INTORDUÇÃO

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho vai abordar sobre a radioatividade dizendo que é um termo


químico que causa muita desconfiança e pavor em muitas pessoas, isso se deve ao que ela
ocasionou em certas situações como por exemplo os diversos acidentes nucleares, sendo o
mais conhecido o de Chernobyl. Porém, este não é um fenômeno ruim, também pelo fato de
suas diversas aplicações em nosso dia a dia que possibilitaram entre outras coisas o avanço
de tratamentos como o da radioterapia.
Um elemento químico radioativo é aquele que é capaz de emitir radiações fortes a
ponto de por exemplo produzir a fluorescência. O fenômeno de emissão ocorre quando o
átomo se encontra com excesso de partículas ou cargas precisando assim liberar energia na
forma de radiação para se estabilizar. A radioatividade pode ser espontânea ou induzida, a
primeira é um processo natural e que ocorre em elementos e seus isótopos encontrados
naturalmente, já o segundo caso se trata de um processo artificial provocado por
transformações nucleares, geralmente em reatores.

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DESENVOLVIMENTO
Descoberta da radioatividade
A radioatividade teve seu início como fato científico quando Henry Becquerel em
1896 depositou um sal de Urânio sobre uma lâmina fotográfica e após certo tempo notou
que o mesmo havia deixado a marca das suas radiações emitidas nesta chapa. A partir
disso, esse fenômeno causou curiosidade em diversos cientistas entre eles Marie Curie e
Pierre Curie, um casal de químicos que trabalhava nos laboratórios de Becquerel. Em 1898,
Marie Curie descobriu um elemento muito mais radioativo que o Urânio e o nomeou de
acordo com seu país natal, era o Polônio. Após isso foi descoberto pelo casal Curie outro
elemento ainda mais radioativo e então o chamaram de Rádio.
Em seguida, Ernest Rutherford descobriu as radiações alfa e beta o que contribuiu
para a explicação do seu modelo atômico (conhecido como planetário) e também para os
avanços nos estudos dos compostos radioativos. Em 1939 Enrico Fermi constatou que
nêutrons liberados na desintegração de Urânio-235 incidiam em átomos vizinhos
ocasionando desintegrações sucessivas, desta forma seriam possíveis reações em cadeia
possibilitando assim a produção em grande escala da energia nuclear.
Em 1942 foi construído nos EUA o primeiro reator de Urânio-235 que foi utilizado
também para a construção das bombas atômicas que atingiram primeiro Hiroshima e depois
Nagasaki causando milhares de mortes. Após isso diversos outros acidentes foram
ocasionados como o de Chernobyl e o do césio-137 em Goiânia.
Aplicações da radioatividade
Porém, como já citamos as radiações são também utilizadas para inúmeros benefícios
como por exemplo: o exame de Raio-X, a cintilografia, que é um processo onde
radioisótopos são usados para exames com imagens em alguns órgãos onde resultados são
obtidos através do contraste. Outro exemplo é a radioterapia que muitas vezes se torna
essencial para o tratamento do câncer e é um processo onde se utiliza o Césio-137. Além
disso usinas nucleares são construídas para geração de energia limpa, ou seja, que não
emite gases poluentes. Porém sobre essas ações entram diversos debates éticos
questionando até que ponto isso seria realmente bom.
Mas a pergunta que nos fazemos é para onde vão os resíduos radioativos? Esses
resíduos radioativos são também chamados de lixo atômico e são extremamente perigosos
para todos os seres vivos. Existe a Agência Internacional de Energia Atômica que regula o
destino desses rejeitos que são classificados em: baixa atividade, média atividade, alta vida
média ou são desclassificados. Esses resíduos são armazenados em cilindros enormes feitos
de aço e chumbo. Quando são de baixa ou média atividade geralmente são armazenados em
cilindros subterrâneos. Quando são de alta vida média ou alta atividade sofrem
armazenamento geológico, ou seja, em grandes profundidades. Porém não se sabe se esse
armazenamento seria efetivo a longo prazo o que causa polêmica acerca do assunto.

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O contato com substâncias radioativas em grandes quantidades pode alterar o sistema
biológico e além disso pode ser letal. Isto ocorre devido a destruição do sistema
imunológico por parte da radiação. O câncer é uma das doenças mais associadas à
exposição a radiação porque ela pode alterar o processo de formação e divisão das células.
Outros sintomas após a exposição são as náuseas, as queimaduras na pele e as queimaduras
internas.
Tipos de Radioatividade
A radioatividade das partículas Alfa, Beta e das ondas Gama são as mais comuns. O
tipo de radiação determina o poder de penetração na matéria, que são, respectivamente,
baixa, média e alta.

Emissões Alfa
São partículas pesadas de carga positiva, que possuem carga elétrica +2 e massa igual
a 4. Figura nº 1.

Por possuir 2 prótons e 2 nêutrons, seu núcleo é comparado ao do elemento químico


hélio, e por isso, alguns autores também a chamam de “hélion”.
Possui pequeno poder de penetração, e por isso a sua radioatividade pode ser
impedida por uma folha de papel.

Emissões Beta
São partículas leves, de carga negativa e que não contêm massa. O elétron da partícula é
produzido por reações nucleares a partir de um nêutron e possui alta velocidade. Figura 2.

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Nessa reação, um nêutron instável se desintegra, convertendo-se em um próton, que
permanece no núcleo, há a emissão de um elétron em alta velocidade e do neutrino, cuja
massa e carga são desprezíveis.
Possui poder de penetração superior a radioatividade alfa, podendo penetrar uma
folha de papel, mas não uma placa de metal.

Emissões Gama
São ondas eletromagnéticas de altíssima frequência e que não possuem massa e carga
elétrica. Figura 3.

A sua capacidade de penetração é superior aos raios-X e faz com que a sua
radioatividade passe tanto pelo papel como pelo metal.
Como podemos ver a seguir, as radiações diferem no poder de penetração. Figura 4.

A radiação gama é bem mais penetrante que os outros dois tipos devido o seu
comprimento de onda ser bem menor, podendo facilmente atravessar todo o nosso
organismo.
Lei da radioatividade
A 1ª lei da radioatividade
Trata da emissão de uma radiação alfa a partir do núcleo de um átomo. Como a
radiação alfa apresenta número de massa igual a 4 e número atômico igual a 2, temos as
seguintes alterações no núcleo do átomo:
 Diminuição de 2 prótons e 2 nêutrons no núcleo do átomo.
 Diminuição do número de massa em 4 unidades.

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 Diminuição do número atômico em 2 unidades.
Como há uma alteração no número de prótons no núcleo do átomo, sempre que uma
radiação alfa é emitida, temos a formação de um novo elemento químico, cujo número
atômico é duas unidades menor que o que deu origem a ele.
A equação química que representa os eventos que ocorrem na primeira lei da
radioatividade é:

Z XA → 2α4 + Z-2YA-4
Agora acompanhe um exemplo de um átomo emissor de radiação alfa:
Exemplo:

84 Po209 → 2α4 + 82Pb205


O Polônio apresenta número atômico 84 e número de massa 216. Ao emitir a radiação
alfa, que apresenta número de massa 4 e número atômico 2, forma o elemento Chumbo,
que, por sua vez, apresenta número atômico 82 e número de massa 212.
2ª lei da Radioatividade
A 2ª Lei da radioatividade trata da emissão de uma radiação beta a partir do núcleo de
um átomo. Como a radiação beta apresenta número de massa 0 e número atômico -1, temos
as seguintes alterações no núcleo do átomo:
 Aumento de 1 próton no núcleo do átomo.
 Manutenção do número de massa.
 Aumento do número atômico em 1 unidade.
Como há uma alteração no número de prótons do núcleo do átomo, sempre que uma
radiação beta é emitida, temos a formação de um novo elemento químico, cujo número
atômico é 1 unidade maior que o que deu origem a ele. A equação química que representa
os eventos que ocorrem na segunda lei da radioatividade é:

Z XA → -1β0 + Z+1YA
Agora acompanhe um exemplo de um átomo emissor de radiação beta:
Exemplo:

U238 → -1β0 + 93Np238


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O Urânio apresenta número atômico 92 e número de massa 238. Ao emitir a radiação


beta, forma o elemento Netúnio, que apresenta número atômico 93 e número de massa 238.
O número atômico aumenta em uma unidade e o número de massa não sofre alteração
porque um nêutron transforma-se em um próton, um neutrino e beta, que é eliminada, como
propõe a hipótese de Fermi:

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0n1 → 1p1 + 0 0
+ -1β0

Assim sendo, podemos concluir que a massa do nêutron era 1 e não sofreu alteração,
pois o próton que ficou no núcleo também tinha número de massa 1. Já o número atômico
aumentou uma unidade porque o próton formado permaneceu no núcleo, alterando,
consequentemente, o número atômico.

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CONCLUSÃO
Conclui-se então com esse trabalho, que apesar da radioatividade estar presente de
diversas formas no nosso cotidiano, muitas pessoas não têm conhecimento do que se trata,
com isso é necessária uma maior divulgação sobre a mesma, pois através desta muitos
acidentes podem ser evitados.
Esta consciência deve partir dos líderes governamentais, pois hoje muitos governos
vêm utilizando a radioatividade de forma indevida, gerando conflitos mundiais e
comprometendo a vida da população. Utilizando a radioatividade de maneira consciente e
saudável, podem-se adquirir muitos benefícios, por exemplo, combater doenças como o
câncer através de vários métodos usados na medicina, auxiliar na indústria alimentícia, na
agricultura, entre outros.

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BIBLIOGRAFIA
https://www.infoescola.com/quimica/radioatividade/
https://www.todamateria.com.br/radioatividade/
www.wickipedia.com
http://www.if.ufrgs.br/tex/fis01001/radio.pdf
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/os-efeitos-da-radioatividade-no-corpo-humano

https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/leis-radioatividade.htm

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