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Economia Aberta no

Curto Prazo
Recapitulando
• Um país realiza uma série de transações
econômicas com residentes de outros países.
• Estas fazem-se tanto por meio:
– do comércio de bens e serviços (exportações,
importações, turismo etc.)
– quanto com ativos (direitos e obrigações:
investimentos diretos, endividamento externo,
colocações de papéis no exterior etc.).
Recapitulando
• As transações internacionais permitem uma série de
ganhos de eficiência, tais como:
– i. especialização na produção de bens em que o país possua
vantagens comparativas, possibilitando a obtenção de uma
massa de produtos maior com a mesma quantidade de fatores
de produção (desloca-se a curva de possibilidades de produção
para a direita, aumentando-se o bem-estar do país);
– ii. diversificação dos produtos a que os cidadãos têm acesso;
– iii. diversificação das opções de portfólio dos agentes,
reduzindo-se o risco;
– iv. possibilidade de antecipação do consumo futuro pelos
residentes, recorrendo ao endividamento externo;
– v. ampliação da concorrência nos mercados domésticos,
limitando o poder de oligopólios e monopólios.
Recapitulando
• As transações entre os residentes de um país e o
resto do mundo são registradas na Balança de
Pagamentos.
• Esta divide-se em dois grupos principais de contas:
– as Contas Correntes, associadas aos fluxos de
bens e serviços, e o
– Movimento de Capitais, ligado aos direitos e às
obrigações.
• A partir de agora estudaremos os determinantes do
saldo da Conta Corrente e da Conta de Capitais.
Câmbio e TC
• O volume de importações de um país depende
da renda nominal e da taxa de câmbio real, que
reflete a competitividade da produção doméstica
em relação à externa.
• Quanto maior o nível de renda, maiores serão as
importações, uma vez que amplia a demanda de
bens, inclusive em seu componente externo.
• Quanto mais valorizada estiver a taxa de câmbio
real, mais barato será o produto importado vis-
à-vis o interno, estimulando as importações.
Câmbio e TC
• As exportações dependem basicamente da renda do
resto do mundo, e do câmbio real.
• Quanto maior o nível de atividade nos demais países,
maior será a demanda internacional, repercutindo
positivamente sobre as exportações do país.
• Quanto mais desvalorizada a taxa de câmbio real,
maior será a competitividade dos produtos
domésticos, ampliando as exportações.
• Além dessas variáveis, deve-se notar que os países
utilizam outros instrumentos para afetar os fluxos
comerciais: barreiras tarifárias, cotas, incentivos fiscais
etc.
Determinantes do MK
• O investidor, ao decidir onde alocar o capital, faz a
análise do binômio risco-retorno.
• Considerando que o risco seja semelhante entre todos
os países, o capital tenderia a fluir para aqueles países
que oferecem a maior taxa de retorno (juros).
• Em um mundo com mobilidade de capital, tenderia a
valer a seguinte condição de arbitragem:
– r = r* + expectativa de desvalorização da taxa de câmbio
nominal + custos de transação + risco do país
• Onde:
– r = taxa real de juros interna
– r* = taxa real de juros internacional
Determinantes do MK
• Considerando:
– a livre mobilidade de capital, isto é, inexistindo custos de
transação para a negociação com ativos entre os países,
– e que não haja riscos, então...
– ...a condição de arbitragem restringe-se à igualdade
entre as taxas reais de juros interna e externa, quando
expressas na mesma moeda.
• Se o retorno interno superar o internacional, haverá um
grande influxo de recursos no país, tal que o diferencial
tenderá a ser eliminado.
• Assim, inicialmente, concluímos que o movimento de
capitais depende basicamente do diferencial entre as taxas
de juros nos diversos países.
Determinantes do MK
• Quando as taxas de juros são expressas em diferentes
moedas, estas divergirão de acordo com as expectativas
referentes ao comportamento da taxa de câmbio.
• Assim, esperamos que, se determinada moeda irá
valorizar-se, a taxa de juros interna expressa na moeda
do país será menor que a taxa de juros internacional
expressa, por exemplo, na moeda referência;
• Se a expectativa for de uma desvalorização (por
exemplo, do real em relação ao dólar), a taxa de juros
em real terá que ser maior que a taxa de juros expressa
em dólares.
Paridade de Poder de Compra (PPC)

• Como determinar o valor da taxa de câmbio


nominal e seu comportamento a longo prazo?
• Lei do preço único: produtos homogêneos
devem ter o mesmo custo nos diferentes
mercados, quando expressos na mesma moeda.
• (ex.: índice big mac)
– Preço BR(R$ BigMac) = Preço EUA(R$ BigMac)
= E x Preço EUA(US$ BigMac)
Paridade de Poder de Compra
• Inexistindo custos de transação, se o preço do
mesmo produto for menor no Brasil que nos
EUA, todos os consumidores americanos
direcionarão sua demanda para o produto
brasileiro, de tal modo que a elevação da
demanda no mercado nacional tenderia a
elevar o preço do produto brasileiro, e a
diminuição da demanda nos EUA tenderia a
reduzir o respectivo preço, até que os dois se
igualassem.
Paridade de Poder de Compra
• Se os preços nos respectivos países refletem as condições
de custo e, portanto, de competitividade dos dois países, a
taxa de câmbio de acordo com esta lei será determinada
de tal forma a igualar o preço dos dois países, quando
expressos na mesma moeda.
• E = Preço (R$ BigMac) / Preço (US$ BigMac)
• Se a taxa de câmbio for < E, o produto americano será
mais barato que o brasileiro, canalizando para si toda a
demanda.
• Se, ao inverso, a taxa de câmbio for > E, o produto
brasileiro será mais barato, canalizando para si toda a
demanda.
Paridade de Poder de Compra
• Extrapolada para a economia em conjunto, a
lei do preço único nos dá a condição de
paridade do poder de compra das moedas.
• Dessa forma:
– E = Preços BR / Preços EUA
• Essa é a chamada versão absoluta da
paridade do poder de compra.
Críticas
• 1. Suposição de que inexistam custos de transação, de
modo que todo e qualquer produto possa ser
transacionável no mercado internacional.
• Existe uma série de produtos, independente de ser mais
caros em um lugar que em outros, cujo custo de
transação ou a dificuldade de obtê-los no lugar em que
estejam mais baratos permite que existam
diferenciações de preços.
• Existem bens, que, independente do preço nos
diferentes países, não induzem fluxos comerciais. Estes
são os chamados não transacionáveis (non-tradeables).
Críticas
• 2. A versão absoluta da paridade do poder de
compra considera cestas homogêneas de
consumo nos diferentes países, o que não é o
caso.
• Várias outras limitações dificultam a aplicação
da versão absoluta dessa teoria.
Versão relativa da PPC
• A chamada versão relativa da paridade do
poder de compra busca explicar como se dá a
correção cambial ao longo do tempo.
• De acordo com essa teoria, a taxa de câmbio
nominal deve ser corrigida ao longo do tempo
pelo diferencial entre a inflação doméstica e a
internacional, de modo a manter a taxa de
câmbio real constante, ou seja, o poder de
compra da moeda.
Versão relativa da PPC
• Assim:
• ( 1 +∆𝐸/𝐸) = (1 + 𝜋) / (1 + 𝜋*)
• ∆𝐸/𝐸 = variação percentual da taxa de câmbio
• 𝜋 = inflação doméstica
• 𝜋* = inflação externa
• Para variações infinitesimais, a fórmula fica:
• ∆𝐸/𝐸 = 𝜋 - 𝜋*
• Na versão relativa, supomos que, partindo de uma situação
de taxa de câmbio real de equilíbrio, para que esta possa ser
mantida, a taxa de câmbio nominal deve ser corrigida pelo
diferencial de inflação, não considerando modificações na
taxa de câmbio real de equilíbrio.
Curva IS-LM para uma economia aberta

• Curva IS (investment-saving): reflete as condições de


equilíbrio no mercado de bens

• Curva LM (liquidity money): representa o equilíbrio no


mercado monetário.

• Considera-se, nesse modelo, o nível de preços


constante, e todo ajustamento é feito via produção.
Gráfico IS-LM
Curva IS-LM para uma economia aberta

Introduzindo o setor externo


a) CURVA IS (mercado de bens) torna-se: Y = C + I + G + (X – M)

As propriedades da curva IS permanecem as mesmas:


- Inclinação da curva (sensibilidade do I à variação nos
juros e PMgC).
A única mudança é que, considerando-se o setor externo,
introduzimos no modelo as funções exportações e
importações:
X = X(Ѳ, Y*) M = M(Ѳ, Y)
Curva IS-LM para uma economia aberta
• X e M dependem do câmbio real. Mas, como nesse
modelo, os preços são constantes, não faz diferença
falar-se de câmbio real e nominal.

• Importações: são função da renda e correspondem a


vazamentos de renda da economia (já que o dinheiro sai
do país). Assim, a propensão marginal a importar
(PMgM) diminui o multiplicador de gastos, afetando,
assim, a inclinação da curva IS.
Curva IS-LM para uma economia aberta
Fatores que deslocam a curva IS:

• Volume de gastos autônomos e os elementos de política fiscal (com


destaque para gastos públicos).

• O montante do deslocamento será dado pelo multiplicador vezes a


variação na despesa.

• Desvalorização do câmbio: melhora a BC, provoca deslocamento da


curva IS para a direita.

• Valorização do câmbio: desloca IS para esquerda.


Curva IS-LM para uma economia aberta

Introduzindo o setor externo


a) CURVA LM (mercado monetário):
Não será afetada pela introdução do setor externo.

A demanda por moeda continua dependendo da renda e


da taxa de juros.

A oferta de moeda é dada.


Curva BP e Equilíbrio Externo
• Curva BP: representa os pontos de equilíbrio do BP.

• BP = TC + CF

• TC: depende taxa de câmbio e níveis de renda interna e


externa (Ө, Y e Y*).
• CF (movimento de capitais): depende das decisões de
portfólio dos agentes econômicos, em busca de
maximizar o retorno de certa carteira. Assim, responde
positivamente ao diferencial entre as taxas de juros
interna (i) e externa (i*).
Curva BP e Equilíbrio Externo
Temos, portanto: BP= TC (Y) + CCF (i)

Para que BP = 0 → TC (Y) = -CF (i)

A curva BP representa os pares (Y,i) que satisfazem a


condição de equilíbrio no BP.

Inclinação da curva BP: reflete o grau de mobilidade de


capitais (ou seja, sensibilidade deles a variações na taxa de
juros).

Considera-se a renda externa e a taxa de câmbio como


dadas.
Curva BP e Equilíbrio Externo

São três as possibilidades:

- Curva BP sem mobilidade e capitais.

- Curva BP com mobilidade perfeita de capitais.

- Curva BP com mobilidade imperfeita de capitais.


Curva BP sem mobilidade de capitais
- Situação em que o país não tem acesso ao mercado
internacional de capitais.

- Condição de equilíbrio externo: TC = 0

- Como estamos considerando taxa de câmbio e renda


externa como dadas, temos que:

Volume de de X passa a ser exógeno.

Importações são função crescente da renda interna.


Curva BP sem mobilidade de capitais
Assim, teremos:
X = X0 M = mY

TC = X0 - mY

TC = 0 → X0 = mY YBP=0 = X0/m

Ou seja: haverá um único nível de renda que equilibra a


conta corrente e, portanto, o BP, independente da taxa de
juros.
Curva BP sem mobilidade de capitais
Gráfico
Curva BP sem mobilidade de capitais
Se o objetivo da economia for tanto o equilíbrio externo,
quanto o equilíbrio interno, com a taxa de câmbio e a
renda do resto do mundo dadas, o equilíbrio externo
impõe uma restrição: haverá um único nível de renda
interna compatível com o equilíbrio externo, sendo que
este não será afetado nem por políticas fiscais, nem
monetárias.
Curva BP com livre mobilidade de capitais

- Caso de uma economia de pequeno porte.

- Livre acesso do país ao mercado de capitais internacional,


à taxa de juros prevalecente neste mercado.

- O saldo em Transações Correntes é irrelevante para


determinar o equilíbrio do BP (sempre haverá movimento
de capitais compensatórios).

- Equilíbrio do BP: determinado pela taxa de juros.


Curva BP com livre mobilidade de capitais

Gráfico
Curva BP com mobilidade imperfeita de capitais

- Caso de economia de grande porte.

- Renda e taxa de juros importam na determinação do


equilíbrio do BP.

- Curva BP positivamente inclinada (aumentos na renda


devem ser acompanhados por aumentos na taxa de juros, a
fim de manter o equilíbrio externo).
Curva BP com mobilidade imperfeita de capitais

Gráfico
Determinação dos equilíbrios interno e
externo e impacto das políticas econômicas
sob diferentes regimes cambiais
1) Caso de uma economia sem mobilidade de capitais

Curva IS: Y = C (Y-T) + I (i) + G + X (Ө, Y*) – M (Ө, Y)

Curva LM: Ms = Md (Y, i)

Curva BP: YBP=0 = X0/m


1) Caso de uma economia
sem mobilidade de capitais
1) Caso de uma economia sem mobilidade de capitais

Câmbio Fixo:

Partindo de um ponto de equilíbrio, o que acontecerá se:

a) O Banco Central fizer uma política monetária


expansionista?

b) O governo fizer uma política fiscal expansionista?

c) O Banco Central promover uma desvalorização do


câmbio?
1) Caso de uma economia sem mobilidade de capitais

a) Política Monetária Expansionista (PME)

Déficits temporários no BP e redução no nível de reservas


internacionais.

Caso a política fosse contracionista, o efeito seria o mesmo


porém com sinal trocado (superávits no BP e aumento nas
reservas).
Política Monetária
Expansionista (PME)
1) Caso de uma economia sem mobilidade de capitais

b) Política Fiscal Expansionista (aumento nos gastos do


governo e/ou redução nos impostos)

Déficits temporários no BP, mas o nível do produto não


será alterado.

Haverá mudanças na composição da demanda agregada


(substituição do I por G: efeito crowding out).

Perda de reservas.
Política Fiscal Expansionista (aumento
nos gastos do governo e/ou redução nos
impostos)
1) Caso de uma economia sem mobilidade de capitais

Caso a política fiscal fosse contracionista haveria:

- superávits temporários no BP, mas o nível do produto não


será alterado.

- mudanças na composição da demanda agregada devido a


redução da taxa de juros (substituição do G por I: efeito
crowding out ao contrário).

Maior volume de reservas.


política fiscal contracionista
1) Caso de uma economia sem mobilidade de capitais

c) Política cambial: desvalorização da taxa de câmbio

Produto nacional fica relativamente mais barato que o


produto estrangeiro

Aumento de exportações e redução de importações

Melhora no salda da TC leva a expansão do produto (Y)


Política cambial: desvalorização
da taxa de câmbio
1) Caso de uma economia sem mobilidade de capitais

Conclusão (câmbio fixo):


• Em casos de ausência de mobilidade de capitais, a única
forma de se afetar o nível de renda seria via alteração na
taxa de câmbio.

• A política monetária, em um sistema de cb fixo, é


PASSIVA.

• Os saldos do BP passam a ditar o comportamento do


agregado monetário (a LM se ajusta para interceptar a IS
e BP, no ponto de interseção de ambas).
1) Caso de uma economia sem mobilidade de capitais

Câmbio Flexível:

Partindo de um ponto de equilíbrio, o que acontecerá se:

a) O Banco Central fizer uma política monetária


expansionista?

b) O governo fizer uma política fiscal expansionista?


1) Caso de uma economia sem mobilidade de capitais

a) PME

Deslocamento da LM para a direita

Queda de juros, ampliando investimento e renda

Aumento das importações e da demanda por moeda


estrangeira

Desvalorização da moeda nacional


PME
1) Caso de uma economia sem mobilidade de capitais

b) PFE

Deslocamento da IS para a direita

Aumento da renda e do juros

Aumento das importações -> desvalorização cambial

Deslocamento da BP para a direita provocando novo


deslocamento da IS para a direita

Novo aumento da renda devido ao crescimento de X.


PFE
1) Caso de uma economia sem mobilidade de capitais

Conclusão:
• Com taxa câmbio flexível, a curva BP sempre interceptará
as curvas IS e LM no ponto em que ambas se cruzam,
dado que qualquer desequilíbrio no BP será corrigido
pela alteração no câmbio.
• Variações na renda, induzidos pela variação na demanda
autônoma (promovidas por políticas econômicas) serão
potencializados pela mudança no câmbio e seu efeito
nas exportações.
• LM não varia. Ou seja, o Bacen deixa de se preocupar
com o mercado de câmbio (quando este é flexível).
1) Verdadeiro ou Falso

a) Em uma economia sem mobilidade de capitais e com


regime de câmbio fixo, uma política fiscal expansionista
é capaz de afetar o nível de renda.

b) Em uma economia aberta, com regime de câmbio fixo e


ausência de mobilidade de capitais, uma expansão na
oferta monetária não terá efeito na renda nem na taxa
de juros.
1) Verdadeiro ou Falso

c) Em uma economia sem mobilidade de capitais, eventuais


déficits ou superávits no Balanço de Pagamentos não estão
associados ao nível de renda do país.
2) Caso de uma economia pequena: mobilidade perfeita
de capitais
Câmbio Fixo:

Partindo de um ponto de equilíbrio, o que acontecerá se:

a) O Banco Central fizer uma política monetária


expansionista?

b) O governo fizer uma política fiscal expansionista?

c) O Banco Central promover uma desvalorização do


câmbio?
economia pequena:
mobilidade perfeita de capitais
2) Caso de uma economia pequena: mobilidade perfeita
de capitais

a) PME

Política monetária totalmente ineficaz!

Mesmo resultado de quando não existe mobilidade de


capitais. A diferença, entretanto, é na velocidade do ajuste.

Havendo mobilidade de capitais, o ajustamento é mais


rápido (uma vez que o movimento de capitais é
praticamente instantâneo).
PME
2) Caso de uma economia pequena: mobilidade perfeita
de capitais

b) PFE

Extremamente eficiente – o efeito crowding out não


acontece, pois os juros internos são ditados pelos juros
internacionais.
PFE
2) Caso de uma economia pequena: mobilidade perfeita
de capitais

c) Política cambial: desvalorização

Como é o movimento de capitais que determina o


equilíbrio do BP, a desvalorização não irá provocar qualquer
deslocamento na BP.

Somente a curva IS se desloca.

Mesmo efeito da PFE.


Desvalorização cambial
2) Caso de uma economia pequena: mobilidade perfeita
de capitais
Câmbio Flexível (Modelo Mundell-Fleming):

Partindo de um ponto de equilíbrio, o que acontecerá se:

a) O Banco Central fizer uma política monetária


expansionista?

b) O governo fizer uma política fiscal expansionista?

c) O Banco Central promover uma desvalorização do


câmbio?
2) Caso de uma economia pequena: mobilidade perfeita
de capitais

a) PME

Política monetária totalmente eficaz!

A política monetária, ao induzir a desvalorização da taxa de


câmbio, melhora o resultado em TC, ampliando o efeito
positivo sobre a renda interna.
PME
2) Caso de uma economia pequena: mobilidade perfeita
de capitais

b) PFE

Política não eficaz.

Espécie de crowding out, só que expulsa demanda externa.


PFE
2) Verdadeiro ou Falso

a) Em um regime de câmbio fixo, a política monetária será


tanto mais eficaz no curto prazo, quanto maior for a
mobilidade de capitais.

b) Em uma economia pequena, com taxa de câmbio


flexível, uma política fiscal expansionista é totalmente
eficaz para alterar o produto.
2) Verdadeiro ou Falso

c) Considerando uma economia aberta, com perfeita


mobilidade de capitais, quando ocorre uma desvalorização
da moeda nacional, a curva LM desloca-se para a direita,
fazendo com que as exportações líquidas e o nível de renda
sejam reduzidos.
2) Verdadeiro ou Falso

d) Em um modelo IS-LM-BP, com livre mobilidade de


capitais e taxa de câmbio nominal fixa, o Banco Central
detém reservas cambiais suficientes para manter a
paridade cambial. Com base nessas premissas e sob a
hipótese de que tudo o mais é mantido constante, julgue
as afirmativas:

1) Se comprar títulos no mercado aberto, o Banco Central,


perderá reservas cambiais.
3) Caso de uma economia grande: mobilidade imperfeita
de capitais
Inclinação da BP depende:

a) da elasticidade do movimento de capitais em relação à variação


na taxa de juros (quanto mais deitada, maior a sensibilidade do
movimento de capital em relação aos juros);

b) da propensão marginal a importar (quanto maior a PMgM,


mais em pé é a curva BP). Quanto maior “m”, maior a
deterioração do saldo em TC, decorrente de aumentos na
renda. Tal fato irá requerer maiores elevações nos juros para
induzir o financiamento dos déficits.
3) Caso de uma economia grande: mobilidade imperfeita
de capitais

Duas possibilidades:

- BP mais em pé que a LM;


- se aproxima dos resultados da situação sem mobilidade
de capital

- LM mais em pé que a BP.


- Se aproxima dos resultados da situação com mobilidade
perfeita de capital
3) Caso de uma economia grande: mobilidade imperfeita
de capitais
Câmbio Fixo:

Partindo de um ponto de equilíbrio, o que acontecerá se:

a) O governo fizer uma política fiscal expansionista?

b) O Banco Central fizer uma política monetária restritiva?

c) O Banco Central promover uma desvalorização do


câmbio?
3) Caso de uma economia grande: mobilidade imperfeita
de capitais
a) Política fiscal expansionista: BP mais em pé que a LM
• Aumento dos gastos públicos eleva tanto o nível de renda quanto a taxa
de juros.
• No novo equilíbrio interno, haverá déficit no Balanço de Pagamentos,
pois a deterioração do saldo em TC provocado pelo aumento da renda
superou a melhora da conta de capital pelo aumento da taxa de juros.
• Como o câmbio é fixo, o BC atende à maior demanda por moeda
estrangeira desfazendo-se das reservas internacionais e contraindo a
oferta monetária.
• Isso provocará uma redução da renda, melhorando o saldo em TC, e
elevará a taxa de juros, promovendo maior entrada de capital.
• Esse processo persistirá até que se restabeleça o equilíbrio externo, o que
ocorrerá quando a LM passar pelo novo ponto de intersecção da BP com
a nova IS.
3) Caso de uma economia grande:
mobilidade imperfeita de capitais
a) Política fiscal expansionista: LM mais em pé que a BP
• Expansão fiscal deslocará a IS para a direita, fazendo com que a
economia passe do ponto 1 para o ponto 2, com nível de renda e taxa
de juros mais elevados.
• Ao contrário da situação anterior, no ponto.2 haverá um superávit no
BP, pois a entrada de capitais induzida pela maior taxa de juros será
maior que a deterioração do saldo em TC decorrente da expansão da
renda.
• A aquisição desse superávit pelo BC, uma vez que estamos
considerando o regime de câmbio fixo, levará à expansão monetária
e ao deslocamento da LM para a direita, até que esta intercepte a IS e
a BP no ponto 3, em que a taxa de juros é inferior ao ponto 2, e o
nível de renda maior.
• Assim, potencializamos o efeito da política fiscal sobre a renda.
3) Caso de uma economia grande: mobilidade imperfeita
de capitais
b) Política monetária restritiva (não importa inclinação)
• Observaremos num primeiro momento a queda da taxa de juros, a
elevação da renda e o aparecimento de um déficit no BP,
sinalizados no ponto 2, dos gráficos.
• Considerando taxa de câmbio fixa, o BC irá perder reservas
internacionais, contraindo ao longo do tempo a oferta de moeda,
fazendo a LM voltar à posição original.
• A única diferença existente em considerarmos a BP mais ou menos
inclinada em relação à LM é a velocidade com que esta última volta
à posição inicial.
• Quanto menor a inclinação da BP, isto é, quanto maior a
elasticidade da conta de capital em relação à taxa de juros, maior a
velocidade de volta da LM.
3) Caso de uma economia grande: mobilidade imperfeita
de capitais
c) Desvalorização do câmbio: BP mais em pé que a LM
• c) Desvalorização do câmbio: LM mais em pé
que a BP
3) Caso de uma economia grande: mobilidade imperfeita
de capitais
Câmbio Flexível:

Partindo de um ponto de equilíbrio, o que acontecerá se:

a) O governo fizer uma política fiscal expansionista?

b) O Banco Central fizer uma política monetária


expansionista?
3) Caso de uma economia grande: mobilidade imperfeita
de capitais
a) Política fiscal expansionista: BP mais em pé que a LM
• Aumento do gasto público deslocará a IS para a direita levando a
economia do ponto 1 para o ponto 2, com maior nível de renda e de
taxa de juros, mas com déficit no BP.
• Esse déficit provocará a desvalorização da taxa de câmbio, o que fará
a BP se deslocar para baixo (direita) e a IS sofrer um novo
deslocamento também para a direita.
• A economia encontrará um novo equilíbrio sobre a curva LM (ponto
3), onde ocorram simultaneamente os equilíbrios interno e externo.
• Pela política fiscal nesse caso forçar uma desvalorização da taxa de
câmbio, barateando o produto nacional, gera um segundo impacto
expansionista na economia.
• Assim, no ponto 3, o nível de renda será maior que no ponto 2,
mostrando que a política fiscal volta a ser eficaz.
3) Caso de uma economia grande:
mobilidade imperfeita de capitais
• Política fiscal expansionista: LM mais em pé que a
BP
• O aumento dos gastos provocará um deslocamento da IS para a
direita, levando a economia do ponto 1 para o ponto 2, no
gráfico.
• Neste último, a taxa de juros e a renda são mais elevadas que
na situação inicial, e há a aparecimento de um superávit na BP.
• O superávit provocará a valorização da taxa de câmbio,
fazendo a IS se deslocar para a esquerda e a BP se deslocar
para cima, tal que a economia encontrará um novo ponto de
equilíbrio entre 1 e 2, no ponto 3.
• Quanto mais próximo da horizontal estiver a BP, mais próximo
do ponto 1 estará o novo equilíbrio, mostrando a ineficácia da
política fiscal.
3) Caso de uma economia grande: mobilidade imperfeita
de capitais
b) Política monetária expansionista (não importa
inclinação)

• LM se desloca para fora (direita), levando a economia a


uma nova situação com menores taxas de juros, maior
nível de renda e déficit no BP.

• Esse déficit provocará a desvalorização da taxa de


câmbio, que fará a IS e a BP deslocarem-se para a direita,
potencializando o impacto expansionista da política
monetária.
Conclusões
• 1. A ineficácia da política monetária em um sistema de taxa de
câmbio fixa.

• Esta já era esperada, pois neste regime a política monetária fica


prisioneira do desempenho do setor externo e o Banco Central perde
o controle dos agregados monetários, que passam a depender
basicamente do comportamento das reservas internacionais.
Conclusões
• 2. Quanto à política fiscal, o resultado é extremamente
dependente do grau de mobilidade do capital.

• Em uma situação de plena mobilidade de capital, a política


fiscal é totalmente eficaz, pois as pressões que exercem sobre
a taxa de juros e o consequente impacto sobre o saldo da conta
de capital faz com que o agregado monetário se ajuste ao
sentido da política fiscal: ampliam-se os gastos públicos,
amplia-se a oferta de moeda e vice-versa.
Conclusões
• Já em uma situação em que não haja mobilidade de capital, a
política fiscal perde toda eficácia, pois o nível de renda passa a
ser determinado pelos condicionantes das Transações Correntes.

• Com o nível de renda dado, o aumento de gastos públicos apenas


provocará o crowding-out.

• Neste último caso, a única política possível para afetar o nível


de renda é a de substituição de gastos com bens produzidos no
exterior com gastos domésticos, por exemplo, por meio de uma
desvalorização cambial ou mesmo de uma política tarifária.
Conclusões
• 3. Com taxa de câmbio flutuante e a possibilidade de se
retomar a política monetária, esta torna-se eficiente.
• Notemos que a eficiência da política monetária será tanto maior
quanto maior for a mobilidade de capital.

• 4. A política fiscal, por outro lado, em um regime de câmbio


flutuante, tem sua eficiência inversamente relacionada ao
grau de mobilidade de capital.
• No limite, com perfeita mobilidade, a política fiscal é totalmente
ineficaz, apenas provocando (via alteração da taxa de câmbio) a
substituição entre demanda externa e interna.

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