06 - DeCRETO #48.817 de 24 de NOVEMBRO de 2023 - Gestão e Fiscalização Contratual No Termos Da Lei 14.133-2021
06 - DeCRETO #48.817 de 24 de NOVEMBRO de 2023 - Gestão e Fiscalização Contratual No Termos Da Lei 14.133-2021
06 - DeCRETO #48.817 de 24 de NOVEMBRO de 2023 - Gestão e Fiscalização Contratual No Termos Da Lei 14.133-2021
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO II
DOS AGENTES DA GESTÃO E DA FISCALIZAÇÃO
Seção I
Da Designação Dos Gestores e Fiscais
Seção II
Da Comissão de Gestão e Fiscalização
Seção IV
Das Vedações
Art. 15. É vedada a designação e manutenção de agente público para gestor ou fiscal de
contrato que:
I - tenha sido apenado em processo administrativo e a sanção não tenha sido cumprida;
II - tenha, em seus registros funcionais, punições decorrentes da prática de atos lesivos
ao patrimônio público;
III - tenha sido condenado por crimes contra a Administração Pública ou por ato de
improbidade administrativa;
IV - possua os seguintes vínculos familiares com os sócios, administradores e/ou
responsáveis técnicos da empresa contratada:
a) que sejam casados ou divorciados na forma da lei civil;
b) que convivam em união estável ou que a tenham dissolvido na forma da lei civil;
c) que sejam pais, avós ou bisavós;
d) que sejam filhos, netos ou bisnetos;
e) que sejam irmãos, tios ou sobrinhos;
f) que sejam parentes por afinidade;
g) que sejam casados ou mantenham união estável com qualquer das pessoas
mencionadas nas alíneas "c", "d" e "e" do inciso IV deste artigo;
h) que sejam ex-cônjuges ou ex-companheiros de qualquer das pessoas mencionadas
nas alíneas "c", "d" e "e" do inciso IV deste artigo;
V - possua interesse pessoal direto ou indireto no resultado do contrato;
VI - esteja litigando judicial ou administrativamente como preposto, gerente, diretor,
proprietário ou sócio da contratada ou respectivos cônjuges ou companheiros;
VII - tenha amizade íntima ou inimizade notória com alguma das pessoas indicadas no
inciso VI deste artigo;
VIII - tenha relação de crédito ou débito com a contratada ou com as pessoas indicadas
no inciso VI deste artigo;
IX - tenha, por qualquer condição, aconselhado a parte contratada ou que dela tenha
recebido, a qualquer título, honorários, créditos, presentes ou favores;
X - seja integrante de comissão de contratação, agente de contratação, pregoeiro e
membro de equipe de apoio;
XI - exerça função incompatível com as designadas, tendo em vista o princípio da
segregação das funções; e
XII - seja servidor ou empregado temporário ou contratado por prestador de serviço,
usualmente denominado terceirizado, ou de estagiário.
§ 1º O agente público em situação de impedimento fica obrigado a comunicá-lo
imediatamente à autoridade que o indicou, a fim de que seja providenciada a designação
de outro agente nos termos do Art. 8º - deste Decreto.
§ 2º Omitindo-se quanto a ocorrência de quaisquer dos fatos impeditivos constantes nos
incisos anteriores, o agente responderá civil e administrativamente pelo prejuízo que
houver causado à Administração.
Art. 16. É vedado aos gestores e aos fiscais delegar, entre si ou a outrem, a qualquer
título, as atribuições expressas neste Decreto, excetuando as hipóteses temporárias
contidas no inciso III do caput e no § 2º do Art. 8º deste Decreto, bem como as que lhes
forem conferidas pela autoridade competente com expressa permissão de
substabelecimento.
CAPÍTULO III
DOS INSTRUMENTOS DA GESTÃO E DA FISCALIZAÇÃO
Seção I
Do Modelo de Gestão
Art. 17. O modelo de gestão do contrato, que detalha como a execução do objeto será
acompanhado e fiscalizado pelo órgão ou entidade, deverá ser descrito no estudo
técnico preliminar e no termo de referência ou projeto básico e conterá os elementos
técnicos e objetivos para o efetivo acompanhamento e a fiscalização concomitantes à
execução contratual, devendo, em especial, definir:
I - os tipos de agentes públicos responsáveis pelo acompanhamento e fiscalização do
contrato, conforme art. 5º deste Decreto;
II - o protocolo de comunicação entre o contratante e o contratado;
III - os demais mecanismos de controle que serão utilizados para fiscalizar a execução
do objeto contratado;
IV - a forma de aferição do objeto contratado, para efeito de pagamento com base no
resultado, incluindo critérios de aceite dos bens entregues ou dos serviços prestados;
V - as orientações quanto ao controle das garantias contratuais, quando necessário;
VI - o método de avaliação da conformidade dos produtos e dos serviços entregues com
vistas ao recebimento provisório;
VII - o método de avaliação da conformidade dos produtos e dos serviços entregues
com vistas ao recebimento definitivo;
VIII - o procedimento e periodicidade de verificação do cumprimento da obrigação do
contratado de manter todas as condições nas quais o contrato foi assinado durante todo o
seu período de execução;
IX - as sanções e condições para rescisão contratual, devidamente justificadas e os
respectivos procedimentos para aplicação;
X - Acordo de Nível de Serviço - ANS, glosas e os respectivos procedimentos para
aplicação;
XI - lista de verificação para os aceites provisório e definitivo, a serem usados durante a
fiscalização do contrato, se for o caso.
Art. 18. A execução dos contratos deverá ser acompanhada e fiscalizada por meio de
instrumentos de controle que compreendam a mensuração dos seguintes aspectos,
quando for o caso:
I - os resultados alcançados em relação ao contratado, com a verificação dos prazos de
execução e da qualidade demandada;
II - os recursos humanos empregados em função da quantidade e da formação
profissional exigidas;
III - a qualidade e quantidade dos recursos materiais utilizados;
IV - a adequação dos serviços prestados à rotina de execução estabelecida;
V - o cumprimento das demais obrigações decorrentes do contrato;
VI - a satisfação do público usuário, quando possível.
§ 1º Deve ser estabelecido, desde o início da execução contratual, mecanismo de
controle da utilização dos materiais empregados nos contratos, para efeito de
acompanhamento da execução do objeto bem como para subsidiar a estimativa para as
futuras contratações.
§ 2º A conformidade do material a ser utilizado na execução dos serviços deverá ser
verificada juntamente com o documento da contratada que contenha a relação detalhada
destes, de acordo com o estabelecido no contrato, informando as respectivas
quantidades e especificações técnicas, tais como marca, qualidade e forma de uso.
§ 3º É vedada a atribuição à contratada da avaliação de desempenho e qualidade da
prestação dos serviços por ela realizada.
§ 4º Na hipótese de comportamento contínuo de desconformidade da prestação do
serviço em relação à qualidade exigida, bem como quando esta não atingir os níveis
mínimos toleráveis previstos nos indicadores, além dos fatores redutores, deve ser
instaurado processo administrativo punitivo para apuração das infrações e, se for o caso,
aplicação de sanções, conforme regulamento específico.
§ 5º Havendo indícios de irregularidade, caberá ao gestor do contrato intimar o licitante
ou o contratado para, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, estabelecido na Lei nº 14.133,
de 2021, contado da data de intimação, apresentar defesa escrita e especificar provas
que pretenda produzir.
§ 6º Encerrada a instrução, o gestor do contrato elaborará relatório com a finalidade de
subsidiar a tomada de decisão pela autoridade competente, o qual conterá breve
exposição dos fatos documentados, referência às provas colhidas e opinião conclusiva
sobre existência, ou não, de culpa da licitante ou da contratada.
Art. 19. São instrumentos da gestão e da fiscalização das contratações, quando couber:
I - Estudo Técnico Preliminar - ETP;
II - Termo de Referência ou Projeto Básico e Projeto Executivo, se houver;
III - o Contrato e seus anexos;
IV - o Acordo de Níveis de Serviço - ANS;
V - Planilha de Custos e Formação de Preços;
VI - Matriz de Riscos;
VII - o Registro de Ocorrência;
VIII - o Diário de Obra ou instrumento equivalente em conformidade com o que dispõe
o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia - CONFEA;
IX - os Acordos ou Convenções Coletivas do Trabalho;
X - as Orientações Administrativas, os Enunciados e os Pareceres Normativos da
Procuradoria Geral do Estado;
XI - Orientações da Controladoria Geral do Estado - CGE;
XII - cronograma físico e financeiro; e
XIII - demais ferramentas e sistemas desenvolvidos para o auxílio da gestão e da
fiscalização.
§ 1º O Estudo Técnico Preliminar, de que trata o inciso I deste artigo, deverá ser
utilizado, apenas, como instrumento de consulta auxiliar na gestão e fiscalização da
execução do contrato.
§ 2º Quando previsto Acordo de Nível de Serviço - ANS, o fiscal do contrato deverá
verificar os impactos sobre o pagamento, nas situações em que a contratada:
I - não produzir os resultados, executar parcialmente ou com as quantidades e
qualidades mínimas exigidas nos serviços contratados;
II - deixar de utilizar materiais e recursos humanos exigidos para a execução do serviço,
ou utilizá-los com qualidade ou quantidade inferior à demandada.
§ 3º A redução do pagamento a que se refere o §2º deste artigo não se confunde e não
prejudica as sanções quando cabíveis.
§ 4º A planilha de custos e formação de preços é o documento a ser utilizado para
detalhar os componentes de custo que incidem na formação do preço dos serviços,
podendo ser adequado pela Administração em função das peculiaridades dos serviços a
que se destina, no caso de serviços continuados.
§ 5º O Registro de Ocorrência é o documento no qual são anotados periodicamente
todos os eventos relacionados à execução do contrato e, quando houver, deverá ser
formalizado nos autos do Processo Administrativo de Gestão e Fiscalização da
Contratação, de que trata o inciso I do art. 22 deste Decreto, e juntado ao respectivo
processo de contratação:
I - as ocorrências acerca da execução contratual deverão ser registradas durante toda a
vigência da prestação dos serviços, cabendo ao gestor e fiscais, observadas suas
atribuições, a adoção das providências necessárias ao fiel cumprimento das cláusulas
contratuais.
II - o registro das ocorrências, as comunicações entre as partes e demais documentos
relacionados à execução do objeto deverão ser organizados em processo de fiscalização;
III - as situações que exigirem decisões e providências que ultrapassem a competência
do fiscal deverão ser registradas e encaminhadas ao gestor do contrato que as enviará ao
superior em tempo hábil para a adoção de medidas saneadoras.
Seção II
Do Recebimento do Objeto
CAPÍTULO IV
DA GESTÃO DAS CONTRATAÇÕES
CAPÍTULO VI
DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS E DEMAIS PENALIDADES
CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS
CLÁUDIO CASTRO
Governador