Marx Metodo Economia Politica

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MARX, Karl. “O Método da economia política”.

IN: FERNANDES,
Florestan (org.). K, Marx, F, Engels: história. 2. ed.; São Paulo:
Ática, 1984. p. 409-417
https://www.marxists.org/portugues/marx/index.htm

INTRODUÇÃO AO MÉTODO MARXIANO/MARXISTA

MARX, Karl. Contribuição à crítica da economia


política. São Paulo: Martins Fontes, 1983.
PREFÁCIO – Karl Marx (1859)

Suprimo uma introdução geral que esbocei no passado porque,


pensando bem, parece-me que antecipar conclusões do que é
preciso demonstrar em primeiro lugar é pouco correto, e o leitor
que quiser seguir-me deverá decidir-se a passar do particular ao
geral” MARX, 1859 (In: MARX, 1983, p. 23)

UNIOESTE-MCRondon/PPGH – “Estado e Poder: Teoria” – 2024/I – Paulo José Koling


“Introdução à Crítica da Economia Política”
[Esta Introdução foi datada em 29 de agosto de 1857].

“O objeto dos meus estudos especializados era a jurisprudência, à


qual me dediquei como disciplina complementar da filosofia e da
história” (In: MARX, 1983, p. 23)

Roubo de lenha
Divisão da propriedade imobiliária
Camponeses do Mosela – Província de Renana.

Lei da Lenha (Lei sobre o Roubo da Lenha). Também havia sobre a


pesca de ostras.
Lei das Florestas
Lei da Terra
Ver de Karl Marx:
Os Debates da Gazeta Renana.
Los Debates de la Dieta Renana [Gedisa Editorial S A, 2007]

Os Despossuídos (Boitempo)
MARX, Karl. Os Despossuídos: debate sobre a lei referente ao
uso da madeira. São Paulo: Boitempo, 2017.

“Em 1842-1843, na qualidade de redator da Gazeta Renana,


encontrei-me pela primeira vez na obrigação embaraçosa de dar
a minha opinião sobre o que é costume chamar-se os interesses
materiais” (In: MARX, 1983, p. 23)
Debate sobre o livre-câmbio e o protecionismo (In: MARX, 1983, p.
23)

Nas minhas pesquisas cheguei à conclusão de que as relações


jurídicas – assim como as formas de Estado – não podem ser
compreendidas por si mesmas, nem pela dita evolução geral do
espírito humano, inserindo-se pelo contrário nas condições
materiais de existência de que Hegel, à semelhança dos ingleses e
francesas do século XVIII, compreende o conjunto pela designação
de “sociedade civil”; por seu lado, a anatomia da sociedade civil
deve ser procurada na economia política (In: MARX, 1983, p.
240).

Final do Prefácio (MARX, 1859 – In: MARX, 1983, p. 27)


Que aqui se afasta toda a suspeita
Que neste lugar se despreze todo o medo. (DANTE Alighieri.
Divina Comédia)
2. K. MARX: O MÉTODO DA ECONOMIA POLÍTICA

1) Estudar um país do ponto de vista da economia política.


Exemplo de tema e objeto, além do método e da abordagem
(interpretação).

Do ponto de vista da economia política:


Começamos por sua população, a divisão deste em classes, seu
estabelecimento nas cidades, nos campos, na orla marítima; os
diferentes ramos da produção, a exportação e a importação, a
produção e o consumo anuais, os preços das mercadorias...

Ver: IBGE, IDH,...


Demografia, faixas etárias, ....
Poder aquisitivo ....

“Parece mais correto começar com o real e o concreto, com o


pressuposto efetivo”.
2) Exemplo: Na economia.
Início com o estudo da população, que é a base e o sujeito de
todo o ato social da produção.

 A população é uma abstração se deixo de lado as classes que a


compõem.
 Classes são, por sua vez, uma palavra vazia se ignoro os
elementos sobre os quais repousam, por exemplo: o trabalho
assalariado, o capital, etc.
 Elementos que supõem a troca, a divisão do trabalho, os
preços, etc...
 Capital: não é nada sem o trabalho assalariado, sem valor,
dinheiro, preços, etc....

Procedimento de investigação/pesquisa, chegaria analiticamente,


cada vez mais, a conceitos mais simples.
Do concreto representado, chegaria a abstrações
[universalidades] cada vez mais tênues, até alcançar
as determinações mais simples.

Chegado a este ponto, teria que voltar a fazer a


viagem de modo inverso, até dar de novo com a
população, mas desta vez não como uma
representação caótica de um todo, porém como
uma rica totalidade de determinações e relações
diversas.
Primeiro método: Caminho: economia política, economistas do
século XVII (liberais clássicos).
- Relações gerais, abstratas, que são determinantes: divisão do
trabalho, o dinheiro, o valor...
- Estes elementos dão origem aos sistemas econômicos.

Segundo método: Caminho da investigação da análise dialética:


ir até os elementos e às determinações mais simples e retornar,
interagindo e articulando as relações.

 O concreto é concreto, porque é a concentração de muitas


determinações, isto é, unidade do diverso.
 O concreto aparece no pensamento como o processo da
concentração, como resultado, não como ponto de partida,
embora seja o verdadeiro ponto de partida e, portanto, o ponto
de partia também da intuição e da representação.

INTUIÇÃO
DEDUÇÃO
 PRIMEIRO CAMINHO: a representação plena volatiliza-se
na determinação abstrata.
 SEGUNDO CAMINHO: as determinações abstratas
conduzem à reprodução do concreto por meio do
pensamento.

HEGEL: CONCEBER O REAL COMO RESULTADO DO


PENSAMENTO QUE SE CONCENTRA, que se aprofunda em si
mesmo e se apreende a partir de si mesmo como pensamento
móvel (em movimento). Racional, intuitivo em si (teórico).

O método que consiste em elevar-se do abstrato ao concreto não


é senão a maneira de proceder do pensamento para se apropriar
do concreto, para reproduzi-lo espiritualmente como coisa
concreta.

PORÉM, ISTO NÃO É, DE NENHUM MODO, O PROCESSO DA


GÊNESE DO PRÓPRIO CONCRETO.
Categoria simples do concreto: valor de troca

Categoria para a consciência filosófica, à consciência: o


MOVIMENTO DA CATEGORIA, CONCEITO/CATEGORIA DO
PENSAMENTO.

Representação em conceitos.

Produto da cabeça pensante que se apropria do mundo: da única


maneira em que o pode fazer.

Diferente do modo artístico, religioso e prático-espiritual de


se apropriar dele, do mundo externo: o OBJETO REAL.

Método da pesquisa (especulativo e teórico)


Objeto da pesquisa (real, a sociedade e a história)

Modo artístico, religioso e prático-espiritual de se apropriar dele:


objeto real.
Qual é o objeto/fonte/documento/sujeitos social mais simples?

Indivíduo
Indivíduo-Sociedade: indivíduo social, ser social, sua integridade
humana: condição humana.

EXEMPLO:
Carlos Ginzburg (O Queijo e os vermes): a perseguição da Inquisição
a um moleiro, Menocchio.

Indivíduo-social (ser social) e a Moral Social – Ética, Religião,


Identidade, Tradição, Eros e Afrodite; Amor e Estética;
sexualidade e relações de gênero; Política; inter e entre etnias,
idades; entre nações e nacionalismos.

Liberalismo/Individualismo/mercado.
Problema do individualismo metodológico; da liberdade individual e
privada no mercado: Não Liberalismo clássico, nem contratualismo.
Maquiavel, Hobbes. EGOISMO= cultura egoísta e individualista, do
privado e da competição e da concorrência.
CATEGORIAS SIMPLES E CATEGORIAS CONCRETAS /
COMPLEXAS.

HEGEL. Filosofia do Direito.


 Posse, como a mais simples relação jurídica entre os sujeitos.
 Não tem posse anterior à família, tribos – só posse, não
propriedade.
 Posse – Propriedade.

Categoria simples: relações sociais simples na


sociedade/comunidades simples.

POSSE E PROPRIEDADE ENQUANTO RELAÇÃO JURÍDICA.


Relação com outros.
Não significa que seria menos desenvolvido.

DINHEIRO existiu antes que existisse o capital, os bancos e o


trabalho assalariado.
Peru: sociedade desenvolvida, com divisão do trabalho, mas não
tinha dinheiro.

Comunidades eslavas: dinheiro era usado nas trocas feitas em


suas fronteiras, nas relações com outras
comunidades.

Gregos e Romanos: pagamento do soldo aos exércitos, em


dinheiro.
Relações econômicas/trocas: IMPOSTO E O EMPRÉSTIMO EM
FRUTOS NATURAIS.
TRABALHO: CATEGORIA SIMPLES.

 Manancial da riqueza: no dinheiro ou no trabalho.


 Desenvolvimento da concepção da realidade.
 Sistema manufatureiro ou comercial: riqueza está na
atividade subjetiva, o trabalho comercial e o trabalho
manufatureiro. Estas atividades eram produtoras de dinheiro.
 FISIOCRATAS: atividade criadora de riqueza era a
agricultura e o trabalho produz as riquezas com as atividades
e os produtos da agricultura, da TERRA.
 ADAM SMITH: riqueza não está nas atividades de trabalho,
mas, sim, no TRABALHO.
 Universalidade abstrata: no ato do trabalho e na noção sobre
o que é o trabalho e qual é a origem da riqueza.
As categorias mais abstratas (universais), bem como o produto
de relações históricas, não possuem plena validade senão para
estas relações e dentro dos limites destas mesmas relações.

A economia burguesa fornece a chave da economia antiga, etc.


Porém, não conforme a maneira dos economistas, que fazem
desaparecer todas as diferenças históricas e vêem a forma
burguesa em todas as formas de sociedade.

É PERTINENTE FALAR DE CAPITALISMO ANTIGO (???) – Max


Webber

O CAPITAL É A POTÊNCIA ECONÔMICA DA SOCIEDADE


BURGUESA, QUE DOMINA TUDO.

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