Coelho AndredeLima M
Coelho AndredeLima M
Coelho AndredeLima M
CAMPINAS
2016
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL, ARQUITETURA E URBANISMO
A Ata da defesa com as respectivas assinaturas dos membros encontra-se no processo de vida
acadêmica do aluno.
Aos meus pais, Paulo e Flávia, por toda minha criação e por todo
incentivo que me deram na decisão de trilhar a carreira acadêmica.
Figura 4.5 Valo Grande: ligação direta entre o rio Ribeira de Iguape e a
cidade de Iguape........................................................ 54
1. INTRODUÇÃO.............................................................................. 18
2. OBJETIVO.................................................................................... 23
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA......................................................... 24
3.1. Maré Astronômica........................................................................ 24
3.2. Componentes de Maré e Previsão............................................... 31
3.2.1. Potencial Gerador de Maré.......................................................... 33
3.2.2. Equação Integral de Fourier......................................................... 35
3.2.3. Componentes Não-Lineares........................................................ 41
3.3. Maré em Estuários....................................................................... 41
4. REGIÃO DE ESTUDO................................................................. 48
4.1. Complexo Lagunar de Cananeia-Iguape..................................... 48
4.2. Características da Maré em Cananeia......................................... 49
4.3. Estação Maregráfica de Cananeia............................................... 51
4.4. Canal do Valo Grande.................................................................. 54
5. MATERIAIS E MÉTODOS........................................................... 57
5.1. PACMARÉ.................................................................................... 57
5.2. Método de Previsão de Maré, Utilizando Séries de 18,69 59
anos............................................................................................
5.2.1 Correção das Falhas (Passos 2 a 5) .................................... 60
5.2.2 Separação das Séries e Cálculo da Tendência das 62
Componentes Harmônicas (Passos 6 a 9) ...........................
5.2.3 Seleção das Componentes e Aplicação em Previsão (Passos 10 63
e 11) ...................................................................
5.3. Aplicação aos Dados do Marégrafo de Cananeia (SP)......... 63
6. RESULTADOS....................................................................... 69
7. DISCUSSÃO.......................................................................... 81
8. CONCLUSÕES...................................................................... 85
REFERÊNCIAS..................................................................... 87
APÊNDICE A........................................................................ 94
APÊNDICE B........................................................................ 112
18
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Figura 3.2 – Combinação das forças que originam as marés. Fonte: Adaptado
de OPEN UNIVERSITY, 1999
declinação solar atinge 23º de cada lado do plano equatorial. Como a órbita de
Terra em torno do Sol também é elíptica, os momentos de periélio e afélio
também irão afetar o potencial gerador de marés (ALFREDINI e ARASAKI,
2009).
Figura 3.3. Declinação da Lua causada pela diferença entre os planos da órbita
lunar e do Equador. Fonte: Adaptado de OPEN UNIVERSITY, 1999
3
V(t) = [G i0 (θ , ) A cosΩ(t) + G ,(θ , ) BsenΩ(t)] (1)
i0 =0
i0, j0, k0, m0 e n0 números inteiros, cada um variando entre -6 e +6, com
exceção de i0, que varia entre 0 e 3.
i0 , j0 , k0 ,l0 , m0 , n 0 } (2)
(3)
(4)
S1 Meteorológica 1 1 -1 0 0 2 15 0.00416
K1 Lunissolar declinacional 1 1 0 0 0 1 15.0410686 0.53011
Ψ1 Solar elíptica menor 1 1 1 0 -1 1 15.0821353 0.00422
Φ1 Solar de 2ª ordem 1 1 2 0 0 1 15.1232059 0.00755
θ1 Eveccional 1 2 -2 1 0 1 15.5125897 0.00567
J1 Lunar elíptica 1 2 0 -1 0 1 15.5854433 0.02964
OO1 Lunar de 2ª ordem 1 3 0 0 0 1 16.1391017 0.01624
SEMIDIURNAS
2N2 Lunar elíptica de 2ª ordem 2 -2 0 2 0 0 27.8953549 0.02301
μ2 Variacional 2 -2 2 0 0 0 27.9682084 0.02776
N2 Lunar elíptica maior 2 -1 0 1 0 0 28.4397295 0.17386
v2 Eveccional maior 2 -1 2 -1 0 0 28.5125831 0.03302
M2 Lunar Principal 2 0 0 0 0 0 28.9841042 0.90809
λ2 Eveccional menor 2 1 -2 1 0 2 29.4556253 0.0067
L2 Lunar elíptica menor 2 1 0 -1 0 2 29.5284789 0.02567
T2 Solar elíptica maior 2 2 -3 0 1 0 29.9589333 0.02479
S2 Solar principal 2 2 -2 0 0 0 30 0.42248
R2 Solar elíptica menor 2 2 -1 0 -1 2 30.0410667 0.00355
K2 Lunissolar declinacional 2 2 0 0 0 0 30.0821373 0.11498
TERDIURNA
M3 Terdiurna lunar 3 0 0 0 0 2 43.4761563 0.01188
(5)
37
+
1
f(t)e
iwt
F(w) = dt (6)
2π
+
1
F(w) =
2π
F( ). exp(i )d
(7)
(8)
- (9)
38
(10)
(11)
(12)
(13)
(14)
46
Se 0 < F < 0,25, a maré é definida como semidiurna; se 0,25 < F < 1,5,
ela é do tipo semidiurna com desigualdade diurna; se 1,5 < F < 3,0, ela é do
tipo mista; e se F > 3,0 é definida como diurna.
4. REGIÃO DO ESTUDO
Figura 4.5: Valo Grande: ligação direta entre o rio Ribeira de Iguape e a cidade
de Iguape. Fonte: Adaptado de Souza, 2012
55
O canal, então conhecido como “Valo Grande”, mais de uma vez sofreu
pressão para ser fechado. A tentativa mais expressiva ocorreu em 1978,
quando foi construído um barramento de enrocamento preenchido com argila e
areia, formando um dique que interrompeu o aporte de água doce no Mar
Pequeno. A construção do dique provocou a alteração do regime hidrológico da
porção final do rio, causando o erguimento do lençol freático e potencializando
o efeito das inundações. Em 1980 e 1981, o ciclo de inundações causaram
danos à agricultura e às comunidades ribeirinhas estabelecidas nas margens
(SOUZA, 2012). Esse dique interrompeu o aporte continuado de água doce
pelo canal. No entanto, as inundações que se seguiram nos anos seguintes,
associadas com as condições extremamente modificadas do curso final do Rio
Ribeira, foram comprometendo sua estrutura. Inundações nos anos seguintes
ao fechamento provocaram o galgamento da estrutura pelas águas do rio em
1981 e 1983, e nesse último evento, seu rompimento (MAHIQUES et al., 2009).
56
5. MATERIAIS E MÉTODOS
5.1. PACMARÉ
Obtida a previsão de maré para a falha, deve ser efetuado o encaixe dos
valores previstos no maregrama real. A previsão feita no passo anterior deve
ser realizada para todo o ano da falha. Caso seja necessário, pode-se utilizar a
previsão para o preenchimento de outra falha no mesmo ano, sem mudanças
significativas no nível médio. Além disso, o encaixe só deve ser realizado
diretamente na falha se a previsão respeitar a declividade do valor real e
também se as divergências em alturas de maré forem pequenas. Esses fatores
61
devem ser respeitados para que não existam desvios após o preenchimento
das falhas, como mudanças súbitas de declividade ou descontinuidade na
curva do maregrama. Assim, a previsão para o ano todo pode ser utilizada para
expandir o trecho de encaixe até que as condições sejam satisfeitas (Passo 5).
1966 1957
1967 1958
1968 1959
1969 1960
Figura 5.4. Anos iniciais das séries utilizadas no método de previsão para
Cananeia (SP). Fonte: Autor.
Para cada série de 18,69 anos, o ano médio da série foi apontado como
ano de referência. Deste modo, os valores das componentes obtidas por essas
séries seriam utilizados para o ano central, apesar dessas componentes
representarem a série inteira.
(15)
6. RESULTADOS
38
R² = 0,7948
37,5
37
Amplitude (cm)
36,5
36
35,5
35
1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010
Ano
38
R² = 0,9166
37,5
Amplitude (cm)
37
36,5
36
35,5
35
1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000
Ano
190
188
R² = 0,3115
186
Fase (graus)
184
182
180
178
176
1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010
Ano
190
188
R² = 0,285
186
Fase (graus)
184
182
180
178
176
1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000
Ano
O início do dia 01/01/1957 foi definido como hora zero, para fins de
comparação entre as duas análises.
quanto para fase, a plotagem dos valores de amplitude e fase para as análises
das séries de 18,69 anos facilitou a observação das mudanças das
componentes no tempo, em relação às componentes das séries anuais.
38
R² = 0,1697
37,5
R² = 0,7566
Amplitude (cm)
37
36,5
36
35,5
35
1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010
Ano
38
37,5
R² = 0,6057
R² = 0,9515
Amplitude (cm)
37
36,5
36
35,5
35
1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000
Ano
190
188 R² = 0,8539
R² = 0,1662
186
Fase (graus)
184
182
180
178
176
1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010
Ano
190
188
186
R² = 0,984
Fase (graus)
184
R² = 0,5266
182
180
178
176
1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000
Ano
198
196
R² = 0,8084
194
198
196
194
Fase (graus)
192 R² = 0,9776
190
R² = 1E-04
188
186
184
182
1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000
Ano
350
AMPLITUDE DE MARÉ 300
1- OBS
250
2- KAL
(CM)
200
150 6- TM
6/3/2014 0:00 6/4/2014 0:00 6/5/2014 0:00 6/6/2014 0:00
DATA
Figura 6.13: Trecho da previsão de 11 meses realizada, comparando as 1-maré
observada; 2-prevista utilizando o registro do KALESTO; e 6-prevista utilizando
as componentes extrapoladas, em conjunto com as componentes de longo
período e de águas rasas.
SÉRIE TOTAL (11 meses) 1 1.027539 (2.75%) 1.037081 (3.71%) 1.043262 (4.33%) 0.995916 (0.41%)
81
7. DISCUSSÃO
8. CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERNOULLI, D. Traité sur le flux et le reflux de la mer. In: Pièces qui ont
remporté le prix de l’Académie Royale des Sciences en 1740. Paris:,
1740, p. 55–191.
BOON, John D. Secrets of the Tide: Tide and Tidal Current Analysis and
Applications, Storm Surges and Sea Level Trends. 1. ed. : Woodhead
Publishing, 2004.
DARWIN, George Howard. The Tides and Kindred Phenomena in the solar
system. [s.l.: s.n.], 1899.
DING, Yan et al. Impact assessment of sea-level rise and hazardous storms on
coasts and estuaries using integrated processes model. Ocean Engineering,
v. 71, p. 74–95, 2013.
MESQUITA, Afrânio Rubens et al. (2005). Analysis of the mean sea level from
a 50 years tide gauge record and GPS observations at Cananeia (São Paulo–
Brazil. Afro America Gloss News. Edição 9 (1). 1 p. ISSN 1983-0319.
Disponível em: www.mares.io.usp.br
MIRANDA, Luiz Bruner de; CASTRO, Belmiro Mendes de; KJERFVE, Björn.
Princípios de Oceanografia Física de Estuários. 2. ed. 1: EDUSP, 2012.
92
PELLING, Holly E.; MATTIAS GREEN, J. A. Impact of flood defences and sea-
level rise on the European Shelf tidal regime. Continental Shelf Research,
v. 85, p. 96–105, 2014.
QUINN, Niall; ATKINSON, Peter M.; WELLS, Neil C. Modelling of tide and
surge elevations in the Solent and surrounding waters: The importance of tide-
surge interactions. Estuarine, Coastal and Shelf Science, v. 112, p. 162–172,
2012. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1016/j.ecss.2012.07.011>.