Redes de Atenção À Saúde No Sus (Baixa, Média e Alta) Aula 06

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Angela Marta

ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE Disciplina de saúde coletiva


REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE NO SUS (BAIXA, MÉDIA E ALTA 2021
COMPLEXIDADE).
NÍVEIS DE ATENÇÃO A SAÚDE
3 LINHAS DE CUIDADO
O modelo de atenção à saúde fundamentado nas
ações curativas, centrado no cuidado médico e
estruturado com ações e serviços de saúde a partir
da oferta é insuficiente para resolver os desafios
sanitários atuais e, insustentável para os
enfrentamentos futuros.
NÍVEIS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
São arranjos organizativos de
ações e serviços de saúde, de
diferentes densidades
tecnológicas, que integradas por
meio de sistemas de apoio
técnico, logístico e de gestão,
buscam garantir a integralidade
do cuidado.

(Ministério da Saúde, 2010 – Portaria 4.279, de 30/12/2010)


ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (APS)
A Atenção Primária à Saúde (APS) é o primeiro nível de atenção em saúde e se caracteriza por um conjunto
de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a
prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da
saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte positivamente na situação de saúde
das coletividades.
a APS funciona como um filtro capaz de organizar o fluxo dos serviços nas redes de saúde, dos mais simples
aos mais complexos.
No Brasil, a Atenção Primária é desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e capilaridade,
ocorrendo no local mais próximo da vida das pessoas.
ATENÇÃO PRIMÁRIA
Medidas ou ações especialmente destinadas ao período que antecede a
doença. Eliminando os fatores de risco.
PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DA SAÚDE ou PROFILAXIA
Saneamento básico
Vacinação
Controle de vetores
Campanha anti-tabagismo, câncer de mama, câncer de próstata
• Clínico geral
• Enfermeiro
• Técnico de enfermagem
• Agente de saúde
• Odontologista
OBJETIVO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE?

1. Atenção ao primeiro contato


2. Continuidade do atendimento
3. Integralidade no serviço
4. Coordenação (integração) do cuidado
ATENÇÃO PRIMÁRIA DA SAÚDE
APS tem papel chave na estruturação das redes, atuando como ordenadora e coordenadora
dos fluxos e contra-fluxos do cuidado.
Ela é fundamental na constituição do sistema de saúde por sua proximidade com os indivíduos
e seu cotidiano.
Assim, esse componente deve desempenhar ações de saúde e também fazer a ligação
entre os demais pontos de atenção, de modo a garantir a integralidade e continuidade da
atenção à saúde dos usuários.
Exemplo: na Rede Cegonha, uma gestante faz o acompanhamento pré-natal em uma
Unidade Básica de Saúde (UBS).
Esta UBS tem como responsabilidade – entre outras – fazer a articulação com os serviços de
apoio diagnóstico para realização de exames necessários durante a gestação, a
programação do parto na maternidade mais próxima da residência da usuária, e fazer o
acompanhamento pós-parto do binômio mãe-bebê
ATENÇÃO SECUNDÁRIA
Incorpora uma série de medidas que visam a impedir evolução da doença já
existentes e a sua complicação.
Exames periódicos e Autoexame de mama
Exames de imagem ou alto custo
 prevenção secundária significa prevenção da evolução das enfermidades
através de execução de procedimentos diagnósticos ou terapêuticos

• Nefrologista
• Cardiologista
• Nutricionista
• Fisioterapia
• Psicólogo
• Próteses
ATENÇÃO TERCIÁRIA
Nesse ultimo nível de atenção os métodos se confundem com o
tratamento ou a reabilitação
Engloba ações voltadas a reabilitação do individuo após a cura
ou controle da doença a gim de reajusta-lo a uma nova condição
de vida
Lida com recuperação funcional de sequelas que muitas vezes são
irreversíveis
Prevenção terciaria engloba as atividades que possam contribuir
para recuperação de sequelas

• Fisioterapia
• Psicólogo
• Próteses e órteses
ATENÇÃO QUATERNÁRIA
Esta dentro do terciário
De maior complexidade: cirurgia, medicamento, recuperação
Inclui transplante ou próteses

• Fisioterapia
• Próteses
• Cirurgia transplante
NÍVEIS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE (RAS)
1. Melhoram os resultados sanitários nas condições crônicas
2. Diminuem as referencias a especialistas e a hospitais
3. Aumentam a eficiência dos sistemas de atenção a saúde
4. Produzem serviços mais custo/efetivos
5. Aumentam satisfação das pessoas usuárias

Mendes, 2009
QUE NÍVEIS DE ATENÇÃO A PACIENTE SERA ENCAMINHADA
EM CADA FASE
Jocelina, 64 anos tem diagnóstico de diabetes mellitus há 11 anos
a) Dia 01de outubro de 2020: Paciente precisa monitorar a glicemia diariamente por
recomendação da nutricionista e não tem o aparelho ou fita em casa.
b) No dia 18 de dezembro de 2020 ela apresentou prurido nas pernas e a glicemia estava oscilando
há uma semana 160 a 180 mg/dL
c) Dia 20 de dezembro de 2020 a paciente apresentou dor intensa, febre e escurecimento dos
membros inferiores
d) Dia 22 de dezembro a paciente teve indicação de amputação dos MMII e necessita de fisioterapia
especializada
e) Dia 30 de julho de 2021 a paciente foi aprovada para colocação de prótese
NÍVEIS DE ATENÇÃO  REDES DE ATENÇÃO
Interdependência

Confiança Relações estáveis


Autonomia REDES
rede

Cooperação
NÍVEIS DE ATENÇÃO  REDES DE ATENÇÃO

Se comunicam

O modelo de atenção à saúde fundamentado nas ações


curativas, centrado no cuidado médico e estruturado com Mudança do sistema piramidal e hierárquico para as organização poliáquica.
ações e serviços de saúde a partir da oferta é insuficiente Deixa de ser horizontal e passa a ser vertical
para resolver os desafios sanitários atuais e, insustentável
para os enfrentamentos futuros.
A Rede de Ação Política pela Sustentabilidade
REDE DE ATENÇÃO A SAÚDE
ORGANIZAÇÃO DO RAS
Ordenar o fluxo das pessoas para os pontos de atenção da RAS
Gerir a referencia e contra referencia em outros pintos de atenção
Estabelecer relação com especialistas que cuida das pessoas no território
POR QUE IMPLANTAR RAS
Diminuir a fragmentação histórica do sistema de saúde;
• Evitar concorrência entre os serviços;
• Promover a orientação dos usuários;
• Uso adequado de recursos (diminuição dos custos)
• Promover o seguimento horizontal dos usuários (aumento da prevalência das doenças crônicas)
• Forma organizativa que permita monitoramento e avaliação
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

Doenças
infecciosas

Violência
urbana

Doenças crônicas
FUNDAMENTOS DAS RAS
Economia de escala
Suficiencia e qualidade
Acesso
Disponibilidade de recursos
Integração vertical
Integração horizontal
Processos de substituição
Regiao de saúde ou abrangência
Níveis de atenção
FUNDAMENTOS DAS RAS
Economia de Ocorre quando os custos médio de longo prazo diminuem a medida que aumenta o volume de atividades e os custos fixos são
escalas distribuídos por um maior numero dessas atividades.
Quanto maior o numero de leitos mais custoso e difícil de manter
Suficiência de Proporcionar o adequado manejo das condições de saúde identificadas em nível local. Recursos financeiros, humanos e
qualidade tecnológicos em quantidade suficiente para atender a população e a qualidade deve atingir os níveis e paramentos
preconizados pelo ministério da saúde.
Acesso As barreiras podem englobar varias dimensões, como acessibilidade geográfica, disponibilidade de serviços e ou profissionais,
grau de acolhimento e vinculo, condições socioeconômica do usuário.
E preciso que os serviços sejam de fácil acesso, de qualidade e quantidade suficiente.
Disponibilidade Recursos físicos, financeiros, humanos e tecnológicos.
de recursos
Integração Se da entre unidades produtivas iguais, com objetivo de adensar a cadeia produtiva e dessa forma obter ganhos de escala com
horizontal maior produtividade.
Integração Articulacao e coordenação de diferentes organizações de saúde responsáveis por ações de natureza diferencias.
vertical
Processos de Reagrupamento continuo de recursos entre e dentro dos serviços de saúde para que possam resultar em melhores resultados
substituição sanitários e econômicos, considerando aspectos relativos tanto as equipes quanto aos processos de atenção à saúde.
REGIÃO DE SAÚDE OU ABRANGÊNCIA
A regionalização como estratégia para a descentralização é contemplada na
Constituição de 1988 e reforçada na Lei Orgânica da Saúde (8080/90).
Desde então, as sucessivas Normas Operacionais do SUS trataram do tema.
Regiao de saúde ou abrangência: e área geográfica de abrangência para
cobertura de uma determinada RAS
A regionalização, como orientadora da descentralização das ações e serviços de
saúde, possui os seguintes instrumentos de planejamento: o Plano Diretor de
Regionalização (PDR), o Plano Diretor de Investimento (PDI) e a Programação Pactuada
e Integrada da Atenção em Saúde (PPI).
REGIÃO DE SAÚDE OU ABRANGÊNCIA
Médio Paraíba: 12 municípios Centro Sul: 11 municípios
1. Barra do Piraí, 1. Areal
2. Barra Mansa, 2. Comendador Levy Gasparian,
3. Itatiaia,
3. Engenheiro Paulo de Frontin,
4. Pinheiral,
4. Mendes,
5. Piraí,
5. Miguel Pereira,
6. Porto Real,
7. Quatis, 6. Paracambi,
8. Resende, 7. Paraíba do Sul,
9. Rio Claro, 8. Paty do Alferes,
10. Rio das Flores, 9. Sapucaia,
11. Valença, 10. Três Rios,*
12. Volta Redonda* 11. Vassouras
OPERACIONALIZAÇÃO DAS REDES DE
ATENÇÃO À SAÚDE
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DAS REDES
DE ATENÇÃO À SAÚDE
As RAS são constituídas por três elementos fundamentais: . Sem a presença de qualquer um
desses elementos, é impossível implantar uma RAS capaz de cumprir com seu papel.

População Estrutura operacional Modelo de atenção à saúde.


A população e a área geográfica ficam sob Formada pelos pontos de atenção das redes e pelas Pode ser definido como: “um sistema lógico que organiza
responsabilidade de uma RAS, que ocupa a região ligações materiais e imateriais que integram esses o funcionamento das RAS, articulando, de forma singular,
de saúde definida pelo Plano Diretor de diferentes serviços. Assim, há cinco componentes que as relações entre a população e suas subpopulações
Regionalização e Investimentos (PDRI). fazem parte da estrutura operacional: (grupos) estratificadas por riscos, os focos das
1) Centros de Comunicação; intervenções do sistema de atenção à saúde e os
2) Pontos de Atenção à Saúde Secundários e diferentes tipos de intervenções sanitárias, definido
Terciários; em função da visão prevalecente da saúde, das
3) Sistemas de Apoio; situações demográfica e epidemiológica e dos
4) Sistemas de Logísticos; determinantes sociais da saúde, vigentes
5) Sistemas de Segurança. em determinado tempo e em determinada sociedade.”
SISTEMA DE APOIO DA RAS
locais onde são prestados serviços de saúde comuns a todos os pontos de atenção.
São constituídos por 3 sistemas principais: sistemas de apoio diagnóstico e terapêutico; sistema de assistência
farmacêutica e sistemas de informação em saúde.

Sistemas de apoio Sistema de assistência Sistemas de informação em saúde


diagnósticos e terapêutico farmacêutica

• Diagnóstico por imagem • Medicação (seleção, • Mortalidade (SIM)


• Medicina nuclear programação aquisição • Nascidos vivos (SINASC)
• Eletrofisilogia armazenamento e distribuição) • Agravos de notificação compulsória (SINAN)
• Endoscopia • Ações assistenciais • Informações ambulatoriais do SUS(SIH SUS)
• Hemodinâmica • Farmácia clinica • Informações hospitalares do SUS (SIH SUS)
• Patologia clinica • Fármaco vigilância • Atenção básica (SIAB)
SISTEMA LOGÍSTICOS
 Oferecem soluções em saúde baseadas nas tecnologias de informação, voltadas para promover a eficaz
integração e comunicação entre pontos de atenção à saúde e os sistemas de apoio.
 Podem referir-se a pessoas, produtos ou informações, e estão fortemente ligados ao conceito de
integração vertical.
 Os sistemas logísticos são: identificação do usuário por meio do Cartão Nacional do SUS; prontuário clínico;
sistema de acesso regulado à atenção e sistemas de transporte.
FERRAMENTAS DE MICRO GESTÃO DOS
SERVIÇOS NAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
GOVERNANÇAS DA RAS E AS INSTÂNCIAS COLEGIADAS DO
SUS
Esferas de Gestor Comissão intergestores Colegiado participativo
governo
Nacional Ministério da saúde Comissão intergestores Tripartite (Nação, CNS (Conselho nacional de
MINISTRO DA SAÚDE Estados e Municípios) saúde)
Estadual Secretaria Estadual de Comissão intergestores bipartite (Estados CES (Conselho estadual de
saúde e municípios) saúde)
SECRETÁRIO ESTADUAL

Municipal Secretaria Municipal de CIR (comissão intergestores regional CMS (Conselho Municipal
saúde (Estados, Municípios da região da saúde) de saúde
SECRETÁRIO MUNICIPAL

Onde são discutidas, junto com participação social, osentraves, busca por soluções
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE REDES TEMÁTICAS
REDES CEGONHA
Art. 1° A Rede Cegonha, instituída no âmbito do Sistema Único de Saúde, consiste numa rede de cuidados que visa
assegurar à mulher o direito ao planejamento reprodutivo e à atenção humanizadaà gravidez, ao parto e ao
puerpério, bem como à criança o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e ao desenvolvimento
saudáveis, denominada Rede Cegonha.

Estratégia lançada em 2011 pelo governo federal para proporcionar às mulheres saúde, qualidade de vida e bem
estar durante a gestação, parto, pós-parto e o desenvolvimento da criança até os dois primeiros anos de vida.

Tem o objetivo de reduzir a mortalidade materna e infantil e garantir os direitos sexuais e reprodutivos de
mulheres, homens, jovens e adolescentes.

A proposta qualifica os serviços ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no planejamento familiar, na
confirmação da gravidez, no pré-natal, no parto e no puerpério (28 dias após o parto).
REDE CEGONHA
1. Garantia do acolhimento com classificação de risco, ampliação do acesso e melhoria da qualidade do PRÉ-NATAL
2. Garantia de VINCULAÇÃO da gestante à unidade de referência e ao transporte seguro
3. Garantia das boas práticas e segurança na atenção ao PARTO E NASCIMENTO ( campo dos direitos humanos)
4. Garantia da atenção à saúde das CRIANÇAS de 0 a 24 meses com qualidade e resolutividade
5. Garantia da ampliação do acesso ao PLANEJAMENTO REPRODUTIVO dentro de uma política mais ampla de atenção integral à saúde
da mulher e à saúde da criança
MORTE MATERNA COMO QUESTÃO DO ESTADO BRASILEIRO

• Acompanhamento multiprofissional
• Imunização att
• Avaliação nutricional da gestante
• Prevenção ou diagnostico precoce do câncer colo e mama
• Classificação de risco na gravidez
• Garantia de acesso nas unidades de referencia
• Registro em prontuários
• Primeira semana de saúde integração binômio mãe-bebê
• Teste rápido gravidez, sífilis, HIV
EQUIPE QUE A
COMPONENTES DA REDE CEGONHA GESTANTE TEM DIREITO

Medico obstetra

Enfermeiro e técnico

Nutricionista

Assistente social

Odontologia

Psicólogo psiquiatra

Medico pediatra/neo
CUIDADOS ESSENCIAIS REDE CEGONHA

Planejamento da gravidez Avaliação de risco gestacional

Inácio precoce de acesso4 Qualidade do cuidado


1 trimestre Exames mínimos medicamentos

Consultas mensais ate 28ª


Quinzenais até 36ª Vinculação da gestante a rede
Semanal até o parto

Maioria é gravidez de risco


Somente 10 % encaminhada
NUTRICAO E GANHO DE PESO
Estado nutricional Ganho de peso
Baixo peso 12,5 - 18 kg
Adequado 11,5 – 16 kg
Sobrepeso 7,0 – 11,5 kg
Obesidade 7,0 kg

• Hiperprotéica
• Ferro suplementar: 30 a 60 mg/d após 4º mês
• Ácido fólico: 400ug/d comprimidos 2 a 5mg/d

• Fatores de risco associados ao peso


• Predito de sobrevivência infantil
• Baixo ou sobrepeso
2 - REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (RAPS)
REFORMA PSIQUIÁTRICA
A Reforma Psiquiátrica Brasileira (RPB) representou uma conquista social memorável e um avanço civilizador.
Ao longo de três décadas, os diferentes setores dos movimentos antimanicomiais conseguiram construir uma proposta
contra-hegemônica de Política Nacional de Saúde Mental, antes focada na atenção hospitalar.

Os primeiros 15 anos do século XXI foram muito alto astral para o movimento da RPB – o resultado de uma luta histórica
e um clima político favorável, traduzido em políticas de saúde mental altamente progressivos e internacionalmente
reconhecidos.

Aos poucos, os documentos oficiais do Ministério da Saúde (MS) passaram a incorporar termos como
“desinstitucionalização” e “atenção psicossocial”.

No entanto, o direcionamento das ações nesse período sugeria a construção de um modelo forte capaz de transformar o
hospital psiquiátrico em uma parte obsoleta do rumo da política de saúde.
2 - REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (RAPS)
Instituída pela Portaria MS/GM nº 3.088, de 23/12/2011, prevê a criação, a ampliação e a articulação de pontos de atenção à
saúde para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras
drogas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

A Rede é composta por serviços e equipamentos variados, tais como: os Centros de Atenção Psicossocial(CAPS); os Serviços
Residenciais Terapêuticos (SRT); os Centros de Convivência e Cultura, as Unidade de Acolhimento (UAs), e os leitos de
atenção integral (em Hospitais Gerais, nos CAPS III).

Faz parte dessa política o programa de Volta para Casa, que oferece bolsas para pacientes egressos de longas internações em
hospitais psiquiátricos

Para que cada ponto de atenção/serviço seja habilitado e receba financiamento junto ao Ministério da Saúde basta seguir os
passos instituídos nas portarias correspondentes a cada um deles.

Financiamento: Ministério da Saúde / Fundo Nacional de Saúde

Direcionado para os Estados, Municípios e Distrito Federal


2 - REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (RAPS)

Melhor em Casa: • Opção da alta hospitalar, quando puder ser substituída por cuidados em domicílio;
• Desinstitucionalização de pacientes internados;
• Diminuição do período de permanência de pacientes internados;
• Disponibilização de leitos hospitalares para retaguarda das urgências e internação;
• Humanização da atenção à saúde;
• Preservação dos vínculos familiares, com maior conforto para o paciente
• Ampliação da autonomia dos usuários e familiares, para o cuidado à saúde;
• Redução de custos.
REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (RAPS)
Na Atenção Básica Atenção Atenção de Atenção Atenção Hospitalar Estratégia de Estratégias de
Psicossocial Urgência e Residencial de Desintitucionalizaç Reabilitação
Estratégica Emergência Caráter Transitório ão Psicossocial
Unidade Básica de • Centros de Atenção SAMU 192; Unidade de • Enfermaria Serviços • Iniciativas de
Saúde; Psicossocial nas • Sala de Acolhimento; especializada em Residenciais Geração de Trabalho
• Núcleo de Apoio a suas diferentes Estabilização; • Serviço de hospital geral; Terapêuticos (SRT); e Renda;
Saúde da Família; modalidades. • UPA 24 horas e Atenção em Regime • Serviço Hospitalar • Programa de Volta • Empreendimentos
• Consultório de portas hospitalares Residencial. de Referência (SHR) para Casa (PVC).. Solidários e
Rua; de atenção à para Atenção às Cooperativas Sócias
• Apoio aos Serviços urgência /pronto pessoas com
do componente socorro, Unidades sofrimento ou
Atenção Residencial Básicas de Saúde transtorno mental e
de Caráter com mecessidades
Transitório; decorrentes do uso
• Centros de de crack, álcool e
Convivência e outras drogas.
Cultura.
COMPONENTES DA REDE PSICOSSOCIAL

• Consultório de rua
• Centro especializado
Álcool e drogas
• UATT unidade de
acolhimento terapêutico
transitório
• UATT II- unidade de
acolhimento terapêutico
transitório
• Comunidade terapêutica
3- REDE DE ATENÇÃO URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
REDE DE ATENÇÃO URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
Organização da Rede de Urgência e Emergência (RUE) tem a finalidade de articular e integrar todos os
equipamentos de saúde com o objetivo de ampliar e qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários em
situação de urgência/emergência nos serviços de saúde, de forma ágil e oportuna.
São componentes e interfaces da Rede de Atenção às Urgências e Emergências:
Promoção e prevenção. acidentes de trânsito e violência doméstica
Atenção primária: Unidades Básicas de Saúde;
UPA e outros serviços com funcionamento 24h;
SAMU 192;
Portas hospitalares de atenção às urgências
SOS Emergências;
Enfermarias de retaguarda e unidades de cuidados intensivos;
Inovações tecnológicas nas linhas de cuidado prioritárias: AVC, IAM, traumas;
Atenção domiciliar Melhor em Casa.
REDE DE ATENÇÃO URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
Promoção, revenção e vigilância
a saúde
I- Atenção básica em saúde
II- Serviço de atendimento móvel
de urgência (SAMU) e suas centrais
de regulação medica das
urgências
III - Sala de estabilização
IV- Força nacional da saúde do
SUS
V- Unidades de pronto
atendimento (UPA 24H) e conjunto
de serviços e urgências 24 horas
VI – Hospitalar
VII - Atenção domiciliar
4- REDE DE ATENÇÃO REDE PESSOA COM DEFICIENCA
(RAD)
OBJETIVOS:
Instituída pela Portaria MS/GM nº 1.060, de 5 de junho de 2002, define, como
propósitos gerais:

Reabilitar a pessoa com deficiência


Prevenir agravos que
na sua capacidade funcional e
Proteger a saúde da pessoa determinem o aparecimento
desempenho humano, contribuindo
com deficiência; de deficiências.
para a sua inclusão em todas as
esferas da vida social;
COMPONENTES DA REDE DE CUIDADOS À PESSOA COM
DEFICIÊNCIA
A Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência tem sua organização
baseada nos seguintes componentes: atenção básica; atenção
especializada em reabilitação auditiva, física, intelectual, visual,
ostomia e em múltiplas deficiências e atenção hospitalar e de urgência e
emergência.
1. CER - Centro Especializado em Reabilitação
2. Oficinas Ortopédicas : local e itinerante
3. Centros-Dia
4. Serviços de atenção odontológica para pessoas com deficiência
5. Serviço de Atenção Domiciliar no âmbito do SUS
6. Atenção Hospitalar
OBJETIVOS:
1. Descentralização das ações e da atenção;
2. Atendimento da demanda reprimida para reabilitação e concessão de recursos
de tecnologia assistiva;
3. Capacitação dos profissionais;
4. Qualificação do atendimento às pessoas com deficiência; Ampliação do Acesso.
PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO ESTADUAL DA RAD
1. Processo de Implantação Estadual da RAD – Grupo de Condução Estadual:
2. Articulação e participação das Reuniões das CIR nas Regiões de Saúde para a
construção do Plano de Ação Regional;
3. Auxiliar na Estruturação do Grupo Condutor Regional, com elaboração dos Plano
de Ação e definição dos fluxos
4. Encaminhamento das definições das Regiões de Saúde para Deliberação CIB;
5. Encaminhamentos e solicitações ao MS, para habilitação dos serviços e cadastro
de propostas.

RAD- rede de atenção pessoas com deficiências – CIR= CIB=


PAPEL DA AB NA RAD:
A Atenção Básica na Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência priorizará as seguintes ações
estratégicas para a ampliação do acesso e da qualificação da atenção à pessoa com deficiência:
I - Promoção da identificação precoce das deficiências, por meio da qualificação do pré-natal
e da atenção na primeira infância; acompanhamento dos recém-nascidos de alto risco até os
dois anos de vida, tratamento adequado das crianças diagnosticadas e o suporte às famílias
conforme as necessidades;
III - Educação em saúde, com foco na prevenção de acidentes e quedas;
IV - Criação de linhas de cuidado e implantação de protocolos clínicos que possam orientar a
atenção à saúde das pessoas com deficiência;
V - Publicação do caderno de atenção básica para o apoio aos profissionais de saúde na
qualificação da atenção à pessoa com deficiência;

RAD- rede de atenção pessoas com deficiências – CIR= CIB=


PAPEL DA AB NA RAD:
VI - incentivo e desenvolvimento de programas articulados com recursos da própria
comunidade, que promovam a inclusão e a qualidade de vida de pessoas com deficiência;
VII - implantação de estratégias de acolhimento e de classificação de risco e análise de
vulnerabilidade para pessoas com deficiência;
VIII - acompanhamento e cuidado à saúde das pessoas com deficiência na atenção domiciliar;
IV - apoio e orientação às famílias e aos acompanhantes de pessoas com deficiência;
X - apoio e orientação, por meio do Programa Saúde na Escola, aos educadores, às famílias e
à comunidade escolar, visando à adequação do ambiente escolar às especificidades das
pessoas com deficiência.

RAD- rede de atenção pessoas com deficiências – CIR= CIB=


COBERTURA AB NA RAD:
SAUDE AUDITIVA Qualquer criança que apresentar desenvolvimento aquém do esperado e em qualquer momento que os pais tenham uma
suspeita de deficiência auditiva, a atenção Básica deve encaminhar para saúde auditiva, os pacientes com suspeita de perda
ou perda auditiva comprovada.
Saúde Visual prevenção de deficiência visual e promoção de saúde ocular; prevenção a doenças, tais como diabetes e hipertensão, doenças
crôni-degenerativas e outras condições relacionadas à deficiência visual; identificação de crianças, adultos e idosos que
necessitam de avaliação oftalmológico e tratamento.
Deficiência Física Ações de prevenção as deficiências físicas, com acompanhamento desde a gestação até os primeiros anos de vida;
e Concessão de Orientação familiar, quanto aos riscos de acidentes domésticos; Acompanhamento com equipe da saúde da família e NASF
OPM
Pessoa AB na Saúde da Pessoa Ostomizada receber os pacientes advindos da Rede Hospitalar, após cirurgia; encaminhar estes
Ostomizada pacientes para o Serviço Estadual, com laudo médico preenchido e demais documentos para recebimento de materiais de
ostomia; acompanhar estes pacientes mensalmente quanto as necessidades de orientação para autocuidado, entrega e troca
de materiais com justificativa do profissional enfermeiro e complicações com sua ostomia;

Deficiência AB na Deficiência Intelectual Ações que vão desde a prevenção, acompanhamento e encaminhamento aos serviços de
Intelectual referência, tais como: Triagem Neonatal Biológica (Teste do Pezinho); Orientações técnicas nas visitas domiciliares e
consultas: É imprescindível que médicos ou especialistas localizem nos familiares de seus pacientes casos de deficiência
intelectual na família, já que 48% das ocorrências vêm da hereditariedade;
COMPONENTES DA REDE PESSOA COM DEFICIENCA
PORTA DE ENTRADA
ATENÇÃO BÁSICA
UBS E NASF

REDE DE URGENCIA
UPA, SAMU, OS

HOSPITAL GERAL E ESPECIALIZADO


CER E OUTROS SERVIÇOS DE
REABILITACAO DO SUS

OUTROS EQUIPAMENTOS SOCIAIS


ESCOLAS, CRAS, CREAS E CENTRO
DIA
4- REDE DE ATENÇÃO CONDIÇÕES DE DOENÇAS
CRÔNICAS

Portaria: 483/2014
REDE DE CUIDADO DA PESSOA COM DCNT
As doenças crônicas, segundo a Portaria nº 483, de 1º de abril de 2014, são aquelas que
apresentam início gradual, com duração longa ou incerta, que, em geral, apresentam múltiplas
causas e cujo tratamento envolva mudanças de estilo de vida, em um processo de cuidado
contínuo que, usualmente, não leva à cura.

Apresentam curso clínico que muda ao longo do tempo, com possíveis períodos de
agudização, podendo gerar incapacidades.
Requerem intervenções com o uso de tecnologias leves, leve-duras e duras, associadas a
mudanças de estilo de vida, em um processo de cuidado contínuo que nem sempre leva à
cura.
REDE DE CUIDADO DA PESSOA COM DCNT-PORTARIAS

PORTARIA Nº 571, DE 5 DE ABRIL DE 2013 – Tabagismo na RAPDC http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0571_05_04_2013.html

 PORTARIA Nº 424, DE 19 DE MARÇO DE 2013 – Linha de cuidado em obesidade ttp://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0424_19_03_2013.html

PORTARIA Nº 425, DE 19 DE MARÇO DE 2013 – Alta complexidade em obesidade http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0425_19_03_2013.html

PORTARIA Nº 874, DE 16 DE MAIO DE 2013 – Prevenção e Controle do Câncer- http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0874_16_05_2013.html

 PORTARIA Nº 875, DE 16 DE MAIO DE 2013 - PRONON http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0875_16_05_2013.html

PORTARIA Nº 876, DE 16 DE MAIO DE 2013 – Início do tratamento de câncer http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0876_16_05_2013.html

PORTARIA Nº 827, DE 23 DE JULHO DE 2013 – Mamografia móvel http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2013/prt0827_23_07_2013.html

PORTARIA Nº 1.555, DE 30 DE JULHO DE 2013 – Assistência farmacêutica http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt1555_30_07_2013.html.


REDE DE CUIDADO DA PESSOA COM DCNT
60% ônus
72% com
Causas de doenças
morte no mundo
20%
Adesão ao
tratamento

Alimentação Sedentarismo
80%
• Tabagismo cargas de
• Doenças cardiovasculares DCNT doenças
• Câncer nos países
• Hipertensão
• Obesidade
Álcool Tabagismo
MEDICAMENTOS E MATERIAIS DE APOIO DO PROGRAMA
• Terapia de Reposição de Nicotina: Adesivo Transdérmico 7, 14 e 21mg
• Goma de mascar - 2mg
• Cloridrato de Bupropiona 150mg cp
• Manuais do Participante
CONDIÇÕES CRÔNICAS, ESTRATIFICAÇÃO DA POPULAÇÃO SEGUNDO RISCOS E
RECOMENDAÇÕES PARA CADA ESTRATO DE RISCO
PONTOS DE CUIDADO DA ATENÇÃO AS DOENÇAS CRONICAS
NÃO TRANSMISSÍVEIS (DCNT)
Implica na organização de um
Prevenção, detecção conjunto de ações e serviços de
LINHA DE CUIDADO precoce e tratamento saúde, estruturados com base em
CANCER DE MAMA oportuno critérios epidemiológicos e de
regionalização para dar conta dos
desafios atuais onde os quadros
LINHA DE CUIDADO Prevenção diagnóstico e
relativos aos canceres de mama e
CANCER DE COLO DO tratamento das lesões
colo do útero são de alta
ÚTERO precursoras do colo do útero
relevância epidemiológica e social
PONTOS DE CUIDADO DA ATENÇÃO AS DOENÇAS CRONICAS
NÃO TRANSMISSÍVEIS (DCNT)

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1
ESTRATÉGIA INTERSETORIAL DE
PREVENÇÃO E CONTROLE DA OBESIDADE
ESTRATÉGIA INTERSETORIAL DE PREVENÇÃO E CONTROLE DA
OBESIDADE

Colaboração da
Câmara Interministerial Organização Pan- Conselho Nacional de
de Segurança Alimentar Americana da Segurança Alimentar e
e Nutricional (Caisan) Saúde/Organização Mundial Nutricional (Consea).
da Saúde (OPAS/OMS)

. Reduzir a prevalência de obesidade em crianças.


• Reduzir a prevalência de obesidade em adolescentes.
• Deter o crescimento da obesidade em adultos
ESTRATÉGIA INTERSETORIAL DE PREVENÇÃO E
CONTROLE DA OBESIDADE
Durante os últimos anos, observou-se grande avanço na discussão do enfrentamento e prevenção
da obesidade no país, efetivando uma Estratégia que organizasse e estruturasse as diversas
ações – muitas em vigor há bastante tempo – de diversos setores da sociedade.
A elaboração da Estratégia busca articular ações que atuam sobre as causas sociais, ambientais,
econômicas e políticas da obesidade/sobrepeso, contribuindo para a superação da perspectiva
fragmentada e setorial do enfrentamento dessa situação.
Recomendações para estados e municípios tem por objetivo orientar estados e municípios na
articulação de ações intersetoriais locais com o intuito de prevenir e controlar a obesidade na
população, sendo pautada em seis grandes eixos de ação:
SEIS GRANDES EIXOS DE AÇÃO:
1. Disponibilidade e acesso a alimentos adequados e saudáveis;
2. Ações de educação, comunicação e informação;
3. Promoção de modos de vida saudáveis em ambientes específicos;
4. Vigilância Alimentar e Nutricional;
5. Atenção integral à saúde do indivíduo com sobrepeso/obesidade na rede de saúde; e
6. Regulação e controle da qualidade e inocuidade de alimentos.
1- “DISPONIBILIDADE E ACESSO A ALIMENTOS ADEQUADOS E SAUDÁVEIS”

• Fortalecer a agricultura familiar, especialmente de base agroecológica, as compras institucionais e as feiras livres
• Promover a inclusão de frutas e hortaliças nas cestas distribuídas em programas locais
• Aprimorar os equipamentos públicos de distribuição de alimentos, como banco de alimentos e centrais de
abastecimento
• Equipar as unidades de alimentação e nutrição (creches, escolas) para processamento de frutas e hortaliças
1- “EDUCAÇÃO, COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO”

• Promover um entendimento da EAN como estratégia para fortalecimento da aprendizagem que supere a
transmissão vertical de conhecimento técnico
• Fortalecer o entendimento da alimentação como patrimônio imaterial, composto por saberes e diversidades
culturais
• Promover estratégias adequadas para realidades específicas, com abordagem participativa e diálogo
entre saber popular e conhecimento técnico
• Fortalecer a compreensão de que a promoção da saúde pressupõe a construção da autoestima, do
autocuidado e da autonomia

EAN, educação alimentar e nutricional


3. “PROMOÇÃO DE MODOS DE VIDA SAUDÁVEIS NOS
AMBIENTES/TERRITÓRIOS”

Fortalecer e estimular ambientes saudáveis (escolas, creches, refeitórios, serviços de


saúde)
Articular ações com outras políticas públicas, como PNAE, ESF e PAT
Fortalecer equipamentos públicos de SAN (banco de alimentos, restaurantes
populares, cozinhas comunitárias)
Promover o uso dos guias alimentares na rede de assistência à saúde

PNAE, Programa Nacional de Alimentação Escolar; ESF, Estratégia Saúde da Família; PAT, Programa de Alimentação do Trabalhador; SAN, Segurança Alimentar e Nutricional
4. “VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL E DAS
PRÁTICAS DE ATIVIDADE FÍSICA DA POPULAÇÃO”
Monitorar o estado nutricional e o consumo alimentar da população em todos os
ciclos da vida por meio do Sisvan
Realizar inquéritos, como chamadas e pesquisas específicas, de modo periódico,
para traçar o perfil alimentar e nutricional da população
5. “ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO INDIVÍDUO COM
EXCESSO DE PESO/OBESIDADE”
Fortalecer a compreensão da Atenção Básica como a ordenadora de uma rede de cuidados
direcionados à população com sobrepeso e obesidade
Promover a realização do diagnóstico e monitoramento de sobrepeso e obesidade e de hábitos pouco
saudáveis
Expandir a cobertura do Sisvan e realizar busca ativa
Enfatizar alguns grupos em que o acúmulo de peso corporal possa ser mais importante (adolescência,
gestação, puerpério)
Qualificar os trabalhadores de saúde para desenvolverem trabalho resolutivo e com acolhimento
6. “REGULAÇÃO E CONTROLE DA QUALIDADE E
INOCUIDADE DOS ALIMENTOS”
Garantir acesso a alimentos in natura e minimamente processados, com condições
sanitárias adequadas
Promover a qualidade nutricional de alimentos processados para que haja redução
nos teores de açúcares, de sódio e de gorduras
Mitigar os riscos em relação aos contaminantes biológicos e químicos presentes nos
alimentos

Fonte: Caisan, 2014.10


NO QUE CONCERNE AO SETOR SAÚDE, DIVERSAS AÇÕES SÃO PRECONIZADAS NO
CONTEXTO DA ESTRATÉGIA, QUE CONTRIBUEM PARA A REDUÇÃO E MANEJO D A
OBESIDADE, TAIS COMO:
Programa Saúde na Escola (PSE);
Programa Academia da Saúde;
Discussão da regulação da publicidade, práticas de marketing e comercialização de alimentos, especialmente voltado para o público infantil;
Renovação de acordo com Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação – ABIA para redução e eliminação de gordura trans;
Discussão sobre a redução de açúcar em alimentos processados, prevendo pactuação das primeiras metas em 2015;
Ações de promoção da alimentação adequada e saudável para crianças, por meio da divulgação e utilização do Guia Alimentar para
População Brasileira, do Guia Alimentar para Crianças Menores de 2 anos e dos Alimentos Regionais Brasileiros;
Discussão junto ao Ministério do Trabalho para atualização das Portarias que regulamentam o Programa de Alimentação do Trabalhador
(PAT);
Renovação de Acordo de Cooperação entre o Ministério da Saúde e a Federação Nacional das Escolas Particulares (FENEP) para
promoção da alimentação saudável nas escolas, com enfoque nas cantinas;
Ações de Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) para monitoramento de práticas alimentares e estado nutricional da população.
CONCLUSÃO
Vale destacar que a elaboração de uma Estratégia, que agrega os diversos setores governamentais, bem como
representantes da sociedade civil, reafirma a importância da participação social na formulação de políticas e
iniciativas no qual o Estado assume o compromisso com a universalidade, integralidade e equidade no acesso à
alimentação adequada e saudável, preservação da autonomia e respeito à dignidade das pessoas,
transparência no uso de recursos públicos, compromisso social, sustentabilidade e ética na relação entre
público e privado.

No âmbito do setor saúde, cabe ao SUS realizar a vigilância alimentar e nutricional, realizar ações de promoção
da saúde, como promoção da alimentação adequada e saudável e atividade física, garantir atenção integral à
saúde dos indivíduos com sobrepeso e obesidade e atuar no controle e regulação da qualidade dos alimentos.
REFERENCIAS
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira. 2a Edição,
1a reimpressão. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2014a. 156p.

2. CAMPOS, C. S. S.; CAMPOS, R. S. SOBERANIA ALIMENTAR COMO ALTERNATIVA AO AGRONEGÓCIO NO BRASIL. Revista Electrónica de Geografía y
Ciencias Sociales, Barcelona, v. 11, n. 245, p.68-69, 01 ago. 2007. Disponível em: http://www.ub.edu/geocrit/sn/sn-24568.htm

3. CONSEA - II Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. A construção da Política de Segurança Alimentar e Nutricional: Relatório Final.
Brasília: CONSEA, 20LEÃO, M. M.; RECINE, E. O Direito Humano à Alimentação Adequada. In: TADDEI, J. A. et al. Nutrição em

4. Saúde Pública. Rio de Janeiro: Rubio, 2011. p. 30-31.

5. LEÃO, Marília (Org.). Direito humano à alimentação adequada e o sistema nacional de segurança alimentar e nutricional. Brasília: Abrandh, 2013. 263 p.
Disponível em: <http://www.mds.gov.br/ webarquivos/publicacao/seguranca_alimentar/DHAA_SAN.pdf>04. 46 p. Disponível em: <http://
bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/II_Conferencia_2versao.pdf>. Acesso em: 1 maio 2021

6. Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional. Estratégia Intersetorial de Prevenção e Controle da Obesidade: recomendações para
estados e municípios -- Brasília, DF: CAISAN, 2014.

7. https://aps.saude.gov.br/

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