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PLANO DIRETOR DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA

CURITIBA - PR

PRIMEIRA FASE

Análise evolutiva
Análise morfológica e funcional
Análise do sistema de iluminação
Diagnóstico

Fevereiro 2011

PLANO DIRETOR DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA DE CURITIBA


Índice:

1. Introdução 03
2. Análise Evolutiva 04
3. Análise Morfológica e Funcional 06
3.1. Análise da Paisagem edificada 06
3.2. Identificação dos gabaritos 09
3.3. análise do tecido urbano 10
3.4. Identificação das tipologias viárias 11
3.5. Análise morfológica da arborização viária 12
3.6. análise das características funcionais do espaço urbano 13
3.7. percepção da imagem noturna 15
4. Análise do sistema de iluminação 17
4.1. identificação da potência instalada 17
4.2. identificação dos pontos de IP 21
4.3. Identificação dos padrões luminotécnicos 22
4.4. Identificação dos pontos críticos de iluminação 30
4.5. Análise dos ambientes urbanos noturnos 38
5. diagnóstico 45
5.1. caracterização da iluminação de realce a partir da realidade formal construída 45
5.1.1. Edifícios e Monumentos 46
5.1.2. espaços Públicos 54
5.1.3. diretrizes preliminares de identidade noturna 59
5.1.4. Identificação de sequências a serem detalhadas 60
5.2. Caracterização da iluminação Funcional a partir de: 61
5.2.1. Hierarquização de Eixos Viários 61

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1. INTRODUÇÃO Mas o reconhecimento da cidade não pode se restringir apenas aos

aspectos perceptivos. É preciso confrontar estas impressões com dados

Este estudo, referente à análise do sistema de iluminação atual da cidade de que as corroborem. Portanto, na segunda missão de reconhecimento

Curitiba, reagrupa preliminarmente as informações colhidas em duas missões foram percorridos e medidos logradouros representativos dos sistemas

de reconhecimento para trabalho de campo, efetuadas respectivamente característicos observados, cujos resultados estão igualmente apresentados

entre os dias 19 a 23 de outubro e 8 a 13 de novembro de 2010, por equipes neste relatório, conjuntamente com a explanação dos critérios técnicos que

compostas de dois profissionais a cada vez. Complementarmente, após a podem ser utilizados como cânone de comparação entre o desempenho atual

primeira missão de reconhecimento, foram compiladas em base gráfica e o desempenho hipotético possível dentro dos padrões atuais do estado da

única as informações sobre o sistema de iluminação, oriundas do cadastro arte.

georeferenciado do SMOP, e informações pertinentes obtidas da base de

dados do IPPUC. Também foram rigorosamente observadas as indicações do IPPUC contidas

no termo de referência e iniciado o reagrupamento das categorias propostas

no sentido de demarcar e hierarquizar as unidades de intervenção que serão

objeto de detalhamento.

Entendemos que as informações disponibilizadas servirão para o nivelamento

do conhecimento dos diversos técnicos do IPPUC e do SMOP envolvidos

urbanas noturnas, é a partir do reconhecimento do real que começa a se neste trabalho, de maneira que possamos colher sugestões e a partir delas

formar o conhecimento tão necessário ao desdobramento deste Plano de identificar a necessidade de aprofundamento das fases seguintes.

Iluminação.

É de suma importância para esta equipe técnica ressaltar que, De modo bastante peremptório, durante o período noturno, o que não é

propositadamente, buscamos não efetuar nenhum aprofundamento prévio convenientemente percebido ou não “existe”, ou está com a “entonação”

no conhecimento da base de informações e leituras urbanas disponíveis e inadequada. A leitura destas entonações permite também identificar os

organizadas pelo IPPUC. Isto com o intuito primordial de abordarmos o pontos de excesso, as transições e as rupturas nas atmosferas luminosas

trabalho de reconhecimento da cidade sem outra referência que não a da noite curitibana. Adicionalmente, a percepção subjetiva das atmosferas

percepção visual, pois afinal este é o único recurso do qual dispõe o usuário luminosas quanto à sua adequação ao que podemos denominar de situação

final do sistema, que é o cidadão curitibano. “conforto” do usuário, necessita ser vivenciada pela equipe de trabalho sem

julgamentos apriorísticos. A observação do comportamento dos habitantes

O confronto da equipe técnica com as dificuldades de mobilidade e de locais quanto à apropriação dos espaços noturnos, frequência e permanência

referenciamento espacial durante a noite abre o horizonte das análises e evita de determinados públicos nos logradouros em determinados horários, dizem

a adoção de idéias pré-concebidas, que podem não se verificar na realidade. muito da forma como o curitibano utiliza a cidade à noite e em que estes

Mesmo em se tratando de profissionais que têm larga experiência nesta hábitos diferem do comportamento da população em outras cidades.

tarefa, munidos de referenciais técnicos e conhecedores de outras realidades

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2. ANÁLISE EVOLUTIVA

No que tange aos elementos significativos da estrutura urbana, cuja relevância

está diretamente relacionada ao caráter histórico ou ao testemunho do

processo evolutivo da cidade, o Plano de Iluminação deve se ater às estruturas

cuja presença visual no espaço urbano permita boa legibilidade noturna.

Traçados “apagados” ou substratos evolutivos cuja leitura não seja mais

possível não podem, portanto, ser considerados como elementos relevantes,

sob a ótica do planejamento da iluminação urbana. Neste particular, o

Plano pode optar por dar uma ênfase diferenciada aos “fatos urbanos”

remanescentes, testemunhos do processo evolutivo, na medida em que estes

apresentem, seja um aspecto morfológico claramente diferenciado, como é o

caso, em Curitiba, dos Caminhos Primitivos, seja por constituírem um “locus”

reconhecível, como o perímetro do Setor Histórico ou de Santa Felicidade.

Neste sentido reiteramos serem mais relevantes as unidades espaciais que os

elementos isolados, uma vez que as primeiras podem gerar oportunidades de

um tratamento luminoso diferenciado em termos de atmosfera perceptiva,

geradora de identidade, enquanto que os segundos, quando apreendidos

individualmente e retirados de seu contexto podem impor à paisagem

noturna uma lógica de valorização pontual equivocada. Afortunadamente,

como pode se observar na prancha correspondente, há boa aderência entre a

posição das UIPs e os percursos sinuosos dos caminhos primitivos em direção

ao setor histórico, o que permite consolidar a validade desta categoria. Em

termos práticos, o tratamento luminoso diferenciado dos caminhos históricos

pode demarcar os traçados, ao tempo em que atribui uma melhor qualidade

de visualização dos remanescentes patrimoniais dispostos ao longo destes.

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3. ANÁLISE MORFOLÓGICA E FUNCIONAL a memorização dos sentidos dos fluxos estabelecidos que podem ter ou não

3.1. Análise da Paisagem Edificada correlação estrita com a estrutura formal. O aspecto monocromático da

iluminação atual não contribui para estabelecer indicações mais intuitivas

O estudo da Imagem Urbana de Curitiba foi realizado a partir de observações dos fluxos de tráfego automotivo principais.

dos profissionais consultores envolvidos no desenvolvimento deste Plano,

que além de visitas a campo, contaram com vasta bibliografia e uma série Há registro do fato de que, nos anos 70, quando da implantação das vias

de levantamentos urbanos já existentes. A metodologia de desenvolvimento estruturais, havia uma diferenciação entre estas, então iluminadas por meio

deste estudo específico é baseada nos conceitos estabelecidos por Kevin Lynch de lâmpadas de vapor de sódio, e as outras vias, então iluminadas com

no seu livro “A Imagem da Cidade”. Aqui, utilizamos as entidades macro por outras “tonalidades”, certamente vapor de mercúrio e lâmpadas mistas nas

ele descritas como um delineamento preliminar da imagem percebida, sobre vias coletoras e provavelmente até mesmo ainda lâmpadas incandescentes

o qual agregamos valores específicos, estabelecidos segundo sua importância nas vias locais. O vapor de sódio era, à época, a modernidade e encarnava o

como símbolo e como referência visual ou afetiva para os cidadãos curitibanos diferenciado, em pleno choque da crise do petróleo. Independentemente da

e visitantes. Deste modo, limites, cruzamentos, esqueleto viário e “zonas inversão no quesito do índice de reprodução de cores, a simples diferenciação

tampão” tornam-se a tela sobre a qual múltiplas imagens particulares são um arcabouço metodológico diferenciado para a abordagem do estudo contribuía para um aumento da legibilidade da estrutura urbana, ajudando

projetadas. da imagem urbana. Ao contrário de outras grandes cidades brasileiras, inclusive aos moradores a conhece-la (ou reconhece-la) melhor. ¹

a exemplo de Fortaleza ou Manaus, que possuem núcleos de ocupações

Se entendermos que as hierarquias e categorizações urbanas de Curitiba primordiais desgarrados de sucessivas expansões desordenadas e projetos

são maiores e mais abrangentes como entidades reconhecíveis que detalhes urbanísticos insulados, Curitiba tirou grande proveito do seu desenvolvimento

imagéticos específicos, ou mesmo que a soma de alguns destes, temos radial, distribuindo seu sistema viário e suas malhas urbanas por sobre uma

sutil lógica vascular, que integra e dissemina fluxos e ocupações. Mesmo

entidades de grande poder simbólico, como parques, bosques e arquiteturas

representativas, possuem múltiplos espelhos distribuídos na extensão urbana,

o que reitera a lógica de um urbanismo contemporâneo praticado na cidade,

pois a mesma privilegia a descentralização dos serviços e equipamentos

urbanos concentradores e de grande porte, em prol de uma distribuição mais

equiparada dos mesmos.

A lógica de distribuição radial, a densidade da malha urbana e o sistema viário

composto por ordens sobrepostas criou uma multiplicidade de cruzamentos

viários com forte caráter imagético. Deste modo, elegemos representar em

prancha aqueles que realmente se sobressaem na construção da imagem

macro. Observou-se no trabalho de campo que além do reconhecimento 1. Ver: LERNER, J. Acupuntura Urbana.

visual das sequências de interseções, é necessário à boa mobilidade noturna São Paulo, Editora Record, 2003.

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É fato que este caráter de diferenciação se perdeu, ao longo do processo No Plano Diretor de Curitiba, em seu capítulo “Da Paisagem Urbana e do

de modernização tecnológica do parque de iluminação, que privilegiou o uso do espaço público – Seção I” estão colocados os postulados referentes à

critério da eficiência energética, adotando a universalização das lâmpadas de paisagem, os quais são diretamente aplicáveis ao contexto noturno, tanto na

vapor de sódio. Esta não é uma característica específica de Curitiba, mas um análise crítica quanto aos objetivos deste Plano de Iluminação. São estes:

processo que transcendeu fronteiras.

“I – Proporcionar ao cidadão o direito de usufruir a paisagem;

Além do desenvolvimento radial previamente comentado, que protagonizou

a maneira como a cidade se oferece aos seus moradores e visitantes, outro II – Promover a qualidade ambiental do espaço público;

fator de fundamental importância para a percepção da cidade é a sua

topografia levemente acidentada. Salvo alguns raros casos de concentração III – Possibilitar ao cidadão a identificação, leitura e compreensão da paisagem

de verticalização, como os bairros de Batel, Água Verde e Mossunguê, por e de seus elementos constitutivos, públicos e privados;

exemplo, ou ainda pontos percebidos a partir de vistas panorâmicas, a relação

de descoberta do espaço urbano tem caráter quase sempre imediato, com IV – Assegurar o equilíbrio visual entre os diversos elementos que compõem

a visualização do entorno próximo sendo o status perceptivo mais comum a paisagem urbana;

no processo de apreensão visual urbana. Este fator corrobora a distribuição

hierárquica e alastrada da cidade, ao mesmo passo que por esta é reforçado. V – Ordenar e qualificar o uso do espaço público;

As visuais longínquas são na sua maioria de natureza axial, fazendo com

que os panoramas urbanos se revelem com maior frequência em contextos VI – Fortalecer a identidade urbana, preservando o patrimônio cultural e

inseridos em grandes parques e algumas raras vistas a cavaleiro (mirantes ambiental.”

naturais ou construídos).

Deste modo, temos como um dos mais marcantes elementos da paisagem

urbana curitibana os seus “sistemas trinários”, que comportam vias para

ônibus com marginais adjuntas, integradas à vias rápidas paralelas, que se

estendem em cinco direções distintas a partir do centro da cidade, fazendo

com que esta lógica se entremeie através de grandes extensões do espaço

urbano.

É interessante fazer aqui uma observação do limite imposto pela Avenida

Juscelino Kubitschek (Anel Viário), que cria zonas adjacentes à realidade

acima descrita, que não contam com a mesma lógica, sendo estas de menor

identidade visual e grau de integração com a grande imagem urbana.

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3.5. Análise Morfológica da Arborização Viária Especificamente quanto à questão da arborização viária, o Plano de Controle Destas, “a grande maioria das árvores nas ruas são exóticas, espécies que

Ambiental e Desenvolvimento Sustentável de Curitiba, anota como “fator foram selecionadas para plantio ao longo do tempo, por possuírem uma

O conflito entre a arborização viária urbana e as redes aéreas de distribuição extremamente relevante na questão das áreas verdes urbanas (...) os silvicultura conhecida e baseado no exemplo de outras cidades.”

de serviços de energia, telefonia e de iluminação urbana é um tema clássico. processos contínuos, adotados pela Prefeitura, de implantar arborização ao

Provém da disputa pelo mesmo espaço por parte de sistemas com modulações longo das vias e logradouros municipais”. Tal política tem um impacto claro na Em consequência disto, “a questão da manutenção da arborização viária é um

implantadas de maneira quase sempre antagônica. Este conflito é também imagem da cidade e no elevado grau de cobertura vegetal que a mesma pode tópico à parte. Em função da grande quantidade de árvores plantadas, datas

caracterizado pelo fato de que a arborização varia ao longo do tempo em de plantio variadas, de porte e altura variado, a dificuldade na manutenção

sua conformação, a depender de seu grau de desenvolvimento, necessitando (..) é bastante grande.”

ocupar posições espaciais diversas. Neste contexto, se observa, em alguns

casos, que o espaçamento do plantio ignora, por desconhecimento das Portanto, para que os sistemas de iluminação urbana possam se adaptar

espécies, até o diâmetro das copas quando as árvores atingem a idade adulta, da melhor maneira à diversidade de casos existentes será necessário,

deixando poucas possibilidades para a modulação dos outros sistemas. minimamente, como aliás já indica o Plano de Controle Ambiental e

Desenvolvimento Sustentável, proceder o cadastramento da vegetação

As melhores alternativas para minimizar este problema são as que conseguem existente nos logradouros públicos, com base nos dados do Centro de

atribuir a cada ordem o seu próprio espaço, ou seja, onde as estruturas arbóreas Geoprocessamento e levantamentos de campo. Os atualmente disponíveis

e os serviços estejam dissociados ou corretamente modulados. A dissociação são insuficientes, uma vez que sem o registro do porte da vegetação é

passa por alternativas custosas permeadas de entraves regulatórios, como impossível determinar a posição relativa da iluminação.

adotar a obrigatoriedade de fornecimento de energia e de telefonia por redes

subterrâneas, ou ainda pela necessária dissociação da rede de distribuição É importante salientar que o mesmo documento prevê a ampliação da

de energia e da rede de iluminação pública onde haja possibilidade, pois são cobertura florestal existente nos logradouros públicos, buscando uma

sistemas que têm modulações não coincidentes. cobertura equivalente a 30% de sua área total, preferentemente com espécies

da vegetação nativa de porte arbóreo, bem como a substituição paulatina da

Na prática, por questões históricas e de viabilidade econômica o que se arborização exótica existente, nos locais compatíveis.

constata é uma convivência conflituosa e pouco harmoniosa. A depender da

preponderância que se acorde conjunturalmente a um ou outro elemento, Ainda a propósito deste tópico é relevante o fato de que, malgrado a

veremos amiúde árvores vitimadas por podas agressivas ou, dialeticamente, orgulhosamente ostentar, de 51m2 de área verde por habitante, dois quais presença massiva do elemento vegetal na paisagem de Curitiba, à noite a

luminárias engolidas pela massa vegetal. Em Curitiba, o grau de dependência 2,48 se devem à arborização viária. mesma encontra-se impregnada quase que totalmente pela atmosfera

entre o sistema de distribuição de energia da COPEL e o sistema de iluminação amarelada gerada pelas lâmpadas de sódio, as quais não contribuem para a

é muitíssimo elevado. Poucas são as avenidas dotadas de sistemas de Segundo o mesmo documento, “estima-se que hoje, nas ruas de Curitiba, boa reprodução das tonalidades características das árvores.

iluminação independentes da rede de distribuição. A cobertura arbórea é estão plantadas aproximadamente 300.000 árvores, a maior parte plantada

extensa e antiga. Portanto o conflito arborização viária x iluminação urbana pela Administração Municipal, mas um grande contingente plantado pela

é patente. própria população.

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3.6. Análise das características funcionais do espaço urbano (zonas clusters

e centralidades)

As áreas e equipamentos geradores de convergência no período noturno

podem coincidir espacialmente com centralidades diurnas ou estarem

sobrepostas à outros elementos maiores da estrutura urbana, como os

Eixos Estruturais, mas também podem ser geradores de centralidades

especificamente noturnas, notadamente relacionadas à concentração e

oferta de divertimento e lazer. Tais polarizações podem ser constantes mas

também intermitentes ou pontuais, relacionadas a um calendário anual de

eventos, ou a uma frequência regular.

Em Curitiba é importante notar que muitas centralidades estão naturalmente

dispostas ao longo dos Eixos Estruturantes e dos Setores Conectores, como

consequência da política de adensamento e de transportes. Nestes casos é

importante verificar se a linearidade prevalece ou se há a conformação de um

perímetro maior a partir do eixo linear. A presença de outras “centralidades”

em torno de grandes equipamentos como shoppings e estádios, nos grandes

cruzamentos viários é facilmente observável. Mas também estão presentes

em núcleos menores e periféricos, o que é importante e necessário para a

conformação de uma rede de pólos de convergência noturna diferenciados

na escala dos bairros, evitando a concentração dos esforços apenas nas

centralidades mais “óbvias”, como o Setor Histórico, Santa Felicidade ou o

Pólo de convergência noturna do Batel, por exemplo. Esta constelação de

pequenos perímetros menores aos quais se pode atribuir uma atmosfera

luminosa diferenciada deve buscar articular-se com outros elementos

relevantes da mesma unidade espacial de proximidade, seja articulada à rede

de bosques e jardinetes, ciclovias, seja aos equipamentos comunitários e às

estações do sistema de mobilidade, conformando uma série de percursos

preferenciais de ordem menor na escala intrabairro.

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4. ANÁLISE DO SISTEMA DE ILUMINAÇÃO arrecadação da ordem de R$ 51,74 milhões em 2009, de R$ 57 milhões em Mirante do Parque Tanguá

2010 e previsão de cerca de R$ 60 milhões em 2011. Bosque Papa João Paulo II – Iluminação ambiental

O consumo mensal atual do Parque de iluminação pública de Curitiba é de Leão Alado da Av. Manuel Ribas

7.954.488 KW/h, conforme relatório de janeiro de 2011, para um universo Após o pagamento do consumo à COPEL, das empresas terceirizadas e outras Memorial Árabe

considerado de 130.042 pontos cadastrados e 140.588 luminárias, conforme despesas relacionadas à Manutenção e Expansão do Sistema de Iluminação, Marco Zero da Praça Tiradentes

planilha em anexo. Este consumo perfaz um gasto mensal da ordem de R$ R$ a Prefeitura de Curitiba dispõe, em média de R$ 1 Milhão por mês para Colunata e Monumento na Praça do Batel

1.531.954,00 com a operação do sistema, o que totaliza um gasto anual de R$ investimentos no Parque. Estes recursos vêm possibilitando uma renovação Fonte Jerusalém na Praça Los Angeles

18,4 milhões, ignorada a adjunção de novas cargas e a expansão natural do acelerada, havendo previsão para o ano de 2011, de efetuar a troca de mais Teatro Paiol

sistema (entre 2 a 3% a.a). 20 mil luminárias antigas de 70W por luminárias fechadas de alto padrão na Igreja do Carmo

potência de 100W, com o acréscimo correspondente no consumo, conforme Memorial Ucraniano Parque Tinguí

A fonte para o custeio da Iluminação Pública em Curitiba é a COSIP, promulgada anúncio do Plano de Obras em Iluminação Pública difundido pela Prefeitura de

pela Lei Complementar 63 de 11 de Dezembro de 2007, que assegurou uma 4.1. Identificação da Potência Instalada

ANÁLISE DO CADASTRO
POTÊNCIAS DE LÂMPADAS DE VAPOR DE SÓDIO

A análise do cadastro do sistema de iluminação pública de Curitiba revela

grande grau de hierarquização e padronização. Percebe-se o uso preferencial

de 400W nos grandes eixos viários (especialmente nos sistemas trinários).

O diferencial de intensidade luminosa obtido pelo uso de equipamentos

mais potentes gera um esqueleto que interconecta os diversos bairros do

município, que escoa o trânsito automotivo através de vias que lançam mão

de equipamentos de 250W. Esse esqueleto básico no sistema de iluminação


Imagem gerada pelo cadastro georeferenciado do SMOP
pública de Curitiba é facilmente percebido na prancha de transcrição do

Curitiba, em janeiro de 2011. Este mesmo programa prevê ainda intervenções cadastro, pelo uso das cores azul e branco, para as potências de 400 e 250W

especiais nos sistemas das Avenidas Marechal Floriano, Cândido de Abreu, respectivamente.

Carlos de Carvalho e Fredolin Wolf, além de intervenções de embelezamento

fonte: SMOP
em treze pontos do Linhão do Turismo: Nota-se também como no Centro da cidade convencionou-se a utilização de

potências mais elevadas independente do papel da via na hierarquia viária. A

Jardim Botânico – Sistema de iluminação ambiental grande maioria dos logradouros possui lâmpadas de 250W, sendo que alguns

Parque Barigui – Sistema de iluminação ambiental (executado) poucos estão iluminados por equipamentos para lâmpadas de 150W.

Monumento “Homem Nú” na Praça 19 de Dezembro

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As malhas comuns de Curitiba possuem dois tipos distintos de sistemas: um, grau na hierarquia viária. Deste contexto, faz-se uma

mais antigo e que vêm corretamente sendo erradicado de modo sistemático, ressalva ao uso indiscriminado de lâmpadas de 250W na

é composto por uma luminária aberta, equipada com lâmpada de vapor de região central da cidade, mesmo em vias estreitas e de

sódio de 70W e fixada num braço de 1m de comprimento, predomina em trânsito mais lento.

algumas áreas periféricas. A sua substituição vem sendo realizada de maneira

gradativa. O outro, que chegou para substituir esse primeiro sistema, é Percebe-se na análise do cadastro que o uso de

composto por uma luminária moderna, fechada e com dispositivo óptico, lâmpadas de vapor de mercúrio é mínimo, mas ainda

equipada com lâmpada de vapor de sódio de 100W e fixada num braço não completamente erradicado. A natureza destas

padronizado que otimiza a distribuição da luz sobre a via; satisfaz plenamente lâmpadas, que gastam muita energia para gerar pouca

as necessidades luminotécnicas das vias de malhas ordinárias (como luz, é completamente contrária a qualquer preceito

veremos a seguir na análise das medições). Como demonstrado em cálculos contemporâneo de iluminação e de responsabilidade

luminotécnicos, o uso de luminárias para lâmpadas de 70W não é indicado ambiental, fazendo com que a sua total substituição por

em Curitiba, mesmo que as mesmas contem com dispositivos fotométricos tecnologias mais eficientes seja uma meta urgente.

de excelente qualidade, uma vez que os espaçamentos existentes entre os


Luminária Fechada 100W
postes da rede de distribuição de energia variam entre 38 e 42m, tornando

difícil a obtenção de resultados satisfatórios.

Observando-se a tabela de potências de lâmpadas de sódio, percebe-se que as

lâmpadas de 70W representam 40% do total de lâmpadas de vapor de sódio

empregadas na iluminação publica do município, enquanto que as de 100W

totalizam 23%. A renovação do parque de malhas ordinárias já é significativa,

porém ainda há muito trabalho a ser feito. Um dado importante deste gráfico

é a existência de apenas 9% de lâmpadas de 150W, pois ele revela a motivação

por trás do seu emprego: sempre associado a um diferencial específico, em Luminária Aberta 70W

vez de um plano categorizado para uma série de vias de mesma natureza.

Existe um lado bom nisso, que é a preocupação com o rendimento energético

do sistema (pois o emprego de menores potências significa uma economia

direta no uso do recurso), porém, o seu uso pode ser avaliado também para

vias onde atualmente se utilizam maiores potências (especificamente 250W).


Luminária Fechada 100W
As lâmpadas de 250 e 400W representam respectivamente 16 e 12% deste

universo, totalizando 28% das lâmpadas de vapor de sódio utilizadas em Luminária Aberta 70W

Curitiba, o que é também um dado relevante, pois aponta uma sistemática

precisa na adequação de maiores intensidades luminosas a vias com maior

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4.3. Identificação dos Padrões Luminotécnicos:

SISTEMAS TRINÁRIOS
Av. Paraná Rua João Gbur

Os sistemas trinários são importantes eixos de desenvolvimento urbano da

cidade de Curitiba, pois partindo do Centro, conseguem penetrar através de

grande parte das malhas urbanas qualificadas, por meio de sua distribuição

radial. Além da importância no sistema viário, esses eixos possuem alto

impacto visual – especialmente a via central com suas marginais – imprimindo

na mente dos observadores uma imagem concreta e diferenciada da cidade

de Curitiba.

Apesar de sua importância viária e da grande facilidade de se dissociar

o sistema de iluminação pública da rede de distribuição – isso nas vias

centrais, em função das divisões que separam as faixas para ônibus das faixas

marginais – o mais comum é que estes sistemas estejam iluminados a partir

de braços fixados em postes da rede de distribuição. O exemplo da Avenida mas ainda é recomendado que os mesmos possuam também diferenciais

Sete de Setembro ilustra bem como se pode melhorar e eficientizar o sistema, morfológicos, que enfatizem a importância dos contextos aos quais estão

inseridos.

Em relação ao cadastro, observa-se uma coerência na constituição dos


Av. Sete de Setembro
sistemas, com o uso da potência de 400W tendo sido associado a essa

categoria. Entretanto, como dissemos, os sistemas nem sempre são

independentes, o que se reflete na análise dos resultados das medições. É

possível observar na prancha de Uniformidades que os resultados obtidos na

Avenida Sete de Setembro foram substancialmente melhores que nos demais

sistemas trinários, e sem dúvidas, a explicação para tal averiguação passa


Esquema Básico funcionamento Sistema Trinário
pela existência de um sistema independente de iluminação.

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RODOVIAS

As rodovias que passam pela malha urbana de Curitiba são tratadas de maneira
Av. Juscelino Kubitschek - Rodovia sem sistema de IP Régis Bittencourt -- Sistema Antigo
distinta. Enquanto a Avenida Juscelino Kubitschek não possui um sistema de

iluminação pública, a Régis Bittencourt têm o seu sistema independente. Já o

sistema da BR-277 é dependente da rede de distribuição, por exemplo. Todas

essas rodovias, por absorverem grande parte do tráfego automotivo urbano,

deveriam contar sempre com condições ideais de luz.

Observa-se nas medições a gritante distância entre os resultados dos sistemas

da Régis Bittencourt (o novo e o antigo). Observa-se também, como apesar

da BR-277 ter obtido bons resultados em relação à iluminância, os seus

resultados em relação à uniformidade foram ruins, devido principalmente ao

fato do seu sistema ser dependente da rede de distribuição.

Além do fato das vias desta categora possuírem transito a altas velocidades e
BR-277 Régis Bittencourt -- Sistema Novo (Linha Verde)
requererem assim sistemas com melhor uniformidade, estas são excelentes

oportunidades para se atrelar real valor imagético ao mobiliário de iluminação

pública, uma vez que geralmente se tem maior facilidade de dissociação do

sistema (pela presença de canteiros centrais ou grandes recuos). A melhoria

técnica seria assim atrelada a uma melhoria de caráter estético, que além

de aferir valor às vias como entidades urbanas, favorecem a localização e o

sentido de orientação dos condutores, que passam a ter um claro balizamento

referente aos principais eixos de circulação urbana.

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VIAS ESTRUTURANTES

As vias estruturantes receberam tratamentos com luminárias para 250W


Avenida Manoel Ribas - Sistema 250W em canteiro central Rua Mascarenhas de Morais - uso de 400W - possibilidade de dissociação do sistema
e 400W. O uso das lâmpadas de 250W se estendeu para uma série de

logradouros no Centro, que nem sempre possuem uma importância no

ordenamento viário da cidade. Esse sistema quase sempre é realizado de

modo dependente do sistema de iluminação pública.

Estes tipos de vias (arteriais e estruturantes) muitas vezes requerem melhores

condições de uniformidade, até mesmo mais que rodovias, uma vez que

frequantemente possuem maior número de conflueências e desvios. Para

tanto, recomenda-se avaliar também aqui a possibilidade de se trabalhar

com sistemas de iluminação pública independentes da rede de distribuição

de energia.

Avenida Presidente Kennedy - Sistema 250W em canteiro central Alameda Dr. Carlos de Carvalho - Sistema 250W Avenida Presidente Wenceslau Bras - Sistema 400W com altura de montagem baixa - potencial dissociação

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VIAS ORDINÁRIAS E VIAS ARTICULADORAS SETORIAIS

As malhas ordinárias de Curitiba podem ser subdivididas em dois grandes


Malha ordinária renovada no Boqueirão Malha ordinária não renovada no Boqueirão
grupos: as que passaram por uma recente modernização – e contam com

luminárias com dispositivos fotométricos e lâmpadas de 100W – e os

sistemas antiquados, onde luminárias abertas e lâmpadas de 70W promovem

uma iluminação precária. Estes sistemas são sempre dependentes da rede

de distribuição, mas observa-se que enquanto os sistemas antigos possuem

braços curtos e inadequados, as renovações trouxeram braços que contribuem

para uma distribuição mais uniforme da luz.

Observando-se os números do cadastro, constata-se que o total de lâmpadas

de sódio 70W é de 52.214, contra 30.050 de 100W. Sabe-se assim que o

caminho até uma renovação total do parque é ainda longo, apesar de não

se subestimar o êxito da substituição de 36,5% do total dos pontos desta

natureza.
Malha ordinária renovada em Santa Felicidade Malha ordinária não renovada em Boa Vista

Além dos sistemas das malhas ordinárias, observa-se no cadastro do parque

que algumas vias possuem sistemas com lâmpadas de 150W. Nota-se

facilmente que se tratam sempre de trechos curtos e isolados, sem caráter

sistêmico. Esses usos estão associados a equipamentos específicos, como

hospitais, praças e colégios; ou mesmo a algumas vias coletoras dentro de

ações urbanísticas específicas, como no caso do cajuru.

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SISTEMAS ESPECIAIS DIVERSOS

Postes Republicanos na Praça 29 de Março Globos em Santa Felicidade Lampiões Murais no Largo da Ordem

Luminárias indiretas na Praça do Japão Luminárias indiretas na Praça do Japão Luminárias indiretas na Alameda Augusto Stellfeld

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SISTEMAS ESPECIAIS DIVERSOS

Luminária de LEDs com Placa Fotovoltaica no Parque Barigui Luminária de LEDs com Placa Fotovoltaica no Parque Barigui Postes Republicanos no Parque Tanguá

Postes Republicanos no Parque Tanguá Poste especial em Santa Felicidade Poste especial em Santa Felicidade

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SISTEMAS ESPECIAIS DIVERSOS

Poste Republicano no Jardim Botânico Poste Republicano na Praça Tiradentes Postes Especiais em frente à Biblioteca Pública

Poste Republicano na 15 de Novembro Poste Republicano na 15 de Novembro Poste Republicano na Barão do Rio Branco

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SISTEMAS ESPECIAIS DIVERSOS

Poste Republicano na 15 de Novembro Posteamento Baixo na Rua Riachuelo Sequência de postes republicanos no Centro Cívico

Globos em frente às Secretarias de Estado Postes Especiais com luminária indireta no Museu Niemeyer Iluminação de calçada na Avenida Toaldo Túlio

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4.4. Identificação dos Pontos Críticos de Iluminação sistemas por uma análise de amostragens. Assim, buscou-se utilizar o tempo

empregado no trabalho de medições com a diversificação de tipos diferentes

ANÁLISE DAS MEDIÇÕES LUMINOTÉCNICAS de sistemas de iluminação pública aplicados a vias diversas, de acordo

com a sua hierarquia, bem como analisar o resultado obtido nas malhas

As medições do sistema de iluminação pública foram realizadas por um sistema viárias ordinárias, em especial no que tange a substituição que vem sendo

de luxímetro embarcado. Este sistema consiste de uma fotocélula fixada ao realizada, de luminárias abertas com lâmpadas de vapor de sódio de 70W

teto de um automóvel, que se desloca numa velocidade constante nas vias

urbanas, e que se comunica a um aparelho de GPS e a um software específico,

o qual registra a iluminância medida em cada ponto (são atribuídos intervalos

de tempo constantes para as tomadas de medição, de acordo com a velocidade

que se trafega), interrelacionando-a a uma coordenada geográfica, de modo

que, findado o trabalho, obtém-se um panorama bastante preciso a respeito medida no luxímetro, ou seja, avalia quanto da luz emitida pelo conjunto

do funcionamento do sistema de iluminação, naquele dado momento. empregado (lâmpada e luminária) efetivamente chega ao plano de medição

É importante frisar aqui que podem ocorrer interferências de distintas (lembrando que as medições são feitas a cerca de 1,5m acima do nível da

naturezas, que afetam diretamente estes resultados. Um exemplo clássico pista, uma vez que o luxímetro é fixado no teto do automóvel). Portanto, os

seria o fato de um determinado trecho de uma via estar passando por algum valores medidos apresentam um incremento a maior do que os valores que

tipo de manutenção e assim se encontrar apagado no momento da tomada seriam medidos no plano do solo. Este incremento é da ordem de 10 a 15%

da medição. Deve-se, portanto, entender que a real valia deste estudo é a em média. Este é um método que permite avaliar com bastante segurança se

de apresentar um panorama geral do comportamento da iluminação urbana, a “quantidade de luz” utilizada na iluminação da via em questão é adequada

ou se preferirmos, uma fotografia tomada num breve instante, que repetida ao seu posicionamento na hierarquia viária. Já a Uniformidade Linear é a

num futuro não distante, comprovaria a efemeridade do sistema na sua razão entre a menor medida averiguada no trecho e a iluminância média

dimensão integral. Sendo assim, revela-se a principal virtude desta avaliação: deste mesmo trecho, servindo portanto, para que se possa balizar se o

a amplitude do seu alcance num curto intervalo de tempo, que proporciona sistema é capaz de distribuir a luz emitida com equidade ao longo do trecho.

subsídios quantitativos à avaliação qualitativa visual feita concomitantemente Sendo a uniformidade linear diretamente dependente da menor medida do

pela equipe que realiza essas tomadas. trecho, a mesma pode tender a zero pelo simples fato da existência de uma

medida pontual prejudicada, a exemplo de um ponto medido num trecho

A avaliação dos sistemas de iluminação realizada num momento anterior amplamente arborizado, ou de uma lâmpada defeituosa. Iluminâncias médias

ao trabalho de tomada de medições (o que inclui a análise da distribuição por luminárias com dispositivos óticos, equipadas com lâmpadas de vapor de muito elevadas tendem também a terem resultados piores em termos de

geográfica das potências – vide prancha específica – e o próprio sódio de 100W. uniformidade, uma vez que basta uma medição um pouco menor para que se

reconhecimento de campo inicial) constatou que a cidade de Curitiba possui instaure uma diferença significativa entre a mesma e a média do trecho.

alto grau de hierarquização e padronização nos seus sistemas de IP, e que As avaliações obtidas com este método são a Iluminância Média Linear e

este ordenamento está diretamente ligado à hierarquia do sistema viário e a correlação de Uniformidade Linear, medidas respectivamente em Lux e

a aspectos de importância imagética dos logradouros. Deste modo, foram percentagem. A iluminância média é obtida pela média aritmética de uma

adotados critérios que objetivaram reconhecer o funcionamento dos distintos série de medidas num dado trecho. Ela trabalha com a intensidade luminosa

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Em Curitiba, verificou-se iluminâncias médias muito altas nas principais vias, também uma diretriz a ser considerada de maneira diferenciada, pois além

com valores acima de 20 Lux em visível abundância, como se pode verificar na dos óbvios benefícios em termos de economia de energia e eficiência do

respectiva prancha. Ainda na prancha, verifica-se facilmente a precariedade sistema, é uma ação que traz grande valor imagético para a paisagem urbana,

do sistema da Régis Bittencourt, no seu trecho acima da Avenida Presidente especialmente se feito conjuntamente a uma ação de enterramento do

Afonso Camargo. cabeamento da rede de distribuição de energia.

Em relação às trocas das luminárias de 70 por 100W citadas, a observação em

campo da perceptível melhora foi traduzida em números. Uma comparação

visual entre a prancha da transcrição das potências cadastradas com a prancha

das iluminâncias médias permite verificar que as malhas iluminadas com

luminárias abertas para lâmpadas de 70W apresentam quase sempre valores tácita do sistema o avaliou como satisfatório. Parte dos resultados baixos

de Emed até no máximo 10 Lux, enquanto que as áreas que já passaram pela das uniformidades lineares deve-se a fenômenos anteriormente explicados,

renovação de equipamento apresentam valores próximos aos demonstrados como a intensa arborização urbana de Curitiba e as altas médias de

nos cálculos luminotécnicos, com médias acima de 10 Lux e em alguns casos iluminância detectadas. Contudo, mesmo com essa distorção (que é natural),

observa-se com facilidade como os sistemas do centro possuem melhores

resultados que os periféricos, justamente pelo fato de se concentrarem

nessa área os maiores esforços de renovação do parque. Outro fato que

é importante ressaltar é que a cidade de Curitiba, apesar de possuir um

parque novo e bem cuidado, possui muito pouca dissociação do sistema de

iluminação pública do sistema de distribuição de energia. Esse é um fator

relevante que abaixa significativamente os resultados de uniformidade, uma

vez que os espaçamentos entre postes praticados pela concessionária de

distribuição de energia são consideravelmente maiores que os espaçamentos

adequados para uma distribuição de luz satisfatória. Ou seja, a distribuição

espacial e geométrica dos pontos de iluminação fica amarrada a uma lógica


até maiores, sendo plenamente satisfatórios para o tipo de via em questão inadequada para o seu propósito, fazendo com que os resultados não sejam
(local). Percebe-se em alguns trechos grandes flutuações de valores num os indicados.
mesmo percurso contínuo, a exemplo da borda do Parque Barigui. Isso ocorre

especialmente em trechos muito sinuosos ou muito arborizados (neste Os resultados das medições efetuadas em Curitiba revelam que a cidade conta
exemplo, ambos), uma vez que a vegetação pode alterar significativamente com um sistema altamente padronizado, que possui bom funcionamento
as médias. de uma maneira geral. A renovação das malhas ordinárias e a subseqüente

erradicação das luminárias abertas, sem dúvida, é uma das diretrizes que
Sobre as uniformidades verificadas, pode-se dizer que os resultados devem ser perseguidas com maior atenção. A implementação de sistemas de
numéricos foram, de certa forma, surpreendentes, uma vez que a percepção iluminação pública independentes dos sistemas de distribuição de energia é

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PARÂMETROS COMPARATIVOS PARA ANÁLISE CRÍTICA DOS VALORES MEDIDOS

As tabelas adjuntas apresentam cálculos realizados no Software Dialux (que pode ser

descarregado gratuitamente no endereço www.dialux.com). Para a elaboração destes cálculos,

utilizou-se apenas luminárias fechadas e de alto rendimento fotométrico, com avanços verticais

e horizontais (proporções do braço) de acordo com o material utilizado atualmente em Curitiba

e para os espaçamentos encontrados com maior frequência na rede de distribuição elétrica de

Curitiba. Os Cálculos foram feitos tanto para o emprego de lâmpadas de vapor de sódio, quanto

para as novas tecnologias de vapor metálico. A imagem abaixo à direita mostra uma captura de

tela do software, que pode ser utilizado para materiais de distintos fabricantes, sendo portanto,

completamente independente de interesses mercadológicos.

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SINTESE ANALÍTICA

A confrontação dos dados colhidos nas medições, e compilados do cadastro, de amadurecimento como serviço urbano, um passo importante é a busca

com a realidade urbana observada no trabalho de campo - subsidiados ainda pela melhoria da qualidade da luz emitida. As lâmpadas de vapor metálico

por uma grande quantidade de documentação formal arquivada pelo IPPUC proporcionam um conforto visual muito maior ao pedestre e ao condutor,

- indica que o sistema de iluminação pública de Curitiba pode ser descrito isso em grande parte devido ao melhor índice de reprodução de cor que

como díspar entre a sua funcionalidade e a sua adequação morfológica e de possui. Ademais, a luz branca, como vem sendo comprovado em pesquisas

design. A favor de sua funcionalidade, pode-se comentar que o sistema tem recentes, é mais adequada à visão noturna do ser humano. Por este motivo,

uma hierarquia bem planejada, num grau de padronização satisfatório, e que ruas iluminadas com luz branca podem ser percebidas pelo olho humano

a renovação dos pontos antigos do parque já pode ser claramente percebida com maior facilidade que ruas iluminadas com vapor de sódio, mesmo que

(ainda que exista muito a se fazer). Esse caráter funcional do sistema de IP possuam níveis levemente inferiores. Estudos recentes estabelecem um fator

é, sem dúvidas, a maior contribuição que um sistema pode proporcionar à de correção de cerca de 30% para essa relação.

cidade na qual está instalado, pois cumpre o seu propósito maior, que é a de

servir como suporte à emissão luminosa necessária. Entretanto, outro aspecto

dos sistemas de iluminação em geral, é que estes se tornaram ao longo do

tempo nos universos urbanos peças de importantíssimo impacto na imagem

percebida, e a evolução natural que houve nesse campo foi o desenvolvimento

dos equipamentos de iluminação como peças de consignação e realce das

paisagens urbanas. Sob este aspecto, Curitiba carece de intervenções mais

significativas. Mesmo grandes e importantes avenidas, com total potencial

para uma ação de dissociação do sistema de iluminação pública do sistema

de distribuição de energia, ainda possuem sistemas padronizados, e mesmo

quando se dissociam, não buscam qualquer tipo de diferencial de design, a

exemplo da Avenida Sete de Setembro.

Outro ponto importante a ser abordado é a quantidade tímida de intervenções

com o uso de tecnologias mais novas – nos referimos aqui em especial à

baixa incidência da utilização de vapor metálico. Algumas intervenções mais

contemporâneas foram observadas, como a própria renovação da Avenida

Sete de Setembro e o uso de LEDs com placas fotovoltaicas no Parque Barigui.

Entretanto, é muito pouco para uma cidade como Curitiba, que possui um

grau de desenvolvimento urbanístico muito acima da média brasileira.

Considerando-se que a questão dos sistemas em si já está em grau avançado

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4.5. Análise dos Ambientes Urbanos Noturnos

Santa Felicidade Parque Barigui Estação Tubo

Praça do Japão Avenida Sete de Setembro

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Shopping estação e Avenida Sete de Setembro Paço da Liberdade Rua Riachuelo

Rua Riachuelo Praça Dezenove de Dezembro Praça Generoso Marques

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Torre de Telecomunicaçõesz Parque Tingui Rua 15 de Novembro

Largo da Ordem Largo da Ordem Largo da Ordem

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Largo da Ordem Largo da Ordem Largo da Ordem

Rua São Francisco Conservatório Praça Tiradentes - Casa Hauer

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Praça Tiradentes Praça Tiradentes - Casa Hauer Praça Tiradentes

Paço da Liberdade Praça Tiradentes - Catedral Metropolitana Praça Tiradentes - Catedral Metropolitana

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Rua Senador Alencar Guimarães Rua Senador Alencar Guimarães Largo da Ordem

Largo da Ordem Passeio 15 de Novembro Praça Zacarias

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Passeio 15 de Novembro Rua Mateus Leme Santa Felicidade

Santa Felicidade Santa Felicidade Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias

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MONUMENTOS E EDIFICAÇÕES PRIORIDADE DE INTERVENÇÃO 1:

Catedral Metropolitana de Curitiba Igreja do Rosário Igreja Presbiteriana

Palácio Garibaldi Teatro Paiol Monumento de Santa Felicidade

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MONUMENTOS E EDIFICAÇÕES PRIORIDADE DE INTERVENÇÃO 1:

Opera de Arame Estufa do Jardim Botânico Teatro Guaíra

Marco Avenida das Torres Universidade Federal do Paraná Paço Municipal

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MONUMENTOS E EDIFICAÇÕES PRIORIDADE DE INTERVENÇÃO 1:

Museu Niemeyer Memorial Ucraniano Mural do Rio Iguaçu

Monumentos da Praça 19 de Dezembro Entrada do Passeio Público Museu Paranaense

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MONUMENTOS E EDIFICAÇÕES PRIORIDADE DE INTERVENÇÃO 2:

Museu dos Expedicionários Igreja do Carmo Paróquia de Nossa Senhora das Mercês

Igreja de São José Igreja de Santa Cândida Paróquia de Nossa Senhora das Graças

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MONUMENTOS E EDIFICAÇÕES PRIORIDADE DE INTERVENÇÃO 2:

Memorial ao Imigrante Árabe Igreja do Portão Igreja do Imaculado Coração de Maria

Igreja do Bom Jesus Paróquia de Santo Antônio de Orleans Torre das Mercês

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MONUMENTOS E EDIFICAÇÕES PRIORIDADE DE INTERVENÇÃO 2:

Fonte de Jerusalém Secretaria Estadual da Cultura Igreja de Santa Terezinha

Paróquia do Senhor Bom Jesus do Cabral Estádio Couto Pereira Arena da Baixada

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5.1.2. Espaços Públicos Praça das Nações

Praça 29 de Março

Os principais critérios de triagem para a hierarquização das intervenções de Passeio da XV de Novembro

iluminação urbana em espaços públicos são a sua representatividade para Praça do Japão

a imagem da cidade e a abrangência da sua área de influência. Praças e Praça Rui Barbosa

parques situados num dado ponto de Curitiba são regularmente apropriados Praça Gal. Osório

por cidadãos que residem em outras áreas, bem como visitados por turistas. Praça Eufrásio Correia

Deste modo, podemos determinar que alguns destes espaços possuem Praça Tiradentes

uma importância metropolitana, enquanto outros são apenas influentes Praça 19 de Dezembro

dentro de micro-regiões e vizinhanças que arduamente perpassam o limite Praça Carlos Gomes

administrativo dos bairros, sendo portanto de importância setorial. Há ainda Praça General Marques

pequenas praças e jardinetes que são comumente utilizados pelos moradores Praça José Borges de Macedo

das ruas adjacentes à sua localização, que doravante serão denominados de Praça Santos Andrade

importância vicinal. É obvio que as ações de iluminação pública deverão Praça Portugal

ter pesos diferentes para cada uma destas categorias de intervenção, Parque Afonso Botelho

prezando desde o bom funcionamento do sistema (importância vicinal) até Praça Ouvidor Pardinho
Praça João Cândido
a diferenciação e agregação de valor à imagem urbana noturna (importância Praça Oswaldo Cruz

metropolitana).

Listagem de Espaços Públicos de Importância Metropolitana:

Largo da Ordem

Praça João Cândido

Praça Rio Iguaçu

Parque Barigui

Parque Tanguá

Parque Tingui

Parque Pedreiras

Parque São Lourenço

Jardim Botânico

Passeio Público

Bosque Polonês

Bosque Alemão

Bosque Italiano Praça Rio Iguaçu

Parque Gal. Iberê de Matos

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Parque Tingui Parque Tingui Parque Barigui

Parque Tanguá Parque Pedreiras Parque São Lourenço

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Jardim Botânico Passeio Público Bosque Polonês

Praça 29 de Março Passeio da XV de Novembro Praça do Japão

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Praça Rui Barbosa Praça Gal. Osório Praça Eufrásio Correia

Praça Tiradentes Praça 19 de Dezembro Praça Carlos Gomes

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Praça General Marques Praça José Borges de Macedo Praça Santos Andrade

Praça Portugal Parque Afonso Botelho

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