Trabalho Administracao

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Suadaia Augusto

Licenciatura em Administrações Políticas e Publica

Tema:
A Administração publica como uma ciência

Cadeira:

Ciência de Administração

2º Ano

Universidade Alberto Chipande

2023
Suadaia Augusto

Licenciatura em Administrações Políticas e Publica

Tema:
A Administração publica como uma ciência

Cadeira:

Ciência de Administração

2º Ano

Docente: Dr. Agostinho José

Universidade Alberto Chipande


2023
Índice
1. Introdução............................................................................................................................2
1.1.1 Objectivo............................................................................................................................2
1.1.2 Objectivo Geral..................................................................................................................2
1.1.3 Objectivo Especifico..........................................................................................................2
1.1.4 Metodologia.......................................................................................................................2
2. Revisão da Literatura...........................................................................................................3
2.1 A administração pública como ciência.................................................................................3
2.1.1 Conceito.............................................................................................................................3
2.2 Administração pública direta e indireta................................................................................4
2.3 A importância da administração pública para a sociedade...................................................4
2.4 Princípios Básicos Da Administração Pública......................................................................5
2.5 Funções da Administração....................................................................................................7
2.5.1 Planejar..............................................................................................................................7
2.5.2 Organizar............................................................................................................................7
2.5.3 Dirigir.................................................................................................................................7
2.5.4 Controlar............................................................................................................................7
2.6 A administração pública em dois sentidos............................................................................8
2.6.1 Sentido orgânico................................................................................................................8
2.6.2 Sentido funcional ou material............................................................................................8
Legislação e administração.........................................................................................................9
3. Poderes de administração pública em Moçambique............................................................9
3.1 Execução.............................................................................................................................10
3.2 O poder de decisão..............................................................................................................10
3.3 A decisão administrativa como técnica eficaz de governação............................................10
3.4 O poder de decisão unilateral..............................................................................................11
4. Princípios da Administração Pública.................................................................................11
4.1 As teorias da Administração...............................................................................................11
4.1.1 Clássica............................................................................................................................11
4.1.2 Das relações humanas......................................................................................................12
4.1.3 Burocrática.......................................................................................................................13
4.1.4 Neoclássica......................................................................................................................13
4.1.5 Sistêmica..........................................................................................................................14
4.1.6 Contingencial...................................................................................................................14
5. Níveis de Administração...................................................................................................15
5.1 Funções Organizacionais....................................................................................................16
6. Conclusão..........................................................................................................................18
7. Referências bibliográficas.................................................................................................19
1. Introdução

Neste presente trabalho de pesquisa com tema administração publica como uma ciência,
falando da administração que foi praticada desde sempre e estudar a sua origem é viajar no
tempo e conhecer coisas incríveis feitas por povos antigos. Esse é um dos motivos pelos
quais cursos de administração são tão interessantes. Além disso, são ótimas ferramentas de
qualificação profissional e também pessoal, uma vez que a administração pode trazer soluções
para vários aspectos do nosso dia-a-dia. Há que se considerar também a praticidade ao estudar
o tema por meio de cursos online, que são totalmente adaptáveis à realidade e disponibilidade
de cada um.
1.1.1 Objectivo
1.1.2 Objectivo Geral

 Conhecer a administração pública como uma ciência.

1.1.3 Objectivo Especifico

 Diferencial administração publica directa e indirecta.


 Explicar a importância da administração pública para a sociedade
 Descrever os Princípios Básicos Da Administração Pública
 Falar de funções da administração.
 Mencionar as teorias da Administração.

1.1.4 Metodologia

Para o desenvolvimento do presente trabalho, a recolha de informação ou de dados recorreu á


seguida da análise da informação para a sua harmonização e posteriormente a sua compilação.
Ou seja a recolha de informações baseou-se na utilização de informação já existente em
documento anteriormente elaborado com o objectivo de obter dados relevante para responder
as questões de investigação do conteúdo.

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2. Revisão da Literatura
2.1 A administração pública como ciência
2.1.1 Conceito
Na administração como ciência, nosso pensamento se direciona às primeiras teorias, a
quem começou a dar embasamento a essa ciência. Dificilmente pensamos em séculos atrás,
em como os povos antigos se organizavam e quais conhecimentos eles tinham nessa área –
deveria ser uma bagunça, certo? Espera, vamos pensar um pouco mais. Quantas civilizações
conhecemos que tiveram grandes feitos e legados? Várias. Dinastias, impérios, cidades,
territórios, impostos, leis, navegação, arquitetura e vários outros exemplos de organizações se
ligam diretamente à administração. Como seria possível se não houvesse planejamento,
organização, coordenação e controle?
A administração foi praticada desde sempre e estudar a sua origem é viajar no tempo e
conhecer coisas incríveis feitas por povos antigos. Esse é um dos motivos pelos quais cursos
de administração são tão interessantes. Além disso, são ótimas ferramentas de qualificação
profissional e também pessoal, uma vez que a administração pode trazer soluções para vários
aspectos do nosso dia a dia. Há que se considerar também a praticidade ao estudar o tema por
meio de cursos online, que são totalmente adaptáveis à realidade e disponibilidade de cada
um.
A Revolução Industrial foi importante no estudo da ciência, pois desencadeou a necessidade
de que houvesse uma administração elaborada e praticada em busca da eficiência e da eficácia
de processos. Essa necessidade foi acelerada durante a Segunda Revolução Industrial que
trouxe transformações que causaram velocidade no ritmo das organizações, como o petróleo e
a energia elétrica. Empresas passaram a ganhar máquinas automatizadas, mercados se
expandiram e novos métodos de produção e organização do trabalho passaram a ser
necessários, ou seja, era preciso uma administração mais profissionalizada.
Administração é a ciência que estuda e sistematiza ferramentas utilizadas para gerenciar
organizações, recursos ou pessoas. É planejar, organizar, dirigir e controlar os recursos, de
forma eficiente e eficaz, para alcançar objetivos e metas definidas. O objeto de estudo da
administração é a atividade organizacional, considerando as relações existentes entre as
organizações e seus ambientes.

Administração pública é o conjunto de órgãos, serviços e agentes do Estado que procuram


satisfazer as necessidades da sociedade, tais como educação, cultura, segurança, saúde, etc.

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Em outras palavras, administração pública é a gestão dos interesses públicos por meio da
prestação de serviços públicos, sendo dividida em administração direta e indireta."

2.2 Administração pública direta e indireta


No que diz respeito às atribuições da Administração Pública, no aspecto subjetivo,
além dos órgãos do Poder Executivo, os outros Poderes, Legislativo e Judiciário,
também possuem órgão responsáveis pela função administrativa em seus âmbitos. Do
mesmo modo, os Tribunais de Contas e o Ministério Público, ao executarem encargos
referentes à a função administrativa, acabam por compor o quadro desse aspecto
subjetivo. (ALMEIDA, 2016)
O conceito subjetivo possui subdivisões no campo da Administração Pública, de acordo
com as entidades, os órgão e os agentes que se encaixam nesse sentido. Divide-se portanto,
em Administração Direta eAdministração Indireta. A primeira, representada pela União,
os Estados, O Distrito Federal e os Municípios. Entidades estas que se fragmentam em
órgãos os quais possuem atribuições específicas. (CARVALHO E SAMPAIO, 2010).
De acordo com Almeida (2016), essas entidades exercem o Poder de maneira centralizada,
por estarem subjugadas às pessoas jurídicas políticas. No entanto, quando essas
entidades dão origem a entes com personalidade jurídica própria, onde o poder
descentralizado se configura. Esses entes se referem à segunda classificação, a
Administração Indireta, que corresponde às Autarquias, Fundações Públicas, as
Empresas Públicas e as Sociedades de Economia Mista, que, ainda que não pertençam
à Administração Direta, a ela estão ligadas. (CARVALHO E SAMPAIO, 2010).

2.3 A importância da administração pública para a sociedade

Toda sociedade tem como um dos principais fundamentos a organização social, a qual,
está impregnada de discursos e pensamentos, que muitas vezes não estão voltados para o
bem total da coletividade, diferenciando-se em interesses de classe. Nessa esfera
deconflitos e divergências da sociedade, surge a administração pública, a qual possui
como principal função administrativa atender ao interesse público de forma harmônica e
justa, tendo como principal prerrogativa a coletividade.
Como cita Pinto (2008): A Administração Pública detém prerrogativas e sujeições, com o
fito de suprir as necessidades decorrentes do interesse coletivo, o que permite, muitas vezes,
em virtude da supremacia do interesse público sobre o particular, o condicionamento ou

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limitação doexercício de direitos e liberdades individuais. (Pinto, p. 131, 2008)Podemos
perceber a importância da administração pública na organização do Estado, o qual, no
âmbito de sua administração, para atingir o bem público, exerce a manutenção da ordem
interna, organizando e estruturando setores atuantes na sociedade, como também a
execução de serviços para alcance do progresso da coletividade. (PINTO, P.131, 2008).
As atividades administrativas estão presentes, portanto, em todos os Poderes do Estado.
Nomear servidores, celebrar contratos, adquirir e administrar bens são atividades
tipicamente administrativas necessárias para o funcionamento de toda e qualquer
instituição pública. (MEDEIROS, p. 9, 2013).
No entanto, para a realização de uma profunda e eficiente administração, surge a influência e
a conjunção de princípios norteadores, que atuarão nos três poderes e em especial à
Administração Pública, satisfazendo “os interesses essenciais da coletividade”,
“promovendo a organização de órgãos e entidades estatais”, que por sua vez, atuarão
diretamente no funcionalismo público, buscando atender as necessidades básicas da
sociedade. (MEDEIROS, p. 11, 2013).

2.4 Princípios Básicos Da Administração Pública

Os princípios Administrativos, segundo Medeiros (p. 13, 2013) “(...) são


mandamentos gerais que se aplicam a toda e qualquer situação, em maior ou menor medida.”
Os mesmos passam a orientar os vários atos administrativos, em todas suas esferas,
organizando e conduzindo processos, contratos e atos normativos, estando previstos no
artigo 37, caput da Constituição Federal brasileira.Tem-se como princípios básicos da
Administração Pública: o princípio da legalidade, no qual, o administrador só poderá
realizar um determinado ato, se estiver previsto na lei, sendo penalizado na ocorrência do
ato infracionais.Por conseguinte, as entidades públicas e a ação do administrador público está
condicionada aos mandamentos legais e às exigências do bem comum. Os atos que
desrespeitam a lei são viciados e alguns vícios não podem ser corrigidos, o que exige
a anulação do ato e, eventualmente, se houver má-fé ou falha, a
responsabilização do Estado e do agente público. (Medeiros, p.13, 2013)
O princípio da impessoalidade, exige a atuação praticada sempre com a finalidade
pública, voltado para o atendimento impessoal e geral, sem interesses de particulares,
buscando o bem da coletividade. (PINTO, p.131, 2008)

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A moralidadeadministrativa, como um dos princípios, busca por pressuposto a legitimidade
do ato da Administração, “(...) que deve obedecer não somente à lei jurídica, mas também a
padrões éticos que podem ser estabelecidos em cada instituição”. (MEDEIROS, p.13, 2013)
Caderno de Administração. Revista do Departamento de Administração da FEAISSN 1414-
7394Pontifícia Universidade Católica de São Paulo7A publicidadecomo princípio, tem um
papel importante na transparência dos atos praticados pela administração pública,
sendo obrigatório a divulgação e fornecimento de informações, abrangendo a
atuação estatal, em aspecto de divulgação oficial de seus atos, como também na
transparência de atos praticados internamente por seus agentes, permitindo a correção e
o controle de práticas ilícitas. (MEDEIROS, p.14, 2013).
A publicidadecomo princípio, tem um papel importante na transparência dos atos
praticados pela administração pública, sendo obrigatório a divulgação e
fornecimento de informações, abrangendo a atuação estatal, em aspecto de
divulgação oficial de seus atos, como também na transparência de atos praticados
internamente por seus agentes, permitindo a correção e o controle de práticas ilícitas.
(MEDEIROS, p.14, 2013)Ainda segundo Medeiros(2013), o princípio da eficiência:Exige
que a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição e rendimento
funcional, com resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das
necessidades da coletividade. A lentidão, a omissão, o desperdício de recursos públicos e a
falta de planejamento são atitudes que ofendem esse princípio.
O princípio da supremacia do interesse público está ligado a prevalência do interesse da
coletividade, no confronto de interesses particulares e o interesse público, prevalecerá
o público, sendo inquestionável o poder público. Já noprincípio da
indisponibilidade, “(...) não é concedidaliberdade absoluta ao administrador, para
concretizar transações dequalquer natureza, sem prévia autorização legal.” (PINTO,
p.137, 2008)Quanto ao princípio da presunção de legitimidade, de legalidade e de
veracidade, é forçoso convir que, para materializaro interesse público que norteia a atuação
administrativa, as decisões da Administração Pública são dotadas do atributo da
presunção de legitimidade e de legalidade, tornando-se presumivelmente verdadeiras quanto
aos fatos e adequadas quanto à legalidade. (PINTO, p.138, 2008)

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2.5 Funções da Administração

A administração tem quatro funções essenciais, que norteiam todo o trabalho realizado em
uma organização. Veja quais são elas:

2.5.1 Planejar

A função se relaciona à definição e metas para o futuro. É nesta fase que se questiona onde a
empresa quer estar no futuro e de que forma ela pretende chegar lá, definindo-se então as
tarefas e os recursos necessários. Há três fatores bem importantes nesta função: identificar as
oportunidades, interpretar dados e analisar recursos disponíveis.

2.5.2 Organizar

Feito o planejamento, é hora de segui-lo. Basicamente, se trata de: o que será feito, como será
feito e quem fará. As tarefas serão designadas, os recursos alocados e as atividades
coordenadas. Esta função pode abranger várias outras fases, como definição de estruturas
organizacionais e composição de níveis hierárquicos.

2.5.3 Dirigir

Liderar e motivar, conduzindo as pessoas para que realizem os objetivos e metas


estabelecidos pelo planejamento. É também a função de tomada de decisões.

2.5.4 Controlar

A quarta função do processo administrativo é monitorar as atividades realizadas e compará-


las com o planejado. É basicamente verificar a execução e avaliar os resultados.

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2.6 A administração pública em dois sentidos

 Orgânico; e
 Material ou Funcional.

2.6.1 Sentido orgânico

A Administração Pública, em sentido Orgânico é constituída pelo conjunto de órgãos,


serviços e agentes do Estado e demais entidades públicas que asseguram, em nome da
colectividade, a satisfação disciplinada, regular e contínua das necessidades colectivas de
segurança, cultura e bem-estar.

2.6.2 Sentido funcional ou material

A administração pública, em sentido material ou funcional, pode ser definida como a


actividade típica dos serviços e agentes administrativos desenvolvida no interesse geral da
comunidade, com vista a satisfação regular e contínua das necessidades colectivas de
segurança, cultura e bem-estar, obtendo para o efeito os recursos mais adequados e utilizando
as formas mais convenientes. (CAETANO , 1997).
Divergências entre:
Administração pública e administração privada
Embora tenham em comum o serem ambas administração, a Administração Pública e a
Administração Privada distinguem-se todavia pelo objecto que incidem, pelo fim que visa
prosseguir e pelos meios que utilizam.
Quanto ao objecto, a Administração Pública versa sobre necessidades colectivas assumidas
como tarefa e responsabilidade própria da colectividade, enquanto a Administração Privada
incide sobre necessidades individuais, ou sobre necessidades que, sendo de grupo, não
atingem contudo a generalidade de uma colectividade inteira.
Quanto ao fim, a Administração Pública tem necessariamente de prosseguir sempre o
interesse público: esse interesse é o único fim que as entidades públicas e os serviços públicos
podem legitimamente prosseguir, enquanto a Administração Privada tem em vista
naturalmente, fins pessoais ou particulares.
Tanto pode tratar-se de fins lucrativos como de fins não econômicos e até nos indivíduos mais
desinteressados, de fins puramente altruístas. Mas são sempre fins particulares sem vinculação
necessária ao interesse geral da colectividade, e até, porventura, em contradição com ele.

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Quanto aos meios, também diferem. Com efeito na Administração privada os meios,
jurídicos, que cada pessoa utiliza para atuar caracterizam-se pela igualdade entre as partes: os
particulares, são iguais entre si e, em regra, não podem impor uns aos outros a sua própria
vontade, salvo se isso decorrer de um acordo livremente celebrado. O contrato é assim, o
instrumento jurídico típico do mundo das relações privadas, quanto que na Administração
Pública, goza de poderes de execução e de decisão, estes poderes munem-a para se tornar
autônoma mas atuando dentro das normas. (CAETANO , 1997).

Legislação e administração

A função Legislativa encontra-se no mesmo plano ou nível, que a função Política A diferença
entre Legislação e Administração está em que, nos dias de hoje, a Administração Pública é
uma atividade totalmente subordinada à lei: é o fundamento, o critério e o limite de toda a
atividade administrativa.
Há, no entanto, pontos de contacto ou de cruzamento entre as duas atividades que convém
desde já salientar brevemente.
De uma parte, podem citar-se casos de leis que materialmente contêm decisões de carácter
administrativo.
De outra parte, há atos da administração que materialmente revestem todos o carácter de uma
lei, faltando-lhes apenas a forma e a eficácia da lei, para já não falar dos casos em que a
própria lei se deixa completar por atos da Administração.
Justiça e administração pública:
Estas duas atividades têm importantes traços comuns: ambas são secundárias, executivas,
subordinadas à lei: uma consiste em julgar, a outra em gerir.
A Justiça visa aplicar o Direito aos casos concretos, a Administração Pública visa prosseguir
interesses gerais da colectividade. A Justiça aguarda passivamente que lhe tragam os conflitos
sobre que tem de pronunciar-se; a Administração Pública toma a iniciativa de satisfazer as
necessidades colectivas que lhe estão confiadas. A Justiça está acima dos interesses, é
desinteressada, não é parte nos conflitos que decide; a Administração Pública defende e
prossegue os interesses colectivos a seu cargo, é parte interessada. (CAETANO , 1997).

3. Poderes de administração pública em Moçambique

Administração Pública Moçambicana tem poderes de:


Decisão:

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Decisão administrativa como técnica eficaz de governação
O poder de decisão unilateral:
 Primeiro, ao nível regulamentar e
 Segundo, ao nível individual

3.1 Execução.
Por outras palavras, o que caracteriza o Direito Administrativo Moçambicano na ordem das
prerrogativas, como, em regra geral, em qualquer outro sistema de administração executiva, é
a faculdade que lhe é conferida de tomar decisões juridicamente executórias e de garantir a
sua execução material, como fundamentou (WEIL) para satisfazer às necessidades do serviço,
a administração deve dispôr dos meios de acção necessários. Daí a noção de prerrogativas de
direito público ou de meios exorbitantes do direito comum.
Enquanto na vida privada os direitos e obrigações só se criam por via contratual, a
administração, no interesse do serviço público, deve poder impôr obrigações aos particulares
unilateralmente e sem primeiro passar pelo juiz; e a sua decisão deve ser considerada
juridicamente válida enquanto o interessado não a tenha feito anular pelo juiz

3.2 O poder de decisão

A decisão é um ato jurídico pelo qual uma autoridade administrativa modifica o ordenamento
jurídico. O termo é expressamente consagrado na Constituição da República no que concerne
à determinação do âmbito de conhecimento do Tribunal Administrativo
Na lógica do regime administrativo ou sistema de administração executiva, a decisão
administrativa é concebida como uma técnica eficaz de governação com um conteúdo
abrangente.

3.3 A decisão administrativa como técnica eficaz de governação

No regime administrativo, a Administração Pública dispõe de privilégios quando aprova


decisões. Ela pode-se dispensar, ao mesmo tempo, do consentimento de terceiros e do juiz.
Nesta perspectiva, a Administração Moçambicana dispõe de duas técnicas: o poder de decisão
unilateral e o privilégio da execução prévia (Artigo 229 da Constituição).

3.4 O poder de decisão unilateral

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O poder de decisão unilateral pode-se definir como sendo o poder de modificar
unilateralmente o ordenamento jurídico por exclusiva autoridade, e sem necessidade de obter
o acordo do interessado. (FREITAS, 2002).

4. Princípios da Administração Pública

De acordo com o artigo 37 da Constituição Federal, estão previstos os seguintes princípios da


administração pública: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência.

4.1 As teorias da Administração

As teorias da administração são pontos-chave de qualquer curso online de administração.


Foram elas que passaram a dar forma à ciência de administrar e de profissionalizá-la. Cada
uma delas enfatiza um fator: as tarefas, a estrutura, as pessoas, a tecnologia e o ambiente. Não
são contrárias umas às outras, e sim complementares. Veja a seguir as principais.

4.1.1 Clássica

Tem como seu principal autor o engenheiro francês Henry Fayol, que contribuiu
especialmente com o pensamento sobre o conjunto de operações que integram as funções de
uma empresa. Compõem esse conjunto as operações técnicas, comerciais, financeiras, de
segurança, contábeis e administrativas.
Fayol também indicou que a função administrativa não é exclusiva dos dirigentes, mas
também dos gerentes, supervisores, assistentes etc. A função administrativa, de acordo com a
Teoria Clássica consiste em: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar.
Os princípios gerais da administração, para o autor, são: divisão do trabalho, disciplina,
autoridade e responsabilidade, unidade do comando, centralização, hierarquia, remuneração
do pessoal, iniciativa, ordem e união do pessoal.
A Administração Clássica foi idealizada por Henri Fayol, que baseou sua abordagem na
estrutura organizacional. Ele elaborou uma série de princípios essenciais que devem guiar o
trabalho do administrador:
 divisão do trabalho;
 hierarquia;
 ordem;
 equidade;
 autoridade e responsabilidade;
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 unidade de direção e de comando;
 disciplina;
 remuneração;
 interesses gerais;
 centralização;
 estabilidade dos funcionários;
 iniciativa;
 espírito de equipe.
Para Henri, a Administração e a organização são indispensáveis em qualquer tipo de
empresa, independentemente do segmento do negócio. Não importa qual seja o grau de
complexidade e tamanho, toda companhia deve contar com um conjunto de operações
técnicas, comerciais, financeiras, de segurança e contabilidade.

4.1.2 Das relações humanas

Como um movimento de reação à teoria clássica, surge a Teoria das Relações Humanas,
tirando o foco dos aspectos técnicos e formais e direcionando para os psicológicos e
sociológicos. Essa teoria surgiu a partir da Experiência de Hawthorne, realizada em uma
fábrica da Western Eletric Co., em Chicago e tem como seu principal representante Elton
Mayo.
Uma das maiores contribuições dessa teoria é a ideia de organização informal, que surge de
forma espontânea, por grupos de interesses em comum ou pela presença de elementos de
ordem afetiva ou cultural, por exemplo. A Experiência de Hawthorne estudou a rotatividade,
fadiga, os acidentes e o que as condições do ambiente de trabalham causavam na
produtividade humana. Essa teoria não causou nenhuma alteração nas anteriores, dos modelos
de Ford e Fayol, mas trouxe mudanças na atitude de empregadores com seus funcionários.

4.1.3 Burocrática

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Max Weber contribui com a compreensão da burocracia, como uma forma racional de adaptar
os meios de operação ao objetivo final de uma organização, com a finalidade de atingir o
máximo de eficiência. São algumas características da burocracia:
 Organização contínua de cargos e funções, com regulamentos orientando como a
empresa deve funcionar;
 Divisão sistemática do trabalho;
 Hierarquia de autoridade, ou seja, cada cargo inferior está sob supervisão do superior;
 Registro de normas e decisões, toda a documentação passa a ser escrita.
A teoria burocrática é que norteia os processos do setor público, da Administração Pública
Direta e Indireta. Aliás, não tem como ser diferente, já que o setor addministra os recursos
públicos e deve ter total controle e transparência sobre isso.
No entanto, a Administração Pública tem, ao longos das duas útimas décadas, implementado
conceitos e ferramentas da administração gerencial, como forma de modernizar seus
processos e diminuir, dentro do possível, processos muito burocráticos.

4.1.4 Neoclássica

O crescimento das organizações fez com que se desse uma nova roupagem à teoria clássica e,
nessa nova leitura, se tornasse mais eclética, aproveitando a contribuição das demais teorias.
Tem como referência Peter Drucker e é amplamente estudada e aplicada nos dias atuais.
dministração Neoclássica tem como foco as funções do administrador, que deve
desenvolver planejamento, organização, direção e controle no ambiente de trabalho. Isso
leva à necessidade de conhecer os aspectos técnicos e específicos de sua ocupação, e os
fatores relacionados com o gerenciamento dos funcionários dentro das empresas.
A teoria Neoclássica surgiu justamente devido ao crescimento dos negócios, oferecendo uma
visão ampla sobre os procedimentos, orçamentos, programas e normas que as organizações
devem estabelecer para alcançar o sucesso. Na abordagem, a Administração ainda deve
ocorrer em níveis estratégico, tático e operacional.
Com isso, o profissional deve possibilitar que a equipe ou grupo de trabalho alcance seus
objetivos com o mínimo de recursos e de esforço. Conforme as necessidades internas e
externas das empresas, o administrador neoclássico pode auxiliar os gestores a atingirem
maior eficácia em relação às posições hierárquicas e eficiência na produção de bens e
serviços.

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4.1.5 Sistêmica

O livro Teoria Geral dos Sistemas, do biólogo Alemão Karl Ludwig von Bertalanffy,
influenciou várias áreas do conhecimento, inclusive a administrativa. Em resumo, a teoria
prega que para que se entenda a realidade de uma organização há que se considerar suas inter-
relações e não somente partes isoladas. Diferentemente das outras, não busca resolver
problemas ou encontrar soluções, mas sim, criar teorias e conceitos para que sejam aplicados
na realidade empírica. A teoria passa a visão de que qualquer ação em uma das unidades do
sistema deverá provocar mudanças em outras unidades, porque elas são relacionadas, e o
efeito total resultará um em ajuste de todo o sistema.
Há parâmetros para a dinâmica dos processos da teoria geral dos sistemas, veja:
1. Entradas (ou insumos ou inputs): são os recursos que entram em uma organização. Podem
ser humanos, materiais, financeiros ou tecnológicos;
2. Processamento (throughputs): interligam os componentes de uma organização e
transformam as entradas em resultados;
3. Exsumos (ou saídas ou outputs): as entradas foram processadas e saem para o ambiente em
forma de serviços ou produtos;
4. Retroação (ou retroalimentação ou feedback): acontece quando as saídas retornam à
entrada, alterando de alguma forma o comportamento do sistema, seja para uma melhoria no
serviço prestado, ajustes no produto e tudo que seja necessário adaptar para que se consiga
melhorias nas saídas ou nos resultados.

4.1.6 Contingencial

A proposta desta teoria é a de que não há uma única melhor forma de administrar, mas sim
uma que se adequa melhor a cada situação. A Teoria da Contingência diz que nada é absoluto
na administração, que é preciso uma análise de cada situação para que se encontre a melhor
solução organizacional. Dessa forma, dependendo da situação, se pode usar separadas ou de
forma combinadas, as outras abordagens, como as comportamentais e a de sistemas, por
exemplo.
É importante salientar que há várias outras teorias, sendo as abordadas neste artigo, as
principais. Cada uma delas teve a contribuição de vários autores, mas são apontados somente
os principais. O assunto pode ser aprofundado em um curso online de administração, como
o Curso Online Administração – Prática e Fundamentos. Anote essa dica e aproveite todas as
vantagens que os cursos a distância proporcionam à sua formação profissional.

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5. Níveis de Administração

Teoricamente, são três os níveis de administração: o estratégico, o tático e o operacional.

No nível administrativo ou estratégico a competência básica é traduzir as incertezas do


ambiente externo, altamente dinâmico, visando ao estabelecimento de objetivos. Através das
atividades de planejamento, organização e controle, de forma coordenada, tem-se em vista
atingir os objetivos macros da organização. As decisões estratégicas são normalmente de
longo prazo e tomadas no alto escalão da empresa, por isso geram atos cujos efeitos são
duradouros e mais difíceis de inverter. Na Administração Pública, esse nível administrativo
abrange, por exemplo, as atividades do prefeito municipal de uma cidade, com projetos que
envolvem toda a estrutura, e que por isso deve considerar as mudanças de ambientes como o
social e o econômico do município para desenvolver as ações necessárias.
Já no nível tático ou intermediário temos os planos e projetos de setores, áreas ou
departamentos, a serem realizados pelo nível operacional. O tempo de planejamento no nível
tático é o de médio prazo. Neste nível há menos dúvidas para as tomadas de decisões, por isso
são mais facilmente revistas, quando necessárias, e de menos impacto no funcionamento
estratégico da empresa. O imperativo é que cada área ou função tenha seus planos específicos,
os quais estejam interligados umbilicalmente às ações estratégicas da companhia como um
todo. No contexto da Administração Pública, se enquadram nesse nível as secretarias
municipais, como, por exemplo, a secretaria de saúde de um município que desenvolve um
projeto de combate à dengue ou um programa de saúde da família.
No nível operacional, ou força de frente de trabalho da organização, os administradores
executam os projetos. Nesse nível as decisões operacionais estão ligadas ao controle e às
atividades operacionais da empresa e são eminentemente técnicas. Aqui o tempo do
planejamento é o curto prazo. Com relação à organização pública, um exemplo é a
operacionalização dos projetos elaborados pela Secretaria de Saúde, com as visitas dos

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agentes de saúde às residências dos munícipes a fim de combater doenças ou conscientizar as
pessoas para enfrentarem o problema.

5.1 Funções Organizacionais

As funções administrativas nas organizações contemporâneas estão intimamente ligadas às


funções organizacionais, porque cada uma delas – como operações de serviço público e
orçamentos – requer dinheiro, pessoas, materiais e insumos, equipamentos, tecnologias
específicas, informações e estrutura física ou virtual.
Para exercer sua atividade profissional, o administrador ocupa diversas posições estratégicas
nas organizações e desenvolve papéis fundamentais para a sustentabilidade e o crescimento
dos negócios. Para desempenhar suas funções e sustentar sua posição, o bom administrador
deve desenvolver várias habilidades*; e algumas delas são apontadas como fundamentais ao
seu perfil. Stoner e Freemam (1999) classifica o administrador pelo nível que ocupa na
organização (de primeira linha, intermediários e altos administradores) e pelo âmbito das
atividades organizacionais pelas quais é responsável (os chamados administradores funcionais
e gerais).

No nível tático ou intermediário, os administradores funcionais são os responsáveis pela


alocação de recursos internamente na organização, e correspondem às principais funções da
organização. Seu papel consiste em, depois de definidas as estratégias, desdobrá-las em
planos e programas, que serão executados pelo nível operacional. É neste nível que se
realizam as tarefas e operações referentes às funções de apoio, os programas desenvolvidos e
as técnicas aplicadas, ou seja, aqui o trabalho é relacionado à fabricação dos produtos e à
prestação de serviços. Este nível segue programas e rotinas de curto prazo, desenvolvidas pelo
nível intermediário. A seguir, definimos algumas funções organizacionais: f Produção e
Operações: esta função representa a reunião de recursos destinados à produção de bens e
serviços. Denominam-se como Administração da Produção as atividades, decisões e
responsabilidades dos gerentes de produção, como afirmam Slack et al. (1997). De acordo

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com Corrêa e Corrêa (2009), a gestão de operações ocupa-se da atividade de gerenciamento
estratégico dos recursos escassos (humanos, tecnológicos, informacionais e outros), de sua
interação e dos processos que produzem bens e serviços, visando atender a necessidades e
desejos de qualidade, tempo e custos de seus clientes. A inclusão de operações na literatura
tornou-se fundamental porque a produção de serviços, no mundo contemporâneo, supera a
produção de bens tangíveis, e naquela se incluem os serviços na área pública. Por exemplo, no
hospital público, equipamentos e mão de obra são transformados nos mais variados serviços
prestados aos pacientes.
Marketing: em agosto de 2004, a American Marketing Association (AMA) elaborou uma
definição nova para o termo marketing:
Marketing é uma função organizacional e uma série de
processos para criação, comunicação e entrega de valor para
clientes, e gerenciamento do relacionamento com os clientes de
forma a beneficiar a organização e seus públicos de interesse, ou
stakeholders.
Financeira e orçamentária: esta função gerencia o dinheiro da empresa, para protegê-lo e
promover sua utilização eficaz. Isso inclui a maximização do retorno dos investimentos e a
manutenção de certo grau de liquidez, para o cumprimento das obrigações. As demonstrações
financeiras são relatórios que classificam e quantificam as contas de uma empresa. E as três
principais são: o balanço patrimonial, a demonstração dos resultados do exercício e a
demonstração do fluxo de caixa (MAXIMIANO, 2006b). No contexto da Administração e
Finanças Públicas, o orçamento inclui a previsão de receitas e despesas do país em um dado
exercício financeiro, discriminado as previsões de acordo com a origem, natureza, finalidade
ou periodicidade do movimento monetário (SANDRONI, 1985). f Recursos humanos ou de
gestão de pessoas: função responsável por procurar encontrar, atrair e reter as pessoas que a
empresa precisa. A Administração de Pessoas abrange desde o recrutamento até a rescisão de
contrato, passando pelo treinamento e avaliação de desempenho, dentre outras funções.

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6. Conclusão

Ao finalizar o presente trabalho de pesquisa conclui que para exercer sua atividade
profissional, o administrador ocupa diversas posições estratégicas nas organizações e
desenvolve papéis fundamentais para a sustentabilidade e o crescimento dos negócios. Para
desempenhar suas funções e sustentar sua posição, o bom administrador deve desenvolver
várias habilidades*; e algumas delas são apontadas como fundamentais ao seu perfil. Stoner e
Freemam (1999) classifica o administrador pelo nível que ocupa na organização (de primeira
linha, intermediários e altos administradores) e pelo âmbito das atividades organizacionais
pelas quais é responsável (os chamados administradores funcionais e gerais).

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7. Referências bibliográficas

ALEXANDRINO, M. ; PAULO, V. Direito Administrativo.8 ed. Rio de Janeiro: Impetus,


2005, p. 14.ALMEIDA, Herbet. 2016. Administração Direta e Indireta –Dica Estratégica –
Direito Administrativo. Disponível em:
https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/administracao-direta-e-indireta/. Acesso em: 21
de junho de 2019.
CARVALHO, Fernanda de Quadros; SAMPAIO, Dilcélia Almeida. A
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: UMA ANÁLISE DE SUA HISTÓRIA, CONCEITOS E
IMPORTÂNCIA. Publicado em 16 de Maio de 2010 por Fernanda Quadros.
Disponível em: https://www.webartigos.com/artigos/a-administracao-publica-uma-
analise-de-sua-historia-conceitos-e-importancia/37923/ 1/18. Acesso em: 19 de junho
de 2019.
CRETELLA JÚNIOR, José. Tratado de direito administrativo. v.1. Rio de Janeiro:
Forense, 1966.

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