aquosa de Ca(OH)2 0,1 mol/L e um indicador que
faz com que a solução fique cor-de-rosa, se estiver básica, e incolor, se estiver neutra ou ácida. Considere a densidade do
ácido acético igual a 1,10 g/cm3, a massa molar do ácido acético igual a 60 g/mol e a massa molar do hidróxido de cálcio
igual a 74 g/mol.
Qual é o valor mais próximo para o volume de solução de Ca(OH)2 em mL que deve estar contido em cada ampola do kit
para garantir a determinação da regularidade da amostra testada?
a) 3,7 d) 25
b) 6,6 e) 36
c) 7,3
ANOTAÇÕES
471
22 QUÍMICA A
M Ó D U L O
Manipulando soluções:
titulação
COMPETÊNCIA
Objetivo de aprendizagem ESPECÍFICA
E HABILIDADE
DA BNCC
. Objetivo 1: determinar a concentração ou a quantidade de uma substância em um sistema por meio
da técnica de titulação no contexto das análises experimentais. COMPETÊNCIA 2
EM13CNT205
Neste módulo
Titulação
Técnica experimental usada para descobrir a concentração ou a quantidade de determinada substân-
cia em um sistema.
Elementos fora
de proporção
Cores fantasia
Bureta graduada
com o titulante
(solução-padrão)
Suporte universal
Erlenmeyer com
o titulado e com o
indicador ácido-base
Com base na estequiometria da reação química entre o titulante e o composto presente no erlenmeyer,
determina-se sua quantidade.
472
DESEN V OLV ENDO H A BIL ID A DE S
Consulte a tabela periódica
sempre que necessário.
1 Titulação é uma técnica experimental usada para se determinar quantidades ou concentrações de substâncias. Em um ex-
perimento desse tipo, 25 mL de uma amostra de vinagre comercial foram titulados com uma solução-padrão (solução de
concentração conhecida) de hidróxido de sódio (NaOH) para se determinar o teor de ácido acético (CH3COOH). Esse ex-
perimento é representado pela figura a seguir.
Solução-padrão
NaOH 0,10 mol/L
25 mL de vinagre
Nesse experimento, os 25 mL de vinagre exigiram exatamente 12,5 mL da solução básica para que fosse atingido o ponto de
equivalência, ou seja, para se atingir a proporção estequiométrica da reação. Sabe-se que, de acordo com a legislação vi-
gente, o teor de ácido acético no vinagre deve estar entre 4% e 6% em massa, o que corresponde às concentrações entre
0,65 mol/L a 1 mol/L.
a) Escreva a equação química da reação que ocorre entre o ácido acético do vinagre e o hidróxido de sódio.
b) Calcule a concentração do ácido acético no vinagre da amostra e indique se ela está de acordo com a legislação.
2 (UFSM-RS) O leite de magnésia, usado como antiácido e laxante, contém em sua formulação o composto Mg(OH)2. A concen-
tração de uma amostra de 10 mL de leite de magnésia que foi titulada com 12,5 mL de HCL 0,50 mol ? L21 é, em mol ? L21, de,
aproximadamente,
a) 0,1. b) 0,3. c) 0,5. d) 0,6. e) 1,2.
473
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
3 (Fuvest-SP) Um dos parâmetros que determina a qualidade do azeite de oliva é sua acidez, normalmente expressa na em-
balagem na forma de porcentagem, e que pode ser associada diretamente ao teor de ácido oleico em sua composição.
Uma amostra de 20,0 g de um azeite comercial foi adicionada a 100 mL de uma solução contendo etanol e etoxietano (die-
tiléter), 1:1 em volume, com o indicador fenolftaleína. Sob constante agitação, titulou-se com uma solução etanólica contendo
KOH 0,020 mol/L até a total. Para essa amostra, usaram-se 35,0 mL de base, o que permite concluir que se trata de
um azeite tipo .
As palavras que completam corretamente as lacunas são:
Note e adote:
Tipo Acidez
OH
Fórmula: C18H34O2
Massa molar 5 282,5 g/mol
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
474
EXTRA!
. Um dos parâmetros de controle de qualidade de polpas de frutas destinadas ao consumo como bebida é a acidez
total expressa em ácido cítrico, que corresponde à massa dessa substância em 100 gramas de polpa de fruta. O ácido cítri-
co é uma molécula orgânica que apresenta três hidrogênios ionizáveis (ácido triprótico) e massa molar 192 g/mol. O quadro
indica o valor mínimo desse parâmetro de qualidade para polpas comerciais de algumas frutas.
Acerola 0,8
Caju 0,3
Cupuaçu 1,5
Graviola 0,6
Maracujá 2,5
A acidez total expressa em ácido cítrico de uma amostra comercial de polpa de fruta foi determinada. No procedimento,
adicionou-se água destilada a 2,2 g da amostra e, após a solubilização do ácido cítrico, o sólido remanescente foi filtrado. A
solução obtida foi titulada com solução de hidróxido de sódio 0,01 mol/L em que se consumiram 24 mL da solução básica
(titulante).
BRASIL. Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Instrução normativa n. 1, de 7 de janeiro de 2000. Disponível em:
www.agricultura.gov.br. Acesso em: 9 maio 2019 (adaptado).
ANOTAÇÕES
475
23 QUÍMICA A
M Ó D U L O
Pressão de vapor
COMPETÊNCIAS
Objetivos de aprendizagem ESPECÍFICAS
E HABILIDADES
DA BNCC
. Objetivo 1: descrever o conceito de pressão de vapor, identificando os fatores que alteram seu valor
em diferentes contextos. COMPETÊNCIA 1
. Objetivo 2: explicar a condição em que um líquido entra em ebulição, reconhecendo a relação entre
EM13CNT105
Neste módulo
Vapor
de água
Água Representação esquemática
de frasco fechado com água
líquida em equilíbrio com o
20 °C vapor de água.
No esquema acima, observe que a pressão de vapor da água a 20 °C é igual a 17,5 mmHg.
Representação esquemática de
dois sistemas com volumes
diferentes contendo água
Água no líquida em equilíbrio com seu
estado líquido vapor a 20 °C.
476
b) do volume das fases.
17,5 mmHg
20 ¡C Elementos fora
de proporção
Cores fantasia
Vapor
de água
Água no
Representação esquemática de sistemas
estado líquido fechados contendo quantidades diferentes de
água líquida em equilíbrio com seu vapor a 20 °C.
Elementos fora
de proporção
Cores fantasia
Representação esquemática de
55,3 mmHg 149,3 mmHg 760 mmHg sistemas fechados contendo água
40 °C 60 °C 100 °C em diferentes temperaturas.
O gráfico a seguir mostra a relação entre a pressão de vapor e a temperatura das substâncias éter
etílico, etanol e água.
Curvas que relacionam pressão de vapor e
temperatura para diferentes substâncias
Pressão de
vapor (mmHg)
900
800
Éter
700 etílico
600
500
MÓDULO 23 – PRESSÃO DE VAPOR
400
Etanol
300
200 Água
100
QUÍMICA A
477
2 Temperatura de ebulição
Um líquido entra em ebulição quando sua pressão de vapor é, no mínimo, igual à pressão que atua
sobre a superfície líquida. Para um frasco aberto, essa pressão é a atmosférica.
vapor (mmHg)
900
600
500
400
Água em ebulição. A temperatura de ebulição da água varia Etanol
de acordo com a pressão que atua sobre sua superfície. 300
Assim, a água pode ferver em diferentes temperaturas sob
diferentes pressões. 200
Água
100
1 O uso de solvente no processo de restauração de pinturas a) Qual solvente apresentado na tabela é o mais volátil?
é comum para a remoção de resíduos de tintas e vernizes; Justifique sua escolha.
entretanto, o restaurador deve conhecer as propriedades
do solvente para não comprometer a obra de arte. Con-
sidere uma situação em que o restaurador deseja remover
uma camada fina de verniz sobre uma pintura. Para isso,
é necessário utilizar um solvente que interaja pouco tem-
po com a camada de verniz e, caso alcance a camada
b) Explique a escolha do solvente no item a utilizando o
subjacente, sua rápida evaporação não cause danos a essa
modelo de interações intermoleculares.
camada.
A tabela a seguir contém alguns solventes utilizados no
processo de restauração:
Etanol 44 mmHg
c) Escolha, entre os solventes apresentados na tabela,
aquele mais apropriado para a remoção da camada fina
Propanol 21 mmHg de verniz. Justifique sua escolha.
478
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
Reprodução/Unicamp-SP, 2020.
a pressão de vapor da água apresentou valor igual a
20 mmHg. Consulte o gráfico abaixo e responda se em
Cuiabá a U.R. encontra-se no intervalo mencionado.
Justifique sua resposta.
800
750
700
650
600
Pressão de 550
vapor (mmHg) Pressão (mmHg) 500
800 450
A 400
700
B 350
600 300
250
500
200
400 150
100
300
50
200
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90100
100 Temperatura (°C)
quido B teria mais sucesso de vendas. da, o que ocorre com a U.R. quando a temperatura
ambiente diminui?
d) aumenta durante o seu uso, e o ebulidor com o líquido
B teria mais sucesso de vendas.
479
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
4 Um estudante resolveu separar uma solução de dois líquidos (A e B) por meio da destilação fracionada.
Para isso, ele consultou as curvas do gráfico abaixo com o intuito de saber qual líquido seria destilado
primeiro.
800
A B
700
Press‹o de vapor (mmHg)
600
500
400
300
200
100
b) Durante a destilação fracionada executada pelo estudante, qual líquido destilou primeiro? Justifique
sua resposta.
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
480
#cultura_digital
No portal Mozaik education, especificamente na seção “Cenas 3D – Evaporação e ebulição”, você encon-
trará animações sobre os temas trabalhados neste módulo, como pressão de vapor, temperatura de
ebulição, relação entre temperatura de ebulição, pressão atmosférica e a panela de pressão.
Disponível em: https://us.mozaweb.com/pt/Search/global?search5press%C3%A3o%20de%20vapor.
Acesso em: 3 dez. 2020.
EX TRAS!
1 Na Idade Média, para elaborar preparados a partir de plantas produtoras de óleos essenciais, as coletas das espécies
eram realizadas ao raiar do dia. Naquela época, essa prática era fundamentada misticamente pelo efeito mágico dos raios
lunares, que seria anulado pela emissão dos raios solares. Com a evolução da ciência, foi comprovado que a coleta de algu-
mas espécies ao raiar do dia garante a obtenção de material com maiores quantidades de óleos essenciais.
A explicação científica que justifica essa prática se baseia na
a) volatilização das substâncias de interesse.
b) polimerização dos óleos catalisada pela radiação solar.
c) solubilização das substâncias de interesse pelo orvalho.
d) oxidação do óleo pelo oxigênio produzido na fotossíntese.
e) liberação das moléculas de óleo durante o processo de fotossíntese.
2 (Unicamp-SP) Muito se ouve sobre ações em que se utilizam bombas improvisadas. Nos casos que envolvem caixas eletrôni-
cos, geralmente as bombas são feitas com dinamite (TNT-trinitrotolueno), mas nos atentados terroristas geralmente são
utilizados explosivos plásticos, que não liberam odores. Cães farejadores detectam TNT em razão da presença de resíduos
de DNT (dinitrotolueno), uma impureza do TNT que tem origem na nitração incompleta do tolueno. Se os cães conseguem
farejar com mais facilidade o DNT, isso significa que, numa mesma temperatura, esse composto deve ser
a) menos volátil que o TNT, e portanto tem uma menor pressão de vapor.
b) mais volátil que o TNT, e portanto tem uma menor pressão de vapor.
c) menos volátil que o TNT, e portanto tem uma maior pressão de vapor.
d) mais volátil que o TNT, e portanto tem uma maior pressão de vapor.
3 (FICSAE-SP) O gráfico a seguir representa a pressão de vapor de quatro solventes em função da temperatura.
Reprodução/Faculdade Israelita Albert Einstein, 2016.
481
EXTRAS!
ANOTAÇÕES
482
GABARITO - EXTRAS!
QUêMICA A
GABARITO
483
11 QUÍMICA B COMPETÊNCIA GERAL C2
M Ó D U L O
Sais
COMPETÊNCIA
ESPECÍFICA
Objetivos de aprendizagem E HABILIDADE
DA BNCC
. Objetivo 1: representar, em diferentes situações, a fórmula de um sal a partir de seu nome, e vice-versa. COMPETÊNCIA 3
. Objetivo 2: descrever as aplicações dos principais sais, assim como os produtos comercializados em EM13CNT301
Neste módulo
1 Conceito de sal
Sais são compostos iônicos que podem ser formados na reação entre um ácido e uma base.
Um sal, em solução aquosa, libera pelo menos um cátion diferente de H1 e um ânion diferente de OH2.
Fórmula geral dos sais:
(cátion)x1 (ânion)y2 ~ (cátion)y(ânion)x
Composto eletricamente
neutro
Nomenclatura:
de
(Nome do ânion) (Nome do cátion)
Exemplos:
Na1CL2 5 NaCL – cloreto de sódio
Ca21CO322 5 CaCO3 – carbonato de cálcio
K21SO422 5 K2SO4 – sulfato de potássio
.
losmandarinas/Shutterstock
Cores fantasia
Sólidos a 25 °C e 1 atm, formando retículo
cristalino iônico.
Exemplo: retículo cristalino iônico do cloreto
de sódio (NaCL).
CL2
Na1
Representação do
retículo cristalino do
cloreto de sódio.
484
. Temperaturas de fusão e de ebulição elevadas.
. O solvente mais apropriado para a dissolução dos sais é a água: entretanto, nem todos os sais são
solúveis.
. Em solução aquosa, os sais encontram-se completamente dissociados.
Exemplo: dissociação do cloreto de sódio.
çgua
NaCL(s) Na1(aq) 1 CL2(aq)
1 A concentração total de íons na água do mar é muito mais elevada do que em água doce, pois o mar contém grande quan-
tidade de sais dissolvidos.
Quando a água do mar é evaporada gradualmente, os sais são precipitados na seguinte ordem: CaCO3, CaSO4 ? H2O, NaCL,
MgSO4, MgCL2, NaBr e KCL.
a) Escreva os nomes dos sais encontrados na água do mar.
b) De todos os sais encontrados na água do mar, qual deles está em maior quantidade? Cite dois produtos comerciais em
que ele é encontrado.
2 A água que consumimos, tanto a que sai das torneiras quanto a água mineral, é uma mistura de substâncias. O rótulo
abaixo foi copiado de uma garrafa de água mineral.
R e s í d u o d e e v a p o r a ç ã o a 180 °C
Reprodução de um rótulo de
calculado ................................... 53,50 mg/L
água mineral.
485
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
a) Na água mineral, encontram-se diversos tipos de íons, cuja natureza e concentração dependem da fonte na qual ela é
obtida. A partir dos íons descritos no rótulo, represente a fórmula e dê o nome de cinco sais diferentes.
b) O rótulo indica que a água mineral apresenta certa condutividade elétrica. Comente como isso é possível e se essa con-
dutividade é igual, maior ou menor do que a apresentada pela água do mar. Justifique sua resposta.
3 O bicarbonato de sódio é um sal, e uma de suas aplicações é como fermento químico. Sua atuação como fermento se deve
a dois mecanismos; um deles é uma reação ácido-base e o outro é sua decomposição durante o aquecimento.
a) A decomposição desse sal durante o aquecimento da massa produz carbonato de sódio, gás carbônico e vapor de água.
Escreva a equação balanceada da reação de decomposição e explique como essa reação contribui para o crescimento
da massa.
b) A produção de biscoitos comerciais utiliza bicarbonato de amônio como fermento. Essa substância, ao ser aquecida,
produz amônia, gás carbônico e vapor de água. Escreva a equação balanceada da decomposição desse sal.
486
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
PREPARE-SE
A crosta terrestre, assim como os oceanos e a atmosfera, é uma importante fonte de matéria-prima para a produção de muitas
substâncias, como ácido sulfúrico, ácido fosfórico, alumínio e ferro metálico.
Para se preparar para o próximo módulo, faça a leitura do texto a seguir e tente encontrar alguma similaridade entre os principais
compostos presentes na crosta terrestre.
Massa (em %)
Compostos
Basalto Granito
KLEIN, C.; DUTROW, B. Manual de Ci•ncias dos minerais. 23. ed. Porto Alegre:
QUÍMICA B
487
EXTRA!
. No dia 4 de agosto de 2020, um depósito de nitrato de amônio, sal utilizado como fertilizante, explodiu no porto de Beiru-
te – Líbano. Testemunhas disseram que casas a dez quilômetros de distância da explosão foram danificadas. A imagem a
seguir mostra uma enorme nuvem expandindo-se após a onda de choque provocada pela explosão.
Christos S/Shutterstock
A explosão ocorreu pela decomposição térmica do nitrato de amônio. A transformação de um reagente sólido (que ocupa
um espaço pequeno) em substâncias gasosas (ocupando um grande espaço) provoca uma expansão muito grande num
curto espaço de tempo, dando origem à explosão.
a) Escreva a fórmula do nitrato de amônio e a equação de neutralização que permite a formação desse sal.
b) O nitrato de amônio é muito utilizado como fertilizante, pois possui alto teor em massa de nitrogênio. Determine esse teor.
c) Uma das decomposições sofridas pelo nitrato de amônio produz monóxido de dinitrogênio (N2O) e vapor de água.
Escreva a equação de decomposição do sal nos produtos citados.
d) Determine a variação volumétrica durante a explosão.
Dados:
. densidade do nitrato de amônio 5 1,7 g/cm3 ;
. volume molar dos gases no momento da decomposição 5 35 L/mol;
. M (nitrato de amônio) 5 80 g/mol.
ANOTAÇÕES
488
12 QUÍMICA B
M Ó D U L O
Óxidos
COMPETÊNCIAS
ESPECÍFICAS
Objetivos de aprendizagem E HABILIDADES
DA BNCC
. Objetivo 1: identificar e utilizar a sistemática da nomenclatura dos óxidos e dos peróxidos conside- COMPETÊNCIA 1
rando seu caráter iônico ou molecular. EM13CNT101
. Objetivo 2: identificar os principais óxidos de caráter básico relacionando e prevendo suas proprie- COMPETÊNCIA 3
dades químicas em contextos cotidianos. EM13CNT307
. Objetivo 3: identificar os principais óxidos de caráter ácido relacionando e prevendo suas proprieda-
des químicas em contextos cotidianos.
Neste módulo
O O
QUÍMICA B
489
Moleculares: ligação covalente entre os átomos de oxigênio e o
átomo de outro elemento químico.
H
O O
. H2O2 ⇒ H (peróxido de hidrogênio)
Peróxidos
Iônicos: ligação iônica entre os átomos de oxigênio e o átomo
de outro elemento químico.
. Na1 O222 ⇒ Na2O2 (peróxido de sódio)
. Ca21 O222 ⇒ CaO2 (peróxido de cálcio)
3 Óxidos básicos
São os óxidos de metais de baixo número de oxidação (11, 12), geralmente metais alcalinos e
alcalinoterrosos.
Modelo geral de reação:
Óxido
básico
1 Água Base
Óxido
básico
1 Ácido Sal 1 Água
Exemplos:
CaO 1 H2O → Ca(OH)2
CaO 1 H2SO4 → CaSO4 1 H2O
4 Óxidos ácidos
São óxidos moleculares, formados, principalmente, pelos elementos situados à direita da tabela
periódica, como N, C, B, CL, S, P.
Modelo geral de reação:
Óxido
ácido
1 Água Ácido
Óxido
ácido
1 Base Sal 1 Água
Exemplos:
CO2 1 H2O ñ H2CO3
CO2 1 Ca(OH)2 ñ CaCO3 1 H2O
Observação: CO, NO e N2O não reagem de acordo com os modelos acima, pois são óxidos neutros.
1 A existência de vida em nosso planeta pode ser creditada, dentre outros fatores, à composição da litosfera, da hidrosfera e
da atmosfera. Embora existam milhares de substâncias químicas presentes, os óxidos são encontrados em todas essas par-
tes desempenhando papel fundamental para a manutenção da vida.
a) Escreva a fórmula química e dê o nome de um óxido encontrado na hidrosfera e de outro encontrado na atmosfera.
490
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
2 Considere os seguintes óxidos. Com base nessas informações, escreva as fórmulas quí-
I. N2O III. CO V. CL2O3 micas dos compostos a seguir:
22
O O
491
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
b) Óxido básico 1 ácido ñ sal 1 água a) Escreva a equação química da reação citada no texto.
Na2O 1 HCL ñ
MgO 1 H2SO4 ñ
CaO 1 H3PO4 ñ
b) Escreva as equações das reações que ocorrem quando
os produtos da reação do item a são adicionados se-
paradamente em frascos contendo água destilada.
A cada um desses frascos, foram adicionadas algumas Com base nas informações citadas no texto, escreva a
gotas de uma solução de azul de bromotimol, um indica- equação química da reação que faz com que o gás car-
dor ácido-base cuja coloração varia em função do pH, de bônico turve a água de cal.
acordo com a tabela a seguir.
Caráter da Coloração do
solução a 25 °C indicador
Meio ácido (pH < 7) Amarelo 11 Dois dos principais responsáveis pela formação da chu-
va ácida em ambientes poluídos são o SO2 e o SO3.
Meio neutro (pH 5 7) Verde
Esses óxidos são formados na queima de combustíveis
Meio básico (pH > 7) Azul fósseis, já que eles possuem enxofre em sua constitui-
ção. Na queima, além da reação entre o combustível e
Considerando o caráter dos óxidos adicionados à
o oxigênio, o enxofre ali presente também irá reagir
água, pode-se prever que os frascos I, II, III e IV ficarão,
com o O2 produzindo o dióxido e, posteriormente, o
respectivamente.
trióxido de enxofre.
a) Amarelo, verde, azul e amarelo. a) Escreva a equação química da reação que ocorre entre
b) Amarelo, azul, amarelo e azul. o trióxido de enxofre e a água da chuva, indicando o
c) Azul, amarelo, azul e amarelo. nome do ácido produzido.
9 O calcário é formado, principalmente, por carbonato b) Caso esse óxido seja borbulhado em uma solução de
de cálcio, um sal branco de fórmula química CaCO3 hidróxido de sódio, ocorrerá uma reação de neutraliza-
muito pouco solúvel em água. Quando aquecido acima ção. Escreva a equação desse processo.
de 800 °C, esse sal sofre uma reação de decomposição
produzindo um óxido sólido de caráter básico e outro
gasoso de caráter ácido como únicos produtos dessa
reação.
492
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
• Leia o item 3 da seção Neste • Faça as questões 14 a 16. • Faça as questões 17 e 18.
2 módulo. • Leia os itens 5.1 e 5.2.
• Faça as questões 10 a 13.
• Leia o item 4 da seção Neste • Faça as questões 23 a 25. • Faça as questões 26 e 27.
3 módulo. • Leia o item 5.3.
• Faça as questões 19 a 22.
PREPARE-SE
Na próxima aula, vamos estudar a espontaneidade de algumas reações envolvendo compostos inorgânicos
como ácidos, bases, sais e metais. Como nessas reações estão presentes diversos íons metálicos, é impor-
tante recordar as cargas de alguns desses íons. Para isso, acesse nosso vídeo.
EX TRAS!
1 Antigamente, em lugares com invernos rigorosos, as pessoas acendiam fogueiras dentro de uma sala fechada para
se aquecerem do frio. O risco no uso desse recurso ocorria quando as pessoas adormeciam antes de apagarem totalmente
a fogueira, o que poderia levá-las a óbito, mesmo sem a ocorrência de incêndio.
A causa principal desse risco era o(a)
a) produção de fuligem pela fogueira.
b) liberação de calor intenso pela fogueira.
c) consumo de todo o oxigênio pelas pessoas.
d) geração de queimaduras pela emissão de faíscas da lenha.
e) geração de monóxido de carbono pela combustão incompleta da lenha.
2 (Unicamp-SP) Diferentes sedimentos podem ser misturados à água e, dependendo de sua natureza, podem formar soluções,
emulsões, ou mesmo uma lama. No caso do mais recente desastre ambiental, ocorrido em uma barragem em Mariana, no
interior de Minas Gerais, o que vazou para o ambiente foi uma lama que percorreu cerca de 600 km até chegar ao mar,
no litoral do Espírito Santo. Mesmo misturando-se à água do Rio Doce e depois à água do mar, os sedimentos não se sepa-
raram da água para se depositar no solo, provavelmente porque interagem com água.
Com base no conhecimento de Química e considerando a região onde se originou o acidente, pode-se afirmar corretamen-
te que os sedimentos são provenientes de uma região marcada por
a) serras e cristas do complexo Gnáissico-Magmático e a lama contém majoritariamente areia e óxidos metálicos.
MÓDULO 12 - ÓXIDOS
b) planícies quaternárias com a presença de falésias vivas e a lama contém majoritariamente argila e óxidos metálicos.
QUÍMICA B
c) serras e cristas do complexo Gnáissico-Magmático e a lama contém majoritariamente argila e óxidos metálicos.
d) planícies quaternárias com a presença de falésias vivas e a lama contém majoritariamente areia e óxidos metálicos.
493
EXTRAS!
3
Em um experimento, colocou-se água até a metade da capacidade de um frasco de vidro e, em seguida, adicionaram-se
três gotas de solução alcoólica de fenolftaleína. Adicionou-se bicarbonato de sódio comercial, em pequenas quantidades,
até que a solução se tornasse rosa. Dentro do frasco, acendeu-se um palito de fósforo, o qual foi apagado assim que a cabeça
terminou de queimar. Imediatamente, o frasco foi tampado. Em seguida, agitou-se o frasco tampado e observou-se o desa-
parecimento da cor rosa.
MATEUS. A. L Química na cabeça. Belo Horizonte: UFMG, 2001 (adaptado)
A explicação para o desaparecimento da cor rosa é que, com a combustão do palito de fósforo, ocorreu o(a)
a) formação de óxidos de caráter ácido.
b) evaporação do indicador fenolftaleína.
c) vaporização de parte da água do frasco.
d) vaporização dos gases de caráter alcalino.
e) aumento do pH da solução no interior do frasco.
ANOTAÇÕES
494
13 QUÍMICA B
M Ó D U L O
Algumas reações
inorgânicas
COMPETÊNCIAS
ESPECÍFICAS
Objetivos de aprendizagem E HABILIDADES
DA BNCC
. Objetivo 1: equacionar e prever a ocorrência espontânea de reações de simples troca envolvendo COMPETÊNCIA 1
compostos inorgânicos em contextos de práticas de laboratório e cotidianos. EM13CNT101
Neste módulo
A reação será espontânea quando o elemento que está na forma de substância simples for mais rea-
tivo (maior tendência a reagir) do que a substância composta.
Fe(s) 1 2 HCL(aq) ñ H2(s) 1 FeCL2(aq)
IA, IIA > AL > Mn > Zn > Cr > Fe > Co > Ni > Sn > Pb > H > Cu > Hg > Ag > Pt > Au
QUÍMICA B
. ametais
F > O > CL > Br > I > S
495
2 Reações de dupla-troca
As reações de dupla-troca envolvem duas substâncias inorgânicas compostas.
Produtos:
Principais reagentes:
ácidos, bases
ácidos, bases ou sais.
ou sais.
A reação será espontânea quando pelo menos um dos produtos (CB ou AD) for:
. um eletrólito mais fraco que os reagentes (maior tendência de união dos íons)
ou
. um composto mais volátil que os reagentes (liberação de gás do sistema)
ou
. um composto menos solúvel que os reagentes (formação de precipitado).
1 O gás hidrogênio (H2) é considerado o combustível do futuro por muitos cientistas, pois, além de possuir um grande quocien-
te da quantidade de energia liberada/massa utilizada, sua combustão gera apenas água como produto.
Em laboratório, esse gás pode ser produzido por meio da reação entre ácidos e metais.
Dentre os metais listados a seguir:
I. Zinco III. Prata V. Ouro
II. Ferro IV. Alumínio
aqueles que, em contato com uma solução de HCL, produzem gás hidrogênio são
a) I e II apenas. c) I, II e IV apenas. e) III e V apenas.
b) I, II e III apenas. d) II e IV apenas.
496
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
3 Reações de deslocamento ocorrem quando um elemento que está sob a forma de substância simples é mais reativo
que outro elemento de uma substância composta. Assim, o elemento mais reativo desloca o de menor reatividade e a
reação ocorre espontaneamente. Consultando as filas de reatividade fornecidas no resumo da aula, complete as equa-
ções químicas das reações que ocorrem espontaneamente.
a) Cu(s) 1 HCL(aq) ñ
b) Zn(s) 1 AgNO3(aq) ñ
c) CL2(g) 1 NaBr(aq) ñ
d) Br2(L) 1 NaCL(aq) ñ
4 (Unicamp-SP) “Ferro Velho Coisa Nova” e “Compro Ouro Velho” são expressões associadas ao comércio de dois materiais
que podem ser reaproveitados. Em vista das propriedades químicas dos dois materiais mencionados nas expressões,
pode-se afirmar corretamente que
a) nos dois casos as expressões são apropriadas, já que ambos os materiais se oxidam com o tempo, o que permite distinguir
o “novo” do “velho”.
b) nos dois casos as expressões são inapropriadas, já que ambos os materiais se reduzem com o tempo, o que não permite
distinguir o “novo” do “velho”.
c) a primeira expressão é apropriada, pois o ferro se reduz com o tempo, enquanto a segunda expressão não é apropriada,
pois o ouro é um material inerte.
d) a primeira expressão é apropriada, pois o ferro se oxida com o tempo, enquanto a segunda expressão não é apropriada,
pois o ouro é um material inerte.
5 O mármore, rocha metamórfica composta principalmente de carbonato de cálcio (CaCO3), é muito utilizado como
material de construção e também na produção de esculturas. Entretanto, se peças de mármore são expostas a ambientes
externos, particularmente em grandes cidades e zonas industriais, elas sofrem ao longo do tempo um processo de desgas-
te, caracterizado pela perda de massa da peça.
Esse processo de deterioração ocorre em função da
a) oxidação do mármore superficial pelo oxigênio.
b) decomposição do mármore pela radiação solar.
c) onda de choque provocada por ruídos externos.
d) abrasão por material particulado presente no ar.
e) acidez da chuva que cai sobre a superfície da peça.
6 Duas grandes cidades tiveram a água da chuva analisada e os resultados dessa análise são mostrados na tabela a seguir
Considerando o problema ambiental enfatizado na questão anterior, escreva a equação química balanceada da reação que
ocorrerá entre os ácidos presentes na água da chuva dessas duas cidades e o mármore.
QUÍMICA B
497
D E S E N V O LV E N D O H A B I L I D A D E S
7 No laboratório de Química, algumas soluções aquosas serão misturadas de acordo com as figuras a seguir:
Um aluno tentou prever a ocorrência de reação e, para isso, consultou a seguinte tabela de solubilidade de sais:
Carbonatos IA e NH41
Carbonatos (CO322) Insolúveis
(solúveis)
Orientação de estudo
Objetivo de
Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio
aprendizagem
• Leia o item 2 da seção Neste • Faça as questões 14 a 16. • Faça as questões 17 e 18.
2 módulo. • Leia o item 2.
• Faça as questões 10 a 13.
498
EX TRAS!
1 (UTFPR) Objetos de prata, quando expostos ao meio ambiente, perdem o brilho devido a sua reação com o enxofre, for-
mando uma mancha escura de sulfeto de prata (Ag2S). Essa mancha pode ser removida colocando-se, por alguns minutos,
o objeto em uma panela de alumínio contendo água quente e um pouco de detergente.
A reação que ocorre é representada pela equação:
3 Ag2S 1 2 AL ñ AL2S3 1 6 Ag
Esta reação é denominada como:
a) decomposição.
b) síntese.
c) análise.
d) dupla-troca.
e) deslocamento.
2 O mármore é um material empregado para revestimento de pisos e um de seus principais constituintes é o carbo-
nato de cálcio. Na limpeza desses pisos com solução ácida, ocorre efervescência. Nessa efervescência o gás liberado é o
a) oxigênio.
b) hidrogênio.
c) cloro.
d) dióxido de carbono.
e) monóxido de carbono.
3 Ácido muriático (ou ácido clorídrico comercial) é bastante utilizado na limpeza pesada de pisos para remoção de
resíduos de cimento, por exemplo. Sua aplicação em resíduos contendo quantidades apreciáveis de CaCO3 resulta na libe-
ração de um gás. Considerando a ampla utilização desse ácido por profissionais da área de limpeza, torna-se importante
conhecer os produtos formados durante seu uso.
A fórmula do gás citado no texto e um teste que pode ser realizado para confirmar sua presença são, respectivamente:
a) CO2 e borbulhá-lo em solução de KCL.
b) CO2 e borbulhá-lo em solução de HNO3.
c) H2 e borbulhá-lo em solução de NaOH.
d) H2 e borbulhá-lo em solução de H2SO4.
e) CO2 e borbulhá-lo em solução de Ba(OH)2.
GABARITO - EXTRAS!
Módulo 12 – Óxidos
1 e
2 c
3 a
QUÍMICA B
499
ANOTAÇÕES
500
ANOTAÇÕES
QUêMICA B
501
ANOTAÇÕES
502
ANOTAÇÕES
QUêMICA B
503
ANOTAÇÕES
504
FORMAÇÃO
GERAL
Volatilidade, incerteza e complexidade são algumas das
palavras mais usadas para definir o momento histórico
em que vivemos. Para muitos, isso gera angústia e inse-
gurança. Para o aluno do Anglo, porém, a possibilidade
de construir o futuro deve servir cada vez mais de fonte
de motivação e inspiração.
A fim de contribuir para esse processo de formação e
amadurecimento, desenvolvemos este material conside-
rando os seguintes princípios: de um lado, é fundamental,
como no passado, que todos tenham acesso aos mais
sólidos conhecimentos que nos deixaram as gerações
anteriores, nas diversas áreas; de outro, esses mesmos
conhecimentos apenas fazem sentido quando vinculados
a valores, atitudes e habilidades exigidos nesta época,
tão marcada pela inconstância e pela fluidez.
Com esse direcionamento, cada volume deste material foi
cuidadosamente elaborado para favorecer o desenvolvi-
mento do pensamento crítico, da ética, da autonomia e
da empatia. Desse modo, a etapa do Ensino Médio se
compromete com as competências essenciais para garan-
tir que o projeto de vida de cada estudante se concretize.
794994