Relatório Solos Exp
Relatório Solos Exp
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ARARUNA
OUTUBRO, 2023.
ANNALÍCIA CAMILLI RODRIGUES SILVA
GISELY MARIA BEZERRA E SOUSA
ARARUNA
OUTUBRO, 2023.
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1. Equipamentos e materiais utilizados
- Aparelho Casagrande
- Solo
- Balança de precisão
- Cápsulas de porcelana
- Recipiente
- Placa de vidro
- Cilindro de comparação
- Cinzel
- Cronômetro
- Esfera de aço
- Estufa
- Espátula
O aparelho de Casagrande, mostrado na Figura 2 é formado por uma base dura (ebonite),
uma concha de latão, um sistema de fixação da concha à base e um parafuso excêntrico ligado
a uma manivela que elevará a concha a uma altura padronizada para a seguir deixá-la cair sobre
a base. O solo utilizado no ensaio é a fração que passa na peneira de 0,42mm (# 40) de abertura
e uma pasta homogênea deverá ser preparada e colocada na concha; utilizando o cinzel, deverá
ser aberta uma ranhura, conforme mostrado na Figura 3. Conforme a concha vai batendo na
base, os taludes tendem a escorregar e a abertura na base da ranhura começa a se fechar. O
ensaio continua até que os dois lados se juntem, longitudinalmente, por um comprimento igual
a 1 cm, interrompendo-se o ensaio nesse instante e anotando-se o número de golpes necessários
para o fechamento da ranhura.
Retirando-se uma amostra do local onde o solo se uniu determina-se o teor de umidade,
obtendo-se assim um par de valores, “teor de umidade x número de golpes”, que definirá um
ponto no gráfico de fluência. A repetição deste procedimento para teores de umidade diversos,
permitirá construir o gráfico apresentado na Figura 5. Convencionou-se, que no ensaio de
Casagrande, o teor de umidade correspondente a 25 golpes, necessários para fechar a ranhura,
é o limite de liquidez.
Segundo a norma ABNT/NBR 6502/80 quanto à consistência os solos finos podem ser
subdivididos em muito moles (vazas), moles, médias, rijas e duras. Busca situar o teor de
umidade do solo no intervalo de interesse para a utilização na prática, ou seja, entre o limite de
liquidez e o de plasticidade. As argilas moles, médias e rijas situam-se no estado plástico; as
muito moles no estado líquido e as duras no estado semissólido. Quantitativamente, cada um
dos tipos pode ser identificado quando se tratar de argilas saturadas, pelo seu índice de
𝐿𝐿−ℎ
consistência, IC = , do seguinte modo:
𝐼𝑃
- Muito moles: as argilas que escorrem com facilidade entre os dedos, se apertadas nas mãos;
- Rijas: as que requerem grande esforço para serem moldadas pelos dedos;
- Duras: as que não podem ser moldadas pelos dedos e que, ao serem submetidas o grande
esforço, desagregam-se ou perdem sua estrutura original.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Cápsula Nº LL1:
16,24−14,28
w (%) = × 100 = 24,56%
7,98
Cápsula Nº LL2:
20,52−17,89
w (%) = × 100 = 22,91%
11,48
Cápsula Nº LL3:
23,63−20,7
w (%) = × 100 = 21,99%
13,32
Cápsula Nº LL4:
22,63−19,93
w (%) = × 100 = 20,52%
13,16
Cápsula Nº LL5:
20,71−18,39
w (%) = × 100 = 20,03%
11,58
O limite de plasticidade do solo foi estabelecido, como descrito pelo DNIT na norma
DNER- ME 122/94, por meio da média aritmética das umidades dispostas na Tabela 2, que
resultou em um limite de plasticidade de 15,15.
15,87+14,95+13,48+15,38+16,06
LP = = 15,15
5
IP = LL-LP
Portanto, o solo é categorizado como tendo uma plasticidade leve, seguindo os critérios da
tabela 3.
𝐿𝐿−ℎ
IC = 𝐿𝐿−𝐿𝑃
0,2052−0,2051
IC = 0,2052−0,1515 = 0,0019
Tabela 4. Relação existente entre o índice de consistência (IC), o grau de consistência das argilas, e a resistência
à compressão simples (RCS)
Índice de consistência
Grau de consistência da argila RCS (kgf/cm2)
do solo (IC)
IC < 0 Muito mole RCS < 0,25
0 < IC < 0,50 Mole 0,25 < RCS < 0,50
0,50 < IC < 0,75 Médias 0,50 < RCS < 1
0,75 < IC < 1,00 Rijidas 1 < RCS < 4
IC > 1,00 Duras RCS > 4
5. CONCLUSÃO
O Limite de Liquidez nos permite identificar a transição entre os estados plástico e líquido
do solo, sendo crucial na determinação da plasticidade e da resistência do solo à deformação.
Já o Limite de Plasticidade fornece informações sobre a capacidade de um solo de se comportar
de forma plástica e, portanto, influencia diretamente o processo de moldagem e compactação.
A correta execução dos ensaios e a interpretação dos resultados são essenciais para garantir
a segurança e eficiência de projetos geotécnicos. O conhecimento dos limites de liquidez e
plasticidade é um elemento-chave para tomar decisões informadas sobre o uso do solo em obras
de engenharia. Portanto, ao compreender e aplicar esses parâmetros, os engenheiros e
geotécnicos podem contribuir para a construção de estruturas mais seguras.
6. REFERÊNCIAS
ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7180: Solo - determinação do limite
de plasticidade. Método de ensaio. Rio de Janeiro, RJ. 2016.
DNER- ME 082- Solos- Determinação do limite de plasticidade. Método de ensaio.
Departamento Nacional de Estradas de Rodagem Rio de Janeiro, RJ. 1994.
CAPUTO, Homero Pinto; CAPUTO, Armando Negreiros; RODRIGUES, J. Martinho de A. .
Mecânica dos solos e suas aplicações. 7ª ed. Rio de Janeiro, LTC, 2015.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6459:2016 - Solo – Determinação do Limite
de Liquidez. Rio de Janeiro, ABNT, 2016.
Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. DNER 122/1994 – ME – Determinação do
Limite de Liquidez. Rio de Janeiro, DNER, 1994.
ABNT NBR 6457:1995. Solos - Determinação do Limite de Liquidez. Rio de Janeiro: ABNT,
1995.