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TEORIA DE RELATIVIDADE ESPECIAL - William

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UNIVERSIDADE ROVUMA

CURSO: ENGENHARIA CIVIL

TEMA:

Fundamentos da Teoria de Relatividade Especial

NOME DOS ELEMENTOS:

Mustafa Chande Jafar

Qui Momade Abudo

Tomas Jose Ronda

William Leonardo Binali

Nampula
2021
UNIVERSIDADE ROVUMA

TEMA:

Fundamentos da Teoria de Relatividade Especial

NOME DOS ELEMENTOS:


Mustafa Chande Jafar

Qui Momade Abudo

Tomas Jose Ronda

William Leonardo Binali

Trabalho de caracter avaliativo da


cadeira de Fisica 1. para o curso de
Engenharia civil lecionado pelo

Docente: Salomão Dombole.

Nampula
2021
Índice

CAPITULO I: INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS.......................................................................4


1. Introdução....................................................................................................................
1.1 Objectivos..................................................................................................................
1.1.1 Objectivo Geral..................................................................................................................5
CAPITULO II: REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................................6
2 Conceito de Relatividade...............................................................................................6
2.1.1 Postulados da Relatividade.....................................................................................6
2.1.2 A Velocidade Limite..............................................................................................6
3 Registrando um Evento.................................................................................................7
4 A Relatividade da Simultaneidade................................................................................7
5 A Relatividade do Tempo.............................................................................................8
5.1 Dilatação do tempo..................................................................................................10
5.2 Duas Demonstrações Experimentais da Dilatação do Tempo.................................11
6. A Relatividade das Distâncias...................................................................................12
7. A Transformação de Lorentz.....................................................................................13
7.1 As Equações da Transformação de Galileu.............................................................14
7.2 As Equações da Transformação de Lorentz............................................................14
8. Algumas Consequências das Equações de Lorentz...................................................15
9. A Relatividade das velocidades.................................................................................16
10. O Efeito Doppler para a Luz....................................................................................16
10.1 O Efeito Doppler em Baixas Velocidades.............................................................17
10.2 O Efeito Doppler na Astronomia...........................................................................17
10.3 Efeito Doppler Transversal...................................................................................18
11. Uma Nova Interpretação do Momento....................................................................18
12. Uma Nova Interpretação da Energia........................................................................19
CAPITULO III: METODOLOGIA............................................................................................20
13. Metodologia.............................................................................................................20
14. Conclusão.................................................................................................................21
Referências
Bibliográficas .............................................................................................22
5

CAPITULO I: INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS

1. Introdução

A história do pensamento humano mostra a constante busca de teorias que possam


descrever, da forma a mais coerente possível, o nosso cotidiano. Desde a Antiguidade, a
humanidade busca respostas para muitas questões, até mesmo para a nossa própria existência.
No entanto muitos livros, em apresentações simplificadas, deixam a ideia de que suas
“Descobertas” ocorreram a partir apenas de observações, ou por pura casualidade, sem
nenhuma conexão com teorias já previamente existentes.
Buscou-se, através do presente trabalho, enfatizando as ideias científicas sobre a teoria
da relatividade especial (Teoria de relatividade restrita). Nesta unidade apresenta-se uma
explanação sobre fundamentos da teoria de relatividade restrita, ao qual no capítulo I é
apresentada a introdução, Capitulo II a fundamentação teoria do mesmo, e o Capitulo III a
metodologia.
6

1.1 Objetivos

Objetivos é “o ponto de partida, as premissas gerais do processo pedagógico” sob


ponto de vista do autor, a definição de objetivo determina o que o pesquisador quer
atingir com a realização desta pesquisa, para que atinge a meta ou fim que pretende
alcançar”. (LAKATOS. 2004).

1.1.1 Objetivo Geral

 Falar sobre os fundamentos da teoria de relatividade

1.1.2 Objetivos Específicos

 Falar sobre Relatividade;

 Saber quais são os postulados da Relatividade;

 Falar sobre Transformação de Lorentz;

 Falar sobre Relatividade das velocidades;

 Falar sobre os efeitos Doppler para a Luz;

 Falar sobre Relatividade das unidades (distancia, Tempo);


7

CAPITULO II: REFERENCIAL TEÓRICO

2. Conceito de Relatividade

É o campo da Física dedicado ao estudo de medidas dos eventos que ocorrem em


referenciais que se movem com velocidades próximas a velocidade da luz: onde e quando
ocorrem, qual a distância que os separa no espaço e no tempo. Além disso, a relatividade tem
a ver com a relação entre os valores medidos em referenciais que se movem, um em relação
ao outro. (Halliday & Resnick, 2018)

Relatividade Restrita: Aplica-se apenas aos referenciais inerciais, ou seja, aqueles


nos quais as leis de Newton são validas (v = 0)

2.1.1 Postulados da Relatividade

 Primeiro Postulado: As Lei da física (não apenas a mecânica, mas também o


eletromagnetismo e a óptica) são as mesmas para todos os observadores situados em
referenciais inerciais. Não existe um referencial absoluto!
 Segundo Postulado: A velocidade da luz no vácuo tem o mesmo valor c = 2,998*108
m/s em todas as direções e em todos os referenciais inerciais. (Não existe partícula
com massa diferente de zero capaz de atingir o limiar de velocidade da luz c).

2.1.2 A Velocidade Limite

A existência de um limite para a velocidade dos elétrons foi demonstrada em 1964 em


um experimento de W. Bertozzi. O experimento mostrou que, quando uma força é aplicada a
um elétron que está se movendo em alta velocidade, a energia cinética aumenta, mas a
velocidade praticamente não varia. Verificações experimentais mostram que mesmo
fornecendo alta energia a uma partícula, ela nunca irá superar a velocidade limite c =
299792458 m/s.
8

Figura 2-1: Os pontos mostram valores experimentais da energia cinética de um


eléctron para diferentes valores da velocidade. Por maior que seja a energia fornecida a um
eléctron (ou qualquer outra partícula com massa), a velocidade da partícula jamais atinge ou
supera a velocidade limite c. (A curva que passa pelos pontos mostra as previsões da teoria da
relatividade restrita de Einstein.)

3 Registrando um Evento

 Evento: É algo que acontece. Um observador pode atribuir 4 coordenadas a um


evento, três espaciais e uma temporal.
 Coordenadas espaciais: sistema tridimensional de réguas perpendiculares usado para
determinar a localização espacial do evento.
 Coordenadas temporais: para determinar cada ponto de intersecção da rede de
réguas é instalado um relógio, sincronizado com os outros através de pulsos
luminosos.

4 A Relatividade da Simultaneidade

Na Relatividade galileia, dois eventos são simultâneos para qualquer observador desde
que, em qualquer referencial inercial, ocorra a simultaneidade. Isto porque, para a
Relatividade galileia, o tempo é absoluto, independe do referencial que estivermos utilizando.
(Wolff, 2005)
Se a velocidade relativa dos observadores é n1uito menor que a velocidade da luz os
desvios em relação à simultaneidade são tão pequenos que não podem ser observados. É O
que acontece na vida cotidiana; é por isso que a relatividade da simultaneidade nos parece tão
estranha.
A simultaneidade não é um conceito absoluto e sim um conceito relativo, que depende
do movimento do observador. (Halliday & Resnick, 2018)
9

Figura 2-2: O espaço naves de João e Maria e os eventos do ponto de vista de João. A
espaço nave de Maria está se movendo para a direita com velocidade v. (a) O evento
Vermelho ocorre na posição V' e o evento Azul ocorre na posição AA'; os dois eventos
produzem ondas luminosas. (b) João detecta simultaneamente as ondas dos eventos Vermelho
e Azul. (e) Maria detecta a onda do evento Vermelho antes de João detectar os dois eventos.
(d) Maria detecta a onda do evento Azul depois de João detectar os dois eventos.

5 A Relatividade do Tempo

Se dois observadores que estão se movendo um em relação ao outro medem um


intervalo de tempo (ou separação temporal) entre dois eventos, em geral encontram resultados
diferentes. Por quê? Porque a separação espacial dos eventos pode afetar o intervalo de tempo
medido pelos observadores. (Riffel, 2010)
O intervalo de tempo entre dois eventos depende da distância entre os eventos tanto
no espaço como no tempo, ou seja, as separações espaciais e temporal estão entrelaçadas.

Demonstração de um experimento realizado por Maria quando a moça e seu


equipamento (uma fonte luminosa, um espelho, um detector e um relógio) estão a bordo de
um trem que se move com velocidade constante em relação a uma estação. Um pulso emitido
pela fonte luminosa deixa o ponto B (evento 1), viaja verticalmente para cima, é reflectido
verticalmente para baixo pelo espelho e é detectado no ponto de origem (evento 2). Maria
mede um intervalo de tempo ∆𝑡0 entre os dois eventos, que está relacionado à distância D
entre a fonte e o espelho pela equação.
10

Figura 2-3 (a) Maria, a bordo do trem, mede o intervalo de tempo ∆𝑡0 entre os eventos
1 e 2 usando o mesmo relógio C. O relógio é mostrado duas vezes na figura, uma no instante
em que ocorre o evento 1 e outra no instante em que ocorre o evento 2. (b) João, que está na
plataforma da estação quando os eventos ocorrem, precisa de dois relógios sincronizados, C1
no local do evento 1 e C2 no local do evento 2, para medir o intervalo de tempo entre os dois
eventos; o intervalo de tempo medido por ele é Δt.

Os dois eventos ocorrem no mesmo ponto no referencial de Maria e, portanto, ela


necessita apenas de um relógio C, situado nesse ponto, para medir o intervalo de tempo. O
relógio C é mostrado duas vezes na Fig. 2-3a, no início e no final do intervalo.
De acordo com o postulado da velocidade da luz de Einstein, a luz se propaga com a
mesma velocidade para João e para Maria. Agora, porém, a luz viaja uma distância 2L entre
os eventos 1 e 2. O intervalo de tempo medido por João entre os dois eventos é:

Em que: ,

Combinando as duas equações obteremos:


11

A relação entre o intervalo Δt medido por João e o intervalo ∆𝑡0 medido por Maria.
Como v é necessariamente menor que c, o denominador da Equação seguinte é um número
real menor que um.

Sendo assim pode-se afirmar que “Quando dois eventos ocorrem no mesmo ponto de
um referencial inercial, o intervalo de te1npo entre os eventos. Medido neste referencial, é
chamado de intervalo de tempo próprio ou tempo próprio. Quando o intervalo de tempo entre
os mesmos eventos é medido em outro referencial, o resultado é sempre maior que o intervalo
de tempo próprio. ”

No exemplo que estamos discutindo, o intervalo de tempo medido por Maria é o


intervalo de tempo próprio; o intervalo de tempo medido por João é necessariamente maior.
(O termo próprio talvez não tenha sido bem escolhido, pois dá a ideia de que o intervalo de
tempo medido em outro referencial é impróprio ou inadequado, o que não é verdade.) O
fenômeno do aumento do intervalo de tempo medido em consequência do movimento do
referencial é chamado de dilatação do tempo.

5.1 Dilatação do tempo

Uma das consequências da luz se propagar em todas as direções com a mesma rapidez
é que as medidas de tempo não são mais absolutas, como consideravam Galileu e Newton, ou
seja, as medidas de tempo irão depender do referencial inercial em que o tempo é medido.
(Riffel , 2010)

Frequentemente, a razão dimensional v/c da Equação acima é substituída por um


parâmetro denominado parâmetro de velocidade, representado pela letra grega β, e o
inverso do denominador é substituído por um parâmetro denominado fator de Lorentz,
representado pela letra grega γ:

 γ é denominado de fator de Lorentz que é sempre maior ou igual a 1.

 β é denominado de parâmetro de velocidade.


12

Figura 2-4. Gráfico de γ, o fator de Lorentz, em função de β(= v/c), o parâmetro


de velocidade.

5.2 Duas Demonstrações Experimentais da Dilatação do Tempo

5.2.1 Relógios Microscópicos. As partículas subatómicas chamadas múons são


instáveis; quando um múon é produzido, dura apenas um curto período de
tempo antes de decair transformar-se em outras partículas. (Halliday &
Resnick, 2018).

De acordo com a teoria da relatividade, se os múons estivessem se movendo em


relação ao laboratório, a medida do tempo de vida realizada usando o relógio do laboratório
deveria fornecer um valor maior por causa da dilatação do tempo. Para verificar se essa
previsão estava correta, os cientistas mediram o tempo médio de vida de múons que se
moviam a uma velocidade de 0,9994c em relação ao relógio do laboratório. O factor de
Lorentz para essa velocidade é:

Nesse caso, o tempo de vida medido deveria ser:

∆𝑡 = 𝛾∆𝑡0 = (28,87) (2,200𝜇𝑠 = 63,51𝜇𝑠

O resultado experimental concordou com esse valor dentro da margem de erro estimada.
13

5.2.2 Relógios Macroscópicos.

Em outubro de 1977, Joseph Hafele e Richard Keating executaram o que deve ter
sido um experimento extenuante: transportaram quatro relógios atómicos portáteis duas vezes
em volta do mundo a bordo de aeronaves comerciais, uma vez de leste para oeste e outra vez
de oeste para leste.
Como acabamos de ver, as previsões de Einstein quanto à dilatação do tempo foram
confirmadas em escala microscópica, mas os físicos se sentiriam ainda melhor se a
comprovação pudesse ser feita usando um relógio de verdade.

6. A Relatividade das Distâncias

Quando queremos medir o comprimento de um corpo que se encontra em repouso em


nosso referencial, podemos, com toda a calma, medir as coordenadas da extremista. Dez do
corpo usando uma régua estacionária e subtrair uma leitura da outra. Quando o corpo está em
movimento, porém, precisamos observar simultaneamente (em nosso referencial) as
coordenadas das extremidades do corpo para que o resultado de nossas medidas seja válido.
Seja L0 o comprimento de uma régua medido no referencial de repouso da régua, ou seja, no
referencial em que a régua está estacionária. Se o comprimento da régua for medido em outro
referencial em relação ao qual a régua está se movendo com velocidade v ao longo da maior
di1ne11são, o resultado da medida será um comprimento L dado por

Como o fator de Lorentz γ é sempre maior que 1 para v≠0, L é sempre menor que L0,
ou seja, o movimento relativo causa uma contração do comprimento. Quanto maior a
velocidade v, maior a contração. O comprimento Lo de um corpo medido no referencial em
que o corpo se encontra estacionário é chamado de comprimento próprio, ou comprimento de
repouso. O comprimento medido em um outro referencial em relação ao qual o corpo está se
movendo (na direção que foi realizada a medida) é sempre menor que o comprimento próprio
14

Figura 2-5: Para medir o comprimento de um pinguim em movimento, devemos


observar as coordenadas das partes dianteira e traseira do corpo do animal simultaneamente
(em nosso referencial), como em (a), e não em instantes diferentes, como em (b).

A contração do comprimento ocorre apenas na direção do movimento relativo. Além


disso, o comprimento medido não precisa ser o comprimento de um corpo; pode ser também
a distância entre dois corpos no mesmo referencial, como o Sol e uma estrela vizinha (que
estão, pelo menos aproximadamente, em repouso um em relação ao outro).

Maria está dentro de um trem, João está na plataforma e âmbos querem medir a
plataforma. João, usando uma trena, descobre o comprimento próprio da plataforma, L0, pois
a plataforma está em repouso em relação a João. Ele também observa Maria, a bordo do trem,
que percorre a plataforma em um intervalo de tempo dado por:

Para Maria, é a plataforma que está em movimento, porém os dois eventos medidos
por João se encontram no mesmo local. O tempo que Maria irá medir estão será o tempo
próprio.

𝐿 = 𝑣∆𝑡𝑜

7. A Transformação de Lorentz

A Fig. 2-6 mostra o referencial inercial S′ se movendo com velocidade v em relação


ao referencial S no sentido positivo do eixo x, que tem a mesma orientação que o eixo x′. Para
um observador em S, um evento ocorre nas coordenadas x, y, z e enquanto, para um
observador em S′, o mesmo evento ocorre nas coordenadas x′, y′,z′ e t′. Qual é a relação entre
os dois conjuntos de números? Vamos antecipar (embora precise ser demonstrado) que as
coordenadas y e z em relação a eixos perpendiculares à direção de movimento não são
15

afetadas pelo movimento, ou seja, que y=y′ e z=z′. Nosso problema se limita, portanto, a
determinar as relações entre x e x′ e entre t e t′.
.

Figura 2-6: Dois referenciais inerciais: o referencial S′ está se movendo com


velocidade em relação ao referencial S.

7.1 As Equações da Transformação de Galileu

Antes que Einstein formulasse a teoria da relatividade restrita, os físicos supunham


que as quatro coordenadas de interesse estavam relacionadas pelas equações da transformação
de Galileu:

𝑥′ = 𝑥 − 𝑣𝑡

𝑦′ = 𝑦

𝑧′ = 𝑧

𝑡′ = 𝑡

(Essas equações foram escritas supondo que t=t′=0 quando as origens de S e S′


coincidem.)

7.2 As Equações da Transformação de Lorentz

As equações corretas para a transformação, que são válidas para qualquer velocidade
fisicamente possível, são chamadas de equações da transformação de Lorentz.
O referencial S’ está se movendo em relação ao referencial S 𝑥′
= 𝑦 (𝑥 − 𝑣𝑡)
𝑦′ = 𝑦
16

8. Algumas Consequências das Equações de Lorentz

8.1 Simultaneidade

É dada pela seguinte equação:

Se dois eventos ocorrerem em locais diferentes no referencial S’, Δx’ não é zero.

Assim, dois eventos simultâneos no referencial S’ (Δt’ = 0), não são simultâneos no
referencial S. Nesse caso, o intervalo entre de tempo entre os dois eventos no referencial S é
dado por:

Assim, a separação espacial Δx′ acarreta uma separação temporal Δt. 8.2
Dilatação do Tempo

Se dois eventos ocorrerem no mesmo local no referencial S’, Δx’ = 0. Assim, o


intervalo de tempo medido no referencial S’ é o intervalo de tempo próprio (Δt’ = Δt o). Dessa
forma temos:

∆𝑡 = 𝑦∆𝑡′ = 𝑦∆𝑡𝑜

8.3 Contração da Distância

∆𝑥′ = 𝑦 (∆𝑥 − 𝑣∆𝑡)

∆𝑥 = ∆𝑥′/𝛾

Uma régua está orientada paralelamente ao eixo dos x e x’, e se encontra em repouso
no referencial S’. Assim, o comprimento da régua medido no referencial S’ é o comprimento
próprio (Δx’ = L0). Já no referencial S, uma medida do comprimento dessa régua L, só pode
ser tomada caso as coordenadas iniciais e finais (Δx =L = X 2 - X1) forem tomadas
simultaneamente (Δt = 0 Lembrem-se dos Pinguins). Dessa forma temos:
17

Assim, a contração da c: distância é um caso especial de equações de Lorentz mais


gerais.

9. A Relatividade das velocidades

Uma partícula tem velocidade u’ no referencial S’. O referencial S’ se move com


velocidade v em relação ao referencial S. A mesma partícula tem velocidade u em relação ao
referencial S.

Figura 2-7: partícula com velocidade u’ no referencial S’

Temos como a equação da relatividade das velocidades a seguinte:

10. O Efeito Doppler para a Luz

O efeito Doppler para as ondas: minosas depende de apenas uma velocidade, a


velocidade relativa entre a fonte e o detector. Seja fo a frequência própria da fonte, isto é, a
frequência medida por um observador em relação ao qual a fonte se encontra em repouso, e f
a frequência medida por um observador que está se 1novendo co1n velocidade v em relação à
fonte. Nesse caso, se o observador está se afastando da fonte, temos:
18

10.1 O Efeito Doppler em Baixas Velocidades

Em baixas velocidades (𝛽 ≪ l), a raiz quadrada da equação pode ser expandida em


uma série de potências de 𝛽 e a frequência medida é dada aproximadamente por:

A equação correspondente para o efeito Doppler em baixas velocidades no caso de


ondas sonoras tem os mesn1os dois primeiros termos e um coeficiente diferente para o
terceiro termo. Assim, no caso do efeito Doppler para a luz em baixas velocidades, o efeito
relativístico se manifesta apenas no termo proporcional a 𝛽2.

10.2 O Efeito Doppler na Astronomia

Nas observações astronómicas de estrelas, galáxias e outras fontes de luz, podemos


determinar a velocidade das fontes medindo o deslocan1ento Doppler da luz detectada. Se
uma estrela está em repouso em relação a nós, detectamos a luz emitida pela estrela com a
frequência própria fo. Pode ser usado para determinar a velocidade de estrelas, considerando a
velocidade da terra muito baixa, e desprezando o termo de β2.

𝑓 = 𝑓𝑜(1 − 𝛽)

Como as medições astronómicas que envolvem a luz em geral são feitas em termos do
con1primento de onda e não da frequência.

Teremos:

f → c/λ

fo → c/λo

Como estamos supondo que 𝛽 é pequeno, podemos expandir (1 − 𝛽) −1 em uma série


de potências. Fazendo essa expansão e conservando apenas o termo linear em 𝛽. Obtemos:

Substituindo 𝛽 por v/c e λ − λo por |∆λ|, obtemos:


19

A diferença ∆λ é o deslocamento Doppler em comprimentos de onda da fonte de luz.


Usamos o sinal de valor absoluto para que o valor do deslocamento seja sempre, um número
positivo.

10.3 Efeito Doppler Transversal

Ocorre quando o detector está posicionado a 90° da direção do movimento. Dessa


forma:

Expandindo em séries de potências, para baixas velocidades:

O efeito Doppler transversal é, na verdade, outra manifestação do fenómeno da


dilatação do tempo.

Em que 𝑇𝑜 (= 1/fo) é o período próprio da fonte. É uma expressão da lei de dilatação


do tempo, já que um período é um intervalo de tempo.

11. Uma Nova Interpretação do Momento

De acordo com a mecânica clássica embora as velocidades das partículas sejam


diferentes em diferentes referenciais, a lei de conservação do momento é obedecida em todos
os referenciais, isto é, o momento total 0 sistemas de partículas após a colisão é o mesmo que
antes da colisão.

Na Visão Relativística: Δx = distância medida em S, Δt0 = Intervalo de tempo


medido em S’ (Observador que esteja se movendo com a partícula). Usando a expressão da
dilatação do tempo, ∆𝑡 = 𝛾∆𝑡𝑜 podemos escrever:

Como ∆𝑥/∆𝑡 = v, a velocidade da partícula, temos: 𝑝⃗ = 𝛾𝑚𝑣⃗


20

12. Uma Nova Interpretação da Energia

12.1 Energia de Repouso

Amassa de um objeto está diretamente associada com sua energia

𝐸𝑜 = 𝑚𝑐2

Energia Equivalente de Alguns Objetos


Objecto Massa (kg) Energia Equivalente
Eléctron ≈ 9,11 × 10−31 ≈ 8,19 × 10−14 J (≈ 511 keV)
Protón ≈ 1,67 × 10−27 ≈ 1,50 × 10−10 J (≈ 938 MeV)
Átomo de uranio ≈ 3,95 × 10−25 ≈ 3,55 × 10−8 J (≈ 225 Gev)
Partícula de poeira ≈ 1 × 10−13 ≈ 1 × 104 J (≈ 2 kcal)
Moeda pequena ≈ 3,1 × 10−3 ≈ 2,8 × 1014 J (≈ 78 GW. h)

Tabela 1: Equivalência de Energia de alguns objetos

12.2 Energia Total

A energia total de um sistema isolado é constante. De uma maneira geral,


considerando a variação de energia potencial nula, temos: 𝐸 = 𝐸𝑜 + 𝑘, A energia total é dada
pela equação: 𝐸 = 𝛾𝑚𝑐2

12.3 Energia Cinética

𝑘 = 𝑚𝑐2(𝛾 − 1)
21

CAPITULO III: METODOLOGIA

13. Metodologia

Metodologia é o “procedimento a ser seguido na realização de uma pesquisa. ” Nesse


contexto engloba todos os procedimentos técnicos usados numa investigação científica. (Gil,
2007)

A metodologia usada para a realização do trabalho, foi a de revisão bibliográfica,


usando os manuais que contém informações sobre a teoria de relatividade especial/restrita.
Fez-se uma recolha de dados em forma de resumo e por fim uma análise e interpretação de
dados para tirar as devidas conclusões.
22

14. Conclusão

Durante a realização do trabalho conclui-se que os fundamentos da teoria de


relatividade especial é uma física/ parte da física que se aplica no momento onde encontramos
limitações na física clássica. Com auxílio dos fundamentos da relatividade ajuda-nos a
estudar, compreender as devidas limitações. Para além disso a relatividade tem a ver com a
relação entre os valores medidos em referenciais que estão se movendo um em relação ao
outro.
23

Bibliografia

Gil, A. C. (2007). Método e técnica de pesquisa social (5ª ed.). São Paulo, Brasil: Atlas SA.

Halliday, D., & Resnick, R. (2018). Fundamentos da física - Ótica e Física Moderna (9 eds.,
Vol. 4). LTC.
LAKATOS, E. M., & MARCONI, M. d. (2004). Metodologia do trabalho Científico (4 eds.).

São Paulo, Brasil: Atlas.

Riffel , R. A. (2010). Teoria de relatividade especial. Santa Maria.

Wolff, J. F. (2005). Relatividade especial 2 (Vol. 16). Brasil: Marco Antônio Moreira e
Eliane Angela Veit.

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