Indicadores Socioambientais

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MEIO AMBIENTE

Indicadores socioambientais

Definições
Não há ainda um conceito determinado para definir a expressão indicadores
socioambientais, mas podemos compreender um pouco mais o tema.

Você sabe o que são indicadores ambientais e para que servem?

Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), indicadores ambientais “são


informações quantificadas, de cunho científico, de fácil compreensão, usadas nos
processos de decisão em todos os níveis da sociedade. São úteis como ferramentas
de avaliação de determinados fenômenos, apresentando suas tendências e progressos
que se alteram ao longo do tempo. Permitem a simplificação do número de
informações para se lidar com uma dada realidade por representar uma medida que
ilustra e comunica um conjunto de fenômenos que levem à redução de investimentos
em tempo e recursos financeiros. Indicadores ambientais são estatísticas selecionadas
que representam ou resumem alguns aspectos do estado do meio ambiente, dos
recursos naturais e de atividades humanas relacionadas”.

Segundo Bellen (2005), o objetivo dos indicadores é agregar e quantificar


informações de modo que sua significância fique mais aparente. Eles simplificam as
informações sobre fenômenos complexos tentando melhorar com isso o processo de
comunicação.

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Onde você buscará os indicadores socioambientais?

Cada realidade empresarial possui indicadores conforme os seus processos de


trabalho. Um exemplo: em uma farmácia, podemos buscar diversos indicadores que
devem ser trabalhados de forma multidisciplinar como ocorre com os indicadores de
sustentabilidade ambiental. Como há diversos produtos de diferentes formas de
descarte e impactos à natureza, o estabelecimento deve preocupar-se com o descarte
correto, seguindo padrões legais para destiná-los. Logo, é preciso pesquisar quais
produtos devem receber uma atenção especial nesse processo. Isso significa não
considerar resíduos comuns e sim especiais. Portanto, é preciso implementar no
processo formas de coleta desses resíduos gerados pela sociedade para que possam
ter o destino correto.

A multidisciplinaridade encontra-se nos diversos profissionais que farão parte da


definição dos indicadores e nas estratégias e articulações desse trabalho.

Os indicadores socioambientais, além de tratarem das questões apresentadas


intrinsicamente no conceito do MMA referentes a padrões ambientais, ainda objetivam
a avaliação da sustentabilidade em escala local ou regional, por meio da análise
integrada de condutores. Assim, visam fornecer subsídios ao planejamento e à gestão
urbano-regional, estudando a realidade apresentada.

De forma mais objetiva, os indicadores socioambientais são informações de


caráter quantitativo que cruzam duas ou mais variáveis primárias, como por exemplo,
variáveis temporais, espaciais, ambientais, ecológicas, etc., ou seja, as realidades
empresariais citadas anteriormente no exemplo.

Os indicadores socioambientais proporcionam ao Técnico em Meio Ambiente:

Identificar danos e ameaças à saúde humana e aos ecossistemas.

Buscar ferramentas para tomadas de decisão e formulação de políticas.

Criar ferramentas para elaborar e avaliar objetivos de programas.

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Informar o público sobre questões ambientais, de forma não técnica e de fácil


entendimento.

Responder ao direito de informação do público a respeito do estado do seu meio ambiente.

A escolha dos indicadores socioambientais deve ter como base os critérios de:
confiabilidade, praticidade e utilidade. Além disso, eles devem levar em consideração
os indicadores de qualidade nas quatro perspectivas: social, ambiental, físico-espacial
e econômica.

Pensando na prática, esses indicadores nortearão suas ações relacionadas aos


estudos socioambientais, servindo de parâmetro para a avaliação de como está a
evolução desse processo sustentável.

Para os indicadores sociais, o que você englobaria? Seria importante pensarmos


em primeiro lugar no bem-estar? E na saúde da coletividade? Você acha que aspectos
como: educação, acessibilidade, segurança, esporte, laser estariam inseridos nesses
indicadores sociais?

Os indicadores sociais têm uma ampla abrangência e englobam relações


envolvendo a qualidade de vida e o bem-estar. Essas questões podem mudar de
pessoa para pessoa, pois cada um possui pontos de vista diferentes sobre esse tema.

Na prática profissional, é importante que o Técnico em Meio Ambiente conheça a


realidade das pessoas que vivem e interagem naquele dado espaço, pois algumas
ações de educação ambiental serão atreladas à modificação cultural e à
conscientização da população.

Logo, quando estiver identificando os indicadores socioambientais, é importante


questionar-se sobre:

Como a população vive? Quais são seus hábitos de vida? Quais são seus
recursos financeiros e materiais? Como se dão suas relações sociais? Essas são
apenas algumas perguntas oportunas na identificação do cenário estudado.

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Agora pense sobre o indicador ambiental. Você acha que a preservação dos
ecossistemas faria parte desses estudos? O desequilíbrio da fauna e da flora poderia
afetar esse indicador?

O indicador ambiental abrange a manutenção de ecossistemas para manter a


biodiversidade do planeta e as condições de vida, tanto na escala local, como na
regional e global.

A qualidade dos ecossistemas busca a manutenção das condições adequadas


dos recursos naturais (ar, água, solo) para que todos os seres vivos coexistam com
harmonia e vivacidade.

Com base nisso, os indicadores socioambientais são modelos simplificados da


realidade ambiental e social que facilitam a compreensão de todos os fenômenos.
Assim, aumentam a capacidade de comunicação de dados brutos coletados na
instituição e a adaptação das informações para uma linguagem acessível a todas as
partes interessadas, principalmente à comunidade local que receberá os benefícios.
Os indicadores tornam-se, portanto, os elementos dinâmicos dessa integração e
evolução.

Pratique isso em sua vizinhança, no seu bairro, condomínio, trabalho, escola.


Identifique possíveis indicadores que poderiam ser trabalhados nesses locais. Lembre-
se de que os seus hábitos também devem ser modificados, pois as suas práticas
diárias serão exemplos de boas práticas a serem seguidas e talvez possam ser
implementadas na empresa onde trabalhará.

Instrumentos e procedimentos para a coleta e


análise de dados
E como identificar, dentro dos cenários estudados, os melhores indicadores que
servirão de parâmetro para a aplicabilidade socioambiental?

Para identificar os melhores indicadores, é necessário realizar uma coleta de


dados. Como fazer?

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Primeiramente, o profissional deve realizar uma observação analítica de todos os


processos que envolvem a instituição, ou seja, onde ela está inserida, quais são os
seus clientes, fornecedores, grupo de trabalho, questões geográficas e da comunidade
que a cerca. Após a observação, é possível identificar alguns dos fatores que podem
gerar o impacto negativo ao meio ambiente. Nesse momento, o técnico deve definir
critérios e métodos para coletar informações específicas sobre esses impactos,
realizando uma pesquisa que gerará subsídios para a tomada de decisões.

Nas instituições, há alguns modelos de indicadores de responsabilidade


socioambiental que são considerados instrumentos que direcionam as estratégias que
serão tomadas. Esses dados e informações coletadas permitirão aos gestores mapear,
estudar e definir, por meio de trabalho analítico, os diferentes cenários, buscando as
problemáticas ambientais e os pontos de fraqueza social que esses desequilíbrios
podem gerar. Com base nisso, é possível analisar e traçar o perfil social empresarial
com os diferentes públicos que estão relacionados.

As empresas e seus profissionais técnicos precisam definir em parceria o uso dos


indicadores de forma eficiente. Existe a técnica conhecida como SMART (sigla inglesa)
que resume recomendações internacionais. Ela tem o objetivo de auxiliar na definição
e na avaliação da qualidade dos objetivos.

Specific (específico / seletivos) – Os indicadores devem ser específicos para


explicar claramente o que deverá ser medido para atingir o resultado pretendido, além
de ser compreendidos por todos da empresa.

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Measurable (mensurável) – Os indicadores devem ser quantificáveis, baseados


em dados que podem ser documentados, comparados e rastreados.

Achievable (alcançável) – Os indicadores devem estar alinhados às estratégias e


prioridades da organização, com recursos financeiros e humanos disponíveis.

Realistic (realista) – Os indicadores devem ser ambiciosos, mas devem ser


possíveis de alcançar.

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Time-bound (com prazo determinado) – Cada indicador deve ter um tempo


estabelecido e viável para a coleta de dados e medição.

A Organização das Nações Unidas (ONU) (2001), estabeleceu alguns princípios


para a implantação de um sistema de indicadores ambientais que pode ser utilizado
para a definição de indicadores com foco social e econômico, com as devidas
particularidades.

Relevância – Os indicadores devem refletir adequadamente os principais aspectos e


impactos ambientais da empresa e devem ser selecionados pelos responsáveis pelo
controle, monitoramento e estabelecimento dos objetivos. A informação só deve ser
recolhida se for utilizada.

Clareza – Os indicadores devem ser claros e atender à necessidade de quem for utilizar a
informação. Se os indicadores tornarem-se muito complexos, por exemplo, agregando
vários itens através de cálculos matemáticos complexos, perde-se a clareza do seu
significado.

Orientação por objetivos – Os indicadores devem corresponder aos objetivos de melhoria


ambiental.

Consistência – Os indicadores devem ter método de cálculo consistente com o sistema de


informação e indicadores financeiros.

Comparabilidade – Os indicadores devem permitir a comparação ao longo do tempo e com


outras unidades.

Perspectiva completa – O conjunto de indicadores selecionado para a gestão da empresa


deve cobrir todas as áreas e impactos das atividades.

Continuidade – Os indicadores tornam-se mais significativos se forem monitorados com o


mesmo método no decorrer dos anos.

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Pensando na prática
Vamos supor que a empresa onde você está atuando não possua uma gestão
dos resíduos gerados e você queira realizar essa implementação. Que etapas e
estratégias são facilitadores dessa gestão ambiental?

O trabalho de seleção de instrumentos e procedimentos parte, portanto, da busca


de variáveis e de fontes de informações que melhor representem essa relação entre
saúde e ambiente, pois o que queremos alcançar na busca das estratégias são o bem-
estar, a vida em sintonia com a natureza saudável e a alegria de viver em um ambiente
tranquilo.

Pensando nisso e na questão levantada sobre a gestão de resíduos, para buscar


melhorias ambientais dentro de uma instituição e fora delas, é necessário traçar os
procedimentos metodológicos e as etapas que devem ser seguidas. Devem estar bem
claros os objetivos desse trabalho, a escolha das melhorias estratégicas, as ações e a
formulação do problema que se quer resolver, que nesse exemplo são os resíduos
gerados.

Conversar com os gestores, explanar as ideias e ter a autorização para a


continuidade do trabalho é talvez o primeiro passo para que todo o resto siga
adequadamente e com transparência. Elaborar um cronograma de ações é
fundamental, pois deverá ocorrer desenvolvimento de pesquisas, até mesmo
bibliográficas, para a credibilidade desse trabalho. Visitas e visualizações sistemáticas
pontuando as problemáticas, melhorias, transformações, adaptações também são
fortemente exigidas. Além disso, é preciso buscar as metodologias e os indicadores
corretos conforme a demanda e a realidade local.

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Você pode realizar questionários, trocar uma ideia com as pessoas que cuidam
da retirada dos resíduos e também com seus colegas, pois a mobilização das pessoas
é a chave do sucesso nas melhorias ambientais internas que repercutirão
externamente.

Há também outras metodologias para essas análises, mas as mais utilizadas são
duas: a metodologia de fluxogramas e a de checklist. Elas são conhecidas como
metodologias organizacionais muito eficientes, que auxiliam na aplicabilidade dos
estudos socioambientais.

Para a etapa de mapeamento, o uso do fluxograma é indicado, pois ele mostra as


atividades e suas funções por meio de simbologias, dentro de uma cadeia de
processos com início, meio e fim bem determinados.

O fluxograma transmite informações, significados e compreensão, eliminando as


barreiras entre emissor e receptor, criando um trabalho ordenado e sequencial entre
todos os setores das organizações e o papel que cada um desempenhará.

Já o checklist é uma lista de verificação que pode ser aplicada nas mais
diferentes práticas e para os estudos socioambientais. É um instrumento de controle,
composto por um conjunto de condutas, nomes, itens ou tarefas que devem ser
lembradas e/ou seguidas.

Ele deve ser criado buscando responder de forma dinâmica como todo o cenário
se transformará, possibilitando o controle das etapas.

Grande parte das empresas apresenta os resultados da gestão de


responsabilidade social por meio da publicação do balanço social. Mas, mais
importante que isso, deve identificar os grupos de interesse mais importantes para
esse trabalho socioambiental que são, direta ou indiretamente, parceiros dessa
empresa, como: fornecedores, funcionários, clientes, comunidade local, meio
ambiente, mídia e opinião pública, concorrente e governo.

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Mas você consegue perceber que as ações socioambientais advêm de melhorias


que a empresa quer realizar dentro de problemáticas ambientais que, muitas vezes, os
órgãos fiscalizadores exigem que sejam feitas?

Para compreender melhor, é preciso analisar olhando um pouco para as décadas


passadas. Diversos instrumentos foram desenvolvidos, principalmente para atender às
necessidades de planejamento e gestão ambientais de entidades privadas e
governamentais que são fortemente visadas e fiscalizadas.

Antes de tudo, para se alcançar a qualidade dentro dos estudos socioambientais,


devemos compreender que as atividades de planejamento ambiental que são estudos
prévios e análise de alternativas, são de cunho legal e devem ser realizadas.

Há legislações que falam dessas obrigatoriedades e serão estudadas


posteriormente de forma mais detalhada, porém podemos abordar dentro desse tema
a avaliação de impacto ambiental (AIA), que é um instrumento de planejamento da
maior importância para empresas privadas e órgãos públicos.

Com o objetivo de antecipar os resultados do futuro, a AIA toma atitudes no


presente que proporcionam um quadro sistemático e estruturado que evita ou minimiza
consequências socioambientais inesperadas e indesejáveis, pois cria diálogos
constantes com todas as partes interessadas.

Para alguns gestores, a AIA é uma formalidade burocrática, mas não é só uma
legalidade para obtenção de licença ambiental e sim uma ferramenta de orientação à
gestão ambiental.

Existem aqueles que se tornaram exigências legais e outros tornaram-se


instrumentos e ferramentas que são de iniciativa voluntária.

Abaixo, citaremos algumas ferramentas usadas nos sistemas de gestão


ambiental, pois é fundamental que o profissional Técnico em Meio Ambiente conheça,
de forma geral, que elas existem e podem ser instrumentos para o alcance da
sustentabilidade e da educação socioambiental:

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AIA (Avaliação de Impactos Ambientais);

análise de risco ambiental;

licenciamento ambiental;

auditoria ambiental;

avaliação de desempenho ambiental;

investigação de passivo ambiental;

avaliação de ciclo de vida;

rotulagem ambiental;

responsabilidade socioambiental.

A AIA, ferramenta básica do planejamento ambiental, tem uma enorme


contribuição para a gestão socioambiental, pois ela divide os principais instrumentos
de planejamento e gestão ambiental para as organizações e define a metodologia que
poderá ser seguida na implementação da gestão ambiental e, consecutivamente,
socioambiental.

Há três grandes divisões que são os instrumentos analíticos, organizacionais e de


comunicação. Cada instrumento possui referências normativas e diretrizes nacionais e
internacionais.

Como a AIA é uma ferramenta de planejamento do projeto que deve ser criado, o
EIA (Estudo de Impacto Ambientais) faz parte desse planejamento, pois é um
documento que ajuda na seleção das melhores alternativas em termos de localização
do empreendimento e seus componentes. Ele leva em conta as consequências
ambientais e sociais dessas atividades. Para expressar as conclusões sobre o EIA, o
RIMA (Relatório de impacto Ambiental) é criado com informações objetivas e de fácil
compreensão sobre a avaliação das consequências futuras das decisões presentes.

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Para entendermos toda essa metodologia, as atividades de planejamento


ambiental dizem respeito aos estudos prévios, à análise de alternativas, à consulta
pública e à decisão final sobre um projeto ou investimento. Já as atividades de gestão
ambiental significam a aplicação das medidas preventivas, mitigatórias e demais
programas ambientais durante as três fases existentes no período de vida de todo o
empreendimento ou empresa (implantação, operação e desativação).

Mais importante que a quantidade é a qualidade desses indicadores


socioambientais escolhidos. A qualidade, em seu conjunto, deve visar, principalmente,
à potencialização e à demonstração do passado, do estado atual e às tendências da
saúde, da cultura, da sociedade, da economia, do ambiente em curto, médio e longo
prazo.

Há diversos indicadores socioambientais, a saber:

indicadores socioeconômicos e de qualidade de vida;

indicadores ecológicos (bioindicadores);

indicadores de estrutura política, legal e institucional;

indicadores ambientais;

indicadores hidrológicos;

indicadores demográficos;

indicadores de desenvolvimento sustentável.

Dentro da problemática de cada empresa e do objetivo que se quer alcançar, o


uso de um ou mais indicadores socioambientais pode ser estabelecido.

Os indicadores são necessários para monitorar o progresso nas distintas


dimensões, funcionando como ferramentas de apoio aos tomadores de decisões. Você
terá esse papel na empresa em que trabalhará, pois será responsável pela elaboração

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de políticas que visam ao alinhamento ambiental da organização. Além disso, será o


norteador para que se mantenha o foco em direção ao desenvolvimento sustentável e
à qualidade de vida.

Agenda 21: Conceito e Definição


Todas as práticas relacionadas ao meio ambiente devem ser compartilhadas para
que a população mundial conscientize-se do seu verdadeiro papel e mude seus
hábitos antes que os impactos sejam ainda piores e tornem-se drasticamente
irreversíveis.

Você sabe como essas questões começaram a ser debatidas e onde houve a
discussão para essas transformações ambientais?

Foi na Agenda 21, celebrada na cidade do Rio de Janeiro e patrocinada pela


ONU. A Agenda 21 foi uma série de encontros promovidos pelas Nações Unidas sobre
o meio ambiente e suas relações com o desenvolvimento.

Esses encontros reuniram debates completos e profundos sobre o meio ambiente


e suas relações com o desenvolvimento neste final de século. Consagraram os mais
elevados princípios de defesa do bem mais importante que o homem tem a seu dispor,
que é a própria Terra, com seus recursos naturais à disposição, para fornecer
benefícios a todos.

Mas não é somente isso. A Agenda 21 apresentou, em cada um de seus temas,


em cada momento dos seus debates, em cada ato e gesto dos seus participantes, o
alerta sobre a colheita de privações futuras que podemos estar semeando hoje pelo
excesso de exploração das riquezas que a Terra legou-nos.

E quais foram os resultados desses debates? Houve, de fato, um benefício para a


sociedade?

Dentro dos debates, estabeleceu-se a importância de cada país comprometer-se


com a reflexão, global e local, sobre as diferentes formas de os governos, as
empresas, as organizações não governamentais e todos os setores da sociedade

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cooperarem para encontrar soluções dentro das problemáticas socioambientais e,


assim, gerarem um documento que afirme esse compromisso.

A Agenda 21 pode ser considerada um poderoso instrumento de reconversão da


sociedade industrial rumo a um novo paradigma, em que o conceito de progresso é
reinterpretado. Contempla, assim, mais harmonia e equilíbrio holístico entre o todo e as
partes e promove a qualidade em detrimento do crescimento da sociedade. Isso sem
deixar de pensar na degradação dos recursos ambientais.

As ações prioritárias da Agenda 21 são:

inclusão social na educação, saúde e distribuição de renda;

sustentabilidade urbana e rural;

preservação dos recursos naturais e minerais;

ética política para o planejamento rumo ao desenvolvimento


sustentável.

Para você, há interação entre as pautas da Agenda 21 e a missão que o


profissional Técnico em Meio Ambiente desempenha no decorrer de toda a sua vida de
trabalho?

Qualquer profissional da área ambiental possui um compromisso ético. No


momento em que ele representa tecnicamente uma organização, está
comprometendo-se com a sociedade. Em suas práticas, o Técnico em Meio Ambiente
busca indiretamente cada um dos 27 princípios que a Agenda 21 almeja, pois suas
ações pontuais afetam positivamente, tanto de modo amplo, como de modo específico,
pessoas, animais, vegetais e toda a sua infinita biodiversidade. E isso é
responsabilidade social.

Para conhecer mais sobre a Agenda 21, sugerimos a leitura do documento:


Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e desenvolvimento – Agenda
21. Você poderá encontrar o documento na biblioteca Digital da Câmara dos

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Deputados: http://bd.camara.gov.br É um excelente material que apresenta, na íntegra,


os propósitos desse documento transformador.

Assim como a Agenda 21 tem um papel fundamental, consolidando o


pensamento de que desenvolvimento e conservação devem caminhar em conjunto,
você, estudante, para desempenhar o seu papel como praticante e transformador do
meio ambiente, deve buscar sempre mais e dar continuidade ao desenvolvimento dos
seus conhecimentos. Essas ações são importantes, pois a cultura técnica é um pilar
sólido e necessário para a atuação qualificada do Técnico em Meio Ambiente.
Portanto, siga em frente com entusiasmo e emoção.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
JUNIOR, A. V. e DEMAJOROVIC, J.; Modelos e ferramentas de gestão
ambiental, desafios e perspectivas para as organizações. Editora Senac São
Paulo, 2013.

Senado Federal; Agenda 21, Conferência das Nações Unidas sobre meio
ambiente e desenvolvimento. Brasília 2003.

DAHER, W. M.; Responsabilidade social corporativa: geração de valor


reputacional nas organizações internacionalizadas. São Paulo: Saint Paul, 2006.

VAN BELLEN, H. M. Indicadores de sustentabilidade: uma análise


comparativa. São Paulo: FGV, 2006.

GARCIA, Susana e GUERRERO, Marcela. Indicadores de sustentabilidad


ambiental em la gestión de espacios verdes: Parque urbano Monte Calvário, Tandil.
Argentina 2006.

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