Educação Física, Esporte E Inclusão Social: Além Paraíba - MG 2022

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UNIVERSIDADENORTE

UNIVERSIDADE NORTEDO DOPARANÁ


PARANÁ
SERVIÇO SOCIAL
EDUCAÇÃO FISICA

CASSIA DE SOUZA BARROS


IGOR GUILHERME FALCK FONTOURA BERNARDES
JAMILE DE SOUZA VITORINO
JOÃO VICTOR SACRAMENTO OLIVEIRA DA SILVA
LUIZ GUSTAVO BARBOSA DOS SANTOS
LUÍSA FONSECA CÔRTES
PEDRO CARLOS SACRAMENTO OLIVEIRA DA SILVA

EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTE E INCLUSÃO SOCIAL

Além Paraíba – MG
2022
CASSIA DE SOUZA BARROS
IGOR GUILHERME FALCK FONTOURA BERNARDES
JAMILE DE SOUZA VITORINO
JOÃO VICTOR SACRAMENTO OLIVEIRA DA SILVA
LUIZ GUSTAVO BARBOSA DOS SANTOS
LUÍSA FONSECA CÔRTES
PEDRO CARLOS SACRAMENTO OLIVEIRA DA SILVA

EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTE E INCLUSÃO SOCIAL

Trabalho Interdisciplinar de Grupo apresentado como


requisito parcial para a obtenção de média semestral nas
disciplinas eletivas.

Além Paraíba – MG
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO........................................................................................4
3 CONCLUSÃO.....................................................................................................10
REFERÊNCIAS...................................................................................................11
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1 INTRODUÇÃO

Este portfólio interdisciplinar de grupo, denominado com a temática,


“Educação Física, Esporte e Inclusão Social” traz para os graduandos em Educação
Física a possibilidade do auto estudo das disciplinas eletivas para este primeiro
semestre, sendo elas, Metodologia do Ensino do Handebol; Anatomia Aplicada a
Educação Física; Medidas e Avaliação em Educação Física; Atividades Físicas e
Esportes Adaptados; Metodologia do Ensino de Lutas na Escola; Práticas
Pedagógicas: Identidade Docente; Ed- Educação Ambiental e Estágio Curricular em
Educação Física I: Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
Os objetivos da aprendizagem desta produção textual interdisciplinar é fazer
com que haja a reflexão sobre a prática esportiva e inclusão para alunos com
deficiência no contexto escolar e com que haja conhecimento sobre os processos de
avaliação física e capacidades motoras no esporte escolar.
O desenvolvimento deste portfólio será elaborado em duas partes, a primeira
trata-se sobre as leituras especificas indicadas nas orientações da Universidade
Norte do Paraná (UNOPAR) e a segunda parte será elaborada a resolução de uma
situação problema na qual será levada em consideração a especificidade do esporte
handebol.
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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR, ESPORTE E INCLUSÃO

Legitimada pelas políticas e práticas educacionais reprodutoras da ordem


social, historicamente a escola vem apresentando uma postura educacional de
exclusão, que implica a escolarização como privilégio de um grupo. Foi no contexto
de democratização da escola, que se faz evidente a dicotomia inclusão/exclusão, no
momento em que os sistemas de ensino universalizam o acesso, contudo,
continuam excluindo todos aqueles considerados fora dos padrões
homogeneizadores. Desta forma, a exclusão tem apresentado características
comuns nos processos de segregação e integração que pressupõem a distinção,
naturalizando assim o fracasso escolar (MEC/SECADI, 2014).
A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão
e o Ministério da Educação acrescentam que foi a partir do advento da ótica dos
direitos humanos e do conceito de cidadania fundamentado no reconhecimento das
diferenças, assim como na participação dos sujeitos, que ocorre uma real
identificação dos mecanismos e processos de hierarquização que operam na
regulação e produção das desigualdades. Tal problemática evidencia os processos
normativos de distinção dos estudantes em razão de diversas características,
podendo ser de natureza intelectual, física, cultural, social, linguística, entre outras
que estruturam o modelo tradicional de educação escolar.
Ação de cunho político, cultural, social e pedagógico o movimento pela
educação inclusiva acontece em defesa do direito de todos os estudantes estarem
juntos, vivenciando os processos de ensino e aprendizagem sem nenhum tipo de
discriminação. Permeando todos os níveis, etapas e modalidades a educação
inclusiva se constitui em um paradigma educacional fundamentado na concepção de
direitos humanos, que conjuga segundo MEC/SECADI (2014) a igualdade e
diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à ideia de equidade
formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro
e fora da escola.
Em virtude dos fatos mencionados cabe o seguinte questionamento: o que
propõem as políticas educacionais nacionais para a inclusão?
A expressão “educação inclusiva” é uma expressão que vem adquirindo
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relevância nos discursos políticos em âmbito nacional, atualmente. E este discurso


tem promovido a ideia de uma educação que realiza o atendimento educacional
especializado, disponibilizando recursos e serviços e orientando quanto a sua
utilização no processo de ensino e aprendizagem nas turmas comuns do ensino
regular. Tendo a função de identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e
de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos
estudantes, considerando suas necessidades específicas.
As atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado
diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas
à escolarização. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos
estudantes com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela. Dentre as
atividades de atendimento educacional especializado são disponibilizados
programas de enriquecimento curricular, o ensino de linguagens e códigos
específicos de comunicação e sinalização e tecnologia assistiva. Ao longo de todo o
processo de escolarização esse atendimento deve estar articulado com a proposta
pedagógica do ensino comum (MEC/SECADI, 2014, p.12).
Desta forma, pode-se dizer que a educação inclusiva propõe o atendimento a
diversidade humana de modo a formar cidadãos autônomos dentro de suas
capacidades.
Posto que a educação inclusiva propõe o atendimento a diversidade humana
de modo a formar cidadão autônomos, quais seriam os desafios da educação física
escolar frente à inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais?
Historicamente as aulas de Educação Física em períodos iniciais primavam
pelo desempenho do corpo belo, atlético, forte. Excluindo aqueles que não possuíam
características compatíveis com o modelo a ser exigido daquele momento. Aqueles
considerados menos aptos ou com alguma anormalidade física e/ou mental eram
encaminhados às classes especiais.
Atualmente há grandes avanços no sentido de inclusão junto à disciplina de
Educação Física, contudo, apesar dos avanços nesse sentido, ainda há grades
desafios a serem superados.
Inicialmente pode-se dizer que alguns dos desafios enfrentados pela
disciplina de Educação Física junto a educação especial e a inclusão seriam a falta
de melhorias no espaço físico, falta de material adequado, desacordo com decisões
tomadas pela direção da instituição, falta de recurso financeiro, entre outros.
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E para professor, diretamente, seria o fato de manter-se atualizado na área


baseando-se me novos estudos, pois trabalhar com público que necessita de
inclusão é preciso de bons referenciais para que a prática pedagógica seja
construída em bons pilares.
Apesar de tais desafios, quando superados, a Educação Física assume um
papel relevante na medida em que pode estruturar um ambiente facilitador e
adequado para o estudante oferecendo a este, experiências que vão resultar em sua
maior autonomia.

2.2 SITUAÇÃO GERADORA DE APRENDIZAGEM

A inclusão não vem se tornando, apenas, um tema mais presente no cotidiano


das pessoas. A inclusão vem ganhando espaço, conquistando e garantindo direitos
necessários à sociedade moderna e, principalmente, às pessoas que necessitam
serem respeitadas em seus direitos sociais.
A escola torna-se, nesse contexto, um dos mais significativos espaços
sociais. Esse espaço tem o potencial tanto de materializar o direito ao acesso do
conhecimento formal e regular, como também, de formar e sensibilizar as novas
gerações para uma sociedade que conviva de forma mais justa e inclusiva.
A educação física nesse contexto escolar é uma das disciplinas que, sem
dúvida, mas deve se sentir desafiada. Os obstáculos vão desde as dimensões
estruturais até aos materiais para trabalho com os alunos com deficiências,
passando até mesmo pela formação acadêmica.
Os Jogos Escolares constituem um grande espaço de representatividade e
significado da Educação Física Escolar. É tanto um momento de democratização e
acesso ao esporte, à competição esportiva, como espaço para surgimento de novos
talentos, de futuros atletas.
Roberto é professor de educação física em uma escola estadual de sua
cidade e esse ano a diretora da escola quer levar os alunos para participarem dos
jogos escolares da cidade que acontecerá daqui seis meses. Os jogos escolares
envolverão alunos de todas as escolas da cidade e contará com diferentes práticas
esportivas.
Dessa maneira, a diretora solicitou que os professores de educação física
convocassem alunos para treinar as diferentes modalidades no período do
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contraturno para se prepararem para os jogos. Cada professor de educação física


ficou responsável por um esporte e Roberto será responsável por preparar o time de
handebol. Para treinar os alunos de forma adequada, Roberto decide fazer uma
avaliação física.
O Handebol é um esporte que cresce e tem se tornado referência em
diferentes cenários. Esta modalidade é muito dinâmica e capaz de desenvolver
vários aspectos sociais, cognitivos e motores, tais, como cooperação, sociabilização
e inclusão, lateralidade, agilidade e flexibilidade, além de habilidades como correr,
saltar e arremessar. (SERRA, 2020)
Roberto precisa desenvolver em aula com os alunos as capacidades físicas
envolvidas nas habilidades do handebol. As capacidades físicas para a prática do
handebol são: força, potência, resistência, velocidade, agilidade, flexibilidade,
coordenação, destreza e equilíbrio.
Para o aprendizado do handebol o lúdico e os jogos educativos devem estar
presentes nas aulas de Educação Física. A ludicidade favorece o desenvolvimento
do processo de ensino e aprendizagem do aluno bem como o convívio nas relações
entre aluno/professor/colegas/família/comunidade escolar.
O professor Renato terá o papel fundamental em trazer para a prática do
handebol nas suas aulas de Educação Física para os treinos, além da visão do jogo
competitivo e sim trazer a tona a ludicidade com foco no estímulo em estar
praticando um esporte, desenvolvendo o gosto por este esporte, trazendo motivação
para as aulas e trazendo ainda o aspecto social pouco explorado. Reforço aqui que
a competição não deve ser um problema, mas deve ser uma questão bem
trabalhada durante as aulas para que seja saudável e não o ponto central.
A prática do Handebol permite três movimentos naturais, que são: o correr, o
saltar e o arremessar, acontecendo de modo constante. Na escola, esses
movimentos fazem parte de uma rotina estabelecida pelo professor de Educação
Física dentro de suas aulas. Assim, cada vez mais a criança é inserida nesta prática
esportiva e, por consequência, com uma melhor condição física e com mais
possibilidades sociais, no meio em que convive. (SERRA, 2020)
A realização da prática de handebol nas aulas de Educação Física promove
uma mudança no comportamento e postura dos alunos, desenvolvendo o lado
social, motor, psicológico e afetivo, além de contribuir para a forma física e mental
trabalhando habilidades como: velocidade, agilidade, coordenação motora e o
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raciocínio (SILVA, 2014).


Essas diferentes manifestações corporais, são, em primeiro lugar, culturais,
posto que tudo que é realizado e produzido pelo ser humano é cultural; assim, as
aulas de Educação Física escolar devem privilegiar as práticas corporais e a cultura
dos alunos, uma vez que os movimentos corporais que os alunos possuem
extrapolam a influência da escola, são culturais e têm significados (FERREIRA,
2010).
Segundo Dantas (1998) para avaliação das qualidades físicas do time de
handebol, foram realizados os seguintes testes: flexibilidade, força explosiva,
resistência muscular, resistência anaeróbia e teste de coordenação e equilíbrio.
Para que o professor Renato realize a avaliação serão necessárias
sequências de atividades especificas que componham os elementos supracitados,
como podemos ver nas tabelas a seguir:

FLEXIBILIDADE
Teste de sentar e alcançar Rotação de ombros

FORÇA EXPLOSIVA
Máxima Potência Resistência
Arremesso de Medicine Impulsão horizontal Teste de flexão de barra
Ball
Potência vertical

RESISTÊNCIA
Aeróbia Velocidade Muscular Localizada
Teste de Foster Teste de Conconi Teste Ergométrico

COORDENAÇÃO
Habilidade Destreza
Teste de Knox Passe sobre a cabeça
Teste de Precisão de Passe
Teste de Arremesso
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EQUILIBRIO
Teste da Cegonha Salto em um pé
Batida de duplo calcanhar
(Tabelas elaboradas pelo autor, 2022).
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3 CONCLUSÃO

Conclui-se com este portfólio interdisciplinar em grupo denominado como


“Educação Física, Esporte e Inclusão Social” que o graduando do curso de
Educação Física precisa estar ciente de que sua prática profissional no âmbito
educacional tem que abranger o aluno em seu contexto escolar, mas também em
seu contexto social, familiar, o envolvendo junto a toda comunidade promovendo
assim através das atividades a inclusão social.
A educação inclusiva se constitui em uma ação de cunho político, cultural,
social e pedagógico, promovida em prol dos direitos dos estudantes em estarem
juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. Posto isto, o
texto que aqui se apresenta acredita que a educação inclusiva possui a
responsabilidade e o objetivo de formar cidadãos para que sejam autônomos e
possam vivenciar a liberdade dentro de seu contexto.
Situado no âmbito da disciplina de Educação Física, a origem do texto está
precisamente em refletir acerca das políticas que respaldam a inclusão escolar e
também verifica a relevância de retomar alguns conceitos sobre Cinesiologia
aplicados a Educação Física e fisiologia do exercício. Tão importante quanto
entender as políticas educacionais voltadas à inclusão escolar, é pensar o corpo em
movimento de maneira ampla, de modo a promover esta inclusão.
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REFERÊNCIAS

DANTAS, EHM. A prática da preparação física. 4º Ed. Rio de Janeiro: Shape,


1998.

FERREIRA, Rodrigo D’Alonso. Demandas Fisiológicas do Handebol. Revista


Mackenzie de Educação Física e Esporte, v. 9, n. 2, 2010. Universidade
Presbiteriana Mackenzie-Brasil.

SECADI, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e


Inclusão; MEC, Ministério da Educação. Política nacional de educação especial
na perspectiva da educação inclusiva. 2014. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/index.php?
option=com_docman&view=download&alias=16690-politica-nacional-de-educacao-
especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva-05122014&Itemid=30192> Acesso
em: 07 de Março de 2022.

SERRA, Rodrigo Aranda. O handebol como prática social no ambiente escolar.


Unigran Capital. Eixo Didática. 2020.

SILVA, Andreia Lúcia Braz da; SILVA, Francisco Maciel Braz da; SANTANA, Milana
Drummond Ramos. O Handebol nas aulas de Educação Física. Anais: VI Semana
de Iniciação Científica da Faculdade de Juazeiro do Norte, 2014.

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