Docsity Avaliacao Da Raa em Argamassas Produzidas Com Cinza de Biomassa Com Alto Teor de Alcalis

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Avaliação da RAA em

argamassas produzidas com


cinza de biomassa com alto
teor de álcalis
Engenharia Civil
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
12 pag.

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Iº Encontro Luso-Brasileiro de Degradação em Estruturas de Concreto Armado
Salvador, Bahia, Brasil, 06 a 09 de agosto de 2014 334

Avaliação da RAA em argamassas produzidas com


cinza de biomassa com alto teor de álcalis
CAMPOS, R.N. a,*; SILVA, R.B. a, FONTES, C.M.A. a, LIMA, P.R.L. a
a
Universidade Estadual de Feira de Santana, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil
e Ambiental, Av. Transnordestina, s/n, bairro: Novo Horizonte, Feira de Santana, Bahia,
Brasil;
* [email protected]

Resumo

A utilização de cinzas residuais como adição mineral na produção de argamassa tem contribuído para
melhoria das propriedades desse material e aumentar a sustentabilidade da construção civil. No entanto,
as cinzas de biomassa oriundas da queima de resíduos agrícolas usualmente possuem elevado teor de
álcalis, o que pode resultar em reações expansivas e danosas aos elementos construtivos produzidos
com a incorporação desse material. O objetivo desse trabalho é avaliar a influência da adição de cinza
de biomassa gerada da queima de eucalipto e casca de amêndoa de cacau sobre as propriedades
mecânicas e sobre a reatividade álcali-agregado (RAA) de argamassas. Dois tipos de cinza foram
obtidos em uma indústria de cacau, caracterizadas e adicionadas em teores de 5% e 10% para produção
de argamassas. Foi realizado ensaio acelerado de expansão de barra de argamassa. Os resultados
demonstram a potencialidade de uso de até 10% da cinza como filer, sem interferência negativa na
RAA.

Palavras-chave: cinza de biomassa, reação álcali-sílica, argamassa.

Evaluation of alkali–silica reaction of mortars


produced with biomass ash with high alkali
content
Abstract

The use of waste ash as a mineral admixture in mortar production has contributed to improve the
properties of the material and increase the sustainability in civil construction. However, the biomass ash
derived from agricultural residues burning usually have a high alkali content, which may result in

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damaging and expansive reactions in construction elements made with the addition of this material.
The aim of this study is to evaluate the influence of adding biomass ash generated from burning
eucalyptus and cocoa almond bark on the mechanical properties and the alkali-aggregate reactivity
(AAR) of mortars. Two types of ash was obtained from a cocoa industry, characterized and added in
amounts of 5% and 10% for the production of mortars. Tests of flexural strength, compressive
strength and accelerated test of mortar bar expansion were performed. The results demonstrate the
potential use of up to 10% of ash as the filer without negative interference in the RAA.

Keywords: biomass ash, alkali-silica reaction, mortar

1 Introdução
A agricultura é a principal fonte de renda em várias localidades do Brasil e consequentemente
há uma grande geração de resíduos agroindustriais provenientes dessa atividade. Uma das
alternativas para aproveitamento desse resíduo é a sua utilização como biomassa para produção
de energia. O termo biomassa é usado para descrever todas as formas de plantas e derivados
que podem ser convertidos em energia utilizável como, por exemplo, madeira, resíduos
urbanos e florestais, grãos, talos, óleos vegetais e lodo de tratamento biológico de efluentes.

A introdução de fontes de energias baseadas em queima da biomassa vem se apresentando


como uma oportunidade de singular importância. Diante da necessidade de minimização das
emissões globais de CO2, o simples uso da biomassa faz com que os níveis de emissão de
poluentes para a atmosfera se mantenham constantes, pois ao ser queimada, o CO 2 liberado é
proporcional ao absorvido pelas plantas durante a fotossíntese (Foletto et al. [1]).

O alto poder calorífico da maior parte dos resíduos agrícolas, a ausência de espaços para a sua
disposição e o seu baixo custo vêm contribuindo para que o mesmo seja utilizado como
biomassa em fornos e caldeiras, convertendo-se em energia térmica e elétrica. No entanto,
devido a grande quantidade de biomassa utilizada, há também a geração de toneladas de cinzas
como subproduto, sendo atualmente o principal problema ambiental do setor agroindustrial.
Para torrefação de café, por exemplo, os teores de cinza apresentados pelos carvões derivados
da palha do café foram da ordem de 14,80 e 15,60% da biomassa queimada (Saiter [2]). No
processo de torrefação de grãos de cacau, somente uma empresa localizada no sul da Bahia
gera 15 toneladas por mês de cinza, a qual será analisada neste estudo.

Logo, surge a necessidade de destinação desta grande quantidade de cinza de biomassa gerada,
aliada a busca pelo baixo custo de investimento. Essa geração das cinzas tem feito com que se

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adotem práticas de sua deposição em áreas inadequadas e sem as medidas de proteção


necessárias. Em decorrência dessas ações, vem à possibilidade de que elementos como metais
pesados e íons sulfato estejam presentes nestas cinzas, gerando contaminação do lençol
freático e do solo (Osteras et al. [3]). Por outro lado, as características químicas desse resíduo
torna-o fonte de nutrientes para as plantas e como condicionador do solo de baixo custo, mas
o uso inadequado, como, por exemplo, em quantidades excessivas, pode resultar também em
danos ao solo da área onde é realizada sua aplicação, pelas alterações provocadas nas relações
entre os nutrientes presentes (Albuquerque et al. [4]).

Uma das formas de minimizar o impacto da deposição da grande quantidade de cinzas é o seu
aproveitamento na construção civil como, por exemplo, adição mineral na fabricação de
concretos e argamassas. Vários aditivos minerais oriundos de subprodutos são empregados
atualmente, dentre os quais se destacam a cinza volante e a cinza da casca de arroz.

Além dos aspectos econômicos e ambientais, a utilização desses materiais pode resultar em
melhorias no desempenho do cimento. Pesquisas realizadas indicam benefícios na reologia, nas
propriedades mecânicas e na durabilidade proporcionados pelo emprego de aditivos minerais
em concreto (Neville [5]; Sabir et al. [6]; Cordeiro [7]). Porém, o sucesso da aplicação de cinzas
como material de construção depende da composição química e mineralógica da biomassa que
a originou, a qual está diretamente associada ao tipo de resíduo utilizado. Estudos tem indicado
que as cinzas de biomassa apresentam elevado teor de álcalis o que pode resultar na ocorrência
da Reação Alcali-Agregado (RAA) a qual pode gerar expansões e fissurações na argamassa ou
concreto, com sua perda de resistência e módulo de deformação, além da exsudação de líquido
viscoso sílico-alcalino (gel expansivo).

O objetivo deste trabalho é avaliar a cinza de biomassa com vistas a sua aplicação como adição
mineral a materiais a base de cimento. Para isso, será determinada a caracterização química e
mineralógica da cinza e a avaliação da RAA através do ensaio de expansão acelerada de barra
de argamassa.

2 Materiais e Métodos
2.1 Materiais

O cimento Portland utilizado foi o CP-II F, com massa específica de 3,01 kg/dm3, conforme a
NBR NM 23 (ABNT [8]). A curva granulométrica do cimento encontra-se na Figura 1. O

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agregado miúdo foi utilizado areia fina quartzosa oriunda do município de Alagoinhas-BA,
com massa específica de 2,64 g/cm3 e absorção de água de 0,1%.

Figura 1. Curva granulométrica do cimento Portland CP II-F.

As cinzas de biomassa (CB) utilizadas neste estudo são resíduos oriundos da empresa de
torrefação de cacau Barry Callebaut, localizada no município de Ilhéus, sul da Bahia. São
provenientes da queima a 300° C de cavacos de eucalipto e cascas de cacau (proporção de 80%
e 20%, respectivamente). Embora tenham o mesmo material de origem, as cinzas foram
coletadas em locais distintos do forno e são diferenciáveis visualmente conforme a Figura 2. A
cinza de biomassa da fornalha (CBF) foi coletada no fundo do forno e a cinza de ciclone
(CBC) foi coletada no ciclone do forno.

Figura 2. Cinzas de biomassa coletadas em Ilhéus-BA.

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A CB foi peneirada em malha de abertura 600 µm, para retirar material grosseiro presente,
seguido de moagem, por 2 minutos, em moinho de bolas, com corpos moedores de alumina,
conforme Figura 3, visando aumentar a finura do material.

a) b)

Figura 3. a) Moinho de bolas; b) cilindro de porcelana e corpos moedores de alumina utilizados no


processo de moagem.

A CBF apresenta massa específica de 2,52Kg/dm³ e a CBC 2,44kg/dm³, obtida através do


picnômetro à hélio e a granulometria a laser encontra-se apresentada na Figura 4 e Tabela 1.

Tabela 1. Caracterização granulométrica das cinzas de biomassa após a moagem.

Resultado (µm)
Determinação
Ciclone Fornalha
Diâmetro a 10% 3,12 3,48
Diâmetro a 50% 20,69 25,98
Diâmetro a 90% 86,04 156,78

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Figura 4. Curvas granulométricas das cinzas de biomassa ciclone e fornalha.

2.2 Métodos

A caracterização química das cinzas de biomassa foi realizada por meio da espectroscopia por
fluorescência de energia dispersiva de raios-X, utilizando equipamento EDX-720. A
caracterização mineralógica foi por meio da difração de raios-X, sendo o seu espectro coletado
pelo método do pó nas seguintes condições de operação: radiação de cobre Kα (30 kV/40
mA); velocidade do goniômetro de 0,02º 2θ por passo com tempo de contagem de 1 segundo
por passo e coletados de 5 a 70º (2θ).

A reação álcali-sílica foi avaliada pelo método acelerado de barras de argamassa. Este método
surgiu na África do Sul, em 1986, através dos pesquisadores Oberholster & Davies e é
preconizado pela norma C 1260 (ASTM [9]). Através deste ensaio é possível fazer uma
avaliação da potencialidade de reatividade álcali-sílica de um agregado de forma bastante
rápida, através de condições mais severas do que comumente ocorre à argamassa, podendo
indicar resultados com 16 ou em até 30 dias de ensaio.

As frações do agregado a ser utilizado e as quantidades de todos os materiais são especificadas


pela norma, incluindo a relação água-cimento, igual a 0,47. Ha uma pequena excecao das cinco
fracoes da areia preconizada, pois a granulometria do agregado miudo nao possuia a fracao
retida na 2,40mm, havendo entao uma redistribuicao da sua quantidade pelas demais quatro
fracoes. Após a desmoldagem, as barras de argamassa elas são imersas em água a 80ºC por
aproximadamente 24 horas, para, em seguida serem imersas em solução de hidróxido de sódio
(NaOH) a 1N e 80ºC. São feitas leituras para verificação do comprimento das barras após o
desmolde, após a retirada da imersão em água e durante a imersão em solução de NaOH,
sendo esta última composta de verificações periódicas chegando as idades de 16 ou 30 dias.
Todo esse procedimento encontra-se na Figura 5.

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a)

b) c)

Figura 5. Ensaio de expansão: a) Moldagem dos corpos de prova; b) imersão em solução a 80ºC; c)
leitura do corpo de prova.

Essa prescrição ainda indica os níveis de expansão aferidos através dos corpos de prova pela
sua variação dimensional. Ela indica que, aos 16 dias, quando a expansão é inferior a 0,10% o
material é inócuo; quando é superior a 0,20 o material é reativo; e quando a expansão fica entre
0,10-0,20%, há potencialidade de reatividade e recomenda-se que o ensaio permaneça até os
28dias e sejam verificadas informações suplementares para garantir que a expansão foi
consequência da RAS realmente. Essas informações suplementares podem ser verificadas, por
exemplo, através de ensaio petrográfico do agregado e também pela verificação dos corpos de
prova após o período de ensaio para identificar os produtos da RAS.

Nesse estudo, serão feitos corpos de prova (CPs) preparados com a substituição parcial em
massa do cimento Portland por cinza de biomassa ciclone (CBC) e cinza de biomassa fornalha
(CBF), já que o ensaio determina uma quantidade fixa do aglomerante a ser substituído. Os
teores de substituição foram de 0% (REF), 5% (CBC 5 e CBF 5) e 10% (CBC 10 e CBF 10),
para que se possa verificar o comportamento desta cinza perante o agregado utilizado, no que
tange a RAS.

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3 Resultados e discussões
Composição química e mineralógica: As cinzas de biomassa em virtude do tipo de resíduo
e processo de queima apresentam variabilidade em sua composição. Alguns autores, como
LIMA & ROSSIGNOLO [10]e NAKANISHI [11] em seus estudos com as cinzas da casca da
castanha de caju e do capim elefante, respectivamente, encontraram elevados teores de álcalis
em suas composições. O mesmo foi encontrado nas cinzas de biomassa utilizadas no presente
estudo, conforme Tabela 2.

Tabela 2. Composição química das cinza de biomassa.

Tipos de Composto (%)


cinza K2O CaO P2O5 MgO SO3 Fe2O3 SiO2 ZnO Rb2O MnO Outros
Ciclone 51,08 17,37 10,77 9,35 7,12 2,22 1,02 0,22 0,21 0,21 0,43
Fornalha 46,60 18,83 12,62 11,66 4,63 2,50 2,01 0,08 0,17 0,22 0,68

A presença do potássio em elevada concentração quando em contato com agregados reativos


produzem um gel expansivo que fissuram os concretos.

As difrações de raios-X das cinzas CC e CF são apresentadas Figura 6. Verifica-se uma


estrutura cristalina, com picos principais relacionados a Gismondite (CaAl 2Si2O8.4H2O). Esse
mineral está presente em cinzas volantes oriundas da queima de carvão mineral (Alexpoulos et
al, 2013 Erro! Fonte de referência não encontrada.). Picos de fosfato de magnésio
(Mg2P2O7) e sulfato de potássio ou arcanita (K2SO4) também foram identificados, assim como
traços de óxido de magnesio (MgO), óxido de potássio (K2O) e silicato de cálcio (Ca2SiO4).

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Figura 6. Difração de raios-X das cinzas de biomassa ciclone e fornalha

Reatividade álcali-sílica: A partir do método acelerado com barras de argamassa,


preconizado pela C 1260 (ASTM [9]), foram obtidos os resultados apresentados na Figura 7.
São indicadas as médias obtidas dos três corpos de prova ensaiados para cada mistura.

Figura 7. Resultado do método acelerado com barras de argamassa C 1260 (ASTM [9]).

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Verifica-se um comportamento satisfatório de todas as argamassas estudadas, haja vista que


seus resultados de expansão se mantiveram inferiores a 0,03%, conforme recomendação da
norma, que limita esse teor a 0,10%. Isto indica que o agregado utilizado é inócuo para a RAS
em todas as misturas, mesmo na presença da cinza de biomassa com alto teor de álcalis.

Durante os instantes iniciais (primeiros cinco dias), percebe-se que as argamassas com
substituições de 5% tiveram comportamento distinto das argamassas CBC10 e CBF10. Nessas
últimas, houve uma maior expansão inicial resultante do maior consumo do Na+ livre presente
e gerando expansões menores no restante do período de ensaio, comportamento equivalente
ao analisado por RIBEIRO et al. [13]. No caso das CBC5 e CBF5, possivelmente devido a
menor quantidade e, consequentemente, maior dispersão dos álcalis oferecidos pela cinza
presente, tornou-se mais dificil a ocorrencia da RAS na mistura nessas idades iniciais, sendo
somente favorecida mais próximo ao final do ensaio e chegando a expandir mais do que todas
as demais amostras.

A Figura 8 apresenta o resultado da expansão obtida ao final dos 14 dias de imersão dos
corpos de prova em solução de NaOH.

Figura 8. Expansões aos 14 dias pelo método acelerado de barras de argamassa

Nota-se que apesar de muito sutil, todas as argamassas com substituição de cimento Portland
por cinza de biomassa obtiveram maiores resultados de expansão do que a argamassa de
referência. Tal expansão, no entanto, não pode ser atribuída à uma possível reação álcali-
agregado visto que, de acordo com os limites mostrados na Figura 7, o agregado é considerado
inócuo. A utilização de cinza de biomassa de cacau resulta em um material com menor

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resistência mecânica e maior porosidade [14], ou seja, como maior possibilidade de expansão
que a argamassa de referência. As misturas com substituição de somente 5% chegaram as
maiores expansões verificadas ao final do ensaio. As argamassas com a cinza de biomassa
ciclone (CBC) obtiveram resultados superiores em relação às argamassas com cinza de
biomassa fornalha (CBF) com mesmo teor de substituição e também em relação à referência,
possivelmente devivo aos grãos menores da cinza ciclone, potencializando a interação das
partículas, além de possuir teor de álcalis levemente superior a de fornalha.

Com a finalização das leituras previstas no ensaio, iniciou-se também uma análise visual
aspecto das barras de argamassa. Conforme a Figura 9, percebe-se um aspecto esbranquiçado
em toda a superfície das barras, inclusive nos pequenos poros formados e visíveis a olho nu,
comportamento semelhanto ao verificado por GIORDANO [15].

Figura 9. Corpos de prova ao final do ensaio.

4 Conclusões
Verifica-se que a cinza oriunda da queima de eucalipto com casca da amendoa do cacau possui
uma composição química com baixo teor de silicia e alumina, não a caracterizando como
adição pozolânica, e elevado teor de potássio e sódio. Sua estrutura é cristalina, indicando baixa
reatividade com os compostos do cimento portland presentes na argamassa.

Apesar do alto teor de álcalis da cinza, no entanto, não foram observadas expansões excessivas
devido a RAA quando se utilizou adição de 5% e 10% de cinza em susbstituição ao cimento
portland, confirmando que a cinza pode ser utilizada como filer em materiais a base de
cimento.

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Agradecimentos
Os autores agradecem a CAPES pelo apoio financeiro (PROAP) e bolsa de mestrado do
primeiros dois autores, à FAPESB (PET 0010/2012) pelo apoio financeiro, e CETEM e
COPPE/UFRJ pelo apoio na realização dos ensaios de caracterização química.

5 Referências
[1] FOLETTO, EL; HOFFMAN, R.; HOFFMAN, RS;PORTUGAL JR, UL; JAHN, SL
Aplicabilidade das cinzas da casca de arroz. Quimica Nova, Vol. 28, No. 6, 1055-1060, 2005.
[2] SAITER. O. Utilização de resíduos agrícolas e florestais como fonte de energia para a secagem de
grãos de Coffeacanephoravar Conilon. Monografia (Engenharia Florestal). UFRR, 2008
[3] OSTERAS, A. H.; SUNNERDAHL, I.; GREGER, M. The Impact of wood ash and green Liquor
Dregs Application on Ca, Cu, Zn and Cd Contents in Bark and Wood of Norway Spruce. Water,
Air, and Soil Polluition 166: 17 - 29, 2005.
[4] ALBUQUERQUE, J.A.; ARGENTON, J.; FONTANA, E.C.; COSTA, F.S.; RECH, T.D.
Propriedades físicas e químicas de solos incubados com resíduo alcalino da indústria de celulose.
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[5] NEVILLE, A.M. Propriedades do concreto. São Paulo, Ed. Pini, 2ª ed., 1997.
[6] SABIR, B. B., WILD, S., BAI, J. Metakaolin and calcined clays as pozzolans for concrete: a review.
Cementand Concrete Research, v. 23, n. 2, pp. 441-454. 2001.
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[9] AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS - ASTM C 1260, Potential alkali
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[10] LIMA & ROSSIGNOLO. Estudo das características químicas e físicas da cinza da casca da
castanha de caju para uso em materiais cimentícios. Acta Scientiarum. Technology, v. 32, n. 4,
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[11] NAKANISHI, E. Y. NAKANISHI. Cinza residual da queima de biomassa do capim elefante
(pennisetum purpureum) como material pozolânico substituto do cimento. Dissertação
(Mestrado em Zootecnia) - Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade
de São Paulo, Pirassununga, 2013.
[12] ALEXPOULOS, D.; Itskos, G.; Vasilatos, C. Koukouzas, N.; StamatakisM. Mine wastewater
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[13] RIBEIRO, D.V.; SILVA, A. M. S.; LABRINCHA, J.A.; MORELLI, M.R. Estudo das reações
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L.G.L.M.; MOURA, R.C.A. Caracterização de cinzas de biomassa geradas na produção de
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[15] GIORDANO, B. L. Estudo da reação álcali-agregado dos agregados da região metropolitana de
Belém. Trabalho de conclusão de curso em engenharia Civil. Centro de Ciências Exatas e
Tecnologia. Universidade da Amazônia. Belém: 2007.

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