Meic Final
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Introdução
Por essa razão, a gestão de RH se revela crucial, não somente para a atracção de indivíduos
qualificados, assim como para o seu desenvolvimento e manutenção dentro da organização.
Para o alcance de tal propósito se mostra necessário o estabelecimento de políticas que
contribuam para a sua manutenção dentro da organização através de criação de incentivos que
atraiam e mantenham os RH necessários para a realização da missão da organização.
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Nesta ordem de ideias, sendo o quadro de pessoal um instrumento específico e de composição
diferenciada, a implementação da SCR poderá ter um impacto diferenciado na gestão do
pessoal em cada uma das instituições do Estado.
Por essa razão, urge analisar o impacto da implementação deste dispositivo legal nas
progressões de carreiras. Para o presente trabalho, será analisada um município do país,
nomeadamente o Conselho Municipal da Vila de Moatize (CMVM). O estudo será realizado
nos anos de 2015 e 2016, de forma a permitir uma visualização do impacto da implementação
do SCR.
O estudo está subdividido em sete etapas, nomeadamente: o primeiro, o da introdução, que irá
apresentar um diagnóstico do objecto de estudo; o segundo, o da fundamentação teórica, onde
se efectuará a conceptualização, a descrição e caracterização das teorias que vão nortear a
pesquisa; o terceiro, o da metodologia, que define os métodos a serem usados no estudo; o
quarto, o do cronograma de actividades; o quinto capítulo é do orçamento, onde vai reflectir
os custos necessários para a implementação do projecto, com base os materiais que serão
necessário; nesta ordem de ideia vão ser espelhadas as actividades a desenvolver; por ultimo
teremos a bibliografia, onde vão estar roladas as obras que foram usadas durante a elaboração
do projecto, com todos os pormenores da sua publicação.
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2.Delimitação do Estudo
2.1 Tema
Reflexão sobre o processo de progressão nas carreiras profissionais : caso do CMVM.
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3. Objectivo
Conciliar o desenvolvimento dos funcionários para servir melhor os interesses da Instituição.
Comparar os factores que levaram a falta de progressão nas carreiras nos anos de
2014 e 2015, isto é, fazer um estudo de dados estatísticos, para se chegar a melhores
resultados.
4. Problematização
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Segundo o Relatório de Promoções e Progressões (2013), um dos maiores constrangimentos
que contribui para a não realização das promoções e progressões no aparelho do Estado é a
falta de cabimento orçamental, facto que mostra insuficiência de fundos nos sectores para a
realização de actividades na gestão de recursos humanos. Segundo o referido relatório, este
facto deve-se ao facto de se priorisar o pagamento de salário de funcionários na realização das
despesas, em detrimento de outras actividades.
Dado que o CMVM tem um orçamento próprio, tendo recursos mobilizados internamente e
estando os sectores com insuficiência de orçamento para a realização das suas actividades na
gestão de RH qual será o real impacto da implementado do SCR? Será a implementação deste
dispositivo é sustentável ao nível do CMVM?
Aliado a este facto, é necessário que se tenha em consideração que quadro de pessoal é um
instrumento de planificação específico e de composição diferenciada em cada sector de
actividade, facto que pressupõe um impacto diferenciado da implementação do SCR no
CMVM.
Não tendo sido definidos os aumentos previstos para as carreiras constantes do Sistema de
Carreiras e Remuneração e sendo o quadro de pessoal específico e diferenciado nas diferentes
instituições do Estado, será o impacto deste dispositivo legal uniforme?
Neste contexto, é importante questionar: Qual será o impacto da implementação SCR no
processo de gestão de pessoal do CMVM e o porquê não sua aplicação?
5. Hipóteses
A implementação do SCR, e a consequente falta de progressão nas carreiras no CMVM tem
um impacto diferenciado devido à existência de quadros de pessoal específicos, dado que
pode levar ao descontentamento dos funcionários do CMVM.
6. Justificativa
O Estado moçambicano é o maior empregador e sempre se compadeceu com o problema da
falta de recursos humanos qualificados. A falta de uma política salarial atractiva na função
pública leva a fuga de quadros para o sector privado que oferece melhores condições salariais
e de trabalho.
O SCR prevê a retenção de quadros bem qualificados na função pública através da atribuição
de incentivos aos funcionários de nível médio e superior, como também o desenvolvimento
profissional através de promoções e progressões. Porém, a implementação deste dispositivo
legal assumiu uma tendência contrária, concedendo um aumento salarial mais baixo aos
funcionários com nível médio e superior em relação aos de nível básico e elementar, levando
a um achatamento da amplitude salarial ou compressão salarial.
E um tema actual, e com diversas implicações a nível institucional, o que pode levar a ma
gestão de quadro de pessoal da administração publica.
Pretendemos com o presente trabalho despertar aos gestores de RH, aos ministérios que tutela
as áreas de função pública e das finanças, a reparação desta situação, visto que pode levar a
fuga dos seus funcionários para o sector privado, já que oferecem melhores condições de
desenvolvimento profissional e salarial.
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7. Fundamentação Teórica
8. Definições de Conceitos
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Projecção dos encargos salariais com novas admissões, promoções, progressões e
mudanças de carreira;
Previsão e elaboração do orçamento do fundo de salários.
8.2 Carreira
Segundo Kilimnik et all (2008) e Martins (2001) citado por Ferreira (s. d.), a palavra carreira
tem origem etimológica no latim carraria e significa estrada para carros e só passou a ser
utilizada como propriedade estrutural das organizações ou trajectória da vida profissional a
partir do Séc. XIX. Neste contexto, a carreira passa a ser definida como uma série de estágios
e transições profissionais que irão variar em função de pressões individuais e organizacionais
a que o indivíduo está sujeito dentro e fora do seu ambiente de trabalho.
De acordo com Ferreira et all (s.d.), o conceito de carreira sofreu ampliações em função da
sociedade em que nos encontramos inseridos e passou a ser associada a várias dimensões. A
carreira passou a ser vista como algo por ser construído, sugerindo um papel mais activo do
trabalhador.
Segundo Chanlat (1995:324):
“Existem dois modelos de carreira, o tradicional e o moderno. Na
concepção deste autor, no modelo tradicional a progressão é vertical e o
emprego é caracterizado por uma forte estabilidade, enquanto no
modelo moderno a progressão é descontínua e apresenta uma maior
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instabilidade, havendo muitas oportunidades para todos os grupos
sociais existentes”.
O Sistema de Carreiras e Remuneração (SCR) em vigor na Função Pública, foi aprovado pelo
Decreto n.º54/2009, de 8 de Setembro e define a carreira como um conjunto hierarquizado de
classes ou categorias1 de idêntico nível de conhecimentos e complexidade a que os
funcionários têm acesso de acordo com o tempo de serviço e o mérito de desempenho.
As carreiras podem ser (art. 5 do Dec. 54/2009 de 8 de Setembro):
Verticais, quando integram classes ou categorias com o mesmo conteúdo funcional,
diferenciadas em exigências, complexidades e responsabilidade e a sua evolução se
efectuam através da promoção;
Horizontais, quando integram actividades profissionais com o mesmo conteúdo
funcional cuja evolução se efectua por progressão e corresponde apenas à maior
eficiência na execução das respectivas tarefas;
Mistas, quando combinam características das carreiras verticais e horizontais. Na
função pública moçambicana, são utilizadas apenas as carreiras mistas e horizontais.
No que concerne a tipologia de carreiras, estas podem ser (art. 6 do Dec. 54/2009 de 8 de
Setembro):
De Regime Geral, que integram ocupações comuns a todos os sectores do aparelho do
Estado;
De Regime Específico, cujas ocupações são típicas das actividades fim de cada sector;
De Regime Especial, que podem ser diferenciadas e não diferenciadas. As carreiras de
regime especial diferenciadas apresentam ordenação própria, de acordo com a
qualificação e descrição do conteúdo funcional descrito no qualificador, enquanto nas
não diferenciadas são regidas sob regime de contrato.
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A classe ou categoria referem-se à posição que o funcionário ocupa na carreira, de acordo
com o seu desenvolvimento profissional. No aparelho do Estado, as classes estruturam-se em
A, B, C e E, sendo esta última a carreira de ingresso nas carreiras de regime geral, específica e
especiais não diferenciadas. As categorias correspondem aos escalões, que representam os
diferentes índices de vencimento (faixa de vencimento) e uma forma de evolução na carreira,
realizada através da progressão.
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princípios estabelecidos no Sistema de Carreiras e Remuneração, aprovado pelo Decreto
nº54/2009, de 8 de Setembro.
Para o presente trabalho, a carreira é definida nos termos do Sistema de Carreiras e
Remuneração, sendo concebida como um conjunto hierarquizado de classes e ou categorias
em que os funcionários e agentes do Estado estão integrados tendo em consideração o seu
desenvolvimento profissional.
8.3 Remuneração
Segundo Ferreira (s.d) para que se tenha uma noção clara do conceito de remuneração é
necessário que se defina o conceito de salário. Segundo o autor, o salário é a retribuição em
dinheiro ou equivalente paga pelo empregador ao empregado, em função do cargo que este
exerce e dos serviços que presta, podendo ser directo e indirecto.
Na concepção de Robbins (2000: 153):
“O salário directo é percebido exclusivamente como a contraprestação
do serviço no cargo ocupado, enquanto o indirecto decorre de cláusulas
da convenção colectiva de trabalho e do plano de serviços e benefícios
sociais oferecidos pela entidade empregadora. A remuneração constitui
a soma do salário directo e indirecto, que abrange todas as parcelas do
salário directo e todas as decorrências do salário indirecto”.
Na Função Pública, os artigos 47 e 48 do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do
Estado (EGFAE), determinam que a remuneração dos funcionários ou agentes do Estado é
constituída por vencimento e suplementos.
O vencimento é a contrapartida do trabalho prestado ao Estado, de acordo com a sua carreira,
categoria ou função, enquanto o suplemento é constituído pelos abonos e subsídios atribuídos
aos funcionários e agentes do Estado de carácter permanente ou não (AQUIMO, 1980: 231).
O vencimento dos funcionários públicos, nos termos do Regulamento do Estatuto Geral dos
Funcionários e Agentes do Estado (REGFAE), é determinado pelo índice correspondente ao
escalão, classe ou categoria e grupo salarial da carreira em que o funcionário está enquadrado.
Nos termos do n.º 3, do artigo 21 do Sistema de Carreiras e Remuneração, a estrutura salarial
compreende os índices organizados em faixas salariais correspondentes às classes do grupo
salarial em que cada carreira se integra.
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É importante realçar ainda que, segundo o documento supracitado, o grupo salarial constitui o
conjunto de índices salariais atribuídos a uma carreira em função da complexidade,
responsabilidades e requisitos habilitacionais exigidos, aprovados pelo Conselho de Ministros.
O valor do índice 100 é fixado pelo Conselho de Ministros e actualizado anualmente, sendo a
tabela salarial com arredondamento nos respectivos valores divulgada por despacho do
Ministro das Finanças.
Aos funcionários de nível médio e superior, é-lhes atribuído o bónus especial e a gratificação
de chefia2 que, nos termos do artigo 48, do EGFAE são definidos como remunerações certas,
dado que são incorporados ou adicionados ao salário que o funcionário aufere.
De acordo com o artigo 43, do REGFAE, os funcionários e agentes do Estado têm direito a
receber no fim de cada ano uma importância correspondente ao vencimento que aufere,
designado por 13º vencimento, estando o seu pagamento sujeito à disponibilidade orçamental.
No presente trabalho a remuneração constitui a soma do vencimento fixado com base no
índice da carreira em que o funcionário se encontra integrado e do suplemento fixo (bónus
especial) aplicado aos funcionários e agentes do Estado integrados nas carreiras de nível
médio (técnicos profissionais e técnicos especializados) e superior.
9. Metodologia
O presente trabalho será realizado com base no método hipotético-dedutivo, que tem como
principal precursor Karl Popper. Segundo Lakatos e Marconi (1995), este modelo pode ser
usado em quatro momentos:
Conhecimento prévio, consubstanciado na revisão da bibliografia existente sobre o
assunto e sobre as diferentes teorias existentes que se debruçam sobre o assunto;
Problema, que constitui o ponto de partida de toda a investigação e se traduz no
conflito existente entre a teoria e as expectativas face ao assunto ou matéria em causa;
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Nos termos do artigo 26 do SCR, a gratificação de chefia é devida quando se verificar que o
vencimento da função que o funcionário exerce é igual ou inferior ao vencimento que este
aufere quando designado para o exercício da referida função, sendo abonada o equivalente a
25% do vencimento que o funcionário aufere.
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Hipóteses, que constituem resposta ao problema enunciado. Estas devem se traduzir
numa suposição passível de teste e servem como o fio condutor da investigação, na
medida em que se propõem a explicar ou prever o nosso problema;
Tentativa de falseamento, traduzida no teste das hipóteses levantadas, num esforço de
apurar a sua veracidade aos factos observados.
No que se refere aos métodos de procedimento ou técnicas nos propomos a usar o método
quantitativo que, segundo as autoras, nos permite obter as relações existentes entre os
fenómenos entre si e fazer generalizações sobre a sua natureza, ocorrência ou significado.
De acordo com Miranda (2008), o método qualitativo, como técnica de pesquisa permite a
identificação e a apresentação de dados, mediante indicadores e tendências observáveis,
possibilitando a previsão dos fenómenos em análise.
Este método nos permitirá fornecer uma análise qualitativa do impacto da implementação do
SCR na gestão do pessoal da instituição que nos propomos a analisar e estabelecer as
possíveis relações das variáveis usadas no estudo.
Nesta ordem de ideias, o trabalho será realizado em duas fases distintas. Na primeira fase se
recorre à revisão bibliográfica para aquisição de um conhecimento mais profundo sobre o
tema, sem descurar do quadro legal vigente, das últimas contribuições existentes na área que o
estudo se debruça e da abordagem teórica adoptada no estudo para interpretação da matéria
em análise.
A segunda fase do estudo consiste na recolha de dados empíricos mediante análise da
composição do quadro de pessoal CMVM para o apuramento da veracidade das hipóteses
levantadas.
Para a recolha empírica de dados irá se recorrer a uma análise qualitativa dos dados recolhidos
mediante verificação da composição do quadro de pessoal e uso de testes de hipóteses para
que se possa prever a conjuntura e tendência futura da implementação do SCR. Para a
previsão da tendência da conjuntura decorrente da implementação do SCR, irá se proceder à
definição de um instrumento de gestão deste dispositivo legal, alicerçado nos seus
pressupostos.
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9.1 Relação do Material Necessário
Nº Ordem Material Quantidade
01 Bloco de Nota 1
02 Esferográficas 3
03 Resma 1
04 Agrafador 1
05 Agrafos 1
06 Pasta de Arquivo 1
07 Transporte 160
08 Lanche 88
Com este projecto, estou ciente que os objectivos serão alcançados de modo havendo
melhoria na instituição, com a entrevista aos funcionários será um grande impulso.
11. Orçamento
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12. Cronograma de Actividades
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13. Bibliografia
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LAKATOS, Eva M. e MARCONI, Marina de A. Metodologia Científica. 2ª
ed. São Paulo: Atlas, 1995.
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