STJ 201903607779 Tipo Integra 180704668
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EMENTA
ACÓRDÃO
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
QUARTA TURMA
Relator
Exmo. Sr. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro RAUL ARAÚJO
Subprocuradora-Geral da República
Exma. Sra. Dra. ELIANE DE ALBUQUERQUE OLIVEIRA RECENA
Secretária
Dra. TERESA HELENA DA ROCHA BASEVI
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : LANDYTEX INDUSTRIA COMERCIO E REPRESENTACOES LTDA
ADVOGADO : DANIEL KRIEGER - SC019722
RECORRIDO : TEXTIL RENAUXVIEW SA
ADVOGADO : LILIAN DA SILVA MAFRA - SC010899
ASSUNTO: DIREITO CIVIL - Empresas - Recuperação judicial e Falência
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia QUARTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
Adiado o julgamento para a próxima sessão (7/2/2023).
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
QUARTA TURMA
Relator
Exmo. Sr. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro RAUL ARAÚJO
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. MARCELO ANTÔNIO MUSCOGLIATI
Secretária
Dra. TERESA HELENA DA ROCHA BASEVI
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : LANDYTEX INDUSTRIA COMERCIO E REPRESENTACOES LTDA
ADVOGADO : DANIEL KRIEGER - SC019722
RECORRIDO : TEXTIL RENAUXVIEW SA
ADVOGADO : LILIAN DA SILVA MAFRA - SC010899
ASSUNTO: DIREITO CIVIL - Empresas - Recuperação judicial e Falência
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia QUARTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
Adiado o julgamento para a próxima sessão (14/2/2023).
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
QUARTA TURMA
Relator
Exmo. Sr. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro RAUL ARAÚJO
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. MARCELO ANTÔNIO MUSCOGLIATI
Secretária
Dra. TERESA HELENA DA ROCHA BASEVI
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : LANDYTEX INDUSTRIA COMERCIO E REPRESENTACOES LTDA
ADVOGADO : DANIEL KRIEGER - SC019722
RECORRIDO : TEXTIL RENAUXVIEW SA
ADVOGADO : LILIAN DA SILVA MAFRA - SC010899
ASSUNTO: DIREITO CIVIL - Empresas - Recuperação judicial e Falência
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia QUARTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
Adiado o julgamento para a próxima sessão (28/2/2023).
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
QUARTA TURMA
Relator
Exmo. Sr. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro RAUL ARAÚJO
Subprocuradora-Geral da República
Exma. Sra. Dra. ELIANE DE ALBUQUERQUE OLIVEIRA RECENA
Secretária
Dra. TERESA HELENA DA ROCHA BASEVI
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : LANDYTEX INDUSTRIA COMERCIO E REPRESENTACOES LTDA
ADVOGADO : DANIEL KRIEGER - SC019722
RECORRIDO : TEXTIL RENAUXVIEW SA
ADVOGADO : LILIAN DA SILVA MAFRA - SC010899
ASSUNTO: DIREITO CIVIL - Empresas - Recuperação judicial e Falência
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia QUARTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
Adiado o julgamento para a próxima sessão (7/3/2023).
EMENTA
RELATÓRIO
(i) Arts. 11, 489, § 1°, IV, 1.022, II, do CPC/2015, porquanto “o acórdão,
proferido a partir dos Embargos Declaratórios deixou de analisar especificamente a
aplicabilidade dos artigos 11, 489, § 1º, 1.022, II, do NCPC, 267, VI e 295, III, do
CPC/73, representados pelos artigos 485, VI, e 330, III, do CPC/2015, 17, I, e 18 do
CPC/73, representados pelos artigos 80 e 81 do CPC/15, 96, III e VI, da Lei
11.101/2005, § 3º do artigo 94 da Lei 11.101/20056, § 1º, 7º e 15, II, da Lei das
Duplicatas e 21, § 3°, da Lei 9.492197 ao caso em tela, afim de que a matéria fosse
prequestionada” (e-STJ fls. 215/216).
(ii) Arts. 485, VI, e 330, III, do CPC/2015, relativos aos arts. 17, inciso I, 267,
inciso VI, e 295, III, do CPC/1973, uma vez que “a ora Recorrente requereu o
reconhecimento da falta de interesse processual, em virtude de ter sido utilizado o
procedimento falimentar para a coação indevida da falida. E, neste contexto, vislumbra-
se que o acórdão recorrido entendeu que havia motivos relevantes para o ajuizamento
do pedido de falência, inexistindo, prova nos autos de que tal pleito teria sido utilizado
pela ora Recorrida como mero meio coercitivo de cobrança de dívidas inadimplidas,
entendendo pela possibilidade de execução singular do título executivo, não impedindo
que o credor ingresse com o pedido de falência” (e-STJ fl. 223).
(iii) Art. 96, III e VI, da Lei n. 11.101/2005, “porque, o referido dispositivo
prevê que a falência não pode ser decretada caso haja nulidade do título e vicio no
protesto ou em seu instrumento, que objetivem a falência. Assim, restando evidente
que a parte demonstrou máculas em parte dos títulos apresentados na falência, deve a
presente ação ser extinta, por restar evidenciado o não cumprimento dos requisitos
para a decretação da quebra em discussão” (e-STJ fl. 231).
(iv) Art. 94, § 3º, da Lei n. 11.101/2005, tendo em vista que “o acórdão,
acerca da matéria de irregularidade dos protestos, entendeu que os protestos das
duplicatas por falta de pagamento, acompanhados de comprovação de entrega das
mercadorias são suficientes para a caracterização da falência, sendo dispensável o
aceite do título” (e-STJ fl. 232).
(v) Arts. 2°, § 1°, VIII, 6°, § 1°, 7°, e 15, II, da Lei n. 5.474/1968 e 21, § 3°, da
Lei n. 9.492/1997, “porque, o protesto, no caso em tela, se deu para fins específicos
falimentares, mas nunca por falta de aceite dentro do prazo legal de trinta dias, o que
demanda, do mesmo modo, a irregularidade do ato praticado pela ora Recorrida,
tomando os títulos inócuos a lastrear o presente pedido, já que ausente qualquer
comprovação da remessa dos títulos para aceite e a recusa injustificada da falida” (e-
STJ fl. 233).
É o relatório.
VOTO
A falência foi decretada com base no art. 94, I, da Lei n. 11.101/2005, que
estabelece:
Art. 94. Será decretada a falência do devedor que:
I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação
líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma
ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido
de falência;
A lei não deixa margem para perquirição sobre os móveis que conduzem o
credor a requerer a decretação da quebra, tampouco se, na realidade, a
impontualidade é episódica e o credor solvente, é dizer, se seu estado patrimonial
permitiria a absorção das dívidas das quais é titular.
Note-se, ainda, que a própria redação do art. 94, I, da Lei 11.101/2005 prevê
que será decretada a falência do devedor que não paga obrigação materializada em
títulos executivos, cuja soma observe o valor de referência. À evidência, ao prever a
existência de mais de um título, cuja soma deva ultrapassar o valor de 40 (quarenta)
salários mínimos, a lei não restringe o manejo do pedido de falência fundada em um
único título com valor unitário superior ao limite legal.
Nesse sentido, se outros títulos aos quais não se lance nenhuma mácula se
revelam suficientes para atingir o limite objetivamente determinado para a decretação
da falência do devedor, não há vulneração ao disposto no art. 96, III e VI, da Lei n.
11.101/2005.
Qualquer que seja a natureza do título – sanando dúvida que pairava sob a
legislação anterior –, o credor deverá levá-lo a protesto para a comprovação da
impontualidade e, assim, autorizar a deflagração do processo de quebra.
As duplicatas de fls. 14, 19, 24, 27 e 32 não possuem aceite, porém foram
devidamente protestadas (fls. 17, 22, 25, 28 e 35) e os documentos de fls.16,
21, 31 e 34 comprovam a entrega das mercadorias. Da mesma forma, não
há nenhuma prova de que a agravante tenha recusado o aceite por defeito
nas mercadorias ou divergência no preço ou prazo ajustados (arts. 7° e 8°,
da Lei n. 5.474/1968) (e-STJ fl. 152).
Ora, o protesto levado a efeito pela credora, ora recorrida, tem por si só o
condão de inserir na cártula fato juridicamente relevante, consistente na falta de aceite
do sacado, implicando, demais disso, o vencimento antecipado do título. Tal protesto
produz o efeito prático de tornar o devedor, ainda que de maneira presumida, vinculado
ao título de crédito que passa a ser exigível pela antecipação de seu vencimento após
a lavratura do protesto.
Nesse sentido, não assiste razão à recorrente quando alega que o protesto
do título para fins exclusivamente falimentares é insuficiente sem a comprovação da
remessa dos títulos para aceite e a recusa injustificada do devedor.
Nesse sentido, vale a pena esclarecer que esse ponto que alicerça as
razões recursais algures referidos – a insuficiência do protesto dos títulos
exclusivamente para fins falimentares sem a comprovação da remessa dos títulos para
aceite e a recusa injustificada da recorrente – foi decidido pelo Tribunal de origem com
olhos fitos na análise dos fatos e dos documentos que instruem o processo e chegar a
conclusão diversa exigiria reapreciar o conjunto probatório.
É como voto.
Superior Tribunal de Justiça S.T.J
Fl.__________
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
QUARTA TURMA
Relator
Exmo. Sr. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro RAUL ARAÚJO
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. MARCELO ANTÔNIO MUSCOGLIATI
Secretária
Dra. TERESA HELENA DA ROCHA BASEVI
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : LANDYTEX INDUSTRIA COMERCIO E REPRESENTACOES LTDA
ADVOGADO : DANIEL KRIEGER - SC019722
RECORRIDO : TEXTIL RENAUXVIEW SA
ADVOGADO : LILIAN DA SILVA MAFRA - SC010899
ASSUNTO: DIREITO CIVIL - Empresas - Recuperação judicial e Falência
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia QUARTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Quarta Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso especial, nos
termos do voto do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Marco Buzzi, Raul Araújo (Presidente) e Maria Isabel Gallotti
votaram com o Sr. Ministro Relator.
Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro João Otávio de Noronha.