Trabalho de Geografica
Trabalho de Geografica
Trabalho de Geografica
Cadeira: Farmácia
Tema:
Discente:
Teresa da Conceição José Rúpia
Cadeira: Farmácia
Tema:
Docente, Dr:
Leonildo Benoit Carlos Jaime
Índice
1. Introdução............................................................................................................................2
1.1 Objetivo Geral.......................................................................................................................2
Objetivos Específicos..................................................................................................................2
1.2 Metodologia..........................................................................................................................2
2. Enquadramento Geográfico de Moçambique......................................................................3
2.1 Localização Geográfica........................................................................................................3
2.2 Condições Hipsométricas......................................................................................................4
2.3. Condições Climáticas...........................................................................................................6
2.4 Condições Hidrográficas.......................................................................................................7
3. Economia de Moçambique..................................................................................................7
3.1 Comércio exterior.................................................................................................................8
3.2 Agricultura............................................................................................................................8
3.3 Principais produtos agrícolas (dados de 2016).....................................................................8
3.4 Recursos geológicos..............................................................................................................9
3.5 Alumínio...............................................................................................................................9
3.6 Ouro......................................................................................................................................9
3.7 Cimento...............................................................................................................................10
3.8 Carvão.................................................................................................................................10
3.9 Gás natural..........................................................................................................................10
3.10 Petróleo.............................................................................................................................10
3.11 Indústria............................................................................................................................11
3.12 Turismo.............................................................................................................................11
4. História de Moçambique...................................................................................................11
4.1 História Pré-Colonial..........................................................................................................12
4.1.1 Primeiros habitantes de Moçambique..............................................................................12
4.1.2 O Primeiro Estado do Zimbabwe.....................................................................................13
4.1.3 O Império dos Mwenemutapas........................................................................................13
4.1.4 História Colonial..............................................................................................................13
4.1.5 A Guerra de Libertação....................................................................................................14
4.1.6 História Pós-Independência.............................................................................................15
6.1.7 As nacionalizações...........................................................................................................15
5. Política de Moçambique....................................................................................................16
5.1 Principais partidos políticos e seus posicionamentos.........................................................16
5.1.1 FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique):.......................................................17
5.1.2 RENAMO (Resistência Nacional Moçambicana)...........................................................17
5.1.3 MDM (Movimento Democrático de Moçambique).........................................................17
6. O enquadramento social de Moçambique.........................................................................17
6.1 Estrutura Social e Demográfica..........................................................................................18
6.2 Questões Sociais.................................................................................................................18
6.3 Educação e Saúde...............................................................................................................18
6.4 Cultura e Tradições.............................................................................................................19
6.5 Religião...............................................................................................................................19
7. Formação das áreas culturas e religiosas em Moçambique...............................................19
7.1 Influências Históricas..........................................................................................................19
7.2 Influências Geográficas......................................................................................................20
7.3 Influências Econômicas......................................................................................................20
7.4 Influências Políticas e Sociais.............................................................................................20
7.5 Diversidade Cultural e Religiosa........................................................................................20
7.6 Desafios e Oportunidades...................................................................................................20
8. Conclusão..........................................................................................................................21
9. Referência Bibliográfica....................................................................................................22
1. Introdução
Objetivos Específicos
Falar de enquadramento económico de Moçambique;
Descrever o enquadramento histórico de Moçambique;
Descrever sobre a política em Moçambique, social na formação das áreas culturas e
religiosas em Moçambique
1.2 Metodologia
2
2. Enquadramento Geográfico de Moçambique
Moçambique fica situado no sudeste de África estando limitado a leste pelo Oceano Índico, e
fazendo fronteira a norte com a Tanzânia, a noroeste com o Malawi e Zâmbia, a oeste com o
Zimbabwe, África do Sul e Swazilândia, e a sul com a África do Sul.
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2.2 Condições Hipsométricas
Segundo Lächelt (2004), o território Moçambicano pode ser dividido em: Planícies até 200
metros acima do nível do mar; Terras altas até 600 metros e montanhas moderadamente altas;
Planaltos de terras altas com cristas elevadas e inselbergs3 atingindo alturas de 1000 m de
altitude; Inselbergs e cumes de montanha com alturas acima de 1000 metros
Quanto a zona de planícies, quase todo Sul do rio Save, apenas encontramos terras de
altitudes muito moderadas. A faixa litoral, desta zona, é curta ao norte de Moçambique, mas
no paralelo de 21˚ Sul abrange quase toda a linha Este-Oeste, mantendo-se em todo Sul do
Save com exceção dos Grandes e Pequenos Libombos. A maior parte de todos estes terrenos é
Quaternário, Terciário e Cretácico, de constituição arenosa, com alta percentagem de húmus
perto dos rios ou nos pântanos. Em cálculo aproximado, cerca de 44% do território
Moçambicano se confinam entre 0 e 200 metros de altitude, que se desenvolve ao longo da
costa entre a foz do rio Rovuma e o delta do rio Zambeze, constituindo a Grande Planície
Moçambicana (Muchangos, 1999).
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a 600 metros, com maior dispersão nas zonas Norte e Centro do País, sobretudo nas
Províncias de Niassa, Nampula, Zambézia, Tete e Manica (Muchangos, 1999).
No Norte o altiplano forma um planalto inclinado, cuja altura aumenta em direção ao Lago
Niassa. Ao longo da costa é caracterizada por cumes encadeados. Toda a Província de Tete
consiste neste planalto e na zona de cadeias montanhosas (Lächelt, 2004). No Sul do Save
pertencem-lhe uns ligeiríssimos retalhos nos pontos mais altos dos Libombos que culminam a
norte de Namaacha.
A zona montanhosa, isto é, áreas de cota superior a 1000 metros, não estão representadas por
largas extensões, atingindo cerca de 13% do território de Moçambique, com maior ocorrência
nas províncias de Zambézia, Tete e Manica (Boléo, 1950). Os processos tectónicos e a
litologia dos estratos geológicos estão em boa correspondência com a geomorfologia.
a) As montanhas de Manica, das quais os maciços Chimanemani, Manica e Choa são as mais
importantes, localizam-se ao longo da fronteira com o Zimbabué. Apenas alguns “inselbergs”
são conhecidos da Província de Sofala. O monte Binga do Maciço de Chimanemani, de 2436
m de altura, está situado ao longo da fronteira com o Zimbabué e é um dos pontos mais altos
de Moçambique. Outras montanhas de importância são o Monte Miranga na Serra da
Gorongosa (1856 m) e as Montanhas Chimanemani de aproximadamente 2000 m, o Monte
Vumba do Maciço Manica a 1684 m e o Monte Choa do Maciço Choa a 1790 m.
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Em relação as depressões, em Moçambique destacam-se os vales dos rios e as formas de
relevo negativas onde se instalaram os lagos e pântanos. A depressão de maior significado
geomorfológico é o Vale do rio Zambeze, as outras depressões territorialmente importantes
são as de Chire-Urema e Espungabera (Muchangos, 1999).
De uma forma geral, Moçambique pode ser subdividido em duas grandes zonas climáticas:
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1: Clima de chuvas tropical;
4: Clima de montanha.
Segundo Muchangos (1999), as principais bacias hidrográficas que drenam o país de norte
para o sul que merecem destaque são: Rovuma, Messalo, Montepuez, Lúrio, Monapo,
Ligonha, Licungo, Zambeze, Pùngué, Búzi, Save, Govuro, Inharrime, Limpopo, Incomáti,
Umbelúzi, Tembe e Maputo.
3. Economia de Moçambique
A economia de Moçambique desenvolveu-se desde o fim da Guerra Civil Moçambicana
(1977–1992). Em 1987, o governo embarcou em uma série de reformas macroeconómicas
destinadas a estabilizar a economia. Essas medidas, combinadas com a assistência dos
doadores e com a estabilidade política desde as eleições multipartidárias em 1994, levaram a
melhorias dramáticas na taxa de crescimento do país. A inflação foi reduzida para um dígito
durante o final dos anos 1990, embora tenha voltado para dois dígitos em 2000-02. As
reformas fiscais, incluindo a introdução de um imposto sobre o valor acrescentado e a reforma
do serviço alfandegário, melhoraram a capacidade do governo de arrecadar receitas. Apesar
destes ganhos, Moçambique continua dependente da assistência externa para grande parte do
seu orçamento anual. A agricultura de subsistência continua a empregar a grande maioria da
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força de trabalho do país. Um desequilíbrio comercial substancial persiste, embora a abertura
da fundição da Mozal alumínio, o maior projeto de investimento estrangeiro do país até hoje,
tenha aumentado as receitas de exportação.
Em 2020, o país foi o 110º maior exportador do mundo (US $ 5,9 milhões em mercadorias e
serviços). Já nas importações, em 2019, foi o 114º maior importador do mundo: US $ 6,4
bilhões. O país é plenamente integrado a economia globalizada com altos níveis de
crescimento capitalistas apesar disto ter gerado corrupção.
3.2 Agricultura
O potencial agrícola é alto, principalmente nas férteis regiões do norte, que respondem pela
maior parte do excedente agrícola do país. As principais culturas de rendimento são açúcar,
copra, castanha de caju, chá e tabaco. Esperava-se que a produção total de açúcar aumentasse
160% na década de 2000, o que tornaria o país um grande exportador líquido pela primeira
vez desde a independência. Todas as plantações e refinarias foram privatizadas. Os produtos
marinhos, particularmente os camarões, são o maior produto de exportação de Moçambique.
Há uma abundância de recursos marinhos que não são totalmente explorados.
Algodão
Cana-de-açúcar
Castanha de caju
Copra (polpa do coco)
Mandioca.
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Pecuária (dados de 2006)
Bovinos (2,7 milhões)
Suínos (400 mil)
Ovinos (345 mil)
Nas energias não-renováveis, em 2015, o país era o 49º maior produtor mundial de gás
natural, (5,6 bilhões de m3 ao ano). Na produção de carvão, o país foi o 29º maior produtor
do mundo em 2015: 7,2 milhões de toneladas.
3.5 Alumínio
3.6 Ouro
Pequenas quantidades de ouro eram produzidas por mineradores artesanais. Em 2006, a Pan
African Resources plc do Reino Unido estava considerando o desenvolvimento de uma mina
no depósito de Fair Bride em seu projeto de ouro em Manica. A mina produziria uma média
de 2.600 kg / ano durante uma vida esperada da mina de entre 8 e 9 anos. Pan African
planejava começar a perfurar no primeiro trimestre de 2007.
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3.7 Cimento
3.8 Carvão
Sob o domínio português, poucos levantamentos geológicos foram feitos, mas após a
independência, enormes novos campos de carvão foram descobertos no noroeste Província de
Tete, descrito por uma fonte como "... uma das maiores minas de carvão do globo."
Em 2010–2011, Anadarko Petroleum e Eni descobriram o campo de gás Mamba sul, reservas
recuperáveis de 4.200 bilhões de metros cúbicos (150 trilhões de pés cúbicos) de gás natural
no Rovuma Bacia, ao largo da costa norte Província de Cabo Delgado. Uma vez
desenvolvido, isso poderia tornar Moçambique um dos maiores produtores de gás natural
liquefeito do mundo. A produção está programada para começar em 2018.
Em 2004, a empresa sul-africana Sasol começou a produzir gás natural no campo de gás de
Temane no sul de Moçambique e em 2011 produziu cerca de 3,8 bilhões de metros cúbicos de
gás natural nos campos de gás de Temane e Pande próximos. A Sasol exportou o gás através
de um gasoduto de 865 km para abastecer suas fábricas de produtos químicos na África do
Sul. Os campos de gás de Temane e Pande nas proximidades têm reservas comprovadas de
100 bilhões de metros cúbicos (3,5 trilhões de metros cúbicos pés) em 2013.
3.10 Petróleo
Moçambique não produzia petróleo bruto nem produtos petrolíferos refinados e dependia de
importações. No início de 2006, a Área Onshore na Bacia do Rovuma foi atribuída à Artumas
Group Inc. do Canadá; Área 1, para Anadarko Petroleum; Áreas 2 e 5, para Norsk Hydro
ASA da Noruega; Áreas 3 e 6, para Petronas Carigali Overseas Shd. Bhd. Da Malásia; e Área
4, para ENI S.p.A. da Itália.
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3.11 Indústria
O Banco Mundial lista os principais países produtores a cada ano, com base no valor total da
produção. Pela lista de 2019, Moçambique tinha a 127ª indústria mais valiosa do mundo (US
$ 1,3 bilhões).
3.12 Turismo
O país tem um grande potencial turístico, destacando-se as zonas propícias ao mergulho nos
seus mais de 2 mil km de litoral, e os parques e reservas de animais no interior do país. Para
atrair investimentos estrangeiros, criou o Corredor de Desenvolvimento do Norte (CDN),
junto ao porto daquela cidade, com acesso rodoviário, suprimento de energia elétrica, e com
ligação por ferrovia até o vizinho Malaui.
4. História de Moçambique
Moçambique é um país da África Austral, situado na costa do Oceano Índico, com cerca de
20 milhões de habitantes (2004). Foi uma colónia portuguesa, que se tornou independente em
25 de Junho de 1975. A história de Moçambique encontra-se documentada pelo menos a
partir do século X, quando um estudioso viajante árabe, Almaçudi descreveu uma importante
actividade comercial entre as nações da região do Golfo Pérsico e os "Zanjes" (os negros) da
"Bilade as Sofala", que incluía grande parte da costa norte e centro do actual Moçambique.
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4.1 História Pré-Colonial
4.1.1 Primeiros habitantes de Moçambique
Nos séculos I a IV, a região começou a ser invadida pelos Bantu (ver expansão bantu), que
eram agricultores e já conheciam a metalurgia do ferro. A base da economia dos Bantu era a
agricultura, principalmente de cereais locais, como a mapira (sorgo) e a mexoeira; a olaria,
tecelagem e metalurgia encontravam-se também desenvolvidas, mas naquela época a
manufactura destinava-se a suprir as necessidades familiares e o comércio era efectuado por
troca directa. Por essa razão, a estrutura social era bastante simples - baseada na "família
alargada" (ou linhagem) à qual era reconhecido um chefe. Os nomes destas linhagens nas
línguas locais são, entre outros: em eMakua, o Nlocko, em ciYao, Liwele, em ciChewa, Pfuko
e em chiTsonga, Ndangu.
De facto, o ferro era tão importante que se pensa que as "aspas" de ferro - em forma de X,
com cerca de 30 cm de comprimento, que formam abundantes achados arqueológicos nesta
região - eram utilizadas como moeda. Mais tarde, aparentemente esta "moeda" foi substituída
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por outra: tubos de penas de aves cheias de ouro em pó - os meticais cujo nome deu origem à
actual moeda de Moçambique.
Embora os povos que falavam a língua chiShona - ainda hoje a principal língua do Zimbabwe,
com cerca de sete milhões de falantes, em vários dialectos - se tenham instalado na região
cerca do ano 500, o primeiro estado do Zimbabwe existiu aproximadamente entre 1250 e
1450 aproximadamente na região da actual República do Zimbabwe. O seu nome deriva dos
amuralhados de pedra que a aristocracia fazia construir à volta das suas habitações e que se
chamavam madzimbabwe.
No século XVI, o Império dos Mwenemutapas tinha estendido o seu domínio a uma região
limitada pelo rio Zambeze, a norte, o Oceano Índico, a leste, o rio Limpopo a sul e chegando a
sua influência quase ao deserto do Kalahari a sudoeste. Porém, esta última região poderia
estar sobre a alçada de outros estados, como os reinos de Butua e Venda, que terão
estabelecido com os Mwenemutapas relações de boa vizinhança.
Quando Vasco da Gama chegou pela primeira vez a Moçambique, em 1497, já existiam
entrepostos comerciais árabes e uma grande parte da população tinha aderido ao Islão.
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a povoação portuguesa de Sena, em 1537, de Tete, no rio Zambeze, e em 1544 de Quelimane,
na costa do Oceano Índico, assenhorando-se da rota entre as minas e o oceano. Em 1607
obtiveram do rei a concessão de todas as minas de ouro do seu território. Em 1627, o
Mwenemutapa Capranzina, hostil aos portugueses, foi deposto e substituído pelo seu tio
Mavura; os portugueses baptizaram-no e este declarou-se vassalo de Portugal.
Para além das várias acções de resistência ao domínio colonial, a última das quais culminou
com a prisão e deportação do imperador Gungunhana, a fase final da luta de libertação de
Moçambique começou com a independência das colónias francesas e inglesas de África. Em
1959-1960, formaram-se três movimentos formais de resistência à dominação portuguesa de
Moçambique:
A guerra de libertação, uma luta de guerrilha, expandiu-se para as províncias de Niassa e Tete
e durou cerca de 10 anos. Durante esse período, foram organizadas várias áreas onde a
administração colonial já não tinha controlo - as Zonas Libertadas - e onde a FRELIMO
14
instituiu um sistema de governo baseado na sua necessidade em ter bases seguras,
abastecimento em víveres e vias de comunicação com as suas bases recuadas na Tanzânia e
com as frentes de combate.
6.1.7 As nacionalizações
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Estas nacionalizações foram a causa próxima para uma vaga de abandono do país de muitos
indivíduos que eram proprietários daqueles serviços sociais ou simplesmente se encontravam
habituados aos serviços de determinados especialistas ou ao atendimento exclusivo; como
esses indivíduos, na maioria portugueses, eram muitas vezes igualmente proprietários de
fábricas, barcos de pesca ou outros meios de produção, o governo viu-se obrigado a assumir a
gestão dessas unidades de produção.
5. Política de Moçambique
Em 1990, foi aprovada uma nova constituição que transformou o estado numa democracia
multi-partidária. O Partido Frelimo permaneceu no poder, tendo ganho por cinco vezes as
eleições legislativas e presidenciais realizadas em 1994, 1999, 2004, 2009 e 2014. A Renamo
é o principal partido da oposição.
Em Moçambique, diversos partidos políticos atuam no cenário político do país, cada um com
suas ideologias, agendas e posicionamentos. Dos principais partidos políticos de Moçambique
e seus posicionamentos políticos:
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5.1.1 FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique):
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6.1 Estrutura Social e Demográfica
População: Moçambique possui uma população diversificada, composta por várias etnias,
línguas e grupos culturais. De acordo com estimativas recentes, a população de Moçambique
é de aproximadamente 32 milhões de habitantes.
Estrutura Etária: Moçambique possui uma estrutura demográfica jovem, com uma grande
proporção da população composta por jovens menores de 25 anos.
Pobreza: Moçambique é um dos países mais pobres do mundo, com uma alta incidência de
pobreza, especialmente nas áreas rurais. A pobreza está frequentemente associada à falta de
acesso a serviços básicos, como água potável, saneamento, educação e saúde.
Desigualdade: Existe uma grande disparidade de renda e oportunidades entre as áreas urbanas
e rurais, bem como entre os diferentes estratos sociais. A desigualdade socioeconômica é um
desafio significativo para o desenvolvimento do país.
Acesso a Serviços Básicos: O acesso a serviços básicos, como água potável, saneamento,
educação e saúde, é limitado em muitas partes do país, especialmente em áreas rurais e
remotas.
Línguas: Moçambique é um país multilíngue, com várias línguas sendo faladas em todo o
país. O português é a língua oficial, mas várias línguas bantas são amplamente faladas,
incluindo o macua, tsonga, shona e outras.
Artes: A cultura moçambicana é rica em arte, música, dança e literatura. A música tradicional
moçambicana, incluindo estilos como marrabenta e makwaya, desempenha um papel
importante na identidade cultural do país.
Costumes: Moçambique possui uma rica variedade de costumes e tradições, muitos dos quais
estão enraizados em práticas culturais ancestrais. Isso inclui cerimônias de casamento,
festivais, rituais de passagem e celebrações religiosas.
6.5 Religião
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o tráfico de escravos resultaram na introdução de crenças e práticas religiosas africanas em
algumas áreas do país.
Interação Comercial: As rotas comerciais antigas que passavam por Moçambique facilitaram
o intercâmbio cultural e religioso com outras regiões da África e do mundo. O comércio de
produtos como ouro, marfim e escravos trouxe influências culturais e religiosas de diferentes
partes do continente africano.
Grupos Étnicos: Moçambique é lar de uma variedade de grupos étnicos, cada um com suas
próprias tradições culturais e práticas religiosas. Alguns dos principais grupos étnicos incluem
os macuas, tsongas, shonas, senas e macondes.
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8. Conclusão
Neste presente trabalho de pesquisa concluí que a formação das áreas culturais e religiosas
em Moçambique é um fenômeno complexo e multifacetado, moldado por uma interação
dinâmica de influências históricas, geográficas, econômicas, políticas e sociais ao longo do
tempo. Ao longo da história, Moçambique tem sido um caldeirão de culturas e tradições, onde
diversas etnias, línguas e práticas religiosas coexistem e interagem. As influências históricas
da colonização portuguesa, juntamente com o legado das culturas e religiões africanas
indígenas, deixaram uma marca duradoura na identidade cultural e religiosa de Moçambique.
A geografia diversificada do país, que abrange desde as planícies costeiras até as montanhas
do interior, também contribuiu para a formação de diferentes áreas culturais e religiosas, cada
uma com suas próprias características distintas.
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9. Referência Bibliográfica
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