PesquisadorMaconico 005 200106
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PesquisadorMaconico 005 200106
MAÇÔNICO
n.º5 Junho/2001
ÍNDICE
EDITORIAL Pág. 2
Pág. 3
entusiasmo com a nossa Ordem, se muitos achamos que ela está “adormecida Curiosidades
“? MAS É PRECISO SE ENTUSIASMAR!!!
A palavra entusiasmo vem do grego e significa ter um deus dentro de si. Os Pág. 4
gregos eram politeístas. Ou seja, acreditavam em vários deuses. A pessoa Para pensar
entusiasmada era aquela possuída por um dos deuses e, por causa disto, Cantinho da Poesia
poderia transformar a natureza e fazer coisas acontecerem. Segundo os
gregos, só as pessoas entusiasmadas eram capazes de vencer os desafios do Pág. 5
cotidiano. Era preciso, portanto, entusiasmar-se. Gr. Dic.Enciclopédico de
A pessoa entusiasmada é aquela que acredita na sua capacidade de Maç. e Simbologia
transformar as coisas, de fazer dar certo. Entusiasmada é a pessoa que (Nicola Aslan)
acredita em si. Acredita nos outros. Acredita na força que as pessoas têm de Biblioteca
transformar o mundo e a própria realidade. Saúde é coisa séria
E só há uma maneira de ser entusiasmado: é agir entusiasticamente! Se
formos esperar ter as condições ideais primeiro, para depois nos Pág. 6 e 7
entusiasmarmos, jamais nos entusiasmaremos com coisa alguma, pois sempre Trabalhos Maçônicos
teremos razões para não nos entusiasmar. Não é o sucesso que traz o
entusiasmo, é o entusiasmo que traz o sucesso. Pág. 8
Com a visita do Grão-Mestre, Ir.: Ward de Souza Gusmão, à L.: Viagem ao nosso interior
RENASCIMENTO, pudemos ouvir boas notícias, concernente à tomada de
atitude de indignação, por decisão do Grão-Mestrado, em face de atitudes Pág. 9
impatrióticas de alguns cidadãos que estão no poder e o usam em História pura
malversações. Que ótimo! Pág. 10
E não podemos deixar de aplaudir a iniciativa da Maçonaria catarinense, com Biografia do mês
a criação da FUNDAÇÃO HERMON, materializando um anseio há muito
perseguido pelas três OOb.: (GOSC/GLSC/GOESC), e que deve ser seguida Pág. 11
com o maior ENTUSIASMO. Precisamos somar, precisamos atuar Essa é para relaxar
efetivamente na mudança dos desígnios da nossa Nação, não só com o nosso Efemérides do mês
exemplo maçônico no nosso cotidiano (que é uma obrigação, um dever),, mas
também coletivamente, no mínimo, apoiando atitudes como as mencionadas Pág. 12
acima. Frases que marcaram.
Pág. 14
O Pesquisador Maçônico
Depoimento
Fundação: Janeiro/2001
Pág. 15
Informativo Cultural da SOCIEDADE DE ESTUDOS ANTHERO
BARRADAS, e A... R...L...S... Renascimento n.º 08 1
• Dicas e regras
Rua Nicola Aslan, 133
Braga – Cabo Frio (RJ)
O QUE A IMPRENSA NOTICIOU
Com expressiva participação em vários movimentos ao longo da história a Maçonaria entra também na
mobilização em favor dos recursos hídricos. A iniciativa foi da Grande Loja Maçônica do Estado do Espírito
Santo, que está desenvolvendo um projeto para criação de uma Rede Maçônica de Recursos Hídricos, Meio
Ambiente e Maçonaria, com o objetivo de “promover estudos, informação e integração social de seus membros para
este paradigma que é a sobrevivência do homem aliada ao meio ambiente e ao desenvolvimento, além dos aspectos
voltados aos princípios da Arte Real”, segundo um dos fundadores da rede, João Lages Neto.
Ele diz que "a participação da Maçonaria ao longo da história foi sempre contundente e ativa,
contribuindo muito para os movimentos que levaram ao crescimento do homem e a sua luta por um
horizonte melhor de vida, na formação das nações e na história de seu povo e na busca da Liberdade,
Igualdade e Fraternidade”.
“No mundo inteiro, se faz ouvir um alerta cada vez mais presente, de modo equânime e preocupante: a escassez da água,
que é, sem qualquer sombra de dúvida, um grande desafio, um sério problema a ser superado neste milênio que se inicia
para o desenvolvimento das nações e acima de tudo para a sobrevivência do homem”, afirma Lages.
De acordo com a proposta de constituição da rede, “a busca é pela superação do paradigma do modelo
produtivo atual e a criação de um novo modelo de desenvolvimento, um desenvolvimento sustentável
que é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer as possibilidades de as gerações
futuras atenderem as suas próprias necessidades (RELATÓRIO BRUNDTLAND- ONU- 1987)”.
Na mensagem de adesão, a rede pede a “união na formação do alicerce da construção do edifício da
humanidade e como o pedreiro faz na construção de uma casa, empreguemos a colher para trabalhar a
massa de informações e diversidades de opiniões, aprendendo a reconhecer as diferenças e eliminando as
imperfeições; utilizemos o esquadro para que nossas ações se desenvolvam com equidade e retidão,
limitando nossas ações sob a égide da justiça, da retidão, da imparcialidade em todos os aspectos sociais”.
Pesquisadores britânicos descobriram no fundo do oceano Índico o que acreditam ser o maior lago de lava
do mundo. O lago foi formado por lava ejetada por vulcões submarinos e ocupa uma área do tamanho de
uma grande cidade, como Londres. Geólogos disseram que ele ainda está em formação, crescendo a cada
erupção vulcânica.
O fundo do oceano Índico é uma área de intensa atividade sísmica e vulcânica, principalmente numa região
onde as placas tectônicas da África e da Índia se encontram. A mais de três mil metros sob a linha d1água há
dezenas de vulcões e fontes geotérmicas. O estudo foi realizado pelo Centro de Oceanografia de
Southampton, na Inglaterra.
Os cientistas descobriram que uma erupção recente lançou dois quilômetros cúbicos de lava. O pesquisador
Lindsay Parson disse que o lago foi descoberto por uma equipe a bordo de um navio oceanográfico do
Centro. Parson liderou a expedição no navio oceanográfico “RRS Charles Darwin”.
O lago de lava fica a cerca de mil quilômetros a leste das Ilhas Maurício.
_ As erupções submarinas são eventos de impressionante violência. A lava, a uma temperatura de 1.000
graus Celcius, encontra a água gelada do oceano, se solidificando quase que imediatamente. O fundo do
Índico é um mundo estranho, iluminado pelas fumarolas das fontes termais e pelas erupções vulcânicas _
disse Parson.
O geofísico Bramley Murton, um dos integrantes da expedição, disse que a quantidade de calor liberada
pelos vulcões do Índico é extremamente elevada.
_ Acredito que o calor liberado seja equivalente a 11 terawatts, o que seria aproximadamente equivalente ao
produzido por dez mil usinas nucelares _ observou Murton, que pôde estimar a temperatura a partir da
análise das rochas vulcânicas coletadas no local.
2
Publicado no “O GLOBO” de 23/05/2001
3
CURIOSIDADES
O Esquadro de Baal
Em Limerick, condado da Irlanda, foi demolida uma velha ponte, em novembro de 1830, para dar
lugar a uma nova. No canto NE da velha ponte, sob as fundações, foi descoberto um esquadro
comum de maçom. Feito em liga de latão e um pouco corroído, o esquadro tem dois braços iguais,
de 10 cm. Era um instrumento comum dos maçons operativos, usado para aferir os ângulos retos
dos blocos retangulares de pedra nas construções.
Traz, além da data de 1507 – provavelmente a data de construção da velha ponte – inscrições em
ambos os lados, formando quatro estrofes (chamadas, por coincidência, limericks , em inglês)
Citar isto sempre causa espanto, a gritaria é geral. José Bonifácio?!! Como é que pode? Quem foi que
disse isso?
Dois livros foram consultados a respeito, História Geral da Maçonaria, do Ir.; Nicola Aslan (Editora
Aurora) e Catálogo dos Selos de Maçons Brasileiros, do Ir.: Kurt Prober.
Nicola Aslan, citando o Ir.: Teixeira Pinto, pesquisador sério, diz que “não existe um ato, um
documento que indique onde, quando e como foi José Bonifácio iniciado na Maçonaria, antes da
fundação do GOB”, embora considere que Ledo e Januário, rigorosos como eram, não permitiriam
que ele fosse Grão-Mestre se não fosse maçom.
Prober, no entanto, é taxativo: “em 17/06/1822, foi nomeado por aclamação o Sr. José Bonifácio de
Andrada e Silva, que não era maçom, para o cargo de Grão-Mestre”.
Mais adiante, ainda diz mais: “José Bonifácio (Gr.: M.: ) só na 6ª sessão (19/07/1822) se dignou a
comparecer e prestar o juramento, assim tornando-se maçom sem ter sido iniciado”.
E agora, como é que fica?
POSTAIS MAÇÔNICOS
Em outubro de 1869, os austríacos lançaram o primeiro cartão postal, seguido, um ano depois pelo
Post Office (correios) britânico. No início, eram apenas um pedaço de cartão padronizado para
mensagens curtas, já com o selo impresso. Custavam a metade da tarifa cobrada pelo envio de
cartas.
A nova forma de comunicação foi logo aproveitada, principalmente pelo turismo e pela hotelaria.
Com o aperfeiçoamento das técnicas de impressão, o postal foi ganhando mais beleza e
sofisticação. Na virada do século, era praticamente uma forma de arte, com gravuras e fotografias.
Havia postais de todos os temas e para todos os gostos. Dentre os muitos cartões postais
humorísticos de inspiração maçônica está a magnífica série Gran’ Pop. Foi lançada pela empresa
Valentine & Sons, logo após a 2ª guerra mundial, desenhada por um artista inspirado, Lawson
Wood. Nascido em 1878, neto de um pintor famoso, Clarence Lawson Wood, foi um ilustrador de
mão cheia. Seu personagem mais famoso, um simpático chimpanzé, Gran’ Pop, apareceu nos
calendários, pôsteres e livros. Serviu para satirizar as situações mais diversas, inclusive – por que
não? – as maçônicas! Wood continuaria a desenhar seu querido personagem até sua morte em
1957.
4
PARA PENSAR CANTINHO DA POESIA
5
GRANDE DICIONÁRIO ENC. BIBLIOTECA
DE MAÇONARIA E DIÁRIO DE UM CONSTRUTOR DE TEMPLO
6
TRABALHOS MAÇÔNICOS
A FRATERNIDADE ROSACRUZ (2ª PARTE)
Ir.: ÍTALO ASLAN M.: M.:
FAMA FRATERNITATIS ROSAE CRUCIS
Livreto impresso em 1614, na Alemanha. Nele, a Ordem Rosacruz se dirige a todos os sábios da
Europa para a reforma da religião e da filosofia.
Era uma obra jocosa, na qual se contava a vinda de Apolo a Terra, no tempo do Imperador
Justiniano. Tendo então verificado que estava cheia de vícios, convocou para uma reunião os 7
sábios da Grécia, 3 romanos e mais um jovem filósofo italiano. Depois de muitos discursos,
chegaram à conclusão que não havia mais cura para aquele século e para demonstrar que tinham
feito alguma coisa, determinaram o aumento de impostos sobre os repolhos, as cenouras e a salsa,
pelo que foram delirantemente aplaudidos pelo povo.
Falava em seguida de uma sociedade secreta fundada 200 anos antes por um alemão, Cristiano
Rosenkreutz, e colocava a sua vida. Pobre e órfão, mas de origem nobre, foi ele recolhido a um
convento e lá educado. Aos dezesseis anos, acompanhado de outro eclesiástico, saiu para percorrer
o mundo, especialmente a Terra Santa e Arábia. Nesta última aprendeu as ciências ocultas.
Continuando a peregrinação. Os 2 eclesiásticos dirigiram-se ao Egito e depois ao Marrocos. Lá
aperfeiçoaram-se em magia e nas relações com o macrocosmo e o microcosmo.
Passando na Espanha, foi mal acolhido, voltando para a Alemanha. Aí fundou uma espécie de
convento a que denominou Sancti Spiritus. Nesse convento concebeu um plano de reforma
universal no âmbito político, religioso, científico e artístico. Convocou para auxílio, no princípio, 3
irmãos do seu antigo mosteiro e, depois, mais 4. Comunicou-lhes então a sua língua mágica exigiu-
lhes voto de castidade e deu-lhes o nome de Rosacruzes. Estava, assim, fundada a 1ª Sociedade
Rosacruz. Em seguida percorreram o mundo, não sem antes declarar que se submetiam a algumas
regras, a saber:
Não declarar outra profissão que não fosse aquela de cuidar gratuitamente de doentes;
Adaptar-se aos costumes do país onde se encontrar;
Dirigir-se todos os anos, no Dia da Cruz, ao Templo do Espírito Santo, ou justificar a
ausência;
Escolher cuidadosamente uma pessoa apta a suceder-lhe após a morte;
Que a palavra rosacruz serviria de selo, palavra de passe e assinatura;
Que a Fraternidade deveria permanecer oculta durante 100 anos;
Venerar e temer a Deus acima de todas as coisas;
Permanecer honesto e moderado;
Expulsar o diabo;
Comer e vestir-se moderadamente;
Ter vergonha do vício;
A posição correta do Aprendiz, no Templo, é no topo da coluna do Norte, razão pela qual são
considerados, os Aprendizes, pedras angulares do edifício. Fica, assim justificada a posição da
pedra bruta no painel. Situa-se na coluna do Norte e representa simbolicamente o homem
dominado pela violência das paixões desordenadas e pela vontade insubmissa.
7
O neófito, esotericamente, é a pedra bruta, e só ele próprio pode trabalhar a sua pedra para
desbastar-lhe as asperezas e avivar-lhe as arestas, até transforma-la em pedra cúbica (polida),
única que serve para a construção de um templo sólido e magnífico, como deve ser o Templo da
Fraternidade Universal. A pedra cúbica está na coluna do Sul para onde irá o Aprendiz, quando
merecer seu aumento de salário.
O homem maçom persegue com avidez a sua reforma interior, desbastando e polindo sua pedra.
Tal tarefa é gradual, emerge pouco a pouco do seu inconsciente. O Aprendiz conta, para tal, com
o clima da Loja e com os benefícios da prática ritualística assídua. Sem isso, dificilmente
dominará suas paixões, reformulará seu equilíbrio espiritual.
Entramos na Maçonaria para que o nosso ser profundo descubra e compreenda a Verdade. Esta
é a obra da Arte Real. Somos a pedra sobre a qual devemos trabalhar para a construção do
Templo da Fraternidade Universal.
E a desbastação da pedra se consegue com o MAÇO e o CINZEL.
No painel, o MAÇO e o CINZEL vêm associados, simbolizando a associação da inteligência com
a razão, o que permite distinguir o bem e o mal, o justo do injusto.
O MAÇO representa a vontade. Aquele que o usa, goza certa dose de poder. Na nossa Oficina
ele é o emblema do comando, empunhado pelo Venerável e pelos dois Vigilantes. Sozinho, o
MAÇO não poderia agir sobre a pedra bruta. Necessita da ajuda do CINZEL.
O CINZEL é uma ferramenta que corta; logo, é o princípio ativo, masculino, penetrante.
Necessita do MAÇO para esquadrejar. A associação das duas ferramentas induz-nos a concluir
que graças à associação da força física (MAÇO) com a força espiritual (CINZEL), chegaremos ao
conhecimento da Verdade.
O TRONCO DE BENEFICÊNCIA
É a chance que todo maçom tem de exercitar a fraternidade. Não é esmola que “envaidece a quem
a dá e humilha a quem a recebe”, mas sim a prática da justiça, o esforço em diminuir a distância
entre os que têm muito dos que nada têm.
É o feixe que restou da colheita e que, de propósito, foi deixado esquecido no caminho para servir
ao órfão, à viúva, ao necessitado: “ se fazes a colheita no teu campo e esqueces algum feixe, não voltes
para pegá-lo. Será do migrante, do órfão e da viúva, a fim de que o Senhor, teu Deus, te abençoe em todas as
tuas ações...”
É o exercício do despojamento e a gratidão por possuir o que muitos não têm. É o querer dividir
aquilo que se reconhece estar faltando ao próximo. É a intenção do resgate das comunidades
primitivas onde tudo era de modo igual e dividido.
É a prática da justiça. O silêncio e o anonimato enobrecem a ação desse resgate social: o que a mão
direita dá, a esquerda não precisa saber. O óbolo contido na mão fechada é o grão que semeia a
terra abandonada. Penetrou fechada e saiu aberta, com os dedos descontraídos, prontos para novo
ato de amor fraterno. Deixar de praticar essa semeadura é perder uma chance irrecuperável.
É quase uma lei natural: quem se despoja recebe sempre mais. A natureza se incumbe de repor o
que foi “gasto” de maneira generosa e abundante.
Para permitir esse exercício, apresentam-nos o Tronco de Beneficência, ou Tronco de
Solidariedade, ou Caixa de Esmolas, como se queira denominar. Até nessa oportunidade de
catarse a Ordem Maçônica pensou. É o momento da prática da caridade. Furtar-se a ele, deixando
de faze-lo com dignidade e dentro das próprias condições de cada um, é um desperdício, pois ele
permite a generosidade, a nobreza de intenções e a prática do domínio da vaidade, situações que
marcam o caráter e o aprimoramento do maçom.
8
VIAGEM AO NOSSO INTERIOR
SOBRENATURAL
D. Villela
A palavra sobrenatural significa fora das leis naturais e se aplica aos fatores que parecem
contrariar aquelas leis. É compreensível que em épocas recuadas qualquer ocorrência
incomum, aparentemente inexplicável, fosse considerada sobrenatural, milagrosa e
atribuída a algum poder sobre-humano ou às numerosas divindades que então povoavam
a imaginação popular.
A ampliação dos conhecimentos sobre a natureza e, sobretudo, o progresso da Ciência nos
últimos séculos, constatando que se pode descobrir sempre as relações de causa e efeito
que regem os processos naturais, fizeram com que fosse superada aquela atitude,
passando a ser considerados crédulos ou supersticiosos quantos a adotassem.
A Doutrina Espírita enfrentou e, por vezes, ainda enfrenta esse tipo de crítica, sendo
acusada de aceitar fatos sobrenaturais, e os indivíduos espíritas, considerados indivíduos
crédulos, iludidos em sua boa fé. Allan Kardeck refutou de maneira completa tais
afirmativas, que partiam sempre de pessoas desinformadas ou que se opunham ao
Espiritismo por algum tipo de interesse, mostrando que ocorre exatamente o oposto: no
trato com fenômenos ou informações, a Doutrina recomenda o exame cuidadoso e o
emprego da razão como garantias de segurança. O trabalho com a mediunidade, que o
Espiritismo utiliza, ou os fatos que ele estuda, como a reencarnação ou a intervenção dos
espíritos no mundo corporal, são, todos, absolutamente naturais, pois obedecem a Leis
bem definidas.
A Doutrina permite comprovar, por outro lado, que os atos da vida moral também se
acham submetidos a leis estabelecidas por Deus para a nossa felicidade.Essas leis morais
funcionam, precisas, definindo relações de causalidade pelas quais encontramos
invariavelmente as conseqüências do que fazemos. A circunstância dessa relação causal
não se pode produzir imediatamente, como ocorre no plano material – onde o contato da
mão com um objeto muito quente logo produz a queimadura – leva muitas pessoas a
imaginarem que ela não existe, podendo-se , pois agir com toda irresponsabilidade, o que
é uma tremenda ilusão, de conseqüências sempre lamentáveis. Na verdade, o Espiritismo
demonstra a exatidão da máxima evangélica: “Tudo o que o homem semear, isso terá de
colher” (Gálatas 6:7).
Explicando e, portanto, recolocando na ordem natural fenômenos tidos no passado por
sobrenaturais, a Doutrina mostra, por fim, que Deus, nosso Pai, não precisa modificar
arbitrariamente suas leis, fazendo o milagre, para exibir sua grandeza.
A sabedoria e o poder divinos se manifestam justamente na harmonia e no ritmo, na
perfeição que se observa em todo o universo.
9
HISTÓRIA PURA
OS USTACHÍS DA CROÁCIA
Sociedade secreta patriótica nascida nos Bálcãs, organizada para lutar contra o governo de Belgrado
e seguindo os métodos de emprego de violência de outras sociedades semelhantes.
Os Ustachis surgiram em conseqüência de uma rivalidade antiga entre a Sérvia e a Croácia.
Depois da Primeira Guerra Mundial, os Aliados, vencedores, resolveram desmembrar o derrotado
Império da Áustria-Hungria, não só por vingança como para constituir um país forte, capaz de
dominar a península balcânica e constituir um tampão contra a expansão germânica.
A Alemanha tinha sido vencida, mas os seus adversários bem sabiam que ele ressurgiria e era
imperioso estar preparado para conte-la.
Que fazer?
Premiaram a Sérvia, adicionando-lhe a Eslovênia, a Eslováquia, o Montenegro e a Croácia. Não
tiveram agudeza de espírito necessária para ver se havia antagonismo entre os povos que iam
amontoar para constituir um país. Sentiram-se até no dever de juntar dois nomes para indicar o novo
país, porque um só seria inexpressivo.
Entre a Croácia e a Sérvia, grande era a rivalidade. Os Croatas tinham-se por superiores sob o ponto
de vista intelectual, consideravam-se possuidores de uma civilização mais avançada e não tinham
dúvida no tocante à superioridade de sua capital, Agram (atualmente Zagreb) sobre Belgrado, então,
uma cidade pequena de pouco mais de 1.000.000 de habitantes, antiquada, ao passo que a capital da
Croácia apresentava aspectos modernos.
Havia outra divergência: os sérvios ortodoxos, de cultura eslava, usam o alfabeto russo, ao passo
que os croatas são católicos, tinham seu centro político e literário em Agram e cultura desenvolvida em
contato com a Áustria.
Em 1928, vários parlamentares croatas foram assassinados e a Constituição foi riscada, anulada.
Exasperou-se o povo da Croácia, tendo como vanguardeiro Anton Pavelitch, antigo deputado
federalista. Em torno dele, agruparam-se patriotas ardentes e fervorosos.
Nasceu então a sociedade secreta Ustachis, que tomou como modelo a dos Comitadjis. O seu
programa era pela violência, vencer a opressão, recorrer ao terrorismo.
Arregimentaram-se adeptos que, ao ingressar, faziam provas iniciáticas severas e prestavam
juramento sagrado.
Durante vários meses, os Ustachis, empregaram violência contra violência. Depois, já mais
poderosa, passou a provocar sublevações, a incursionar no território sérvio e a destruir colheitas e
pontes.
Os seus membros reconheciam-se por meio de sinais e palavras, mas os estranhos não os
identificavam. Praticados os atentados, não deixavam vestígio, envolviam-se no povo. Resultado, o
governo de Belgrado, passou a adotar severas medidas repressivas, cada vez mais terríveis.
Havia um mistério a esclarecer: de onde recebia armamento, as bombas que arrojavam?
A Yugoslávia fez investigações e acusou a Itália, ou melhor, Mussolini, justamente numa quadra em
que as relações entre elas eram tensas, agravadas com a questão do Trieste.
A acusação parece que teve ressonância em parte do povo croata, que discordava dos métodos
violentos dos Ustachis. Por outro lado, apareceu no cenário, Dr. Matcheff, um croata de grande cultura,
prestigioso, que tratou de encaminhar o povo em outro sentido, promovendo uma espécie de revolta
pacífica.
O rei terminou por ceder, diminuiu a pressão sobre a Croácia, melhorou-lhes as condições de vida,
e, com isso, os Ustachis impopularizaram-se.
Decresceu o movimento dos Ustachis. Cessou a sua ação violenta na Yuguslávia, mas premeditaram
um plano horrível. O príncipe regente Alexandre foi fazer uma visita oficial à França. Saiu do palácio
real de Belgrado, em companhia do pai, o rei Pedro I. Por via marítima, seguiu para Marselha. Pouco
depois de desembarcar, um grupo de Ustachis investiu contra o carro do príncipe Alexandre e
assassinou-o.
Foi a última façanha violenta de repercussão internacional da sociedade secreta croata.
10
BIOGRAFIA DO MÊS
Nasceu na antiga Colônia de Sacramento, em 25/03/1774, sendo filho do Alferes Félix da Costa Furtado de
Mendonça e de D. Ana Josefa Pereira.
Há poucas notícias quanto aos seus estudos primários supondo-se que os fez com o tio, o padre doutor em
cânones Pedro Pereira Fernandes de Mesquita.
Matriculou-se, em 29/10/1792, no primeiro ano da Faculdade de Matemática da Universidade de Coimbra,
sendo, posteriormente, em 18/10/1793, admitido no primeiro ano da faculdade de Direito de Coimbra.
Recebeu, em 18/02/1797, brasão de nobreza: um escudo partido em pala; na primeira, as armas dos Costas,
do lado paterno; na segunda, as dos Pereiras, do lado materno.
Formou-se bacharel em Filosofia, em 1796, e em Direito, em 1797, vindo a formar-se Doutor em leis, em
05/06/1798.
Por influência do seu amigo francês Mourque, Hipólito, em 12/03/1799, foi recebido membro da L.:
WASHINGTON nº 59, de Filadélfia, nos Estados Unidos.
Em 07/12/1801, foi nomeado diretor na junta administrativa da Imprensa Régia.Em 1802, Hipólito foi
mandado pelo governo em viagem à França e Inglaterra.. Comprou máquinas de impressão e adquiriu
inúmeras obras para a Biblioteca Nacional. Mas também desempenhou em Londres missão para os Maçons
de Portugal. Na sua volta, foi preso por ordem do Intendente Geral da Polícia, o famigerado Diogo Inácio de
Pina Manique, sob o pretexto de ter viajado para o exterior sem passaporte. Refutada a acusação e
demonstrando Hipólito que tinha viajado com autorização do governo, surgiu o motivo real: fora preso por
ser Maçom e ter ido à Inglaterra tratar de negócios maçônicos relacionados com LL.: portuguesas. Hipólito
aceitou a acusação e confessou pertencer à Sociedade dos Pedreiros-Livres, mas negou ter ido tratar de
negócios maçônicos e particularmente referentes às LL.: portuguesas. Declarava, então, que o prendiam por
um pretenso crime que, na realidade, seria um delito meramente eclesiástico e não uma violação da lei civil,
nem mesmo dogmas cristãos... Mas, na realidade, Hipólito tinha ido mesmo como representante de 4 LL.: de
Portugal para conseguir a sua união com a Grande Loja-mãe da Maçonaria, a Grande Loja da Inglaterra.
Em 1803, foi transferido para o cárcere da Inquisição, nele permanecendo pó dois anos e meio. Em meados
de 1805, ajudado por um empregado da prisão, subornado pelos maçons portugueses, Hipólito consegue
fugir, disfarçado de serviçal, escondendo-se em Lisboa. No final deste mesmo ano, conseguiu passar para a
Espanha e daí para Gibraltar, donde seguiu para a Inglaterra.
Entre os que o ajudaram estava\ o Duque de Sussex, filho do Rei Jorge III, da Inglaterra, e futuro Grã-Mestre
da Grande Loja Unida da Inglaterra, e que na ocasião estava em Lisboa.Em 1808, Hipólito ingressou na L.:
ANTIQUITY, uma das quatro LL.: fundadoras da Grande Loja de Londres.
Em 1817, Hipólito casa-se com Mary Ann Troughton, filha de um funcionário aduaneiro, estando entre as
testemunhas o Duque de Sussex, Grão-Mestre da Grande Loja Unida da Inglaterra.
Visando à formação de um Supremo Conselho do Grau 33 para o Reino da Grã-Bretanha, o Grande Oriente
de França concede a Hipólito, então Grão-Mestre Provincial do Condado de Rutland, na Inglaterra, ao Grão-
Mestre Duque de Sussex e ao Duque de Leinster, Grão-Mestre da Irlanda, o grau 33º, em 13/10/1819.
Hipólito foi o 1º Grande Secretário do Supremo Conselho da Inglaterra.
Durante o período da Independência do Brasil, o “Correio Brasiliense”, fundado por Hipólito, tornou-se o
órgão das aspirações brasileiras.Em 05/08/1822, na 10ª sessão do Grande Oriente Brasiliense, Hipólito é
mencionado como representante da Maçonaria Brasileira, junto à Grande Loja da Inglaterra.
Em outubro de 1822, Hipólito é nomeado por D. Pedro conselheiro de Caldeira Brandt, para os trabalhos de
reconhecimento da Independência brasileira..
Em dezembro de 1822, Hipólito encerrou a publicação do “Correio Brasiliense”.
Respondendo a um convite De José Bonifácio, em 09/02/1823, Hipólito aceita o cargo de Cônsul Geral do
Brasil na Inglaterra.
Em 09/11/1823, morreu Hipólito, de uma inflamação intestinal. Foi enterrado na Igreja de Santa Maria, em
Harley, no condado de Berkshire. A lápide indicando o seu túmulo tem a seguinte inscrição:
“Sob esta pedra repousam os restos mortais do Comendador Hipólito José da Costa,
encarregado de negócios do Imperador do Brasil, e que faleceu a 11 de setembro de 1823,
com 46 anos de idade”.
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ESSA É PARA RELAXAR
Dois casais – um mineiro e um paulista – estão jogando baralho. De repente, o mineirinho deixa
cair umas cartas no chão. Quando se dobra para baixo da mesa e pega as cartas, ele nota que a
mulher do João paulista não está usando calcinha. Embaraçado, o mineirinho bate a cabeça na
mesa e se levanta com um rubor nas faces. Mais tarde vai à cozinha para pegar uma cerveja e a
mulher do João paulista o segue.
- Você viu algo interessante debaixo da mesa? – pergunta ela.
O mineirinho admite que sim. Ela continua:
- Pode ser seu por apenas 100 reais! – propõe.
O mineirinho pensa um minuto e diz que está interessado. Eles combinam se encontrar às 14h na
sexta-feira seguinte, enquanto o João paulista estiver no escritório. Na sexta-feira, mineirinho vai à
casa do amigo e, depois de uma sessão de sexo daquelas, paga à mulher os 100 reais combinados.
Mais tarde João paulista chega em casa e pergunta à mulher:
- Mineirinho esteve aqui hoje à tarde? Relutante, a mulher diz que sim.
- E ele lhe deu 100 reais? “Meu Deus! Ele sabe! “, pensa ela.
- Sim, ele me deu – responde.
- Ah, bom! Ele foi ao meu escritório mais cedo, me pediu emprestado 100 reais e disse que
devolveria hoje à tarde ao passar aqui em casa.
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O cara liga pra casa numa tarde pra saber o que a esposa ia fazer para o jantar.
- Alô? Diz uma vozinha de criança.
- Oi, querida, é o papai. Mamãe está perto do telefone?
- Não, papai. Ela está lá em cima com o tio Frank.
Após alguns segundos, o cara diz:
- Mas querida, você não tem nenhum tio chamado Frank!!!
- Sim, eu tenho! E ele está lá em cima no quaro com mamãe.
- Ta bom, então. Quero que você faça o seguinte: suba correndo as escadas, bata na porta do
quarto e grite pra mamãe e pro tio Frank que meu carro acabou de parar aí na frente de
casa.
- Ta legal papai, vamos brincar!
Alguns minutos depois, volta a garota:
- Bem, eu fiz o que você disse, papai.
- E o que aconteceu?
- Bem, mamãe pulou da cama pelada e começou a correr pelo quarto gritando, aí ela
tropeçou no tapete e caiu pela janela da frente, e agora ela está morta...
- Oh, meu Deus!!! E o Tio Frank???
- Ele pulou da cama, pelado também, e ele estava muito assustado, daí pulou pela janela dos
fundos pra dentro da piscina, mas ele deve ter esquecido que você esvaziou a piscina na
semana passada pra limpar, daí ele bateu a cabeça no fundo dela, e agora está morto
também.
Uma longa pausa e o cara diz:
-Piscina?!?!? Não tem piscina aí em casa! Por acaso o telefone daí é o 555-0739?
- Não... É o 555-0736!
Ih!... Desculpe, foi engano! – diz o cara, desligando rapidinho
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EFEMÉRIDES DO MÊS DA A. R. L. S. RENASCIMENTO
N.º 08
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“Em política, aliança é a união de dois ladrões com as mãos tão profundamente mergulhadas nos
bolsos um do outro que não podem separadamente saquear um terceiro”.
AMBROSE BIERCE
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O NOSSO PLANETA
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DEPOIMENTO I
CARTA A MEU PAI
Meu pai:
Certa feita, quando ainda era eu Aprendiz, escrevestes-me uma carta que não chegou a ser
remetida, mas onde me alertavas sobre a vida e onde evidenciavas tua preocupação de que eu
nunca deveria desarvorar na conquista de meu ideal. Lembravas-me de que, pela inteligência,
poderia eu conhecer a verdade eterna, amar o infinitamente belo, cuidando de buscar junto ao
ideal, qualidades e virtudes que teriam o condão de me transformar numa pedra polida.
Hoje meu pai:
Escrevo-te estas linhas para dizer-te que estou, já na prática da responsabilidade do estudo das
Ciências Naturais, da Cosmologia, da Astronomia, da Filosofia, da História e a investigação da
origem de todas as causas de todas as coisas. Assim e como Companheiro, obrigo-me à pseudo-
condição de fiel de uma balança imaginária, onde equilibro posições, aspirações e tendências. Que
orgulho sinto hoje meu pai, em saber que estou participando de uma plêiade, cujo início remonta à
aparição da consciência, o animal e mesmo o primeiro ser, que representava o primeiro estágio da
humanidade, onde não reclamavam mais do que a satisfação de suas necessidades fisiológicas.
Entretanto hoje, meu pai, participo da evolução que teve o ser humano, vejo-me e sinto-me entre
àqueles que objetivam a perfeição humana, e que tomam como meios o aperfeiçoamento moral e
espiritual.
Como Companheiro, meu pai, viajo muito e nessas viagens tenho a oportunidade do contato com
o mundo exterior, com oportunidades de desenvolver os meus sentidos, assim como minhas
funções esotéricas.
Estou estudando a arte da Arquitetura, onde, saiba meu pai, objetivo estruturar minha
personalidade e meu caráter em seus aspectos: moral, intelectual e espiritual.
Como se não bastasse, e como se fosse eu tão merecedor, surge-me a ocasião e o momento para
aprender as Artes Liberais: na Gramática – como falar e escrever; na Retórica – alguma pouca
eloqüência e elegância ao me comunicar; na Lógica – a ser reto e justo, assim como leal,
compreensivo e tolerante; na Aritmética – o manuseio da exatidão dos cálculos; na Geometria – os
elementos da obra edificada; na Música – a harmonia dos sons a comoverem a alma; na
Astronomia – a idéia da grandeza do universo; assim fazendo dentre tantos outros conhecimentos,
a ocasião e a oportunidade de ser um dia Justo e Perfeito.
Mas, meu pai, não poderia eu, na condição de Companheiro, de ter a oportunidade de caminhar
pelo maravilhoso mundo da filosofia, assim educando-me com os ensinamentos básicos dos
grandes mestres, esteios e exemplos da antiguidade. Aqui, meu pai, adentrei aos ensinamentos do
procedimento lógico, para realisar o conhecimento verdadeiro, científico, a indução, ou melhor, a
remontar do particular ao universal, da opinião à ciência, da experiência ao conceito.
Finalmente, meu pai, chego à Liberdade, onde vejo-a como condição intrínseca do homem ou um
seu estado emocional. O objetivo de cada momento está sendo aproximado e o ideal cada vez mais
próximo e real, entretanto, impõe-se-me a obrigação da auto-análise, da auto-crítica, se é que
realmente busco a auto-perfeição. Questiono-me então. Fui virtuoso? Evoluí? Espiritualizei-me?
Enfim, estou fugindo realmente das trevas?
Sinto, meu pai, que as respostas estão surgindo, uma a uma, embora muito tenuamente, mas de
forma muito confortante a merecer que conheças dessa real evolução, daí porque te escrevo e te
informo. Sinto que os conhecimentos e as instruções recebidas, formam o aparato para o meu
longo caminhar, por entre tantos e tão bons. Inteirei-me dos meios que devo praticar para o
progresso da humanidade, assenhoriei-me das minhas obrigações e pré-dispus-me a seguir a trilha
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existente, pois na expressão “Nosce te ipsum” – conhece-te a ti mesmo, consegui o segredo do
meio.
Finalmente, meu pai:
Contenha-te em teu ímpeto de procurar o melhor para mim teu filho. Aquieta-te, pois, estou
caminhando certamente pelo melhor. Não te preocupes, jamais, pois sinto em todos os momentos
que, tuas preocupações e teus ensinamentos estão a produzir, estão a frutificar. Sinto em minha
alma que a dignidade por ti pretendida para mim, existe e soma o engenho à virtude. O mérito
está em pretender pelo afã que requerem, e não pelos resultados. Sem coragem não há honra e
muito menos dignidade. . Encontrei o caminho para fugir à debilidade e à ignorância, que só
favorecem a domesticação dos caráteres medíocres, adaptando-se à vida mansa; a coragem e a
cultura que encontrei, só exaltam a personalidade dos bens, engrinaldando-as com a Dignidade.
Tenhas sempre uma certeza, meu pai, que se amanhã, eu acordar, o G.A.D.U. estará comigo, e se
eu não acordar, eu estarei com ele.
DICAS E REGRAS
1) – Prática errada, usada principalmente pelos IIr.: visitantes, é o de utilzar-se do S.:P.:I.:
para o encaminhamento de convites de outros OOf.:, e entidades profanas, julgando que
a divulgação através do V.: M.: terá uma ênfase maior. A Séc.: é o veículo normal e
correto para tal. O V.:M.: , se assim o desejar, dará posteriormente o destaque especial ao
expediente em foco;
2) Propostas anônimas colocadas no S.:P.:I.: não serão lidas pelo V.:M.: e devem ser
deduzidas da contagem geral para efeito de confecção da ata;
3) Não poderá ficar sob malhete, em hipótese alguma, os expedientes provindos do Grão-
Mestrado e seus Órgãos acessores;
4) Nos julgamentos de assuntos discutidos pela L.: , o Ir.: Or.: dará as suas conclusões finais
do ponto de vista estritamente legal, não lhe competindo emitir opinião pessoal,
favorável ou contrária às propostas em discussão;
5) O resultado de qualquer votação deve ser anunciado pelo Ir.: M.: de Cer.: com as
expressões “aprovada” ou “reprovada” , sendo irrelevantes “por unanimidade” ou “por
maioria”;
6) A condução do livro de atas ou de qualquer outro documento deve ser sempre solicitado
pelo V.:M.: ao M.: de Cer.: e somente excepcionalmente ao 1º Diác.: ;
7) A leitura de atas e decretos pelo Ir.: Or.: com todos de pé, não tem caráter ritualístico,
ficando a critério das OObed.:, havendo algumas que não a adotam.
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O PESQUISADOR
MAÇÔNICO
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