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Cod Proc Penal

Este documento discute os aspectos legais dos Juizados Especiais Criminais, definindo infrações penais de menor potencial ofensivo e estabelecendo regras para o julgamento dessas infrações. Também aborda outros tópicos relacionados como a suspensão condicional do processo e a transação penal.

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Cod Proc Penal

Este documento discute os aspectos legais dos Juizados Especiais Criminais, definindo infrações penais de menor potencial ofensivo e estabelecendo regras para o julgamento dessas infrações. Também aborda outros tópicos relacionados como a suspensão condicional do processo e a transação penal.

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CODIGO DE PROCESSO PENAL

JECRIM - Os Juizados Especiais Criminais são órgãos da Justiça que julgam infrações penais de menor
potencial ofensivo, buscando-se, com rapidez e informalidade, a reparação do dano sofrido pela vítima,
a transação penal, a suspensão condicional do processo e, em último caso, uma possível condenação.

ART 98 CPC
As Infrações penais de menor potencial ofensivo são as contravenções penais e aqueles crimes cuja pena
máxima prevista não ultrapasse a 02 (dois) anos.
As demais regras referentes aos Juizados Criminais estão previstas do artigo 60 em diante na lei dos
Juizados Especiais, Lei 9.099/95.

LEI Nº 9.099, DE 26 DE SETEMBRO DE 1995.

Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados e leigos, tem competência
para a conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais de menor potencial ofensivo,
respeitadas as regras de conexão e continência. (Redação dada pela Lei nº 11.313, de 2006)

Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo comum ou o tribunal do júri, decorrentes
da aplicação das regras de conexão e continência, observar-se-ão os institutos da transação penal e da
composição dos danos civis. (Incluído pela Lei nº 11.313, de 2006)

Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as
contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos,
cumulada ou não com multa. (Redação dada pela Lei nº 11.313, de 2006)

Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade, informalidade,
economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possível, a reparação dos danos sofridos
pela vítima e a aplicação de pena não privativa de liberdade.

Art. 98
Quando qualquer das partes pretender recusar o juiz, deverá fazê-lo em petição assinada por ela própria
ou por procurador com poderes especiais, aduzindo as suas razões acompanhadas de prova documental
ou do rol de testemunhas. Exceção de suspeição, procuração com poderes especiais e testemunhas
Quem pode recusar o juiz: O juiz pode ser recusado por meio de petição escrita e assinada por quaisquer
das partes, ou seja, MP, acusado, querelante, querelado e assistente da acusação. O artigo 271 dispõe
que ao assistente da acusação é permitido propor meios de prova, requerer perguntas às testemunhas,
aditar o libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo
Ministério Público, ou por ele próprio, nos casos dos artigos 584, § 1o, e 598. Esse rol de atos não é
exaustivo, pois que não se pode exigir que, em apenas um dispositivo do Código, o legislador enumere
todos os atos processuais que podem ser praticados pelo assistente. Caso se exigisse, seria um
dispositivo extremamente extenso. A toda evidência, o artigo 271 é exemplificativo. Procuração com
poderes especiais: Para opor exceção de suspeição, a parte precisa conceder ao advogado procuração
com poderes especiais. Não basta uma procuração para a “defesa criminal”, ou com a cláusula ad judicia
(para o foro em geral). Necessita de poderes expressos para arguir a suspeição do juiz. A razão dessa
cautela do legislador está em que, dependendo do conteúdo dos motivos alegados para fundamentar a
suspeição do julgador, poderá ficar caracterizado delito contra a honra. Havendo procuração com
poderes especiais, não há como o outorgante se eximir de sua responsabilidade, dizendo não ter dado
qualquer autorização ao procurador para arguir a exceção. Defensor público é aquele advogado que
pertence aos quadros da defensoria pública. Ele não defende com procuração. Para excepcionar
suspeição, necessita de procuração com poderes especiais, ou então, que o acusado assine junto a
petição de exceção de suspeição. Defensor dativo é o nomeado pelo magistrado para a defesa de
acusado que não dispõe de advogado e não quer constituir um. Se o acusado possui condições
financeiras, a escolha do advogado deve recair sobre um advogado, e não sobre o Defensor Público, pois
que esse tem o dever de defender apenas os necessitados (constitui desvio de função se o Defensor
Público defende acusados com condições de pagar advogado particular). O advogado dativo, por ser
nomeado, para ingressar com exceção de suspeição necessita, assim como o Defensor Público, ou de
procuração com poderes especiais, ou que o acusado assine junto a petição de exceção. Número de
testemunhas: Quanto ao número máximo de testemunhas, admitem-se três por fato (artigo 357,
parágrafo 6º, do CPC, aplicado por analogia). Doutrina Jomar Martins: Defensor público precisa de
procuração específica para alegar suspeição de juiz. Conjur. Jurisprudência Procuração com poderes
especiais para oposição de exceção de suspeição: É exigível procuração com poderes especiais para que
seja oposta exceção de suspeição por réu representado pela Defensoria Pública, mesmo que o acusado
esteja ausente do distrito da culpa (REsp 1.431.043- MG, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura,
julgado em 16/4/2015, DJe 27/4/2015 – Informativo 560). Momento oportuno para arguição e não
preclusão Momento oportuno: Tão logo a parte deva se manifestar nos autos, deve arguir a suspeição.
Dessa maneira, se já antes de se iniciar o processo estiver presente causa de suspeição do juiz, o MP
deverá opor a exceção de suspeição em peça separada, juntamente com a denúncia. Quanto ao acusado,
deverá excepcionar no prazo da defesa escrita, sendo que essa sua petição será processada em apartado
(artigo 396-A, parágrafo 1º). Caso a suspeição se verifique no curso do processo, as partes deverão argui-
la tão logo tomem conhecimento desta. Ausência de arguição oportuna e nulidade absoluta: A ausência
de arguição oportuna não implica preclusão. A arguição pode ser feita a qualquer momento. A
insuspeição do juiz, vale dizer, a garantia e a certeza de sua imparcialidade, constitui ato essencial,
estrutural, basilar do processo. Por isso, a suspeição implica nulidade absoluta, insanável (artigo 564,
inciso I). Não se questiona o prejuízo. O prejuízo é presumido, e, por se tratar de ausência de ato
estrutural do processo, inadmite-se demonstração em contrário. Exceção de suspeição do juiz e do MP
na fase do inquérito Exceção de suspeição do juiz e do MP na fase do inquérito: Guilherme Nucci, com
perspicácia, percebe que a exceção de suspeição pode ser interposta na fase do inquérito. Tanto contra o
juiz como contra o MP. Comenta que “parece-nos que o juiz, valendo o mesmo para o promotor,
impedido ou suspeito deve afastar-se da investigação, uma vez que exerce valiosíssima fiscalização sobre
a atividade policial. Não seria viável ter à frente de um inquérito, podendo decretar medidas cautelares
fundamentais, como a prisão preventiva, a quebra de sigilo bancário ou fiscal, bem como a busca e
apreensão, um juiz parcial. Aliás, o artigo 107 do CPP preceitua que até mesmo a autoridade policial
suspeita deve afastar-se do inquérito, embora contra ela não caiba a oposição de suspeição. Assim, a
pessoa investigada, sentindo-se prejudicada, deve apresentar exceção de suspeição ou impedimento
contra o magistrado ou contra o promotor que atuar na fase do inquérito, caso não haja o afastamento
espontâneo do caso”.

Direito Penal Negocial


A justiça negocial criminal é um instrumento de política criminal para evitar o encarceramento de quem
comete uma infração de menor expressão, admite o erro e pretende não mais delinquir. No Brasil, com a
inserção do Acordo de Não Persecução Penal, art. 28-A, no Código de Processo Penal, pelo Pacote
Anticrime (Lei 13.964/19), nosso ordenamento jurídico passou a possuir mais uma oportunidade para
evitar a aplicação ou cumprimento da pena, mediante certos requisitos e determinadas condições.

Um dos instrumentos mais antigos de justiça negocial em nosso ordenamento jurídico é a suspensão
condicional da pena, o sursis. A Constituição Federal, no seu art. 98, inciso I, autorizou a transação,
exclusivamente para infrações consideradas pela lei como de menor potencial ofensivo, hoje, aqueles
delitos cuja pena máxima não ultrapassa dois anos. A Lei 9.099/95, traz no art. 89, a suspensão
condicional do processo, voltado para a crimes cuja pena mínima é igual ou inferior a um ano. No caso
da suspensão condicional do processo, recebe-se a denúncia e suspende-se o feito, cumpridas as
condições, julga-se extinta a punibilidade. Ainda em nosso ordenamento, a justiça negocial ganhou
maior amplitude com o instituto da delação premiada, a saber não é novo no ordenamento jurídico
sendo possível identificá-lo em legislações anteriores a Lei 12.850/13 que trata sobre as organizações
criminosas.

O princípio da oralidade significa que os atos processuais do processo penal devem ser praticados
oralmente na presença dos participantes processuais.

Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal:

I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias
seguidos;

II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para
prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber
fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36;

III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a
que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.

Art. 8º - O prazo para defesa prévia será de cinco dias, contado do interrogatório ou da intimação do
defensor dativo. (Vide Lei nº 8.658, de 1993)

Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não houver aplicação de pena, pela ausência do
autor do fato, ou pela não ocorrência da hipótese prevista no art. 76 desta Lei, o Ministério Público
oferecerá ao Juiz de Imediato, denúncia oral, se não houver necessidade de diligencias imprescindíveis.

O princípio da insignificância no processo penal

Durante o curso de Direito esse princípio é pouco abordado. Mas você sabia que se tiver o conhecimento
dos pontos certos, poderá virar uma tese de defesa ótima?

O princípio da insignificância decorre do entendimento de que o Direito Penal não deve se preocupar
com condutas cujo resultado não seja suficientemente grave, a ponto de não haver necessidade de punir
o agente e nem de recorrer aos meios processuais. Um exemplo prático é o furto de pequeno valor.

No exemplo do furto, temos o artigo 155 do Código Penal que aplica a pena de um a quatro anos,
correto?

Mas seria viável aplicar essa pena a alguém que furtou uma caneta?

Nesse caso seria aplicável o princípio da insignificância, visto que a pena estabelecida para o ato
cometido não teria um peso justo com relação ao crime cometido. E este princípio para ser aplicado
deve ser verificado em cada caso concreto e analisado as peculiaridades de cada um.

Conforme o exposto, nota-se que o princípio da insignificância surgiu para preencher uma lacuna no
Direito Penal, uma vez que seu objetivo é excluir as condutas que apresentam um pequeno potencial
ofensivo, devido a desproporcionalidade da aplicação da pena diante um caso irrelevante.

MAS, QUAIS SÃO OS REQUISITOS PARA A APLICAÇÃO DESSE PRINCÍPIO?

Os Tribunais Superiores têm fixado em suas jurisprudências certos requisitos para que possa reconhecer
a insignificância de determinada conduta. São eles:

a) mínima ofensividade da conduta;


b) ausência de periculosidade social da ação;

c) reduzido grau de reprovabilidade do comportamento

d) inexpressividade da lesão jurídica ( HC 92.463 e HC 92.961 no STF e Resp 1084540 no STJ).

Tal princípio deve ser aplicado a cada caso concreto, cuja análise exige evidentemente um certo ponto
de vista do magistrado.

É preciso analisar se o reconhecimento do princípio da insignificância deve ser feito unicamente pelo
nível da lesão sofrida, isto é, pelo desvalor do resultado. Juntamente com o nível da lesão, devem ser
analisadas se as circunstâncias judiciais, são favoráveis.

Esse princípio é de extrema importância para o Direito Penal, tendo um caráter positivista
dos princípios que o fundamentam.

Estatuto do Idoso
O Estatuto do Idoso, Lei 10.741/2003, prevê como crime a conduta de colocar em risco a vida ou a saúde
do idoso, através de condições degradantes ou privação de alimentos ou cuidados indispensáveis. A
pena prevista é de 2 meses a 1 ano de detenção, e multa. Se o resultado do crime for lesão corporal
grave, a pena aumenta para 1 a 4 anos de reclusão. Por fim, se o resultado for morte, a pena é de 4 a 12
anos de reclusão.

Estatuto do Idoso
Lei Nº 10.741, de 1º de outubro de 2003
Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou psíquica, do idoso, submetendo-o a condições
desumanas ou degradantes ou privando-o de alimentos e cuidados indispensáveis, quando obrigado a
fazê-lo, ou sujeitando-o a trabalho excessivo ou inadequado:
Pena – detenção de 2 (dois) meses a 1 (um) ano e multa.

§ 1o Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:

Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos.

§ 2o Se resulta a morte:

Pena – reclusão de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.

Excesso de prazo justificado – complexidade do processo


última modificação: 06/08/2020 13:50
Tema atualizado em 5/8/2020.

"1. Os prazos processuais não são absolutos, podendo sofrer prorrogação diante das circunstâncias do
caso concreto, não devendo ser analisados exclusivamente em razão do tempo de prisão, consoante
firme entendimento do c. STJ e desta eg. Corte de Justiça. 2. Inexiste excesso de prazo se a demora no
encerramento da instrução processual criminal não se deu em razão de desídia do Juízo na condução do
processo, mas sim em decorrência da complexidade da em face de medidas preventivas decorrentes da
situação excepcional da pandemia do Covid-19. "

Acórdão 1261057, 07180722720208070000, Relator: CARLOS PIRES SOARES NETO, 1ª Turma Criminal,
data de julgamento: 2/7/2020, publicado no DJe: 15/7/2020.

Trecho de acordão
“Quanto ao excesso de prazo para a formação da culpa, apesar de o Código de Processo Penal Brasileiro
não ter estabelecido um prazo de duração da prisão preventiva, tem-se orientação jurisprudencial, no
sentido de que a prisão cautelar não pode perdurar além do tempo estabelecido para a instrução
criminal.

No entanto, o prazo fixado na legislação para a instrução criminal é impróprio, admitindo a prorrogação,
de modo que eventual excesso deve ser examinado de acordo com os princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade, levando-se em consideração a complexidade do caso, o procedimento a ser seguido,
o número de infrações penais e de réus e se o prolongamento foi causado pelo órgão de acusação ou de
defesa, ou ainda, pela própria autoridade judiciária. Logo, o constrangimento ilegal da prisão cautelar
não se demonstra apenas por meio da análise isolada do tempo de prisão, devendo ser observadas
também as circunstâncias do caso em concreto.

(...)

O entendimento jurisprudencial do colendo Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que o prazo


para a conclusão da instrução processual serve apenas como parâmetro geral e só configura o
constrangimento pelo excesso de prazo se houve descaso por parte do Judiciário e do Ministério
Público.”

Acórdão 1263757, 07187764020208070000, Relatora: NILSONI DE FREITAS CUSTODIO, 3ª Turma


Criminal, data de julgamento: 9/7/2020, publicado no PJe: 17/7/2020.

Acórdãos representativos
Acórdão 1258133, 07144235420208070000, Relator: JESUINO RISSATO, 3ª Turma Criminal, data de
julgamento: 18/6/2020, publicado no PJe: 30/6/2020;

Acórdão 1256534, 07110207720208070000, Relator: CRUZ MACEDO, 1ª Turma Criminal, data de


julgamento: 10/6/2020, publicado no PJe: 25/6/2020;

Acórdão 1245183, 07069441020208070000, Relator Designado: MARIO MACHADO 1ª Turma Criminal,


data de julgamento: 23/4/2020, publicado no DJE: 6/5/2020;

Acórdão 1237748, 07048716520208070000, Relator: DEMETRIUS GOMES CAVALCANTI, 3ª Turma


Criminal, data de julgamento: 12/3/2020, publicado no PJe: 20/3/2020;
Acórdão 1204360, 07188953520198070000, Relator: JAIR SOARES, 2ª Turma Criminal, data de
julgamento: 26/9/2019, publicado no DJE: 1/10/2019.

Destaque
STF
Razoável duração do processo – proporcionalidade com a complexidade do feito

“Por outro lado, a razoável duração do processo não pode ser considerada de maneira isolada e
descontextualizada das peculiaridades do caso concreto, até porque a melhor compreensão do princípio
constitucional aponta para processo sem dilações indevidas, em que a demora na tramitação do feito há
de guardar proporcionalidade com a complexidade do delito nele veiculado e as diligências e os meios
de prova indispensáveis a seu deslinde. A razoável duração do processo envolve a análise da
proporcionalidade com a complexidade do feito.” HC 178.101/RJ

Art. 334. Utilizar organização comercial de vendas, distribuição de mercadorias, prêmios e sorteios para
propaganda ou aliciamento de eleitores:
Pena - detenção de seis meses a um ano e cassação do registro se o responsável fôr candidato.

Lei Maria da Penha


Art. 41. aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente
da pena prevista, não se aplica a Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995. Art.

SÚMULA 536
A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos
ao rito da Lei Maria da Penha.

SÚMULA N. 542
A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra a mulher é
pública incondicionada. Referência: Lei n. 11.340, de 07/08/2006. HC 242.458-DF (5ª T 11/09/2012 – DJe
19/09/2012).

Confira alguns pontos da decisão do STF sobre juiz das garantias


Notícia publicada por DECCO-SEDIF em 28/08/2023 17:03
Na sessão do dia 24 de agosto, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber,
proclamou o resultado do julgamento das quatro Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs 6298,
6299, 6300 e 6305) que questionavam alterações no Código de Processo Penal (CPP) pelo Pacote
Anticrime (Lei 13964/2019) , entre elas a criação do juiz das garantias.
Confira alguns pontos da decisão:

Prazo
O Tribunal considerou a norma de aplicação obrigatória e deu prazo de 12 meses, prorrogável por mais
12 meses, a partir da publicação da ata do julgamento, para a adoção das medidas legislativas e
administrativas necessárias à adequação das diferentes leis de organização judiciária, à efetiva
implantação e ao efetivo funcionamento do juiz das garantias em todo o país, conforme as diretrizes do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Norma de processo penal


Para o colegiado, as regras, introduzidas pelo Pacote Anticrime (Lei 13964/2019), são uma opção
legítima do Congresso Nacional visando assegurar a imparcialidade no sistema de persecução penal. O
entendimento foi de que, como a norma é de processo penal, não há violação do poder de auto-
organização dos tribunais, pois apenas a União tem competência para propor leis sobre o tema.

Competência até a denúncia

De acordo com as novas regras, o juiz das garantias deverá atuar apenas na fase do inquérito policial e
será responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos direitos
individuais dos investigados. A partir do oferecimento da denúncia, a competência passa a ser do juiz da
instrução.

Prisão
Em até 10 dias após o oferecimento da denúncia ou queixa, o juiz da instrução e julgamento deverá
reexaminar a necessidade das medidas cautelares em curso.

Revogação automática de prisão cautelar


Foi afastada a regra que previa o relaxamento automático da prisão caso as investigações não fossem
encerradas no prazo legal. Segundo a decisão, o juiz poderá avaliar os motivos que motivaram sua
declaração.

Alcance
As normas relativas ao juiz das garantias não se aplicam aos processos de competência originária do STF
e do Superior Tribunal de Justiça, regidos pela Lei 8.038/1990, aos processos de competência do Tribunal
do Júri, aos casos de violência doméstica e familiar e às infrações penais de menor potencial ofensivo. O
juiz das garantias atuará nos processos criminais da Justiça Eleitoral.

Investidura
Foi afastada a regra que previa a designação do juiz das garantias. Segundo a decisão, o juiz deverá ser
investido conforme as normas de organização judiciária de cada esfera da justiça, observando critérios
objetivos a serem periodicamente divulgados pelos tribunais.

Controle de investigações
Foi fixado o prazo de até 90 dias, contados da publicação da ata do julgamento, para os representantes
do Ministério Público encaminharem, sob pena de nulidade, todos os procedimentos de investigação
(PICs) e outros procedimentos semelhantes, mesmo que tenham outra denominação, ao respectivo juiz
natural, independentemente de o juiz das garantias já ter sido implementado na respectiva jurisdição.
Contraditório
O exercício do contraditório será realizado, preferencialmente, em audiência pública e oral. Contudo, o
juiz pode deixar de realizar a audiência quando houver risco para o processo ou adiá-la em caso de
necessidade.

Dignidade do preso
A divulgação de informações sobre a realização da prisão e a identidade do preso pelas autoridades
policiais, pelo Ministério Público e pela magistratura deve assegurar a efetividade da persecução penal, o
direito à informação e a dignidade da pessoa submetida à prisão

Arquivamento
Ao se manifestar pelo arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos da
mesma natureza, o Ministério Público submeterá sua manifestação ao juiz competente e comunicará o
fato à vítima, ao investigado e à autoridade policial, podendo encaminhar os autos para o procurador-
geral ou para a instância de revisão ministerial, quando houver, para fins de homologação.

Revisão
Além da vítima ou de seu representante legal, a autoridade judicial competente também poderá
submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão ministerial, caso verifique patente
ilegalidade ou anormalidade no arquivamento.

Prova inadmissível
Foi declarada a inconstitucionalidade do dispositivo que proibia o juiz que tivesse admitido prova
declarada inadmissível de proferir a sentença ou o acórdão.

Audiência de custódia
Em caso de urgência, a audiência de custódia poderá ser realizada por videoconferência.

Remessa dos autos


A remessa dos autos ao juiz da instrução passa a ser obrigatória. A norma que previa a permanência dos
autos com o juiz das das garantias foi declarada inconstitucional.

Regra de transição
A eficácia da lei não acarretará nenhuma modificação do juízo competente nas ações penais já
instauradas no momento da efetiva implementação do juiz das garantias pelos tribunais.

Imprensa
Também foi mantida a regra que proíbe as autoridades penais de fazer acordos com órgãos de imprensa
para divulgar operações. Nesse ponto, o colegiado considerou que a divulgação de informações sobre
prisões e sobre a identidade do preso pelas autoridades policiais, pelo Ministério Público e pelo
Judiciário deve seguir as normas constitucionais para assegurar a efetividade da persecução penal, o
direito à informação e a dignidade da pessoa.
Suspensão Condicional do Processo
por ACS — publicado há 8 anos
Na oportunidade em que o Ministério Público oferecer a denúncia, se estiverem presentes os requisitos,
poderá propor a suspensão do processo por até quatro anos, se o acusado não tiver outro processo
criminal ou não tenha sido condenado por outros crimes, para que o acusado cumpra determinadas
condições em troca da extinção do processo.

Se o acusado aceitar a proposta, e a denúncia for recebida, o juiz poderá suspender o processo até que
as condições, que estão descritas na lei, sejam efetivamente cumpridas.

Uma vez concedido o benefício, o mesmo cidadão não poderá fazer novo uso dele dentro de 5 anos.

Todos os requisitos e detalhes referentes à concessão do benefício estão previstos no artigo 89 da lei
9.099/95, que trata dos juizados especiais.

Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não
por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por
dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por
outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77
do Código Penal).

§ 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a
denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as seguintes
condições:

I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo;

II - proibição de freqüentar determinados lugares;

III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz;

IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas


atividades.

§ 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que
adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado.

§ 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro
crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano.

§ 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por
contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta.

§ 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade.

§ 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo.


§ 7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste artigo, o processo prosseguirá em seus
ulteriores termos.

Art. 90. As disposições desta Lei não se aplicam aos processos penais cuja instrução já estiver
iniciada. (Vide ADIN nº 1.719-9)

Art. 90-A. As disposições desta Lei não se aplicam no âmbito da Justiça Militar. (Artigo incluído pela
Lei nº 9.839, de 27.9.1999)

Art. 91. Nos casos em que esta Lei passa a exigir representação para a propositura da ação penal
pública, o ofendido ou seu representante legal será intimado para oferecê-la no prazo de trinta dias, sob
pena de decadência.

Art. 92. Aplicam-se subsidiariamente as disposições dos Códigos Penal e de Processo Penal, no que
não forem incompatíveis com esta Lei.

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