CADERNO DE QUESTÕES DE GRAMÁTICA - CESGRANRIO-curso
CADERNO DE QUESTÕES DE GRAMÁTICA - CESGRANRIO-curso
CADERNO DE QUESTÕES DE GRAMÁTICA - CESGRANRIO-curso
SISTEMA DE ENSINO
GRAMÁTICA
Caderno de Questões de Gramática – Cesgranrio
Sumário
Bruno Pilastre
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Caderno de Questões de Gramática – Cesgranrio.................................................................... 4
Gabarito............................................................................................................................................ 24
GRAMÁTICA
Caderno de Questões de Gramática – Cesgranrio
Bruno Pilastre
Apresentação
Olá! Preparado(a) para resolver questões de Gramática da banca CESGRANRIO? Espe-
ro que sim!
Bom, vamos direto ao ponto: nesta breve apresentação, destacarei o padrão de abordagem
do conteúdo de Gramática nas provas mais recentes da CESGRANRIO.
O padrão geral da prova é este: as duas primeiras questões são de texto precedente; as
demais questões são de gramática (com uma questão ou outra de semântica/coesão entre
as questões de gramática). Em uma prova com 10 questões de Língua Portuguesa, por exem-
plo, 7 serão de gramática (essa é apenas uma média, ok?). Reforço que essa sequência das
questões é apenas uma constatação: analisando as provas anteriores, é assim que a prova se
estrutura. Para resolver as questões de gramática, já adianto que você não precisa ler o texto.
A questão pode ser resolvida apenas pela leitura do comando e das alternativas. Apenas em
casos excepcionais você deverá voltar ao texto para se certificar em relação aos sentidos
originais.
Os conteúdos mais abordados são estes (inclusive eles costumam aparecer nessa
sequência):
• ortografia e acentuação;
• crase;
• vírgula (pontuação);
• concordância;
• regência;
• colocação pronominal.
Bom, temos agora um panorama geral. Agora é partir para a resolução das questões.
Ah, já ia me esquecendo: o Gran Cursos oferece um ótimo espaço de diálogo entre nós: o
Fórum de Dúvidas. Nele, você pode registrar uma dúvida, um pedido de esclarecimento, uma
observação etc. Faça uso dessa ferramenta, ok? Faça também uso do espaço de Avaliação do
material, apresentando seu elogio/crítica/sugestão. Eu sempre ouço as suas demandas.
Bom, agora é praticar!
Aos trabalhos, então!
GRAMÁTICA
Caderno de Questões de Gramática – Cesgranrio
Bruno Pilastre
CADERNO DE QUESTÕES DE
GRAMÁTICA – CESGRANRIO
001. (CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/ESCRITURÁRIO/2018) De acordo com as exigências
da norma-padrão da língua portuguesa, o verbo destacado está corretamente empregado em:
a) No mundo moderno, conferem-se às grandes metrópoles importante papel no desenvolvi-
mento da economia e da geopolítica mundiais, por estarem no topo da hierarquia urbana.
b) Conforme o grau de influência e importância internacional, classificou-se as 50 maiores
cidades em três diferentes classes, a maior parte delas na Europa.
c) Há quase duzentos anos, atribuem-se às cidades a responsabilidade de motor propulsor do
desenvolvimento e a condição de lugar privilegiado para os negócios e a cultura.
d) Em centros com grandes aglomerações populacionais, realiza-se negócios nacionais e in-
ternacionais, além de um atendimento bastante diversificado, como jornais, teatros, cinemas,
entre outros.
e) Em todos os estudos geopolíticos, considera-se as cidades globais como verdadeiros polos
de influência internacional, devido à presença de sedes de grandes empresas transnacionais e
importantes centros de pesquisas.
A regência em (c) está correta: o verbo “recomendar” é bitransitivo (rege a preposição “a” para
objeto indireto). Em(a), o verbo “costumar” é transitivo direto (e o objeto direto será oracional),
por isso a presença da preposição é inadequada. Também é inadequada a preposição em “en-
volve” (b) e “acata” (d), pois nas ocorrências essas formas verbais são transitivas diretas. Por
fim, “aspirar” é transitivo indireto quando significa “almejar, pretender, querer” – e, nesse caso,
deveria haver crase em (e): “aspiram à construção da casa própria”.
Letra c.
b) A indisciplina nas salas de aula aumentou a partir do momento em que as mídias divulga-
ram a necessidade de dar maior liberdade aos estudantes.
c) A atenção e a motivação são condições que levam a pessoa a pensar e agir de forma satis-
fatória para desenvolver o processo de aprendizagem.
d) As famílias e as escolas encontram-se, na atualidade, frente a jovens com quem não conse-
guem estabelecer um diálogo produtivo.
e) As escolas chegaram a etapa em que os professores estão cada vez mais com dificuldade
para exercer o seu importante papel de ensinar.
a, c) Erradas. A forma pronominal “lhe” (com função de complemento indireto no âmbito ver-
bal) não pode ocorrer, porque o verbo “tomar” é transitivo direto e o verbo “beber” é intransitivo
(“no carro” é adjunto adverbial).
b) Errada. A forma pronominal “la” pode substituir o objeto direto “a receita” (note que ambos
estão no singular e são de gênero feminino).
d) Errada. A forma pronominal não pode ser “nos”, porque originalmente o termo é singu-
lar “o bar”.
e) Errada. O pronome “se” não pode substituir a forma “6.000 litros”.
Letra b.
GRAMÁTICA
Caderno de Questões de Gramática – Cesgranrio
Bruno Pilastre
O articulador coesivo “então” poderia ser isolado por vírgulas (como na reescrita em (d)). Nas
demais alternativas, os desvios são estes:
a) Errada. A vírgula separa o sujeito de seu predicado.
b) Errada. A vírgula separa o verbo de seu complemento e o substantivo de seu modificador.
c) Errada. A vírgula separa o substantivo de seu modificador.
e) Errada. A vírgula separa o verbo de seu complemento.
Letra d.
GRAMÁTICA
Caderno de Questões de Gramática – Cesgranrio
Bruno Pilastre
Note a diferença entre “juiz” (sem acento) e “juízes” (com acento). Haverá acentuação no hiato
em “juízes” quando houver sílaba após o hiato: ju-í-zes. Não se aplica acentuação em “rainha”,
“coroo”, “veem” e “suada”.
Letra a.
Beira-mar
Quase fim de longa tarde de verão. Beira do mar no Aterro do Flamengo próximo ao Morro
da Viúva, frente para o Pão de Açúcar. Com preguiça, o sol começava a esconder-se atrás dos
edifícios. Parecia resistir ao chamado da noite. Nas pedras do quebra-mar caniços de pesca
moviam-se devagar, ao lento vai e vem do calmo mar de verão. Cercados por quatro ou cinco
pescadores de trajes simples ou ordinários, e toscas sandálias de dedo.
Bermuda bege de fino brim, tênis e camisa polo de marcas célebres, Ricardo deixara o
carro em estacionamento de restaurante nas imediações. Nunca fisgara peixe ali. Olhado com
desconfiança. Intruso. Bolsa a tiracolo, balde e vara de dois metros na mão. A boa técnica
ensina que o caniço deve ter no máximo dois metros e oitenta centímetros para a chamada
pesca de molhes, nome sofisticado para quebra-mar. Ponta de agulha metálica para transmitir
à mão do pescador maior sensibilidade à fisgada do peixe. É preciso conhecimento de juiz para
enganar peixes.
A uma dezena de metros, olhos curiosos viam o intruso montar o caniço. Abriu a bolsa de
utensílios. Entre vários rolos de linha, selecionou os de espessura entre quinze e dezoito centé-
simos de milímetro, ainda fiel à boa técnica.
— Na nossa profissão vivemos sempre preocupados e tensos: abertura do mercado, sobe
e desce das cotações, situação financeira de cada país mundo afora. Poucas coisas na vida
relaxam mais do que pescaria, cheiro de mar trazido pela brisa, e a paisagem marítima — cos-
tuma confessar Ricardo na roda dos colegas da financeira onde trabalha.
(LOPES, L. Nós do Brasil. Rio de Janeiro: Ponteio, 2015. p. 101. Adaptado.)
Nas alternativas(a), (b), (d) e (e), a regência das formas verbais está adequada: espiar (tran-
sitivo direto); observar (transitivo direto); espreitar (transitivo direto); deleitar-se (pronominal).
Em (c), a regência é inadequada, pois o verbo “assistir”, no sentido de “presenciar” é transitivo
indireto (rege preposição “a”): “assistiam ao intruso”.
Letra c.
Vejamos o porquê de a alteração em (b) estar incorreta: a forma “toda” não aceita a presença
de artigo definido feminino. O teste é simples: verifique se é possível registrar o artigo antes
de “toda” em uma oração como “A toda mulher é bonita”; ou “A toda panela tem a sua tampa”.
Assim, a forma pronominal “toda” não pode ser antecedida de “à” (pois não pode ser antecedi-
da por artigo definido feminino).
Letra b.
Essa questão é cruel. Como saber se há ou não hífen nessas palavras? Segundo o Acordo Or-
tográfico de 1990, emprega-se o hífen nas palavras compostas quando os elementos “constituem
GRAMÁTICA
Caderno de Questões de Gramática – Cesgranrio
Bruno Pilastre
uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio”. Com esse critério, fica difí-
cil saber que “casa comercial”, “linha de passe”, “pedra fundamental” e “sala de jantar” ocorre
SEM HÍFEN. Assim, apenas “peixe-espada” é registrado com hífen pelo Vocabulário Ortográfico
da Língua Portuguesa.
Letra c.
Vamos flexionar cada uma das palavras. Assim, veremos qual se altera quando está no plural:
itens, viúvas, açúcares, fiéis, técnicas. Pronto, temos a alternativa (d) como correta: fiel (sem
acento)>fiéis (com acento).
Letra d.
Glossário:
Mobilidade urbana – É a facilidade de locomoção das entre as diferentes zonas de
uma cidade.
Acessibilidade urbana – É a garantia de condições às pessoas portadoras de defi ciên-
cia ou com mobilidade reduzida, para a utilização, com segurança e autonomia, dos espa-
ços públicos.
Apenas “represa” e “paralisia” formam um par grafado de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa. Nas demais alternativas, temos estes desvios (mostro apenas a grafia CORRETA):
a) querosene.
b) burguesia.
c) pesquisa.
d) improviso.
Letra e.
a) Certa. O verbo “haver” denota tempo decorrido (há alguns anos) – e por isso a alternativa
está correta.
GRAMÁTICA
Caderno de Questões de Gramática – Cesgranrio
Bruno Pilastre
b, e) Errada. A grafia adequada também deveria ser “há”, pois estamos diante da flexão do ver-
bo “haver” (que denota tempo decorrido).
c) Errada. A forma adequada é “a” (preposição que denota direção no tempo).
d) Errada. A forma “a” deve anteceder o pronome indefinido “cada”.
Letra a.
e) Certa. A crase é obrigatória porque há termo regente (adequadas “a” algo) e artigo definido
feminino (“as” necessidades). Com a junção desses termos, temos o fenômeno de crase: ade-
quadas às necessidades.
Nas demais alternativas, a crase não se aplica, pois:
a) não há preposição “a”.
b) a locução “a sofrer” tem núcleo verbal.
c) não há preposição “a”.
d) não há artigo definido feminino na perífrase “passar a ser”.
Letra e.
c) Não é só o território que acelera o seu processo de urbanização, mas é a própria sociedade
brasileira que se transforma cada vez mais em urbana.
d) Os estados que possuem os menores percentuais de população vivendo em áreas urbanas,
estão concentrados nas regiões Norte e Nordeste.
e) Os passageiros, que dependem do transporte coletivo esperam que o futuro lhes ofereça
mais comodidade do que o presente.
Apenas em (c) a vírgula está corretamente empregada: separa oração coordenada sindética (a
vírgula precede a conjunção).
Nas demais alternativas, os erros no emprego da vírgula são estes:
a) separa o sujeito de seu predicado.
b) separa sujeito (oracional) posposto.
d) separa o sujeito de seu predicado.
e) a oração subordinada adjetiva explicativa deveria vir entre duas vírgulas (ou a vírgula única
deveria ser eliminada se a oração subordinada for restritiva).
Letra c.
Fica no Bairro Norte, a poucos metros da avenida Santa Fé. Sobre a mesa da sala há camisas e
suéteres recém-passados, e o espaço parece pequeno, repleto de móveis: várias cadeiras, um
par de poltronas, uma mesa baixa, uma estante de livros, uma cristaleira com louças antigas.
– Você viu essas cadeiras? – pergunta Alicia. – Compramos de um senhor, o sr. Gentile.
Havia comprado todos os móveis de uma confeitaria e os vendia. Nós as cortamos um pouco,
porque eram muito altas.
Quino, 82 anos, se senta sob a luz branca que entra pela janela, onde posa para as fotos.
– Luz, luz – diz. – Como Goethe, que antes de morrer pediu: “Luz, mais luz”.
Usa um suéter escuro, jeans e os óculos de sempre, bifocais, que exageram o tamanho de
seus olhos.
– Temos uma cadeira de balanço – prossegue Alicia. – Compramos numa casa de leilões
que ficava no centro, e nós morávamos em Caballito, a 70 quadras. Como não tínhamos grana
para um frete, levamos a cadeira andando, um braço cada um.
– Caminharam 70 quadras com a cadeira de balanço pendurada no braço?
– É que era 1960, estávamos recém-casados. Sabe o que acontece? A gente não tinha grana.
Quino e Alicia Colombo estão juntos há 54 anos. Ela, doutora em Química, trabalhava na
Comissão Nacional de Energia Atômica, mas deixou o cargo porque o trajeto de ônibus a partir
de um bairro para onde se mudaram começou a demorar demais. Desde então, trabalha como
agente do marido. Quino é envolvido pela luz que entra pela janela em uma brancura irreal e faz
o cabelo crepitar sobre suas têmporas. Fala com gula sobre cinema, ópera, teatro: de tudo que
foi ver nas últimas semanas. Ao final da sessão de fotos, se levanta e caminha até o elevador
para se despedir da fotógrafa, que lhe pergunta pelo Prêmio Príncipe de Astúrias concedido a
ele em 2014, na categoria Comunicação e Humanidades.
– Eu gostaria que ele me fosse entregue por Leonor, a princesinha das Astúrias – diz.
(GUERRIERO, Leila. El País. 19 out. 2014)
Todas as formas são formadas por derivação sufixal, como corretamente afirmado pela alter-
nativa (e) (os sufixos estão destacados): volum-oso; princes-inha; e curt-inha.
Sendo derivação sufixal, as demais alternativas estão incorretas: não é prefixal, pois há acrés-
cimo de sufixo; não pode ser parassintética, porque não há junção simultânea de prefixo e
sufixo; não é regressiva, pois há acréscimo de afixo; não é composição, pois há apenas uma
base lexical.
Letra e.
GRAMÁTICA
Caderno de Questões de Gramática – Cesgranrio
Bruno Pilastre
023. (INÉDITA/2021) No excerto “uma criatura com vontade própria que, com o ritmo constan-
te da água do mar, desenhou esse rosto com movimentos que brotam, iguais entre si, há mais
de setenta anos.”, os termos em destaque podem ser classificados como, respectivamente,
a) pronome relativo; conjunção integrante
b) pronome relativo; pronome relativo
c) conjunção integrante; partícula expletiva
d) partícula expletiva; conjunção integrante
e) conjunção integrante, conjunção integrante
As duas formas são pronomes relativos, as quais integram orações subordinadas adjetivas
restritivas. O primeiro “que” retoma “criatura” e o segundo “que” retoma “movimentos”. Desse
modo, a alternativa (b) apresenta a classificação correta.
As demais alternativas ((a), (c), (d) e (e)), por apresentarem, em algum momento, uma classifi-
cação distinta, estão incorretas.
Letra b.
024. (INÉDITA/2021) Assinale a alternativa incorreta quanto à colocação pronominal dos ter-
mos destacados.
a) A mão responde, mas ele já não a vê.
b) Havia comprado todos os móveis de uma confeitaria e os vendia.
c) Nós as cortamos um pouco, porque eram muito altas.
d) Como não a tínhamos, optamos por esperar chegar uma nova.
e) Se levanta e caminha até o elevador para se despedir da fotógrafa
Na oração em análise, o verbo “há” (haver) é impessoal (não possui sujeito, como corretamen-
te afirmado pela alternativa(a)) e lexical (isto é, não é um auxiliar – e por isso a alternativa (d)
GRAMÁTICA
Caderno de Questões de Gramática – Cesgranrio
Bruno Pilastre
está incorreta). A forma “camisas e suéteres recém-passados” é objeto direto desse verbo (e,
com isso, a alternativa (c) está incorreta. Por fim, no contexto em que ocorre, essa forma verbal
denota existência (o “haver existencial”, que sempre é impessoal) – e por isso a alternativa (e)
está incorreta.
Letra a.
026. (INÉDITA/2021) No trecho “Havia comprado todos os móveis de uma confeitaria”, o su-
jeito da perífrase “Havia comprado”:
a) está elíptico e concorda com um referente na primeira pessoa do singular.
b) está elíptico e concorda com um referente na terceira pessoa do singular.
c) é inexistente.
d) é explícito.
e) está posposto.
A forma “havia” está flexionada na terceira pessoa do singular e tem como referente “o sr. Gen-
tile” (b). A reescrita com o sujeito explícito seria algo como: “Ele/O sr. Gentile havia comprado
todos os móveis”. Com essa classificação, as demais alternativas torman-se inválidas ((a), (c),
(d) e (e)).
Letra b.
absorvem 40% da folha salarial. No conjunto, o setor público remunera seus empregados em
média 50% acima do setor privado. Não há, porém, qualquer garantia de contrapartida ao con-
tribuinte em padrão mínimo de qualidade e eficiência nos serviços (caros) que são prestados.
A maioria dos estados e municípios está em virtual falência, com excesso de pessoal ativo
em áreas intermediárias da burocracia. Os gastos com pessoal extrapolam todos os limites
legais e consomem recursos que deveriam ser destinados às atividades essenciais, como saú-
de, educação e segurança. O lobby das corporações do funcionalismo, no entanto, construiu
uma muralha jurídica que impede demissões até por inoperância no setor público.
Assim, servidores concursados, com estabilidade garantida após três anos, só perdem o
cargo mediante infindável processo administrativo ou por sentença judicial transitada em jul-
gado. A Constituição prevê ainda outra possibilidade, a da avaliação de mérito, mas até hoje
isso não foi regulamentado.
A premissa corporativa de que é inequívoca a alta qualificação do serviço público sim-
plesmente não corresponde aos fatos. Não há aferição e reconhecimento de mérito na car-
reira, por isso não se distingue o funcionário de desempenho sofrível, que custa em dobro ao
contribuinte.
É preciso cumprir a Constituição, que impõe parâmetros de produtividade e qualidade ao
funcionalismo. O Senado abriu o debate e deveria avançar, celeremente, em outros aspectos
dessa modernização, fundamental ao Estado brasileiro.
(Editorial. O Globo. 22 jul. 2019)
Na oração em que ocorre, o “se” é índice de indeterminação do sujeito (d). Note que verbo não
possui sujeito sintático (o “de uma regulamentação” não pode ser sujeito, pois está preposicio-
nado) e a interpretação é de indeterminação (não há referente a ser retomado). Sendo um índi-
ce de indeterminação do sujeito, as demais alternativas se tornam inválidas ((a), (b), (c), e (e)).
Letra d.
029. (INÉDITA/2021) Em relação aos usos da vírgula, assinale a alternativa em que tal sinal de
pontuação tenha sido usado para separar termos coordenados.
a) “Depois de três décadas, pretende-se regulamentar um artigo (n. 41) da Constituição.”
b) “Governo, Câmara e Senado se mobilizam na preparação de projetos […]”
c) “[…] por isso não se distingue o funcionário de desempenho sofrível, que custa em dobro ao
contribuinte.”
d) “O lobby das corporações do funcionalismo, no entanto, construiu uma muralha jurídica que
impede demissões até por inoperância no setor público.”
e) É preciso cumprir a Constituição, que impõe parâmetros de produtividade e qualidade ao
funcionalismo.
b) Certa. Temos a vírgula sendo empregada para separar termos (nominais) coordenados: [Go-
verno]1, [Câmara]2 e [Senado]3. Nas outras alternativas, a vírgula está sendo empregada para:
a) separar adjunto de grande extensão deslocado;
c) separar oração subordinada adjetiva explicativa;
d) isolar expressão intercalada (o conector coesivo “no entanto”);
e) separar oração subordinada adjetiva explicativa.
Letra b.
c) na semana passada, um projeto de lei complementar fora remetido pela Comissão de As-
suntos sociais ao plenário do Senado.
d) um projeto de lei complementar remetera-se na semana passada ao plenário do Senado.
e) remeteu-se um projeto de lei complementar pela Comissão de Assuntos Sociais ao plenário
do Senado na semana passada.
a) Certa. Temos uma passiva sintética (e o “se” é partícula apassivadora). O sujeito sintático
é “um projeto de lei complementar”, o objeto indireto é “ao plenário” e “na semana passada” é
adjunto adverbial.
Nas demais alternativas, temos estas inadequações:
b) o agente da passiva é formado pelo objeto indireto da ativa.
c, d) o tempo verbal é diferente do tempo da ativa (foi>fora) – e esse mesmo erro está presente
em (d) (remeteu>remetera).
e) há a reintegração do agente da passiva em uma passiva sintética, o que é impossível.
Letra a.
GRAMÁTICA
Caderno de Questões de Gramática – Cesgranrio
Bruno Pilastre
GABARITO
1. c
2. c
3. d
4. e
5. a
6. a
7. b
8. c
9. d
10. a
11. e
12. c
13. b
14. b
15. c
16. d
17. e
18. a
19. e
20. d
21. c
22. e
23. b
24. e
25. a
26. b
27. d
28. c
29. b
30. a
Bruno Pilastre
Doutor em Linguística pela Universidade de Brasília. É autor de obras didáticas de Língua Portuguesa
(Gramática, Texto, Redação Oficial e Redação Discursiva). Pela Editora Gran Cursos, publicou o “Guia
Prático de Língua Portuguesa” e o “Guia de Redação Discursiva para Concursos”. No Gran Cursos Online,
atua na área de desenvolvimento de materiais didáticos (educação e popularização de C&T/CNPq: http://
lattes.cnpq.br/1396654209681297).