PSICODIAGNÓSTIC1
PSICODIAGNÓSTIC1
PSICODIAGNÓSTIC1
CARACTERÍSTICAS
Rupturas de Enquadramento
Dificuldades no enquadramento por parte de pacientes e alunos.
"Rupturas" revelam características de personalidade.
Exemplos incluem atrasos e abordagens fora do contexto.
Tais comportamentos comunicam dificuldades e ansiedades.
Responsabilidade pela manutenção do enquadramento cabe ao
profissional.
Na supervisão, o enquadramento envolve sigilo e respeito.
-FUNDAMENTOS DO PSICODIAGNÓSTICO-
Avaliação Psicológica
Objeto de estudo = sujeito, grupo, instituição ou comunidade
Trabalhos interdisciplinares
Psicodiagnóstico
Avaliação clínica
Identifica forças e fraquezas no psicológico
Existência ou não de psicopatologia
Medir forças e fraquezas = limites da variabilidade emocional
HISTÓRICO
PSICODIAGNÓSTICO
Processo Científico
Levantamento de hipóteses confirmadas ou infirmadas por passos
predeterminados.
Limitado no tempo e baseado em contrato entre psicólogo e
paciente/responsável.
Estabelecimento de plano de avaliação com base em perguntas ou
hipóteses iniciais.
Seleção e administração de bateria de testes para inter-relacionar dados
com história clínica.
Comunicação dos resultados para subsidiar decisões ou recomendações.
Processo científico de investigação e intervenção clínica
Utilização de técnicas e/ou testes para avaliar características
psicológicas.
Objetivo de diagnóstico descritivo ou dinâmico.
Construído com base em uma orientação teórica.
Visa compreender a situação avaliada.
Gera indicações terapêuticas e encaminhamentos.
Objetivo de diagnóstico descritivo ou dinâmico.
Orientação teórica para compreensão da situação avaliada e geração de
indicações terapêuticas e encaminhamentos.
OBJETIVOS
Tipos de Classificações:
FINALIDADES
OPERACIONALIZAÇÃO
Passos do Psicodiagnóstico
Levantamento de perguntas e definição de hipóteses e objetivos.
Estabelecimento do contrato de trabalho.
Planejamento e aplicação de instrumentos de exame psicológico.
Coleta de dados quantitativos e qualitativos.
Integração e análise das informações em relação às hipóteses e objetivos.
Formulação de conclusões, identificando potencialidades e
vulnerabilidades.
Comunicação dos resultados, orientação sobre o caso e encerramento do
processo.
-CONTATO PSICODIAGNÓSTICO-
Identificação do Paciente
Motivos explícitos e implícitos para a busca de ajuda colaboram para
identificar:
Quem é de fato seu paciente: a pessoa que é trazida ou assume a
procura,
grupo familiar ou ambos.
-O PROBLEMA-
PSICODIAGNÓSTICO
Cabe ao Psicólogo:
Examinar as circunstâncias que precederam a consulta.
Avaliar as maneiras de perceber o problema e delimitá-lo.
Atribuir sinais e sintomas sua significação adequada.
Desafio para o psicólogo iniciante.
SINAIS E SINTOMAS
Sinais
Designar comportamentos observáveis (objetivos)
Sintomas
Experiências do sujeito
Dificuldade de diferenciação na doença mental devido à psicopatologia
subjetiva difícil de descrever.
A compreensão dos transtornos psiquiátricos requer uma avaliação completa
do contexto das queixas do paciente.
Problema
Identificação do problema: reconhecimento de alterações nos
comportamentos comuns.
Variação nos transtornos psiquiátricos: existem em um espectro entre
saúde mental e psicopatologia.
Natureza quantitativa: mudanças percebidas geralmente envolvem
aumento ou diminuição de comportamentos usuais.
Mudanças quantitativas: podem afetar atividade, humor e outros aspectos.
Proporcionalidade às causas estressantes da vida.
Significação clínica: se intensidade desproporcional ou persistência além do
esperado.
Mudanças qualitativas: comportamentos estranhos, bizarros ou
inapropriados.
Consideração do contexto cultural e gravidade relacionada a fatores
internos.
Uso de critérios operacionais para diagnóstico.
Necessidade de apresentar um conjunto de características sintomáticas por
um período para diagnóstico.
AVALIAÇÃO DA PSICOPATOLOGIA
Psicodiagnóstico
Forças e fraquezas no funcionamento psicológico
Distingue-se de outros tipos de avaliação pela existência ou não de
psicopatologia
Modelos de psicopatologia utilizados
Categórico de ao Dimensional
Categórico: enfoque qualitativo – julgamento clínico sobre presença ou
não de sintomas
Dimensional: enfoque quantitativo – medida da intensidade sintomática
Psicólogo = categórico e dimensional
Enfoque quantitativo e qualitativo
Estratégias diagnósticas (entrevistas, instrumentos psicométricos,
técnicas projetivas e julgamento clínico) para o diagnóstico
Processo diagnóstico = maior ou menor abrangência, mais qualitativo ou
quantitativo.
Existência ou não de psicopatologia torna importante a comunicação com
outras áreas
-A ENTREVISTA CLÍNICA-
DEFINIÇÃO
Conjunto de técnicas de investigação.
Conduzida por entrevistador treinado.
Objetiva descrever e avaliar aspectos pessoais, relacionais ou sistêmicos.
Pode envolver indivíduo, casal, família ou rede social.
Processo que visa recomendações, encaminhamentos ou intervenções em
benefício dos entrevistados.
Técnica:
Técnica: procedimentos para investigar temas.em questão
Investigação: alcança objetivos primordiais da entrevista, como descrever e
avaliar.
Levantamento de informações para relacionar eventos, inferências,
conclusões e decisões.
Entrevista faz parte de um processo de avaliação, podendo ocorrer em uma
sessão.
Pode ser direcionada para encaminhamento ou definição de objetivos
terapêuticos.
A ENTREVISTA
Objetivos da Entrevista
Descrever e avaliar para oferecer retorno.
Cada tipo de entrevista define objetivos instrumentais, delimitando o
alcance e as limitações da técnica.
Diferentes estratégias de avaliação podem ser usadas para alcançar
objetivos específicos ou combinados.
Modalidades de entrevista incluem: triagem, anamnese, diagnósticas
(sindrômicas ou dinâmicas), sistêmicas e de devolução.
O Entrevistador
Estar presente e ouvir sem interferências pessoais.
Construir uma aliança terapêutica.
Facilitar a expressão dos motivos para buscar ajuda.
Buscar esclarecimentos para comunicações vagas.
Confrontar gentilmente esquivas e contradições.
Tolerar a ansiedade do paciente.
Reconhecer defesas e dinâmicas de relação (transferência).
Compreender processos contratransferenciais.
Assumir a liderança em momentos de impasse.
Dominar as técnicas terapêuticas utilizadas.
Possível Resposta:
Entrevista de Queixa:
Apresentação e Acolhimento:
Como vocês estão hoje? Podem me contar um pouco sobre as
dificuldades que o filho de vocês tem enfrentado na escola?
Quando vocês perceberam que ele estava enfrentando essas
dificuldades na leitura e escrita?
Poderiam me dar alguns exemplos específicos dessas dificuldades?
Entrevista de Anamnese:
Desenvolvimento Infantil:
Quando ele atingiu os marcos do desenvolvimento, como sentar-se,
engatinhar e andar?
Como foi a adaptação dele à escola quando começou? Houve algum
problema desde então?
-ENTREVISTA LÚDICA–
HISTÓRICO
Freud
Desenvolveu sua teoria sobre a sexualidade infantil com base em dados
obtidos na análise de seus pacientes adultos.
Ele incentivou seus alunos e amigos a observarem e descreverem a vida
sexual de seus próprios filhos, a fim de obter evidências que
corroborassem suas teorias.
Caso do pequeno Hans – compreendeu as neuroses infantis e seu papel
na organização de neurose dos adultos
Hermine von Hug-Hellmuth utilizou o jogo como uma forma inicial de
análise infantil, observando que ele fornecia excelentes oportunidades
para entender os fantasmas da criança.
Ao contrário da análise de adultos, não foram utilizadas interpretações
psicanalíticas nos casos educativos.
O ego da criança não estava suficientemente desenvolvido para
suportar interpretações psicanalíticas.
As crianças não eram motivadas a buscar análise, muitas vezes
sendo encaminhadas por problemas familiares.
Interpretações psicanalíticas não teriam significado para as crianças.
Ele também foi o primeiro a refletir a função e mecanismo psicológico da
atividade lúdica infantil através de seu neto de 18 meses brincando de
esconder e achar carretel:
Estava brincando de ir embora e voltar
Forma de controlar a angústia da ausência da mãe, mas não estava se
divertindo
Estava dominando uma situação que de outra forma seria impossível
- Constatado:
Anna Freud
Contrariou Melaine Klein
Afirmava que criança não possui consciência da doença – está presa aos
seus pais
Terapeuta deveria reforçar aspectos positivos do vínculo (orientação
educativa). Desconsiderando que o brincar pudesse ser comparado aos
sonhos ou associação livre do adulto
Ambos os posicionamentos das autoras ajudaram no conceito e
desenvolvimento de psicoterapia infantil.
-Caixa
A caixa de brinquedos se torna um símbolo de sigilo durante o tratamento,
similar ao contrato verbal estabelecido com adultos.
É recomendado guardar todos os objetos dentro da caixa ao final de cada
sessão.
Não é aconselhável interpretar durante as sessões, pois ainda não se sabe
se a criança será tratada ou encaminhada, e qual técnica seria mais
apropriada.
Efron (1978)
Hora de Jogo Diagnóstica
Referencial teórico psicodinâmico;
Recurso técnico que o psicólogo utiliza dentro do processo
psicodiagnóstico;
Tem começo, desenvolvimento e fim em si mesmo,
Unidade para o conhecimento inicial da criança, devendo interpretá-
la como tal;
Os dados serão ou não confirmados com a testagem.
Primeira Hora de Jogo Terapêutica
Elo dentro de um contexto maior
Irão surgir novos aspectos e modificações estruturais em função da
intervenção ativa do terapeuta
ENTREVISTA LÚDICA
Instruções Específicas
Oferecer brincadeiras com todo o material lúdico disponível
Esclarecer:
O espaço disponível
Tempo
Papéis dela e do psicólogo
Objetivo da atividade (conhecendo-a mais para ajudá-la depois)
Elas agem, falam e brincam de acordo com as possibilidades maturativas,
emocionais, cognitivas e de socialização
Descobrem a si mesmas pela sua ação ativa ou passiva
Manejos Iniciais
As crianças aceitam rápido, acompanha o psicólogo até a sala, começam a
brincar, conversar e interagir
Resistem a se separar dos pais, ou vão para a sala inibidas (ação e fala),
sendo necessário o assinalamento do psicólogo para lhes ajudar
Problema emocional da criança = rompe o enquadramento – exige limite
impostos
Postura do psicólogo
Estimular a interação
Conduzir a situação - deixar transparecer a compreensão do momento
Respeitar e acolher a criança, de forma que esta se sinta segura e aceita.
Papel do Psicólogo
Passivo (funciona como observador)
Ou ativo (atento na compreensão, formulação de hipóteses e efetuar
perguntas sobre a brincadeira
Pode participar ou não do jogo, de acordo com o desejo da criança
Sala preparada para brincar:
Fácil de limpar e ampla
Próxima de banheiro/cozinha com fácil acesso à água para limpeza da
sujeira e materiais
Material Lúdico:
Apresentado sem ordem, em caixas/armários com tampas/portas e
adequado para cada idade, sexo e interesses
Analisar e interpretar hora de jogo requer familiarização com o material
teórico a ser analisado em vista dos fundamentos técnicos
HORA DO JOGO
Kornblit (1978)
Diz que a análise detalhada da hora do jogo permite:
Conceitualizar o conflito atual do paciente;
Evidenciar seus principais mecanismos de defesa e ansiedades;
Avaliar o tipo de rapport que a criança pode estabelecer com um
possível terapeuta e a ansiedade contratransferencial que pode
despertar no terapeuta;
Manifestar a fantasia de doenças e cura.
É vista como uma história argumentativa da criança, moldada em resposta a
estímulos específicos.
Permite avaliar como a criança se posiciona dentro dessa situação de
estímulo.
Essa compreensão possibilita considerar aspectos formais ou indicadores,
negligenciados em prol da interpretação de conteúdos inconscientes.
Tais indicadores formais seriam:
A maneira como a criança se aproxima dos brinquedos;
Sua atitude no início e no final da hora de jogo;
Sua localização no consultório;
Sua atitude corporal e o manejo do espaço.
Análise Avaliativa
Não existe roteiro padronizado para analisar o método avaliativo
Oito indicadores para análise diagnóstica e prognóstica, especialmente para
classificar o nível de funcionamento da personalidade, dentro de um
entendimento dinâmico e estrutural. Sendo eles:
escolha de brinquedos e jogos,
modalidade do brinquedo,
motricidade,
personificação,
criatividade,
capacidade simbólica,
tolerância à frustração e
adequação à realidade.
Personificação
Capacidade de assumir papéis durante brincadeiras.
Essencial para lidar com situações traumáticas, aprender papéis sociais e
compreender os outros.
Facilita o ajuste da própria conduta e contribui para a socialização e
individuação.
Ao ser solicitado pela criança, peça uma explicação clara das características
do papel a ser assumido.
Motricidade/Criatividade
Motricidade:
Observar se está de acordo com o esperado para a etapa de
desenvolvimento da criança.
Avaliar a integração do esquema corporal, organização da lateralidade e
estruturação espaço-temporal.
Domínio dos objetos do mundo externo no campo social, escolar e
emocional.
Capacidade de satisfazer necessidades com autonomia.
Dificuldades podem resultar em limitações e frustrações.
Criatividade:
Verificar se a brincadeira é criativa e demonstra capacidade de fantasia.
Visto de forma positiva quando presente.
Capacidade Simbólica
Valorização da criação e significado dinâmico de símbolos.
Importância da relação entre símbolos e idade cronológica.
Uso variado de elementos na expressão durante o brinquedo.
Jogo como expressão da capacidade simbólica.
Fantasia mais evidente com envolvimento no jogo simbólico.
Tolerância à Frustração
Aceitação de instruções e limites durante a atividade lúdica.
Capacidade de enfrentar dificuldades inerentes à tarefa proposta.
Aspecto relevante para diagnóstico e prognóstico.
Adequação à Realidade
Adaptação da motricidade ao espaço geográfico da sala para evitar
acidentes.
Indicador de prognóstico.
Aceitável que a criança não se adapte completamente nos contatos iniciais
e precise de tempo para adaptação.
INFÂNCIA
ADOLESCÊNCIA
ADULTA