Vigilancia em Saude de Sindromes Gripais
Vigilancia em Saude de Sindromes Gripais
Vigilancia em Saude de Sindromes Gripais
Existem vários tipos de vírus respiratórios (influenza, SARS-CoV-2, vírus sincicial respiratório,
rinovírus, adenovírus, parainfluenza, metapneumovírus, etc). Devido a alta transmissibilidade e
potencial de hospitalização, é de interesse nacional a vigilância das infecções causadas pelo vírus
Influeza, porém, devido a semelhança clínica com outras infecções respiratórias virais agudas,
agrupam-se os casos suspeitos em “síndromes gripais”. Considera-se como caso suspeito de síndrome
gripal por influenza indivíduos que apresentem febre, mesmo que referida, acompanhada de tosse ou
dor de garganta e com início dos sintomas nos últimos sete dias. Devido a pandemia, a vigilância do
Covid-19 também passou a ser de interesse nacional, devendo ser notificada quando caso suspeito.
Se em jovens ou adultos, define-se como quadro respiratório agudo, com pelo menos dois dos
seguintes sinais e sintomas:
Dentro da vigilância para as infecções respiratórias virais agudas existem duas linhas de
coordenação: a Rede de Vigilância Sentinela de Síndrome Gripal (SG) e, quanto aos casos
hospitalizados ou óbitos, a Vigilância de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Com a reunião
dos dados por meio da digitalização das notificações no Sistema de Informação da Vigilância
Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), é possível que profissionais e gestores da saúde tomem melhor
conhecimento quanto aos períodos de maior circulação viral, possíveis padrões sazonais,
patogenicidade, virulência, fatores de risco e identificação de grupos mais suscetíveis, permitindo
assim a adoção de medidas de prevenção específicas, e adequação de protocolos de tratamento e
manejo clínico.
Instituições que contam com serviços específicos de vigilância sanitária (unidades sentinelas)
das síndromes gripais devem seguir metas estabelecidas para o correto monitoramento das infecções
virais agudas. Dentre estas, está a coleta de ao menos 20 amostras semanais para análise laboratorial
e identificação etiológica, além da notificação individual e registro no Sivep-Gripe (TABELA 1).
No Paraná, a vigilância epidemiológica das síndromes gripais conta com uma rede de 34
serviços sentinelas de saúde, distribuídos em 22 Regionais de Saúde, em 28 municípios do estado.
Preconiza-se a coleta de ao menos 5 amostras semanais por unidade sentinela para a obtenção de um
bom indicador de monitoramento. Na tabela abaixo, há um exemplo dos dados obtidos com a
vigilância sentinela no estado do Paraná durante as semanas epidemiológicas 1 a 9 (ou seja, do período
corresponde de 31/12/2023 a 02/03/2024, sendo inclusos os casos cujo início dos sintomas
corresponda a alguma data dentro deste período).
TABELA 2.
Referências:
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Guia de vigilância em saúde: volume 1, 6. Ed,
Brasília, 2023.