TCC Ok
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Gabriele Branger. 1
Graziele Cristina Pinheiro. 2
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo abordar questões sobre a forma de como o psicopata é
incluso no sistema carcerário brasileiro. O intuito deste trabalho é estudar o conceito da figura
do psicopata no direito penal brasileiro e a sua evolução histórica, visando como parte principal
a inclusão da psicopatia no sistema carcerário, em seguida é analisada a forma como o mesmo
é visto pelos cidadãos, também é abordado os níveis de psicopatia e por fim apresenta-se quais
são as características que formam a imputabilidade e a semi-imputabilidade. No
desenvolvimento da pesquisa analisamos que o psicopata não é considerado doente, é
considerado portador de um transtorno mental e precisa de uma pena mais adequada para que
seja prevenida a reincidência.
Palavras – chave: Psicopata; Sistema carcerário; Doença; Direito Penal.
ABSTRACT
The presente work aims to address questions about how the psychopath is included in the
Brazilian prison system. The purpose of this work is to study the concepto f the figure of the
psychopath in Brazilian criminal law and its historical evolution, aiming as a main part the
inclusion of psychopathy in the prison system, then the way in which it is seen by citizens is
analyzed, it is also approached the levels of psychopathy and finally presents what are the
characteristics that form imputability and semi-imputability. In the development of the research,
we analyzed that the psychopath is not considered sick, he is considered to have a mental
disorder and needs a more adequate penalty to prevent recidivism.
Keywords:Psychopath; Printion system; Illness; Criminal Law.
1
Acadêmico (a) do Curso de Direito, 9ª fase, do Centro Universitário UNIFACVEST.
2
Prof. Mestra em Práticas Transculturais e Graduada em Direito e pós graduada em Direito Penal e Processo Penal
Transculturais pelo Centro Universitário Unifacvest, lecionando no corpo docente do Centro Universitário
UNIFACVEST.
2
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
rudimentar.(SOEIRO,2010)
Com base na análise aos estudos feitos pelo Pritchard em relação à psicopatia, iniciou
uma pesquisa por outros historiadores, para que se aprofundassem em relação aos psicopatas e
aos transtornos mentais.
Para Oliveira, o termo conhecido como “psicopatia” perante a sociedade mostrou-
se pela primeira vez na Escola de Psiquiatria Alemã, nos primórdios do século XX. Definida
por Kurt Schneider como um indivíduo portador desse transtorno por ter uma personalidade
anormal, que sofre por causa da sua anormalidade ou que, impelido por ela, faz sofrer à
sociedade. (OLIVEIRA,2015)
Podemos notar que os indivíduos portadores do transtorno de personalidade sofrem
de uma perturbação da saúde mental e não de alguma doença. Infelizmente, é muito comum
que sejam confundidas por várias doenças, como por exemplo: retardo mental, neuroses,
esquizofrenia e transtorno de conduta.
No livro Mentes Perigosas: o psicopata mora ao lado, (SILVA.2014,32) nos mostra
claramente o conceito do perfil de um psicopata:
O termo psicopata pode dar a falsa impressão de que se trata de indivíduos loucos ou
doentes mentais. A palavra psicopata literalmente significa doença da mente, no
entanto, em termos médicos-psiquiátricos, a psicopatia não se encaixa nessa visão
tradicional de doenças mentais. Os Psicopatas em geral, são indivíduos frios,
calculistas, dissimulados, mentirosos, que visam apenas o benefício próprio. São
desprovidos de culpa ou remorso e, muitas vezes, revelam-se agressivos e violentos.
Determinadas características dos psicopatas nascem com eles onde as mesmas acompanham
durante toda sua. Sua personalidade é alternante, aparentemente são considerados indivíduos
bons e sedutores, no entanto eles atacam quando a situação em que se encontram se mostra
favorável a eles. Assim, podem escoar toda a maldade inerente à sua personalidade. São
também indivíduos covardes nas situações que os ameaça e se as suas possíveis vítimas forem
pessoas que podem se defender, eles não fazem absolutamente nada. (FREITAS,2023)
De acordo com o texto que Freitas,(2023) nos traz, podemos concluir que os
psicopatas tem plena consciência do que estão praticando, e destacamos que o são indivíduos
covardes e que sabem exatamente com quem iram mexer e onde atacar.
saber o que está fazendo, ou seja, a pessoa não entende o caráter ilícito do ato que está
cometendo, e Semi-imputabilidade é a capacidade parcial da pessoa de poder compreender o
ato que está cometendo, presume-se então que o psicopata é semi-imputável, pois tem certo
discernimento para saber o que está fazendo em determinado momento.
Diante de uma análise feita por Haidar, ao artigo 26, caput, do Código Penal, ela nós
traz o seguinte: caso haja ausência da capacidade de compreensão da ilicitude, estamos diante
da inimputabilidade. Neste caso, em relação ao estado de saúde mental do agente, este não é
considerado imputável, aquele que se responsabiliza pelos seus atos. Portanto, na
inimputabilidade, o sujeito não pode sofrer a pena privativa de liberdade quando cometer um
ilícito, sendo aplicada a ele, a medida de segurança. (HAIDAR. 2021)
A Doutrina traz diversos posicionamentos a fim de dar uma resposta para a questão
da psicopatia. Há aqueles que entendem serem eles imputáveis, a partir dos critérios
estabelecidos pela legislação penal, ou seja, respondem pelos crimes cometidos; há quem inclua
o psicopata no rol dos semi-imputáveis, considerando a psicopatia como perturbação da saúde
mental, nos termos do artigo 26, parágrafo único, do Código Penal Brasileiro; e, por fim, há
quem sustente a inimputabilidade desses indivíduos, ou seja, a ausência de capacidade de
culpabilidade dos psicopatas. No entanto, uma vez que a psicopatia se trata, em verdade, de um
transtorno da personalidade antissocial, ela não é considerada uma doença mental, e por não
afetarem a inteligência e a vontade, consequentemente não excluem a culpabilidade (DUARTE,
2018).
Como pode ser observado ao final do parágrafo acima, a pessoa que tem um
transtorno de personalidade antissocial, não se considera doente mental e não tem a sua
culpabilidade excluída, portanto irá se responsabilizar, terá sua pena aplicada, mas de forma
reduzida.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho teve como objetivo analisar a forma na qual o psicopata é tratado
no sistema carcerário brasileiro, sua historicidade e sua conduta.
No primeiro tópico deste trabalho, verificamos sobre o conceito da psicopatia, e
notamos que a mesma não é considerada uma doença mental e sim um transtorno mental, onde
a pessoa possui vários tipos de características que os diferenciam, pode-se notar que os
psicopatas têm ausência de remorso e empatia, são considerados indivíduos bons e sedutores e
sabem exatamente a hora q a situação está a favor deles, psicopata homicida comporta-se em
consequência de uma estrutura de caráter que tem êxito sem referências as normas ou
regulamento da sociedade.
Diante dos fatos, é possível verificar que a medida de segurança aplicada aos
psicopatas não produz nenhum efeito, em razão de que não se trata de doentes mentais nesses
casos. Faz-se necessário o uso de outras punições a estes indivíduos, como a prisão privativa
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REFERÊNCIAS
DUARTE, Tatiane Borges. Psicopatia Versus o Sistema Penal Brasileiro: Como Enfrentá-la.
Disponível em: https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/22043/1/PsicopatiaVersusSistema.pdf,
acesso em 19/06/2023.
FREITAS, María Stella Sá. A Lei Aplicada ao Psicopata Homicida, 2021. Disponível em:
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/direito/lei-aplicada-ao-psicopata-homicida.htm, acesso em
19/06/2023.
HAIDAR,Victoria. A Responsabilidade Penal do Psicopata à Luz do Ordenamento Jurídico
Brasileiro, 2021. Disponível em: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/13650.
Acesso em 23/03/2023.
OLIVEIRA, Anecleia Arajo. Psicopatia e o Sistema Carcerário Brasileiro, 2020. Disponível em:
https://jus.com.br/artigos/95347/psicopatia-e-o-sistema-prisional-brasileiro acesso em: 27/04/2023.
ROSSINI, Tayla Roberta Dolci . O sistema prisional brasileiro e as dificuldades de ressocialização,
2015. Disponível em: https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/8784/O-sistema-prisional-
brasileiro-e-as-dificuldades-de-ressocializacao-do-preso. acesso em: 15/06/2023.
SOEIRO, C., & GONÇALVES, R. A. O estado de arte do conceito de psicopatia, 2010. Disponível
em:https://www.pucrio.br/ensinopesq/ccpg/pibic/relatorio_resumo2011/Relatorios/CSS/DIR/DIR_Ale
xandra%20Carvalho%20Lopes%20de%20Oliveira.pdf . acesso em 24/03/2023.
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