Laplanche e Pontalis-Vocabulario de Psicanalise
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LAPLANCHE E PONTALIS
ORGANIZADO PROF. ELOISE
VOCABULÁRIO DE PSICANÁLISE
Da consideração da histeria resulta portanto, para Freud, que o afeto não está
necessariamente ligado à representação; a sua separação (afeto sem
representação, representação sem afeto) garante a cada um diferentes
destinos. Freud indica possibilidades diversas de transformação do afeto:
“Conheço três mecanismos: 1º. o da conversão dos afetos (histeria de
conversão); 2º. O do deslocamento do afeto (obsessões); e 3º. O da
transformação do afeto (neurose de angústia, melancolia).”
Sabe-se que, na primeira teoria das pulsões, as pulsões sexuais tem como
opostas as pulsões de autoconservação. Estas, de modo geral, tem por
função a manutenção e a afirmação da existência individual. Nesse quadro
teórico, a explicação de comportamentos ou de sentimentos tão
manifestamente agressivos como o sadismo ou o ódio, por exemplo, é
procurado num mecanismo complexo dos dois grandes tipos de pulsões. A
teoria explícita de Freud a respeito da agressividade pode resumir-se assim:
“Uma parte da pulsão de morte é posta diretamente a serviço da pulsão
sexual, onde o seu papel é importante. É o sadismo propriamente dito. Outra
parte não acompanha esse desvio para o exterior, mantém-se no organismo,
onde está ligada libidinalmente pelo auxílio da excitação sexual de que se faz
acompanhar...reconhecemos aí o masoquismo originário, erógeno.
EROS – Termo pelo qual os gregos designavam o amor e o deus Amor. Freud
utiliza-o na sua última teoria das pulsões para designar o conjunto das
pulsões de vida em oposição às pulsões de morte.
O termo “escolha” não deve ser tomado aqui num sentido intelectualista.
Evoca o que pode haver de irreversível e de determinante na eleição do
sujeito, num momento decisivo da sua história, do seu tipo de objeto de
amor. Note-se que a expressão “escolha de objeto” é utilizada para designar
quer a escolha de uma pessoa determinada (exemplo: “a sua escolha de
objeto incide sobre o pai”), quer a escolha de certo tipo de objeto (exemplo:
“escolha de objeto homossexual”).
b) O que se foi;
FASE FÁLICA *– Fase de organização infantil da libido que vem depois das
fases oral e anal e se caracteriza por uma unificação das pulsões parciais sob
o primado dos órgãos genitais; mas, o que já não será o caso na organização
genital pubertária, a criança, de sexo masculino ou feminino, só conhece
nesta fase um único órgão genital, o órgão masculino, e a oposição dos sexos
é equivalente à oposição fálico-castrado. A fase fálica corresponde ao
momento culminante e ao declínio do complexo de Édipo; o complexo de
castração é aqui predominante.
Perspectiva antropológica
Perspectiva psicanalítica