Humanidades e Ciências Sociais 2º Ano
Humanidades e Ciências Sociais 2º Ano
Humanidades e Ciências Sociais 2º Ano
Componente Curricular
2 2 Ano
Etnografia da Comunidade: -
Quem sou eu nesse jogo?
I Q Bimestre
Possibilidades Metodológicas
Apresentação:
Neste bimestre, o estudante deve ter contato de forma interativa e contextualizada com os diferentes métodos de pesquisa
utilizados por essa área do conhecimento. A importância da abordagem apresentada para o I Q bimestre consiste na apresentação
de instrumentos metodológicos aos estudantes e a compreensão de que os conhecimentos produzidos pela Área de Ciências
Humanas não são simples opiniões sobre determinadas temáticas (senso comum), mas são constituídos a partir de métodos
científicos que permitem obter uma visão ampla e reflexiva acerca dos fenômenos sociais analisados.
Objetos de conhecimento:
Metodologias de pesquisa
Dados primários e secundários
Ética na pesquisa
Modelos de survey
Construção de questionários
Colhimento e análise de dados
Formas de apresentação de resultados
Recursos e espaços: Espaço da sala de aula, celulares, filmadoras, sites de pesquisa científica, livros e exposições de resultados,
espaços da comunidade.
INVESTIGAÇÃO CIENTíFlCA
EMIFCGOI) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção, criticidade e ética,
inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando dados, fatos e evidências para
respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas, coerentes e compreensíveis, sempre
respeitando valores universais, como liberdade, democracia, justiça social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
(EMIFCG03) Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações científicas para criar ou propor soluções
para problemas diversos.
PROCESSOS CRIATIVOS
(EMIFCG04) Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais, por meio de vivências presenciais e
virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade, criticidade e criatividade.
EMIFCG05) Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções criativas, originais ou
inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prática.
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e plataformas,
analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores pretendidos.
INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
(EMIFCHSAOI) Investigar e analisar situações-problema envolvendo temas e processos de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, considerando dados e informações disponíveis
em diferentes mídias.
(EMIFCHSA02) Levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política
e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional elou global, contextualizando os conhecimentos em sua realidade local e
utilizando procedimentos e linguagens adequados à investigação científica.
(EMIFCHSA03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de campo,
experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica,
política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se
mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões
com o uso de diferentes mídias.
PROCESSOS CRIATIVOS
(EMIFCHSA04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica sobre temas e
processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou
global.
(EMIFCHSA05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos para resolver problemas reais relacionados a temas e
processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou
global.
(EMIFCHSA06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais relacionados a temas e
processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ ou
global.
Práticas Sugeridas
As abordagens devem dialogar com a expertise e bagagem trazidas por estudantes e professores.
Portanto, é imprescindível que os trabalhos desenvolvidos ao longo do bimestre tenham como ponto de partida questões reais e
presentes na vida dos estudantes, de modo que os conhecimentos produzidos a partir dos diferentes métodos das Ciências
Humanas e Sociais possam ajudá-los a compreender a realidade, apontar caminhos e resolver questões cotidianas.
Exemplo: a suposição de que o Ministério da Saúde contrate os estudantes da turma para produzirem uma campanha de combate
e prevenção ao tabagismo. Antes de pensar em produzir o material, a turma deverá fundamentar a sua escolha a partir de um
estudo que utilize as metodologias da área Ciências Humanas e Sociais para responder questões fundamentais do problema: "Por
que as pessoas começam a fumar?" seria uma delas.
A princípio, o professor pode fazer uma tempestade de ideias, anotando todas as possíveis respostas às questões apontadas pelos
estudantes. Em seguida, a turma deve discutir o resultado das respostas apresentadas, buscando avaliar as ponderações mais
plausíveis e, em seguida, transformá-las em hipóteses que irão nortear os estudos, os quais devem dialogar com as teorias de
Sociologia, História, Filosofia e Geografia.
Após formuladas as hipóteses, elas devem ser comprovadas ou rechaçadas a partir de métodos empíricos que ouçam o maior
número de pessoas possível que são ou já foram fumantes. Para isso, a turma poderá construir um questionário com questões que
ajudem a identificar os motivos que levam a pessoa a começar a fumar e quais são as consequências desse hábito em diversos
âmbitos da vida (econômica, na saúde, na convivência social etc).
Formulado coletivamente, cada estudante deve se comprometer a entrevistar 3 pessoas de grupo familiar ou da comunidade que
são ou já foram fumantes. Após aplicação dos questionários, os resultados serão tabulados e discutidos pela turma para que ela
entenda se a hipótese inicial foi comprovada ou negada (totalmente ou parcialmente). O professor ainda deve estimular os
estudantes a refletirem como a execução da pesquisa ampliou o entendimento inicial que a turma apresentava sobre o fenômeno
analisado.
Após análise dos resultados da pesquisa, a turma deve pensar em estratégias de publicizá-los, para contribuir na discussão sobre o
tabagismo dentro da comunidade escolar, produzindo campanhas de conscientização, documentários, artigos, dentre outras.
Obs: É importante valorizar o caráter educativo da pesquisa, tendo em vista a ampliação da visão dos estudantes sob o fenômeno
analisado e a superação de estereótipos e preconceitos. Mesmo que a pesquisa não siga o mesmo rigor de uma investigação
acadêmica, questões sobre postura ética frente os entrevistados, sigilo de identidade e preservação dos entrevistados devem ser
amplamente pontuadas ao longo do processo.
Apresentação:
Conhecer detalhadamente o local onde mora é um dos passos importantes para o desenvolvimento do sentimento de
pertencimento e a postura cidadã. A identificação do potencial econômico da região, por exemplo, é um conhecimento relevante
em cidades do interior e nas periferias das grandes capitais, em que cenários de exclusão podem levar os jovens a negarem sua
própria identidade e a ignorar as potencialidades de sua comunidade. A proposta para 0 2 2 bimestre é que os estudantes conheçam
a comunidade em seus mais variados aspectos: cultural, econômico, populacional, religioso e demográfico, a partir de
investigações sob a orientação e supervisão dos professores da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Propõe-se mapear
as potencialidades, diversidades e desafios enfrentados na região.
Carga horária: 2 aulas semanais
Objetos de conhecimento:
Conceitos de identidade e cultura
Estudo de campo
Mapeamento geográfico
Levantamento de dados estatísticos
Fontes e utilização de dados primários
Marcadores sociais
História regional
Recursos e espaços: Acesso à internet, celulares, filmadoras, sites de pesquisa científica, jogos de tabuleiro modernos, livros e
exposições de resultados, espaços da comunidade.
Aulas para organização e definições para a pesquisa de campo. Posteriormente, produção de materiais como gráficos e
tabelas .com ou sem uso de ferramentas digitais), produção de vídeos, construção de um blog para divulgar as
informações obtidas na pesquisa, construção de jogos de tabuleiro reproduzindo características e desafios da
comunidade, entre outros.
Criação de dicionário de termos e conceitos do regionalismo que se relacionam ou estão fortemente presentes na
comunidade.
Definição de conceitos de cultura, identidade e trabalho para além do senso comum, como arcabouço teórico para o
colhimento dos dados da pesquisa e sua posterior análise.
Proposta de desenvolvimento de jogos de tabuleiro que estimulem os estudantes a transporem a geografia e a história da
região e suas características para um produto interativo.
Práticas Sugeridas
Para o trabalho de campo, será preciso organizar uma proposta de ação com definições de sujeitos, tempos e objetivos. A
proposta de trabalho de campo se institui como meio metodológico de compreensão crítica do meio em que se vive. Por
meio dela, os estudantes serão estimulados a pesquisar sobre as manifestações culturais, potenciais econômicos e
ambientais, entre outros dados, presentes na sua comunidade. Ao conhecer mais profundamente a sua região, fazer
levantamento de potenciais econômicos da comunidade e região (comércio, indústria, agricultura e economia criativa).
Esse conhecimento será muito útil para, num próximo bimestre, os estudantes estarem aptos a proporem soluções de
intervenção e políticas públicas para a região
A construção do perfil sócio-demográfico da comunidade (raça, gênero, religião, faixa etária, renda, etc.) ajuda a
compreender como a população se constitui, assim como suas demandas específicas, conhecendo mais detalhadamente
sua diversidade e identidade. A pesquisa dos bens culturais materiais e imateriais - da região também se faz ferramenta
pedagógica importante.
Pode-se construir uma narrativa histórica da comunidade, buscando contextualizá-la com momentos e eventos
históricos sociais do país e/ou da região, a partir dos indivíduos que fazem parte daquela comunidade, que lá moram há
muito tempo, relacionando essas informações aos registros relevantes na história regional e nacional.
Realizar o mapeamento da área em estudo para discutir a construção e ocupação do espaço geográfico em suas
diferentes escalas é um meio interessante para conhecer aspectos importantes do componente Geografia, que se
relacionam com outros componentes curriculares, oferecendo uma dimensão interdisciplinar para a análise crítica do
mundo. Incluir a elaboração de mapa mental do espaço geográfico como uma das possibilidades de produção dos
estudantes.
A criação de dicionário de termos e conceitos do regionalismo presentes se relaciona com Linguagens, sendo que as
expressões culturais da comunidade são essenciais para entender e discutir a própria identidade.
Reflexão sobre cultura, identidade e trabalho a partir da definição de seus conceitos, relacionando-os com as pesquisas e
levantamentos já realizados até o momento, pode ajudar na compreensão dos estudantes sobre si mesmos e sobre a
região em que moram, como também na definição de possíveis meios de apresentação do aprendizado. Inúmeras formas
de apresentação podem ser usadas, como vídeos instrutivos sobre o tema em estudo, retratando a dinâmica da sociedade
local e do entorno.
Utilizando princípios da ludologia, é possível a criação e desenvolvimento de jogos de tabuleiro com os dados
levantados nas pesquisas realizadas pelos estudantes. De fácil produção, com poucos custos e a partir de técnicas
simples, a gamificação do processo de ensino e aprendizagem torna-se ferramenta interessante na fixação de
aprendizados e global dos estudos e dos problemas em que ela se debruça.
3º Bimestre
Etnografia Cultural
Apresentação:
A partir do levantamento realizado no segundo bimestre, elaborar mapeamento das manifestações culturais da comunidade, as
práticas dos diversos saberes populares e tradicionais, refletindo como essas dialogam com o mundo. O objetivo é conhecer e
valorizar a diversidade e a cultura local, trazendo-as para dentro da escola. Na culminância do projeto, os estudantes devem
realizar um evento (feira cultural e de economia criativa) que reúna as manifestações culturais (músicas, teatro, danças), bens e
serviços ligados à cultura regional, estimulando o pertencimento dos estudantes à região.
Objetos de Conhecimento:
Cultura e diversidade
Tradição e regionalismo
Contexto socioeconômico da região escolar
Tipos de manifestações culturais regionais
Produção cultural
Organização democrática (evento)
Empreendedorismo social
Recursos e espaços: Biblioteca, laboratório de informática, celulares, painéis de exposição, espaços para apresentações culturais e
feiras.
PROCESSOS CRIATIVOS
(EMIFCG04) Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais, por meio de vivências presenciais e
virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade, criticidade e criatividade.
(EMIFCG05) Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções criativas, originais ou
inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prática.
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e plataformas,
analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores pretendidos.
(EMIFCHSA06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais relacionados a temas e
processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ ou
global.
Aulas para organização, debate e discussão do processo de construção da exposição que ocorrerá na escola. Dentro dos espaços
e tempo das aulas, estimular a auto-organização e atitudes democráticas na busca de consenso nas decisões que nortearão a
realização prática.
A construção democrática de um trabalho, produto ou evento é desafiador. Os professores devem estar atentos às tentativas
comuns de imposições autoritárias, mediando essa construção. Também é importante definir tempos e prazos para que o
desenvolvimento da proposta ocorra em tempo hábil para sua execução final dentro do bimestre.
Neste bimestre, discutir o conceito de empreendedorismo social. Este conceito será importante para todos que queiram colocar
em prática sua força empreendedora e, de maneira prática, neste momento, abrir possibilidades na construção do evento
(exposição, feira, etc).
Práticas Sugeridas
Pesquisar as manifestações culturais da localidade, dos saberes populares e tradicionais, o empreendedorismo social e economia
criativa existentes.
Organização de feira cultural com apresentação de artistas locais, comidas típicas da região, músicas e danças. As manifestações
culturais e artesanato compreendem aprendizados importantes, como a organização democrática, produção cultural e noções de
empreendedorismo. Portanto, discutir como fazer, de que jeito fazer, o que cabe e o que faz sentido na exposição ou feira que está
sendo organizada deve partir de acordos e consensos.
O conceito de empreendedorismo social se revela importante na construção de feira (periódica ou não) para exposição dos
produtos de origem local, ou seja, há de se abrir espaço para propostas de continuidade para os próximos anos, melhorias e em
dinâmicas que possam, inclusive, influenciar a comunidade em torno da própria escola, considerando a feira/evento como uma
ação social de fato capaz de influenciar pessoas e o meio em que vivem.
A produção e edição de documentários sobre a cultura local e registro sobre a produção da feira organizada pelos estudantes
também exigem a orientação permanente dos professores. Nessa prática, é importante levar em consideração a capacidade e
conhecimento de domínio dos próprios estudantes, visto que muitos já sabem ou conhecem mais profundamente o uso de
tecnologias, aplicativos, linguagens apropriadas para esse tipo de produção. Seja usando celulares, computadores, laboratórios de
informática ou meios mais simples (técnica do pinhole de fotografia com lata ou mesmo desenhos feitos a mão), registrar o que se
produziu integra o processo de aprendizagem e se constitui como elemento de grande utilidade para análise posterior, assim como
incentivo para novas produções.
4º Bimestre
Cultura e participação cidadã
Apresentação:
Neste bimestre, conhecer as organizações da região que atuam na esfera pública na busca de melhoria e demandas da
comunidade. Para isso, identificar os grupos, conselhos ou associações comunitárias pelos quais a população pode participar de
forma efetiva nas decisões da comunidade e, a partir das discussões realizadas nos bimestres anteriores, desenvolver com os
estudantes formas democráticas de demandar aos órgãos políticos competentes o atendimento das demandas da comunidade,
considerando sua diversidade e especificidades.
Objetos de Conhecimento:
Política Pública
Cidadania
Democracia
Esfera Pública Organização social
Organizações civis Iniciativa popular
Proposta legislativa
Recursos e espaços: Projetor multimídia (datashow), artigos de revistas, jornais e sites científicos, acervos de consulta pública e
bibliotecas virtuais.