PDF Pre Edital Tribunal Regional Federal Da 2a Regiao Rjes 2016 Direito Tributario P TRF 2a Regiao
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Aula 00
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Direito Tributário para TRF 2ª Região - AJAJ
Curso de Teoria e Questões Comentadas
Prof. Fábio Dutra- Aula 00
SUMÁRIO PÁGINA
Apresentação do Professor e Considerações sobre o Curso 01
Cronograma do Curso 03
Apresentação da metodologia do curso 04
Noções Introdutórias 07
Conceito de Tributos 15
Natureza Jurídica dos Tributos 25
Espécies de Tributos 31
Classificação dos Tributos Segundo a Doutrina 105
Lista das Questões Comentadas em Aula 112
Gabarito das Questões Comentadas em Aula 138
Cronograma do Curso
Vamos abordar, durante o curso, toda teoria necessária para que você
compreenda os tópicos do edital de forma completa. Lembrando-se de que
não vai ser exigido de você nenhum conhecimento prévio de Direito
Tributário.
Sendo assim, esse curso vai ser aplicável tanto aos concurseiros
iniciantes, como àqueles que já estão em um nível mais avançado, querendo
apenas revisar os detalhes atinentes ao que a banca está solicitando no edital.
Isso porque o curso será completo, e, ao mesmo tempo, sucinto!
Como a FCC tem elaborado provas cada vez mais pesadas, é importante
também trabalharmos questões de outras bancas, a fim de abordarmos os
assuntos de forma mais completa!
sentido incluir uma questão sobre crédito tributário, por exemplo, nessa aula,
que irá tratar apenas sobre os conceitos e a classificação dos tributos.
Justamente por isso, dividiremos as questões em assertivas, no modelo Certo
e Errado!
Caso haja algum assunto específico que você não tenha entendido muito
bem durante as aulas, sinta-se à vontade para me perguntar no nosso fórum
de dúvidas! Não deixe de ler também as dúvidas dos demais colegas,
pois elas podem ser as mesmas que as suas.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
fizer menção a um dispositivo legal, você vai abrir o arquivo e observar como
está escrito na lei.
Caso você siga esse conselho, tenho certeza de que o seu desempenho
será muito superior aos demais candidatos!
Por fim, desejo-lhe muito sucesso nesse caminho que você se propôs a
trilhar!
1 – NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
Por outro lado, o direito público rege as relações em que uma das partes
necessariamente será uma pessoa jurídica de direito público, e esta possui
poderes que a colocam em uma situação privilegiada diante dos
cidadãos. Isso tudo é possível porque o Estado está visando aos interesses
coletivos da sociedade de uma forma geral, enquanto o particular visa a seus
próprios interesses.
Agora que você já sabe que o Direito Tributário é uma das ramificações
do direito público, vamos ao seu conceito. De acordo com o ilustre Luciano
Amaro1 (grifamos):
1
AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 14ª Ed. Saraiva, 2008, Pág. 02
Com isso, você percebe que há uma limitação de nosso estudo, pois não
nos interessa estudar as destinações que serão dadas às receitas tributárias já
arrecadadas. Tanto é que o art. 4º do CTN evidencia que o destino da
arrecadação é irrelevante para definir a natureza jurídica de um tributo. Tal
tema é tratado de forma aprofundada pelo Direito Financeiro.
Direito
Direito Público Tributário
DIREITO
Direito Privado
Questão 01 – FD/INÉDITA/2015
Questão 02 – FCC/Procurador-SE/2005
Comentário:
Gabarito: Letra D
Questão 03 – ESAF/AFTN/1991
Gabarito: Letra D
Esquematizando:
ORIGINÁRIAS
RECEITAS
PÚBLICAS
DERIVADAS TRIBUTOS
2 – CONCEITO DE TRIBUTOS
Até agora falamos que os tributos são uma forma de receita pública
denominada receita derivada. Também dissemos que o Direito Tributário
está sujeito ao regime jurídico de direito público. Mas, afinal, o que vem a ser
tributo? Como podemos distinguir os tributos dos demais encargos que nos são
cobrados diariamente?
(...)
Para os que não sabem, dação em pagamento significa pagar com algo
que não seja dinheiro. No caso em tela, o contribuinte poderia quitar a sua
dívida, oferecendo bens IMÓVEIS ao fisco. Tal hipótese não derroga o art.
3º do CTN, tendo em vista que este afirma que a quitação do tributo pode ser
feita por algo que possa ser expresso em moeda. Os bens imóveis
inegavelmente podem ser expressos em moeda, concorda?
2. Prestação Compulsória.
O autor João Marcelo Rocha faz uma excelente observação, ao dizer que
esse item nem mesmo precisaria constar no conceito de tributo, eis que este já
é uma obrigação compulsória, e por esse motivo deve, necessariamente, estar
instituído em lei, conforme expressa previsão no texto constitucional:
“Art. 5º (...):
Enfim, o que devemos ter em mente sobre esse conceito é que todo
tributo deve ser criado por lei, ordinária ou complementar em alguns casos,
ou ato normativo que possua a mesma força de uma lei (medidas provisórias).
Esse é o princípio da legalidade no Direito Tributário.
Instituição SEM
de tributos EXCEÇÃO
Alteração de COM
EXCEÇÕES
alíquotas
2
PAULSEN, Leandro. Direito Tributário: Constituição e Código Tributário à luz da doutrina e da jurisprudência. 2014.
Pág. 737.
disse: não cheira. Guarde esse conceito, pois tem sido cobrado
recorrentemente em provas de concurso.
3
PAULSEN, Leandro. Direito Tributário: Constituição e Código Tributário à luz da doutrina e da jurisprudência. 2014.
Pág. 1030.
Questão 06 – ESAF/ACE-MDIC/2012
A renda obtida com o tráfico de drogas deve ser tributada, já que o que se
tributa é o aumento patrimonial, e não o próprio tráfico.
Questão 07 – ESAF/ISS-NATAL/2008
Tendo em vista que o tributo não pode constituir uma sanção por ato ilícito,
não se faz possível a incidência de tributos sobre atividades criminosas,
pois assim agindo o Estado estaria obtendo recursos de uma atividade por ele
proibida.
Questão 08 – ESAF/AFPS/2002
Questão 09 – ESAF/GEFAZ-MG/2005
Comentário:
Gabarito: Letra C
Questão 10 – ESAF/AFTM/Natal/2008
Questão 11 – ESAF/TRF/2000
Questão 12 – ESAF/ISS-NATAL/2008
Questão 13 – ESAF/ISS-NATAL/2008
Questão 14 – ESAF/MPC/TCE/GO/2007
Questão 15 – ESAF/TTN/1998
Nesse sentido, temos que observar, caso a caso, qual é o fato gerador
descrito na lei que instituiu o tributo. Se o fato se referir a uma manifestação
de riqueza do contribuinte, será um imposto. Tal manifestação dar-se-á por
meio de renda, propriedade ou consumo.
Perceba que, no caso dos impostos, quem realiza o fato que enseja a
cobrança de tributos é o contribuinte. Por outro lado, no que se refere às taxas
e contribuições de melhorias, quem realiza o fato gerador de cobrança é o
próprio Estado.
Uma rápida leitura do art. 145 da CF/88 nos leva a crer que há apenas
impostos, taxas e contribuições de melhoria (da mesma forma com o que está
disposto no art. 5º do CTN). No entanto, segundo o STF, ali estão elencados
apenas os tributos cuja competência é comum a todos os entes
federados.
Impostos
Taxas
Espécies Teoria
Contribuições de Melhoria Pentapartida
Tributárias
Empréstimos Compulsórios
Contribuições Especiais
Com isso, a única interpretação que pode ser tomada agora é a de que o
art. 4º do CTN foi parcialmente não recepcionado pela CF/88, pois não é
aplicável aos empréstimos compulsórios e às contribuições especiais.
Questão 16 – FGV/AFRE-RJ/2011
Questão 17 – ESAF/AFTM-NATAL/2008
Questão 18 – ESAF/IRB/2004
Questão 19 – ESAF/AFTM-NATAL/2008
Questão 20 – ESAF/GEFAZ-MG/2005
Comentário: Essa questão cobra a literalidade do art. 4°do CTN. Perceba que
o enunciado apresenta parte do caput do referido artigo, e exige o
conhecimento dos incisos por parte do candidato. Não temos dúvida de que a
Letra E é a correta.
art. 4° deve ser considerado como não recepcionado pela CF). Questão
correta.
4 - ESPÉCIES DE TRIBUTOS
4.1 - Impostos
Por serem tributos não vinculados, é mais do que justo que haja um
limite para a criação de impostos, pois, caso contrário, os governos tenderiam
a criar uma infinidade deles, concorda?
Então, a CF/88 definiu em seu texto os impostos que podem ser criados
por cada ente federado. Cabe ressaltar que, em regra, a competência é
privativa de cada um deles.
Outro detalhe a ser ressaltado é que a União pode criar outros impostos
e outras contribuições para a seguridade social não previstos na CF/88. É a
chamada competência residual só permitida para a União, desde que
respeitados os requisitos constitucionais.
Além disso, a CF/88 ainda determina em seu art. 146, III, a, que todos
os impostos nela discriminados tenham os respectivos fatos
geradores, bases de cálculo e contribuintes definidos em lei
complementar (LC). Trata-se de uma exigência feita apenas aos impostos,
não alcançando os demais tributos.
II
ISS
Municípios e IE
Distrito Federal IPTU
IR
ITBI IPI
União IOF
ITR
ITCMD
Estados e IGF
Distrito Federal ICMS
IEG
IPVA
I. Residuais
“Art. 145
(...)
Se João e Pedro ganham R$ 5.000,00 mensais cada um, sendo que João
é solteiro e Pedro é casado e possui dois filhos, não seria justo tributá-los de
maneira igual, pois certamente o padrão de vida de ambos não são iguais,
certo? Da mesma maneira, obviamente, se João e Pedro ganharem salários
distintos, a tributação também deve ser diferenciada para cada um deles.
O quadro acima tem como único objetivo deixar claro que existem
exceções ao princípio da não afetação, ou seja, há situações excepcionais em
que a receita dos impostos pode ser destinada a um fim específico.
Questão 24 – FGV/AFRE-RJ/2009
Questão 25 – FGV/AFRE-RJ/2011
Questão 27 – CESPE/PGE-ES/2004
Questão 28 – CESPE/AGU/2004
Questão 29 – ESAF/AFRFB/2009
Questão 30 – ESAF/AFPS/2002
Tributo é um gravame cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte.
Comentário: Nessa questão há uma boa pegadinha. Veja que a banca copiou
e colou o conceito do art. 16 do CTN, trocando apenas imposto por tributo.
Dessa forma, a questão ficou totalmente errada, pois a taxa, por exemplo, é
uma espécie de tributo e possui como fato gerador uma atividade estatal
relativa ao contribuinte. Ok? Questão errada.
Questão 31 – ESAF/PFN/1998
Questão 32 – ESAF/AFTM/Natal/2008
Questão 33 – ESAF/MDIC/2002
O tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente
de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte, denomina-se:
a) taxa.
b) contribuição de melhoria.
c) imposto.
d) empréstimo compulsório.
e) preço público.
Questão 34 – ESAF/IRB/2006
4.2 - Taxas
Mas quais seriam os fatos geradores das taxas? Vamos observar o que
diz o art. 77 do CTN:
“Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas
atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder
de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição.”
Caro aluno, o ponto mais importante e que mais cai em provas do art.
77 são os fatos geradores da taxa, quais sejam: exercício regular do poder de
polícia e a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e
divisível.
Veja que o serviço prestado pode ser utilizado efetivamente pelo usuário
ou não. Quando o CTN fala em utilização potencial, está se referindo àqueles
casos em que o serviço foi oferecido ao contribuinte, mas ele não o utilizou.
dignos de cobrança, por meio de taxas? E quais não podem? Veremos tudo
isso a seguir!
Outro serviço público que não pode ser remunerado por taxa é a
segurança pública. Por ser atividade indivisível, deve ser remunerada pelos
impostos. Segundo o entendimento do STF (ADI 1.942-MC, Rel. Min. Moreira
Alves), “sendo a segurança pública, dever do Estado e direito de todos,
exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas
e do patrimônio, através, entre outras, da Polícia Militar, essa atividade do
Estado só pode ser sustentada pelos impostos, e não por taxa...”.
Esta (a coleta domiciliar de lixo), por outro lado, pode ser remunerada
por taxa. Encontramos respaldo na jurisprudência do STF, que culminou na
publicação da seguinte súmula vinculante:
Vimos que o art. 77 do CTN fala que o fato gerador das taxas tanto pode
ser a prestação de serviços públicos como o exercício do poder de polícia. Mas
o que vem a ser poder de polícia?
Por fim, deve-se frisar que o exercício do poder de polícia deve ser
regular, isto significa, de acordo com o par. único do art. 78, do CTN, que deve
ser desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável,
com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a
lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
Se ainda não encontrou, o segundo motivo é que essa taxa não se refere
a um serviço específico e divisível. Afinal, como mensurar exatamente aqueles
que utilizam uma determinada rodovia? Parece uma tarefa bem árdua, certo?
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador
idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em
função do capital das empresas.
Ora, o motivo é óbvio. Sabemos que o fato gerador das taxas deve ser
necessariamente um serviço público prestado ou o exercício do poder de
polícia. Sabemos também que deve haver uma correlação entre o custo
da atividade prestada ao contribuinte e o valor a ser cobrado dele.
Portanto, não nos parece razoável cobrar um valor que seria calculado
sobre o capital social de cada empresa. Não haveria nenhuma relação com a
atividade prestada, muito menos com o custo que ela gerou ao Estado.
Você ainda está lembrado da Súmula 665 do STF? Aquela que considera
constitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores
mobiliários instituída pela Lei 7.940/1989?
Justamente pelo fato de a taxa ter que possuir um valor que corresponda
ao custo da atividade estatal foi que o STF editou a seguinte súmula:
Julgamento em 17/03/2009)
(STF, Plenário, ADI 2.551, Rel. Min. Celso de Mello, Julgamento em 02/04/2003)
também sejam instituídas em lei. Por outro lado, as tarifas são facultativas,
por se originarem de um contrato administrativo.
Gabarito: Letra E
Comentário:
Item I: De acordo com o art. 79, III, do CTN, consideram-se serviços públicos
divisíveis quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada
um dos seus usuários. Item errado.
Item II: De acordo com o art. 79, I, “a”, do CTN, consideram-se serviços
públicos utilizados pelos contribuinte efetivamente quando por ele usufruídos a
qualquer título. Item correto.
Item III: De acordo com o art. 79, II, do CTN, consideram-se serviços
públicos divisíveis específicos, quando possam ser destacados em unidades
autônomas de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas. Item
errado.
Item IV: De acordo com o art. 79, I, “b”, do CTN, consideram-se serviços
públicos utilizados pelos contribuinte potencialmente, quando, sendo de
utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade
administrativa em efetivo funcionamento. Item errado.
Item V: É o que dispõe o par. único, do art. 78, do CTN, considera-se regular
o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente
nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se
de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de
poder. Item correto.
Gabarito: Letra A
Questão 37 – FGV/AFRE-RJ/2011
Comentário:
Alternativa D: O CTN estabelece que as taxas não podem ter bases de cálculo
ou fatos geradores idênticos ao dos impostos. Ademais, a própria CF/88 proíbe
que as taxas tenham base de cálculo próprias dos impostos. Portanto, item
errado.
Gabarito: Letra E
Questão 38 – FGV/AFRE-RJ/2011
Questão 39 – FGV/Juiz-TJ-PA/2009
Comentário:
Alternativa D: A taxa, por ser tributo, pode ser cobrada apenas por pessoa
jurídica de direito público. Os preços públicos, de outro modo, podem ser
exigidos por pessoa jurídica de direito privado. Item correto.
Gabarito: Letra D
Questão 40 – FGV/AFRE-RJ/2010
Questão 41 – FGV/AFRE-RJ/2009
Questão 42 – ESAF/ISS-RJ/2010
Questão 43 – ESAF/APOFP-SP/2009
Questão 44 – ESAF/ACE-MDIC/2012
Comentário:
Item II: Esse é o entendimento do STF, e o que devemos levar para a prova.
De nada adiantaria prestar um serviço específico e divisível associado a outro
que é concedido a toda a população, concorda? Item correto.
Item III: Meu amigo, essa questão é muito capciosa. A banca adotou como
correta, por seguir a literalidade da súmula 545 do STF. No entanto, o final da
redação de tal súmula fala do princípio da anualidade, hoje não mais existente
no nosso sistema tributário. Essa questão caiu de forma idêntica no concurso
ISS-RJ/2010, realizado pela mesma banca! Portanto, muita atenção com as
questões da ESAF. Item correto.
Questão 45 – ESAF/PFN/2006
Questão 47 – ESAF/AFRF/2005
Questão 48 – ESAF/PGDF/2007
Questão 51 – ESAF/AFRF/2005-Adaptada
Sobre a taxa, é errado afirmar que os serviços públicos que ensejam sua
cobrança consideram-se utilizados pelo contribuinte, efetivamente, quando,
sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante
atividade administrativa em efetivo funcionamento.
Questão 53 – ESAF/AFRFB/2009
Questão 54 – CESPE/DPF/2002
São tributos que surgem com a realização de uma obra pública da qual
decorra valorização imobiliária aos contribuintes. O motivo é evitar que haja
enriquecimento de um determinado número de pessoas às custas da
coletividade.
Digamos que o Sr. João more em um loteamento onde as ruas não são
calçadas e existam poucos vizinhos naquele isolado bairro. Com o passar dos
anos, o Estado decide construir o novo fórum da cidade naquela região,
fazendo com que grandes bancos e lojas venham a se instalar também
naquelas proximidades. As ruas que antes eram de terra, agora são asfaltadas
e bem sinalizadas.
Seria justo o Sr. João ter o seu imóvel valorizado nesse montante sem
dispor de qualquer centavo de seu bolso? É óbvio que não. É nesse instante
que surge a cobrança da contribuição de melhoria.
Veja que o CTN trouxe outros detalhes que não foram mencionados na
CF/88. Esses detalhes se referem aos limites aos quais a contribuição de
melhoria está sujeita.
O limite total se refere ao valor máximo que pode ser arrecadado a título
de contribuição de melhoria. O CTN estabeleceu como limite o valor total
gasto com a obra.
Por fim, destaque-se que o tributo não pode ser cobrado antes da
realização da obra pública, já que é a consequência dela que justificaria a
cobrança tributária. Contudo, nada impede a instituição do tributo após o
término de parte da obra, se já houver resultado em valorização
imobiliária para o contribuinte.
Gabarito: Letra E
Comentário:
Alternativa C: Não faz o menor sentido o próprio ente figurar com tributante
e como devedor do tributo. Alternativa errada.
Alternativa D: Trata-se de tributo que pode ser instituído não só pela União,
mas também pelos Estados, DF e Municípios. Alternativa errada.
Gabarito: Letra A
Questão 57 – FGV/AFRE-RJ/2009
Questão 58 – FGV/AFRE-RJ/2011
Questão 62 – ESAF/IRB/2006
Questão 63 – ESAF/AFTE/PA/2002
d) contribuição social.
e) contribuição de melhoria.
A letra E também está ok, pois a base de cálculo do tributo é o valor que foi
gerado de valorização aos imóveis próximos do local da obra. A letra D,
contudo, está errada, pois a contribuição só pode ser cobrada após o término
da obra, ou parte dela, desde que já tenha havido valorização imobiliária. Letra
D.
Eu negritei parte do caput do art. 148 para você visualizar que muito do
que vimos até agora está estampado na CF/88.
Se você ler o art. 15 do CTN, irá perceber que a redação do art. III não
foi incluída na CF/88. Tal inciso menciona outra possibilidade para a instituição
do referido tributo, que é a conjuntura que exija a absorção temporária de
poder aquisitivo. Saiba que esse inciso não foi recepcionado pela Magna Carta,
devendo ser consideradas incorretas as questões que mencionem tal
hipótese. Ok?
Creio que pode ter surgido outra dúvida na sua cabeça: seriam esses,
portanto, os fatos geradores do empréstimo compulsório? Não! Como eu disse,
trata-se de pressupostos fáticos ou situações que autorizam a instituição de
um empréstimo compulsório. O fato gerador foi deixado a critério do
legislador.
Agora, iremos falar um pouco sobre o parágrafo único do art. 148. Veja
que ele afirma que os recursos que foram gerados pela arrecadação serão
vinculados às despesas que fundamentaram a instituição do tributo. Isso
significa que os empréstimos compulsórios são tributos de
arrecadação vinculada. Contudo, isso não quer dizer que eles
necessariamente sejam tributos vinculados (pois a escolha do fato
gerador fica a cargo do legislador). Entendido até aqui?
Por último, observe que o parágrafo único do art. 15 do CTN exige que a
lei instituidora do tributo fixe o prazo do empréstimo e as condições de
resgate. Ressalte-se que o STF possui entendimento no sentido de que a
restituição deve ser efetuada na mesma espécie do que foi recolhido
Questão 66 – CESPE/TCU/2006
Questão 67 – ESAF/AFPS/2002
Questão 68 – ESAF/TTN/1997
Questão 70 – ESAF/IRB/2006
Comentário: Não há tal preferência. O que o aluno deve ter em mente é que
o destino dos recursos arrecadados com os empréstimo compulsórios deve ser
vinculado à despesa que fundamentou a instituição do referido tributo.
Questão errada.
Questão 71 – ESAF/Procurador-Fortaleza/2002
Questão 72 – FGV/Juiz-PA/2008
Os empréstimos compulsórios não têm natureza tributária, uma vez que não
transferem definitivamente recursos dos particulares para o Estado, devendo
ser restituídos nos termos da lei.
Questão 74 – ESAF/AFRFB/2009
Questão 75 – CESPE/AFPS/2000
Questão 77 – CESPE/Auditor/ES/2004
Questão 78 – FGV/Juiz-PA/2008
Há, ainda, mais uma espécie de tributo que tem sido reconhecida pela
doutrina e jurisprudência, que são as contribuições especiais, também
denominadas “contribuições”.
Veja que cabe somente à União instituir tais contribuições, e que elas se
dividem basicamente em três tipos, conforme eu negritei acima. Contudo, há
uma exceção, que permite aos Estados, DF e Municípios instituírem
contribuições especiais, no § 1º do art. 149, a saber:
TIPOS DE CONTRIBUIÇÃO
COMPETÊNCIA PARA INSTITUIR
ESPECIAL
União (Exceção: todos os demais
entes podem instituir contribuição
Contribuições Sociais
previdenciária a ser cobrada de
seus servidores)
Contribuição de Intervenção no
Somente a União
Domínio Econômico (CIDE)
Contribuições de interesse das
Somente a União
categorias profissionais
Contribuição para Custeio do Serviço
Somente Distrito Federal e Municípios
de Iluminação Pública (COSIP)
Além disso, outro ponto digno de nota nesse art. 149 da CF/88 é o seu §
2º, que afirma que tanto as contribuições sociais como as CIDEs deverão
ter as seguintes características:
Questão 79 – FGV/AFRE-RJ/2009
Questão 80 – FGV/AFRE-RJ/2009
Questão 81 – FGV/AFRE-RJ/2011
Questão 82 – ESAF/AFRFB/2012
Questão 83 – ESAF/AFRFB/2012
Questão 84 – ESAF/AFRFB/2012
Questão 85 – CESPE/UNB/OAB/2007
Questão 86 – ESAF/AFRF/2002
Questão 87 – ESAF/AFE/PI/2001
Questão 88 – ESAF/AFRF/2005-Adaptada
Questão 89 – ESAF/AFRF/2003-Adaptada
Comentário: No art. 149, § 2º, III, "a" e "b", é dito que tanto as contribuições
sociais como as CIDEs podem ter alíquotas ad valorem ou específicas. Questão
errada.
Questão 92 – CESPE/AGU/2004
Questão 95 – ESAF/PFN/2007
Memorize:
Contudo, apenas aquelas cuja base econômica não foi prevista na CF/88
serão instituídas por lei complementar. As demais o serão por lei ordinária.
Assim decidiu o STF:
Pois bem, lendo o texto do art. 154, I, vemos que ele não se aplica
propriamente às contribuições, mas também aos impostos. “Por que isso,
professor?”
Questão 96 – ESAF/AFRF/2002
Questão 97 – ESAF/AFRF/2003
Comentário: A questão está errada, tendo em vista o disposto no art. 195, II,
da CF/88, que assevera que não incide contribuição social sobre aposentadoria
e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social. Questão errada.
Questão 98 – ESAF/AFRFB/2012
Questão 99 – ESAF/AFRFB/2012
Comentário: As únicas contribuições especiais que devem ser criadas por lei
complementar são aquelas denominadas “residuais”. Além disso, a previsão é
de que apenas as contribuições para seguridade social possam ser residuais.
Portanto, não há possibilidade de haver CIDEs ou contribuições corporativas
residuais. Ok? Analisando a questão, ao dizer que não se pode prescindir, o
examinador afirma que é indispensável a lei complementar para criar as
referidas contribuições, o que é errado, como acabamos de dizer. Questão
errada.
A contribuição social que incida obre o lucro deve ser instituída por meio de lei
complementar, haja vista tratar-se de idêntica base de cálculo e mesmo fato
gerador do Imposto de Renda.
Alternativa A: Não pode haver nova contribuição social com o mesmo fato
gerador de outra já existente. Item errado.
Alternativa E: Item correto, com base nas explicações das demais assertivas.
Gabarito: Letra A
Comentário: Estudamos nesta aula que a CIDE pode ter alíquota específica
(valor fixo por unidade) ou ad valorem. Questão correta.
Vamos entender melhor o que a Suprema Corte quis dizer com essas
afirmações. Em primeiro lugar, é possível identificar os usuários do serviço de
iluminação pública? Essa é uma tarefa nada fácil. Portanto, para o STF, não
ofende o princípio da isonomia a lei que restringir os contribuintes da COSIP
aos consumidores de energia elétrica.
Portanto, nada mais justo do que cobrar mais tributos de quem consome
mais energia elétrica. Afinal, podemos pressupor que aqueles que gastam mais
energia elétrica possuem condição financeira melhor.
Gabarito: Letra A
2. Contribuições Sindicais
Pela redação do art. 8º, IV, da CF/88, podemos perceber que há dois
tipos de contribuições relacionadas ao sindicado. Uma é denominada
contribuição confederativa, cobrada apenas daqueles que se filiaram a essas
entidades representativas. Vejamos o entendimento do STF:
Comentário:
Gabarito: Letra D
Veja que o vendedor é quem recolhe o valor aos cofres públicos, contudo,
quem efetivamente é onerado pelo tributo são os consumidores. Surge,
portanto, a figura do contribuinte de direito (comerciante, que é nomeado
pela lei a recolher os tributos) e contribuinte de fato (quem acaba sofrendo
o ônus financeiro).
um sujeito possui um automóvel, ele irá pagar IPVA. Vejam que não há
possibilidade de ele repassar esse ônus a outra pessoa. Esses são os tributos
diretos.
Em alguns casos, mesmo nos tributos diretos, quem acaba arcando com
encargo são os consumidores. Por exemplo, se uma empresa contribui com
Imposto de Renda sobre os seus lucros, é óbvio que ela irá incluir este tributo
em seu preço de custo. Dessa forma, de qual bolso saiu o dinheiro no fim das
contas? Dos seus clientes, é claro.
É tributo contraprestacional:
a) a CSLL.
b) o IRPJ.
c) a COFINS.
d) a contribuição para o CREA.
e) a taxa judiciária.
Questão 01 – FD/INÉDITA/2015
Questão 02 – FCC/Procurador-SE/2005
Questão 03 – ESAF/AFTN/1991
Questão 06 – ESAF/ACE-MDIC/2012
A renda obtida com o tráfico de drogas deve ser tributada, já que o que se
tributa é o aumento patrimonial, e não o próprio tráfico.
Questão 07 – ESAF/ISS-NATAL/2008
Tendo em vista que o tributo não pode constituir uma sanção por ato ilícito,
não se faz possível a incidência de tributos sobre atividades criminosas,
pois assim agindo o Estado estaria obtendo recursos de uma atividade por ele
proibida.
Questão 08 – ESAF/AFPS/2002
Questão 09 – ESAF/GEFAZ-MG/2005
Questão 10 – ESAF/AFTM/Natal/2008
Questão 11 – ESAF/TRF/2000
Questão 12 – ESAF/ISS-NATAL/2008
Questão 13 – ESAF/ISS-NATAL/2008
Questão 14 – ESAF/MPC/TCE/GO/2007
Questão 15 – ESAF/TTN/1998
Questão 16 – FGV/AFRE-RJ/2011
Questão 17 – ESAF/AFTM-NATAL/2008
Questão 18 – ESAF/IRB/2004
Questão 19 – ESAF/AFTM-NATAL/2008
Questão 20 – ESAF/GEFAZ-MG/2005
Questão 24 – FGV/AFRE-RJ/2009
Questão 25 – FGV/AFRE-RJ/2011
Questão 27 – CESPE/PGE-ES/2004
Questão 28 – CESPE/AGU/2004
Questão 29 – ESAF/AFRFB/2009
Questão 30 – ESAF/AFPS/2002
Tributo é um gravame cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte.
Questão 31 – ESAF/PFN/1998
Questão 32 – ESAF/AFTM/Natal/2008
Questão 33 – ESAF/MDIC/2002
O tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente
de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte, denomina-se:
a) taxa.
b) contribuição de melhoria.
c) imposto.
d) empréstimo compulsório.
e) preço público.
Questão 34 – ESAF/IRB/2006
Questão 37 – FGV/AFRE-RJ/2011
Questão 38 – FGV/AFRE-RJ/2011
Questão 39 – FGV/Juiz-TJ-PA/2009
Questão 40 – FGV/AFRE-RJ/2010
Questão 41 – FGV/AFRE-RJ/2009
Questão 42 – ESAF/ISS-RJ/2010
Questão 43 – ESAF/APOFP-SP/2009
Questão 44 – ESAF/ACE-MDIC/2012
Questão 45 – ESAF/PFN/2006
Questão 47 – ESAF/AFRF/2005
Questão 48 – ESAF/PGDF/2007
Questão 51 – ESAF/AFRF/2005-Adaptada
Sobre a taxa, é errado afirmar que os serviços públicos que ensejam sua
cobrança consideram-se utilizados pelo contribuinte, efetivamente, quando,
sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante
atividade administrativa em efetivo funcionamento.
Questão 53 – ESAF/AFRFB/2009
Questão 54 – CESPE/DPF/2002
Questão 57 – FGV/AFRE-RJ/2009
Questão 58 – FGV/AFRE-RJ/2011
Questão 62 – ESAF/IRB/2006
Questão 63 – ESAF/AFTE/PA/2002
Questão 66 – CESPE/TCU/2006
Questão 67 – ESAF/AFPS/2002
Questão 68 – ESAF/TTN/1997
Questão 70 – ESAF/IRB/2006
Questão 71 – ESAF/Procurador-Fortaleza/2002
Questão 72 – FGV/Juiz-PA/2008
Os empréstimos compulsórios não têm natureza tributária, uma vez que não
transferem definitivamente recursos dos particulares para o Estado, devendo
ser restituídos nos termos da lei.
Questão 74 – ESAF/AFRFB/2009
Questão 75 – CESPE/AFPS/2000
Questão 77 – CESPE/Auditor/ES/2004
Questão 78 – FGV/Juiz-PA/2008
Questão 79 – FGV/AFRE-RJ/2009
Questão 80 – FGV/AFRE-RJ/2009
Questão 81 – FGV/AFRE-RJ/2011
Questão 82 – ESAF/AFRFB/2012
Questão 83 – ESAF/AFRFB/2012
Questão 84 – ESAF/AFRFB/2012
Questão 85 – CESPE/UNB/OAB/2007
Questão 86 – ESAF/AFRF/2002
Questão 87 – ESAF/AFE/PI/2001
Questão 88 – ESAF/AFRF/2005-Adaptada
Questão 89 – ESAF/AFRF/2003-Adaptada
Questão 92 – CESPE/AGU/2004
Questão 95 – ESAF/PFN/2007
Questão 96 – ESAF/AFRF/2002
Questão 97 – ESAF/AFRF/2003
Questão 98 – ESAF/AFRFB/2012
Questão 99 – ESAF/AFRFB/2012
A contribuição social que incida obre o lucro deve ser instituída por meio de lei
complementar, haja vista tratar-se de idêntica base de cálculo e mesmo fato
gerador do Imposto de Renda.
É tributo contraprestacional:
a) a CSLL.
b) o IRPJ.
c) a COFINS.
d) a contribuição para o CREA.
e) a taxa judiciária.
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