Ava Final
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1- O discurso: “Filho, você é o meu sol! ”É um exemplo de figura de palavra, já que consiste na mudança do sentido
literal de “sol”. Como essa figura de linguagem é classificada?
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2- As propagandas são gêneros textuais que frequentemente se utilizam das figuras de linguagem para transmitir uma
mensagem ao leitor de forma mais expressiva. O texto em destaque no outdoor emprega qual figura de linguagem para
mostrar aos motoristas a importância de não consumir bebida alcoólica antes de dirigir?
a) ( ) Metonímia. A metonímia é uma figura de linguagem c) ( ) Metáfora. Metáfora é uma figura de linguagem em
em que se utiliza um termo no lugar de outro. que se transfere o nome de uma coisa para outra com a
qual é possível estabelecer uma relação de comparação.
b) ( ) Antítese. A Antítese é uma figura de pensamento
que acontece por meio da aproximação de palavras com d)( ) Ironia. Ironia é uma figura de linguagem que utiliza
sentidos opostos. palavras com sentido oposto para dar ênfase ao discurso.
3- Em cada frase abaixo há uma figura de linguagem. Assinale aquela que está classificada CORRETAMENTE:
a) Um galo sozinho não tece uma manhã. (metonímia) c) A vida é assim, cheia de tristezas e alegrias.
(Sinestesia)
b) Aquela mulher enriqueceu por meios ilícitos. (Metáfora)
d) Eu nunca mais vou respirar, se você não me notar.
(Hipérbole)
4- Aponte a figura:“Eu já lhe disse um bilhão de vezes para não exagerar quando falar!”
a) comparação d) prosopopeia
b) hipérbole e)catacrese
c) ironia
VIVER PARA CONTAR
Até a adolescência, a memória tem mais interesse no futuro que no passado, e por isso minhas lembranças
da cidadezinha ainda não estavam idealizadas pela nostalgia. Eu me lembrava de como ela era: um bom lugar
para se viver, onde todo mundo conhecia todo mundo, na beira de um rio de águas diáfanas que se precipitavam
num leito de pedras polidas, brancas e enormes como ovos pré-históricos.
Ao entardecer, sobretudo em dezembro, quando passavam as chuvas e o ar tornava-se de diamante, a
Serra Nevada de Santa Marta parecia aproximar-se com seus picos brancos até as plantações de banana, lá na
margem oposta. Dali dava para ver os índios aruhacos correndo feito formiguinhas enfileiradas pelos parapeitos
da serra. Nós, meninos, tínhamos então a ilusão de fazer bolas com as neves perpétuas e brincar de guerra nas
ruas abrasadoras. Pois o calor era tão inverossímil, sobretudo durante a sesta, que os adultos se queixavam
dele como se fosse uma surpresa a cada dia.
Desde o meu nascimento ouvi repetir, sem descanso, que as vias do trem de ferro e os acampamentos foram
construídos de noite, porque de dia era impossível pegar nas ferramentas aquecidas pelo sol.
Nem minha mãe nem eu, é claro, teríamos podido nem mesmo imaginar que aquele simples passeio de dois
únicos dias seria tão determinante para mim que nem a mais longa e diligente de todas as vidas não me bastaria
para acabar de contá-lo. Agora, com mais de setenta e cinco anos bem pesados, sei que foi a decisão mais
importante de todas as que tive que tomar na minha carreira de escritor. Até conseguir isso, minha vida esteve
sempre perturbada por um emaranhado de armadilhas, artimanhas e ilusões para burlar as incontáveis iscas que
tentavam me converter em qualquer coisa que não fosse escritor.
9. A palavra “cidade”, no trecho: “... minhas lembranças da cidadezinha ainda não estavam...”, foi escrita pelo autor no
diminutivo para expressar:
a) Ironia
b) Afetividade
c) Desprezo
d) Indignação
10. A finalidade da tirinha é:
a) divertir.
b) anunciar.
c) informar.
d) ensinar.
11. No último quadrinho, o gesto do personagem revela
que ele está:
a) indignado.
b) satisfeito.
c) extenuado.
d) consternado.
DENTES LIMPINHOS.
As primeiras escovas de dente surgiram na China por volta de 1498. Eram feitas de pelos de porco trançados em varinhas
de bambu. Essas cerdas foram trocadas depois por pelos de cavalo, que não eram ainda o material ideal, pois juntavam
umidade e criavam mofo. A melhor solução apareceu em 1938, quando surgiram as primeiras escovas com cerdas de
náilon, usadas até hoje.
Fonte: Revista Recreio, nº 177, 31 de julho, 2003, p.26, Editora Abril.
a) ( ) Pelos de cavalo.
b) ( ) Cerdas de náilon.
c) ( ) Cerdas da China.
d) ( ) Pelos de porco.
14. Segundo o texto, as escovas de pelo de cavalo foram substituídas pelas de náilon por que:
a) ( ) havia pouca matéria prima.
b) ( ) os pelos de cavalo era anti-higiênicos .
c) ( ) os pelos de cavalo causavam dor na gengiva.
d) ( ) os pelos de cavalo juntavam umidade e criavam mofo.
Fonte: https://grandesnomesdapropaganda.com.br
AMOR(FRAGMENTO)
Clarice Lispector
Um pouco cansada, com as compras deformando o novo saco de tricô, Ana subiu no bonde. Depositou o volume no colo e
o bonde começou a andar. Recostou-se então no banco procurando conforto, num suspiro de meia satisfação.
Os filhos de Ana eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho, exigiam para si, malcriados,
instantes cada vez mais completos. A cozinha era enfim espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros. O calor era forte no
apartamento que estavam aos poucos pagando. Mas o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que
se quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte. Como um lavrador. Ela plantara as sementes que
tinha na mão, não outras, mas essas apenas. E cresciam árvores. Crescia sua rápida conversa com o cobrador de luz,
crescia a água enchendo o tanque, cresciam seus filhos, crescia a mesa com comidas, o marido chegando com os jornais e
sorrindo de fome, o canto importuno das empregadas do edifício. Ana dava a tudo, tranquilamente, sua mão pequena e
forte, sua corrente de vida.
Certa hora da tarde era mais perigosa. Certa hora da tarde as árvores que plantara riam dela. Quando nada mais precisava
de sua força, inquietava-se. No entanto sentia-se mais sólida do que nunca, seu corpo engrossara um pouco e era de se ver
o modo como cortava blusas para os meninos, a grande tesoura dando estalidos na fazenda. Todo o seu desejo vagamente
artístico encaminhara-se há muito no sentido de tornar os dias realizados e belos; com o tempo, seu gosto pelo decorativo
se desenvolvera e suplantara a íntima desordem. Parecia ter descoberto que tudo era passível de aperfeiçoamento, a cada
coisa se emprestaria uma aparência harmoniosa; a vida podia ser feita pela mão do homem.
LISPECTOR, Clarice. Laços de Família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 19. Fragmento.
Entendendo o texto
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