Nocoes Tecnicas Básica de TCC

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Noções Gerais das Técnicas

Cognitivo-
Cognitivo-Comportamentais
Profa. Jaqueline Malheiros
Obs: O conteúdo deste módulo inclui uma apresentação
geral de parte das técnicas que serão retomadas e
aprofundadas ao longo de todo o curso.

Principais estratégias de tratamento na abordagem


cognitivo-
cognitivo-comportamental
Estruturação da Sessão Técnicas cognitivas
de Terapia Cognitiva  Técnicas para Evocação de Pens.Automáticos
 Vantagens da sessão  Registro de Pensamentos Disfuncionais
estruturada  Questionamento Socrático/Levantamento de
Evidências
 Componentes da
 Seta Descendente
estrutura da sessão
 Identificação e Questionamentos de Distorções
Cognitivas
 Identificação de Memória e Atenção Seletivas
 Descatastrofização
 Autoinstrução

Material com Direitos Autorais 1


Técnicas Comportamentais
 Relaxamento Muscular Progressivo
 Respiração Diafragmática
 Dessensibilização Sistemática
 Manejo da Raiva
 Outras

Exemplos de Casos Clínicos

Princípios da TCC
1. A terapia cognitiva baseia-se em uma formulação em contínuo
desenvolvimento do paciente e de seus problemas em termos cognitivos
2. Requer uma aliança terapêutica segura
3. Enfatiza colaboração e participação ativa
4. É orientada em metas e focalizada em problemas
5. Inicialmente, enfatiza o presente
6. É educativa, visa ensinar o paciente a ser seu próprio terapeuta e enfatiza
prevenção da recaída
7. Tem tempo limitado
8. As sessões de terapia cognitiva são estruturadas
9. Ensina os pacientes a identificar, avaliar e responder a seus pensamentos e
crenças disfuncionais
10. Utiliza uma variedade de técnicas para mudar pensamento, humor e
comportamento

Material com Direitos Autorais 2


Metas do Terapeuta na sessões Iniciais
 Estabelecer confiança e rapport
 Mostrar o modelo cognitivo de terapia
 Psicoeducação Ao modelo
 Transtorno

 Definir dificuldades e promover esperança


 Pontos fortes e pontos fracos

 Verificar as expectativas do paciente com relação à terapia


 Coletar informações adicionais sobre as dificuldades do paciente
 Desenvolver uma lista de metas
 Contrato – vantagens e desvantagens

Metáfora
da Ilha

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Exemplo: Paciente
com Ansiedade Social
- Dificuldades - Responsável
com as - Dedicado
pessoas - Honesto
- Não tenho - Inteligente
amigos

Exemplo: Estágios Motivacionais de Prochaska e DiClemente


Entrevista Motivacional Posso sair
mais
vezes
Vou ir na
festa Seria bom
ter amigos

Continuo
saindo

Eu não
preciso
Não ter amigos
consigo
mesmo
ter amigos

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ESTRUTURA DA SESSÃO
 Verificação do humor
 Estabelecimento de uma agenda + revisão das tarefas da
sessão anterior
 Ligação com a última sessão
 Discussão dos itens da agenda do dia
 Exercícios - distribuição para realizar entre as sessões
 Revisão da sessão
 Feedback do paciente

Itens relevantes
• Medicação
• Abuso de álcool ou drogas

Casos especiais
• Ideação suicida
• Desesperança
• Paciente em perigo
• Representa perigo para os outros

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Confiança e Rapport
 Acolher
 Paciente sente-se valorizado com a compreensão do
terapeuta de seus problemas e ideias através de suas
perguntas e declarações atenciosas
 Certo x Errado
 Fácil com pacientes sem transtornos de personalidade
 Trabalhar juntos (equipe) e tudo fará para entender e ajudá-
lo, visto que já o fez com outras pessoas com problemas
semelhantes
 E que a TCC pode realmente ser o tratamento adequado para
melhorar o seu quadro - mostrar evidências cientificas

Confiança e Rapport
 Pedir feedback ao paciente no final de cada sessão pode ajudar o
terapeuta na avaliação de si mesmo e do processo terapêutico

 Ajuda a reforçar a aliança terapêutica

 Corrige concepções errôneas por parte do terapeuta

 Pacientes gostam dessas avaliações. Aumentam a sincronia de


ambos: terapeuta e paciente

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Estabelecendo a agenda
 A dupla decide junto os assuntos da sessão
 O terapeuta poderá sugerir alguns tópicos
 Rápido e objetivo
 Facilita a compreensão do processo
 Tornando clara a participação ativa do paciente de forma
estruturada e produtiva
 Tarefa de casa: tem como objetivo o estabelecimento de um novo
tópico a ser trabalhado na sessão seguinte
 Para a maioria dos pacientes esse processo é fácil de ser entendido

Revisão da queixa, identificação de outros problemas


e estabelecimento de metas
 Resumo da queixa
 Preparar junto com o paciente objetivamente as metas que
gostaria de atingir com a terapia
 Fazer o paciente especificar o que quer dizer com “ser mais feliz”
ou “sentir-se melhor”
 Auxiliar o paciente com o envolvimento de escrever
 Pode-se pedir ao paciente que elabore melhor a lista de metas
em casa
 Verificar sempre se há ideação suicida

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Expectativas para a Terapia
 Eliminar a expectativa de a terapia ser algo místico ou
inexplicável: como melhorei?

 Os pacientes tem a responsabilidade de progredir na


terapia

 Noção geral de quanto tempo a terapia vai durar

Educando o paciente sobre seu transtorno


 Explicar ao paciente o seu transtorno pode facilitar a compreensão
de como seus problemas ocorrem na atualidade
 Utilização de metáforas pode ajudar
 Evitar os rótulos com os transtornos de personalidade
 Aumenta a esperança do paciente de solucionar seu problema e a
confiança de que o terapeuta tem conhecimento suficiente para
ajudá-lo.

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Resumo de final de sessão e tarefa de casa
 Une e reforça os pontos importantes trabalhados na sessão
 Revisão do que o paciente concordou em fazer como tarefa de
casa
 No início, o terapeuta resume e depois encoraja o paciente a
fazê-lo
 Verifique se “tarefa de casa” remete ao paciente algo
desagradável
 Primeiras tarefas: leituras, monitoramento de atividades e ou
agendamento

Feedback
 Pode ser verbal ou por escrito

 Fortalece o rapport (terapeuta se importa com o que o


paciente pensa)

 Chance para resolver qualquer mal entendido

 Paciente testa suas conclusões

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Exemplo de feedback por escrito
1. O que você vivenciou hoje que é importante para se
lembrar?
2. Quanto você sentiu que poderia confiar no seu terapeuta
hoje?
3. Houve qualquer coisa que incomodou você em relação à
terapia hoje? Se houve, o que foi?
4. Quanta tarefa de casa você fez para a terapia hoje? Quão
propenso você está a fazer a nova tarefa de casa?
5. O que você deseja certificar-se de abordar na próxima
sessão?

Sessão 2 em diante:
Estrutura e Forma
1. Breve atualização e verificação do humor (e da medicação,
uso de álcool e ou drogas, quando for o caso)
2. Ponte com a sessão anterior
3. Estabelecimento da agenda
4. Revisar tarefa de casa
5. Discussão de tópicos do roteiro, estabelecimento de nova
tarefa de casa e resumos periódicos
6. Resumo final e feedback

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Verificação do Humor
 Breve
 Combinada com uma atualização da semana
 Verificação dos escores objetivos e comparação
 Construção da agenda
 As melhoras e/ou pioras devem ser questionadas por conta
dos pensamentos positivos ou negativos que passaram pela
cabeça do paciente, reforçando o modelo cognitivo
 Desta forma, o paciente tem controle sobre a
responsabilidade do seu progresso

Verificação do Humor
Cria várias oportunidades:
 Preocupação com o estado de humor do paciente na semana
anterior
 Monitorar como progrediu de uma sessão a outra.
 Verificação da medicação (auxilia na administração da mesma) e
ou ingestão de álcool e ou drogas
 Explicar o progresso ou sua falta
 Reforçar o modelo cognitivo: quanto o pensamento influencia
humor em vários diagnósticos apresentados
 Pode sugerir encaminhamento para psiquiatra

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Ponte com a sessão anterior
 Saber que será indagado sobre a sessão anterior motiva o
paciente a se preparar para a sessão atual

 Caso o paciente não se lembre da sessão anterior, o terapeuta


tenta junto ao paciente relembrá-lo mentalmente ou fazendo
perguntas por escrito

 Aproveitar para socializar o paciente com o processo


terapêutico e solucionar possíveis incômodos ocorridos entre as
sessões

Roteiro de Ligação de sessão


Adaptado com permissão de Thomas Ellis, Ph.D. por Eliana Melcher Martins
1. Sobre o que nós falamos na sessão anterior, o que foi importante? O
que você aprendeu? (1 a 3 frases)
2. Houve algo que incomodou você na nossa última sessão? Qualquer
coisa que você esteja relutante em dizer?
3. Como foi a sua semana? Como estava o seu humor, comparado a
outras semanas? (1 a 3 frases)
4. Alguma coisa aconteceu nesta semana que seja importante discutir?
(1 a 3 frases)
5. Que problema você deseja colocar no roteiro? (1 a 3 frases)
6. Que tarefa de casa você fez/não fez? O que você aprendeu?

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Observe que:
Uma razão pela qual existe a falha do
paciente em esquecer o conteúdo da
sessão é a falha do terapeuta em não
encorajar o paciente a escrever os
pontos importantes da sessão.

Estabelecer o roteiro ou agenda da sessão


 Nas sessões iniciais esse é um trabalho maior para o
terapeuta
 Depois o paciente é encorajado a tomar essa iniciativa
 O objetivo dessa habilidade é fazer com que o paciente
seja seu próprio terapeuta ao término da terapia
 “Que problemas você deseja focalizar hoje?” “O que você
deseja colocar no roteiro para obter ajuda hoje?” “Sobre o
que nós deveríamos trabalhar hoje?”
 Priorizar itens quando existem muitos

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Nem sempre dá para seguir o roteiro
 Paciente bastante aflito sobre um tópico
 Um tópico novo surge e é bastante relevante
 O humor do paciente muda para pior durante a sessão
 Terapeuta engaja o paciente em uma conversação
mais casual para alcançar uma meta mais específica:
falar sobre um filme, a família ou sua opinião sobre um
evento com o objetivo de melhorar seu humor, facilitar
a aliança ou aliviar seu funcionamento cognitivo ou
habilidades sociais

Revisão da Tarefa de Casa

 Estudos sugerem: pacientes que fazem tarefa de casa


melhoram mais do que os que não fazem (Persons et al.,1988;
Niemeyer & Feixas, 1990).

 Reforçar esse comportamento é nosso dever pois o


paciente pode não fazer por falta de cobrança.

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Discussão dos tópicos da agenda, Estabelecimento de
uma Nova Tarefa de Casa e Resumos Periódicos
 Perguntar ao paciente com qual item do roteiro ele quer começar =
mais ativo, assertivo assume mais responsabilidade
 Às vezes o terapeuta pode sugerir quando achar relevante e mais eficaz
no momento
 Na discussão o terapeuta procura:
a) Relacionar o tópico às metas propostas
b) Reforçar o modelo cognitivo
c) Ensina a identificar os Pensamentos Automáticos
d) Prover algum alívio de sintomas
e) Construir e manter rapport através de entendimento genuíno

Resumos Periódicos
2 tipos:
tipos:
 Breve sumário do que foi dito para esclarecer o que foi
feito e o que farão a seguir

 Resumo do conteúdo dito pelo paciente, usando suas


palavras, para que o terapeuta se certifique de que
entendeu a problemática e a torne de forma mais
concisa e clara para o paciente

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Resumo final e Feedback
 Tornar claro para o paciente os pontos mais importantes
trabalhados na sessão de um modo otimista

 No início o terapeuta faz esse resumo

 O paciente é encorajado a fazê-lo posteriormente

 Pode ser encorajado a fazer anotações dos pontos importantes


para facilitar esse tipo de resumo

Da sessão 3 em diante
 Mantém o mesmo formato da sessão 2
 O conteúdo varia de acordo com as metas
estabelecidas entre terapeuta e paciente
 Um plano de tratamento vai sendo delineado
 O terapeuta inicialmente assume a liderança em
sugerir itens do roteiro, ajudar o paciente a identificar
PAs, projetar TC e fazer os resumos de sessão
 No decorrer do processo, o paciente vai assumindo
essas funções

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Da sessão 3 em diante
 Mudança gradual de uma ênfase dos pensamentos
automáticos para as crenças subjacentes e centrais
 Mudança de comportamento de uma forma menos
previsível. Pacientes deprimidos são encorajados a se
tornarem mais ativos para depois se trabalhar o cognitivo
 Prática de técnicas que estimulem habilidades novas,
como a assertividade
 Preparar o paciente para o término da terapia e prevenção
de recaída

Da sessão 3 em diante
 Uso da conceitualização cognitiva para orientar os estágios da
terapia
 Importante as anotações de terapia para o terapeuta estar
melhor preparado e dar continuidade às metas propostas no
início
 Com isso refina-se a conceitualização, monitora-se o que está
sendo trabalhado em terapia e se planeja as sessões futuras
 Tudo deve ser anotado para que o terapeuta não se perca.
Mesmo terapeutas experientes tem dificuldade em se lembrar
de todos esses itens

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Metáfora da ameixa
Caroço:
Caroço: Crença Central
Nível mais fundamental de crença; elas são
globais, rígidas e supergeneralizadas

Polpa: Crença Intermediaria


Consiste em atitudes, regras e suposições

Casca:
Casca: Pensamentos Automáticos
As cognições mais próximas à percepção
consciente

Exemplo:
Crença central
Eu sou incompetente.

Crença intermediária
Se eu não entendo algo perfeitamente, então eu sou burro.
Pensamento
Situação Reações
Automático
Ler este livro Isso é difícil demais Comportamental Fecha o livro
Eu jamais entenderia isso
Emocional Tristeza

Fisiológica Peso no abdômen

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Quadro 1.1 Como os pensamentos criam sentimentos

Pensamento: Eu penso que... Sentimento: Portanto, sinto-


sinto-me...

Jamais serei feliz novamente. Desesperançado

Não serei capaz de cuidar de mim mesma. Ansiosa, impotente, dependente

Ela me deixou porque sou pouco atraente. Desesperançado

Estou enlouquecendo Assustado, em pânico

Ele está se aproveitando de mim Zangada, vingativa, na defensiva

Ninguém se importa comigo Solitária, rejeitada

Devo dar a mim mesma o crédito por tentar Orgulhosa, feliz

Resolvi problemas antes e posso resolvê-


resolvê-los novamente. Esperançosa, cheia de energia

Não preciso ser perfeita Aliviada, menos pressionada

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Quadro 1.2 A técnica A-
A-B-C. O mesmo evento origina diferentes pensamentos, que levam a diferentes
sentimentos e comportamentos. Você pode determinar se o seu pensamento é verdade ao examinar os fatos

A= Evento Ativador B= Crença (Pensamento) C= Conseqüência C= Conseqüência


(Belief) Sentimentos Comportamentos

Escuto a janela sacudindo. Alguém está tentando Ansioso Tranco a porta, chamo a
entrar na minha casa. polícia.

Escuto a janela sacudindo. Está ventando lá fora e a Levemente irritado Tento firmar a janela,
janela está velha e frouxa. volto
a dormir.

TÉCNICAS PARA MODIFICAR


PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS
Pergunta básica:
básica:
O que estava passando pela sua cabeça neste momento?
1. Faça essa pergunta quando você perceber uma mudança no (ou
intensificação de) afeto durante uma sessão
2. Faça o paciente descrever uma situação problemática ou momento
durante o qual ele experimentou uma mudança de afeto e faça a
pergunta acima
3. Caso necessário, faça o paciente utilizar uma imagem para descrever a
situação específica ou o momento em detalhes (como se estivesse
acontecendo agora) e então faça a pergunta acima
4. Caso necessário ou desejado, faça o paciente encenar uma interação
específica com você e então faça a pergunta acima
(Resumo de técnicas para identificar pensamentos automáticos. Copyright 1993 por Judith S. Beck, Ph.D.)

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Metáfora do Guichê

Registro de Pensamento Automático

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Ciclo Ciclo
Disfuncional Funcional

Pensamentos Pensamentos
Exageradamente negativos Mais positivos, equilibrados
Autocríticos Reconhecem o sucesso
Seletivos e enviesados Reconhecem capacidades
Sentimentos Sentimentos
Incomodado Contente
Ansioso Relaxado
Deprimido Feliz
Enraivecido Calmo

Comportamento Comportamento
Evitativo Confrontador
Pouco determinado Persistente
Inapropriado Adequado

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Estabelecimento de objetivos e metas
 Lista de problemas
 Lista de objetivos e metas
 Curto prazo (dias)
 Médio (semanas e meses)
 Longo (ano ou anos)

Sugestão

Material com Direitos Autorais 23


Exemplo: Paciente com
Ansiedade Social

Intervenções Cognitivas e Comportamentais


Exemplo Paciente Deprimido
Ativação comportamental Planejamento de atividades e programa de
Aumento dos comportamentos que geram gratificações
gratificação e recompensa
Estímulo às relações sociais Treinamento de Habilidades Sociais, Treinamento
de Assertividade e Automonitoramento de queixas
e vitimização
Melhora da autoestima e diminuição da autocrítica Identificação, monitoramento e modificação de
pensamentos automáticos, pressupostos e crenças
nucleares
Auxílio ao paciente no desenvolvimento de Identificação e monitoramento de objetivos e
perspectivas a curto, médio e longo prazo planejamento estratégico para alcançá-
alcançá-los, bem
como pelo desenvolvimento de estratégias de
solução de problemas

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Estrutura das sessões em psicoterapia
cognitivo-
cognitivo-comportamental
Estrutura da primeira sessão
1. Estabelecer a agenda: roteiro da sessão
2. Verificação do humor: dados subjetivos e objetivos

Estrutura das sessões em psicoterapia


cognitivo-
cognitivo-comportamental
3. Revisar brevemente o problema presente e obter
uma atualização, desde a avaliação
4. Identificar problemas e estabelecer metas

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Estrutura das sessões em psicoterapia
cognitivo-
cognitivo-comportamental
5. Educar o paciente sobre o modelo cognitivo
6. Identificar as expectativas do paciente em relação à
terapia

Estrutura das sessões em psicoterapia


cognitivo-
cognitivo-comportamental
7. Educar o paciente sobre o seu transtorno/sintomas
8. Estabelecer a tarefa de casa
9. Resumo e Feedback

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Estrutura das sessões em psicoterapia
cognitivo-
cognitivo-comportamental
Metas para o terapeuta:
 Estabelecer empatia
 Socializar o paciente no modelo cognitivo-
comportamental

Estrutura das sessões em psicoterapia


cognitivo-
cognitivo-comportamental
 Educar o paciente sobre o seu transtorno
 Avaliar as expectativas do paciente
 Buscar dados adicionais
 Planejar as próximas sessões

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Estrutura das sessões em psicoterapia
cognitivo-
cognitivo-comportamental
Objetivos do paciente:
 O que ficou do encontro de hoje?
 Quanto eu acredito que poderei mudar?
 Ocorreu algo que me incomodou hoje em
relação à terapia? O que foi?

Estrutura das sessões em psicoterapia


cognitivo-
cognitivo-comportamental
 Entendi a tarefa de casa? Quanto eu acredito que
poderei realizá-la?
 O que eu gostaria de abordar na próxima sessão?

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Sessão 03 a 05
Intervenções cognitivas
 Ensinar o RPD completo, com material trazido pelo paciente na agenda
 Usar técnicas específicas para ajudar o paciente a desafiar PA’s
 Identificar e desafiar crenças subjacentes (pressupostos e regras)

Exemplo:
Exemplo: paciente deprimido
 Pensamento automatico “Jamais irei melhorar”
 Regra “eu deveria fazer tudo”
 Atitude “não vou pedir ajuda”
 Suposição “seu eu pedir ajuda, as pessoas acharão que eu sou
fraco”
 Crença Central “ Sou um fracasso”

Habilidade Social

Material com Direitos Autorais 29


COMPORTAMENTO NÃO VERBAL
Não assertivo Assertivo Agressivo
Olhar para baixo, Contato visual Olhar fixo,
Voz baixa, direto, voz alta,
Postura curvada, Fala fluente, fala rápida,
Tom vacilante Gestos firmes, gestos de ameaça,
Postura ereta, postura
Mãos soltas intimidatória

COMPORTAMENTO VERBAL
Não assertivo Assertivo Agressivo
Talvez... Penso... Faça...
Suponho... Sinto... Tenha cuidado...
Não se incomode... O que você acha?... Você deveria...
Não é importante... Quero... Se você não fizer...
Você se incomodaria... Como podemos resolver Você não sabe...
isso?...

Material com Direitos Autorais 30


EFEITOS
Não assertivo Assertivo Agressivo
Conflitos interpessoais Resolve problemas Conflitos interpessoais
Depressão Sente-
Sente-se bem com os Culpa
Desamparo demais Frustração
Imagem pobre de si Sente-
Sente-se satisfeito Imagem pobre de si
Prejudica-
Prejudica-se Relaxado Prejudica os demais
Perde oportunidades Cria oportunidades Perde oportunidades
Tensão Gosta de si e dos demais Sem controle
Solidão É bom para si e para os Solidão
Aborrecimento outros Não gosta dos outros

Habilidade Social INICIAR E MANTER CONVERSAÇÕES


Nome
Trabalho
Família
Moradia
Viagens
Metas de Vida
Desejos

Usar presente, passado e futuro

Material com Direitos Autorais 31


Habilidade Social
 Defender os próprios direitos
 Expressar opiniões pessoais
 Fazer e receber elogios
 Fazer pedidos
 Recusar pedidos
 Expressar amor, agrado, afeto
 Expressar incômodo ou desagrado
 Falar em público
 Enfrentar críticas

Sessão seguintes...
 Medicação (trabalho em conjunto com o Psiquiatra)
Psiquiatra)
 Tarefas
 Fazer 02 RPD’s durante a semana e outras técnicas específicas para
desafiar e modificar PA’s e pressupostos subjacentes
 Continuar a fazer atividades prazerosas, com planejamento de
atividades e prescrição de tarefas graduais, conforme o material
exposto na sessão
 Atividades de treinamento de habilidades sociais e assertividade
 Treinamento de solução de problemas
 Resumo e Feedback

Material com Direitos Autorais 32


TREINAMENTO EM SOLUÇÃO DE PROBLEMAS

TREINAMENTO EM SOLUÇÃO DE PROBLEMAS


Problema:
 Acontecimento único: perda da chave
 Série de acontecimentos relacionados: chefe que faz
continuamente pedidos pouco razoáveis
 Situação crônica: dificuldade em conseguir emprego

Material com Direitos Autorais 33


TREINAMENTO EM SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
O processo:
1. Orientação para o problema
2. Definição e formulação do problema
3. Levantamento de alternativas
4. Tomada de decisões
5. Prática da solução
6. Verificação

Monitoramento

Material com Direitos Autorais 34


Exemplo
Monitoramento

Sessões Finais
Intervenções Cognitivas
 Trabalhar PA’s e crenças relacionadas ao término do tratamento
 Identificar quais técnicas cognitivas o paciente está mais motivado
a continuar treinando
 Continuar ajudando o paciente a trabalhar autoafirmações
positivas
 Ajudar o paciente a reexaminar episódios prévios de depressão e
descrever como ele pode lidar com tais situações no futuro,
prevenindo a recaída
 Identificar outras situações futuras que podem ser situações de
risco, a fim de prevenir recaídas

Material com Direitos Autorais 35


Sessões Finais

Intervenções Comportamentais
 Continuar a prática de solução de problemas
 Continuar prescrição de tarefas graduais
 Continuar assertividade e habilidades sociais

Sessões Finais
 Medicação
 Planejar continuação e descontinuação no futuro
 Tarefas
 Desenvolver planos de enfrentamento de problemas no futuro
 Desenvolver seus próprios exercícios e experimentos cognitivo-
comportamentais
 Fazer autoterapia regularmente
 Planejar e marcar horários de consulta para revisão periódica
(mensal ou a cada dois meses pelos próximos seis a doze
meses)
 Resumo da sessão e feedback

Material com Direitos Autorais 36


Etapas do Tratamento da TCC com Técnicas de Tratamento Depressão
Consultas Individuais
FASE I Avaliação
Consultas com Familiares
Critérios Diagnósticos
FASE II Psicoeducação Automonitoramento
Modelo cognitivo-
cognitivo-comportamental
RPD
Questionamento Socrático
Reestruturação cognitiva
FASE III Flecha Descendente
Cartões de Enfrentamento
Role-
Role-Play
Prevenção de Recaída
FASE IV RPD Preventivo

INTERVENÇÕES
COGNITIVO-
COGNITIVO-
COMPORTAMENTAIS

Material com Direitos Autorais 37


TÉCNICAS DE
RELAXAMENTO

Técnicas de Relaxamento
 Relaxamento Progressivo (Jacobson, 1934)

Material com Direitos Autorais 38


Técnicas de Relaxamento
Definição de relaxamento:
ausência de tensão Muscular

Técnicas de Relaxamento
 O relaxamento pode ser uma maneira útil
de demonstrar aos pacientes que eles são
capazes de controlar seus sintomas.

Material com Direitos Autorais 39


Técnicas de Relaxamento
Pode ter efeitos cognitivos mais amplos:
Peveler e Johnston (1976) constataram que o
relaxamento aumenta a acessibilidade de
informações positivas na memória, fazendo assim
com que seja mais fácil encontrar alternativas aos
pensamentos associados ao perigo.

Técnicas de Relaxamento
Qualquer que seja a técnica escolhida, é
importante que o relaxamento seja apresentado
como uma habilidade a ser aprendida através de
uma prática repetida, com o objetivo de não só
relaxar em uma poltrona em casa, mas também de
se poder fazer uso do relaxamento durante as
atividades cotidianas.

Material com Direitos Autorais 40


Técnicas de Relaxamento
Procedimento inicial:
 Aspectos referentes a avaliação
 Relação paciente-terapeuta
 Ambiente físico
 Voz do terapeuta
 Apresentação da técnica

Técnicas de Relaxamento
RELAXAMENTO MUSCULAR PROGRESSIVO (15-
15-20min
20min)
min):
 O corpo é subdividido em uma série de grupos
musculares, sendo cada grupo tensionado e depois
relaxado.

Material com Direitos Autorais 41


Técnicas de Relaxamento
 Ao se alternar o tensionamento e o relaxamento, os
pacientes aprendem a discriminar entre esses dois
estados, e adquirem maior consciência das partes do
corpo nas quais são particularmente tensos.

Técnicas de Relaxamento
INDICAÇÕES:
INDICAÇÕES:
 atividades rotineiras que o sujeito está concluindo
com mais tensão do que a necessária para sua correta
realização
 situações específicas nas quais o sujeito experimenta
ansiedade ou estresse

Material com Direitos Autorais 42


Técnicas de Relaxamento
APLICAÇÃO:
APLICAÇÃO:
 identificar diariamente a tensão durante as atividades
cotidianas
 utilizar a identificação da tensão como sinal para
afrouxar os músculos e relaxá-los
 praticar até que se converta num hábito e, portanto,
num processo automático

Dessensibilização sistemática

Joseph Wolpe – década de 40

Material com Direitos Autorais 43


Dessensibilização sistemática
Ao entrarem em contato com um evento aversivo,
podem ser inibidas por meio do engajamento em uma
resposta incompatível com as respostas de ansiedade.

Dessensibilização sistemática

A técnica consiste em quatro elementos:

1. Treino em técnicas de relaxamento


2. Desenvolvimento de uma escala de ansiedade

Material com Direitos Autorais 44


Dessensibilização sistemática
3. Planejamento de exposição gradual ao(s) evento(s)
que provocam respostas de ansiedade e/ou esquiva
4. Pareamento dos eventos provocadores de ansiedade
com o relaxamento

Dessensibilização sistemática
Escala de unidades subjetiva de ansiedade:
 Listar todas as situações que possam provocar
ansiedade
 Ordenar esta lista pontuando como 10 o item de
maior ansiedade e 1 o de menor ansiedade

Material com Direitos Autorais 45


Dessensibilização sistemática
Dessensibilização sistemática ao vivo

Dessensibilização sistemática por imagens

Dessensibilização sistemática
Indicações:

 Ansiedade social
 Fobia específica

Material com Direitos Autorais 46


Resumo
 O que você aprendeu nesta aula?
 Técnicas para funcionar precisam da aliança
terapêutica
 Tenha cuidado e responsabilidade com suas ações
 Continue sempre estudando
 Faça parcerias com os colegas
 Use criatividade e ética sempre

Material com Direitos Autorais 47

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