Pes 2020 2023
Pes 2020 2023
Pes 2020 2023
Revista Baiana
de Saúde Pública v. 44 supl. 1 2020
EDITORES ASSOCIADOS • Edivânia Lucia Araujo Santos Landim – Suvisa/Sesab – Salvador (BA)
Associated Editors Eduardo Luiz Andrade Mota – ISC/UFBA
Editores Asociados Joana Angélica Oliveira Molesini – SESAB/UCSAL – Salvador (BA)
Lorene Louise Silva Pinto – SESAB/UFBA/FMB – Salvador (BA)
Milton Shintaku – IBICT/MCT
Capa | Cover | Tapa: detalhe do portal da antiga Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Solar do século XVIII)
Fotos | Photos | Fotos: Paulo Carvalho e Rodrigo Andrade (detalhes do portal e azulejos)
Trimestral.
Publicado também como revista eletrônica.
ISSN 0100-0233
E-ISSN 2318-2660
SALVADOR
2020
RUI COSTA
GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA
JOÃO LEÃO
VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA
GESTÃO DA SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA DIRETORIA DO SERVIÇO DE VERIFICAÇÃO DE ÓBITO – SVO
Márcia de Paulo Costa Mazzei
SUBSECRETARIA DA SAÚDE
Tereza Cristina Paim Xavier Carvalho DIRETORIA DE VIGILÂNCIA E ATENÇÃO À SAÚDE DO
TRABALHADOR – DIVAST
CHEFIA DE GABINETE Letícia Coelho da Costa Nobre
Nelma Carneiro Araújo
DIRETORIA DO LABORATÓRIO CENTRAL PROF.
COORDENAÇÃO DE CONTROLE INTERNO – CCI GONÇALO MONIZ – LACEN
Waldélio Almeida de Oliveira Filho Arabela Leal e Silva de Mello
NÚCLEO ASSISTENCIAL PARA PESSOAS COM CÂNCER – ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – ASCOM
NASPEC Larissa Cortizo de Almeida
Lourani Maria Carneiro dos Santos
AUDITORIA DO SUS-BA
REDE NACIONAL DE PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS Ana Paula Chancharulo Moraes Pereira
Rubens Batista Santos
CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE – CES
SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA – SESAB Arão Capinam de Oliveira
Cássio André Garcia
Fábio Vilas-Boas Pinto COORDENAÇÃO DE CONTROLE INTERNO – CCI
Maria Eunice de Carvalho Paes
SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE – SEMA Simone dos Santos Mota
Maurício Carneiro Paim
Rosalvo de Oliveira Júnior COORDENAÇÃO EXECUTIVA DE INFRAESTRUTURA DA
REDE FÍSICA – CEIRF
SINDICATO DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE Christiane Neves Castelucci
E AGENTES DE COMBATE ÀS ENDEMIAS DA BAHIA –
SINDACS-BA COORDENAÇÃO GERAL DE TECNOLOGIA, INFORMAÇÃO E
Adenilson Viana Rangel COMUNICAÇÃO – CGSTICS
Roberto Lima Machado Maria Conceição Palma Sento Sé
Manuela Dayse Fadigas Silva Santos
SINDICATO DOS ASSISTENTES SOCIAIS DO ESTADO DA
BAHIA – SASB
COORDENAÇÃO DE MONITORAMENTO DE PRESTAÇÃO DE
Marleide Castro dos Santos
SERVIÇOS DE SAÚDE – CEMPSS
SINDICATO DOS HOSPITAIS E ESTABELECIMENTOS DE Elza Lopes Ferreira
SERVIÇOS DE SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA – SINDHOSBA Lilian Barreto Matos
Luiz Delfino Mota Lopes
CORREGEDORIA DA SAÚDE
SINDICATO DOS TRABALHADORES DO SERVIÇO PÚBLICO Alice Mendonça de Araújo Melo
FEDERAL NO ESTADO DA BAHIA – SINTSEF João Bráulio de Santana Júnior
Leonídia Laranjeira Fernandes
DIRETORIA GERAL – DG
SINDICATO DOS TRABALHADORES EM SAÚDE DO José Henrique Falck Silva
ESTADO DA BAHIA – SINDISAÚDE
Iona San Just Silva DIRETORIA DE CONVÊNIOS – DICONV
Tereza Cristina Bonfim de Jesus Deiró Rosemary Souza de Santana
Gráfico 1. Distribuição percentual dos municípios, segundo porte populacional. Bahia, 1980/2018............................. 30
Gráfico 2. Evolução da taxa de fecundidade. Bahia, 2000-2018.................................................................................. 31
Gráfico 3. Evolução da esperança de vida ao nascer. Bahia, 1970-2018....................................................................... 31
Gráfico 4. Esperança de vida ao nascer, por sexo. Bahia, 2000-2018........................................................................... 32
Gráfico 5. Pirâmide etária da população do estado da Bahia, 1980.............................................................................. 33
Gráfico 6. Pirâmide etária da população do estado da Bahia, 2000.............................................................................. 33
Gráfico 7. Pirâmide etária da população estado da Bahia, 2018................................................................................... 34
Gráfico 8. Evolução da estrutura etária do estado da Bahia, 1991-2018....................................................................... 34
Gráfico 9. Distribuição da população, segundo cor/raça. Bahia, 2010.......................................................................... 35
Gráfico 10. Evolução da taxa de urbanização. Bahia, 1950-2018................................................................................... 36
Gráfico 11. Cobertura das vacinas do calendário básico de crianças com até 1 ano. Bahia, 2009-2018.......................... 38
Gráfico 12. Incidência de sarampo/rubéola e cobertura da vacina tríplice viral. Bahia, 2009-2018................................. 40
Gráfico 13. Taxa de abandono da pentavalente do calendário de vacinação de crianças (menores de 1 ano de idade),
entre 2014 e 2018. Bahia, 2019.................................................................................................................. 41
Gráfico 14. Coeficiente de incidência das meningites bacterianas segundo ano de início dos sintomas.
Bahia, 2008-2018....................................................................................................................................... 43
Gráfico 15. Incidência da doença meningocócica e cobertura vacinal da vacina meningocócica c conjugada.
Bahia, 2009-2018....................................................................................................................................... 44
Gráfico 16. Taxa de detecção de hepatites virais (por 100 mil habitantes), segundo agente etiológico e ano de
notificação. Bahia, 2009-2018..................................................................................................................... 46
Gráfico 17. Óbitos e coeficiente de mortalidade (por 100 mil habitantes) por hepatites virais. Bahia, 2008-2018........... 46
Gráfico 18. Casos notificados e incidência de dengue. Bahia, 2009-2018...................................................................... 47
Gráfico 19. Casos notificados e coeficiente de incidência da febre pelo vírus zika em residentes do estado
da Bahia. 2015-2018.................................................................................................................................. 49
Gráfico 20. Casos de doenças neuroinvasivas e casos de síndrome de Guillain-Barré. Bahia, 2015-2018....................... 50
Gráfico 21. Distribuição de casos suspeitos de febre amarela, segundo semana epidemiológica. Bahia, 2017-2018....... 51
Gráfico 22. Número de casos notificados e cobertura vacinal de febre amarela em menores de 1 ano.
Bahia. 2009-2018....................................................................................................................................... 52
Gráfico 23. Taxa de mortalidade por doença de Chagas, segundo macrorregião de Saúde. Bahia, 2007-2017............... 54
Gráfico 24. Coeficiente de incidência (CI) de casos novos confirmados de leishmaniose visceral. Bahia, 2009-2018...... 56
Gráfico 25. Coeficiente de incidência e letalidade por leishmaniose visceral. Bahia, 2009-2018.................................... 56
Gráfico 26. Número absoluto de casos novos confirmados e coeficiente de incidência por 100 mil habitantes (CI)
de leishmaniose tegumentar americana. Bahia, 2009-2018......................................................................... 57
Gráfico 27. Coeficiente de detecção geral de hanseníase (por 100 mil habitantes). Bahia, 2009-2018........................... 60
Gráfico 28. Número de casos e coeficiente de detecção de hanseníase em menores de 15 anos
(por 100 mil habitantes). Bahia, 2009-2018................................................................................................. 61
Gráfico 29. Número de casos e coeficiente de incidência da tuberculose de todas as formas
e da forma pulmonar bacilífera (por 100 mil habitantes). Bahia, 2009-2018................................................ 62
Gráfico 30. Coeficiente de incidência da tuberculose de todas as formas e pulmonar bacilífera (
por 100 mil habitantes). Bahia, 2009-2018.................................................................................................. 63
Gráfico 31. Número de casos e coeficiente de mortalidade por tuberculose
(por 100 mil habitantes). Bahia, 2009-2017................................................................................................. 64
Gráfico 32. Número de casos e taxa de detecção de aids e HIV. Bahia, 2009-2018....................................................... 65
Gráfico 33. Número de casos e taxa de detecção de aids em menores de 5 anos. Bahia, 2009-2018............................. 66
Gráfico 34. Número de óbitos e coeficiente de mortalidade por aids. Bahia, 2009-2017............................................... 67
Gráfico 35. Casos notificados de sífilis em gestantes e taxa de detecção (por 1.000 nascidos vivos).
Bahia, 2009-2018....................................................................................................................................... 68
Gráfico 36. Número de casos e taxa de incidência de sífilis congênita em menores de 1 ano. Bahia, 2009-2018........... 68
Gráfico 37. Taxa de trabalho infantil, segundo macrorregião de saúde de residência. Bahia, 2010................................. 74
Gráfico 38. Registros acidentários relacionados ao trabalho entre segurados da Previdência Social. Bahia, 2010-2017... 75
Gráfico 39. Proporção de notificação de agravos e doenças relacionados ao trabalho, segundo macrorregião
de notificação. Bahia, 2010-2018................................................................................................................ 76
Gráfico 40. Número de notificações de agravos e doenças relacionados ao trabalho, segundo macrorregião
de residência. Bahia, 2010-2018................................................................................................................. 78
Gráfico 41. Coeficiente de mortalidade por acidente de trabalho (por 100 mil trabalhadores) para o total
de trabalhadoras e trabalhadores segurados da Previdência Social. Bahia, 2010-2017................................. 79
Gráfico 42. Quantitativo de estabelecimentos sujeitos à Vigilância Sanitária estadual inspecionados.
Bahia, 2009-2018....................................................................................................................................... 81
Gráfico 43. Número de inspeções realizadas em estabelecimentos sujeitos à Vigilância Sanitária estadual.
Bahia, 2009-2018....................................................................................................................................... 81
Gráfico 44. Distribuição dos serviços de alta complexidade por macrorregiões. Bahia, 2018.......................................... 82
Gráfico 45. Serviços de hemoterapia inspecionados por macrorregião de saúde. Bahia, 2018........................................ 83
Gráfico 46. Serviços de hemodiálise inspecionados por macrorregião de saúde. Bahia, 2018......................................... 83
Gráfico 47. Número de hospitais com leitos de UTI inspecionados, por macrorregião de saúde. Bahia, 2018................ 84
Gráfico 48. Serviços de terapia antineoplásica inspecionados por macrorregião de saúde. Bahia, 2018.......................... 84
Gráfico 49. Quantitativo de indústrias de interesse da saúde inspecionadas. Bahia, 2018............................................... 85
Gráfico 50. Número de análises de projetos arquitetônicos realizadas e aprovadas. Bahia, 2014-2018........................... 85
Gráfico 51. Número de notificações de eventos adversos e queixas técnicas notificadas no sistema de
Notificações de Vigilância Sanitária. Bahia, 2009-2018................................................................................ 86
Gráfico 52. Número de notificações obrigatórias de eventos adversos e queixas técnicas investigadas e concluídas.
Bahia 2012-2018........................................................................................................................................ 88
Gráfico 53. Percentual de comissões de controle de infecção hospitalar constituídas e atuantes nos hospitais.
Bahia, 2009-2018....................................................................................................................................... 89
Gráfico 54. Percentual de hospitais com leitos de UTI com comissões de controle de infecção hospitalar atuantes.
Bahia, 2009-2018....................................................................................................................................... 89
Gráfico 55. Número de núcleos de segurança do paciente constituídos nos hospitais com leitos de UTI.
Bahia, 2014-2019....................................................................................................................................... 90
Gráfico 56. Distribuição dos núcleos de segurança do paciente constituídos, por macrorregião de saúde,
nos hospitais com leitos de UTI. Bahia, 2018............................................................................................... 91
Gráfico 57. Percentual de municípios realizando no mínimo seis grupos de ações de vigilância sanitária,
consideradas necessárias. Bahia, 2013-2018................................................................................................ 91
Gráfico 58. Implementação das ações do Programa de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano.
Bahia, 2014-2018....................................................................................................................................... 92
Gráfico 59. Proporção de análises de água realizadas em amostras para consumo humano quanto aos parâmetros
coliformes totais, cloro residual e turbidez. Bahia, 2013-2018..................................................................... 93
Gráfico 60. Casos notificados de intoxicação exógena por substância química (agrotóxico de uso em saúde pública),
segundo macrorregião de saúde. Bahia, 2009-2018.................................................................................... 95
Gráfico 61. Óbitos relacionados à intoxicação por agrotóxicos. Bahia, 2009-2018......................................................... 96
Gráfico 62. Proporção de registro de óbitos com causa definida. Bahia, 2009-2017...................................................... 101
Gráfico 63. Mortalidade proporcional, segundo principais grupos de causas. Bahia, 2009-2017.................................... 102
Gráfico 64. Taxas de mortalidade por doenças do aparelho circulatório, segundo causa selecionada.
Bahia, 2009-2017....................................................................................................................................... 103
Gráfico 65. Taxa de mortalidade por doenças do aparelho circulatório, segundo macrorregião de saúde.
Bahia, 2009 e 2017..................................................................................................................................... 103
Gráfico 66. Taxa de mortalidade por causas externas, segundo macrorregião de saúde. Bahia, 2009 e 2017.................. 104
Gráfico 67. Taxa de mortalidade por causas externas, segundo circunstância da lesão. Bahia, 2009-2017...................... 105
Gráfico 68. Taxa de mortalidade por homicídio, segundo macrorregião de saúde. Bahia, 2009 e 2017.......................... 105
Gráfico 69. Taxa de mortalidade por acidentes com motociclista. Bahia, 2009-2017...................................................... 106
Gráfico 70. Taxa de mortalidade por acidentes com motociclista, segundo macrorregião de saúde.
Bahia, 2009 e 2017..................................................................................................................................... 106
Gráfico 71. Taxa de mortalidade por acidentes de trânsito, segundo macrorregião de saúde. Bahia, 2009 e 2017.......... 107
Gráfico 72. Taxa de mortalidade por homicídio decorrente de arma de fogo. Bahia, 2004-2017.................................... 107
Gráfico 73. Taxa de mortalidade por neoplasias, segundo macrorregião de saúde. Bahia, 2009 e 2017.......................... 108
Gráfico 74. Taxa de mortalidade do sexo feminino, segundo principais grupos de causas. Bahia, 2009 e 2017*............. 109
Gráfico 75. Taxa de mortalidade por neoplasias em mulheres, segundo principais causas. Bahia, 2009-2017................. 109
Gráfico 76. Taxa de mortalidade por câncer de mama feminino, segundo macrorregião de saúde.
Bahia, 2009 e 2017..................................................................................................................................... 110
Gráfico 77. Taxa de mortalidade em homens, segundo principais grupos de causas. Bahia, 2009 e 2017....................... 111
Gráfico 78. Taxa de mortalidade por neoplasia em homens, segundo principais causas. Bahia, 2009-2017.................... 111
Gráfico 79. Taxa de mortalidade por câncer de próstata, segundo macrorregião de saúde. Bahia, 2009 e 2017............. 112
Gráfico 80. Taxa de mortalidade prematura (abaixo dos 70 anos), por doenças crônicas não
transmissíveis selecionadas. Bahia, 2009-2017............................................................................................. 112
Gráfico 81. Razão de mortalidade materna. Bahia, 2009-2017...................................................................................... 113
Gráfico 82. Razão de mortalidade materna por causas obstétricas diretas e indiretas. Bahia, 2009-2017........................ 114
Gráfico 83. Razão de mortalidade materna, segundo macrorregião de saúde. Bahia, 2009 e 2017................................ 114
Gráfico 84. Taxa de mortalidade infantil, segundo faixa etária. Bahia, 2009-2017.......................................................... 115
Gráfico 85. Proporção de nascidos vivos, segundo tipo de parto. Bahia, 2009-2018...................................................... 133
Gráfico 86. Percentual de nascidos vivos, segundo parto cesáreo e macrorregião de saúde. Bahia, 2009 e 2018............ 133
Gráfico 87. Percentual de nascidos vivos de baixo peso (menos de 2,5 quilogramas). Bahia, 2009-2018........................ 134
Gráfico 88. Percentual de nascidos vivos de baixo peso (menos de 2,5 quilogramas), segundo macrorregião de saúde.
Bahia, 2009 e 2018..................................................................................................................................... 135
Gráfico 89. Percentual de nascidos vivos de mães adolescentes (10 a 19 anos). Bahia, 2009-2018................................. 136
Gráfico 90. Percentual de nascidos vivos de mães adolescentes (10 a 19 anos), segundo macrorregião de saúde.
Bahia, 2009 e 2018..................................................................................................................................... 136
Gráfico 91. Percentual de nascidos vivos cujas mães realizaram sete ou mais consultas de pré-natal.
Bahia, 2009-2018....................................................................................................................................... 137
Gráfico 92. Percentual de nascidos vivos de mães que realizaram sete ou mais consultas de pré-natal,
segundo macrorregião de saúde. Bahia, 2009 e 2018.................................................................................. 138
LISTA DE MAPAS
Mapa 1. Municípios por classificação de risco, a partir das coberturas vacinais do 1º semestre de 2019.
Bahia, 2019................................................................................................................................................ 39
Mapa 2. Distribuição espacial das epizootias em primatas não humanos, segundo local de ocorrência.
Bahia, 2018................................................................................................................................................ 53
Mapa 3. Distribuição dos centros de referência em saúde do trabalhador. Bahia, 2019............................................. 80
Mapa 4. Distribuição dos municípios com estabelecimentos notificadores de eventos adversos e queixas
técnicas por macrorregião de saúde. Bahia, 2016-2019............................................................................... 87
Mapa 5. Municípios com monitoramento de agrotóxicos na água para consumo humano. Bahia, 2019.................... 93
Mapa 6. Municípios baianos com decretos de emergência por situação de seca. Bahia, 2019................................... 94
Mapa 7. Distribuição territorial e abrangência dos laboratórios municipais de referência regional. Bahia, 2019......... 98
Mapa 8. Distribuição territorial e área de cobertura dos laboratórios de vigilância da qualidade da água.
Bahia, 2019................................................................................................................................................ 99
Mapa 9. Distribuição geográfica das unidades da hemorrede, segundo região de saúde. Bahia, 2019........................ 118
Mapa 10. Distribuição geográfica das unidades da Hemorrede Pública por macrorregião de saúde da Bahia............... 124
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Distribuição espacial de amostras positivas das arboviroses (dengue, zika e chikungunya)
por municípios. Bahia, 2019....................................................................................................................... 50
Figura 2. Municípios com população exposta a contaminantes químicos. Bahia, 2019............................................... 95
Figura 3. Macroestrutura de Gestão da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia......................................................... 117
Figura 4. Missão, visão e valores................................................................................................................................. 118
APRESENTAÇÃO 17
1 INTRODUÇÃO 23
2 METODOLOGIA 25
3 ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE 28
3.1 PANORAMA SOCIODEMOGRÁFICO 28
3.2 PANORAMA SOCIOECONÔMICO 36
3.3 PANORAMA DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE 37
3.3.1 Vigilância das doenças redutíveis por imunização e outros agravos transmissíveis 37
3.3.2 Panorama da vigilância à saúde do trabalhador 67
3.3.3 Panorama da vigilância sanitária 77
3.3.4 Panorama da vigilância em saúde ambiental 89
3.3.5 Panorama da vigilância laboratorial 95
3.3.6 Perfil da mortalidade na Bahia 98
3.3.6.1 Perfil da mortalidade materna 111
3.3.6.2 Panorama da mortalidade infantil 113
4 PANORAMA DA GESTÃO DO SUS-BA 116
4.1 ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DA SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA
E ASPECTOS DA ORGANIZAÇÃO DO SUS-BA 116
4.2 MISSÃO, VISÃO E VALORES DO SUS-BA 118
4.3 A GESTÃO COMPARTILHADA 120
4.4 A ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 122
4.5 CIÊNCIA E TECNOLOGIA 124
4.6 ESTRUTURAS COMPLEMENTARES DA GESTÃO DO SUS-BA 125
5 ATENÇÃO À SAÚDE DA POPULAÇÃO 129
5.1 ATENÇÃO BÁSICA 129
5.2 ATENÇÃO ESPECIALIZADA / ATENÇÃO À SAÚDE 131
6 PREVISÃO DE RECURSOS 143
7 COMPROMISSOS E AÇÕES ESTRATÉGICOS 144
7.1 COMPROMISSO 1: APERFEIÇOAR AS AÇÕES DE VIGILÂNCIA, PROTEÇÃO, PROMOÇÃO
E PREVENÇÃO EM SAÚDE NOS TERRITÓRIOS EM TODOS OS NÍVEIS DE ATENÇÃO 144
7.2 COMPROMISSO 2: FORTALECER A ATENÇÃO BÁSICA DE FORMA INTEGRADA E RESOLUTIVA 148
7.3 COMPROMISSO 3: POTENCIALIZAR A REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DE FORMA REGIONALIZADA,
AMPLIANDO A EQUIDADE DE ACESSO E GARANTINDO A INTEGRALIDADE E A SEGURANÇA DO PACIENTE 150
7.4 COMPROMISSOS 4: PROMOVER A VALORIZAÇÃO DO TRABALHO E DO TRABALHADOR NO SUS-BA 162
7.5 COMPROMISSO 5: POTENCIALIZAR A ATENÇÃO HEMATOLÓGICA E HEMOTERÁPICA
À POPULAÇÃO DA BAHIA 167
7.6 COMPROMISSO 6: APRIMORAR A GESTÃO ESTRATÉGICA EM SAÚDE, AMPLIANDO
OS CANAIS DE DIÁLOGO COM A SOCIEDADE E O EXERCÍCIO DO CONTROLE SOCIAL 169
7.7 COMPROMISSO 7: PROMOVER A GESTÃO DE RECURSOS ADMINISTRATIVOS E FINANCEIROS
PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE PELO SUS-BA 173
7.8 COMPROMISSO COMPARTILHADO 174
8. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO 177
9. DELIBERAÇÕES DA 10ª CONFERÊNCIA ESTADUAL DE SAÚDE 180
CONSIDERAÇÕES FINAIS 183
REFERÊNCIAS 184
Revista Baiana 1 I N T R O D U Ç Ã O
de Saúde Pública
24
Revista Baiana 2 M E T O D O L O G I A
de Saúde Pública
26
Revista Baiana Compromisso 2 – Fortalecer a atenção básica de forma integrada e resolutiva;
de Saúde Pública Compromisso 3 – Potencializar a Rede de Atenção à Saúde (RAS) de forma regionalizada,
ampliando a equidade de acesso e garantindo a integralidade e a segurança do paciente;
Compromisso 4 – Promover a valorização do trabalho e do trabalhador no SUS-BA;
Compromisso 5 – Potencializar a atenção hematológica e hemoterápica à
população da Bahia;
Compromisso 6 – Aprimorar a Gestão Estratégica em Saúde, ampliando os canais
de diálogo com a sociedade e o exercício do controle social;
Compromisso 7 – Promover a gestão de recursos administrativos e financeiros
para prestação de serviços de saúde SUS-BA.
A elaboração do PES compreendeu também a previsão de recursos orçamentários,
compatibilizando-o com o PPA 2020-2023 e a LOA 2020. Desse modo, a coerência entre as
metas orçamentárias do PES e o PPA 2020-2023 foi elaborada conjuntamente pela equipe
técnica da APG, Rede PMA e Fundo Estadual de Saúde (Fesba) e, após, referendada em uma
oficina de alinhamento com áreas técnicas da Sesab, correspondentes a cada compromisso/
meta/iniciativa das áreas correspondentes.
Para definição das ações, produtos e indicadores do PES 2020-2023, foram
considerados Análise da Situação de Saúde (Asis), redes de serviços de saúde e acesso da
população, bem como os indicadores do PPA 2020-2023, além dos indicadores nacionais
pactuados pelo estado no Sistema de Pactuação dos Indicadores (SisPacto).
Por fim, a consolidação do documento, sob responsabilidade da APG, contou
com a contribuição da Rede PMA e da Comissão de Planejamento e Monitoramento do
CES-BA, sendo encaminhado pelo gestor do sistema estadual de saúde ao pleno do CES-BA em
6 de dezembro de 2019, e aprovado mediante a Resolução CES nº 54/2019.
28
Revista Baiana socioeconômico, imprimindo constantes mudanças no perfil produtivo de cada região, com
de Saúde Pública reflexos no fluxo migratório.
Essas mudanças apontam para um processo migratório interno, com evasão
da população para áreas consideradas polos de atração, com melhores condições de vida e
emprego, especialmente para os jovens e adultos em idade produtiva.
30
Revista Baiana 3,00
de Saúde Pública
2,49
2,50
1,98
Nº de filhos por mulher 2,00
1,67
1,50
1,00
0,50
0,00
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
Gráfico 2. Evolução da taxa de fecundidade. Bahia, 2000-2018
Fonte:Divep/Suvisa/Sesab, 2019; IBGE, 2019
80,0
71,9 73,9
70,0 70,0
60,0
50,0
42,5
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
1970 2000 2010 2018
80,00 78,67
75,00 72,40
73,93
Idade em anos
70,00
68,69 69,46
65,00 65,25
60,00
55,00
50,00
45,00
40,00
2014
2015
2010
2011
2012
2013
2016
2017
2018
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
Gráfico 4. Esperança de vida ao nascer, por sexo. Bahia, 2000-2018
Fonte: Divep/Suvisa/Sesab, 2019; IBGE, 2019
32
Revista Baiana Com relação a sua distribuição segundo o sexo, observa-se maior participação da
de Saúde Pública população masculina entre os jovens menores de 20 anos, enquanto a proporção de mulheres
predomina em todas as faixas etárias a partir dos 25 anos. O contingente populacional do
sexo masculino nas idades mais avançadas é maior em relação às faixas etárias mais jovens,
o que pode estar refletindo a maior mortalidade por causas externas, que incide com maior
frequência entre os jovens do sexo masculino.
Faixa etária
80 anos e +
75 a 79
70 a 74
65 a 69
60 a 64
55 a 59
50 a 54
45 a 49
40 a 44
35 a 39
30 a 34
25 a 29
20 a 24
15 a 19
10 a 14
5a9
0a4
-9,0 -7,0 -5,0 -3,0 -1,0 1,0 3,0 5,0 7,0 9,0
Faixa etária
80 mais
75 a 79
70 a 74
65 a 69
60 a 64
55 a 59
50 a 54
45 a 49
40 a 44
35 a 39
30 a 34
25 a 29
20 a 24
15 a 19
10 a 14
5a9
0a4
-9,0 -4,0 1,0 6,0
Feminino Masculino
70,0
60,0
50,0
40,0
%
30,0
20,0
10,0
0,0
1991 2000 2018
< 15 anos 39,7 32,0 25,6
15 - 59 anos 53,4 59,8 64,1
60 anos e + 6,9 8,2 10,3
34
Revista Baiana A distribuição da população por sexo mostra que as mulheres apresentam discreta
de Saúde Pública predominância, com 51% do total. Em consequência, a razão por sexo foi de 96,3 homens
para cada 100 mulheres em 2018. Diversos fatores podem estar envolvidos para essa baixa
razão, dentre eles, destaca-se a mortalidade por causas violentas, bem como comportamentos
e hábitos de vida menos saudáveis e a cultura de não procurar os serviços de saúde com a
frequência observada entre as mulheres.
No que se refere à cor ou raça, os dados são sempre censitários, quando as
pessoas declaram sobre sua cor e raça. Assim, o último dado disponível para essa característica,
refere-se a 2010. Para esse ano, a composição por cor mostrou a predominância dos pardos,
com 59,2% do total, seguida dos brancos (22,2%) e negros (17,1%); os da raça indígena e amarela
(orientais) representaram apenas 0,4% e 1,1% da população, respectivamente (Gráfico 9).
A distribuição por raça/cor é sempre polêmica, uma vez que reflete a cor autorreferida pelo
indivíduo no momento das pesquisas realizadas pelo IBGE, devendo, portanto, ser considerados
com reservas os índices apresentados.
1,10 0,40
22,20
Branca
Preta
59,20 17,10
Parda
Amarela
Indígena
60
50
% 40
30
25,9 27,3
20
Urbana Rural
10
0
1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010 2018
36
Revista Baiana Tabela 2. Índice de Desenvolvimento Humano desagregado por componentes.
de Saúde Pública Bahia, 1991, 2000 e2010
Ano IDH (Global) Longevidade Educação Renda
1991 0,590 0,580 0,620 0,570
2000 0,690 0,660 0,790 0,620
2010 0,660 0,783 0.555 0.663
Variação % 1991/2010 71,0 34,5 204,9 22,1
Legenda: IDH: Índice de Desenvolvimento Humano.
Fonte: Divep/Suvisa/Sesab, 2019; Pnud, Ipea, FJP, IBGE, 2019
120,00
100,00
80,00
60,00
% 40,00
20,00
0,00
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018*
BCG Febre Amarela Meningocócica C Penta (DTP/Hib/HB) Pneumocócica
Poliomelite Rotavírus Humano Hepatite A Tríplice Viral
Gráfico 11. Cobertura das vacinas do calendário básico de crianças com até 1 ano
de idade. Bahia, 2009-2018
**Dados atualizados até 26/07/2019
Fonte: SI-PNI, Divep/Suvisa/Sesab, 2019
Imunobiológicos 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018*
BCG 65,95 49,64 47,24 38,61 41,01 43,65 41,73 24,22 35,25 38,37
Rotavírus Humano 43,17 25,66 32,13 29,74 46,28 51,80 54,20 35,73 30,94 47,72
Meningocócica C ... 13,19 51,56 45,56 52,52 46,04 53,24 30,46 32,37 36,21
Penta (DTP/Hib/HB) ... ... ... - 35,97 46,28 44,12 29,02 24,94 31,18
Pneumocócica ... - 14,63 33,81 43,65 42,45 44,12 35,97 40,29 46,52
Poliomielite 81,77 64,03 64,99 48,68 56,12 48,92 46,28 18,47 26,62 30,22
Febre Amarela 74,82 53,00 49,64 42,69 47,48 35,01 31,65 21,34 18,47 21,58
38
Revista Baiana Tabela 3. Homogeneidade das coberturas vacinais do calendário básico da criança
de Saúde Pública com até 1 ano de idade. Bahia, 2009-2018
(continua)
Imunobiológicos 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018*
Hepatite A ... ... ... ... ... 0,48 46,76 12,23 29,02 20,86
Tríplice Viral 83,45 70,74 59,47 55,88 71,94 75,30 45,56 37,65 38,61 35,73
Meta de homogeneidade 70,00 70,00 70,00 70,00 70,00 70,00 70,00 70,00 70,00 70,00
(...) não constava no calendário; (-) corresponde a zero.
Fonte: SI-PNI, Divep/Suvisa/Sesab, 2019
Legenda: Classi
Até 0 = muito baixo risco até 0
1 = baixo risco 0 --| 1
2 = médio risco 1 --| 2
3 = alto risco 2 --| 3
4 = muito alto risco 3 --| 4
140,0 4
120,0 108,1 109,2 114,9 3 3
Casos de Sarampo
103,0 100,3
Cobertura (%)
100,0 97,9 3
90,2 85,7
e Rubéola
83,3 79,5
80,0 2
60,0 2
40,0 1
20,0 1
0,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Cobertura Sarampo Rubéola
40
Revista Baiana sentido de detectar oportunamente a ocorrência de casos, instituindo intervenções para
de Saúde Pública interrupção da cadeia de transmissão. Sob esse prisma, de acordo com a Tabela 4, observa-se
que no estado da Bahia somente o indicador de investigação oportuna, para todos os anos da
série histórica, cumpriu a meta estabelecida, ratificando a necessidade de ações estratégicas
e oportunas para o enfrentamento da doença.
Homogeneidade de
70 63,1 59 56 72 75 45,6 37,7 16,3 33,8
cobertura vacinal
Taxa de notificação ≥2/100.000 hab 6,9 5 4,3 3,2 3,2 1,5 6,7 0,7 3,2
Investigação oportuna 80 84,1 91 89 91 87 85 82 82 91,4
Investigação adequada 80 - 78 81 75 75 52 65 31 40,6
Fonte: DataSUS, 2019, Divep/Suvisa/Sesab, 2019; IBGE, 2019
16,00
14,25
14,00
12,00
10,21
10,00 9,35
% 8,09
8,00 8,66
6,00
4,00
2,00
0,00
2014 2015 2016 2017 2018
42
Revista Baiana Sobre os óbitos por meningites, foram notificados 134 em 2008 e 71 em 2018, redução
de Saúde Pública de 47%. Destacaram-se como principais causas de morte: doença meningocócica (306 óbitos, 28%),
meningite bacteriana (214 óbitos, 19,6%) e meningite por pneumococos (153 óbitos, 14%).
A partir de 2016, houve aumento na incidência das meningites pelo Streptococcus
pneumoniae, que se tornou em 2018 o principal agente etiológico responsável pelos casos de
meningite bacteriana no estado da Bahia, com 53 casos de meningite pneumocócica (incidência
de 0,35/100 mil habitantes). Chama a atenção o aumento de 94,4% no coeficiente de incidência
dessas meningites em relação a 2017. Esse incremento possivelmente está relacionado à melhora no
diagnóstico laboratorial com a implantação da reação em cadeia da polimerase (PCR), no segundo
semestre de 2016, bem como às baixas coberturas das pneumocócicas (Gráfico 14), que,
historicamente, não alcançaram a meta de 95%. Ao comparar o ano de 2018 com 2017, verificou-se
um aumento de 100% na taxa de letalidade. Esse resultado pode estar associado à assistência tardia.
2,0
1,8
1,6
Coeficiente/100.000 hab.
1,4
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
DM 1,2 1,6 1,8 1,3 0,9 0,7 0,4 0,3 0,3 0,2 0,1
MTBC 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1
MH 0,1 0,0 0,1 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1
MP 0,5 0,5 0,4 0,4 0,2 0,3 0,2 0,1 0,1 0,2 0,3
2,0 100,0
1,8
1,8 90,0
1,6
1,6 80,0
1,2 60,0
Incidência
0,6 30,0
0,4
0,4 0,3 20,0
0,3
0,2 0,2
0,2 10,0
0,0
0,0 0,0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
C. vacinal Incidência
44
Revista Baiana A poliomielite ou “paralisia infantil” é uma doença infectocontagiosa viral
de Saúde Pública aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito. No Brasil, não há
circulação de poliovírus selvagem desde 1990, em virtude do êxito da política de prevenção
através da vacinação, vigilância e controle desenvolvida pelas três esferas de gestão.
Todavia, a cobertura vacinal contra poliomielite na Bahia vem sofrendo
decréscimo gradual desde 2015, alcançando, em 2018, 76,47%, muito abaixo da meta
desejada (95%). Com relação à coleta oportuna das fezes, procedimento importante para
a realização do diagnóstico precoce da poliomielite, no período de 2009 a 2018 apenas o
ano de 2011 alcançou a meta de 80%, com o resultado de 89%.
A raiva é uma zoonose viral que se caracteriza como encefalite progressiva
aguda com 100% de letalidade. O último registro de raiva humana transmitida por cão
na Bahia ocorreu em 2004. Treze anos depois, em 2017, ocorreu outro caso em humano,
provocada pela mordedura de morcego (variante 3 Desmodus rotundum). Importante
consideração deve ser dada às coberturas vacinais dos últimos dez anos, pois o estado da
Bahia não tem alcançado a meta pactuada de 80% de cobertura vacinal animal, aumentando
o risco de transmissão para humanos.
As hepatites são consideradas um grave problema de saúde pública no mundo
e no Brasil, tendo em vista a alta transmissibilidade e o impacto socioeconômico em virtude
do comprometimento da qualidade de vida das pessoas acometidas pela doença e pelo
custo com o tratamento.
No período de 2008 a 2019, houve redução de 96,7% na taxa de detecção da
hepatite A (Gráfico 16). A partir de 2015, a redução foi significativa, o que pode se justificar
pela implantação da vacina hepatite A no calendário vacinal da criança, no ano anterior.
Em contrapartida, as taxas de detecção dos vírus B e C registraram incremento,
respectivamente, de 62,5% e 94,7%, na última década. A elevação na incidência de
hepatites por esses dois agentes etiológicos pode refletir melhoria no acesso ao diagnóstico,
com maior acesso a exames sorológicos específicos, mas também sinaliza a relevância da
transmissão sexual.
7,0
Taxa/100.000 hab.
6,0
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Hep A 6,1 2,8 2,0 1,3 2,3 3,3 0,8 0,3 0,2 0,2
Hep B 3,2 3,2 3,4 3,4 4,1 4,0 4,6 4,3 4,2 5,2
Hep C 3,8 3,1 3,2 3,7 4,4 4,0 4,3 4,6 4,4 7,4
Gráfico 16. Taxa de detecção de hepatites virais (por 100 mil habitantes), segundo
agente etiológico e ano de notificação. Bahia, 2009-2018
Fonte: Divep/Suvisa/Sesab, 2019; IBGE, 2019
140 0,9
60 0,4
0,3
40
0,2
20
0,1
102 91 92 76 115 121 111 101 95 91 92
0 0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Nº de óbitos Coeficiente de Mortalidade
46
Revista Baiana Na última década, as doenças de transmissão vetorial foram responsáveis por
de Saúde Pública elevada morbimortalidade e sobrecarga nos sistemas de saúde. O fortalecimento de estratégias
que colaborem com a integração entre as vigilâncias e a rede assistencial é imprescindível para
desenvolver ações articuladas e coordenadas direcionadas à prevenção e controle dos agravos
relacionados à transmissão vetorial, incluindo o uso de agrotóxico em ações de saúde pública para
combate ao vetor da dengue. Destaca-se a importância da atenção básica/primária em saúde, tendo
em vista o desenvolvimento de ações de promoção, prevenção e controle da doença, pelas equipes
de saúde da família, agentes de saúde e agentes de endemias, no território que atuam.
A dengue é a mais importante arbovirose que afeta o homem. Na Bahia,
os anos de 2009, 2013 e 2016 foram os que mais notificaram casos. Em 2009, foi registrada
a maior epidemia desde a reintrodução da doença no estado, com 96.651 casos notificados
com coeficiente de incidência (CI) de 660,30/100 mil habitantes. Nos dois últimos anos da
série histórica, 2017 e 2018, o estado apresentou redução dos coeficientes de incidência,
respectivamente, 64,06 e 63,12/100 mil habitantes (Gráfico 18).
Na sua distribuição territorial, no período de 2009 a 2018, as macrorregiões Sul
(134.111) e Centro-Leste (66.281) apresentaram o maior número de casos notificados. Cabe
informar que essas macrorregiões apresentaram maior número de municípios com Índice de
Infestação Predial (IIP), para todos os levantamentos rápidos de índices de infestação pelo Aedes
aegypti (LIRAa), realizados no ano de 2018 com resultados acima de 4, considerado alto. O IIP
elevado pode ser indicativo de risco de ocorrência de maior número de casos de dengue. Para
tal, devem ser considerados alguns determinantes, a exemplo da circulação viral na população
residente no território em análise.
120000 700
100000 600
Coef/100.000 hab.
Número de casos
500
80000
400
60000
300
40000
200
20000 100
0 0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Casos 96651 44292 39174 48248 61013 13875 56105 66910 9830 9596
Coef. Incidência 660,3 315,89 277,88 340,37 405,56 91,73 369,02437,99 64,06 63,12
48
Revista Baiana ativa e mulheres em idade fértil, fator que predispõe ao aumento de casos em gestantes e,
de Saúde Pública consequentemente, de microcefalia.
70000 400
60000 350
Coef/100.000 hab.
300
50000
Nº de casos
250
40000
200
30000
150
20000
100
10000 50
0 0
2015 2016 2017 2018
Número de casos 35821 57655 2966 1451
Coef. Incidência 235,6 379,21 19,5 9,54
Gráfico 19. Casos notificados e coeficiente de incidência* da febre pelo vírus zika
em residentes do estado da Bahia. 2015-2018
* Coeficiente de incidência por 100 mil habitantes
Fonte: Sinan, Divep/Suvisa/Sesab, 2019
200
179
180
160
140
Nº de Casos
120
100
79
80
65
60 55
48
35 39
40
20 15
0
2015 2016 2017 2018
SGB Total de Casos
50
Revista Baiana Concernente à Febre Amarela (FA), na última década o ressurgimento do vírus no
de Saúde Pública país produziu importante impacto na saúde pública, principalmente na região sudeste do país,
com mortes confirmadas pelo agravo, principalmente no ano de 2017. No estado da Bahia, os
anos de 2017 e 2018 totalizam 86 casos notificados, com o maior percentual das notificações
em 2018 (70%). Na distribuição por semana epidemiológica, observa-se que entre a 9ª e a 37ª
não foram registrados casos suspeitos de FA para o ano de 2017 (Gráfico 21).
12
10
2017 2018
8
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 27 30 31 32 34 37 40 42 49 50 52
120
100
80
%
60
40
20
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Nº Casos 2 0 1 2 0 3 5 2 71 59
Cobertura 100,5 94,3 92,3 91,4 92,4 85,7 83,3 69,5 72,1 67,8
A vigilância das epizootias em primatas não humanos (PNH) tem como objetivo
predizer o risco de ocorrência de casos humanos de febre amarela por meio da identificação
precoce da circulação viral na população de PNH mortos ou doentes, visto que alertam para
o risco de transmissão da forma silvestre para o homem. No estado da Bahia, no período de
2017 a 2018, foram notificadas 1.597 ocorrências. Quanto à distribuição espacial (Mapa 2),
a macrorregião Leste apresentou nos dois anos em análise 964 notificações, totalizando
60% dos casos, seguida da Centro-Leste, com 23% das epizootias notificadas no período
(362 casos).
No tocante à malária, sua magnitude está relacionada à elevada incidência da
doença na região amazônica e à sua potencial gravidade clínica. O estado da Bahia não se
inclui entre as áreas endêmicas do Brasil, mas apresenta alto risco de transmissão autóctone
de malária devido à densidade vetorial elevada e à dispersão dos potenciais vetores da
doença em 397 (95,2%) municípios considerados vulneráveis.
52
Revista Baiana
de Saúde Pública
Epizootias
2018
Bahia
1
10
12
15
17
2
254
26
3
31
4
43
5
6
67
7
8
9
Brasil
14,0
12,0
Taxa/100.000 hab.
10,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Centro Leste 4,7 4,3 5,3 4,9 5,3 4,7 4,4 3,4 2,7 3,5
Centro Norte 9,0 10,3 10,8 11,9 8,1 10,7 8,0 8,6 8,6 9,3
Extremo Sul 0,1 0,1 0,0 0,4 0,1 0,5 0,1 0,0 0,3 0,0
Leste 7,1 6,3 7,5 6,8 7,2 6,4 6,6 6,8 6,9 5,7
Nordeste 2,3 3,6 4,3 4,0 3,2 3,9 3,2 3,3 2,3 3,0
Norte 1,1 0,4 1,1 2,2 2,0 2,5 2,0 2,4 2,4 2,5
Oeste 4,9 5,3 5,2 6,8 5,8 6,4 7,7 5,3 5,4 7,3
Sudoeste 3,0 3,0 3,1 2,6 3,3 3,2 2,5 2,3 2,6 3,0
Sul 0,9 0,6 1,2 0,5 0,6 0,3 0,8 0,5 0,4 0,6
54
Revista Baiana A esquistossomose é uma doença endêmica. Do total de 417 municípios
de Saúde Pública baianos, 167 (40%) são endêmicos, 122 (29,3%) focais e 128 (30,7%) indenes para
transmissão da esquistossomose.
Na Bahia, o percentual de positividade manteve-se abaixo do que é considerado
aceitável pelo MS (5%). Dentre as explicações para esse resultado, cabe informar que o
número de municípios considerados endêmicos e focais (289), que devem realizar a busca
ativa dos casos, é aquém do esperado. No período de 2008 a 2018, a média de municípios
realizando a busca ativa foi apenas 78, tendo maiores resultados nos anos de 2011 e 2012
(113 e 108 municípios). Consequentemente, o número de pessoas examinadas também
reduziu (73,8%), comparando o primeiro ano da série (2008) com o último (2018).
No período analisado, uma média de 11.245 casos positivos para
esquistossomose foi identificada na rede básica de saúde por demanda espontânea, quando
o preconizado é realizar busca ativa nas localidades de risco, identificar positivos e tratar
oportunamente, bem como realizar a vigilância malacológica, educação em saúde e ações
de saneamento visando a quebra da cadeia de transmissão.
Com relação ao tratamento dos positivos, a média no período analisado,
2008 a 2018, ficou em aproximadamente 82% (preconizado 90%). Embora o ano de 2012
tenha notificado o maior número de positivos, apenas 60,1% foram tratados. Em 2017,
a Bahia vivenciou um surto no município de Lençóis, sendo examinados 7.677 casos suspeitos,
dos quais 944 foram positivos para a doença, representando um percentual de positividade
igual a 12,3%. No período de 2008 a 2017, foram registrados 626 óbitos por esquistossomose
(média de 63 por ano). Em 2018, ao analisar os óbitos segundo macrorregião de saúde,
verifica-se que a macrorregião Leste registrou 17, a Sudoeste 10, a Centro-Leste e a Sul 9
casos cada, sendo essas as que apresentaram as maiores frequências.
A leishmaniose visceral (LV) apresenta endemicidade em franca expansão
no estado da Bahia, estando presente em 191 dos 417 municípios baianos, os quais
estão classificados em média e baixa transmissão, respectivamente, 34 e 157 municípios.
Ao analisar a série histórica de 2009 a 2018, observa-se 3.516 casos confirmados, com
oscilação em todo período, sendo evidenciado para o ano de 2014 maior risco de adoecer
(3,4/100 mil habitantes), quando comparado com os demais anos (Gráfico 24).
Considerando a distribuição territorial por macrorregião de saúde, dos casos de LV
no período analisado, os maiores coeficientes de incidência, estão na macrorregião Centro-Norte,
região de Irecê (municípios de Barro Alto e Jussara), seguida da macrorregião Centro-Leste, região
de Seabra (município Novo Horizonte) e Feira de Santana (município de Santa Bárbara).
Coef/100.000 hab.
400 2,5
Nº de casos
300 2,0
1,5
200
1,0
100 0,5
0 0,0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Nº de Casos 380 419 363 292 337 510 353 243 329 290
Coef Incidência 2,6 3,0 2,6 2,1 2,2 3,4 2,3 1,6 2,1 2,0
Quanto aos óbitos confirmados por LV, foram constatados 218 para a série em
análise, com maior concentração na macrorregião Centro-Leste (27%), na área territorial de
Feira de Santana, Itaberaba e Serrinha, seguida da Centro-Norte, com 23%, concentrando-se na
região de Irecê. Importante consideração deve ser dada aos óbitos por faixa etária, com maiores
proporções na estratificação de 1 ano a 4 anos (46 notificações), perfazendo um total de 21%
dos óbitos. Tal cenário reforça a necessidade do diagnóstico precoce e reorganização da rede
assistencial, perpassando por todos os níveis de atenção.
Ao analisar a letalidade da LV, verifica-se que o estado da Bahia apresentou, para o
período em análise, a maior taxa para o ano de 2018 (9,8%) e menor coeficiente (1,96) (Gráfico 25).
12,0
10,0 9,8
9,0
8,6
Coef/100.000 hab.
8,1
8,0 7,1 7,3
7,0
6,0
6,0
4,9
4,0 3,2
3,4
3,0
2,0 2,6 2,6 2,2 2,3
2,1 2,1 2,0
1,6
0,0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
56
Revista Baiana A alta letalidade do agravo segue a tendência das taxas no Brasil. Supõe-se que
de Saúde Pública a taxa de mortalidade esteja atrelada ao diagnóstico tardio, comorbidades e complicações.
Convém salientar que a imunodepressão causada pela LV torna os portadores vulneráveis ao
desenvolvimento de coinfecção. Nesse sentido, ao analisar o número de casos confirmados
por coinfecção Leishmania/HIV, observou-se 69 casos notificados, a maioria concentrados na
macrorregião Centro-Leste (17), seguida da Sudoeste (15) e da Norte (12).
Outra manifestação da doença é a leishmaniose tegumentar americana (LTA).
No estado da Bahia, a LTA encontra-se dispersa, com existência de focos em todas as regiões,
atingindo 212 municípios.
A série histórica de 2009 a 2018 apresenta 30.253 casos confirmados e a soma
dos anos de 2010 e 2012 perfaz 9.204 casos, representando 30,4% do total. No tocante ao
risco de adoecer, nos anos citados obteve-se maiores coeficientes, respectivamente, 34,2
e 31,1 (Gráfico 26). Sua distribuição territorial tem maior concentração na macrorregião de
saúde Sul (Gandu) e Leste (Santo Antônio de Jesus).
6000 40
35
5000
30
Coef/100.000 hab.
4000
Nº de casos
25
3000 20
15
2000
10
1000
5
0 0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Nº de Casos 3512 4800 3786 4404 2785 2143 2275 1822 2772 1954
Coef Incidência 24 34,2 26,9 31,1 18,5 14,2 15 11,9 18,1 13,2
Quanto às variáveis sexo e faixa etária, observou-se que o maior risco de adoecer
está no sexo masculino, com 59,2%. Ao analisar a faixa etária, observa-se que a doença ocorre
em todas as idades, com concentração na faixa etária de 20 a 34 anos, evidenciando que se
58
Revista Baiana Com relação à distribuição regional, no período analisado, a macrorregião Leste
de Saúde Pública apresentou maior número de casos (474.220), seguida da Sudoeste (381.754) e da Norte
(341.805). Devido à possibilidade de maior agravamento entre as crianças menores de 4 anos,
a vigilância epidemiológica das doenças diarreicas prioriza a referida população para as ações
de prevenção e controle. Assim, do total de casos de DDA, 35,2% (832.444) ocorreram entre
crianças menores de 4 anos.
Medidas como a introdução da terapia de reidratação oral, diminuição da
desnutrição infantil e melhora no acesso a serviços de saúde são importantes para redução
da morbimortalidade por doenças diarreicas. Ademais, a introdução no Brasil, em 2006,
da vacina oral de rotavírus humano foi outro fator que contribuiu para a diminuição da DDA.
No período de 2009 a 2018, o estado não alcançou a meta recomendada para essa vacina
(90%) em nenhum ano. A média da cobertura vacinal no período foi 79,54%, sendo 2010 o
ano com a menor cobertura (72,14%) e 2015 com a maior (88,36%).
Para além das medidas próprias do setor saúde, é necessário também investir
em políticas de saneamento básico na Bahia, visto que, segundo levantamento do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre os anos de 2016 e 2017, mais da metade dos
municípios baianos (216 das 417 cidades) registraram endemias ou epidemias associadas à
falta de saneamento básico. Em 2017, as unidades da federação com as menores proporções
de municípios com Plano Municipal de Saneamento Básico foram Maranhão (8,3%), Alagoas
(9,8%), Paraíba (13,5%), Pernambuco (14,1%) e Bahia (14,6%).
Quanto às doenças por intervenções de programas especiais, merecem
destaque: hanseníase, tuberculose, HIV/aids/HTLV e sífilis congênita.
A hanseníase possui grande importância para a saúde pública pela magnitude,
alto poder incapacitante e relevância social, além de se manter no rol de doenças negligenciadas,
por prevalecer em áreas de pobreza e contribuir para a manutenção do quadro de desigualdades
sociais no território nacional.
No estado da Bahia, no período de 2009 a 2018, foram notificados 24.601 casos.
Em 2017, foram diagnosticados 2.236 novos casos de hanseníase, resultando em um coeficiente de
detecção (por 100 mil habitantes) de 14,57; em 2018, notificaram-se 2.119 novos casos, dos quais
1.465 (69,1%) eram multibacilares, com coeficiente de detecção de 14,31 (Gráfico 27). Os dados
apresentados colocam a Bahia em uma situação epidemiológica considerada de alta endemicidade.
Entre os anos de 2009 e 2018 houve redução no coeficiente de detecção da hanseníase para 25,8,
resultado observado na maioria das macrorregionais de saúde, exceto na Sudoeste e na Sul, que
apresentaram incremento no coeficiente de detecção, respectivamente, 5,7 e 2,9.
3000 25,0
Coef/100.000 hab.
2500
20,0
Nº de casos
2000
15,0
1500
10,0
1000
5,0
500
0 0,0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Casos 2822 2722 2687 2573 2213 2610 2568 2051 2236 2119
Coef 19,3 19,4 19,1 18,2 14,7 17,3 16,9 13,4 14,6 14,3
60
Revista Baiana 250 7,00
de Saúde Pública 5,8 5,8 6,00
5,4 5,6
Coef/100.000 hab.
200 5,1 4,9 5,00
Nº de casos
150 4,1
3,7 4,00
3,3
2,9 3,00
100
2,00
50
1,00
234
207
192
184
158
191
216
147
126
113
0 0,00
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
40,0
38,9
5000 37,3 36,7
34,7 35,0
32,5 31,9 32,4
25,0
3000 23,3 23,6 22,7
21,2 21,3 22,0
19,9 20,6 20,5 20,0
18,9
2000 15,0
10,0
1000
5,0
5692
3410
5232
3312
5175
3205
4922
3006
4893
3206
4827
3012
4475
3346
4462
3153
4602
2906
4806
3038
0 0,0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
62
Revista Baiana TB ativa que a população geral. É consenso que o uso da terapia antirretroviral (TARV)
de Saúde Pública reduz a mortalidade por tuberculose. A Bahia tem ampliado a testagem rápida para o HIV
em pessoas com tuberculose, passando de 26,1% em 2009 para 63,1% em 2018, com
proporção de coinfecção de 6,6% neste último ano. Na população de coinfectados, 47%
usaram o antirretroviral.
Quanto à estratificação espacial, as macrorregiões Leste, Sul e Extremo Sul
exibem os maiores coeficientes de incidência da tuberculose pulmonar de todas as formas e da
pulmonar bacilífera (Gráfico 30).
60,0
50,0
Coef/100.000 hab.
40,0 37,9
34,0
30,0
24,5
23,4 23,3
20,9
20,0 20,2 18,4 18,2 20,5
14,7
15,6 13,4 13,0
11,8
10,0 11,1 10,4 10,6 10,0 8,9
58,8
46,0
41,4
40,6
45,8
38,5
28,3
25,7
30,8
21,9
28,1
21,9
21,5
21,0
25,5
20,3
19,5
17,8
38,9
32,4
0,0
Leste Sul Extremo Centro- Centro- Nordeste Oeste Norte Sudoeste Bahia
Sul Leste Norte
2009 (TB Todas as Formas) 2018 (TB Todas as Formas)
2009 (TB Pulmomar Bacílifera) 2018 (TB Pulmomar Bacílifera)
500 3,5
450
2,9 3,0
2,7 2,8
400 2,9 2,7
2,6 2,5
Coeficiente/100.000 hab.
2,4 2,5
350
Nº de óbitos
2,1
300
2,0
250
1,5
200
150 1,0
100
0,5
50
396
406
364
361
433
366
421
319
412
0 0,0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
64
Revista Baiana tratamento para todas as PVHIV, independentemente da carga viral, o que tem contribuído
de Saúde Pública para a redução dos casos de aids no estado.
3000 20
18,50
16,77 18
2500
14,96 16
14,2
13,3 13,7 13,7
Taxa/100.000 hab.
12,9 14
2000 12,19 12,6
Nº de casos
12,3
12,8 11,8
12
10,11
1500 10
8
6,6
1000 5,79
6
4,18
3,51 4
500 2,58
1,80
2
1807
1870
1927
1935
2137
1948
1529
1939
1854
1929
2286
1817
2574
2741
264
361
495
592
871
978
0 0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Gráfico 32. Número de casos e taxa de detecção de aids e HIV. Bahia, 2009-2018
Fonte: Sinan, Divep/Suvisa/Sesab, 2019
No último ano (2018), as maiores taxas de incidência (por 100 mil habitantes)
foram registradas nas macrorregiões de saúde Leste (11,7), Centro-Leste (6,4) e Sul (5,3).
Em comparação com os anos de 2009 e 2018, houve redução nas taxas de detecção entre
os indivíduos com até 14 anos de idade, sobretudo mulheres. Nas demais faixas etárias, a
taxa de detecção entre os homens é superior ao registrado no sexo feminino.
Ao comparar os anos de 2009 e 2018, entre os homens, verifica-se queda na taxa
de detecção nas faixas etárias de 40 a 49 anos (24,8 para 16,7) e 30 a 39 anos (24,8 para 20,02),
mantendo-se praticamente estável no grupo etário de 10 a 14 anos, porém com aumento
nos demais. Em 2009, a maior taxa de detecção de aids foi observada entre os homens de 30
a 39 anos e 40 a 49 anos, com 24,8 casos/100 mil habitantes.
Entre as mulheres, em 2009, a maior taxa de detecção de aids foi observada
entre 30 a 39 anos (14,8 casos/100 mil habitantes) e, em 2018, o grupo etário com maior
taxa correspondia à faixa de 40 a 49 anos (10,2 casos/100 mil habitantes).
Em 2018, a principal via de transmissão em indivíduos com 13 anos ou mais
foi a sexual, tanto em homens (76,5%) quanto em mulheres (77,9%). Entre os homens,
40 3,5
3,0
35 2,9 3,0
2,8 2,8
2,7
30 2,5
2,5
25
Taxa/100.000 hab.
1,9 2,0
1,8
20 1,6
Casos
1,4 1,5
15
1,0
10
5 0,5
38 32 27 30 33 34 21 22 18 13
0 0,0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Nº de casos Tx de detecção
No estado da Bahia, de 2009 a 2017, foram notificados 5.133 óbitos por aids
(Gráfico 34). Ao analisar o coeficiente de mortalidade bruta por aids, observou-se que ele
se manteve, em 2017, abaixo do Brasil (4,8 óbitos/100 mil habitantes), ocupando a 22ª
posição no país.
66
Revista Baiana 700 5
de Saúde Pública 4,5
600
4,2 4
4,1
500 3,8 3,9 3,9 3,9 3,8
3,7 3,5
3,5
3
Coef/100.000 hab.
400
Nº de óbitos
2,5
300
2
200 1,5
1
100
0,5
509
537
587
522
588
592
625
597
576
0 0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Gráfico 34. Número de óbitos e coeficiente de mortalidade por aids. Bahia, 2009-2017
* Dados Preliminares
Fonte: Sinan, Divep/Suvisa/Sesab, 2019
4500 25,0
4000
20,8
20,0
3000
15,0 15,0
2500 13,9
2000 10,6
10,2 10,0
1500
7,4
1000 5,1 5,0
2,9 4,2
500 2,4
1064
1502
2085
2207
2769
3059
4245
526
613
900
0 0,0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Nº de casos Taxa de detecção
Gráfico 35. Casos notificados de sífilis em gestantes e taxa de detecção (por mil
nascidos vivos). Bahia, 2009-2018
* Dados Preliminares
Fonte: SIM, Divep/Suvisa/Sesab, 2019
1600 8,0
1200 6,0
5,6
1000 5,0
Nº de casos
4,5
800 4,1 4,0
600 3,0
2,7
400 2,1 2,0
1,5
200 1,2 1,0
1.167
1.389
1.365
1353
263
318
457
563
826
921
0 0,0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
68
Revista Baiana A maioria das mães de crianças com sífilis congênita realizaram o pré-natal. No
de Saúde Pública período de 2009 a 2018, verifica-se que 43,8% tiveram diagnóstico de sífilis durante o pré-natal
e 47,7% no momento do parto/curetagem e após o parto. No mesmo período, nos casos de
sífilis congênita, o tratamento da mãe foi adequado em apenas 3,5% dos casos e inadequado
ou não realizado em 79,6%.
Concernente à mortalidade, na série histórica de 2009 a 2018, registrou-se 81
óbitos por SC em menores de 1 ano de idade residentes na Bahia. O coeficiente de mortalidade
variou de 0,5/100 mil nascidos vivos em 2010 para 8,3 em 2014, quando apresentou o maior
coeficiente, cenário de curva ascendente semelhante ao do Brasil.
b Produção para o próprio consumo é uma das formas de trabalho definida pela 19ª Conferência Internacional dos
Estatísticos do Trabalho (Ciet) promovida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 2013 e investigada
pelo IGBE na PNAD Contínua.
70
Revista Baiana grupamento que está o trabalho doméstico, reservando para as mulheres maior precariedade
de Saúde Pública e menores salários9.
72
Revista Baiana Tabela 8. População economicamente ativa ocupada segundo ramo de atividade no
de Saúde Pública trabalho principal e macrorregião de residência. Bahia, 2010
(continuação)
c As piores formas de trabalho infantil referem-se às atividades que mais oferecem riscos à saúde, ao desenvolvimento
e à moral das crianças e dos adolescentes. A Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil (Lista TIP) pode ser consul-
tada no Decreto nº 6.481, de 12 de junho de 2008. O Governo do Estado da Bahia instituiu o programa Bahia do
Trabalho Decente (Decreto nº 13.149/2011), que lista entre as diretrizes da agenda para a promoção do trabalho
decente a erradicação do trabalho escravo e a eliminação do trabalho infantil, com ênfase em suas piores formas.
te
ste
ste
te
te
te
a
Su
Su
hi
es
or
or
es
es
Le
te
o-
Ba
-L
do
-N
N
or
m
ro
ro
Su
N
tre
nt
nt
Ex
Ce
Ce
d Define-se como acidente de trabalho típico o agravo que ocorre no ambiente do trabalho ou durante o exercício do
trabalho, quando o trabalhador estiver realizando atividades relacionadas à sua função ou a serviço do empregador
ou representando os interesses deste.
74
Revista Baiana 30000
de Saúde Pública 25000
20000
15000
10000
5000
0
Total de Acid. e Acid. trabalho Acid. trabalho Doenças do Agravos rel trab
Doenças trabalho típico trajeto trabalho s/ CAT
2010 24567 10985 2223 838 10521
2011 24269 11379 2422 719 9749
2012 23443 10851 2831 728 9033
2013 22000 10217 2560 731 8492
2014 21724 10101 2660 985 7978
2015 18267 8937 2432 715 6183
2016 17132 7973 2475 766 5918
2017 16332 7649 2279 565 5839
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 TOTAL
76
Revista Baiana macrorregião Leste (Gráfico 40), provavelmente devido à maior densidade de equipamentos
de Saúde Pública de saúde nesse território, acidentando, principalmente, técnicos e auxiliares de enfermagem.
Excetuando os profissionais de saúde, outra categoria vítima desse tipo de acidente é o
trabalhador gari. As Lesões por Esforço Repetitivo e Distúrbios Osteomusculares Relacionados
ao Trabalho (LER/Dort), apareceram com 8.435 notificações, observando-se as maiores
ocorrências nas macrorregiões Leste e Centro Leste (Gráfico 40), afetando majoritariamente
trabalhadores da produção de bens e serviços. As Intoxicações Exógenas Ocupacionais
apresentam maiores frequências para as macrorregiões Leste, Sul e Norte (Gráfico 40), sendo
os trabalhadores agropecuários, da construção civil e os agentes de saúde pública os grupos
com maiores frequências.
Foram notificados 590 casos de transtornos mentais relacionados ao trabalho,
com maiores ocorrências nas macrorregiões Leste e Centro-Leste (Gráfico 40) e nas
atividades econômicas de transporte rodoviário e bancário. O adoecimento psíquico
tem sido associado a mudanças no mundo do trabalho, reorganização produtiva, fatores
relacionados à organização do trabalho – especialmente práticas competitivas e autoritárias
na gestão e nas relações de trabalho –, incertezas, desemprego e precariedade, bem como
ao crescimento da violência urbana, no caso de ocupações que lidam com o público e com
valores financeiros.
Os demais ADRT – dermatoses ocupacionais (216 casos), perda auditiva induzida
por ruído (Pair) (127 casos), pneumoconioses (101 casos) e câncer relacionado ao trabalho
(22 casos) (Gráfico 40) – apresentam frequência baixa e não expressam magnitude,
levando em conta o número de trabalhadores expostos aos fatores de risco ocupacionais
associados nas principais atividades produtivas no estado. Destaca-se, por exemplo, o
câncer relacionado ao trabalho, com estimativas de ocorrência populacional variando de
8% a 16%11, mas que teve, no intervalo de 2010 a 2018, pouco mais de duas dezenas
de casos identificados na Bahia. Outro exemplo são as pneumoconioses, patologias
associadas à exposição a poeiras minerais e vegetais, em atividades de mineração, extração
e beneficiamento de pedras, construção civil, agricultura, entre outras, existentes em todas
as regiões do estado, praticamente invisíveis nos registros de saúde. Essa subnotificação
demonstra a fragilidade e a baixa capacidade dos serviços e profissionais de saúde na
identificação da situação de trabalho, suspeita e investigação da relação do adoecimento
dos usuários do SUS com o trabalho.
te
ste
te
te
te
te
l
Su
Su
es
or
es
or
es
es
Le
o
-L
do
-N
N
m
or
ro
ro
Su
tre
N
nt
nt
Ex
Ce
Ce
AT Bio ATG
Câncer relacionado ao Trabalho Dermatoses Ocupacionais
LER/Dort Pair
Pneumoconiose Transtorno Mental
Intoxicação e exposição ocupacional
No período de 2010 a 2018, foram registrados no SIM 1.569 óbitos por causas
externas relacionados ao trabalho, sendo observadas as maiores frequências acumuladas nas
macrorregiões Leste (337), Sul (303) e Sudoeste (240). Do total dos óbitos por acidente de
trabalho, 53% foram de transporte, sendo motorista de caminhão, trabalhador agropecuário e
mototaxista as ocupações habituais mais frequentes. Outras causas externas de traumatismos
acidentais responderam por 41,9% dos acidentes fatais, sendo queda, exposição à corrente
elétrica, radiação e temperatura, bem como às forças mecânicas inanimadas, as causas que
levaram a óbito, na sua maioria, trabalhadores agropecuários e da construção civil. A proporção
de incompletude do campo ocupação nas declarações dos óbitos AT para o período analisado
foi de 31,2%, alto índice de sub-registro que impacta na estimativa da associação de risco entre
os acidentes fatais e as atividades ocupacionais relacionadas.
Segundo dados do MS, o coeficiente de mortalidade por acidente de trabalho
em 2010 (AT) para a região Nordeste foi 2,73 por 100 mil trabalhadores e 7,60 por 100 mil
trabalhadores segurados, com tendência para convergência11. Ao analisar os dados da Bahia,
no período de 2010 a 2017, observa-se também tendência de queda e convergência de
ambos os indicadores, tendo sido obtidos os coeficientes de mortalidade por AT de 2,36 por
78
Revista Baiana 100 mil trabalhadores e 4,50 por 100 mil trabalhadores segurados, no ano de 2017, com
de Saúde Pública uma discreta elevação do último quando comparado com 2016 (Gráfico 41). Apesar da
tendência de queda observada, estima-se que o sub-registro do campo acidente de trabalho
na declaração de óbito (DO) ainda é muito expressivo no SIM, tendo entre suas causas o não
reconhecimento da importância da informação sobre a relação do agravo com o trabalho12. Esse
cenário aponta para importância de consolidar e ampliar, para todos os municípios do estado,
a vigilância epidemiológica dos óbitos por causas externas relacionados ao trabalho, a fim de
garantir melhor qualidade do registro dos dados de AT no SIM e Sinan.
7,00
6,00
5,00
4,00
3,00
2,00
1,00
0,00
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Óbitos SIM 2,70 3,08 3,20 3,46 3,83 3,06 2,79 2,36
Óbitos Previdência 5,70 5,80 5,70 4,80 4,90 4,00 3,70 4,50
Gráfico 41. Coeficiente de mortalidade por acidente de trabalho (por 100 mil
trabalhadores) para o total de trabalhadoras e trabalhadores segurados da Previdência
Social. Bahia, 2010-2017
Fonte: IBGE, 2019; Ministério da Economia, 2019; SIM, Divast, Divep/Suvisa/Sesab, 2019
Município
290070 ALAGOINHAS
290320 BARREIRAS
290520 CAETITÉ
290570 CAMAÇARI
290840 CONCEIÇÃO DO COITÉ
290180 FEIRA DE SANTANA
291470 ITABERABA
291480 ITABUNA
Cerest Regional
291750 JACOBINA
Cerest Estadual 291800 JEQUIÉ
291840 JUAZEIRO
292740 SALVADOR
292870 SANTO ANTÔNIO DE JESUS
293135 TEIXEIRA DE FREITAS
293330 VITÓRIA DA CONQUISTA
80
Revista Baiana 3500 3280 3304
de Saúde Pública 3032
3000 2883
2000
1538
1500
1000
500
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
4000
3667
3500
3500 3328
2926
3000
2649 2694
2417 2351 2374
2500
2000
1563
1500
1000
500
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
50
40
30
20
10
0
Centro- Centro- Extremo Leste Nordeste Norte Oeste Sudoeste Sul
Leste Norte Sul
Hemoterapia 7 2 3 43 5 4 7 5 7
TRS 6 2 2 16 2 3 1 5 4
Hospital com leito UTI 10 1 6 45 4 3 1 9 10
Terapia Antineoplástica 5 0 1 29 0 2 0 5 7
82
Revista Baiana
de Saúde Pública
Não inspecionados 3 1 2 21 3 4 3 3 4
Inspecionados 4 1 1 22 2 0 4 2 3
Gráfico 47. Número de hospitais com leitos de UTI inspecionados, por macrorregião
de saúde. Bahia, 2018
Fonte: Divisa/Suvisa/Sesab, 2019
84
Revista Baiana Com relação às ações de vigilância sanitária na área de serviços de interesse à saúde,
de Saúde Pública destaca-se a regulação das indústrias de produtos, como medicamentos, insumos farmacêuticos,
produtos para saúde e higiene pessoal, saneantes e cosméticos e banco de células e tecidos.
O Gráfico 49 apresenta o quantitativo de indústrias de interesse da saúde inspecionadas em 2018.
Serviço de esterilização 2
Produto para saúde 1 5
Gás Medicinal 6
Saneantes 13 17
Cosméticos 16 12
Insumo Farmacêutico 3 4
Medicamentos 4
Banco de células e tecidos 5
0 5 10 15 20 25 30 35
Não inspecionados Inspecionados
774
539
365
237 229
198
154
108 115
77
3035
2515
2415
2326
2101
1664
1325
1206
1048
888
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
e Evento adverso é entendido como qualquer efeito não desejado em humanos decorrente do uso de produto sob
vigilância sanitária.
f Queixa técnica é entendida como qualquer notificação de suspeita de alteração/irregularidade de um produto/
empresa relacionada a aspectos técnicos ou legais, que poderá ou não causar danos à saúde individual e coletiva.
86
Revista Baiana
de Saúde Pública
1099
989
682 678
88
Revista Baiana através da vigilância ativa e prospectiva das infecções; implementação e monitoramento das
de Saúde Pública práticas de prevenção e controle realizadas pelos profissionais; envio à Visa das notificações
das IRAS, resistência microbiana e autoavaliação das ações, com foco na qualidade da
assistência e controle das infecções, conforme legislação federal e estadual.
71
65 66 66
57,6 58,3 59,8 60,5
56 57
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
76,3 79
23,4 23
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Gráfico 54. Percentual de hospitais com leitos de UTI com comissões de controle de
infecção hospitalar atuantes. Bahia, 2009-2018
Fonte: Divisa/Suvisa/Sesab, 2019
86
72
57
47
5 6
Dos 89 hospitais com leito de UTI, apenas três não têm implantado o Nesp:
um na macrorregião Nordeste (consórcio), um na Extremo Sul (público municipal) e um na
Sudoeste (público municipal).
Em 2018, somente 50,84% dos municípios desenvolvendo ações básicas de
vigilância sanitária alcançaram a meta pactuada (Gráfico 57). Isso é decorrente de um conjunto
de fatores, entre eles, a gestão do sistema municipal de saúde na conformação da Visa no que
se refere à estrutura física e legal, equipe técnica e insuficiência de recursos materiais para
realização das ações básicas, além da redução acentuada do quadro de pessoal em âmbito
regional para realizar as ações de monitoramento e assessoramento técnico aos municípios.
90
Revista Baiana 45 45
de Saúde Pública
10 10 9 8 10 10
6 5
4 3 3 3
1 1 1 1
te
te
ste
ste
te
te
ste
l
Su
Su
es
es
or
es
Le
de
de
o
-L
-L
O
N
m
or
Su
ro
ro
tre
N
nt
nt
Ex
Ce
Ce
58,51
50,84
47,96 45,56
37,41 39,33
92
Revista Baiana
de Saúde Pública
51,1
47,3 46,5
40
38,2
35,3
Município
290070 Alagoinhas 291560 Itamaraju
290195 Apuarema 291650 Itapicuru
290290 Barra do Choça 291735 Jaborandi
290320 Barreiras 291750 Jacobina
290650 Candeias 291760 Jaguaquara
290682 Canudos 291800 Jequiê
290687 Capim Grosso 291840 Juazeiro
290710 Carinhanha 291870 Lafaiete Coutinho
291955 Luis Eduardo Magalhães
290810 Cocos
292020 Malhada
290820 Conceição da Feira
292040 Manoel Vitorino
290910 Coribe
292050 Maracás
290930 Correntina 292120 Miguel Calmon
291110 Formosa do Rio Preto 292170 Morro do Chapéu
291170 Guanambi 292190 Mucugê
291220 Ibicoara 292530 Porto Seguro
291390 Ipiaú 292593 Quixabeira
291465 Itabela 292620 Riachão das Neves
291470 Itaberaba 292890 São Desidério
291510 Itagi 293020 Sento Sé
293330 Vitória da Conquista
291520 Itagibá
291535 Itaguaçu da Bahia
291550 Itajuípe
94
Revista Baiana e mercúrio (Candeias, Itaparica, Salvador, Santo Amaro, São Francisco do Conde, Saubara,
de Saúde Pública Simões Filho e Vera Cruz) (Figura 2).
120
100
80
60
40
20
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Centro-Leste 15 8 10 19 35 32 40 23 15 17
Centro-Norte 7 11 9 5 7 18 5 7 6 15
Extremo Sul 10 3 2 9 13 13 19 10 23 41
Leste 0 1 16 54 105 69 33 20 19 19
Nordeste 3 2 8 6 8 7 2 5 2 11
Norte 25 28 49 36 38 40 39 29 41 33
Oeste 9 28 14 15 11 16 18 32 9 23
Sudoeste 19 22 29 17 12 16 27 18 21 38
Sul 2 7 15 19 24 21 23 25 41 49
Gráfico 60. Casos notificados de intoxicação exógena por substância química (agrotóxico
de uso em saúde pública), segundo macrorregião de saúde. Bahia, 2009-2018*
* Dados preliminares com informações processadas até 26 de agosto de 2019.
Fonte: Sinan, Divep/Suvisa/Sesab, 2019
60
40
20
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Legenda: NE: não especificadas; IND: intenção não determinada; PQ: produtos químicos; SN: substâncias nocivas.
No período 2008 a 2018, foram registrados no SIM 205 casos de óbito devido
à intoxicações por agrotóxicos (envenenamento por exposição a pesticidas, intenção não
determinada – CID Y18), mais da metade deles na macrorregião Leste, seguida da Centro-Leste,
Sudoeste e Sul. Estima-se que esse número seja bem maior, considerando as dificuldades e
fragilidades da rede de atenção e vigilância em saúde para diagnóstico, notificação e investigação
desses eventos. Além da rede de serviços de saúde, também contribuem para essa invisibilidade
a baixa capacidade de investigação e esclarecimento dos casos nos serviços de medicina legal
(Tabela 9).
Ano
Macrorregião de Saúde Total
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Centro-Leste 2 4 2 - 1 2 4 1 2 - 1 19
Centro-Norte 2 - - - - - - - - - - 2
Extremo Sul - 1 - 1 1 - 1 - - - - 4
Leste 11 5 16 21 17 13 14 12 9 7 3 128
Nordeste - - - - 2 - - 1 - - - 3
96
Revista Baiana Tabela 9. Óbitos por intoxicação por agrotóxicos, por macrorregião de saúde.
de Saúde Pública Bahia, 2008-2018
(continuação)
Ano
Macrorregião de Saúde Total
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Norte - 1 - - - 2 - 1 - - 1 5
2
Oeste - - - 1 - - - - 2 1 6
Sudoeste 4 2 3 - 2 1 1 1 - - 4 18
Sul 2 1 2 2 1 1 - - - - 3 12
Ignorado – BA 2 - 1 - 1 2 1 1 - - - 8
Total 23 14 24 26 26 21 21 17 11 9 13 205
Fonte: SIM, Divep/Suvisa/Sesab, 2019
Jequié
Bom Jesus da Lapa
Guanambi
Brumado Porto Seguro
98
Revista Baiana No que se refere aos LVQA, as 11 unidades descentralizadas estão localizadas em
de Saúde Pública Salvador (Lacen Municipal), Feira de Santana (atende 59 municípios), Alagoinhas 34 municípios),
Santo Antônio de Jesus (37 municípios), Teixeira de Freitas (21 municípios), Serrinha (29
municípios), Brumado (43 municípios), Vitória da Conquista (57 municípios), Senhor do Bonfim
(8 municípios), Barreiras (37 municípios) e Ilhéus (30 municípios), totalizando 355 municípios
no estado. A gestão desses laboratórios é estadual e, em geral, estão localizados na sede dos
Núcleos Regionais de Saúde (NRS) (Mapa 8).
Senhor do Bonfim
Serrinha
Alagoinhas
Barreiras
Feira de Santana
Salvador
Santo Antônio de Jesus
Ilhéus
Ausência
Vitória da Conquista
Teixeira de Freitas
Presença
100
Revista Baiana que é 90%. Esse indicador expressa o acesso da população à assistência à saúde e aos meios
de Saúde Pública diagnósticos, assim como permite a avaliação da qualidade das informações aportadas no SIM.
88,0
87,7
87,5 87,4
87,3
87,2 87,1
87,0
87,0
86,7 86,7
86,5 86,4
86,0
85,5
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
No ano de 2017 foram registrados 91.512 óbitos no estado da Bahia. A taxa bruta
de mortalidade (por mil habitantes) foi 5,1 em 2009, passando para 6 em 2017.
A análise proporcional dos principais grupos de causas de mortalidade revela que
as doenças do aparelho circulatório (DAC) representaram o grupo de mortes mais registradas
na última década, com 24,2% do total de óbitos em 2017. No que se refere à tendência da
mortalidade por DAC na população baiana nessa última década, observa-se estabilização e
declínio (Gráfico 63), padrão também observado nacionalmente.
As mortes por causas externas são o segundo grupo com maior relevância nas
causas de morte na Bahia, dentre os principais grupos de causas e contribuiu com 15,2% do
total de óbitos em 2017 (Gráfico 63).
As neoplasias tiveram um incremento de 16,1%, passando de 11,9% do total dos
óbitos, em 2009, para 13,8% em 2017, assumindo a terceira posição no grupo de causas de
morte no estado. O segundo maior crescimento proporcional foi apresentado pelas doenças
endócrinas (incremento de 10% em todo período), passando de 7,1% para 7,8% das mortes
em 2017. Com menor participação proporcional, mas não menos importante, observam-se as
doenças do aparelho respiratório, com 7,4% dos óbitos em 2009 e 7,5% em 2017, apresentando
discreta tendência de elevação (1,3%) (Gráfico 63).
A distribuição dos óbitos por macrorregiões de saúde, no período de 2009 a 2017,
está concentrada naquelas que reúnem municípios com maior número de habitantes. Dessa
30,0
25,0
20,0
86,0
10,0
5,0
0,0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Doenças do
24,9 24,9 24,7 24,6 24,4 24,5 24,2 23,3 24,2
aparelho circulatório
Causas externas 15,7 15,9 15,3 16,5 15,4 15,6 14,7 15,6 15,2
Neoplasias 11,9 12,0 12,3 12,5 12,8 12,9 12,9 13,3 13,8
Causas mal definidas 13,6 13,0 13,3 12,7 12,3 12,8 12,9 13,3 12,6
Doenças do aparelho
7,4 7,4 7,7 7,5 7,9 7,6 8,3 8,1 7,5
respiratório
Doenças endócrinas 7,1 7,0 7,3 7,2 7,5 7,5 7,6 7,2 7,8
102
Revista Baiana 60,0
de Saúde Pública
50,0
30,0
20,0
10,0
0,0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Doenças cerebrovascular 42,4 45,6 45,7 47,7 43,9 42,8 45,6 43,6 44,7
Doenças isquêmicas do coração 30,0 34,5 33,3 33,8 32,5 35,9 36,0 34,5 39,0
Infarto agudo do miocárdio 26,7 39,8 29,0 29,3 28,1 30,3 30,5 29,4 33,1
200,0
180,0
Taxa/100.000 habitantes
160,0
140,0
120,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Centro- Centro- Extremo
Leste Nordeste Norte Oeste Sudoeste Sul Bahia
Leste Norte Sul
2009 127,3 122,8 130,0 123,5 140,2 98,7 97,2 131,6 146,5 126,1
2017 134,8 173,7 168,2 138,5 144,1 134,8 116,8 158,1 155,9 144,6
140,0
120,0
Taxa/100.000 habitantes
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Centro- Centro- Extremo Leste Nordeste Norte Oeste Sudoeste Sul
Leste Norte Sul
2009 68,5 53,3 111,3 92,4 72,1 57,8 58,0 62,1 83,5
2017 85,2 84,8 115,6 99,5 84,7 67,3 82,8 70,9 96,3
104
Revista Baiana 50,0
de Saúde Pública 45,0
70,0
60,0
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
Centro- Centro- Extremo
Leste Nordeste Norte Oeste Sudoeste Sul
Leste Norte Sul
2009 22,6 13,4 64,3 53,7 33,1 23,1 4,5 20,6 42,6
2017 29,1 36,4 66,1 56,4 44,7 30,8 32,5 28,1 54,5
6,0
Taxa por 100 mil habitantes
5,1
5,0
4,6 4,5 4,6
4,0
3,8 3,6
3,0
2,4
2,0
1,0
0,0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Gráfico 69. Taxa de mortalidade por acidentes com motociclista. Bahia, 2009-2017*
* Dados preliminares
Fonte: SIM, Divep/Suvisa/Sesab, 2019
12,0
Taxa por 100 mil habitantes
10,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
Centro- Centro- Extremo
Leste Norte Sul Leste Nordeste Norte Oeste Sudoeste Sul
2009 1,4 5,2 1,7 1,4 4,9 2,9 1,4 4,0 2,7
2017 4,1 11,4 4,9 2,4 8,0 5,6 5,2 5,5 3,7
106
Revista Baiana Das nove macrorregiões de saúde do estado, sete (77,8%) apresentaram elevação
de Saúde Pública nas taxas de mortalidade por acidente de trânsito e duas decréscimo: Sudoeste (-12,4%) e Sul
(-9,8%) (Gráfico 71).
30,0
Taxa por 100 mil habitantes
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
Centro- Centro- Extremo
Leste Nordeste Norte Oeste Sudoeste Sul
Leste Norte Sul
2009 11,7 14,1 18,3 7,8 15,9 13,4 6,7 20,7 16,2
2017 13,8 21,3 18,8 8,7 21,8 18,6 24,4 18,1 14,6
Outro agravo incluído no grupo das causas externas é a agressão por arma de
fogo, que predomina em comparação com outros meios ou agentes utilizados pelo agressor
contra a vítima. A taxa de mortalidade por homicídios por armas de fogo alcançou 35,4 óbitos
por 100 mil habitantes no ano de 2017, o que representou crescimento de 18,4%, em relação
a 2009, quando essa taxa foi de 29,9 (Gráfico 72).
40
Taxa por 100 mil habitantes
35,7 35,4
35 32,5
31,8
29,9 31,0
29,7 30,1
28,5
30
25
20
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
100
90
80
70
Taxa por 100 mil habitantes
60
50
40
30
20
10
0
Centro- Centro- Extremo
Leste Nordeste Norte Oeste Sudoeste Sul
Leste Norte Sul
2009 57,1 43,2 52,8 74,4 58,6 42,4 32,9 59,2 61,1
2017 72,4 79,6 78,7 100,0 68,8 71,3 50,4 84,1 77,6
108
Revista Baiana 160
de Saúde Pública 140
Taxa por 100 mil habitantes
120
100
80
60
40
20
0
Doença do Doenças do Doenças Doenças do
Doenças Causas
aparelho Neoplasias aparelho infecciosas e aparelho
endócrinas externas
circulatório respiratório parasitas digestivo
2009 124,5 55,1 38,3 34,6 21,5 20,2 16,6
2017 138,3 75,3 49,0 43,4 25,4 21,0 20,5
14
12
Taxa por 100 mil habitantes
10
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Mama 7,8 9,1 9,7 9,7 10,5 10,1 11,3 11,0 12,7
Traqueia, brônquios
e pulmões 4,4 4,3 4,9 5,0 5,0 5,8 5,5 5,8 6,5
Colo do útero 4,4 4,2 4,8 4,5 4,9 5,1 4,6 4,9 5,7
Estômago 3,1 3,8 3,7 4,2 3,3 3,8 3,9 3,7 4,0
Fígado 2,9 2,7 3,1 3,1 3,0 3,2 3,5 3,9 3,8
10
8
Taxa por 100 mil habitantes
0
Centro- Centro- Extremo
Leste Nordeste Norte Oeste Sudoeste Sul
Leste Norte Sul
2009 3,4 2,2 2,1 6,1 2,7 2,2 2,1 2,4 4,1
2017 4,8 5,4 4,7 9,5 5,7 5,3 4,0 5,0 5,8
Gráfico 76. Taxa de mortalidade por câncer de mama feminino, segundo macrorregião
de saúde. Bahia, 2009 e 2017*
* Dados preliminares
Fonte: SIM, Divep/Suvisa/Sesab, 2019
110
Revista Baiana 180
20
Taxa por 100 mil habitantes
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Próstata 12,6 14,6 14,8 14,9 14,9 14,7 16,3 16,4 17,5
Traqueia, brônquios e pulmões 7,0 6,9 7,2 7,2 7,0 8,0 8,1 8,1 9,3
Estômago 5,3 6,3 6,5 6,1 5,9 6,4 5,7 6,2 6,7
Esôfago 4,1 4,6 4,4 4,6 4,9 4,9 4,9 5,4 5,8
Fígado 3,5 3,8 3,7 4,6 4,1 3,9 4,4 4,3 4,9
Pâncreas 2,1 2,2 2,7 2,4 2,7 2,9 2,6 3,3 3,6
25
Taxa por 100 mil habitantes
20
15
10
0
Centro- Centro- Extremo
Leste Norte Sul Leste Nordeste Norte Oeste Sudoeste Sul
2009 15,8 11,5 9,8 11,6 15,3 8,9 5,5 15,7 14,4
2017 15,7 19,4 17,5 18,7 17,3 16,7 11,1 18,1 19,6
290
285 285,25
Taxa por 100 mil habitantes
280
275 273,92
272,69
270 270,33
265,66 267,44
265 264,19
264,31
260
255
250
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Gráfico 80. Taxa de mortalidade prematura (abaixo dos 70 anos) por doenças
crônicas não transmissíveis selecionadas. Bahia, 2009-2017*
* Dados preliminares
Fonte: SIM, Divep/Suvisa/Sesab, 2019
112
Revista Baiana 3.3.6.1 Perfil da mortalidade materna
de Saúde Pública No estado da Bahia, a razão de mortalidade materna por 100 mil nascidos vivos
passou de 91,6 óbitos em 2009 para 65,6 em 2017 (-28,5%) (Gráfico 81). Esse número ainda
está aquém do esperado, considerando que a OMS estabelece como aceitável a razão de
mortalidade materna (RMM) de até 20 óbitos por 100 mail nascidos vivos.
A redução da mortalidade materna é reconhecida como a principal prioridade da
agenda estadual de saúde, refletindo o seu reconhecimento como problema social e político.
No estado da Bahia, o Decreto nº 10.263/2007, incluiu o óbito materno entre os eventos de
notificação compulsória e investigação imediata em todo território baiano.
100 91,6
90
Taxa por 100 mil novos nascimentos
77,6 79,1
80 72,8 73,8
70,6
66,5 65,6
70
59,5
60
50
40
30
20
10
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Direta 49,9 45,2 40,9 46,6 51,1 52,3 43,4 39,0 45,0
Indireta 38,0 31,1 26,9 23,3 25,1 18,1 20,7 17,5 17,6
Gráfico 82. Razão de mortalidade materna por causas obstétricas diretas e indiretas.
Bahia, 2009-2017*
* Dados preliminares
Fonte: SIM, Divep/Suvisa/Sesab, 2019
160
Razão por 100 mil novos nascimentos
140
120
100
80
60
40
20
0
Centro- Centro- Extremo Leste Nordeste Norte Oeste Sudoeste Sul
Leste Norte Sul
2009 83,3 115,2 109,8 73,8 148,6 75,8 92,8 100,3 81,1
2017 71,9 51,3 69,0 66,4 37,3 87,0 68,1 56,0 65,3
114
Revista Baiana 20
de Saúde Pública 18
16
nascimentos
12
10
8
6
4
2
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
< 7 dias 10,8 11,0 10,2 10,3 10,4 9,7 9,3 9,5 9,3
7-27 dias 2,5 2,3 2,3 2,4 2,2 2,3 2,0 2,4 2,1
28d-11 meses 5,5 4,8 4,3 4,4 4,5 4,5 3,9 4,1 3,6
< 1 ano 18,8 18,2 16,8 17,1 17,1 16,5 15,3 16,0 15,1
Gráfico 84. Taxa de mortalidade infantil, segundo faixa etária. Bahia, 2009-2017*
* Dados preliminares
Fonte: Sinasc, SIM, Divep/Suvisa/Sesab, 2019
116
Revista Baiana O organograma da Sesab já incorpora as mudanças ocorridas após a reforma
de Saúde Pública administrativa de 2014, que criou as assessorias de planejamento e gestão (APG), as coordenações
de controle interno (CCI), a Corregedoria de Saúde, a Central de Aquisição e Contratação de
Saúde, a Coordenação de Gestão de Sistemas de Tecnologias de Informação e Comunicação
na Saúde, a Coordenação Executiva de Infraestrutura da Rede Física e a Coordenação de
Monitoramento de Prestação de Serviços de Saúde, todas criadas pela Lei nº 13.201/2014.
Outro destaque de fundamental importância para a estrutura da gestão da saúde
na Bahia foi a criação da Escola de Saúde Pública da Bahia Professor Jorge Novis (ESPBA),
instituída pelo Decreto nº 19.001/2019, tendo a competência de qualificar servidores públicos
estaduais e municipais, bem como e trabalhadores de saúde, em um espaço para formar
pessoas e produzir conteúdo que possa ser utilizado na RAS, bem como nas escolas do estado
que possuem cursos técnicos na área.
v.44,supl.1,p.116-128
jan./mar. 2020 117
4.2 MISSÃO, VISÃO E VALORES DO SUS-BA
MISSÃO
Assegurar o direito à saúde da população no âmbito do estado da Bahia
VISÃO
Ser reconhecida pela sociedade por promover o acesso universal,
oportuno e resolutivo para as ações e serviços de saúde
VALORES
Atenção integral e humanizada – Gestão democrática e participativa –
Transparência – Solidariedade nas ações interfederativas
Alagoinhas
Barreiras
Brumado
Camaçari
Cruz das Almas
Feira de Santana
Guanambi
Ibotirama
Ilhéus
Irecê
Itaberaba
Itabuna
Itapetininga
Jacobina
Jequié
Juazeiro
Paulo Afonso
Porto Seguro
Ribeira do Pombal
Salvador
Santa Maria da Vitória
Santo Antônio de Jesus
Seabra
CONTORNO Senhor do Bonfim
Núcleos Regionais Serrinha
Região de Saúde Teixeira de Freitas
Terr. Identidade Valença
Dires Vitória da Conquista
Para cada uma das nove macrorregiões de saúde, existem Núcleos Regionais de
Saúde (NRS), com área geográfica adscrita, conforme descrito a seguir.
118
Revista Baiana NRS Norte: formado por 28 municípios. Total de 1.099.545 habitantes, com sede na cidade
de Saúde Pública de Juazeiro.
NRS Centro-Leste: formado por 72 municípios. Total de 2.263.626 habitantes, com sede na
cidade de Feira de Santana.
NRS Centro-Norte: formado por 38 municípios. Total de 826.099 habitantes, com sede na
cidade de Jacobina.
NRS Extremo Sul: formado por 21 municípios. Total de 833.307 habitantes, com sede na cidade
de Teixeira de Freitas.
NRS Leste: formado por 48 municípios. Total de 4.763.189 habitantes, com sede na cidade
de Salvador.
NRS Nordeste: formado por 33 municípios. Total de 876.085 habitantes, com sede na cidade
de Alagoinhas.
NRS Oeste: formado por 37 municípios. Total de 959.610 habitantes, com sede na cidade
de Barreiras.
NRS Sudoeste: formado por 73 municípios. Total de 1.812.416 habitantes, com sede na cidade
de Vitória da Conquista.
NRS Região Sul: formado por 67 municípios. Total de 1.692.494 habitantes, com sede na
cidade de Ilhéus.
A Auditoria, como instrumento de gestão no contexto do SUS, é um órgão
constituído para agregar valor e aprimorar os processos da gestão pública. Mediante abordagem
sistemática e disciplinada, constitui-se como terceira linha de defesa da organização13. Portanto,
é um dos instrumentos de controle interno que tem por base a identificação, a avaliação e o
gerenciamento de riscos que podem acometer a consecução dos objetivos estabelecidos pelo
poder público, expressos no PPA, no PS e na Programação Anual de Saúde (PAS). A Auditoria
se estrutura de modo descentralizado, por meio dos componentes do Sistema Nacional de
Auditoria (SNA). No contexto estadual, as atividades são implementadas pela Auditoria SUS-
BA, componente estadual do SNA, instituído em 1995 por meio da Lei nº 6812/1995 e
regulamentada pelo Decreto nº 7884/2000.
A Ouvidoria SUS-BA, criada por meio da Portaria nº 775/2004, compõe a
estrutura da Sesab e tem por missão ser referência em ouvidoria pública de saúde, enquanto
canal de comunicação e articulação entre o cidadão e o gestor, auxiliando no controle social
e atuando como ferramenta efetiva para aperfeiçoamento da gestão e fortalecimento do SUS.
Visa assegurar ao cidadão a oportunidade de participar da gestão de políticas públicas da saúde,
v.44,supl.1,p.116-128
jan./mar. 2020 119
através de sugestões, solicitações, reclamações, informações, denúncias e elogios, contribuindo
para melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo SUS em nosso estado.
A Ouvidoria atualmente abrange uma rede composta de 75 Ouvidorias e
trabalha respaldada na Constituição Federal e nos princípios e diretrizes do SUS, buscando
a descentralização do serviço e formação da rede de ouvidorias, o que propicia maior
acesso ao cidadão na busca por seus direitos. Nesse contexto, encontram-se a ampliação e a
implementação da rede, acompanhando e monitorando as ouvidorias nos núcleos regionais,
grandes hospitais da rede própria, centros de referência, policlínicas, unidades de emergência,
maternidades e secretarias municipais de saúde. Essa rede de ouvidorias é formada por unidades
distribuídas da seguinte forma: onze hospitais estaduais, um hospital universitário, um hospital
regional municipal, três maternidades, quatro centros de referência (Cican, Creasi Cepred e
Cedap), Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba), Fundação Estatal Saúde
da Família (Fesf), Lacen, nove macrorregiões, 12 policlínicas regionais de saúde, duas unidades
de emergência e 30 municípios.
A Corregedoria da Saúde (CGS), criada pela Lei nº 13.204/2014, tem a finalidade
de acompanhar, controlar, avaliar e apurar a regularidade da atuação funcional e da conduta dos
servidores da Sesab, em estreita articulação com o órgão central do Sistema de Correição Estadual.
A CGS, além de desenvolver ações de fiscalização e controle da atuação dos
servidores públicos, produz informações estratégicas para a gestão estadual, necessárias ao
processo de tomada de decisão e de formulação de políticas na área de pessoal. O saneamento
de irregularidades e desvios funcionais, apuração de abandono de cargo, economia em
pagamentos indevidos, qualificação do gasto público e a mudança cultural ratificam a
importância da ampliação das atividades da CGS.
A Corregedoria da Saúde é um canal importante para recebimento de denúncias
referentes a assuntos de natureza correcional.
120
Revista Baiana • Comissão Intergestores Tripartite (CIT): é integrada por membros do MS,
de Saúde Pública dos estados e dos municípios, estes dois últimos indicados pelo Conass e
Conasems, respectivamente;
No estado da Bahia, a CIB foi criada pela Sesab, conforme Portaria nº 2.094/1993.
Trata-se de uma instância de caráter deliberativo no âmbito estadual, com base nas decisões
tomadas em consenso e de caráter consultivo para a CIT, quando se referir às questões que
envolvem outros estados. Tem por finalidade pactuar a organização e o funcionamento das
ações e serviços de saúde integrados em redes de atenção.
Desde a sua criação, a CIB-BA é composta por cinco membros titulares e seus
respectivos suplentes, que representam a Sesab e são indicados pelo secretário da Saúde
do estado, além de cinco membros titulares e seus respectivos suplentes, representando os
secretários municipais de saúde, na forma recomendada pelo Estatuto do Cosems-BA.
Em 2011, o Decreto nº 7.508/2011 reforçou a regionalização e o processo de
planejamento da saúde integrado e regionalizado, mantendo as comissões intergestores já
existentes e criando as CIR, na perspectiva de que elas fossem o lócus privilegiado das pactuações
e da governança do território regional. No estado da Bahia, substituindo o Colegiado de Gestão
Microrregional (CGMR), existente desde 2012, foram implantadas CIR em cada uma das 28
regiões de saúde definidas no PDR.
O CES-BA, órgão deliberativo e fiscalizador, em caráter permanente – criado pela
Lei nº 6.074, de 22 de maio de 1991 (em conformidade com as disposições estabelecidas na
Lei Federal nº 8.080, de 19 de setembro de 1990; na Lei Federal nº 8.142, de 28 de dezembro
de 1990; e no Decreto nº 684, de 18 de novembro de 1991), e modificado pelos Decretos
nº 1.314, de 1 de julho de 1992; nº 7.274, de 8 de abril de 1998; nº 7.415, de 18 de agosto
de 1998; nº 7.546, de 25 de março de 1999; e nº 8.392, de 12 de dezembro de 2002, cujas
decisões são homologadas pelo governo do estado ou seu preposto legalmente autorizado –
foi instalado no estado em 21 de julho de 1993.
v.44,supl.1,p.116-128
jan./mar. 2020 121
O colegiado do SUS é um espaço público de composição plural e paritária entre
estado e sociedade civil, que tem por finalidade atuar na formulação de estratégias e propostas,
bem como no controle da execução do PES, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros.
Com as atribuições apresentadas, torna-se o principal canal de participação popular no âmbito
da gestão estadual.
122
Revista Baiana que dispõem sobre a Política Nacional de Sangue e Hemoderivados, e do Decreto Federal
de Saúde Pública nº 7.508/2011, que regulamenta a Lei nº 8.080/1990.
Todos os procedimentos técnicos executados pela Hemoba relacionados ao
ciclo do sangue (captação de doadores, registro, triagem clínica, coleta, triagem laboratorial,
processamento, armazenamento, distribuição, transporte, transfusão, controle de qualidade dos
componentes sanguíneos, insumos críticos, processos e descarte de resíduos) são regulamentados
pela Portaria de Consolidação GM/MS nº 5/2017 e norteados pela RDC nº 34/2014 da Anvisa
(e suas alterações), de modo a atender as necessidades da população com a distribuição de
sangue seguro e a captação e cadastro de candidatos à doação de medula óssea, compondo o
Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).
A atual estrutura funcional da Hemorrede Pública Estadual é composta
pelo conjunto de 29 unidades que prestam serviços na área de hematologia e
hemoterapia à população no estado da Bahia, organizadas de forma hierarquizada e
regionalizada, de acordo com o nível de complexidade das funções que desempenham
e com a área de abrangência para assistência à população baiana, conforme Artigo 3º
da RDC nº 151/2001.
Nesse sentido, as 29 unidades que compõem a Hemorrede Pública da Bahia
estão distribuídas em todas as nove macrorregiões de saúde do estado da seguinte forma: um
hemocentro coordenador (HC), situado na capital – Salvador; dois hemocentros regionais (HR),
situados nos municípios de Barreiras e Eunápolis; dezoito unidades de coleta e transfusão (UCT),
localizadas nos municípios de Alagoinhas, Brumado, Camaçari, Feira de Santana, Guanambi,
Irecê, Itaberaba, Itapetinga, Jacobina, Jequié, Juazeiro, Paulo Afonso, Ribeira do Pombal, Santo
Antônio de Jesus, Seabra, Senhor do Bonfim, Teixeira de Freitas e Vitória da Conquista; e oito
unidades de coleta (UC), sendo três unidades fixas em Salvador – SAC/Cajazeiras, Hospital do
Subúrbio, Hospital Santo Antônio/OSID; uma unidade fixa em Valença; e quatro unidades
móveis (“Hemóveis”), conforme demonstra o Mapa 10.
v.44,supl.1,p.116-128
jan./mar. 2020 123
Macrorregião Norte – 3 UCT
Macrorregião Oeste – 1 HR
Macrorregião Centro-Norte – 2 UCT
Macrorregião Centro-Leste – 3 UCT
Macrorregião Nordeste – 2 UCT
Macrorregião Leste – 1 HC, 2 UCT e 7 UC
Macrorregião Sudoeste – 4 UCT
Macrorregião Sul – 1 UCT e 1 UC
Macrorregião Extremo Sul – 1HR e 1 UCT
124
Revista Baiana a produção, além de medicamentos e insumos, também de cosméticos, alimentos e produtos
de Saúde Pública para a saúde, a exemplo de equipamentos médicos. Essa ampliação de atividades está em
consonância com a atual política do MS e com a política industrial do país, sintetizada no Plano
Brasil Maior que, no setor Saúde, significa o fortalecimento do complexo produtivo e industrial
da saúde. Nessa perspectiva, a implementação de parcerias de desenvolvimento produtivo
envolvendo incorporação de tecnologia almeja proporcionar ao país a independência e o
domínio tecnológico de uma área até então inacessível à indústria nacional, além de possibilitar
a instalação de um novo produtor público no mercado da saúde e democratizar o acesso dos
usuários do SUS a medicamentos e ao desenvolvimento tecnológico.
v.44,supl.1,p.116-128
jan./mar. 2020 125
e, dessa forma, assegurar que as questões de pesquisa sejam coerentes com os problemas de
saúde da população e o PES. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado Bahia (Fapesb)
é a principal parceira da Sesab nessa ação, apoiando diretamente na elaboração, publicação e
acompanhamento dos editais de pesquisa, voltados para a temática.
A Revista Baiana de Saúde Pública (RBSP), publicação periódica institucional da Sesab,
criada em 1974 pela Portaria nº 210, é um importante veículo de divulgação da produção técnico-
científica na Bahia e no Nordeste para o setor da saúde, com periodicidade trimestral. A missão
precípua desse periódico é publicar contribuições sobre aspectos relacionados aos problemas de
saúde da população e sobre a organização dos serviços e sistemas de saúde e áreas correlatas.
O periódico, que circula por todos os estados do Brasil, além de países da
América Latina e da Europa, está incluído na base de dados Lilacs por meio do Sistema
FI-Admin, implantado pela Bireme em 2003. Em 2012, a revista passou a ser eletrônica,
por meio do Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (Seer), do Instituto Brasileiro de
Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), do Ministério de Ciência e Tecnologia. Seguindo o
princípio de democratização mundial do conhecimento, a revista oferece acesso livre imediato
ao seu conteúdo, disponibilizando gratuitamente o conhecimento científico ao público.
Outro avanço que vem sendo desenvolvido pela área de Modernização Administrativa
da Sesab é a implantação do AGHUse, sistema de gestão hospitalar utilizado pelo Hospital das
Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e cedido à Sesab, que permite registrar processos administrativos,
assistenciais e de apoio de forma integrada. Com ele é possível padronizar as práticas das unidades
de saúde e acompanhar o desdobramento das atividades em tempo real através de indicadores.
O AGHUse é um sistema completo e moderno, desenvolvido dentro de padrões
internacionais de qualidade e segurança de software, que possui prontuário eletrônico e todos
os módulos para gestão clínica e administrativa para uma unidade de saúde. O modelo de
gestão abrange processos, ações administrativas, controles operacionais, fluxos de trabalho e
análises de informações e indicadores, buscando melhorar a eficiência operacional, econômica
e administrativa da unidade de saúde.
A adoção desse sistema e sua implementação possibilitará o gerenciamento,
nas unidades hospitalares, do atendimento realizado à população e dos fluxos de processos
assistenciais e administrativos de modo tempestivo.
126
Revista Baiana aproximar os serviços de saúde da população que mais precisa. Para tanto, já implantou
de Saúde Pública quatorze policlínicas regionais de saúde e, até o final da gestão, deverá implantar mais dez
novas policlínicas.
A ênfase na implantação das policlínicas tem por escopo contribuir com os
municípios, garantindo a oferta de serviços de média e alta complexidade, fortalecendo a
atenção básica, o seguimento da assistência em serviços que realizem diagnóstico e tratamento
em ambiente ambulatorial e, se necessário, o atendimento de alta complexidade. Essa estratégia
aumenta as chances de cura da doença em estágios iniciais, evitando a hospitalização e as
possíveis sequelas do tratamento tardio. Por outro lado, além do aspecto da economicidade,
com a diminuição da procura de internação e procedimentos que a exigem maior tecnologia
em equipamentos médicos, há o valor social da qualidade de vida da população.
Para viabilizar e dar dinâmica a essa nova estruturação, no ano de 2015 iniciou-se
a implantação de consórcios interfederativos de saúde, em consonância com o compromisso
de descentralizar a gestão e execução das ações e serviços de saúde com caráter regional.
Essa forma de integrar as esferas de governo, normatizada pela Lei Federal nº 11.107/2005 e
regulamentada pelo Decreto nº 6.017/2007, no caso da saúde, deve ter alinhamento com as
políticas e diretrizes do SUS por meio das Leis nº 8.080 e 8.142, de 19 de setembro de 1990,
regulamentadas pelo Decreto nº 7.508/2011.
A Fundação Estatal Saúde da Família (Fesf-SUS) foi oficialmente instituída em
maio de 2009. Na Bahia, é um órgão integralmente público, intermunicipal, integrante da
administração indireta dos municípios, sem fins lucrativos, de interesse coletivo e dotado
de personalidade jurídica de direito privado. Esse modelo surge da combinação entre duas
modalidades de instituição pública da administração brasileira: as autarquias e as empresas
estatais. Desenvolve ações direcionadas à Estratégia Saúde da Família (ESF) junto aos municípios
da Bahia por meio da celebração de contrato de gestão.
A Lei nº 9.290, de 27 de dezembro de 2004, instituiu o Programa de Parcerias
Público-Privadas do Estado da Bahia (PPP Bahia), um marco legal destinado a atrair investimentos
privados em projetos de reconhecido interesse para o provimento da necessidade identificada
pelo estado por meio da celebração de contratos administrativos de concessão, na modalidade
patrocinada ou administrativa.
O estado da Bahia atualmente possui três contratos de PPP na área da saúde, são eles:
• Hospital do Subúrbio: contrato de concessão administrativa para gestão e
operação da unidade com 313 leitos, perfil de hospital geral, atendimento de
urgência e emergência, além de suporte para internação domiciliar;
v.44,supl.1,p.116-128
jan./mar. 2020 127
• Serviços de apoio ao diagnóstico por imagem: contrato de concessão
administrativa para gestão e operação de serviços de apoio ao diagnóstico
por imagem, em uma central de imagem e em 12 unidades hospitalares da
rede própria sob gestão direta da Sesab;
128
Revista Baiana 5 A T E N Ç Ã O À S A Ú D E D A P O P U L A Ç Ã O
de Saúde Pública
v.44,supl.1,p.129-142
jan./mar. 2020 129
Com o objetivo de ampliar a resolutividade da atenção básica, a Sesab vem utilizando
e aprimorando, desde 2013, o projeto Telessaúde, com modernas tecnologias da informação e
comunicação para atividades à distância nos três níveis de saúde (primário, secundário e terciário),
o que tem possibilitado a interação entre profissionais de saúde, ensino e pesquisa, bem como o
acesso remoto a recursos de apoio clínico assistencial da mais alta evidência científica.
Dentre as ações do Telessaúde, destacam-se as seguintes estratégias: segunda opinião
formativa, com respostas sistematizadas às perguntas originadas das teleconsultorias; tele-educação:
possibilita a aprendizagem e consiste na utilização de ferramentas tecnológicas e recursos didáticos
sistematicamente organizados para a construção e aperfeiçoamento de conhecimentos em saúde;
telediagnóstico: facilita a realização de exames e a disponibilização de laudos à distância no âmbito
da atenção básica, representando economia para o SUS e, principalmente, qualidade de vida para o
usuário, uma vez que os resultados dos exames são disponibilizados no máximo em até duas horas.
Como resultado da implantação do Telessaúde no estado da Bahia, a Sesab,
de 2016 a 2019, possibilitou que 409 municípios utilizassem pelo menos uma oferta de
telessaúde, com mais de 140 mil participações na internet, 11.918 teleconsultorias respondidas
e 71.876 laudos realizados à distância.
Ao governo municipal cabe a organização, execução e gerenciamento dos serviços e
ações da atenção básica em seu território, de modo a ofertar uma atenção humanizada e resolutiva.
Os recursos aplicados pelo governo da Bahia na atenção básica por intermédio
da Sesab vêm sendo ampliados anualmente. No ano de 2018, foram repassados aos fundos
municipais de saúde (FMS) cerca de 68,5 milhões de reais, destinados à manutenção das
equipes de saúde da família.
Além dos incentivos financeiros repassados mensalmente, o Estado vem realizando
investimentos para criar uma infraestrutura adequada para o funcionamento da saúde da
família, com construção de novas unidades de saúde. Foram investidos, desde 2007, mais de
90 milhões de reais por meio de convênios e do Projeto Saúde Bahia para a construção de
614 unidades, reforma de 58 e aquisição de 120 equipamentos. Somente em 2018 foram
investidos 32,5 milhões de reais em convênios firmados com os municípios para apoio à
construção e auxílio na recuperação de unidades de saúde.
Apesar da prioridade política da atenção básica na agenda do governo da Bahia e
dos investimentos de natureza técnica, tecnológica e financeira, destacam-se desafios histórico-
estruturais, político-institucionais, conjunturais, organizacionais e operacionais dos municípios
em manter a cobertura dentro dos padrões satisfatórios e ampliar a oferta de serviços do PSF,
em especial localidades com população superior a 100 mil habitantes.
130
Revista Baiana 5.2 ATENÇÃO ESPECIALIZADA / ATENÇÃO À SAÚDE
de Saúde Pública De acordo com o MS, a atenção especializada é feita através de um conjunto
de ações, práticas, conhecimentos e serviços de saúde realizados em ambiente ambulatorial
e hospitalar que demandam maior densidade tecnológica. Esse tipo de cuidado deve ser
preferencialmente ofertado de forma hierarquizada e regionalizada, garantindo a escala
adequada (economia de escala) para assegurar tanto uma boa relação custo/benefício quanto a
qualidade da atenção, proporcionando acesso equânime e em tempo oportuno.
A Bahia vem trabalhando intensamente para suprir lacunas assistenciais no campo
da atenção especializada mediante a reestruturação da oferta da atenção hospitalar e ambulatorial
por meio das policlínicas de saúde e ambulatórios de alta complexidade em âmbito regional,
considerando as necessidades de saúde da população e visando reduzir as desigualdades e ampliar
o acesso. Para tanto, o processo de regionalização das ações e serviços de saúde fundamenta-se
nas seguintes premissas: atenção básica como centro de comunicação, coordenadora do cuidado
e ordenadora das RAS; integração de ações e serviços de saúde, com base em linhas de cuidado
que garantam a continuidade da atenção; territorialidade, com definição de base populacional e
condições de acesso por meio de parâmetros para organização da oferta das ações de média e alta
complexidade. Além disso, objetiva-se ganhos de escala e escopo, ampliando eficiência do SUS-BA.
Dentro desse contexto a Sesab, desde 2018, vem disponibilizando à população
um conjunto de atividades prestadas em domicílio, caracterizadas pela atenção ao paciente
com quadro clínico que exijam cuidados e necessidade de tecnologia especializada, mas que
não necessitam de internação hospitalar. A assistência domiciliar (AD) garante ao paciente o
atendimento em casa por equipes multidisciplinares, formadas por médicos, enfermeiros, técnicos
de enfermagem, fisioterapeutas e assistentes sociais, bem como fonoaudiólogos, nutricionistas,
odontólogos, psicólogos, farmacêuticos e terapeutas ocupacionais. Assim, o paciente tem acesso
a um conjunto de ações de prevenção e tratamento de doenças, reabilitação, paliação (cuidados
paliativos) e promoção à saúde, garantindo a continuidade da assistência.
A internação domiciliar proporciona a humanização do atendimento e
acompanhamento de pacientes cronicamente dependentes do hospital, bem como a adequada
desospitalização e um maior contato do paciente com a família, favorecendo, desse modo,
a sua recuperação e diminuindo o risco de infecções hospitalares.
Desde sua implantação, a Sesab já realizou mais de 1.700 atendimentos em AD e
para o próximo quadriênio tem como meta atender 100% dos pacientes elegíveis da rede pública.
Segundo a Portaria n° 3.390/2013, que institui a Política Nacional de Atenção Hospitalar
(PNHOSP) no âmbito do SUS, os hospitais são instituições complexas, com densidade tecnológica
v.44,supl.1,p.129-142
jan./mar. 2020 131
específica, de caráter multiprofissional e interdisciplinar, responsável pela assistência aos usuários
em condições agudas ou crônicas, que apresentem potencial de instabilização e de complicações
de seu estado de saúde, exigindo-se assistência contínua em regime de internação e ações que
abrangem promoção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento e reabilitação.
O estado da Bahia, segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de
Saúde (CNES), registra um quantitativo de: 462 hospitais gerais, 69 hospitais especializados,
36 unidades mistas e 124 hospitais-dia isolado. Destas, 53 unidades são próprias da Sesab,
sendo 39 unidades hospitalares, seis centros de referência e oito unidades de emergência.
No tocante às internações, um dos principais indicadores está relacionado ao
acesso ao parto. Em 2017, alcançou-se a proporção de 37,65% de cesarianas realizadas no
estado, com incremento de 60% no período e variação percentual acima da observada na Bahia,
em especial nas macrorregiões Oeste (121%), Centro-Leste (102%), Sudoeste (97%) e Sul (78 %).
Portanto, o percentual dos partos cesáreos está muito acima dos parâmetros desejáveis pela OMS
(15%) ou pela Rede Cegonha (25%), indicando a necessidade de intervenções mais efetivas.
A respeito das internações por condições sensíveis à atenção básica (ICSAB),
a média da proporção no período de 2008 a 2018 foi 30,6%, com tendência de redução, ao
passar de 37,5% (2009) para 24,3% (2018), correspondendo a 35%. Essa tendência pode sinalizar
maior resolutividade da atenção primária por meio da ampliação das equipes de saúde da família.
No que se refere ao regime do hospital, houve elevação das hospitalizações nas
instituições de regime público, entre 2008 e 2018, reduzindo-se internações em hospitais de
regime privado.
Concernente ao registro no Sistema de Informação de Nascidos Vivos (Sinasc),
no ano de 2009, obteve-se 218.225 nascidos vivos, passando para 205.237 nascidos vivos em
2018, correspondendo um declínio de 6%. Todas as macrorregiões de saúde acompanharam a
tendência de redução de nascimentos, com exceção da Oeste, que apresentou incremento de
6,5% no número de nascidos vivos, de 14.010 (2009) para 14.678 (2018).
Sobre as condições dos recém-nascidos e características de suas mães, foram
consideradas: tipo de parto, peso ao nascer, faixa etária materna e consultas pré-natais, destacando-
se mães que realizaram sete ou mais consultas. Os dados apresentados foram distribuídos entre
2009 e 2018, para possibilitar comparação no período de dez anos. Entretanto, esses dados
podem sofrer alterações, uma vez que se encontram em fase de consolidação pelo MS.
Com relação ao indicador de proporção de nascidos vivos de parto normal,
houve redução de 13,8% no percentual de partos vaginais realizados, no período de 2009
(64,0%) a 2018 (55,2%). Em contrapartida, a proporção de parto cesáreo aumentou de 35,7%,
no ano de 2009, para 44,7% em 2018, o que corresponde a 25,2% de incremento (Gráfico 85).
132
Revista Baiana 70
de Saúde Pública 60
50
40
%
30
20
10
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Vaginal 64,0 61,2 59,3 57,4 56,6 55,4 57,0 57,4 56,9 55,2
Cesário 35,7 38,4 39,9 42,0 42,9 44,3 42,7 42,5 43,0 44,7
Gráfico 85. Proporção de nascidos vivos, segundo tipo de parto. Bahia, 2009-2018
Fonte: Sinasc, Divep/Suvisa/Sesab, 2019
60
50
40
% 30
20
10
0
Centro- Centro- Extremo Leste Nordeste Norte Oeste Sudoeste Sul
Leste Norte Sul
2009 36,1 22,4 31,7 44,9 25,2 29,3 30,0 34,0 35,5
2018 50,4 37,3 42,1 47,5 32,0 41,2 44,7 45,9 42,7
v.44,supl.1,p.129-142
jan./mar. 2020 133
relação ao total de 2009 e 2018, respectivamente, correspondendo a uma redução de 57,4%
de registros sem informação ou com informação ignorada sobre o tipo de parto no período.
Se a indicação correta da cesárea traz vantagens, sua indicação indiscriminada,
sem critérios, tem risco para mães e recém-nascidos. Nesse sentido, convém salientar que a Rede
Cegonha visa reduzir a mortalidade materna e infantil, com ênfase para a diminuição de partos
cesáreos. Para tanto, destacam-se as ações indutoras do governo federal com financiamento
para construção de centro de parto normal e casa da gestante, bebê e puérpera, além de
incentivos a boas práticas e segurança na atenção ao parto e nascimento, cujas atividades devem
ser estendidas e incorporadas às rotinas da assistência ao parto em todos os níveis de atenção.
Algumas possíveis explicações para o elevado percentual de partos cesáreos
podem ser atribuídos a: fatores associados à mulher (garantia de escolha do médico assistente,
medo da dor, busca da integridade vaginal e crenças de que o parto vaginal oferece mais
risco para o feto do que uma cesárea); organização da atenção obstétrica (conveniência e
segurança do médico); fatores institucionais, como o número insuficiente de leitos obstétricos,
esterilização cirúrgica durante o procedimento operatório da cesárea, mesmo com a associação
aos riscos obstétricos; e fatores associados ao mercado (relação custo-benefício entre custo do
investimento e horas dispendidas pelo profissional de saúde).
Em relação à proporção de nascidos vivos com baixo peso ao nascer (inferior a
2,5 quilogramas), nota-se elevação de 8,3% em 2009 para 8,4 em 2018, correspondendo a um
incremento de 2,3% no período (Gráfico 87). O percentual de nascidos vivos que apresentou
peso ao nascer entre 3,0 e 3,9 quilogramas foi igual em 2009 e 2018, representando 63,5% e
correspondendo, respectivamente, a 138.633 e 130.245.
8,6
8,5 8,5
8,5
8,4
8,4
8,4
8,3
% 8,3
8,2
8,1 8,1
8,0
7,9
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Gráfico 87. Percentual de nascidos vivos de baixo peso (menos de 2,5 quilogramas).
Bahia, 2009-2018*
Fonte: Sinasc, Divep/Suvisa/Sesab, 2019
134
Revista Baiana Em 2008, dentre as macrorregiões de saúde, o maior percentual de baixo peso
de Saúde Pública foi observado na Leste, com 9,7% (6.189), seguida da Sudoeste, com 8,6% (2.136), e da Sul,
com 8,1% (2.099). Em 2018, as macrorregiões Leste e Sudoeste continuaram a apresentar os
maiores percentuais, respectivamente, 9,1% (5.458) e 8,7% (2.020), seguidas da Centro-Leste,
com 8,6% (2.617), e Centro-Norte, com 8,6% (1.021) (Gráfico 88).
Ressalta-se que houve melhora significativa entre os dois anos de estudo (2009
e 2018), referente ao registro no campo de informações ignoradas da variável peso ao nascer,
cujo percentual declinou de 0,34% para 0,03%. Isso corresponde a uma redução de 92,1%, o
que representa melhora substantiva no preenchimento dessa informação na DN.
10
9
8
7
6
% 5
4
3
2
1
0
Centro- Centro- Extremo Leste Nordeste Norte Oeste Sudoeste Sul
Leste Norte Sul
2009 7,7 7,1 7,1 9,7 7,2 7,1 7,2 8,6 8,1
2018 8,6 8,6 7,6 9,1 7,8 8,1 7,6 8,7 7,7
Gráfico 88. Percentual de nascidos vivos de baixo peso (menos de 2,5 quilogramas),
segundo macrorregião de saúde. Bahia, 2009 e 2018*
Fonte: Sinasc, Divep/Suvisa/Sesab, 2019
v.44,supl.1,p.129-142
jan./mar. 2020 135
25
21,9 21,4 21,7 21,3
21,2 20,7
20,1 19,9
19,0
20 17,9
15
%
10
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Gráfico 89. Percentual de nascidos vivos de mães adolescentes (10 a 19 anos). Bahia,
2009-2018*
Fonte: Sinasc, Divep/Suvisa/Sesab, 2019
30
25
20
% 15
10
0
Centro- Centro- Extremo Leste Nordeste Norte Oeste Sudoeste Sul
Leste Norte Sul
2009 21,4 26,6 27,5 17,2 22,9 23,5 22,8 20,8 27,5
2018 17,6 21,6 22,3 14,0 20,0 21,8 18,0 16,0 21,9
136
Revista Baiana Em relação ao número de consultas de pré-natal, observou-se que a proporção
de Saúde Pública de mães que não realizaram essas consultas sofreu decréscimo, de 3,1% em 2009 para 2,9% em
2018. Tendência seguida pelo percentual de mães que realizaram entre uma e três consultas,
que reduziu 43,1%, passando de 11,4% em 2009 para 6,5% em 2018. Salienta-se que entre
as mães que realizaram entre quatro e seis consultas também houve diminuição de 41,3%, de
44,7% (2009) para 26,7% (2018).
O percentual de mães com sete e mais consultas de pré-natal, elevou-se em 64%,
de 38,8% no ano de 2009 para 63,7% em 2018 (Gráfico 91). A qualidade da informação nesse
item na declaração de nascido vivo também melhorou, de 2% sem informação ou ignorado em
2009 para 0,6% em 2018, correspondendo a uma redução de 69,3%, no período em análise.
70
60 63,71
50
40
% 38,84
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0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Gráfico 91. Percentual de nascidos vivos cujas mães realizaram sete ou mais consultas
de pré-natal. Bahia, 2009-2018*
Fonte: Sinasc, Divep/Suvisa/Sesab, 2019
Em 2018, com relação às mães com sete e mais consultas de pré-natal por
macrorregiões de saúde, houve variação de 36,5% (Leste) para 120,5% (Centro-Norte). No
período de 2009 a 2018, todos as nove macrorregiões de saúde apresentaram incremento nos
seus percentuais, acompanhando a tendência de crescimento dos nascidos vivos de mães com
sete ou mais consultas de pré-natal do estado, com destaque para as macrorregiões Centro-
Norte (120,5%), Sul (105,3%), Oeste (87,5%), Centro-Leste (85,0%) e Nordeste (84,8%), que
apresentaram variação percentual superior ao da Bahia (Gráfico 92).
v.44,supl.1,p.129-142
jan./mar. 2020 137
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70
60
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% 40
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Centro-Leste Extremo Sul Nordeste Oeste Sul
2009 2018
Gráfico 92. Percentual de nascidos vivos de mães que realizaram sete ou mais
consultas de pré-natal, segundo macrorregião de saúde. Bahia, 2009 e 2018*
Fonte: Sinasc, Divep/Suvisa/Sesab, 2019
138
Revista Baiana A Portaria GM/MS nº 3.088/2011, que instituiu a Rede de Atenção Psicossocial
de Saúde Pública para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso
de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do SUS, estabelece que essa rede seja constituída
pelas unidades de saúde, a saber: atenção básica em saúde, atenção psicossocial especializada,
atenção de urgência e emergência, atenção residencial de caráter transitório, atenção hospitalar,
estratégias de desinstitucionalização e de reabilitação psicossocial.
A Sesab tem apoiado os municípios nos processos de implantação e funcionamento
dos Caps, nas suas diferentes modalidades, considerando a sua importância na construção
da Rede de Atenção Psicossocial (Raps). Os Caps são serviços de natureza ambulatorial,
regionalizados, com cobertura assistencial para uma população predefinida, capacitados
para realizar, prioritariamente, o atendimento de pacientes com transtornos mentais severos
e persistentes em sua área territorial. Na Bahia, a rede contava com 130 serviços em 2007,
passando para 243 em 2018, o que corresponde a um percentual de ampliação de 69,95%.
É importante registrar ainda que o governo do estado, por meio da Portaria
nº 275/2012, instituiu o incentivo financeiro estadual mensal para o custeio dos Caps, nas
modalidades Caps III e Caps AD III.
Os Caps e Capsi em todo Brasil têm enfrentado dificuldade de funcionamento e
atendimento da demanda populacional e sua rede concentra-se nas zonas urbanas, onde há
maior oferta de profissionais especialistas.
O cuidado em saúde bucal deve ser realizado, nos níveis individual e coletivo,
tanto na atenção básica quanto no nível especializado e de alta complexidade, com ações de
promoção e proteção de saúde que compreendam educação em saúde, fluoretação das águas,
higiene bucal supervisionada, aplicação tópica de flúor e ações de recuperação e reabilitação.
No que se refere à atenção especializada em saúde bucal, destaca-se a implantação
de Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) e dos Laboratórios Regionais de
Prótese Dentária (LRPD). Nesse nível de complexidade, destaca-se a atenção odontológica
hospitalar, conforme a Portaria nº 599/2006, que estabelece critérios, normas e requisitos para
o credenciamento desses serviços. Presentes nas 28 regiões de saúde do estado, existem 83
CEO, estabelecimentos de saúde classificados como clínicas especializadas/ ambulatórios de
especialidade para realizar diagnóstico bucal, periodontia especializada, cirurgia oral menor dos
tecidos moles e duros, endodontia e atendimento aos portadores de necessidades especiais.
Por sua vez, o LRPD é uma unidade de saúde de Serviço de Apoio Diagnóstico Terapêutico (Sadt)
para realizar, no mínimo, o serviço de prótese dentária total e/ou prótese parcial removível. A Bahia
conta com 101 laboratórios regionais sob gestão municipal e 87 no Plano de Expansão Estadual.
v.44,supl.1,p.129-142
jan./mar. 2020 139
A Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPD) no SUS, instituída pela
Portaria GM/MS nº 793/2012, configura um importante avanço para o cuidado à saúde dessa
população, visto que amplia, qualifica e vincula a atenção às pessoas com deficiência física,
visual, auditiva, intelectual/ transtorno do espectro do autismo; além das deficiências múltiplas,
em pontos de atenção situados em três componentes: atenção básica, atenção especializada,
atenção hospitalar e de urgência e emergência.
Segundo o IBGE, com base no Censo Demográfico de 2010, no Brasil,
aproximadamente 24% da população tem pelo menos um tipo de deficiência. A região Nordeste
apresenta a maior parte da população de pessoas com deficiência em todo o país.
O estado da Bahia, por meio da Resolução CIB nº 167/2013, estruturou diretrizes
para o cuidado às pessoas com deficiência que, com base na Portaria GM/MS nº 793/2012,
que institui a RCPD por meio da criação, ampliação e articulação de pontos de atenção à saúde
para pessoas com deficiência temporária ou permanente; progressiva, regressiva ou estável;
intermitente ou contínua, no âmbito do SUS.
A Bahia conta, atualmente, com quatorze Centros Especializados de Reabilitação,
sendo onze classificados como CER II (duas temáticas), dois como CER III (três temáticas) e
um como CER IV (quatro temáticas). Salienta-se que as temáticas que compõem o CER são:
deficiência física, visual, auditiva e intelectual.
A Rede de Urgências e Emergências tem por objetivo articular e integrar todos
os equipamentos de saúde, objetivando ampliar e qualificar o acesso humanizado e integral aos
usuários em situação de urgência e emergência nos serviços de saúde, de forma ágil e oportuna.
Nesse contexto, é papel do Estado desenvolver ações de prevenção de acidentes,
violências, lesões e mortes no trânsito, bem como ampliar a atenção básica, a qualificação das
unidades hospitalares de urgência e a contratualização de leitos de retaguarda para desafogar as
unidades de urgência. Destacam-se, ainda, o fomento e o apoio aos municípios na implantação
das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas e do Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (Samu 192).
O Estado deve ainda repassar regularmente para os FMS recursos financeiros para o
funcionamento do Samu 192. Em 2018 foram aplicados cerca de 52 milhões de reais, incremento
de 136% se comparado a 2007, quando foram investidos cerca de 38 milhões de reais.
Atualmente estão em funcionamento dezenove centrais de regulação de urgência
(CRU) do Samu 192, alcançando 274 municípios do estado da Bahia, com uma cobertura
populacional de aproximadamente 82%, ou seja, mais de 12 milhões de habitantes com acesso
ao serviço. Quanto à UPA, a Bahia conta com 48 unidades presentes em 36 municípios.
140
Revista Baiana No que se refere à atenção especializada, a Sesab vem empreendendo esforços para
de Saúde Pública a descentralização e regionalização das ações e serviços de média e alta complexidade, com vistas a
ampliar o acesso da população e garantir atenção integral, com qualidade, equidade e resolutividade.
Atualmente, tem-se como marco conceitual para assistência farmacêutica o
conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual
como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando acesso e racional do
produto. O conjunto envolve pesquisa, desenvolvimento e produção de medicamentos e
insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação e garantia
da qualidade dos produtos e serviços. Além disso, é preciso acompanhar e avaliar a utilização,
obtenção e difusão de informações sobre medicamentos e promover a educação permanente
dos profissionais de saúde, paciente e comunidade, na perspectiva da melhoria da qualidade
de vida da população.
Os eixos estratégicos norteadores da assistência farmacêutica estadual consistem
no fortalecimento da gestão da assistência farmacêutica; na qualificação do acesso a
medicamentos; na promoção do uso racional de medicamentos; e no fomento à pesquisa
científica, desenvolvimento tecnológico e produção de medicamentos e insumos.
As ações da assistência farmacêutica estadual – de natureza técnica, científica
e administrativa – buscam garantir à população baiana acesso qualificado aos medicamentos
essenciais em todos os níveis de atenção à saúde, promovendo seu uso racional e atendimento
humanizado nos serviços farmacêuticos.
Para tanto, foram desenvolvidas ações que incluem: estruturação e qualificação
da gestão da assistência farmacêutica; estruturação dos serviços farmacêuticos e implantação
de novos; integração da assistência farmacêutica às redes de atenção à saúde; implantação do
programa Farmácia da Bahia, em parceria com os municípios baianos; apoio institucional aos
municípios nas ações da assistência farmacêutica, tais como acompanhamento da execução
financeira e seu cumprimento; interlocução com órgãos fiscalizadores, judiciário e entidades
de classe para identificação de soluções e execução de ações conjuntas; educação permanente
dos trabalhadores de saúde na área de assistência farmacêutica; oferta de oportunidade de
estágio aos estudantes de farmácia; e promoção do acesso à informação sobre medicamentos,
de forma qualificada, baseada em evidências científicas.
O programa Farmácia da Bahia, criado por meio da Resolução CIB nº 250/2009,
consiste na estruturação de serviços farmacêuticos (Farmácia Ambulatorial e Central de
Abastecimento Farmacêutica Municipal) e tem por objetivo dirimir o vazio existente no campo
da estruturação dos serviços farmacêuticos por meio de uma proposta que integra incentivo
v.44,supl.1,p.129-142
jan./mar. 2020 141
financeiro ao apoio técnico-científico para o desenvolvimento das ações de assistência
farmacêutica nos municípios baianos.
O programa foi criado em 2009 e executado a partir de 2012, sendo realizadas
duas etapas, que juntas contemplaram 46 municípios baianos com até 15 mil habitantes,
conforme Censo IBGE 2010. Esse valor corresponde a 24% dos 195 municípios que possuem até
17.250 habitantes. Até 2023, está prevista a construção de 50 unidades de Farmácia da Bahia
em diferentes municípios, alcançando, desse modo, 96 municípios com até 17.250 habitantes
contemplados com estruturação e organização de serviço, mediante iniciativa e financiamento
municipal e estadual.
A Sesab vem investindo em mudanças quantitativas e qualitativas na formação
dos profissionais, de modo a suprir as necessidades de saúde dos baianos. Com isso, busca
a melhoria da gestão e do cuidado, pautados nos princípios e diretrizes do SUS, por meio
da implementação da Política Estadual de Gestão do Trabalho e Educação Permanente em
Saúde, aliada à Política Nacional de Humanização (PNH), para reorientar o sistema e os serviços
segundo a lógica da promoção da saúde.
142
Revista Baiana 6 P R E V I S Ã O D E R E C U R S O S
de Saúde Pública
Compromissos Valor
Aperfeiçoar as ações de vigilância, proteção, promoção e prevenção em saúde nos
R$ 615.199.275,00
territórios em todos os níveis de atenção;
Fortalecer a Atenção Básica de forma integrada e resolutiva; R$ 599.448.000,00
Potencializar a Rede de Atenção à Saúde (RAS) de forma regionalizada, ampliando a
R$ 12.431.805.075,00
equidade de acesso, garantindo a integralidade e a segurança do paciente;
Promover a valorização do trabalho e do trabalhador no SUS-BA; R$ 242.084.000,00
Potencializar a atenção Hematológica e Hemoterápica à população da Bahia; R$ 121.160.000,00
Aprimorar a Gestão Estratégica em Saúde, ampliando os canais de diálogo com a
R$ 72.928.000,00
sociedade e o exercício do controle social
Promover a gestão de recursos administrativos e financeiros para prestação de
R$ 7.968.464.000,00
serviços de saúde SUS-BA
Total R$ 22.051.088.350,00
v.44,supl.1,p.143-143
jan./mar. 2020 143
7 C O M P R O M I S S O S E S T R A T É G I C O S
Para o ano de 2020 a 2023, a Sesab desenvolveu seu plano operacional com
7 compromissos, 47 metas e 122 iniciativas que serão executadas por toda a estrutura
organizacional da Sesab, incluindo a Fundação Hemoba.
É importante ressaltar que a metodologia utilizada para a construção do referido
plano é a mesma para todas as secretarias de estado, sendo definida pela Seplan durante a
construção do Plano Plurianual14,15, no intuito de trazer uniformidade na linguagem de
planejamento no estado.
144
Revista Baiana Quadro 1. Compromisso 1
(continua)
de Saúde Pública Ampliar em 75% o número de municípios, realizando, no mínimo,
Meta 1
quatro ações de vigilância em saúde
Iniciativa Aprimorar o Sistema Estadual de Vigilância Sanitária
Setor responsável Suvisa / Divisa
Meta
Ações Produtos Indicador
até 2023
Realizar inspeções sanitárias em Número de estabelecimentos
Estabelecimentos sujeitos à Visa
estabelecimentos sujeitos à Visa 10.000 sujeitos à Visa estadual inspe-
estadual inspecionados
estadual cionados
Realizar investigação das notifi- Queixas técnicas e eventos adversos Percentual de notificações obri-
cações obrigatórias de queixas de notificação obrigatória investi- 100% gatórias de queixas técnicas e
técnicas e eventos adversos gados eventos adversos investigados
Apoiar a implantação de CCIH em Hospitais que possuem leitos de UTI Percentual de hospitais com leitos
100%
hospitais que possuem leitos de UTI com CCIH implantadas de UTI com CCIH apoiados
Iniciativa Implementar as ações de vigilância em saúde ambiental
Setor responsável Suvisa / Divisa
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Assessorar os municípios para
implantar/ implementar as ações de
Percentual de municípios de-
vigilância em saúde ambiental rela-
Municípios desenvolvendo as ações senvolvendo, no mínimo, duas
cionadas à qualidade da água para 65%
de vigilância em saúde ambiental ações de Vigilância em Saúde
consumo humano e às populações
Ambiental
expostas a contaminantes químicos
e a desastres naturais e tecnológicos
Iniciativa Implementar a Rede Estadual de Vigilância à Saúde do Trabalhador
Setor responsável Suvisa / Divast
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Realizar ações de apoio institu- Número de municípios desen-
Municípios desenvolvendo ações de
cional/ matricial em saúde do 400 volvendo ações de saúde do
saúde do trabalhador
trabalhador nos municípios trabalhador
Desenvolver ações de vigilância em Trabalhadores beneficiados com Número de trabalhadores bene-
saúde do trabalhador na Renast- ações de vigilância em saúde do 170.000 ficiados pelas ações de vigilância
-Bahia trabalhador em saúde do trabalhador
Número de centros de referên-
Centro de Referência em Saúde do
05 cia em saúde do trabalhador
Ampliar cobertura dos centros de Trabalhador construído construídos
referência em saúde do trabalhador
no estado Número de novos centros de
Centro de Referência em Saúde do
13 referência em saúde do traba-
Trabalhador implantado
lhador implantado
Iniciativa Aprimorar a Rede Estadual de Laboratórios de Saúde Pública
Setor responsável Suvisa / Lacen
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Ampliar a capacidade de realização Análises laboratoriais realizadas pela
de análises pela Rede Estadual de Rede Estadual de Laboratórios de 7.250.673 Número de análises realizadas
Laboratórios de Saúde Pública Saúde Pública
Ampliar a quantidade de unidades Número de laboratórios de
Laboratórios de saúde pública em
de vigilância laboratorial no estado 28 saúde pública no estado da
funcionamento no estado da Bahia
da Bahia Bahia em funcionamento
v.44,supl.1,p.144-176
jan./mar. 2020 145
Quadro 1. Compromisso 1
(continua)
Meta
Ações Produtos Indicador
até 2023
Investigação e encerramento
Percentual de doenças/agra-
oportuno das doenças/agravos de
vos notificados, investigados e
notificação compulsória imediata, 75%
encerrados em até 60 dias após
registradas em até 60 dias, a partir
notificação
da data de notificação
Realizar a investigação de óbitos Óbitos investigados e com causa Proporção de registros de óbito
90%
com causa mal definida básica definida com causa definida
Meta
Ações Produtos Indicador
até 2023
Ampliar a Rede de Serviços de Veri- Serviços de Verificação de Óbito Número de Serviços de Verifica-
6
ficação de Óbito no Estado da Bahia implantados ção de Óbito implantados
146
Revista Baiana Quadro 1. Compromisso 1
(continua)
de Saúde Pública Implementar a descentralização e regionalização
Iniciativa
das ações de vigilância em saúde
Setor responsável Suvisa
Meta
Ações Produtos Indicador
até 2023
Percentual de núcleos regionais
Descentralizar recursos financeiros
de saúde com recursos financeiros
e tecnológicos para os núcleos Núcleos regionais de saúde com
e tecnológicos descentralizados
regionais de saúde para implemen- recursos financeiros e tecnológicos 100%
para implementação das ações
tação das ações do sistema estadual descentralizados
do sistema estadual de vigilância
de vigilância em saúde
em saúde
Percentual de recursos des-
Municípios-sede de Laboratórios Mu-
centralizados aos municípios-
Descentralizar recursos para os nicipais de Referência Regional com
-sede definidos na Portaria
municípios-sede de Laboratórios recursos descentralizados, de acordo
100% nº 42/2014, com base no
Municipais de Referência Regional com o cumprimento de indicadores
desempenho dos indicadores
para manutenção dessas unidades previstos na Portaria nº 42/2014 e
previstos na Resolução CIB
Resolução CIB nº 30/2017
nº 30/2017
Realizar campanhas publicitárias e eventos de mobilização direcionados
Iniciativa
para a proteção, promoção e prevenção em saúde da população
Setor responsável Suvisa
Meta
Ações Produtos Indicador
até 2023
Desenvolver campanhas publicitá-
Número de campanhas reali-
rias direcionadas para a vigilância Campanhas publicitárias realizadas 32
zadas
em saúde
Realizar eventos de mobilização Eventos de mobilização para a pro- Número de eventos de mobiliza-
52
para a promoção da saúde moção da saúde realizados ção realizados
Iniciativa Aprimorar a gestão do conhecimento e das informações em saúde
Setor responsável Suvisa
Meta
Ações Produtos Indicador
até 2023
Número de cursos de vigilância
Cursos de vigilância em saúde com
em saúde com carga horária
carga horária igual ou superior a 40 114
igual ou superior a 40 horas
horas executados
executados
Número de cursos de pós-gra-
Desenvolver processos formativos Cursos de pós-graduação (stricto e
4 duação (stricto e lato sensu)
em vigilância em saúde lato sensu) executados
executados
Número de eventos de educa-
Eventos de educação permanente de
ção permanente de vigilância em
vigilância em saúde com carga horá- 1.200
saúde com carga horária inferior
ria inferior a 40 horas executados
a 40 horas executados
Apoiar a realização de eventos Número de eventos estratégicos
Eventos estratégicos promovidos pe-
estratégicos promovidos pelas promovidos pelas Organizações
las Organizações da Sociedade Civil
organizações da sociedade civil 14 da Sociedade Civil atuantes no
atuantes no campo das IST/HIV/aids,
atuantes no campo das IST/HIV/ campo das IST/HIV/aids, HTVL e
HTVL e hepatites virais apoiados
aids, HTVL e hepatites virais hepatites virais apoiados
Número de boletins, informati-
Disseminar informações técnico- Documento técnico-científico vos, anuários temáticos e/ou esta-
232
-científicas em saúde publicado tísticos e manuais de instrução e
materiais educativos publicados
v.44,supl.1,p.144-176
jan./mar. 2020 147
Quadro 1. Compromisso 1
(conclusão)
Requalificar 100% das ações da Rede Estadual de Frio do Programa de
Meta 2
Imunização
Implementar as ações e estruturas da Rede de Frio do Programa Estadual de
Iniciativa
Imunização
Setor responsável Suvisa / Divep
Meta
Ações Produtos Indicador
até 2023
Centrais da Rede de Frio requalifi- Percentual das centrais da rede
Realizar apoio institucional aos 100%
cadas de frio requalificadas
municípios para recebimento dos
Crianças menores de 1 ano com a Percentual da cobertura vacinal
insumos estratégicos de imunização
3º dose da pentavalente aplicada 95% da pentavalente em menores de
para ampliar cobertura vacinal
(da população-alvo estimada) 1 ano no estado
Quadro 2. Compromisso 2
(continua)
Ampliar para 417 o número de municípios que utilizam ao menos dois
Meta 1
serviços do Telessaúde
Iniciativa Implantar os serviços do Telessaúde
Setor responsável Sais / DAB
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Apoiar os municípios para a implan- Municípios apoiados para a Número de municípios apoiados
tação e utilização dos serviços do implantação e utilização dos 417 na implantação e utilização dos
Telessaúde serviços do Telessaúde serviços do Telessaúde
Municípios que implantaram o Número de municípios que implan-
Estruturar o serviço de telediagnóstico 150
serviço de telediagnóstico taram o serviço de telediagnóstico
Municípios treinados para Número de municípios que im-
Realizar treinamentos para implantação
implantação do Prontuário 194 plantaram o Prontuário Eletrônico
do Prontuário Eletrônico do Cidadão
Eletrônico do Cidadão/ SUS do Cidadão/ SUS
Municípios que utilizaram o Número de municípios que utiliza-
400
serviço de teleducação ram o serviço de teleducação
Número de palestras
Realizar a Teleducação Palestra on-line realizada 384
on-line realizadas
Participantes em palestras Número de participantes
120.000
on-line em palestras on-line
Municípios que utilizaram o Número de municípios que utiliza-
Realizar as teleconsultorias 380
serviço de teleconsultoria ram o serviço de teleconsultoria
148
Revista Baiana Quadro 2. Compromisso 2
(continua)
de Saúde Pública
Meta 2 Ampliar para 80% a cobertura de saúde da família
Iniciativa Cofinanciar equipes de saúde da família
Setor responsável Sais / DAB
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Cofinanciar as equipes Equipes de saúde da família Número de equipes de saúde da
4.364
de saúde da família cofinanciadas família cofinanciadas por mês
Iniciativa Apoiar financeiramente a construção de Unidade Básica de Saúde
Setor responsável Fesba / Diconv
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Realizar apoio financeiro para
Municípios apoiados
municípios na construção de 100% Percentual de municípios apoiados
financeiramente
unidade básica de saúde
Iniciativa Construir Unidade Básica de Saúde
Setor responsável Ceirf / Prosus
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Número de unidades básicas
Construir unidade básica de saúde Unidade básica construída 11
construídas
Iniciativa Implantar Academia da Saúde
Setor responsável Ceirf / Prosus
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Implantar academia de saúde Academia de saúde implantada 7 Número de academias implantadas
Apoiar os municípios para o aprimoramento da gestão e do cuidado em
Iniciativa
atenção básica
Setor responsável Sais / DAB
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Municípios apoiados nos co- Número de municípios participan-
legiados de coordenadores de 417 tes nos colegiados de coordenado-
atenção básica res de atenção básica
Colegiados regionais de coor- Número de colegiados de co-
Apoiar institucionalmente denadores de atenção básica 448 ordenadores de atenção básica
os municípios realizados realizados
Municípios apoiados com plano
Número de municípios com pla-
de ação pactuado com a gestão 124
nos de ação pactuados
municipal
Visitas técnicas aos municípios 417 Número de visitas realizadas
Número de atividades de qualifi-
Atividades de qualificação para
224 cação realizadas para os trabalha-
atenção básica realizadas
dores dos municípios
Atividades de educação per- Número de atividades de educa-
Qualificar trabalhadores manente para os trabalhadores ção permanente realizadas para
36
da atenção básica da Diretoria da Atenção Básica os trabalhadores da Diretoria da
realizadas Atenção Básica
Número de trabalhadores que
Trabalhadores que participaram
11.200 participaram de processos de
de processos de qualificação
qualificação
v.44,supl.1,p.144-176
jan./mar. 2020 149
Quadro 2. Compromisso 2
(conclusão)
Ampliar para 204 o número de municípios com unidades do programa
Meta 3
Farmácia da Bahia
Iniciativa Construir unidades do programa Farmácia da Bahia
Setor responsável Saftec / Dasf
Meta
Ações Produtos até Indicador
2023
Percentual de municípios com até
Construir unidades do programa Unidades do programa Farmá- 17.250 habitantes com unidades
49%
Farmácia da Bahia cia da Bahia construídas do programa Farmácia da Bahia
construídas
Percentual de municípios com até
Municípios apoiados na implan-
Apoiar a implantação de unidades do 17.250 habitantes com unidades
tação do programa Farmácia 49%
programa Farmácia da Bahia do programa Farmácia da Bahia
da Bahia
implantadas
Distribuir unidades farmacêuticas do componente básico da assistência
Meta 4
farmacêutica com regularidade para 90% dos municípios
Distribuir unidades farmacêuticas do componente
Iniciativa
básico da assistência farmacêutica
Setor responsável Saftec / Dasf
Meta
Ações Produtos até Indicador
2023
Unidades farmacêuticas do
Realizar a distribuição de medica-
componente básico da assistên-
mentos do componente básico da Percentual de unidades farmacêuti-
cia farmacêutica em confor- 90%
assistência farmacêutica com regulari- cas autorizadas/distribuídas
midade com o quantitativo
dade para municípios
autorizados/ distribuídos
Ofertar capacitações aos farmacêu- Oficinas de capacitação para Número de oficinas de capacitação
ticos da assistência farmacêutica farmacêuticos da assistência far- 40 de farmacêuticos da assistência
municipal macêutica municipal ofertadas farmacêutica municipal ofertadas
Fomentar a implantação do sistema AFSESAB implantado nos Número de municípios com AFSE-
417
AFSESAB nos municípios municípios SAB implantado
150
Revista Baiana Quadro 3. Compromisso 3
de Saúde Pública Expandir o número de unidades de saúde, com a construção
Meta 1
de quatro novas unidades
Iniciativa Construir unidades de saúde
Setor responsável Ceirf / Prosus
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Construir o Hospital
Unidade de saúde construída 1 Número de unidades construídas
Costa da Baleias
Construir o Hospital
Unidade de saúde construída 1 Número de unidades construídas
Metropolitano
Construir a Unidade de Pronto Unidade de pronto
1 Número de unidades construídas
Atendimento de Ilhéus atendimento construída
Iniciativa Construir unidade de saúde materno-infantil
Setor responsável Ceirf
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Construir Maternidade Unidade de saúde da rede
1 Número de unidades construídas
de Camaçari materno-infantil construída
Meta 2 Ampliar 23 unidades de saúde
Iniciativa Ampliar unidades de saúde
Setor responsável Ceirf / Prosus
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Ampliar unidade de saúde Unidade de saúde ampliada 19 Número de unidades ampliadas
Iniciativa Ampliar unidades de saúde materno-infantil
Setor responsável Ceirf
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Ampliar unidade da
Unidade de saúde ampliada 4 Número de unidades ampliadas
rede materno-infantil
Meta 3 Reformar dezesseis unidades de saúde
Iniciativa Reformar unidades de saúde
Setor responsável Ceirf
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Reformar unidade de saúde Unidades de saúde reformada 13 Número de unidades reformadas
Iniciativa Reformar unidades de saúde materno-infantil
Setor responsável Ceirf
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Reformar unidades da rede Unidades de saúde
3 Número de unidades reformadas
materno-infantil materno-infantil reformadas
v.44,supl.1,p.144-176
jan./mar. 2020 151
Quadro 3. Compromisso 3
(continua)
Ampliar para 417 o número de municípios assistidos
Meta 4
com ações estratégicas de saúde
Iniciativa Implementar ações estratégicas de saúde nos municípios
Setor responsável SUREGS
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Executar ações e projetos estra- Ações e projetos estratégicos de saúde
Número de municípios assistidos
tégicos de saúde complementa- complementares a Rede de atenção à 417
com ações estratégicas de saúde
res a Rede de atenção à saúde saúde executados nos municípios
Expandir para 90% o percentual de atendimento à demanda
Meta 5
de regulação do SUS-BA
Regular o acesso às avaliações, leitos de internações e procedimentos do
Iniciativa
SUS-BA, sob gestão estadual, através do Sistema de Urgência e Emergência
Setor responsável Suregs / Direg
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Realizar a gestão da Regulação Solicitações de regulação das Percentual de solicitações perti-
90%
do sistema estadual de saúde demandas pertinentes atendidas nentes de regulações atendidas
Iniciativa Ampliar frota de ambulância
Setor responsável DG
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Adquirir veículos tipo ambulân-
cia para renovar e ampliar a fro-
Número de
ta de ambulâncias das unidades Ambulância adquirida e entregue 500
ambulâncias adquiridas
de saúde da Sesab e distribuir
para os municípios.
Realizar 100% do atendimento das solicitações de tratamento fora do domicílio
Meta 6
(TFD), conforme critérios regulamentados no âmbito do SUS-BA
Assegurar o acesso ao tratamento fora do domicílio, conforme critérios regula-
Iniciativa
mentados
Setor responsável Suregs / Direg
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Realizar assistência financeira Percentual de solicitações de
Solicitações de TFD atendidas 100%
aos usuários no TFD TFD atendidas
Garantir a 100% dos pacientes elegíveis o atendimento do Serviço de Atenção
Meta 7
Domiciliar (SAD)
Iniciativa Realizar atendimento em saúde no domicílio
Setor responsável Suregs
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Gerenciar os SAD que prestam Percentual de atendimentos
assistência aos pacientes oriundos Solicitações por SAD atendidas 100% de pacientes elegíveis
dos hospitais da rede do Estado assistidos em domicílio
152
Revista Baiana Quadro 3. Compromisso 3
(continua)
de Saúde Pública
Apoiar tecnicamente os municípios para a implantação do Serviço de Atenção
Iniciativa
Domiciliar
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Reformar as farmácias ambula- Farmácias ambulatoriais sob gestão Número de farmácias sob
3
toriais sob gestão direta direta reformadas gestão direta reformadas
Equipar as farmácias ambulato- Farmácias ambulatoriais sob gestão Número de farmácias sob
3
riais sob gestão direta direta equipadas gestão direta equipadas
Mobiliar as farmácias ambulato- Farmácias ambulatoriais sob gestão Número de farmácias sob
3
riais sob gestão direta direta mobiliadas gestão direta mobiliadas
Elaborar/atualizar o manual de
procedimentos das farmácias Número de farmácias sob
Manual de procedimentos das farmá-
ambulatoriais sob gestão direta gestão direta com manuais de
cias ambulatoriais sob gestão direta 3
para execução de práticas de procedimentos elaborados/
elaborados/atualizados
gestão do componente especiali- atualizados
zado da assistência farmacêutica
v.44,supl.1,p.144-176
jan./mar. 2020 153
Quadro 3. Compromisso 3
(continua)
154
Revista Baiana Quadro 3. Compromisso 3
(continua)
de Saúde Pública
Iniciativa Implementar a atenção aos pacientes com epidermólise bolhosa
Setor responsável Sais / DAE / Crae
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Desenvolver ações assistenciais
Pessoas atendidas com Número de pessoas atendidas
às pessoas com epidermólise 65
coberturas especiais com coberturas especiais
bolhosa (EB)
Qualificar os profissionais das
Macrorregiões com profissionais quali- Número de macrorregiões
macrorregiões de saúde para o 9
ficados para atenção à EB capacitadas
cuidado de pessoas com EB
Ampliar em oito o número de regiões com os componentes da Rede de Urgên-
Meta 13
cia e Emergência (RUE) implantados e aprovados no plano de ação regional
Iniciativa Apoiar técnica e financeiramente o Samu 192
Setor responsável Sais / DAE / Cour
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Apoiar a ampliação dos municí- Municípios cobertos pelo Número de municípios cober-
417
pios cobertos pelo Samu 192 Samu 192 apoiados tos pelo Samu 192
Cofinanciar os municípios com Municípios com Samu 192 implanta- Número de municípios com
317
o Samu 192 implantados dos com cofinanciamento cofinanciamento
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Apoiar o processo de
Número de leitos de retaguarda
implantação dos leitos de Leitos de retaguarda da Rede de Ur-
919 da Rede de Urgência e Emer-
retaguarda de acordo com os gência e Emergência implantados
gência implantados
Planos de Ações Regionais
v.44,supl.1,p.144-176
jan./mar. 2020 155
Quadro 3. Compromisso 3
(continua)
Ampliar para 417 o número de municípios com apoio institucional para o de-
Meta 14
senvolvimento de ações de atenção à saúde por ciclo de vida e gênero
Apoiar tecnicamente os municípios nas ações de atenção à saúde por ciclo de
Iniciativa
vida e gênero
Setor responsável Sais / DGC
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Número de municípios apoia-
Município apoiado na atenção integral
320 dos na atenção integral à saúde
à saúde da criança
da criança
Número de municípios apoia-
Município apoiado na atenção integral
320 dos na atenção integral à saúde
à saúde do adolescente/jovem
do adolescente e jovem
Apoiar institucionalmente o Número de municípios apoia-
Município apoiado na atenção integral
município na atenção integral à 400 dos na atenção integral à saúde
à saúde do idoso
saúde no ciclo de vida e gênero do idoso
Número de municípios apoia-
Município apoiado na atenção integral
80 dos na atenção integral à saúde
à saúde do homem
do homem
Número de municípios apoia-
Município apoiado na atenção integral
417 dos na atenção integral à saúde
à saúde da mulher
da mulher
Número de profissionais de
Profissionais de saúde qualificados por
saúde qualificados na atenção
meio de web na atenção à saúde nos 4.000
à saúde nos ciclos de vida e
Qualificar os profissionais na ciclos de vida e gênero
gênero
atenção à saúde nos ciclos de
Número de profissionais de
vida e gênero Profissionais de saúde capacitados
saúde capacitados na atenção
presencialmente na atenção à saúde 2.000
à saúde nos ciclos de vida e
nos ciclos de vida e gênero
gênero
Apoiar tecnicamente os municí- Número de municípios com
Municípios com linha de cuidado a
pios na elaboração da linha de 4 linha de cuidado à saúde da
saúde da pessoa idosa elaborada
cuidado do idoso pessoa idosa elaborada
Qualificar os profissionais na Número de profissionais na
Profissionais na atenção à saúde inte-
atenção à saúde integral a 800 atenção à saúde integral a
gral a pessoa idosa qualificados
pessoa idosa pessoa idosa qualificados
Apoiar tecnicamente o creden- Número de serviços em laquea-
Serviços em laqueadura tubária e
ciamento de serviços em laque- 20 dura tubária e vasectomias com
vasectomias credenciados
adura tubária e vasectomias Resolução CIB
Apoiar a implantação dos serviços de referência na atenção às pessoas em
Iniciativa
situação de violência sexual
Setor responsável Sais / DGC / DGRP
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Número de serviços em aten-
Serviços em atenção a pessoas em
20 ção a pessoas em situação de
Apoiar a implantação de servi- situação de violência sexual apoiados
violência sexual apoiados
ços em atenção a pessoas em
Número de serviços em aten-
situação de violência sexual Serviços em atenção a pessoas em situ-
10 ção a pessoas em situação de
ação de violência sexual credenciados
violência sexual credenciados
Apoiar na implantação de Número de serviços que rea-
Serviços que realizam abortos previstos
serviços que realizam abortos 4 lizam abortos previstos em lei
em lei implantados
previstos em lei implantados
Qualificar os profissionais na as- Número de profissionais na as-
Profissionais na assistência a pessoas
sistência a pessoas em situação 400 sistência a pessoas em situação
em situação de violência qualificados
de violência de violência qualificados
156
Revista Baiana Quadro 3. Compromisso 3
(continua)
de Saúde Pública
Ampliar para 100% os municípios com apoio institucional para o desenvolvi-
Meta 15 mento de ações à saúde das populações historicamente excluídas, discrimina-
das e/ou estigmatizadas
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
v.44,supl.1,p.144-176
jan./mar. 2020 157
Quadro 3. Compromisso 3
(continua)
158
Revista Baiana Quadro 3. Compromisso 3
(continua)
de Saúde Pública Ampliar em dezenove o número de serviços de atenção à pessoa com deficiên-
Meta 17
cia
Apoiar tecnicamente a implementação das
Iniciativa
ações da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência
Setor responsável Sais / DGC
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Apoiar os municípios para a im- CER credenciados 11 Número de CER credenciados
plementação do Componente Número de CEOs com
Especializado da RCPD (CER) CEO com adesão à RCPD 8
adesão a RCPD
Profissionais capacitados presencial- Número de profissionais
Realizar Educação Permanente mente 350
capacitados
de profissionais de saúde na
RCPD Profissionais qualificados Número de profissionais
2.400
por meio de web qualificados
Apoiar institucionalmente para
Planos de ação regionais da RCPD Número de planos
a elaboração dos Planos de 14
aprovados na CIB aprovados na CIB
Ação Regionais da RCPD
Fornecer órteses, próteses, meios auxiliares de locomoção
Iniciativa
e bolsas de ostomia para as pessoas com diversas deficiências
Setor responsável Sais / DGC
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Conceder órteses, próteses, Órteses, próteses, meio auxiliar Número de órteses, próteses,
meio auxiliar de locomoção e de locomoção e bolsas de 1.000.000 meio auxiliar de locomoção e
bolsas de ostomia ostomia concedidas bolsas de ostomia concedidas
Meta 18 Ampliar em 25 o número de serviços de atenção psicossocial
Apoiar técnico-financeiramente a implantação
Iniciativa
de serviços da Rede de Atenção Psicossocial
Setor responsável Sais / DGC
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Apoiar institucionalmente Pessoas com internação de longa
municípios nas estratégias de permanência no Hospital de Custódia Número de pessoas desospitali-
112
desinstitucionalização por hos- e Tratamento (HCT) e nos hospitais zadas dos HCT e HP
pital psiquiátrico psiquiátricos (HP) desospitalizados
Serviço residencial terapêutico (SRT) Número de SRT com incentivo
15
com incentivo financeiro financeiro
Apoiar financeiramente Caps III e Caps AD III Número de Caps III e Caps AD
8
a implementação de com incentivo financeiro III com incentivo financeiro
dispositivos da Raps Número de Caps AD II docen-
Caps AD II docente-assistencial contra-
1 te-assistencial contratualizado
tualizado pela Gestão Estadual
pela gestão estadual
Construir Caps Caps construídos 4 Número de Caps construídos
Apoiar tecnicamente o creden- Número de dispositivos da Raps
Dispositivos da Raps credenciados 25
ciamento de dispositivos da Raps credenciados
Profissionais qualificados Número de profissionais qualifi-
Realizar educação permanente por meio de web 1.200
cados em Saúde Mental
de profissionais da Raps por
meio do Caps AD Gregório de Profissionais capacitados presencial- Número de profissionais qualifi-
Matos mente por meio do Caps 4.000 cados pelo Caps AD II Gregório
AD Gregório de Matos de Matos
Apoiar a implantação do Servi- Número de estabelecimentos
Estabelecimentos hospitalares em
ço de Referência Hospitalar em 15 hospitalares em saúde mental
saúde mental credenciados
Saúde Mental credenciados pela CIB
v.44,supl.1,p.144-176
jan./mar. 2020 159
Quadro 3. Compromisso 3
(continua)
Ampliar para 417 o número de municípios apoiados
Meta 19
na qualificação da atenção às políticas transversais
Apoiar tecnicamente a implementação das ações
Iniciativa
de saúde bucal na atenção especializada
Setor responsável Sais / DGC
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Apoiar tecnicamente os municí-
Municípios apoiados na atenção espe- Número de municípios
pios na atenção especializadas 24
cializada de saúde bucal apoiados
de saúde bucal
Profissionais capacitados presencial- Número de profissionais
Realizar Educação Permanente mente 400
capacitados
de profissionais na atenção
especializada de saúde bucal Profissionais qualificados Número de profissionais
4.000
por meio de web qualificados
Apoiar a implantação da aten- Número de unidades próprias
Unidades hospitalares próprias com
ção hospitalar em saúde bucal 20 com atenção à saúde bucal
atenção à saúde bucal implantados
nas unidades próprias do Estado implantados
Apoiar tecnicamente a implementação de
Iniciativa
Práticas Integrativas e Complementares em Saúde
Setor responsável Sais / DGC
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Realizar educação permanente Profissionais capacitados Número de profissionais
400
de profissionais em práticas presencialmente capacitados
integrativas e complementares Profissionais qualificados Número de profissionais
em saúde 1.200
por meio da web qualificados
Apoiar tecnicamente os municípios nas ações
Iniciativa
de alimentação e nutrição e segurança alimentar
Setor responsável Sais / DGC
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Profissionais capacitados presencial- Número de profissionais
Realizar educação permanente mente 800
capacitados
de profissionais de saúde nas
ações de alimentação e nutrição Profissionais qualificados 1.000
Número de profissionais
por meio de web qualificados
Monitorar os municípios para
a implementação da Política Número de municípios monito-
Municípios monitorados 417
Nacional de Alimentação e rados por meio dos sistemas
Nutrição (Pnan)
Meta 20 Implantar sete policlínicas
Iniciativa Construir policlínicas de saúde
Setor responsável Prosus
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Número de policlínicas
Construir policlínica de Saúde Policlínica de saúde construída 7
construídas
Iniciativa Aparelhar policlínicas regionais
Setor responsável DG / Prosus
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Percentual de clínicas apare-
Aparelhar policlínicas regionais Policlínicas aparelhadas 100%
lhadas
160
Revista Baiana Quadro 3. Compromisso 3
(continua)
de Saúde Pública
Iniciativa Apoiar o funcionamento de consórcio interfederativo de saúde
Setor responsável Sais / DG / APG
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Percentual do consórcio
Custear consórcio de saúde Consórcio de saúde custeado 100%
custeado
Percentual de consórcios
Apoiar tecnicamente os consór- Consórcios públicos de saúde
100% públicos de saúde apoiados
cios públicos de saúde apoiados tecnicamente
tecnicamente
Realizar os módulos do Progra-
Consórcios de saúde Percentual de consórcios de
ma Estadual de Qualificação da 100%
participantes do PEQGC saúde participantes do PEQGC
Gestão Consorciada (PEQGC)
Ampliar para 85% o percentual de unidades próprias
Meta 21
de saúde com avaliação de desempenho superior a 75%
Implementar as ações e serviços das unidades
Iniciativa
próprias de saúde sob gestão direta e indireta
Setor responsável Sais / DGRP
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Gerenciar as unidades próprias Número de unidades próprias
Unidades em funcionamento 58
de saúde em funcionamento
Avaliar e monitorar as unidades Número de visitas
Visitas técnicas realizadas 924
próprias de saúde técnicas realizadas
Implantar serviços de alta com- Serviços de alta complexidade Número de serviços de alta
22
plexidade nas unidades próprias implantados complexidade implantados
Elaborar plano operativo nas
Unidades com plano Número de unidades com
unidades próprias da gestão 28
operativo elaborado plano operativo elaborados
direta
Revisar plano operativo dos Número de unidades com
Unidades com o plano operativo dos
contratos de gestão das unida- 17 plano operativo dos contratos
contratos de gestão revisado
des próprias da gestão indireta de gestão revisado
Realizar capacitações para as Número de capacitações
Capacitações realizadas 8
unidades próprias realizadas
Implementar ações e serviços das unidades próprias de saúde sob gestão de
Iniciativa
parceria público privado (PPP)
Setor responsável Dgecop / PPP
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Número de unidades hospitala-
Unidade hospitalar sob PPP gerenciada 1
res sob PPP gerenciadas
Número de unidades hospita-
Unidade hospitalar com PPP de servi-
Gerenciar unidades próprias 1 lares com PPP de serviços não
ços não clínicos em funcionamento
sob PPP clínicos em funcionamento
Número de unidades de saúde
Unidade de saúde com PPP de diagnós-
12 com PPP de diagnóstico por
tico por imagem em funcionamento
imagem em funcionamento
v.44,supl.1,p.144-176
jan./mar. 2020 161
Quadro 3. Compromisso 3
(conclusão)
Implementar o Plano Estadual de Segurança
Meta PES
do Paciente em nove regiões de saúde
Apoiar as regiões de saúde na implementação do
Iniciativa
Plano Estadual de Segurança do Paciente nas regiões de saúde
Setor responsável Gasec / Nesp
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Requalificar o Núcleo Estadual
de Segurança do Paciente Nesp requalificado 1 Nesp requalificado
(Nesp)
Plano Estadual de Segurança do Pa- Plano Estadual de Segurança do
Elaborar e aprovar o Plano Esta-
ciente aprovado no Conselho Estadual 1 Paciente aprovado no Conselho
dual de Segurança do Paciente
de Saúde e na CIB Estadual de Saúde e na CIB
Número de regiões com gesto-
Apoiar gestores estaduais e Regiões de saúde com gestores capaci-
9 res capacitados em Segurança
municipais, hospitalares e tados em Segurança do Paciente
do Paciente
ambulatoriais para dissemina-
ção da cultura de Segurança do Regiões de saúde com planos regionais Número de regiões de saúde
Paciente nas regiões de saúde de segurança do paciente estabelecidos 9 com planos de segurança do
paciente estabelecidos
Implementar o Plano Estratégico de Atenção Hospitalar (PAH) nas 28 regiões de
Meta PES
saúde
Apoiar as regiões de saúde na organização dos hospitais de acordo com o Plano
Iniciativa
Estratégico de Atenção Hospitalar Regionalizado
Setor responsável Sais / DAE
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Capacitar os gestores munici-
pais e hospitalares nas regiões
Regiões de saúde com Número de regiões com
de saúde para organização da 28
gestores capacitados gestores capacitados
atenção hospitalar segundo o
PAH-BA
Reclassificar os hospitais das re-
Regiões de saúde com hospitais reclas- Número de regiões com
giões de saúde de acordo com 28
sificados a aprovados em CIB hospitais reclassificados
a tipologia estabelecida
Qualificar os profissionais de
referência para execução do Núcleos regionais de saúde com profis- Número de NRS com
9
PAH nos Núcleos Regionais de sionais qualificados conforme PAH profissionais qualificados
Saúde (NRS)
162
Revista Baiana Quadro 4. Compromisso 4
(continua)
de Saúde Pública
Ampliar para 50 mil o número de certificação nos processos formativos
Meta 1 em saúde e demais atividades pedagógicas para trabalhadores, gestores,
estudantes, usuários e controle social no SUS-BA
Iniciativa Promover formação e/ou qualificação dos trabalhadores do SUS-BA
Setor responsável Superh / ESPBA
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Número de trabalhadores de
Qualificar trabalhadores de nível Trabalhadores de nível médio
4.000 nível médio e pós médio certi-
médio e pós-médio e pós-médio qualificados
ficados
Qualificar trabalhadores em cursos de
Número de trabalhadores que
pós-graduação, aperfeiçoamento, atu- Trabalhadores que atuam na
2.000 atuam na Rede SUS-BA certifi-
alização, treinamentos e formação em Rede SUS-BA qualificados
cados
serviço e demais eventos pedagógicos
Formar agentes comunitários de saúde e agentes de combate às ende-
Iniciativa
mias
Setor responsável Superh / ESPBA
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Municípios das 28 Regio-
Promover a adesão dos municípios Número de municípios aderidos
nais de saúde do estado
para a formação dos agentes comuni- 417 à proposta de formação dos
da Bahia com adesão à
tários de saúde (ACS) ACS
formação dos ACS
Formar ACS ACS formados 20.000 Número de ACS formados
Municípios das 28 Regionais
Promover a adesão dos municípios
de saúde do estado da Bahia Número de municípios aderidos
para a formação dos agentes de com- 417
com adesão à formação dos à proposta de formação dos ACE
bate às endemias (ACE).
ACE
Formar ACE ACE formados 9.125 Número de ACE formados
Qualificar 100% da regulação de vagas de residência,
Meta 2
estágios obrigatórios e não obrigatórios em saúde.
Formar especialistas por meio de residências em saúde
Iniciativa
de acordo com as necessidades do SUS-BA.
Setor responsável Superh / ESPBA
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Ofertar vagas para profissionais de Número de vagas de resi-
saúde nos programas de residência dência e multiprofissionais 4.000 Número de vagas ofertadas
médica e multiprofissional de saúde ofertadas
Organizar os campos de práticas
Hora/aula no campo de
da Rede SUS-BA e regular as Número de horas/aula no campo
estágio disponibilizado pela 24.000.000
vagas para os estágios obrigatórios de estágio disponibilizada
Rede Sesab
de graduação em saúde
Organizar os campos de práticas da
Rede SUS-BA e regular as vagas para Estudantes regulados nos Número de estudantes regula-
24.000
os estágios obrigatórios de nível médio campos de prática dos nos campos de prática
em saúde
Qualificar estudantes de graduação
e da formação técnica que cumprem Número de estudantes qua-
seus estágios na Rede SUS-BA nos Estudantes qualificados 2.800 lificados pelos programas de
programas de estágio não obrigatórios estágio não obrigatórios
(médio/técnico e graduação)
v.44,supl.1,p.144-176
jan./mar. 2020 163
Quadro 4. Compromisso 4
(continua)
Ampliar para 29 o número de unidades próprias com, no mínimo,
Meta 3
quatro estratégias de gestão do trabalho implementadas
Iniciativa Implementar o Programa Estadual de Avaliação de Desempenho
Setor responsável Superh / DGTES / Darh
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Número de comissão central e
Instituir comissão central e comissões
Comissão central e comissões número de unidades próprias
locais do Programa de Avaliação de 60
locais instituídas de saúde sob gestão direta com
Desempenho
comissão instituída
Implementar o Programa de Avaliação Número de programas de
Programa de Avaliação de
de Desempenho dos Servidores da 1 avaliação de desempenho
Desempenho implementado
Sesab implementados
Implantar módulo de avaliação de Módulo do Programa de
Número de módulos concluídos
desempenho do Sistema Integrado de Avaliação de Desempenho 1
e em funcionamento
Gestão do Trabalho implantado
Monitorar e avaliar ciclos da avaliação Ciclos monitorados e avalia- Número de ciclos monitorados
48
de desempenho na Sesab dos no ano e avaliados
Iniciativa Implementar o Planejamento da Força de Trabalho na Sesab
Setor responsável Superh / DGTES / Darh
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Validar parâmetros de dimensiona-
Parâmetros para dimensiona-
mento do estado com referências Número de parâmetros vali-
mento da força de trabalho 1
técnicas das unidades, conselhos de dados
validados
classes e sindicatos
Realizar oficinas para a padronização
da nomenclatura dos setores/ áreas das Oficinas realizadas 73 Número de oficinas realizadas
unidades da rede própria
Implantar módulo de dimensionamen-
Módulo de Dimensionamen- Percentual do módulo concluí-
to da força de trabalho na saúde do 100%
to implementado do e em funcionamento
sistema integral de gestão do trabalho
Realizar censo da força de trabalho em Censo da força de trabalho Percentual do censo da força de
100%
saúde do estado realizado trabalho realizado
Aprimorar as ações de segurança e saúde do trabalhador por meio
Iniciativa do Programa de Atenção Integral à Saúde da Trabalhadora e do
Trabalhador da Sesab (Paist)
Setor responsável Superh / DGTES / Darh
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Sala de situação de seguran-
Implantar sala de situação de seguran-
ça e saúde do trabalhador 1 Número de salas implantadas
ça e da saúde do trabalhador da Sesab
implantada
Implementar serviços de atenção inte- Siasts e CLST implantados 1 Siast e 13 Número de serviços
gral à saúde do trabalhador (Siasts) e CLSTs e comissões implantadas
comissão local de saúde do trabalha- Siasts e CLST em funciona- 29 Siasts e Número de serviços e comissões
dor (CLST) das unidades da Sesab mento 29 CLSTs em funcionamento
Implantar projeto de readequação das Projeto de readequação às
unidades da Sesab às Normas Regula- Normas Regulamentadoras
1 Número de projetos implantados
mentadoras do Ministério do Trabalho do Ministério do Trabalho e
e Emprego Emprego implantado
Implantar as ações do Guia de Promo-
Ação implantada 10 Número de ações implantadas
ção da Saúde do Trabalhador
164
Revista Baiana Quadro 4. Compromisso 4
(continua)
de Saúde Pública Promover o desenvolvimento funcional do Grupo
Iniciativa
Ocupacional de Serviços Públicos da Saúde.
Setor responsável Superh / DGTES / Darh
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Número de listas de
Listas de desenvolvimento fun-
8 desenvolvimento funcional
Elaborar listas com solicitações de cional elaboradas – progressão
elaboradas – progressão
promoção e progressão deferidas para
Número de listas de
viabilizar publicação Listas de desenvolvimento fun-
8 desenvolvimento funcional
cional elaboradas – promoção
elaboradas – promoção
Aprimorar a estrutura de negociação coletiva, cargos,
Iniciativa
carreiras e vencimentos da Sesab.
Setor responsável Superh / DGTES / Darh
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Mesa Estadual de Negocia- Número de mesas estaduais de
ção Coletiva do SUS-BA 1 negociação coletiva do SUS-BA
Implementar mesas estaduais de nego- implementada implementadas
ciação coletiva na Sesab Mesa Setorial de Negociação Número de mesas setoriais de
Coletiva do SUS-BA imple- 1 negociação coletiva do SUS-BA
mentada implementadas
Consolidar os núcleos de gestão do trabalho e educação
Iniciativa
na Saúde nas unidades da rede Sesab
Setor responsável Superh / DGTES / Darh
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Implementar os núcleos de gestão
Número de Nugtes
do trabalho e educação na Nugtes implementados 29
implementados
saúde na Sesab (Nugtes)
Aprimorar fluxos, procedimentos e processos de
Iniciativa
gestão de pessoas no âmbito da Sesab
Setor responsável Superh / DGTES / Darh
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Fluxos e procedimentos Percentual dos fluxos e proce-
Revisar fluxos e procedimentos para
para concessão de direitos e dimentos para concessão de
concessão de direitos e benefícios dos 100%
benefícios dos trabalhadores direitos e benefícios dos traba-
trabalhadores da Sesab
da Sesab revisados lhadores da Sesab revisados
Percentual do Sistema Opera-
Sistema Operacional de Ges-
Implantar Sistema Operacional de cional de Gestão de Processos e
tão de Processos e Pessoas 100%
Gestão de Processos e Pessoas Pessoas com fluxos e processos
implantado
automatizado
Percentual de processos de
Reduzir o tempo de análise dos pro- Processos analisados em, no Reduzir o
aposentadoria e abono per-
cessos de aposentadoria e abono de máximo, sessenta dias após a tempo para
manência analisados em até
permanência solicitação do requerente sessenta dias
sessenta dias
Qualificar trabalhadores administra-
tivos para atendimento-padrão na
Trabalhadores administrativos Percentual de trabalhadores
sede do Serviço de Atendimento ao 100%
qualificados administrativo qualificados
Cidadão e da Política Estadual de
Humanização
Ações e procedimentos Percentual de ações e proce-
Monitorar e avaliar as ações e
relativos à área de pessoal e dimentos relativos à área de
procedimentos relativos à área de 100%
pagamento monitoradas e pessoal e pagamento monitora-
pessoal e pagamento
avaliadas das e avaliadas
v.44,supl.1,p.144-176
jan./mar. 2020 165
Quadro 4. Compromisso 4
(continua)
Implantar plano de comunicação para valorização
Iniciativa
do trabalho e do(a) trabalhador(a) da Saúde
Setor responsável Superh / DGTES / Darh
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Plano de comunicação para Número de planos de comu-
Publicar plano de comunicação para
valorização do trabalho e do nicação para valorização do
valorização do trabalho e do trabalha- 1
trabalhador da trabalho e do trabalhador da
dor da Saúde
Saúde publicado saúde publicados
Implantar canais de comunicação Número de canais de comu-
Canais de comunicação para
efetivos que contribuam para o mape- nicação para qualificação do
qualificação do trabalho em 1
amento e respostas das necessidades trabalho em saúde implantados
saúde implantados
das unidades e em funcionamento
Trabalhadores qualificados Percentual de trabalhadores
no Programa de 60% qualificados pelo Programa de
Qualificar trabalhadores da Secretaria Inclusão Digital Inclusão Digital
para a melhoria dos processos de Trabalhadores qualificados
trabalho para utilização do Sistema Percentual de trabalhadores
100%
Eletrônico de qualificados para uso do SEI
Informação (SEI).
Realizar inspeções em unidades próprias da
Iniciativa
Sesab com maior prevalência de ilícitos
Setor responsável Corregedoria
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Realizar inspeções em unidades pró-
Inspeções em unidades pró- Número de unidades próprias
prias da Sesab com maior prevalência 28
prias da Sesab realizadas da Sesab inspecionadas
de ilícitos
Expandir em sete o quantitativo de unidades de saúde
Meta 4 com dispositivos da Política de Humanização da Atenção
e Gestão do SUS-BA nas unidades da Sesab
Assegurar relações e processos de trabalho seguros,
Iniciativa
humanizados e saudáveis na Sesab
Setor responsável Superh
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Implementar II Plano Estadual de II Plano Estadual de Humani- Número de planos estaduais de
1
Humanização (2020-2023) zação implementado humanização implementados
Espaços de gestão e atenção Percentual de espaços de ges-
Implantar espaços de gestão e atenção
à saúde da Sesab com tão e atenção à saúde da Sesab
à saúde da Sesab com dispositivos de 100%
dispositivos de humanização com dispositivos de humaniza-
humanização (unidades gestão direta)
implantados ção implantados
Apoiar a implantação do Acolhimento
ACCR implantado nas Percentual de unidades de
com Classificação e Avaliação de Risco
unidades de emergência 100% emergência com ACCR
(ACCR) nas unidades de emergência
implantado implantado
da rede própria Sesab
Percentual de unidades com
Monitorar unidades com dispositivos
Unidades monitoradas 100% dispositivos de humanização
de humanização implantadas.
monitorados
166
Revista Baiana Quadro 4. Compromisso 4
(conlusão)
de Saúde Pública
Implantar estratégias para promoção de cultura da paz e não violência
Iniciativa
no trabalho em saúde nas unidades da rede própria da Sesab
Setor responsável Superh / DGTES
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Promover curso de aperfeiçoamento Número de cursos de aperfei-
Curso de aperfeiçoamento
sobre promoção da cultura da paz no 1 çoamento sobre promoção da
promovido
trabalho cultura da paz no trabalho
Percentual de unidades com
Monitorar unidades com estratégias Unidades com estratégias
estratégias para promoção da
para promoção da cultura da paz no para promoção da cultura da 100%
cultura da paz no trabalho
trabalho paz no trabalho monitoradas
promovidos monitoradas
Implantar o Selo de Humanização em Saúde do
Iniciativa
SUS -BA (Acreditação Hospitalar para Humanização)
Setor responsável Superh / DGTES
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Instituir Selo de Humanização do Selo de Humanização Número de selos de humanização
1
Estado da Bahia instituído instituídos
Monitorar unidades acreditadas com o Percentual de unidades acreditadas
Unidades monitoradas 100%
Selo de Humanização. monitoradas
Implementar as ações de gestão do trabalho e educação em saúde no
Meta 5
SUS-BA, nas nove macrorregiões
Fortalecer as macrorregionais com ações de gestão do trabalho e educa-
Iniciativa
ção em saúde
Setor responsável Superh
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Número de espaços de discussão
Fortalecer espaços de discussão da
Espaços de discussão forta- da gestão e humanização e edu-
gestão e humanização e educação na 9
lecidos cação na saúde nas macrorregiões
saúde nas macrorregiões
fortalecidos
Apoio na implantação das
Apoiar a implantação das ações e Número de macrorregiões com
ações e estratégias de gestão
estratégias de gestão e humanização da ações e estratégias de gestão e hu-
e humanização da gestão e 9
gestão e do trabalho nas manização da gestão e do trabalho
do trabalho nas macrorregi-
macrorregiões. implantadas
ões realizadas
Implantar comissões de integração
Cies implantadas 28 Número de Cies implantadas
ensino serviço (Cies) regionais
v.44,supl.1,p.144-176
jan./mar. 2020 167
serviços relevantes, como o cadastro de doadores de medula óssea, atividades de educação
permanente para profissionais da área, dentre outras (Quadro 5).
Quadro 5. Compromisso 5
(continua)
168
Revista Baiana Quadro 5. Compromisso 5
(conclusão)
de Saúde Pública
Iniciativa Atender às solicitações de bolsas de hemocomponentes
Setor responsável Hemoba / Dihemot
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Atender à solicitação Solicitação de bolsa
Percentual de solicitações de bolsas
de bolsa de de hemocomponente 75%
de hemocomponentes atendidas
hemocomponente atendida
Ampliar para 488.500 o número de procedimentos e atendimentos hematológicos am-
Meta 3
bulatoriais multidisciplinares realizados em unidades da hemorrede pública estadual
Implementar estratégias de ampliação do quadro
Iniciativa
técnico para o atendimento hematológico ambulatorial
Setor responsável Hemoba / Direg
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Implementar estratégias
de ampliação do quadro
Estratégia Percentual de estratégias para ampliação
técnico para o atendi- 2
implementada do quadro técnico implementadas
mento hematológico
ambulatorial
Iniciativa Qualificar profissionais da rede de Hematologia e Hemoterapia
Setor responsável Hemoba / Diraf
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Realização de evento de
capacitação para profis- Evento de capacita- Percentual de eventos de capacitação para profissionais
240
sionais da rede de hema- ção realizado da rede de hematologia e hemoterapia realizados
tologia e hemoterapia
Iniciativa Realizar procedimentos e atendimentos ambulatoriais multidisciplinares
Setor responsável Hemoba / Dihemat
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Realizar procedimento e
Procedimento ou
atendimento ambula- Percentual de procedimentos e atendimentos ambulato-
atendimento ambula-
torial multidisciplinar 488.500 riais multidisciplinares prestados às pessoas com doenças
torial multidisciplinar
à pessoa com doença hematológicas benignas realizados
realizado
hematológica benigna
v.44,supl.1,p.144-176
jan./mar. 2020 169
Quadro 6. Compromisso 6
(continua)
Ampliar a autonomia e a atuação da Auditoria SUS-BA com o cumprimento de
Meta 1
80% da programação anual de auditoria
Iniciativa Auditar ações, serviços, programas, sistemas e aplicação de recursos no SUS
Setor responsável Auditoria
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Auditar ações, serviços, progra- Ações, serviços, programas, sis-
Percentual de execução da programa-
mas, sistemas e aplicação de temas e aplicação de recursos 80%
ção anual da auditoria atingido
recursos no SUS auditados
Qualificar os processos internos para fortalecimento da
Iniciativa
atuação e autonomia da Auditoria do SUS-BA
Setor responsável Auditoria
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Número de processos internos quali-
Qualificar processos internos Processos internos qualificados 8
ficados
Avaliar o cumprimento das metas estabelecidas
Iniciativa
no Plano Anual de Auditoria
Setor responsável Auditoria
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Monitorar a execução do Plano Relatórios quadrimestrais Número de relatórios quadrimestrais
12
Anual de Auditoria elaborados elaborados
Meta 2 Expandir para 103 o número de unidades de Ouvidorias do SUS-BA
Iniciativa Realizar capacitações de novos Ouvidores do SUS-BA
Setor responsável Ouvidoria
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Apoiar tecnicamente os gestores
Novas ouvidorias do SUS
municipais para a implantação de 103 Número de ouvidorias implantadas
implantadas
ouvidorias do SUS no estado
Meta 2 Expandir para 103 o número de unidades de Ouvidorias do SUS-BA
Iniciativa Realizar capacitações de novos Ouvidores do SUS-BA
Setor responsável Ouvidoria
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Qualificar o profissional para utili- Número de novos ouvidores capaci-
Novos ouvidores capacitados 103
zação do Sistema Ouvidor SUS tados
Ouvidoria contempladas com Número de ouvidorias contempladas
Divulgar os serviços de ouvidoria 180
materiais informativos com materiais informativos
Iniciativa Distribuir kits de computadores para as novas ouvidorias
Setor responsável Ouvidoria
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Disponibilizar equipamento após Kit completo de informática
103 Número de kits disponibilizados
assinatura do Termo de Adesão disponibilizado
Iniciativa Realizar monitoramento das ouvidorias da rede
Setor responsável Ouvidoria
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Realizar visita técnica às ouvi- Número de visitas técnicas realizadas às
Visita técnica realizada 80
dorias ouvidorias
Realizar qualificação da rede Reuniões semestrais realizadas 8 Número de reuniões
estadual de ouvidorias Ouvidores capacitados 200 Número de ouvidores capacitados
170
Revista Baiana Quadro 6. Compromisso 6
(continua)
de Saúde Pública Expandir para dezoito o número de unidades de saúde
Meta 3
da rede própria da Sesab com prontuário eletrônico
Iniciativa Capacitar profissionais de saúde na utilização do prontuário eletrônico
Setor responsável Prosus / DMA
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Capacitar os profissionais de
Profissionais de saúde capaci-
saúde no sistema de prontuário 2.160 Número de profissionais capacitados
tados no AGHUse
eletrônico AGHUse
Iniciativa Implantar o sistema de informação de prontuário eletrônico
Setor responsável Prosus / DMA
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Implantar o sistema de informa- Unidades de saúde com pron- Número de unidades com o prontuário
18
ção de prontuário eletrônico tuário eletrônico implantado eletrônico implantado
Qualificar dezoito unidades da Sesab – administrativas e rede própria – com
Meta 4
infraestrutura e recursos de tecnologia da informação e comunicação (TIC)
Iniciativa Melhorar a infraestrutura tecnológica e os recursos de TIC
Setor responsável Prosus / DMA
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Unidade qualificada com os Número de unidades qualificadas com
Adquirir recursos de TIC 18
recursos de TIC adquiridos recursos de TIC adquiridos
Iniciativa Aperfeiçoar a capacidade de gestão de TIC
Setor responsável Prosus / DMA
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Capacitar profissionais em TIC Profissionais de TIC capacita- Número de unidades com profissionais
18
nas unidades de saúde das nas unidades de saúde de TIC capacitados
Ampliar para 1.316 o número de pesquisas monitoradas nas unidades pró-
Meta 5 prias da gestão direta, no Programa de Pesquisa para o SUS-BA (PPSUS) e no
Comitê de Ética em Pesquisa (CEP SESAB)
Qualificar o monitoramento das pesquisas realizadas nas unidades próprias
Iniciativa
da gestão direta – implantação do sistema Plataforma Bahia
Setor responsável Saftec / Ditec
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Desenvolver o sistema Sistema Plataforma Número de sistemas
1
Plataforma Bahia Bahia desenvolvido desenvolvidos e atualizados
Realizar o monitoramento das
Pesquisas monitoradas 1.200 Número de pesquisas monitoradas
pesquisas em unidades de saúde
Realizar reuniões de monitora-
Reuniões realizadas para moni-
mento com representantes das 4 Número de reuniões realizadas
toramento das pesquisas
unidades de saúde
Iniciativa Apoiar técnica e cientificamente os comitês de ética em pesquisa (CEP)
Setor responsável Saftec / Ditec
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Realizar reunião ampliada com os Reuniões ampliadas do CEP
4 Número de reuniões realizadas
CEP Bahia realizadas
Realizar seminário estadual com Seminário estadual do CEP
4 Número de seminários realizados
os CEP Bahia realizado
Participar de reuniões do CEP Participação em reuniões do Número de participações em
32
Sesab CEP realizadas reuniões do CEP
v.44,supl.1,p.144-176
jan./mar. 2020 171
Quadro 6. Compromisso 6
(continua)
Apoiar técnica e cientificamente a elaboração de editais de pesquisa para o
Iniciativa
SUS
Setor responsável Saftec / Ditec
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Realizar seminário final edital
Seminário final Edital Fapesb –
Fapesb – Pesquisa para o SUS 1 Número de seminários realizados
Pesquisa para o SUS realizado
nº 03/2017
Realizar oficina de prioridade Oficina de prioridade para ela-
para elaboração de edital de boração de edital de pesquisa 1 Número de oficinas realizadas
pesquisa para o SUS Fapesb para o SUS Fapesb realizada
Elaborar edital de pesquisa Edital de pesquisa conjunta-
conjuntamente com a Fapesb, mente a Fapesb, MS e CNPq 1 Número de editais elaborados
MS e CNPq elaborado
Realizar seminários e pesquisa Seminários de pesquisa para o
2 Número de seminários realizados
para o SUS SUS realizados
Elaborar material para divulgação Material para divulgação das
2 Número de materiais elaborados
de pesquisa para o SUS pesquisa para o SUS elaborado
Ampliar em onze o número de unidades da rede própria em processo de
Meta 6
eficientização de custos
Iniciativa Implementar sistema de monitoramento de custos
Setor responsável Saftec / Ditec
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Implantar sistema de monitora- Sistema de monitoramento de Número de implantações do sistema
17
mento de custos custos implantado de monitoramento de custos realizadas
Capacitar trabalhadores para
Trabalhadores capacitados 2.000 Número de trabalhadores capacitados
qualificação dos dados
Monitorar os custos na unidades Unidades de saúde com os Número de unidades de saúde com os
54
de saúde custos monitorados custos monitorados
Realizar seminário para apresen-
Seminários realizados 4 Número de seminários realizados
tação dos resultados
Iniciativa Implantar metodologia de racionalização de uso de medicamentos
Setor responsável Saftec / Ditec
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Realizar treinamento para
monitoramento e avaliação dos
Pessoa treinada 200 Número de pessoas treinadas
resultados da racionalização de
uso de medicamentos
Realizar acompanhamento e
avaliação crítica das etapas Número de avaliações críticas reali-
Avaliação crítica realizada 4
estruturais para participação no zadas
Treinamento Prático
Aprimorar a articulação interfederativa nas instâncias gestoras do SUS-BA por
Meta 7
meio da realização de 1.160 reuniões de pactuação
Iniciativa Realizar reuniões de pactuação das instâncias gestoras interfederativas
Setor responsável APG
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Realizar reuniões de pactuação
Reuniões de pactuação reali- Número de reuniões de pactuação
das instâncias gestoras interfede- 1.160
zadas realizadas
rativas
172
Revista Baiana Quadro 6. Compromisso 6
(conclusão)
de Saúde Pública Fortalecer as instâncias de controle social, nos 417 conselhos
Meta 8
municipais de saúde
Iniciativa Apoiar as instâncias de controle social na condução das políticas de saúde
Setor responsável CES
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Promover a estrutura e funciona- CES estruturado e em funcio- Percentual de estrutura em funciona-
100%
mento do CES namento mento
Percentual de ações estratégicas
Realizar ações estratégicas do CES Ações estratégicas realizadas 100%
realizadas
Realizar a 11ª Conferência Esta- 11ª Conferência Estadual de Percentual de ações programadas por
100%
dual de Saúde Saúde realizada ano realizadas
Meta 9 Elaborar 24 instrumentos de planejamento e gestão do SUS
Elaborar e aprimorar os instrumentos de monitoramento,
Iniciativa
acompanhamento e avaliação da política de saúde
Setor responsável APG
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Elaborar relatórios de gestão da Relatório de Gestão da Sesab
24 Número de RAG elaborados
Sesab elaborado
Apoiar os municípios no apri-
Municípios apoiados no apri- Percentual de municípios apoiados no
moramento e elaboração dos
moramento dos instrumentos 70% aprimoramento nos instrumentos de
instrumentos de planejamento
de planejamento em saúde planejamento em saúde
da saúde
Realizar estudos de linhas do cuidado e modelagem
Iniciativa
das Redes de Atenção à Saúde (RAS)
Setor responsável Prosus
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Realizar estudos de linhas do Estudo de linha de cuidado
1 Número de estudos realizados
cuidado e modelagem das RAS realizado
Qualificar a Central Farmacêutica da Bahia e a Farmácia Integrada
Meta PES
de Medicamentos da Atenção Especializada
Manter o funcionamento qualificado da Central Farmacêutica
Iniciativa da Bahia (Cefarba) e da Farmácia Integrada de Medicamentos
da Atenção Especializada (Fimae)
Setor responsável Saftec / Dasf
Meta até
Ações Produtos Indicador
2023
Qualificar Cefarba Cefarba qualificada 100% Percentual de qualificação da Cefarba
Qualificar a Fimae Fimae qualificada 100% Percentual de qualificação da Fimae
v.44,supl.1,p.144-176
jan./mar. 2020 173
a administração de pessoal e encargos do grupo ocupacional de saúde das unidades de saúde da
rede própria sob administração direta.
Ademais, os recursos disponibilizados por meio de convênios estaduais contemplam
a melhoria da assistência à saúde nos municípios, que também fazem parte da política da gestão
qualificada dos recursos administrativos e financeiros para prestação dos serviços de saúde.
Quadro 7. Compromisso 7
(continua)
174
Revista Baiana Quadro 7. Compromisso 7
(conlusão)
de Saúde Pública
Ações Produtos Meta até 2023 Indicador
Percentual de municípios que rece-
Município apoiado
Apoiar financeiramente o município 100% beram apoio financeiro para apare-
financeiramente
lhamento de unidades de saúde
Realizar administração de pessoal e encargos do grupo ocupacional de saú-
Iniciativa
de das unidades de saúde da rede própria sob administração direta
Setor responsável Superh
Ações Produtos Meta até 2023 Indicador
Realizar administração de pessoal
Percentual de pessoal e encargos
e encargos do grupo ocupacional
Administração de do grupo ocupacional de saúde das
de saúde das unidades de saúde 100%
pessoal realizado unidades de saúde da rede própria
da rede própria sob administração
sob administração direta
direta
Iniciativa Assegurar o funcionamento de sistema informatizado
Setor responsável DMA
Ações Produtos Meta até 2023 Indicador
Atender as demandas de desenvol-
vimento, evolução e sustentação de Demandas atendidas 100% Percentual de demandas atendidas
sistemas informatizados
Iniciativa Gerenciar o Projeto de Fortalecimento do SUS
Setor responsável Prosus
Ações Produtos Meta até 2023 Indicador
Gerenciar o Prosus Prosus gerenciado 1 Número de projetos gerenciados
Iniciativa Disponibilizar medicamentos em caráter especial
Setor responsável Saftec
Ações Produtos Meta até 2023 Indicador
Medicamentos em
Disponibilizar medicamentos em Número de medicamentos em cará-
caráter especial 240.000
caráter especial ter especial disponibilizados
disponibilizados
Realizar o processamento das informações dos serviços hospitalares e am-
Iniciativa
bulatoriais dos estabelecimentos de saúde
Setor responsável Dicon / Suregs
Ações Produtos Meta até 2023 Indicador
Informações dos
Realizar o processamento das infor- Percentual de informações dos
serviços hospitalares
mações dos serviços hospitalares e serviços hospitalares e ambulato-
e ambulatoriais dos 100%
ambulatoriais dos estabelecimentos riais dos estabelecimentos de saúde
estabelecimentos de
de saúde processadas
saúde processadas
Manter em funcionamento a oferta dos serviços de saúde às pessoas priva-
Iniciativa
das de liberdade no sistema prisional
Setor responsável Fesba / Disi
Ações Produtos Meta até 2023 Indicador
Tratamento e serviço
Manter em funcionamento o Percentual de unidade prisional em
de saúde em unidade
tratamento e o serviço de saúde em 100% funcionamento com tratamento e
prisional em funcio-
unidade prisional serviço de saúde
namento
v.44,supl.1,p.144-176
jan./mar. 2020 175
7.8 COMPROMISSO COMPARTILHADO
176
Revista Baiana 8 M O N I T O R A M E N T O E A V A L I A Ç Ã O
de Saúde Pública
v.44,supl.1,p.177-179
jan./mar. 2020 177
entregas à sociedade, de forma alinhada à execução financeira. Anualmente, as ações propostas
são avaliadas através do Relatório Anual de Saúde (RAG), momento em que podem ser
reavaliadas, crítica e propositivamente, as ações/produtos, com recomendações/sugestões para
a próxima PAS.
Como ferramenta de apoio e gestão do planejamento estadual e municipal, o
MS vem desenvolvendo ações no âmbito do SUS, buscando fortalecer a gestão do sistema de
saúde nas unidades subnacionais. Dentre essas ações, salienta-se a iniciativa de integração das
informações, com vistas a facilitar o planejamento e monitoramento das ações e serviços de
saúde, a exemplo do DigiSUS.
O DigiSUS Gestor – um dos componentes da estratégia e-Saúde – é uma plataforma
digital em construção, que tem por objetivo instrumentalizar gestores públicos, pesquisadores
e toda a sociedade para obterem e informações e dados produzidos pelo MS, suas entidades
vinculadas e órgãos de pesquisa e disponibilizá-los de forma sistematizada em painéis, mapas,
gráficos e tabelas de caráter executivo e gerencial.
O DigiSUS Gestor – Módulo Planejamento (DGMP) é um sistema de informação
para estados e municípios desenvolvido a partir dos normativos do planejamento do SUS e da
internalização da lógica do ciclo de planejamento. Sendo assim, substitui os antigos Sistema de
Apoio à Elaboração do Relatório de Gestão (Sargsus) e Sistema de Pactuação (Sispacto), além
de agregar novas funcionalidades. Isso significa que o sistema não só permitirá lançar o Plano
de Saúde e as Programações Anuais de Saúde, como também receberá os registros das metas
da Pactuação Interfederativa e registrará a análise dos resultados dos Planos obtidos através do
Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior (RQDA) e do Relatório Anual de Gestão (RAG).
Através da APG-Sesab e em parceria com o MS, o estado já capacitou gestores dos
417 municípios baianos para utilização do módulo planejamento DGMP. Além disso, disponibiliza
técnicos especializados para orientar e apoiar os municípios na utilização da ferramenta.
Os monitores e avaliadores estarão direta ou indiretamente envolvidos com a
elaboração do Plano e o vivenciarão, sendo os responsáveis por conduzir os processos: gestores
de políticas; responsáveis pelos compromissos, metas e iniciativas; integrantes das equipes
técnicas; representantes do conselho de saúde e colegiados de gestores, entre outros. O
processo de monitoramento e avaliação deve estimular a reflexão, aprendizagem, sensibilização,
conscientização e crítica, o que necessitará de qualificação técnica, compromisso ético e
políticas de saúde.
178
Revista Baiana 8.1 INDICADORES DO PPA 2020-2023 E PACTUAÇÃO INTERFEDERATIVA 2017-2021
de Saúde Pública
O Quadro 9 apresenta os Indicadores do PPA para o período de 2020-2023,
Quadro 9. Indicadores
REFERÊNCIA
INDICADORES
NORMATIVA
Óbitos prematuros número e taxa por 100 mil habitantes) pelo conjunto das quatro principais doen- Pacto
ças crônicas não transmissíveis (doenças do aparelho circulatório (DCNT), câncer, diabetes e doenças
respiratórias crônicas), segundo local de residência.
Proporção de registro de óbitos com causa básica definida. Pacto
Proporção de vacinas selecionadas do Calendário Básico de Vacinação da Criança menor de 2 anos de Pacto
idade – pentavalente 3ª dose, pneumocócica 10-valente 2ª dose, poliomielite 3ª dose e tríplice viral 1ª
dose – com cobertura vacinal preconizada.
Proporção de casos de doenças de notificação compulsória imediata (DNCI) encerrados em até 60 Pacto
dias após notificação.
Proporção de cura de casos novos de hanseníase diagnosticados nos anos das coortes, segundo Pacto
município de residência.
Número de casos novos de sífilis congênita em menores de 1 ano, segundo local de residência. Pacto/PPA
Casos novos de aids em menores de 5 anos, segundo local de residência. Pacto
Proporção de análises realizadas em amostras de água para consumo humano quanto aos parâme- Pacto
tros coliformes totais, cloro residual livre e turbidez, segundo local de residência.
Razão de exames citopatológicos do colo do útero em mulheres de 25 a 64 anos na população Pacto
residente de determinado local e a população da mesma faixa etária.
Exames mamográficos de rastreamento realizados em mulheres de 50 a 69 anos (número e razão), Pacto
segundo local de residência.
Proporção de parto normal no SUS e na saúde suplementar, segundo município de residência. Pacto
Proporção de gravidez na adolescência (10 a 19 anos), segundo município de residência. Pacto
Número de óbitos e taxa de mortalidade infantil por mil nascidos vivos, segundo local de residência. Pacto
Número de óbitos maternos, segundo município de residência, estado da Bahia. Pacto
Cobertura populacional estimada pelas equipes de atenção básica. Pacto
Cobertura de acompanhamento das condicionalidades de saúde do Programa Bolsa Família (PBF). Pacto
Cobertura populacional estimada de saúde bucal na atenção básica. Pacto
Número de ciclos que atingiram mínimo de 80% de cobertura de imóveis visitados para controle Pacto
vetorial da dengue
Percentual de preenchimento da variável ocupação nas notificações de acidente trabalho com expo- Pacto
sição a material biológico, acidente grave e intoxicação exógena, segundo local de residência.
Percentual de mortes por causas evitáveis em menores de 5 anos. PPA
Proporção de internações por condições sensíveis à atenção básica (ICSAB). PPA
Taxa de letalidade das formas graves da dengue. PPA
Proporção de regiões de saúde que reduziram internações hospitalares em obstetrícia realizadas fora PPA
da região de residência do usuário
Proporção de regiões de saúde que reduziram internações hospitalares em clínica médica por causas PPA
selecionadas realizadas fora da região de residência do usuário.
Taxa de abandono da pentavalente no estado. PPA
v.44,supl.1,p.177-179
jan./mar. 2020 179
9 D E L I B E R A Ç Õ E S D A 10ª C O N F E R Ê N C I A E S T A D U A L D E S A Ú D E
180
Revista Baiana Quadro 10. Eixo 1: saúde como direito
(conclusão)
de Saúde Pública Número da
Proposta
proposta
Implantar núcleos municipais/regionais de pesquisa em vigilância em saúde em parceria com
7 instituições de ensino e pesquisa públicas, garantindo o financiamento para a realização de estudos
sobre os agravos à saúde e seus determinantes ambientais, econômicos e sociais.
Garantir maior transparência e investimentos do Estado na Embasa para captação e articulação de
ações intersetoriais que repercutam nos indicadores de saúde da população, priorizando a redução
8
de riscos ambientais, o controle de agrotóxicos, saneamento básico e o abastecimento universal de
água de qualidade potável, de acordo com a Portaria nº 2.914/2011.
Garantir o cumprimento das ações sanitárias em saúde ambiental, desenvolvidas de forma continu-
10 ada e integrada com a rede educacional e a comunidade envolvida, com ênfase em comunidades
rurais, indígenas, povos tradicionais e grupos étnicos.
Propor estratégias nos territórios para promover o acesso equânime de populações aos serviços de
11 saúde em seus níveis de complexidade, considerando as mais prejudicadas devido à dificuldade de
transporte, condições financeiras ou restrições de mobilidade.
Promover equidade na atenção à saúde de modo a reduzir as desigualdades regionais e ampliar a
12
oferta e o acesso às ações de saúde.
Garantir estratégias de acesso à saúde pública (SUS) para os povos e comunidades tradicionais
13 (indígenas, quilombolas, ciganos, ribeirinhos), respeitando as suas especificidades e necessidades
de saúde, independente do espaço geográfico em que estejam inseridos.
v.44,supl.1,p.180-184
jan./mar. 2020 181
Quadro 11. Eixo 2: consolidação do SUS
(conclusão)
Número da
Proposta
Proposta
Implantar o Hospital Estadual de Oncologia e/ou serviços de referência em oncologia em todas as
microrregiões do estado, com oferta de exames de alta complexidade em quantidade suficiente e
62 tempo hábil aos usuários com suspeita de CA e de tratamento radioterápico, quimioterápico e cirúr-
gico, favorecendo o acesso e a qualificação do tratamento do paciente e atendendo ao princípio da
integralidade e regionalização do SUS.
Garantir regulação estadual em tempo hábil, de acordo com a classificação de risco e o princípio da
equidade, com ampliação do número de vagas para acesso a consultas e exames de média e alta
83
complexidade, principalmente em serviços de ortopedia/traumatologia, urgência, emergência e UTI, e
criação de mecanismos de transparência e canais de comunicação direta com o usuário.
Garantir a regionalização do fluxo de pacientes por meio da organização dos sistemas regulatórios
existentes; da implantação de complexo regulador regional; da elaboração de fluxograma, manuais e
84 protocolos de acesso aos serviços pactuados; da capacitação dos servidores com a criação de meca-
nismos de transparência e canais de comunicação direta com o usuário; e do controle social, com o
intuito de diminuir a demanda reprimida.
182
Revista Baiana C O N S I D E R A Ç Õ E S F I N A I S
de Saúde Pública
v.44,supl.1,p.180-184
jan./mar. 2020 183
R E F E R Ê N C I A S
184
Revista Baiana
de Saúde Pública