Corporificando A Consciência - Theda Basso, Aidda Pustilnik
Corporificando A Consciência - Theda Basso, Aidda Pustilnik
Corporificando A Consciência - Theda Basso, Aidda Pustilnik
Introdução
Este método propõe o que aparece simbolicamente na mitologia egípcia
como "juntar os fragmentos de Osíris": a compreensão daquilo que despedaça
Osíris, o encontro dos elementos espalhados, esquecidos perdidos; e a ação
adequada para reunificá-lo. (Página 11)
(...) A interação é propiciar, ao ser humano o acesso a estados cada vez mais sutis
de consciência por isso mesmo, transpessoais. (Página 20)
1. O Inconsciência Emergente
(...) temos uma trajetória pessoal de desenvolvimento e, através dela, vamos tendo
possibilidade, cada vez mais organizadas e, por isso, mais conscientes, de
sustentar as múltiplas manifestações da Consciência (...) (Página 27)
Sei que para tudo há uma razão. Talvez na hora não tenhamos discernimento nem a
percepção para compreendê-la, porém, com tempo e paciência, ela acaba por
revelar. Brian Weiss - Muitas vidas e muitos mestres. (Página 33)
(...) Cada um de nós, olhando nossa trajetória de vida auxiliados pela psicologia (...)
pode perceber nossos passos sucessivos em busca de sermos seres
independentes e autônomos, mas ao mesmo tempo, integrados na coletividade
humana e na perspectiva da experiência unitiva. Vamos do simples para o
complexo, do local para o universal, do inconsciente para o consciente. (Página
36)
*Ken Wilber
(...) os sete primeiros anos de vida (...) é a primeira oportunidade que a vida nos dá
para criarmos a base para nossa experiência de vida. (Página 43)
(...) Não importa a realidade externa, mas sim a imagem formada. O mundo
externo assemelha-se às imagens que são criadas na fantasia, na imaginação, que
estão representadas nos símbolos. (Página 46)
(...) sem um eu, nós não nos constituímos como personalidade; não temos
condições de nos colocarmos diante de todos os elementos que caracterizam nossa
relação com o mundo e com a vida (...) (Página 49)
Supra mente (...) a mente já não exige mais explicações, mas sim a experiência da
contemplação. (Página 53)
Por eu estruturado não podemos entender um ego rígido, denso, duro, mas
sim uma estrutura de personalidade flexível o suficiente para suportar que as
experiências sejam vividas. Um ego, que é rígido, não será capaz de admitir novas
experiências, pois julga "saber de tudo e tudo poder administrar; está segura e
certo, sempre". Só um eu bem organizado, capaz de um olhar para o além do ego,
pode suportar a manifestação das qualidades da Luz. (Página 54)
(...) Aqui, (...) há uma consciência plena de si e do divino como uma unidade, mas
sem que um se perca no outro. (Página 62)
(...) O fim de cada uma das etapas marca a emergência de uma nova possibilidade,
de um novo estado de consciência que, por si, nem nega nem se separa do anterior,
mas integra numa totalidade cuja forma mostra que o estado mais desenvolvido
contém dentro de si, como uma nova dimensão, o estado anterior. (Página 64)
Uma vez no nível novo e superior, o self, então, busca consolidar, fortificar e
preservar esse nível, até que seja, de novo, suficientemente forte para morrer para
esse nível, para transcendê-lo (liberá-lo ou negá-la) e, assim, subir para o degrau
seguinte do desenvolvimento. Desse modo, tanto a preservação como a negação
(ou a vida e a morte) têm importantes tarefas a realizar. (Página 70)
(...) o ciclo de nascimento e morte, esteja ele em relação à nossa existência como
um todo ou em relação às etapas do nosso desenvolvimento, expressa o processo
do movimento do nosso Ser na perspectiva da manifestação daquilo que somos:
Consciência. (Página 71)
(...) um processo que está ocorrendo num campo vibratório que forma uma rede na
qual cada evento, atemporal, interfere em todo o sistema, propiciando ou impedindo
um determinado caminho evolutivo. (Página 79)
Nós humanos não podemos tirar a ilusão de que somos o objetivo final da
Criação; temos que procurar desenvolver o que há de mais sofisticado em nós, a
nossa consciência, para seguirmos, tal qual a célula primordial, o caminho
inexorável para um campo vibracional infinitamente maior que o nosso. (Página 83)
(...) A espécie humana ainda está num nível pouco avançado desta escala infinita.
Temos, portanto, que olhar para trás e reconhecermos nossa origem mineral e
animal, e olhar para frente e assumirmos nossa condição divina. (Página 83)
Vejamos o Holograma
Não se intimida. “Quem foi rei não perde a majestade”. Com sua presença vibrante
e invisível induz a formação da sua própria batuta. Com a batuta na mão
aproxima-Se do mundo pequeno. Microcosmo. E induz uma canção particular. Ele
canta e a matéria se organiza. Como a vida antes dela. Como a alma ainda antes.
Como espírito antes de tudo. (Página 86)
Tudo que vai acontecer a partir de então será sob controle de uma
Consciência Individualizada. As células começam a se diferenciar e produzir
sistemas de órgãos distintos na sua morfologia e função. A escola da Dinâmica
Energética do Psiquismo acredita que o os núcleos de potenciação, trazidos pelo
Núcleo Individualizado da Consciência para transmutar/transformar, ao se
expressarem na corporificação, potencialização mais determinados Centros
Reguladores de Energia (CRE), ou chakras, de que outros, direcionados, assim, o
fluxo de energia e sua utilização. A referência a referida potencialização estimula
mais determinados plexos nervosos do que outros e, consequentemente, ativa mais
determinadas glândulas do que outros. Isto se reflete na manifestação energética do
corpo em termos de pouca ou muita carga manifesta, e a nível comportamental, em
termos de diferentes padrões de respostas às solicitações da vida cotidiana e
diferentes facetas da interação consigo e com o entorno. (Página 89)
Quando a criança nasce, na fase sensória, tudo que ela sente é dor ou
não-dor. A fome, a sede, o frio, o desconforto do contato das suas excreções com a
pele, tudo isso causa dor visceral ou muscular. Isto causa uma impressão no
sistema nervoso autônomo que gera uma resposta. No livro Grito Primal, Arthur
Janov afirma que toda dor visceral do bebê leva a contração muscular. (Página 101)
É a pele, já sugerida com a maior extensão do sistema nervoso, a grande via
de comunicação deste bebê com o meio externo. Uma comunicação silenciosa que
permite "ouvir" dois pais: "eu amo e acolho você" ou "eu não estou disponível".
(Página 102)
Apenas para ilustrar: a corrente elétrica passa livremente por um fio de cobre
sem danificá-lo, pois este não lhe oferece resistência; já não acontece o mesmo
com a madeira que resiste a eletricidade e se queima. (Página 105)
1. DEMANDA TERAPÊUTICA
2. A PRESENÇA DO TERAPEUTA
O terapeuta atende o cliente como pessoa, o que significa que está diante de um
mistério. Por isso, importa o estado em que se encontra para escutar sua fala ou
tocar o seu corpo, que também fala por si mesmo. A escuta, o toque, enfim, a ação
do terapeuta precisa ser viva e carregada de sua presença, sua energia fluindo
livremente pelo seu corpo e por suas mãos. Para tanto, importa que a mente se
aquiete, que o ego se curve diante do mistério da relação. O terapeuta necessita
criar um espaço de silêncio interno, a fim de que seu toque seja vivo e possa dar
continência ao cliente, para que possa disparar a energia que está latente dentro de
si. (Página 111)
A intenção do cliente é o eixo central da sessão
(...) Procurar a terapia é de alguma forma estar disposto e consentir em descer "aos
infernos" - visceral, sombrio - dessa experiência, e compreender o que acontece ali,
acolhendo, completando o que ficou inacabado, redimindo a sombra, encontrando
perdão e voltando a fluir, evitando a permanência nesse lugar. Não é bom que a
Consciência se fixe no sensorial. (...) (Página 118)
(...) o trabalho terapêutico, dentro desta perspectiva, pretende auxiliar o ser humano
através de três possibilidades: 1) restaurar o fluxo de energia da vida, quando
estiver bloqueada ou estagnada; 2) sustentar esse fluxo, quando já segue
livremente seu curso; e 3) buscar novas possibilidades para os fluxos da vida.
Assim sendo, a terapia estará trabalhando os limites, seja em função de bloqueios,
seja em função dos próprios limites naturais da vida humana no planeta Terra.
(Página 120)
(...) tocamos nosso cliente com os diversos tipos de toque, para que este entre em
contato consigo mesmo e restaure sua experiência, de forma saudável. (Página
120)
Tocamos nosso cliente com nosso Ser, com a nossa presença, nossa escuta,
nosso olhar, nosso calor. E também com nossas mãos. Tudo o que é implicado
fisiologicamente no nosso tocar é importante no que se refere à nossa competência
como terapeutas, para o desenvolvimento da consciência e da possibilidade de
integração mente e corpo. (Página 120)
(...) O Ser de quem toca conecta-se com ser de quem é tocado, criando uma
unidade ressonante, disparando uma onda de transformações em todo o corpo,
simultaneamente; por isso, possibilitando a restauração do fluxo energético no
corpo. (Página 121)
(...) A DEP vê o trabalho terapêutico (...) como uma proposta de caminho, uma
jornada, que será realizada pelo cliente e testemunhada pelo terapeuta. (Página
125)
O ego é um tradutor
(Huineng)
É através da escuta do Silêncio que o terapeuta, assim como todos os outros seres
humanos, entrará em ressonância com os campos sutis da consciência. (Página
130)
A teoria sem prática é inútil, a prática sem teoria é muito perigosa, nos lembra
Ohsawa.
Estudar, aprimorar-se, aprender mais para ser melhor e para fazer melhor,
são compromissos que assumimos quando nos colocamos a serviço do
desenvolvimento do outro. (Página 136)
Este primeiro contato é muito mais do que um acerto de horários em nossa agenda,
é um primeiro momento de abertura do nosso coração para receber a demanda do
outro. (Página 139)
Lembramos, ainda, que todos os itens que compõem um contrato podem ser
revistos e renegociados. Também isto proporciona uma atmosfera de confiança.
(Página 141)
(...) Do terapeuta espera-se não apenas uma atitude discreta, mas também
amadurecida. Serenidade e cuidado também são qualidades apreciadas quando
está em jogo aquilo que o terapeuta fala ou revela ao cliente. (Página 142)
(....) esclarecer para si próprio e para o cliente o impacto que este vínculo pode ter
sobre a terapia, é algo que se faz necessário. Integridade e clareza são atributos
que sempre colaboraram para a cura. (Página 145)
Um trabalho encerrado com todo o cuidado que uma relação tão delicada
requer, promove no terapeuta uma profunda sensação de “dever cumprido” e a
satisfação de ter participado de uma etapa importante na evolução daquele ser
humano. Nestas ocasiões, a gratidão que envolve o cliente é proporcional à que
envolve o terapeuta. Afinal, quando o encontro se dá pelo coração e com a alma, o
aprendizado e o crescimento são mútuos. (Página 147)
3. RELACIONAMENTO ENTRE PROFISSIONAIS