975 Anexo Xlvii Memorial Descritivo Do Cabeamento Estruturado e Telecomunicacoes Logica 1556023622
975 Anexo Xlvii Memorial Descritivo Do Cabeamento Estruturado e Telecomunicacoes Logica 1556023622
975 Anexo Xlvii Memorial Descritivo Do Cabeamento Estruturado e Telecomunicacoes Logica 1556023622
MEMORIAL DESCRITIVO
LOGICA
(CABEAMENTO ESTRUTURADO E TELECOMUNICAÇÕES)
Características:
Um Sistema de Cabeamento Estruturado tem como característica básica ser um sistema multimídia, isto é,
proporciona o acesso a vários sistemas de comunicação tais como voz, dados, imagens, sinais de controle
através de um único sistema de cabeamento conforme a seguir:
2 - Um pouco de história do Sistema de Cabeamento
Estruturado.
Com o grande crescimento da demanda de sistemas de aplicação como: dados, vídeo voz,
controles, etc, empresas passaram a estabelecer padrões proprietários de cabeamento para a
implantação destes sistemas, resultando numa ampla diversidade de topologias, tipos de cabos,
conectores, padrões de ligação, etc.
O conceito de Sistema de Cabeamento Estruturado surgiu como resposta a este avanço das
telecomunicações com o objetivo de criar uma padronização do cabeamento instalado dentro de edifícios
comerciais e residenciais independente das aplicações a serem utilizadas no mesmo.
Para podermos compreender melhor o assunto vamos fazer uma analogia com um sistema
elétrico de um edifício ou residência, no qual o cabeamento instalado proporciona ao usuário a
possibilidade de utilizar diversos aparelhos elétricos tais como rádio, televisor, secador de cabelos, entre
outros; bastando para tanto, que o cabo de alimentação destes equipamentos seja "plugado" na tomada
que se encontra na parede ou piso do local.
- Alteração de layout dos usuários (em média 25% dos funcionários sofrem mudanças dentro
da empresa no prazo de um ano).
No Brasil a norma oficial é a NBR 14565 da ABNT baseada na EIA/TIA 568-A, recentemente
alterada (novembro/ dezembro de 2006) passando ser baseada na EIA/TIA 568B.
4- Por que usar Sistema de Cabeamento Estruturado?
Nos dias de hoje as empresas levam em conta a utilização deste tipo de sistema pelas vantagens
que o mesmo apresenta em relação aos cabeamentos tradicionais, onde as aplicações são atendidas por
cabeamentos dedicados, (ex: um para dados e outro para voz), principalmente se as vantagens forem
levadas em conta com o passar do tempo. É importante lembrarmos que o cabeamento possui a maior
expectativa de vida numa rede (em torno de 15 anos). Percebemos que um mesmo cabeamento irá
suportar a troca de alguns hardwares e vários softwares. Além disso, existem fabricantes do mercado que
proporcionam uma garantia aos seus produtos superior aos 15 anos.
Como a maior parcela dos custos de instalação de uma rede local corresponde ao sistema de
cabeamento secundário, e o mesmo deverá suportar uma larga faixa de aplicações, recomenda-se o
emprego de cabos metálicos, quando possível.
A montagem dos pinos deve obedecer à codificação de pinagem T568-A/B. Os componentes (cabo e
conectores) devem atender à especificação da TIA/EIA 568-B. A distância máxima prevista para um
cabo adaptador é de 5 metros.
Pode-se adotar uma codificação de cores na capa externa do cabo prevendo uma diferenciação
visual para as várias funções/ aplicações existente, por exemplo:
Ou patch panel, poderá ser composto pelo agrupamento de 24 conectores RJ45 fêmea na
dimensão de 1 UA (unidade de altura) e instalação em gabinetes (racks) de 19 polegadas; a montagem dos
pinos deverá obedecer à codificação de pinagem T568-A/B. As tomadas instaladas no painel deverão
atender à especificação da TIA/EIA 568-B. O sistema de terminação do cabo UTP normalmente é do tipo
IDC (Insulation Displacement Contact).
5.1.2.4 - Cabo UTP
Cabo de par-trançado com 4 pares, constituídos por fios sólidos bitola de 22 ou 24 AWG e
impedância característica de 100 ohms. A especificação mínima de desempenho para esse cabo deverá ser
compatível com a TIA/EIA 568-B Categoria 5E ou superior. Para instalações novas, recomenda-se a
utilização de cabos Categoria 6. Adota-se normalmente como padrão a capa externa do cabo na cor
azul.
5.1.2.5 - Ponto de Telecomunicação (Outlet)
Uma tomada pode ser associada com voz e a outra com dados. A primeira tomada será um cabo
UTP 4 pares 100Ω, categoria 5e (enhanced) ou superior.
A segunda tomada pode ser suportada por uma das seguintes mídias:
Recomenda-se que seja integrada a esse subsistema, uma caixa de superfície 5 x 3 polegadas em
substituição às tradicionais caixas 4 x 2 polegadas encontradas no mercado, pois ela foi desenvolvida para
atender aos requisitos técnicos de manter os cabos dentro dos parâmetros de curvatura mínima e de
espaço para sobras, embora seja desenvolvida por algum fabricante, portanto mais cara do que os
tradicionais conduletes.
Devemos ter 2 pontos de tomada a cada 10 m², estes pontos podem ser juntos ou não, é claro que fica
mais econômico e prático juntá-los em uma única caixa.
O comprimento máximo de um cabo secundário será de 90 metros. Essa distância deve ser medida do
ponto de conexão mecânica no Armário de Telecomunicações, centro de distribuição dos cabos, até o
ponto de telecomunicações na Área de Trabalho (“basic link”);
Deve-se viabilizar, quando a distância permitir, outro trajeto de interligação entre o núcleo da rede
e os Armários de Telecomunicações (rota alternativa ou de redundância). Dessa forma recomenda-se,
na elaboração do projeto de cabeamento estruturado, considerar essas alternativas procurando interligar os
centros de distribuição de sinais com um número suficiente de cabos, com a finalidade de construir uma
rede com alta disponibilidade, excelente desempenho e confiabilidade.
Como padrão mínimo aceitável deve-se prever, na interligação entre os Armários e a Sala de
Equipamento, a utilização de dois cabos para cada tipo de meio físico (metálico ou óptico) utilizado,
devendo ser estudada durante o projeto a viabilidade técnica e financeira de um desses cabos passar
através de um trajeto alternativo.
5.2.1 - Meios de Transmissão
O cabeamento tronco será constituído por um dos seguintes meios de transmissão:
5.2.2 - Distâncias
A distância máxima do cabeamento principal é dependente do meio de transmissão, da aplicação e
dos comprimentos totais empregados no sistema de distribuição secundário (cabos, cabos de manobra,
etc.). Além disso, outros padrões de cabeamento alternativo existentes (por exemplo, TSB-72 ) podem
alterar essas distâncias. Assim, os valores a seguir são adotados para preservar os investimentos e garantir
desempenho satisfatório nas diversas modalidades:
- Topologia em estrela;
- Não possuir mais de dois níveis hierárquicos de conectores de cruzamento (cross-connect);
- Evitar instalações em áreas onde existam interferências eletromagnéticas e rádio freqüência;
- As instalações devem ser aterradas seguindo a norma EIA/TIA 607.
É fundamental que um projeto criterioso avalie detalhadamente cada local de instalação dos
pontos, pois problemas de subdimensionamento podem onerar as expansões. Já em alguns casos
será preciso substituir a infra-estrutura projetada.
Como o comprimento máximo dos cabos na área de trabalho é de 5 metros o correto
posicionamento dos pontos de telecomunicações deve ser avaliado. Deve-se procurar posicionar os
pontos em locais distribuídos dentro da área de alcance dos cabos de estação.
A técnica de conexão adotada isto é, a maneira como serão interligados os componentes ativos e
passivos, será a da interconexão, ou seja, os cabos terminados em um painel de distribuição (patch panel)
serão interligados diretamente aos equipamentos por um cordão adaptador (patch cord).
No caso de equipamentos de telecomunicações que não apresentem interfaces com conector RJ45
8 vias, deve-se obrigatoriamente utilizar o sistema de conexão cruzada, onde cada cabo e o(s)
equipamento(s) são terminados em um painel de distribuição (patch panel) e um cordão adaptador é
utilizado para interligar os painéis. Recomenda-se, para o(s) equipamento(s), utilizar painéis semelhantes
aos das terminações dos cabos UTPs normalmente IDC.
5.4.3 - “Cross-Connect” x Interconexão
5.4.3.1 - “Cross-Connects”
Cabo e o(s) equipamento(s) são terminados em painéis de distribuição (patch panel) e um cordão
adaptador é utilizado para interligar os painéis. Recomenda-se, para o(s) equipamento(s), utilizar painéis
semelhantes aos das terminações dos cabos UTPs normalmente IDC.
5.4.3.2 – Interconexões
Os cabos terminados em um painel de distribuição (patch panel) serão interligados diretamente aos
equipamentos ativos por um cordão adaptador (patch cord).
Imagine você em sua casa ou escritório, executando um trabalho que muitas vezes demandaria
meses de pesquisa e elaboração, sendo feitos em questão de minutos graças a sua capacidade de busca de
dados e eficiente manipulação.
Pois são fatores como este que estão impulsionando o mercado de redes corporativas a patamares
até bem pouco tempo inimagináveis. Mas o que se procura obter com tudo isto? Obviamente que as
empresas estão procurando uma maior competitividade através do ganho de tempo e maior rapidez nos
processos, colocando todos os seus sistemas administrativos, gerenciais e de controle em computadores
interligados em redes corporativas, simplificando processos e agilizando as tomadas de decisão,
procurando tornar mais rápido o atendimento aos seus clientes.
5.8.1 - Racks
Racks são gabinetes com largura padrão de 19' que poderão ser abertos ou fechados onde serão
fixados os equipamentos ativos de rede, patch panels e demais acessórios.
5.8.2 – Eletrodutos
Para os eletrodutos recomenda-se o metálico rígido do tipo "pesado". Não devem ser aceitos tubos
flexíveis.
Devem ser utilizadas apenas curvas de 90 graus do tipo suave. Não são permitidas curvas fechadas
de 90 graus.
A tabela 3 apresenta a quantidade máxima de cabos UTP que podem ser instalados em eletrodutos.
A menor bitola a ser utilizada deverá ser de 3/4" ou 2,10 cm. Estas quantidades são válidas para
trajetórias onde existam no máximo duas curvas de 90 graus.
Tabela 3 - Capacidade de eletrodutos
Diâmetro do eletroduto em Qtde de cabos UTP ou cabo óptico
polegadas (mm) duplex (1) (2)
¾" (21) 3
1" (27) 6
1 ¼" (35) 10
1 ½" (41) 15
2" (53) 20
2 ½" (63) 30
3" (78) 40
NOTAS:
Cálculo baseado no diâmetro externo máximo de 6,3 mm para um cabo UTP e capacidade máxima
permitida da Tabela 4.4-1 da TIA/EIA 569-A. Nessa tabela, o segmento de eletroduto tem comprimento
máximo de 30 metros, duas curvas de 90 graus e taxa de ocupação de 40 %.
Consideramos neste documento que os cabos de fibra óptica duplex apresentam o mesmo diâmetro
externo de um cabo UTP.
Para a instalação de um sistema de eletrodutos deve-se, obrigatoriamente, utilizar as derivações e
seus acessórios tais como curvas, buchas, arruelas, etc. Para a fixação dos eletrodutos junto às paredes
deve-se utilizar braçadeiras, sendo recomendável as do tipo "D" e manter afastamento máximo de 1 metro
entre as mesmas.
5.8.3 – Eletrocalhas
Para as eletrocalhas recomenda-se preferencialmente as do tipo lisa com tampa que evitam o
acúmulo de sujeira. Não se deve instalar eletrocalhas acima de aquecedores, linhas de vapor ou
incineradores.
Tabela 4 - Capacidade de eletrocalhas
Dimensão da eletrocalha Qtde de cabos UTP ou cabo
(largura x altura em mm ) óptica duplex (1) (2)
50 x 25 25
50 x 50 40
75 x 50 60
100 x 50 80
NOTAS:
Cálculo baseado no diâmetro externo máximo de 6,3 mm para um cabo UTP e capacidade máxima
permitida por ensaio com taxa de ocupação de 50 %.
Os cabos de fibra óptica duplex geralmente podem ser considerados com a mesma dimensão de um cabo
UTP.
Para a instalação de um sistema de eletrocalhas, deve-se, obrigatoriamente, utilizar as derivações
(curvas, flanges, "Ts", desvios, cruzetas, reduções etc...) nas medidas e funções compatíveis.
Obrigatoriamente essas derivações devem ser do tipo suave, não contendo ângulos agudos que superem o
mínimo raio de curvatura dos cabos, prejudicando o desempenho do sistema. A figura abaixo, ilustra
alguns dos diversos tipos de derivações existentes.
Para a fixação das eletrocalhas existem várias dispositivos, destacando-se os ganchos suspensos e
a mão francesa. À distância entre os suportes não deve ser superior a 2 metros.
Se a estação de trabalho se encontra em área onde existe circulação ao redor do equipamento,
recomenda-se a utilização de poste ou coluna de tomadas, conforme a figura O ponto de alimentação é
obtido das eletrocalhas instaladas no teto. O travamento mecânico da coluna deve ser executado no piso e
no teto. Essa coluna deve ser construída em material metálico e deve possuir canaleta própria para elétrica
e telecomunicações.
5.8.4 - Encaminhamento dos cabos e montagem (conectorização)
Procure instalar múltiplos cabos pela tubulação. Para isso, alinhe os cabos a serem puxados
e, com uma fita isolante, trave o guia e os cabos por um comprimento de 20 a 25 cm. Após a
passagem pelos tubos, despreze (corte) cerca de 50 cm da ponta desses cabos. Para comprimentos
maiores, utilize os pares internos na amarração.
Nos cabos ópticos, utilize o elemento de tração e/ou o kevlar (cordões "plásticos" amarelos)
para travamento do guia. Após a instalação, despreze cerca de 1 metro do cabo óptico.
Preliminarmente à passagem dos cabos, deve ser feita uma numeração provisória com fita
adesiva nas duas extremidades para identificação durante a montagem.
O raio de curvatura admissível de um cabo UTP categoria 5e deverá ser de, no mínimo, quatro
vezes o seu diâmetro externo ou 30 mm. Para cabos ópticos, como regra geral esse valor é de 10 vezes o
diâmetro do cabo ou não inferior a 30 mm. Nesses casos o manual do fabricante deve ser consultado pois
existem variações significativas. As figuras 13 e 14 ilustram os procedimentos incorretos enquanto a
figura 15 apresenta o procedimento correto de instalação.
Figura 13 - ( Incorreto ) Figura 14 - ( Incorreto ) Figura 15 - ( Correto )
Devem ser deixadas sobras de cabos após a montagem das tomadas, para futuras
intervenções de manutenção ou reposicionamento. Essas sobras devem estar dentro do cálculo de
distância máxima do meio físico instalado:
- nos pontos de telecomunicações (tomadas das salas) 30 cm para cabos UTP e 1 metro para cabos
ópticos.
- nos armários de telecomunicações: 3 metros para ambos os cabos.
Dentro das eletrocalhas os cabos UTP devem ser instalados antes dos cabos de fibra óptica.
Deve-se também ocupar um dos lados da calha evitando posicionar os cabos no centro.
Os cabos não devem ser apertados. No caso de utilização de cintas plásticas ou barbantes
parafinados para o enfaixamento dos cabos, não deve haver compressão excessiva que deforme a
capa externa ou tranças internas (figura 16). Pregos ou grampos não devem ser utilizados para fixação
(figura 17). A melhor alternativa para a montagem e acabamento do conjunto é a utilização de faixas ou
fitas com velcro.(figura 18)
Novamente a norma EIA/TIA 569 nos traz orientação de como proceder na instalação do
cabeamento. Com o lançamento da Norma EIA/TIA 569 A, houve uma mudança substancial no que tange
as distâncias entre as redes lógicas e elétricas, passando a ser aceito a seguinte situação:
É permitido o compartilhamento entre rede elétrica e rede lógica em uma mesma canaleta,
desde que:
a-) Exista uma separação física entre as duas redes dentro da canaleta.
b-) Na rede elétrica a corrente total não poderá ser superior a 20 A.
Para o conector RJ-45 fêmea ("tomada") a distribuição dos pinos é idêntica para qualquer
fabricante, conforme ilustra a figura 19. Já o local da terminação isto é, o ponto onde os fios do cabo
UTP são interligados ao produto, geralmente é implementado através de um conector IDC 110, cuja
disposição é dependente do fabricante. Nesses casos, deve-se observar atentamente o manual de
instalação ou as legendas existentes no produto.
5.8.5 – Identificação dos componentes de uma rede local
CABEAMENTO ESTRUTURADO
Figura 19 - Identificação dos pares de uma tomada RJ45 e de um conector IDC 110
Nos casos onde essa terminação é provida pelo sistema IDC 110 ou Krone, faz-se necessária à
utilização de uma ferramenta de inserção e corte específica (punch down impact tool ) (figura 20). Outros
sistemas existentes podem requerer ferramentas ou dispositivos proprietários que devem ser adquiridos
em conjunto com os produtos.
Para a retirada da capa externa dos cabos UTP e alguns cabos ópticos existem ferramentas
especiais ( stripping tools ) que possuem a abertura específica para o diâmetro dos cabos que mantém a
capa dos pares internos preservados (figura 21).
Figura 20 - Ferramenta de corte/inserção Figura 21 - Ferramenta de descascar